01 Arte Col B V4 1B Plano

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Arte – 4o ano – 1o bimestre – Plano de desenvolvimento

Plano de desenvolvimento: Brincando com a luz

Neste plano de desenvolvimento, a fotografia será abordada por meio da criação de uma
câmara escura cujo funcionamento é de natureza física. Serão observados conceitos como luz,
foco, reflexo e espaço.
Conteúdos:
 Materialidades: papel-cartão, papel vegetal, régua, lápis, fita adesiva, agulha.
 Fotografia.
 Elementos da linguagem: luz, forma, planos, profundidade de campo, ponto de vista,
composição.

Objetos de conhecimento e habilidades:


Contextos e práticas
Objetos de
Materialidades
conhecimento
Processos de criação
 (EF15AR01) Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais
e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório imagético.
 (EF15AR04) Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho,
pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação,
Habilidades vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos,
recursos e técnicas convencionais e não convencionais.
 (EF15AR05) Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo
e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade.
 (EF15AR06) Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar
sentidos plurais.
 Compreender a representação de fenômenos científicos em obras de arte, bem
como elementos da linguagem fotográfica, como luz, profundidade de campo,
Relação com a forma, planos, composição.
prática  Identificar a relação entre Arte e Ciências Naturais.
didático-peda  Construir uma câmara escura e explorar as possibilidades desse instrumento
gógica que, através dos tempos, foi aperfeiçoado até chegar aos dias de hoje por meio
das câmeras fotográficas digitais.
 Criar clubes de produção artística em processos colaborativos.

Práticas de sala de aula


O surgimento da fotografia provocou enorme impacto no desenho e na pintura, que
anteriormente eram as principais linguagens utilizadas para o registro de imagens. Pode-se dizer
que a fotografia libertou as telas de buscar a verossimilhança. Todavia, há constantes retornos
do figurativismo na pintura. Além disso, o diálogo entre fotografia e pintura continua a produzir
novidades no universo da arte.

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Para entender melhor a origem da fotografia e o fenômeno óptico do qual ela advém, vamos
construir uma câmara escura com um visor interno. Esse visor possibilita que se encontre o foco
ideal e também que se altere a imagem projetada em seu enquadramento. Essa câmera não
possui o espelho, por isso a imagem ficará invertida. Por meio do aparato dessa câmara, é
possível sensibilizar o desenvolvimento da coordenação e da percepção visual.
Para fazer a câmara escura, dividir o papel-cartão em duas partes, sendo que uma parte
deverá ter 40 cm × 48,5 cm, e a outra deverá a ser menor, medindo 27,5 cm × 48,5 cm. Cada
parte deverá ser dobrada e colada em forma de caixa com o lado preto virado para a parte
interna da caixa. Uma das caixas deve ser menor para encaixar na outra como uma gaveta. Na
caixa externa, fazer uma tampa com papel-cartão preto (com a parte preta voltada para o
interior). Com uma agulha, fazer um furo no centro dessa tampa. Na caixa interna, fazer uma
tampa com o papel vegetal, sem furar.
Encaixar a caixa menor (com a tampa de papel vegetal) na maior. Procurar um local com
uma cena bem iluminada, posicionar os olhos na parte aberta da caixa e aguardar alguns
segundos até que seus olhos se acostumem com a escuridão da caixa. Perceber que a imagem
que se forma estará invertida. Por meio do movimento de vai e vem do sistema de encaixe, notar
que a imagem aumenta e diminui. Então é possível concluir que esse sistema funciona como o
zoom das câmeras fotográficas.

