Roteiro - EXAME FÍSICO - Semiologia Clínica
Roteiro - EXAME FÍSICO - Semiologia Clínica
Roteiro - EXAME FÍSICO - Semiologia Clínica
João Marcelo, Beatriz Melo, Ana Clara, Kassyane Prado - Turma 146
INTRODUÇÃO
1. Se apresentar para o paciente.
2. Vestir o jaleco.
3. Lavar as mãos (deixá-las aquecidas).
4. Explicar como irá proceder o exame.
5. Lembre-se de avaliar a simetria, quando possível
3. Percussão
● Posterior → Lateral → Anterior (lembrar do
coração no HTE)
● Sons esperados:
○ (1) som claro pulmonar ou sonoridade
pulmonar nas áreas de projeção dos pulmões →
até o 4º EICD e o 2º EICE
v.
○ (2) som timpânico no espaço de Traube (últimos
vi. Cheyne-stokes(problemas encefálicos como aumento da
EICE);
PIC), Biot, Kussmaul (acidose diabética), suspirosa
○ (3) som maciço (macicez hepática) a partir do 5º
f. Amplitude dos movimentos respiratórios.
EICD e 3º ao 5º EICE (macicez/submacicez
g. Tiragem: intercostal, subcostal, de fúrcula. cardíaca);
2. Palpação ○ (4) som submaciço no 4º EICD.
a. Expansibilidade ● Sons alterados
○ Hipersonoridade → aumento de ar nos alvéolos
pulmonares (enfisema)
○ Submacicez e macicez → diminuição ou
ausência de ar nos alvéolos pulmonares
■ Derrame, espessamento pleural, atelectasia,
consolidação
● ○ Timpânico → aprisionamento de ar no espaço
○ Duas mãos (especialmente ponta dos pleural (pneumotórax) ou numa grande cavidade
dedos) espalmadas, uma em cada intrapulmonar (cavidade na tuberculose)
hemitórax ● Sinal de Signorelli: presença de macicez à
○ Reduzida nos ápices: pneumonia, pleurite percussão da coluna dorsal, em decorrência da
○ Reduzida nas bases: derrame pleural presença de derrame pleural.
○ Ambos: pneumotórax, atelectasia, trauma ● Ressonância skódica: presença de
torácico, enfisema pulmonar, senilidade. hipersonoridade nas áreas situadas ao redor de
b. Frêmito toracovocal: ‘33’ ou ‘trem travou’ uma consolidação ou acima de um derrame
● Vibrações percebidas na parede torácica, pleural.
sobretudo com a região metacarpofalangiana da
mão do examinador quando o paciente emite 4. Ausculta
algum som. Escute em:
https://www.youtube.com/playlist?list=PL3n8cHP87ijAalXtLG2YbDpuwjxu
JRR-A
a. Semiotécnica
● Paciente sentado
● Respirando mais profundamente e. Sons anormais descontínuos
● Comparar um hemitórax com outro, em i. Estertores finos OU crepitantes
“zigue-zague” ● Final da inspiração
● A ressonância vocal é mais intensa no ápice do ● Não se modificam com a tosse
pulmão direito, nas regiões ● Alta frequência (agudo)
interescapulovertebrais e esternal superior, ou ● Atrito de um punhado de cabelo
seja, exatamente nas mesmas áreas em que se ● São produzidos pela abertura sequencial de vias
ausculta respiração broncovesicular. respiratórias anteriormente fechadas, devido à
● Posterior → Lateral → Anterior pressão exercida pela
○ 1) presença de líquido ou exsudato no
b. Sons normais parênquima pulmonar → congestão pulmonar,
● Som traqueal, Respiração brônquica, Respiração IVE
broncovesicular, Murmúrio vesicular ○ 2) por alteração no tecido de suporte das
paredes brônquicas → doenças intersticiais
c. Murmúrio vesicular
pulmonares.
● Componente inspiratório é mais intenso, mais
duradouro e de tom mais alto em relação ao
ii. Estertor grosso/bolhoso
componente expiratório.
● Geralmente quer dizer secreção
● NÃO é homogêneo: é mais forte na parte
● Início da inspiração e toda expiração
anterossuperior, nas axilas e nas regiões
● Audível em todo o tórax
infraescapulares.
● Modificam-se com a tosse, mais graves
● Aumento: quando o paciente respira amplamente ● Quadro de bronquite crônica / bronquiectasia
e com a boca aberta, após o esforço ● Se modificam com a tosse.
