Livro de Cálculo Diferencial e Integral II
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ainda jovem, um problema de gravitação mútua que tinha frustrado Euler e Lagrange. Seu trabalho
contribuiu para a análise do sistema solar. Laplace generalizou as leis da mecânica para sua
aplicação ao movimento e às propriedades de corpos celestes, por isso precisou e desenvolveu
resultados em cálculo de várias variáveis. Seu famoso tratado sobre este assunto foi intitulado
Mécanique celeste. Em 1782, Adrien Legendre (1752--1833) venceu um prêmio de pesquisa da
Academia de Berlim com seu trabalho sobre balística exterior. Analisou a curva descrita pelas bolas
de canhão, levando em consideração a resistência do ar e desenvolveu relações para alcance dadas
as velocidades iniciais. Legendre pôde desenvolver estas equações a partir de seu trabalho avançado
em equações diferenciais e cálculo de várias variáveis.
Sylvestre François Lacroix (1765--1843) escreveu um tratado importante sobre cálculo em
1797. Em seu livro, unificou e generalizou muitos métodos para incluir cálculo de várias variáveis.
Enquanto Lacroix seguiu muitos dos fundamentos estabelecidos por Euler, também incorporou
resultados obtidos no final do século 18 ao seu texto. Seu tratado expandiu o papel do cálculo de
várias variáveis nas ciências. O matemático francês Joseph Fourier (1768--1830) também aplicou
cálculo para resolver problemas práticos em ciência. Por sua habilidade, foi selecionado por
Napoleão para ir numa expedição ao Egito como consultor técnico em engenharia e pesquisa
técnica. Posteriormente, Fourier continuou sua pesquisa matemática usando seu entendimento de
derivadas parciais e de cálculo de várias variáveis. Fourier fez contribuições para o estudo e cálculo
de difusão de calor e para a solução de equações diferenciais. Muito daquele trabalho aparece em
seu influente livro Théorie analytique de la chaleur.
À frente daqueles que contribuíram para o cálculo de várias variáveis estava Carl Friedrich
Gauss (1777--1855). As conquistas de Gauss em ciências e matemática foram assombrosas. Seu
desenvolvimento de uma teoria de órbitas planetárias foi publicado em 1809. Gauss desenvolveu e
provou o Teorema da Divergência enquanto trabalhava na teoria de gravitação, mas suas anotações
não foram publicadas até muitos anos depois, por isso, foi dado crédito a outros pelo
desenvolvimento e prova deste importante resultado de várias variáveis. O teorema é, algumas
vezes, chamado de Teorema de Gauss. Gauss desenvolveu resultados que estabeleceram a teoria do
potencial como um ramo coerente da matemática. Mikhail Ostrogradsky (1801--1862) foi o
primeiro a publicar uma prova do teorema da divergência. Ostrogradsky deixou a Rússia para Paris
em 1822 onde encontrou Laplace, Legendre, Fourier, Poisson e Cauchy. Enquanto trabalhava na
teoria do calor na metade da década de 1820, formulou o teorema da divergência como uma
ferramenta para tornar integrais de volume em integrais de superfície.
O matemático francês Siméon Poisson (1781--1840) estudou com Lagrange e Laplace,
fazendo seu trabalhos iniciais em mecânica. Utilizou a matemática nas aplicações de elasticidade e
vibrações. O famoso matemático Augustine Cauchy (1789--1857) construiu sobre os conceitos de
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1 ) Temos V: V(r, h) = r 2h
Em:
2 ) Temos P: P( n, T, V) = ( Lembrar que r é constante )
Gráfico:
R R
h V
V P
R R
04) Um fabricante pretende vender um novo produto por um preço unitário de A reais e estima que
se gastar x mil reais no desenvolvimento do produto e y mil reais em propaganda, os consumidores
R:
05) Um fabricante com direitos exclusivos para produzir uma nova máquina industrial sofisticada
pretende vender um número limitado dessas máquinas a firmas nacionais e estrangeiras. O preço
que o fabricante espera receber pelas máquinas depende do número de máquinas produzidas. O
fabricante calcula que se fornecer x máquinas ao mercado interno e y máquinas ao mercado externo,
as máquinas serão vendidas por reais por unidade no mercado interno e pelo
função de x e y. R:
06) O valor das prestações mensais M para pagar um empréstimo de P reais a ser pago em t anos a
07) Uma empresa fabrica dois modelos de impressoras, um de baixa resolução e outra de alta
resolução. A função custo para produzir x impressoras de baixa resolução e y impressoras de alta
resolução é . Determine o custo para produzir 80 impressoras
de baixa resolução e 20 impressoras de alta resolução. R: R$ 21.960, 00.
08) Os ganhos por ação da McDonald’s Corporation entre 1991 e 1999 podem ser modelados pela
função onde x é a receita total (em bilhões de dólares) e y é o capital
(em bilhões de dólares).
a) Determine os ganhos por ação para x = 12 e y = 9.
b) Qual das duas variáveis desse modelo tem maior influência sobre os ganhos por ação?
R: Justifique sua resposta.
GRÁFICOS
Uma função de duas variáveis pode ser representada graficamente como uma superfície no
espaço, fazendo-se z = f (x, y). Ao fazer o gráfico de uma função de x e y, tenha em mente que,
embora o gráfico seja tridimensional, o domínio da função é bidimensional, pois consiste nos
pontos do plano (x, y) para os quais a função é definida.
Questões Resolvidas:
1) Determine o domínio e a imagem da função f ( x,y ) = .
Solução:
Temos pois: x² + y² 8² ( círculo)
logo, ou Imf = [ 0; 8 ].
Centro (0,0)
e raio 8 Gráfico do Domínio da
função
x
Gráfico da z
função. 8 8
HEMISFÉRIO SUPERIOR
-8 8 y
y -8 8
8
-8
x
Gráfico do Domínio:
y
4
4
3) Idem para
Solução:
x² - y² > 0 ( x + y ).(x – y ) > 0 OU
Logo: D(w) =
Gráfico do Domínio: x
(B) (A)
x+y<0 x+y>0
x-y<0 x-y>0
a) Determine o domínio de f. R:
a) Determine o domínio de f. R:
a) Determine o domínio de f. R:
b) Calcule f(3, 1). R: .
