Osteorradionecroe Tarefa
Osteorradionecroe Tarefa
Osteorradionecroe Tarefa
Tarefa 4
A radioterapia, por exemplo, é uma arma eficaz contra o câncer bucal sendo
um tratamento loco-regional, porém, adversamente causa alterações visíveis
nos tecidos adjacentes às áreas irradiadas, sendo necessário, previamente à
radioterapia, alguns cuidados preventivos para minimizar esses efeitos. Dentre
os efeitos adversos, a osteorradionecrose é a mais severa das complicações
que acometem o paciente em tratamento com câncer de cabeça e pescoço.
Bom trabalho!
O câncer é considerado um problema de saúde pública no mundo. Segundo o INCA, no
ano de 2018 ocorreu no mundo 18 milhões de casos novos de câncer. No Brasil, para
cada ano do triênio 2020-2022 estima-se que ocorrerão 625 mil casos de câncer. Apesar
desta incidência alarmante estratégias de abordagem do câncer têm propiciado aumento
de sobrevida, melhora na qualidade de vida, e diagnóstico precoce.
É fundamental minimizar os efeitos colaterais imediatos e tardios da terapia
antineoplásica, neste sentido uma equipe multiprofissional é capaz de abordar todos os
aspectos do tratamento oncológico.
O papel do cirurgião-dentista no que diz respeito a pacientes oncológicos, é de prevenir
os agravos bucais durante e após o tratamento antineoplásico. Para se estabelecer o
melhor tratamento para um paciente oncológico se faz necessário uma consulta prévia
com o cirurgiã-dentista nos dias que antecedem o início do tratamento, para que o
dentista possa realizar um exame clínico minucioso da cavidade bucal e estabelecer o
melhor plano de tratamento, e posteriormente realizar a adequação da cavidade oral,
como também orientar a higiene bucal com escova de cerdas macias, dentifrício com
flúor e bochechos, enfatizando a importância de uma adequada higiene para a prevenção
e diminuição dos agravos causados pela má higiene.
O paciente que passa pela terapia antineoplásica pode apresentar diversas manifestações
de toxicidade na boca, como xerostomia, mucosite, hipossalivação, mudanças no
paladar, lesões infecciosas e inflamatórias, osteorradionecrose, cárie de radiação,
cândida e muita dor. Por isso a odontologia é bastante presente no dia a dia do
tratamento desses pacientes. Todas essas complicações decorrentes do tratamento,
levam o paciente a uma importante morbidade, ele não consegue falar, se alimentar, se
relacionar, causando um impacto na vida desse paciente.
A osteorradionecrose é um efeito colateral que ocorre em pacientes submetidos a
radioterapia de cabeça e pescoço, conceitua-se a ORN como necrose asséptica de tecido
ósseo. É considerada a complicação mais severa do tratamento radioterápico, que pode
se desenvolver de forma precoce ou após meses e até anos do término da radioterapia. O
risco de desenvolver ORN é aumentado quando a dose total de radiação é maior que
6.000 cGy, quando há má higiene oral, processos cariosos, abscesso dento-alveolar,
doença periodontal avançada, extrações dentárias pós radiação e qualquer outro
procedimento invasivo no qual o osso seja manipulado.
É de fundamental importância que o paciente passe por uma avaliação odontológica,
antes de ser submetido a radioterapia de cabeça e pescoço. Na primeira consulta, deve
ser realizado todos os procedimentos necessários para adequação bucal e remoção dos
focos infecciosos, para que se minimize a chance do paciente de necessitar de
tratamentos invasivos posteriormente, reduzindo os riscos de ORN. Deve-se também
realizar uma orientação ao paciente, abordando sobre os possíveis efeitos colaterais
causados pelo tratamento oncológico, bem como ele deve proceder nestes casos, além
de ser orientado quanto a higiene e outros cuidados orais, e fazer o acompanhamento
para verificar a evolução do caso.
Diante das complicações causadas pela ORN, o cirurgião dentista deve manejar a dor do
paciente e aumentar a qualidade de vida. Realizar o tratamento de forma mais
conservadora possível, com debridamento e desinfecção da ferida com soluções
antimicrobianas, e o uso de antibióticos, e se necessário a realização de sequestrotomia,
e também um rigoroso acompanhamento clínico. E para os casos refratários indica-se a
cirurgia radical e o uso da câmera hiperbérica.
Referências Bibliográficas