● Diminuição: pneumo ou hemotórax, diminuição ● Origem na abertura e fechamento de vias
dos movimentos respiratórios por qualquer causa, respiratórias contendo secreção viscosa e
tecido endurecido etc. espessa, bem como pelo afrouxamento da
estrutura de suporte das paredes brônquicas.
d. Ausculta da voz
● Consiste em auscultar o tórax do paciente f. Sons anormais contínuos
enquanto ele repete as palavras “trinta e três” ou i. Roncos → sons graves (baixa frequência)
‘trem travou’. ● Ocorrem tanto na inspiração como na
● Ressonância vocal = sons produzidos pela voz e expiração e são fugazes, mutáveis, surgindo e
ouvidas na parede torácica. desaparecendo em curto período ou após
● Ressonância vocal normal = sons abafados e manobras de tosse.
sílabas indistintas. ii. Sibilos → sons agudos (alta frequência).
● Voz falada e voz cochichada → verificar se há ● Ambos originam-se nas vibrações das paredes
presença de pectorilóquia fônica, afônica e brônquicas e do conteúdo gasoso quando há
egofonia. estreitamento destes ductos, seja por espasmo
● Em condições normais, a ressonância vocal constitui-se ou edema da parede ou achado de secreção
de sons incompreensíveis, mas, quando o aderida a ela, como ocorre na asma brônquica,
parênquima pulmonar está consolidado, a transmissão nas bronquites, nas bronquiectasias e nas
é facilitada e as palavras ficam nítidas.
obstruções localizadas.
● Pectoriloquia afônica e fônica: ausculta da voz falada
● Aparecem tanto na inspiração como na
(fônica) ou sussurrada (afônica) com nitidez, transmitida
através do parênquima pulmonar consolidado. expiração, mas predominam nesta última. São
● Broncofonia: aumento da ressonância vocal em fugazes, mutáveis, surgindo e desaparecendo em
decorrência de facilitação da transmissão das ondas curto período de tempo.
sonoras, na presença de condensação pulmonar.
● Egofonia: tipo especial de broncofonia, quando esta iii. Estridor
adquire qualidade nasalada e metálica. Auscultada na
● Produzido pela semiobstrução da laringe ou da
área de transição do limite superior dos derrames
traqueia, fato que pode ser provocado por difteria,
pleurais.
laringites agudas, câncer da laringe e estenose da
traqueia. Quando a respiração é calma e pouco
profunda, sua intensidade é pequena, mas, na ● Causas mais comuns: asma, bronquiectasia,
respiração forçada, o aumento do fluxo de ar infecções traqueobrônquicas
provoca significativa intensificação deste som. 1) ASMA
● Broncoconstrição e edema decorrentes de
iv. Sopros inflamação brônquica de origem alérgica.
● Quando o pulmão perde sua textura normal, como ● Sibilos, roncos e/ou estertores grossos.
nas pneumonias bacterianas (hepatização), nas ● Em crise (paciente hiperinsuflado)
grandes cavernas (brônquio de drenagem ● ↑ da FR, ↓ bilateral da expansibilidade
permeável) e no pneumotórax hipertensivo. ● Hipersonoridade, ↓ do FTV, ↓ do MV
● Tais sopros são chamados, respectivamente, de
tubários, cavitários e anfóricos. 2) BRONQUIECTASIA
○ Sopro tubário: é uma alteração que irá causar ● Infiltrado inflamatório nas vias respiratórias:
transmissão do som traqueal/brônquico na destruição dos componentes das paredes →
região de base do pulmão. Ocorre nas dilatação irreversível dos brônquios
síndromes de consolidação pulmonar. ○ Tosse produtiva com expectoração mucopurulenta
abundante, principalmente pela manhã → frequente
v. Atrito pleural hemoptises.
○ Inicialmente o exame é normal, mas, evolui com
● Em condições normais, os folhetos visceral e
anormalidades
parietal da pleura deslizam um sobre o outro,
■ ↓ da expansibilidade
durante os movimentos respiratórios, sem causar
■ Alteração (geralmente redução) do FTV
qualquer ruído.