1) 9) w =
2) 10) y =
3) 11) z =
4) 12) w =
5) 13) z = Ln
6) 14) z =
7) 15) z = Ln
8) 16) z = e
CURVAS DE NÍVEIS
Definição (1): Uma função real de duas variáveis reais é uma função F: R 2 R que associa
o par (x, y) ao número real z = f(x, y).
Definição (2): Curva de nível de uma função z = f(x, y) é a curva f(x, y) = c, no plano - xy,
isto é, a interseção da superfície z =f(x, y) com o plano z = c, onde c é uma constante qualquer.
As curvas de níveis aparecem em muitas situações diferentes tais como mapas topográficos.
Na economia, por exemplo, se a produção de um processo é determinada por dois insumos
x e y (horas de trabalho e capital imobilizado, por exemplo), a curva de nível é chamada
de curva de produto constante C, ou, mais resumidamente, de isoquante (“ iso” é um prefixo que
significa “igual”).
Outra aplicação das curvas de nível na economia envolve o conceito de curvas de
indiferença. A um consumidor que está pensando em comprar várias unidades de dois produtos é
associado a uma função de utilidade que mede a satisfação (ou utilidade) que o consumidor
recebe) que o consumidor recebe ao adquirir x unidades de do primeiro produto e y unidades do
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definida em todo plano R2 A função g: R2 R definida pela lei g(x, y) = que tem valores
para todos os pontos do plano (x, y) (0, 0). Como as funções de uma variável, podemos definir
um gráfico para as funções de duas variáveis, como sendo o conjunto dos pontos do espaço (x, y, z),
tal que z = f(x, y).
De um modo geral, o gráfico de uma função de duas variáveis é uma superfície no R3.
Por domínio de uma função z = f(x, y) entendemos como o conjunto dos pontos (x, y) do
plano-xy no qual a função é definida, isto é, no qual ela assume um valor real.
plano-xy tais que 4 – x2 – y2 > 0 ou x2 + y2 < 4, que constituem os pontos interiores ao círculo com
centro na origem e raio 2. O domínio da função f(x, y) = arc sen + será:a primeira parcela
Questões Propostas
01) A utilidade para um consumidor da aquisição de x unidades de um produto e y unidades de um
segundo produto é dada pela função de utilidade . Se o consumidor possui x = 16
unidades do primeiro produto e y = 20 unidades do segundo determine o nível de utilidade do
consumidor e plote a curva de nível.
R: 1.280
02) Quando x máquinas e y homens-horas são usados, certa fábrica produz telefones
celulares por dia. Descreva a relação entre os insumos que resulta em uma produção diária de 1.000
telefones celulares. (isso equivale a determinar uma curva de nível de Q).
R:
03) O quociente de inteligência (QI) de uma pessoa é dado pela função , onde a é a
04) Quando uma grande quantidade de terra está sendo manipulada, o ar pode ficar contaminado
com partículas. Para estimar a emissão de partículas, foi proposta a seguinte fórmula empírica dada
abaixo, onde E é o fator de emissão (libras de partículas liberadas por tonelada de terra
manipulada), V é a velocidade do vento (milhas por hora), M é a umidade do material (dada na
forma de uma porcentagem) e K é uma constante que depende do tamanho das partículas:
a) Para partículas pequenas (5 mm de diâmetros), k = 0,2. Calcule E(10, 13). R: 1,147 10-4
b) A emissão total é dada pelo fator de emissão E multiplicação pela quantidade de terra
manipulada em toneladas. Suponha que 19 toneladas do material do item (a) sejam manipuladas.
Quantas toneladas de um segundo tipo de material com k = 0,48 (partículas de 15 mm de diâmetros)
e 27% de umidade teriam que ser manipuladas para produzir a mesma emissão total?
R: 22 toneladas
c) Trace várias curvas de nível de E(V, M) supondo que o tamanho de partícula permaneça
constante. O que representam essas curvas?
R:
05) De acordo com uma lei de Poiseuille, a velocidade do sangue em um vaso sanguíneo a uma
distância r (em cm) do eixo vaso é dado por , onde P (em dinas/cm2) é a
pressão no vaso, R (em cm) é o raio do vaso e L (em cm) é o comprimento do vaso:
a) Suponha que R = 0,0075 cm. Calcule V(3875; 1,675; 0,004). R: 0,866 cm/s.
b) Se r = 0,5R V se torna função apenas de P e L.Trace várias curvas de nível de V(P,L).
06) De acordo coma equação de van der Waal, 1 mol de um gás confinado satisfaz a equação ao
06) A água usada na fabricação de semicondutores deve ser extremamente pura. Para separar a água
das impurezas, utiliza-se um processo conhecido como osmose reversa, no qual se faz a água passar
por uma membrana semipermeável. Um parâmetro importante deste processo é a pressão osmótica,
que pode ser calculada através da equação de Van’t Hoff’ , onde P
é a pressão osmótica em atmosférica, N é o número de íons por moléculas do soluto, C é a
concentração do soluto em gramas-mols por litro e T é a temperatura do soluto em graus
centígrados. Determine a pressão osmótica de uma solução de cloreto de sódio (NaCL) com uma
concentração de 0,53 gmol/L a uma temperatura de 23 °C. (Cada molécula de NaCL) contém dois
íons: e . R: 23,54.
aberta em .
Bola Fechada:
Se A é um ponto em e r é um número positivo, então a bola fechada é definida
com o conjunto de todos os pontos P em que
. a-r a+r
a
Definição 1:
Seja f uma função de duas variáveis definida em um disco aberto ou bola aberta
No estudo de limite feito no cálculo I, verificamos que o limite f(x) existe se, somente se, os
limites laterais e , forem iguais. Tratando com limites de uma função f de duas
é, ou mais variáveis, isto devemos supor que o ponto (x, y) se aproxima do ponto (x 0,
y0), não apenas pela direita ou pela esquerda, mas também por qualquer direção. Podemos ainda
supor que o ponto (x, y), se aproxima de (x0, y0), ao longo de uma curva.
Dizer que o , significa que quando o ponto (x, y), tende (x0, y0) por qualquer
direção f(x, y) tende ao mesmo limite. Portanto um meio conveniente de mostrar que f(x, y) tende a
dois limites quando (x, y), tende para (x0, y0), por duas direções diferentes.