Foco
A fotografia está fortemente presente em nossa vida cotidiana. Nos últimos tempos, a
cultura visual criou infinitas maneiras de criar imagens por meio das técnicas desenvolvidas na
fotografia. Conhecer a história e como foram os primeiros experimentos pode ampliar a visão e
o repertório cultural dos alunos.
Propor a análise de várias imagens fotográficas de diferentes origens para que os alunos
conheçam muitas formas e funções da fotografia em nossa sociedade, desde registros pessoais
até registros históricos, reportagens, fotos artísticas, dentre outras.
Há vários experimentos possíveis para ajudar os alunos a perceber como processos físicos
(de luz) ocorrem na fotografia.
Uma proposta interessante é criar na arte de pintura de luz (ou, em inglês, light paintings). É
uma ótima oportunidade para trabalhar com Arte e Tecnologia.
Há modelos de celular com vários recursos de captura de imagem. Para pintar com luz, é
preciso encontrar o tempo adequado entre a exposição da luz e a captura da imagem. Permitir
que os alunos investiguem os materiais que estiverem usando e descubram a melhor opção. A
experimentação e a resolução de problemas alimentam o processo de criação.
Criar na escola espaços motivadores para fazer experimentações com várias materialidades,
como desenhos, gravuras e fotografias. Um ateliê móvel pode ser improvisado com o uso de
uma mala em que o educador poderá colocar as materialidades, as imagens para a nutrição
estética e outros recursos para trabalhar cada uma das linguagens.
Outro aspecto importante a ser trabalhado neste bimestre é o desenvolvimento de
trabalhos colaborativos. Propor aos alunos que criem clubes de gravura, desenho e fotografia,
por exemplo. Nestes clubes, os alunos podem compartilhar saberes, técnicas, materialidades e
experienciar trabalhos coletivos e colaborativos.

Para saber mais


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 BARBOSA, Ana Mae (Org.). Arte/educação contemporânea: consonâncias internacionais. São


Paulo: Cortez, 2005.
 DEWEY, John. Arte como experiência. São Paulo: Martins, 2010. (Coleção Todas as artes).
 DUARTE JR., João Francisco. O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. Curitiba: Criar,
2001.
 DUBOIS, Philippe. O ato fotográfico. Campinas (SP): Papirus, 1994.
 ENTLER, Ronaldo. Fotografia e acaso: a expressão pelos encontros e acidentes. In: SAMAIN,
Etienne (Org.). O fotográfico. São Paulo: Hucitec/Senac SP, 2005.
 FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filosofia da fotografia. Rio de
Janeiro: Relume-Dumará, 1985.
 FREUND, Gisele. A fotografia como documento social. Barcelona: Gustavo Gili S.A, 2004.
 JOBIM E SOUZA, S. Fotografar e narrar: a produção do conhecimento no contexto da escola.
Cadernos de Pesquisa, n. 116, julho/2002.
 OTT, Robert Wiliam. Ensinando crítica nos museus. In: BARBOSA, Ana Mae. Arte educação:
leitura de subsolo. São Paulo: Cortez, 1997.
 PILLAR, Analice Dutra. A educação do olhar no ensino das artes. Porto Alegre: Mediação, 2001.

Sites
 CINEMA na caixa (câmara escura – experiência de Física – Movie in a box. Produção: Manual do
Mundo. 22 maio 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=9JBs4T-sd6E>. Acesso em: 20 jan. 2018.
 GENTILE, Paola. Um mundo de imagens para ler. Nova Escola, 1o abr. 2003. Disponível em:
<https://novaescola.org.br/conteudo/1018/um-mundo-de-imagens-para-ler>. Acesso em: 20 jan.
2018.
 METRÓPOLIS: Pin-hole. Produção: TV Cultura. 1996-2016. Disponível em:
<http://tvcultura.com.br/videos/54594_metropolis-pin-hole.html>. Acesso em: 20 jan. 2018.
 RIZZI, Christina. Contemporaneidade (mas não onipotência) do sistema de leitura de obra de
arte Image Watching. Instituto Arte na Escola. 3 dez. 2012. Disponível em:
<http://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/artigo.php?id=69322>. Acesso em: 20 jan.
2018.

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