● Hipersonoridade e Redução do MV
● Nos casos de pleurite, por estarem recobertas de
■ Estertores grossos, roncos ou sibilos
exsudato, passam a produzir um ruído irregular,
■ Submacicez (bronquiectasias basais extensas)
descontínuo, mais intenso na inspiração, com
frequência comparado ao ranger de couro atritado, 3) INFECÇÃO TRAQUEOBRÔNQUICA
o qual recebe a denominação de atrito pleural. ● Broncoconstrição e edema decorrentes da liberação de
● Representa um som de duração maior e mediadores inflamatórios provocada pelo agente
frequência baixa, de tonalidade grave e produz infeccioso.
vibração palpável, o que torna fácil distinguí-lo dos ● Sintomas gerais (febre, cefaléia), desconforto
estertores. retroesternal, rouquidão, tosse seca, expectoração
● Para reconhecê-lo, pode-se imitá-lo colocando mucosa que se converte em mucopurulenta
uma das mãos de encontro à própria orelha e (bacteriana)
atritando-a com a outra mão, com forte pressão. A ○ Estertores grossos.
sede mais comum do atrito pleural são as regiões
axilares inferiores, onde os pulmões realizam uma SÍNDROMES PARENQUIMATOSAS
movimentação mais ampla. ● Consolidação: pneumonias, infarto pulmonar e
● O aumento da pressão do receptor do tuberculose
estetoscópio sobre a parede torácica pode torná-lo 4) CONSOLIDAÇÃO
mais intenso. Sua causa principal é a pleurite ● Ocupação dos alvéolos por células e exsudato
seca. ● Dispneia e tosse (seca ou produtiva)
● A instalação de derrame pleural determina seu ● Expansibilidade diminuída, FTV aumentado,
desaparecimento. Submacicez/macicez, Estertores finos.
SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS
SÍNDROMES BRÔNQUICAS
● Redução do calibre, dilatação ou hipersecreção →
dispneia, aperto torácico, dor torácica difusa, sibilância
e tosse.
○ Edema de mucosa, aumento da produção de muco
e do tônus broncomotor → sibilos, roncos e
estertores grossos
●
● Acúmulo de secreção dentro do alvéolo 8) ESCAVAÇÃO OU CAVERNA PULMONAR
○ Usualmente não repercute na traquéia → segue no ● Eliminação do parênquima pulmonar por área de
seu local normal necrobiose (abscessos, neoplasias, tuberculose)
● Recebe pouco ar → expansibilidade diminuída
● FTV normal ou aumentado → presença de líquido ou
secreção 9) DPOC
● Ausculta → ruídos adventícios estertores ● Broncoconstrição e edema decorrentes da resposta
● Fases da pneumonia inflamatória anormal à inalação de partículas ou gases
○ 1) Consolidação tóxicos (secreção excessiva)
○ 2) Liquefação ● Tosse com expectoração mucopurulenta em pequeno
■ Começa a eliminar a secreção volume → períodos de piora e melhora (infecções,
■ Ouve os estertores crepitantes finos ou bolhosos poluição e tabaco)
(depende da quantidade de secreção) ● Estertores grossos em ambos hemitórax
● Roncos e sibilos (frequentes)
5) ATELECTASIA ● ↓ da expansibilidade (bilateral)
● Neoplasias e corpo estranho ● Hipersonoridade, ↓ do FTV e ↓do MV
● Desaparecimento do ar alveolar sem que o espaço seja
ocupado por células ou exsudato. SÍNDROMES PLEURAIS
● Redução do FTV e macicez 10) SÍNDROME PLEURÍTICA: Inflamação dos
folhetos (tuberculose, pneumonias) → atrito pleural
11)DERRAME PLEURAL
● FTV reduzido e macicez
●
● Alvéolos fechados → não estão aerando
○ Pneumonia, aumento das secreções, cirurgias
abdominais
○ Ficam colabados
●
○ Expansibilidade diminuída nas áreas afetadas
○ Acúmulo de líquido na pleura
○ Percussão maciço ou submaciço → não tem ar
■ Contaminação da TB, metástase pleural,
● Desvio para o lado da lesão
hipotireoidismo, síndrome nefrótica
■ Qualquer condição que provoque derramamento
6) HIPERAERAÇÃO
de líquido
● Enfisema pulmonar
■ Geralmente fica localizado nas bases
● Aumento anormal dos espaços aéreos distais
pulmonares → gravitacional!
● Redução do MV, tórax em barril, FTV diminuído e
■ Enceramento do pulmão para cima
hipersonoridade.
■ Efeito de massa → desvio para o lado oposto à
7) CONGESTÃO PASSIVA DOS PULMÕES lesão (assim como o pneumotórax)
● Causas: IVE e insuficiência mitral ○ Desvio da traquéia para o lado oposto
● Acúmulo intersticial de líquido → dispneia de esforço, ○ O líquido impede a aeração da região → não
dispneia de decúbito, dispneia paroxística noturna, expande e reduz FTV
tosse seca, estertores finos. ○ Percussão maciça
■ A medida que chega perto da área sadia pode
ficar submaciça
○ Ausculta ausente ou diminuída (MV -)
● 12) PNEUMOTÓRAX
● Acúmulo de ar no espaço pleural
● Dor, tosse seca, dispneia
● FTV reduzido e hipersonoridade
i.
d. Pulsações, Bulhas e ritmo.
e. Frêmito dos sopros (geralmente a partir de 4+/6+)
3. Ausculta
a. Focos de ausculta
●
○ Pulmão colabado → tudo envolvido por ar → o ar
faz com que a expansibilidade diminua → não vou
ter entrada de ar pelo pulmão → FTV diminuído
○ Percussão timpânica
○ Asculta → diminuída (MV reduzido ou ausente)
○ Lado contralateral → comprimido
i.