O limite da função quando o ponto (x, y) tende para (x0, y0), por qualquer caminho
que passe por (x0, y0) e por exemplo, se (x0, y0) = (0, 0). Os caminhos podem ser (x = 0,
y = 0, , com , e ).
Continuidade: Suponha que f seja uma função a duas variáveis e que o ponto (x0, y0), seja o
centro de um círculo de raio positivo contido no domínio de f, dizemos que f é contínua em (x 0, y0),
se as três condições abaixo forem verificadas:
1) existe e é bem determinado.
Obs: O mesmo estudo que foi feito para o estudo de limite de função de uma variável aplica-
se também para duas ou mais avariáveis.
Exemplos:
1) Encontrar Temos: .
2) Temos: .
3) Temos:
Questões Propostas
01) Usando a definição de limite verifique:
1) 5)
2) 6)
3) 7)
4) 8)
1) R: 2 15) R: 2
2) R: -6 16) R: 1
3) R: 17) R:
4) R: 0 18) R:
5) R: 0 19) R:
6) R: 3 20) R: 1
7) R: 21) R: 2
8) R: 22) R: 3
9) R: 23) R:
10) R: 24) R:
11) R: 25) R:
12) R: 26) R: 2
13) R: 27) R:
14) R: 0 28) R:
1) 2)
1) R: 1
2) R: 4
3) , no ponto R: É contínua
5) R: É contínua
1) R:
2) R: 0
3) R: 1
4) R:
5) R:
DERIVADAS PARCIAIS
As aplicações das funções de várias variáveis procuram determinar como variações de uma
das variáveis afetam os valores das funções. Por exemplo, um economista que deseja determinar o
efeito de um aumento de impostos na economia pode fazer seus cálculos utilizando diferentes taxas
de imposto, mantendo constantes outras variáveis, como desemprego, etc.
Analogamente, determinamos a taxa de variação de uma função f em relação a uma de suas
variáveis independentes, que nada mais é que achar a derivada de f em relação a uma de suas
variáveis independentes. Este processo chama-se DERIVADA PARCIAL.
Umas funções de várias variáveis têm tantas “parciais” quantas são suas variáveis
independentes.
Se z = f(x,y), então derivadas parciais de primeira ordem de f em relação a x e y. são
y constante
x constante
Exemplos:
= - 2x² y + 2x³
= cos ( 2x + y ) . 1 = cos ( 2x + y )
= 4xy + 3y² - 4
= 2x² + 6xy
Solução:
PARA ( x, y ) ( 0, 0 )
PARA ( x, y ) = ( 0, 0 )
( 0,0 ) =
( 0,0 ) =
Resumindo:
NOTAÇÕES:
Derivadas parciais de primeira ordem:
Seja z = f (x,y):
Exemplo:
Solução:
Exercícios:
1 ) z = ex.cos y
2)z=
3 ) z = arctg ( x² + y² )
4)z=
REGRA DA CADEIA
Derivada total
Exemplos:
1) determine
Solução:
Portanto
2) determine
Solução:
Portanto.
Exercícios:
a) b)
c) d)
e)
DERIVAÇÃO IMPLÍCITA
Até agora, estudamos funções que envolvem duas variáveis que se apresentam de forma
explícita: y = f(x), isto é, uma das variáveis é fornecida de forma direta ( explícita ) em termos da
outra.
y = 4x - 5
Por exemplo: s = -25t² - 18t
u = 9w – 35w²
Nelas dizemos que y, s, e u são funções de x, t e w, EXPLICITAMENTE. Muitas funções,
porém, apresentam-se na forma implícita, veja o exemplo abaixo:
: Derivada de y em relação à x.
= - x – 2 ( Derivar em relação a x )
=- ( Simplificar )
Este processo só é possível quando podemos explicitar facilmente a função dada, o que não
ocorre, por exemplo, com y4 + 3xy + 2lny = 0.
Para tanto, podemos utilizar um método chamada derivação (ou diferenciação)
IMPLÍCITA, que nos permite derivar uma função sem a necessidade de explicitá-la.
DERIVAÇÃO IMPLÍCITA
Exemplos:
1 ) 2x + y³
Solução:
Sendo y uma função de x, devemos aplicara regra da cadeia para diferenciar em relação a x,
daí:
2 ) x + 3y
Resolução:
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3 ) xy²
Resolução:
4 ) 4x² + 9y² = 36
Resolução:
5 ) x4 + y4 + x² + y² + x + y = 1
6 ) x²y5 = y + 3
7 ) x² + y² = 1
8 ) x² + 5y³ - x = 5
9 ) x³ - y³ - 4xy = 0
10 ) x²y + 3xy³ - 3 = x
11 ) x² + 4y² = 4
12 ) y³ + y² - 5y – x² = -4
13 ) x - =2
14 ) x³y³ - y = x
15 )
16 ) tgy = xy
17 ) ey = x + y
18 ) a.cos²( x + y ) = b
19 ) xy – lny = 2
EXTRA:
x = x(t)
y = y(t)
y
Exemplo:
P
a b
t 0 x
▒▒▒▒▒▒▒▒ x(t)
Exemplos:
x = 2t + 1 t = 1.( x – 1 )
a) 2
y = 4t + 3
y = a.sent y = a.sent
y
y
x 0 x
0
Exemplos:
a) b)
Resolução:
a) = = 2
b) = = = 6t – 2 ♣
OBS: Note, no item b, que a resposta está em função de t, caso quisermos a derivada em
função de x, devemos determinar t = t(x) e substituir em ♣, daí temos:
- 2 = 2 ( x + 1 ) – 2 = 2x + 2 – 2 , portanto = 2x.
2 ) Idem para ; .
Resolução:
= = - tg(t)
OBS: Temos que tomar muita atenção quanto aos intervalos de validade das respostas obtidas. Note
que x’(t) deve ser diferente de zero, pois está operando como denominador da expressão acima,
portanto concluímos que para fazermos as simplificações indicadas, temos que considerar t 0et
EXERCÍCIOS:
x = t² x = cos³t
1) ;t ] 0; + [ 4) ;t ]- ;0[
y = t³ y = sen³t
x = 3cost x = cos2t
2) ;t [ ;2 ] 5) ;t [ 0; ]
y = 4sent y = sen2t
x = 2t – 1 x = 8cos³t
3) ;- <t<+ 6) ;t [0; ]
y = t³ + 5 y = 8sen³t
Interpretação Geométrica:
Podemos interpretar geometricamente a derivada parcial como uma inclinação.