○ Traquéia → deve desviar para o lado contralateral
ii. Sugestão: começar pela base (A/P) e ir para o
○ Timpanismo, mais grave e mais alto
ápice: (T/M)
● Base → colocar o paciente para frente
APARELHO CARDIOVASCULAR ● Ápice → decúbito lateral esquerdo.
iii. Aórtico acessório → 3º EICE
Descrição: RCR em 2T, BNF, S/S, FC 78 bpm e PA 110 iv. Outros locais para ausculta de irradiação:
mmHg x 80 mmHg. Ritmo cardíaco regular em dois tempos, fúrcula, carótidas e linha axilar (anterior).
bulhas normofonéticas, sem sopros. Se aferir, descrever FC e
b. B1: M1 + T1 e B2: A2 + P2 (fisiológicas)
PA.
1. Inspeção i.
a. Abaulamentos e retrações ii. Caso o A2 atrase a ponto de ficar depois de P2
b. Pulsações → desdobramento paradoxal.
c. Ictus cordis → visualizar a pulsação c. B3 → protodiástole de Wiggers → som do galope
i. 4º-5º EI esquerdo - nível de linha hemiclavicular de cavalo → TUM TA TA (mais audível com
ii. Sua ausência não é patológica paciente em pé, no foco aórtico).
d. B4 → telediastólico → TLUM, TA ou TUM, TUM, TA
iii. Pode perceber alterações para esquerda
e. B4 … B1 _______________________ B2…. B3
(adentrando para a região axilar e dorso do tórax)
f. Sopros
ou direita (desvio para região esternal -
i. Sopros sistólicos → Ejeção x Regurgitação
sobrecarga do VD).
ii. Sopros diastólicos → Aspirativos x Ruflar
2. Palpação iii. Classificação dos sopros
a. Geralmente nos focos de ausculta ● + - / ++ - / +++ - / ++++ - / +++++ - / 6+
b. Ictus cordis (local, extensão, intensidade)
i. Segurar e pedir para deitar em DLE
ii. Geralmente ocupa 2 polpas digitais SÍNDROMES CARDIOVASCULARES
iii. Padrão de normalidade da pulsação
Insuficiência cardíaca:
● Hipertrofia miocárdica - aumento
● Esquerda:
● Diminuição da pulsação → IC
○ Retrógrado: congestão passiva pulmonar, dispneia,
c. Impulsão do mesocárdio (levantamento → patologia
ortopneia, DPN, dispneia aos esforços, estertores
de VD; VE → ictus)
finos.
○ Anterógrado: baixo DC, hipoperfusão periférica, pele
fria, pulsos filiformes, lipotímia, síncope.
● Direita
○ Retrógrado: estase venosa (jugular 35º/45º), b. Insuficiência mitral
hepatomegalia dolorosa, edema periférico, derrames
1) Válvula está aberta, mas deveria estar fechada →
cavitários,ascite.
SÍSTOLE
Dor da pericardite → pose maometana/genopeitoral i. Causas: doença reumática e PVM (prolapso de
valva mitral)
ii. AE recebe o sangue das veias pulmonares e o
sangue reflui → sobrecarga de volume →
aumento do átrio
iii. Aumento de cavidade esquerdas
● Desvio do ictus para a esquerda → para a axila e
para o dorso
a. Estenose aórtica ● Remodelamento perverso → disfunção do coração
1) Redução do orifício da valva aórtica 2) Caracterização do sopro (TUHH TA - homogêneo)
i. A válvula está fechada e deveria estar aberta (na
SÍSTOLE)
ii. GERA SOBRECARGA DE PRESSÃO NO VE →
trabalhar contra uma pós-carga aumentada (válvula
estenosada)
iv. SS de regurgitação holossistólico (doença
iii. TRÍADE: Dispneia(AR), angina(Coronárias) e
reumática) no FM com irradiação para axila
síncope(SNC)
v. PVM → geralmente o folheto posterior não se fecha
iv. Manifestações dependem da hipertrofia de VE →
de forma correta → mesotelessistólico
mecanismo para vencer a obstrução
3) Como diferenciar sobre de IT de sobre de IM?