Consideramos a secção da superfície z = f(x,y)
pelo plano vertical y = y0. Neste plano a curva z
= f(x, y0) tem uma tangente com inclinação fx =
f(x0,y0) em x0.
Outras ilustrações:
Considerando como uma função de y, para fixo, obtemos de maneira semelhante uma
outra derivada parcial que também pode ser vista como uma inclinação.
Observação: Para se achar as derivadas parciais de uma função dada por uma lei de formação
podem-se aplicar as regras usuais para funções de uma variável, tratando-se todas as variáveis
independentes, exceto uma, como constantes.
Vetor Gradiente
Seja z = f(x,y) uma função de duas variáveis e , as “ parciais “ de z = f(x,y). Seja
yo
y
xo
Po
x
Exemplos:
Resolução:
= = ( 0, 2 )
2 ) z = x.sen y em Po ( 1, ).
Resolução:
= = ( 1, 0 )
Exercícios:
Se z = f(x,y) é uma função diferenciável de x e y com u = u1i + u2j um vetor unitário, então
a derivada direcional de f na direção de u é denotada por :
D uz = .u1 + .u2 ( I )
Seja o vetor gradiente temos que a derivada direcional é a direção assumida pelo
vetor gradiente quando “aplicado” no vetor unitário u, logo, para calcularmos a derivada direcional
temos o vetor decomposto em e combinado com a equação ( I ) chegamos em:
Exemplos:
Resolução:
Como a não é vetor unitário, temos que normalizá-lo, daí:
u=
Logo:
Resolução:
u=
Logo:
Exercícios:
PLANO TANGENTE
Dada a função z = f(x,y), o Plano Tangente ao gráfico desta função passando pelo ponto Po
( x0, y0, z0 ) com z diferenciável em ( x0, y0 ) é dado pela equação:
onde z0 = f( x0, y0 ).
Tal plano é perpendicular ao vetor e considerando a reta r que
passa pelo ponto P0 e é paralela ao vetor temos que r é denominada Reta Normal ao gráfico de
z = f(x,y) e tem como equação :
r : ( x, y, z ) = ( x0, y0, z0 ) + . ; R
Graficamente:
z Reta Normal
z0
z = f P0 Plano
(x,y) Tangente
●
● y0
x0
Exemplos:
1 ) Dê a equação do plano tangente e da reta normal à curva no ponto P0 ( 2, -1, z0 )
Resolução:
z0 = f (x0, y0 ) = z0 = 1.
.
Portanto
r : ( x, y, z ) = ( x0, y0, z0 ) + . ; R
r : ( x, y, z ) = ( 2, -1, 1 ) + . ; R
r : ( x, y, z ) = ( 2, -1, 1 ) + .( 2, 2, -1 ); R. ( Eq. da reta normal )
Resolução:
z0 = f (x0, y0 ) = 2.(1)2 – 3.(1)2 z0 = -1.
Portanto
r b: ( x, y, z ) = ( x0, y0, z0 ) + . ; R
r : ( x, y, z ) = ( 1, 1, -1 ) + . ; R
Exercícios:
1 ) Idem para z = xy em P0 ( 1, 1, z0 ).
Da mesma forma estudada no Cálculo com uma variável, vamos citar o Teorema do Valor
Extremo para funções de duas variáveis.
Seja f(x,y) uma função contínua em um conjunto fechado e limitado R, então f possui tanto
máximo quanto mínimo absolutos em R .
EXTREMOS
Da mesma forma estudada no Cálculo com uma variável aprendemos a determinar máximos
e mínimos de funções de uma variável. Hoje vamos, utilizando técnicas análogas, começar a
aprender a determiná-los a partir de funções de DUAS variáveis.
Analisando um gráfico de uma função f de duas variáveis, podemos notar pontos altos e
baixos em suas vizinhanças imediatas. Tais pontos são chamados de máximos e mínimos relativos
de f, respectivamente.
O mais alto máximo dentro do domínio de f é chamado de máximo absoluto.
O mais profundo mínimo dentro do domínio de f é chamado de mínimo absoluto.
Vamos defini-los, portanto, da seguinte maneira:
Seja a função f(x,y), dizemos que ela possui máximo relativo em um ponto P ( x0, y0 ) se
existe um círculo centrado em P de modo que f(x0,y0) f(x,y) para todo ponto ( x, y ) do domínio
de f no interior do círculo, analogamente, ela possui um máximo absoluto em P se f(x 0,y0) f(x,y)
para todos os pontos ( x, y ) do domínio de f.
Seja a função f(x,y), dizemos que ela possui mínimo relativo em um ponto P ( x0, y0 ) se
existe um círculo centrado em P de modo que f(x0,y0) f(x,y) para todo ponto ( x, y ) do domínio
de f no interior do círculo, analogamente, ela possui um mínimo absoluto em P se f(x0,y0) f(x,y)
para todos os pontos ( x, y ) do domínio de f.
Obs: Complementando o que já foi definido, se a função possui máximo ou mínimo relativo,
dizemos que ela possui extremo relativo no ponto, e se ela possui máximo ou mínimo absoluto,
diz-se que ela possui extremo absoluto no ponto.
Para determinarmos os extremos relativos, verificamos que a função f tem derivadas parciais
de primeira ordem contínuas em ( x0, y0 ) que f( x0, y0 ) é extremo relativo de f, daí tem-se o plano
tangente ao gráfico de z = f ( x, y ) em ( x0, y0, z0 ) paralelo ao plano xy com equação z = z0.
Os pontos críticos de f são aqueles onde as “parciais” de primeira ordem são zero ou f não é
diferenciável, daí temos a definição:
Exemplo:
Resolução:
2x = 0
2y = 0
Extremo
Relativo
PONTO DE SELA
mas porém, a função não possui nem mínimo nem máximo relativo no ponto, pois numa direção ele
se comporta como máximo e noutra como mínimo.
Veja o gráfico abaixo da função z = y² - x² no ponto P ( 0, 0 ) temos f ( 0, 0 ) = 0
comportando-se como máximo na direção de x e como mínimo na direção de y e note o formato do
gráfico que lembra uma sela.
Seja f uma função de duas variáveis dotada de derivadas parciais de segunda ordem
contínuas em um círculo centrado em um ponto crítico (x0, y0), temos o discriminante D.
Se: D =
Exemplos:
1 ) Determine todos os pontos extremos e pontos de sela da função f(x,y) = 3x² -2xy + y² - 8y.
Resolução:
D= D = 8.
D=8>0
Temos portanto Mínimo Relativo.
=6>0
Resolução:
x = -1 x =0 x =1
y = x3 y = x3 y = x3
y = (-1) 3 y = (0)3 y = (1)3
y = -1 y=0 y=1
P ( -1, -1 )
Por tanto, temos os pontos críticos : Q ( 0, 0 )
S ( 1, 1 )
Como temos mais do que um ponto crítico vamos montar uma tabela.
D=
Ponto Crítico( x0, y0 ) Conclusão
( -1, -1 ) -12 < 0 -12 4 -12 . (-12) - 4² = 128 > 0 Máximo Relativo
( 0, 0 ) 0 0 4 0 . 0 . – 4² = -16 < 0 Ponto de Sela
( 1, 1 ) -12 < 0 -12 4 -12 . (-12) - 4² = 128 > 0 Máximo Relativo
NOTA:
Daí:
z = 4xy - x4 – y4
No exemplo 2, temos : Máximo Relativo em P ( -1, -1 )
Sela em Q ( 0, 0 )
Máximo Relativo em P ( 1, 1 )
Logo:
EXERCÍCIOS:
a ) f ( x, y ) = ( x – 2 )2 + ( y + 1 )2.
b ) f ( x, y ) = - x2 – y2 – 1.
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c ) f ( x, y ) = x + 2y – 5.
Exemplos:
1 ) Determine os valores de máximo e mínimo absoluto de f ( x, y ) = 3xy – 6x – 3y + 7 sobre a
y
região triangular R com vértices ( 0, 0 ), ( 3, 0 ) e ( 0, 5 ). Veja a figura:
5
R
P
2 ●
●
0 3 x
1
Resolução:
3x – 3 = 0 x=1
u’ ( x ) = -6 0
v’ ( y ) = -3 0
w(x)= .
O último procedimento agora é montar uma tabela para indicarmos os Extremos Absolutos
( x, y ) ( 0, 0 ) ( 3, 0 ) ( 0, 5 ) ( 1, 2 )
f ( x, y ) 7 -11 -8 1
EXERCÍCIOS:
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARE:
1 ) Determine as dimensões de uma caixa retangular aberta no topo, cuja área total é de 12 m² para
que ela possua um volume máximo.
Exemplos:
a ) w = x² -2y² +z²
Resolução:
Resolução:
Exercício:
Idem para w =
Resolução:
OU
OU
Exemplos:
1 ) z = 3x²y + ln ( x²y³ )
Resolução:
= 6xy + = 6xy +
= 3x² + = 3x² +
2 ) Idem para z =
Resolução:
Exercícios:
3) - JACOBIANO
ru x rv =
Solução:
.
b) x = u + 2v²
y = 2u² – v
Solução:
c) x = senu + cosv
y = -cosu + senv Cosseno
da diferença
Solução:
d) x = v.e-2u
y = u².e-v
Solução:
Exercícios:
Calcule os jacobianos para os casos abaixo :
a) x=
y=
b) x = u² - v²
y = 2uv
c) x=
y=
INTEGRAIS DUPLAS
1. Integrais de Funções de Várias Variáveis:
1.1 - Integrais Simples:
Para calcularmos uma integral indefinida simples de uma função de várias variáveis,
integramos em relação a uma variável enquanto consideramos temporariamente as variáveis
restantes como sendo constantes. Por exemplo,
As integrais acima são justamente os análogos para a integração indefinida das derivadas
parciais por diferenciação, e elas poderiam ser chamadas “integrais parciais”. Contudo preferimos
chamá-las integrais em relação a x ou a y.
Agora suponha que f é uma função de duas variáveis tais que, para cada valor fixo de y,
f(x,y) é uma função integrável de x. Logo, para cada valor fixo de y, podemos formar a integral
definida . Além disso, para diferentes valores fixos de y, podemos usar diferentes
limites de integração a e b; isto é, a e b podem depender de y. Tal dependência pode ser indicada
1)
2)
O processo acima é chamado Integração Iterada ( ou repetida ), usaremos tal processo para
calcular as integrais duplas, daí.
Integrais Iteradas
Integrais Iteradas
4 ) Use a integral dupla para achar o volume do sólido limitado acima pelo plano z = 4 – x – y e
abaixo pelo retângulo = [ 0,1 ] X [ 0, 2 ].
Solução:
2 y
1
(1,2)
x
V=
V = 5 u.v.
(1)
(2)
(4)
Uma condição suficiente para que as fórmulas (3) e (4) sejam válidas é que a função seja
contínua na região retangular R.
Obs.: Caso f apresente tanto valores positivos quanto valores negativos em , o limite
apresentado NÃO REPRESENTA o volume entre e a superfície acima do plano xy, mas sim a
diferença de volumes entre elas, podemos então generalizar. Se f possui valores positivos e
negativos em , então um valor positivo para a integral dupla de f em significa que há mais
volume acima do que abaixo de . Um valor negativo indica o contrário e zero indica volumes
iguais acima e abaixo de .
I) .
II) .
2 .
Questões Propostas
01) Calcule as integrais iteradas abaixo:
1)
Solução:
2)
Solução:
3)
Solução:
4)
Solução:
1)
Questões Propostas
a)
b)
c)
a) ; = { ( x, y ): -1 x 1, -2 y 2 }.
b) ; = { ( x, y ): 0 x 1, 2 y 3 }.
São escolhidos pontos, um de cada célula , de modo que cada ponto escolhido
integral tripla como sendo o limite (se existir) de cada soma de Riemann, quando o número de
I) , k : constante.
II )
G1
G2
Pelo teorema:
Exemplos:
Solução:
= 648.
Exemplos:
● ( 1, 1 )
R y=x x =y
x
0
Solução:
= .
x+z=5 z=5-x
x=- y
x=
3
G
z=1
y x
0
x : x2 + y2 = 9 -3
Subst. Trigon.