2) Caracterização do sopro → “TUSS TA” (com pico)
vi. Manobra de Rivero Carvalho
● Inspiração profunda → redução da pressão
intratorácica → aumento de fluxo sanguíneo para
átrio direito → aumento do fluxo sanguíneo entre
átrio direito e ventrículo → identificação dos
murmúrios originados na valva tricúspide.
● Se aumenta no VD → sístole do VD → maior
v. Clique → abertura da valva com mais dificuldade, “emperrada” quantidade de sangue regurgitado pela tricúspide
vi. SS (sopro sistólico) ejetivo em crescente e → potencializa o sopro de IT.
decrescente (diamante) que pode se irradiar para c. Estenose mitral
FÚRCULA e CARÓTIDAS. 1) A válvula está fechada e deveria estar aberta (na
vii. Maior intensidade de sangue pela válvula no meio DIÁSTOLE)
da sístole → mesossistólico 2) Caracterização do sopro (TU TA RRUU)
viii. Sopro grosseiro, sobre rude.
3) Fenômeno de Gallavardin: ausculta do sopro mesmo
em outros focos → irradiação dentro do precórdio
4) Pulso parvus tardus / pulso da estenose aórtica
ix. Ao final A2 também estará prejudicada
x. PARVUS = menor amplitude / TARDUS = tardio,
prolongado ● Sopro audível → enchimento rápido (alta
● Pulso de menor amplitude, não é um pulso cheio intensidade), intensidade do sopro vai diminuindo
● Tardus → como a válvula está estenosada → até que ele zera, segue então uma nova força de
duração um pouco menor contração (atrial) que faz com que o sopro volte
5) Manobras a ter uma alta intensidade → pela passagem do
xi. A intensidade do sopro é reduzida com manobras sangue pela válvula estenosada (reforço que
que reduzem o retorno venoso → Valsalva ocorre ao final da diástole)
xii. Agachamento → aumento do retorno venoso → i. Sopro MESODIASTÓLICO com reforço
aumento do sopro. pré-sistólico
xiii. Aumentada na posição de cócoras.
ii. Ou reforço telediastólico → antes do início da sangue aspirada pela válvula aórtica
sístole deficiente → sopro aumenta de intensidade
iii. Sopro tipo “RUFLAR” vi. 4.2 Expiração
iv. “Bater de asas de um pássaro” → devido a 1.Expiração profunda → menos sangue chegando
passagem do sangue por um espaço reduzido no VE → aumento do diferencial de pressão
(Aorta x VE)
2) Mais audível em decúbito lateral esquerdo vii. 4.3 Manobra de Valsalva → diminui o sopro.
v. Coloca o esteto em decúbito dorsal e pede para o 5) Pulso em martelo d'água
paciente migrar para decúbito lateral esquerdo. viii. Contrário do parvus tardus → Pulso forte e curto
ix. Aparece devido às grandes diferenças entre a
3) M1 hiperfonética pressão sistólica e diastólica que surgem devido à
vi. O fechamento de uma válvula estenosada também “aspiração” do sangue da aorta para o VE
provoca o aumento do som ruído de abertura e de e. Grande diferencial de pressão
fechamento 6) Sinais e sintomas → dispneia, angina do peito
4) Sopro mais difícil de auscultar → baixa frequência i. Coração
1.Ictus cordis deslocado para a esquerda e para
d. Insuficiência aórtica baixo → indicativo da dilatação do VE
4) PALPAÇÃO
A. Paciente em decúbito dorsal, braços ao lado do corpo e
pernas descruzadas.
B. Começar no quadrante oposto à dor → evitar a
contração do abdômen
C. Palpação superficial
i. Mão desliza suavemente sobre o abdômen em
movimentos rotatórios sem aprofundar a mão
ii. Intenção de palpar a parede abdominal
iii. Avaliar: sensibilidade, resistência da parede,
● Plano mediano x Plano transumbilical pulsações, falhas da parede
● Linhas hemiclaviculares x Linha subcostal e linha D. Palpação profunda
transtubercular i. Aprofundar as mãos juntas, para palpar estruturas
B. Tipo abdominal intra-abdominais
● Em avental, gravídico, batráquio, globoso, plano ii. Geralmente só consegue identificar ceco, sigmóide
C. Hérnias e diástases e a borda hepática
● Fazer pressão → manobra de Valsalva(dinâmica)
iii. Massas: localização, consistência, dimensões,
● Paciente em pé
mobilidade, sensibilidade e pulsatilidade
E. De todos os órgãos abdominais, aquele que tem maior
possibilidade de ser palpado é o sigmóide.
i. Sinal de Gersuny (fecaloma).
● Fazer uma palpação profunda com a mão
espalmada sobre a massa tumoral (fecaloma) até
que haja contato com a mesma.
● Em seguida, retira-se a mão com suavidade,
D. voltando a comprimi-la ritmicamente.
E. Presença de circulação colateral ● Pode-se perceber, então, um crepitar típico,
a. Veia cava superior, inferior e cabeça de provocado pela passagem de ar entre a parede do
medusa (periumbilical) cólon e a massa fecal.
F. Pesquisar a presença do sinal de Blumberg, que é a
provocação da dor à descompressão brusca do
2) AUSCULTA
abdome.Indicativo de irritação peritoneal
A. 4 quadrantes ao menos 1’ por quadrante.
● RHA normoativos
● RHA hiperativos: obstruções ou semi-obstruções, ROTEIRO - EXAME DO FÍGADO
diarréias. 5) MANOBRAS
● RHA hipoativos: íleo paralítico A. Lemos Torres
B. Você pode fazer pequenas palpações para estimular a i. Lado direito do paciente, mãos justapostas no
movimentação, para confirmar caso de íleo paralítico.
sentido longitudinal
ii. Olhando para o rosto do paciente 7) ASCITE
iii. Inspirou → aprofunda os dedos A. Piparote
B. Garra/Mathieu B. Macicez móvel
i. Lado direito, olhando para os pés do paciente C. Semicírculos de Skoda
ii. Colocar as mãos justapostas, formando uma garra D. Percussão no hipogástrico com paciente em pé
iii. Aprofunda a mão, pede para o paciente inspirar e
quando ele inspirar, aprofunda para flagrar o fígado 8) VESÍCULA BILIAR
C. Rechaço → não é específica do fígado
A. Ponto cístico (linha hemiclavicular direita e rebordo
costal)
B. Sinal de Murphy → Ponto cístico → inspiração
profunda concomitante com aprofundamento da
palpação há parada da respiração
C. Courvoisier Terrier (sente massa palpável no HCD,
indica câncer de colédoco distal ou cabeça de
i. Líquido livre na cavidade abdominal → fígado
pâncreas)
“boiando”
ii. Manobra do telegrafista → joga o fígado para
baixo → boia e bate de volta nos seus dedos 9) RINS
A. Palpação
D. Manobras do baço são HOMÓLOGAS a. Método bimanual ou de GUYON
i.
i. Posição de Schuster facilita o exame ii. Decúbito dorsal
ii. Em decúbito lateral direito, o paciente deve estar iii. Uma das mãos transversalmente na região lombar,
com a perna direita estendida e a coxa esquerda fazendo pressão para cima
fletida sobre o abdome em um ângulo de 90°; iv. Outra mão anteriormente, debaixo do rebordo costal,
ademais, o ombro esquerdo é elevado, na linha clavicular média → com inspiração, o rim se
colocando-se o braço correspondente sobre a desloca para baixo (mão do examinador = lado
cabeça. palpado → D/D e E/E)
iii. BAÇO: 1º percutível, depois palpável v. Também em decúbito lateral, sobre o lado oposto,
com MMII em semi-flexão = MÉTODO DE ISRAEL
6) DIMENSÕES
A. Borda → Fina x Romba
B. Superfície → Lisa x Irregular
C. Sensibilidade → Indolor x Dolorosa
D. Consistência → Normal x Endurecida
E. Hepatimetria
1. ALTERAÇÕES DE COR
○ Não confundir com Hematoma → ● Nas anteriores o conteúdo é seroso, aqui o
extravasamento sanguíneo → elevação da conteúdo é pus
pele iv. Abscesso
iv. Depósito pigmentar → hemossiderina ● Coleção purulenta de dimensões variáveis,
flutuante, de localização dermo-hipodérmica ou
B. Elevações edematosas subcutânea
i. Lesão urticada/urticária ● Pode ser quente, quando acompanhada de sinais
● Formações sólidas, uniformes, e forma variável flogísticos e frio, sem sinais flogísticos
● Sem sinais flogísticos → frio (ainda em formação)
C. Lesões sólidas ● Ex: furunculose, hidradenite, abscesso
i. Pápulas tuberculoso
● Elevações sólidas da pele de até 1cm de diâmetro v. Hematoma
(não acomete subcutâneo) → derme e epiderme ● Formações circunscritas, de tamanhos variados,
● Superfícies bem delimitadas decorrentes e extravasamento de sangue,
● Bordas facilmentes percebidas (inspeção) provocando sobrelevações.