= = 36 u.v
x = 2y T z= -x – 2y + 2
y
1
y
x Para z = 0, temos:
x + 2y =2 y = - + 1
( 1, ,0)
0,5
x
0 1
x = 2y y=
Portanto, com plano xy:
VT =
= u.v .
2 ) Calcule .
= 2 – x2 e os planos z = 0, y = x e y = 0.
z
G
y
y
x
as equações diferenciais que produzem estes tipos de soluções. O trabalho de D'Alembert em física
matemática envolveu equações diferenciais parciais e explorações por soluções das formas mais
elementares destas equações. Lagrange seguiu de perto os passos de Euler, desenvolvendo mais
teoria e estendendo resultados em mecânica, especialmente equações de movimento (problema dos
três corpos) e energia potencial. As maiores contribuições de Lagrange foram provavelmente na
definição de função e propriedades, o que manteve o interesse em generalizar métodos e analisar
novas famílias de equações diferenciais. Lagrange foi provavelmente o primeiro matemático com
conhecimento teórico e ferramentas suficientes para ser um verdadeiro analista de equações
diferenciais. Em 1788, ele introduziu equações gerais de movimento para sistemas dinâmicos, hoje
conhecidas como equações de Lagrange. O trabalho de Laplace sobre a estabilidade do sistema
solar levou a mais avanços, incluindo técnicas numéricas melhores e um melhor entendimento de
integração. Em 1799, introduziu as idéias de um laplaciano de uma função. Laplace claramente
reconheceu as raízes de seu trabalho quando escreveu "Leia Euler, leia Euler, ele é nosso mestre". O
trabalho de Legendre sobre equações diferenciais foi motivado pelo movimento de projéteis, pela
primeira vez levando em conta novos fatores tais como resistência do ar e velocidades iniciais.
Lacroix foi o próximo a deixar sua marca. Trabalhou em avanços nas equações diferenciais parciais
e incorporou muitos dos avanços desde os tempos de Euler ao seu livro. A contribuição principal de
Lacroix foi resumir muitos dos resultados de Euler, Lagrange, Laplace, e Legendre. O próximo na
ordem foi Fourier. Sua pesquisa matemática fez contribuições ao estudo e cálculos da difusão de
calor e à solução de equações diferenciais. Muito deste trabalho aparece em The Analytical Theory
of Heat (A Teoria Analítica do Calor, 1822) de Fourier, no qual ele fez uso extensivo da série que
leva seu nome. Este resultado foi uma ferramenta importante para o estudo de oscilações. Fourier,
contudo, pouco contribuiu para a teoria matemática desta série, a qual era bem conhecida
anteriormente por Euler, Daniel Bernoulli, e Lagrange. As contribuições de Charles Babbage
vieram por uma rota diferente. Ele desenvolveu uma máquina de calcular chamada de Máquina de
Diferença que usava diferenças finitas para aproximar soluções de equações.
O próximo avanço importante neste assunto ocorreu no início do século 19, quando as
teorias e conceitos de funções de variáveis complexas se desenvolveram. Os dois contribuintes
principais deste desenvolvimento foram Gauss e Cauchy. Gauss usou equações diferenciais para
melhorar as teorias das órbitas planetárias e gravitação. Gauss estabeleceu a teoria do potencial
como um ramo coerente da matemática. Também reconheceu que a teoria das funções de uma
variável complexa era a chave para entender muitos dos resultados necessários em equações
diferenciais aplicadas. Cauchy aplicou equações diferenciais para modelar a propagação de ondas
sobre a superfície de um líquido. Os resultados são agora clássicos em hidrodinâmica. Inventou o
método das características, o qual é importante na análise e solução de várias equações diferenciais
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bem sucedidos neste esforço. Equações não lineares foram o próximo grande obstáculo. Poincaré, o
maior matemático de sua geração, produziu mais de 30 livros técnicos sobre física matemática e
mecânica celeste. A maioria destes trabalhos envolveu o uso e análise de equações diferenciais. Em
mecânica celeste, trabalhando com os resultados do astrônomo americano George Hill, conquistou a
estabilidade das órbitas e iniciou a teoria qualitativa de equações diferenciais não lineares. Muitos
resultados de seu trabalho foram as sementes de novas maneiras de pensar, as quais floresceram,
tais como análise de séries divergentes e equações diferenciais não lineares. Poincaré entendeu e
contribuiu em quatro áreas principais da matemática - análise, álgebra, geometria e teoria de
números. Ele tinha um domínio criativo de toda a matemática de seu tempo e foi, provavelmente, a
última pessoa a estar nesta posição. No século 20, George Birkhoff usou as idéias de Poincaré para
analisar sistemas dinâmicos grandes e estabelecer uma teoria para a análise das propriedades das
soluções destas equações. Na década de 1980, a teoria emergente do caos usou os princípios
desenvolvidos por Poincaré e seus seguidores.
3.2 Classificação quanto ao tipo: A dois tipos de equações que chamamos de Equação Diferencial
Ordinária e Equação Diferencial Parcial.
a) Uma equação diferencial é denominada Equação Diferencial Ordinária quando ela contém
somente uma variável independente.
Exemplos: , , e .
b) Uma equação diferencial é denominada Equação Diferencial Parcial quando ela contém mais de
uma variável independente. Em muitos processos físicos (que na verdade compõe a maioria dos
problemas reais) existem duas ou mais variáveis independentes associadas a uma variável de
interesse, de forma que os modelos envolvendo estas variáveis são governados por Equações
Diferenciais Parciais e não ordinárias.
Exemplos: , e .
3.3 Classificação quanto à ordem: A ordem de uma equação diferencial é a ordem da derivada
mais alta que ela contém.
3.4 Classificação quanto a grau: O grau de uma equação diferencial é obtido considerando o grau
da derivada de mais alta ordem como sendo o grau da equação, como se faz nos polinômios.
será: .
b) Solução Particular de uma equação diferencial é a primitiva desta, mas com valores definidos
para as constantes arbitrárias por ela contida.
, isto é, no ponto ,
c) Solução Singular de uma equação diferencial é uma solução da equação diferencial que não
pode ser obtida por combinação das constantes arbitrárias, isto é, a partir da primitiva desta.
explicita não é considerado função pois possui duas soluções para cada .