● Ex: verrugas, picadas de inseto, acne ● Atinge o subcutâneo (diferença da equimose)
ii. Tubérculos
● Elevações sólidas da pele > 1 cm E. Alterações da espessura da pele
● Situadas na derme i. Queratose
● A pele ao redor pode ser normal, eritematosa, ● Submetida à pressão constante
acastanhada ou amarelada ● Modificação circunscrita ou difusa da espessura
● Quando infecção → sinais flogísticos da pele, que fica consistente, dura e inelástica
● Podem deixar cicatrizes pelo espessamento da camada córnea
● Ex.: sífilis, tuberculose, tumores ii. Espessamento ou infiltração
iii. Nódulos, nodosidades e goma ● Hanseníase virchowiana
● Formações sólidas localizadas na hipoderme, ● Limites imprecisos
mais perceptíveis pela palpação do que pela ● Aumento da espessura da pele, com menor
inspeção evidência de sulcos
● Nódulo: tamanho pequeno como ervilha iii. Liquenificação
● Nodosidade: mais volumosa ● Aumento do espessamento da pele e das
● Goma: nodosidade que tende a amolecer e ulcerar, acentuação das estrias (contrário do
quando rompe elimina material viscoso espessamento, vê melhor os sulcos)
○ Consistência firme, ● Quadriculado em rede
○ Cisto sebáceo infectado ● Geralmente se rodeia por pele com coloração
○ supurativa(Sai pus) castanho-clara
iv. Vegetações → verrugas ● Eczema, em qualquer área sujeitas à coçadura
● Lesões salientes, lobulares, filiformes ou em constante
couve-flor, de consistência mole e agrupadas em iv. Esclerose
maior ou menor quantidade ● Aumento da consistência da pele, que se torna
mais firme, aderindo aos planos profundos,
D. Tumorações com coleções líquidas apresenta dificuldade de ser pregueada entre os
i. Vesícula dedos
● Elevação circunscrita da pele com conteúdo v. Edema
líquido em seu interior ● Acúmulo de líquido no espaço intersticial
● < 1 cm ● Pele brilhante e lisa
● Varicela, herpes-zóster, queimaduras, eczemas e ○ Perde o brilho no edema crônico.
tinhas (micoses superficiais) ○ Sinal do cacifo
● Diagnóstico diferencial → pápula é sólida e vi. Atrofias
vesícula é líquida ● Perne fisa, lisa, translúcida e preguedada
ii. Bolha ● Fisiológica: atrofia senil
● Diâmetro > 1cm → Conteúdo seroso ● Determinadas por agentes mecânicos ou físicos:
iii. Pústula estrias atróficas, radiodermites.
● Vesículas/bolhas infectadas com pus
● Atenção em diabéticos
F. Lesões por perdas e reparos teciduais ○ Porta de entrada para germes
i. Escamas oportunistas
● São lâminas epidérmicas que se desprendem da ○ Osteomielite, perda de função
superfície cutânea vii. Crosta
ii. Furfuracea: aspecto de farelo → ex.: pitiríase ● Ressecamento de secreção serosa, sanguínea,
versicolor purulenta ou mista que recobre uma área cutânea
iii. Laminares ou foliáceas: apresentam aspectos em previamente lesada
tiras ● Ex: fase final dos processos de cicatrização,
● Ex: caspa, pitiriase versicolor, psoríase, impetigo, eczema, etc
queimadura da pele por raios solares
iv. Erosão ou exulceração viii. Escara (úlcera de pressão é o termo certo)
● Perda da parte mais superficial da pele, atingindo ● Tecido cutâneo necrosado, secundário à pressão
apenas (especialmente) epiderme isolada ou combinada com fricção ou
● Não deixam cicatrizes cisalhamento
● Traumática: escoriação ● Área insensível, de cor escura, separada do tecido
● Não traumáticas: secundárias a ruptura de sadio por um sulco
vesículas, bolhas ● Ocorre mais em idosos e acamados.
v. Ulcerosas ● Calcâneo, sacro → pacientes muito tempo
● Mais profundas, atingem a derme acamados, regiões de alta pressão → perfusão
● Deixam cicatrizes comprometida → falta de sangue → se não for
● Podem atingir a hipoderme tratada pode levar a ostiomielite.
● Bordos mais elevados
● Ex.: úlceras crônicas, lesões malignas de pele, ix. Cicatriz
leishmaniose ● Reposição de tecido destruído pela pro
● Reprimidas ou exuberantes
vi. Fissuras ou rágades
● Perda de substância linear, superficial ou
profunda, sem interveniência de qualquer
instrumento cortante ●
● Compromete a epiderme e a derme ● Quelóide → costuma ultrapassar o limite do
● Situa-se mais no fundo de dobras cutâneas ou ao trauma e criar pele além de onde foi o ferimento.
redor de orifícios naturais
APARELHO ENDÓCRINO
c. Frontal (polegar) e posterior (indicador e dedo
1. Palpação da tireóide médio)
d. Procurar abaixo da cartilagem cricóide → pedir
para o paciente deglutir → ir em direção ao
ramo medial do esternocleidomastoideo
e. Palpar cada um dos lobos e posteriormente o
istmo (à deglutição)
f. Palpar linfonodos cervicais, conjuntamente
g. https://www.youtube.com/watch?v=N9Emb_tBY
JU
a.
b. Descrição
● Volume, consistência, superfície, mobilidade a
deglutição, dor à deglutição (raro)
● Manobras de deglutição
1.
Pontos para teste
ii. Sensibilidade vibratória (1ª alteração)
iii. Palpação de pulsos pediosos e tibiais
posteriores
h.
2. Sinais de hipocalcemia
a. Chvostek → percussão no facial → repuxada
do rosto para o lado percutido
i. Usualmente existe a fatigabilidade →
no paciente com hipocalcemia, como
existe hiperexcitabilidade, o reflexo
iv.
estará sempre presente.
v. Atrofia dos músculos interósseos →
ii. https://www.youtube.com/watch?v=xo0
tendões evidentes
J0gbKgZM
vi. Retração da atrofia muscular → dedos
b. Trousseau
retificados → porção distal dos dedos e
unhas tocam no chão
vii. Alterações predispõem a úlceras →
risco de osteomielite
i.
ii. Tensiômetro bloqueando a passagem
do sangue → isquemia → contratura
do polegar e do carpo, com
estiramento dos dados e uma
contratura do polegar até uma flexão
do carpo
iii. https://www.youtube.com/watch?v=87io
SR37wd0 c.
c. Importante pois a hipocalcemia pode levar a 4. Clínica
parada respiratória a. Acromegalia → extremidades alongadas, hipertrofia
de lingua, letargia, sudorese, fraqueza muscular,
3. Avaliação do pé diabético artralgia (azoospermia, amenorreia)
b. Síndrome de Cushing → fácies pletórica e em lua
a. https://www.youtube.com/watch?v=s-GG0YQq
cheia, giba dorsal, obesidade centrípeta, estrias
DuE violáceas largas, membros finos, hirsutismo,
b. Pé neuropático hipertricose, acne.
i. Teste do monofilamento (risco de c. Doença de Addison → escurecimento dos dedos,
aumento da pressão e lesões) gengiva e pele.
d. SOP → oligo ou amenorreia, obesidade, hirsutismo,
complicações metabólicas (HAS, DM), infertilidade,
acantose nigricans.
e. Hipotireoidismo → apatia, sonolência, intolerância
ao frio, retenção de líquidos de ganho de peso, pele
seca, fadiga, letargia, dificuldade de concentração,
bradicardia, hipercapnia, constipação, câimbras,
parestesia, fraqueza muscular.
f. Hipertireoidismo → intolerância ao calor e sudorese, costocondrais, deformidades esqueléticas (genu
irritabilidade, ansiedade, perda ponderal, varum e genu valgo)
hiperdefecção, fraqueza, fadiga, tremor, taquicardia. h. Hiperparatiroidismo → fraturas, alterações
i. Unhas de Plummer → afastamento do leito neuromusculares, perda de peso (anorexia),
ungueal arritmias, excitabilidade e letargia.
ii. Graves → retração ocular, lid-lag,
g. Hipoparatireoidismo → raquitismo, alargamento das
extremidades dos ossos longos e junções
APARELHO REUMATOLÓGICO
2. Síndrome do Túnel do Carpo
1. Manobras para avaliação de a. Síndrome do túnel do carpo → compressão do
epicondilite nervo mediano → queixa de dor e parestesia
A. Dor à palpação do epicôndilo no 1º, 2º, 3º e metade do 4º quirodáctilo
B. Testes provocativos → epicondilite lateral → b. Teste de Phalen → avaliar o túnel do carpo
extensão de punho contra resistência → dor na i. Dorso dos punhos uns sobre os outros
área de epicôndilo lateral e o punho em flexão de 90º
ii. Medir por 1’ → se o paciente referir
parestesia → positivo
SEMIOLOGIA DO IDOSO