3.5.1 Como identificar soluções: Para identificar-se se uma solução proposta realmente é solução
de determinada equação diferencial substitui-se a solução proposta em cada lugar onde a variável
dependente (função) aparece na equação, e se após, isto feito, a equação transformar-se em uma
identidade, então a solução proposta é solução da equação diferencial.
, Como
As derivadas ordinárias serão escritas ao longo deste texto com a notação de Leibniz
podemos escrever as duas primeiras equações do tipo 3.2. um pouco mais compactamente como
e . Na realidade, a notação linha é usada somente para denotar as três
Derivadas parciais são freqüentemente. Por exemplo, uma notação em subscrito indicando as
variáveis independentes. Por exemplo, com a notação em subscrito, a segunda equação do tipo 3.3,
torna-se .
3.6 Curvas Integrais: Geometricamente a solução geral de uma equação diferencial representa
numa família de curvas que recebem o nome de curvas integrais. Essa solução denomina-se
primitiva ou integral da equação diferencial.
QUESTÕES PROPOSTAS
01) Classifique as Equações Diferenciais, dadas a seguir, quanto ao tipo, à ordem e ao grau.
1) R:
2) R:
3) R:
4) R:
5) R:
02) Sendo dadas as curvas seguintes determinar para cada uma delas a equação diferencial de
menor ordem possível que não contenha nenhuma constante arbitrária.
1) R:
2) R:
3) R:
4) R:
5) R:
6) R:
7) R:
8) R:
9) R:
10) R:
Teorema: Se na equação y' = f(x, y) a função f(x, y) e suas derivadas parciais em relação a y,
são contínuas em alguma região D no plano-xy contendo algum ponto (x0, y0), então há uma única
solução para esta equação y = (x) que satisfaz as condições x = x0, y = y0.
A condição que para x = x0, a função y deve ser igual a um dado número y0 é chamada
condição inicial e é freqüentemente escrita na forma y(x0) = y0..
Definição(2): A solução geral de uma equação diferencial de primeira ordem y = (x, c) que
depende de uma única constante c e satisfaz as seguintes condições:
a) satisfaz a equação diferencial para qualquer valor específico da constante c.
b) não interessa que condição inicial y(x0) = y, é possível encontrar c = c0 tal que a função y = (x),
c) satisfaz a dada condição inicial.
Definição(3): Na procura de uma solução de uma equação diferencial ordinária de 1a. ordem
muitas vezes encontramos uma solução da forma (x, y, c) = 0 que não pode ser resolvida em
relação a y. Se resolvermos a equação em relação a y, chegamos na solução geral. Entretanto, não é
sempre possível expressar y em termos de funções elementares, caso em que a solução geral é
deixada na forma implícita. Uma equação da forma (x, y, c) = 0 que dá uma solução implícita é
chamada integral completa da equação diferencial
Exemplo: Para a equação diferencial y' = – a solução geral é uma família de funções y = .
Vamos encontrar uma solução que satisfaça uma condição inicial y 0 = 1 quando x0 = 2. Neste caso
1):
2): .
y da equação (1) na forma de produto de duas funções da variável x, ou seja, y = u(x).v(x). (2). Uma
das funções que formam a função y = u(x) v(x) pode ser escolhida arbitrariamente e a outra será
definida sob as condições da equação (1).
v pode ser qualquer função não nula da equação (6), faremos . (7) Como a função
exponencial é sempre positiva temos que v como definida acima é diferente de zero para todo x.
Exemplo:
Logo, , então ,ou seja, (6) Substituindo (6) em (5) temos que
Vamos considerar a equação diferencial da forma = f1(x) f2(y) onde o lado direito é o
produto de uma função somente da variável x por uma função somente da variável y. Podemos
Esta equação é chamada de variáveis separáveis e pode ser colocada na forma M(x)dx + N(y)dy = 0
2c.
Exemplo: A equação =- é uma equação de variáveis separáveis, pois pode ser escrita como
=-
QUESTÕES PROPOSTAS
01) Resolva as equações diferenciais abaixo.
1) R:
2) R:
3) R:
4) R:
5) R:
6) R:
7) R:
8) R:
9) R:
10) R:
11) R.:
12) R.:
13) R.:
14) R.:
Definição: A função f(x, y) é chamada função homogênea de grau n nas variáveis x e y se, para
qualquer t tivermos a identidade f(tx, ty) = tnf(x, y).
Definição: Uma equação de 1a. ordem = f(x, y) é chamada homogênea em x e y se a função f(x,
= tf(x, y).
2) f(x, y) = xy – y2 é homogênea de grau 2 (dois), pois f(tx, ty) = txty – (ty)2 = t2(xy – y2) = t2f(x, y).
QUESTÕES PROPOSTAS
01) Determinar o grau de homogeneidade das equações diferenciais:
1) R: É homogênea de grau dois.
3) R: Não é homogênea.
É dado que f(tx, ty) = f(x, y). colocando t = nesta identidade, temos: f(x, y) =
Exemplo:
ou , Integrando ambos os
encontramos a solução .
QUESTÕES PROPOSTAS
01) Achar a solução geral das seguintes equações lineares homogêneas:
1) R:
EQUAÇÃO DE BERNOULLI.
Q(x) = e n = 2.
Dividindo (*) por yn temos (**) que não é uma equação linear de 1ª
ordem devido y-n está multiplicando .Fazendo z = y –n +1, temos que o diferencial de Z em relação
Exemplo:
Resolver a equação .
Solução:
Dividindo a equação por y3 temos (**)
Multiplicando a equação (***) por –2 temos a equação (****), que é uma equação
. Por tanto,
u= . Como z = u.v, então z = ( ). , ou seja,
QUESTÕES
Resolva as equações.
(1- x2) - xy – axy2 = 0. y`+ xy = x y -3
y` + 3x2y = x2 y3 y` + 2xy = xy2
yy`-2y2 = ex
Neste caso as variáveis podem ser separáveis, na forma +P(x)y = 0 dando: = – P(x)y ou
y= ] (3)
Exemplos:
. Então, y =
y=
Exercícios
Determinar as equações diferenciais lineares de 1a. ordem
1) y' – (tg x) y = 0
2) xy' + y – ex = 0
3) y' – –1–x=0
4) y' – y tgx =
5) y' + y = 1
porém, e
, por tanto
substituindo em e lembrando
Resposta: .
Fatores de Integração
Dada uma Equação Diferencial do Tipo: , (1) não exata, mas que pode ser
transformada em exata multiplicando-a por uma função adequada . Esta função constitui
um fator integrante de (1). Com alguma prática é possível determinar fatores integrantes por
inspeção.
Solução: , então:
Esta equação não é exata e sendo a mesma equação apresentada anteriormente, e tendo em mente,
as diferenciais exatas apresentadas, pode-se usar, o fator integrante: . Pois,
isto é,
é a solução geral ou
Resposta:
Existem algumas formas práticas de se obter fatores integrantes para casos específicos:
diferencial exata e
é a solução
geral ou primitiva da equação.
Resposta:
Resposta:
é a solução
geral ou primitiva da equação.
Resposta:
, ou seja,
Resposta:
. Então,
E a primitiva é
, então
Exemplo: Resolver .
A equação é da forma e
.Então,
a primitiva é
Exemplos:
Encontrar a solução geral da equação diferencial: (3x2 + 6xy2)dx + (6x2y + 4y2)dy = 0
Solução: P(x, y) = 3x2 + 6xy2; Q(x, y) = 6x2y + 4y2; então: = 12xy; = 12xy.
= 6x2y + '(y) logo, 6x2y + '(y) = 6x2y + 4y2. Temos, então, '(y) = 4y2 e portanto, (y) =
EXERCÍCIOS
01) Verificar se as Equações Diferenciais, dadas a seguir, são exatas e determinar sua solução geral:
1) R: É exata,
2) R: Não é exata,
3) R: É exata, .
4) R: Não é exata, .
4) =0
1.1. Coloca-se a barra de metal, à temperatura de 100 oF em um quarto com temperatura constante
de 0oF. Se, após 20 minutos a temperatura da barra é de 50oF, determine:
a) o tempo necessário para a barra chegar à temperatura de 25oF;
b) a temperatura da barra após 10 minutos.
Solução:
Eq. Geral:
a)
Equação Linear
(1)
(2)
Para t = 20, sabemos que T = 50; logo, de (2),
= 0,035
t = 39,6 minutos
b) 70,5oF
1.2. Um corpo a temperatura inicial de 50oF é colocado ao ar livre, onde a temperatura ambiente é
de 100oF. Se após 5 minutos a temperatura do corpo é 60oF, determine:
a) o tempo necessário para a temperatura do corpo atingir 75oF;
Eq. Geral:
a)
Equação Linear
(1)
(2)
Para t = 5, sabemos que T = 60; logo, de (2),
= 0,045
t = 15,4 minutos
b) 79,5oF
Eq. Geral :
a)
Equação Linear
(1)
Quando t = 5, sabemos que T = 60; logo, de (1),
(2)
Quando t = 20, sabemos que T = 15; logo, de (1), novamente
(3)
= 0,069
2.1. Sabe-se que certa substância radioativa diminui a uma taxa proporcional à quantidade presente,
Se, inicialmente, a quantidade de material é 50 miligramas, e se observa que, após duas horas,
perderam-se 10% da massa original, determine:
a) a expressão para a massa de substância restante em um tempo arbitrário t;
b) a massa restante após 4h;
c) o tempo necessário para que a massa inicial fique reduzida à metade.
Solução:
Eq. Geral:
(1)
Quanto t = 0, sabemos que N = 50. Portanto, de (1)
ou c = 50. Assim
(2)
Quando t = 2, já se perderam 10%, ou seja 5mg da massa inicial de 50mg. Logo, quando t = 2, N =
45. Aplicando em (2)
k = -0,053.
Aplicando em (2) (3)
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2.2. Sabe-se que uma cultura de bactérias cresce a uma taxa proporcional à quantidade presente.
Após 1h, observam-se 1000 núcleos de bactérias na cultura, e após 4 horas, 3000 núcleos.
Determine:
a) Uma expressão para o número de núcleos presentes n cultura no tempo arbitrário t;
b) O número de núcleos inicialmente existentes na cultura.
Solução:
Eq. Geral:
2.3. Sabe-se que a população de determinado Estado cresce a uma taxa proporcional ao número de
habitantes existentes. Se após dois anos a população é o dobro da inicial, e após três anos é de
20.000 habitantes, determine a população inicial.
Solução:
ou c = No
(2)
Quando t = 2, N = 2No. Aplicando em (2).
k = 0,0347
Aplicando em (2) novamente:
(3)
No = 7062
definida por: .
Obs: Caso a resistência do ar seja proporcional ao quadrado da velocidade estas equações não são
válidas.
3.1. Deixa-se cair um corpo de massa de 5 “slugs” de uma altura de 100 pés, com velocidade inicial
zero. Supondo que não haja resistência do ar, determine:
Corpo em Referencial
a) a expressão da velocidade do corpo no instante t; queda x=0
b) a expressão da posição do corpo no instante t;
c) o tempo necessário para o corpo atingir o solo.
Solução: SOLO
b)
3.3. Lança-se um corpo de massa m verticalmente para cima, com velocidade inicial Vo. Se a
resistência do ar é proporcional à velocidade, determine:
Sentido x positivo
a) a equação do movimento no sistema de coordenadas;
b) uma expressão para a velocidade do corpo no instante t;
c) o instante em que o corpo atinge a altura máxima.
Kv
Solução mg
a) Solo x=0
c) O corpo atinge a altura máxima em sua trajetória quando v = 0. Devemos, pois, determinar t
quando v = 0 na equação obtida pelo resultado de b e resolvendo a t botemos:
R:
4. PROBLEMAS DE DILUIÇÃO:
Considera-se um tanque com um Vo de um liquido qualquer L que contém uma quantidade a
de outra substância qualquer 2. Despeja-se no tanque outra solução de substância 2 com quantidade
b á razão de e (L/min, por exemplo), enquanto simultaneamente, a solução resultante, bem
misturada, se escoa do tanque a razão de f L/min. O problema consiste em determinar a quantidade
de substância 2 no instante t.
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Seja a taxa de variação da substância 2 (Q) dada por: dQ/dt, que equivale a taxa a qual a
substancia 2 entra no tanque menos a taxa que esta sai do tanque. A substancia 2 entra no tanque á
taxa de b.e L/min. Para determinarmos a taxa de saída do sal. Devemos primeiro calcular o volume
da substância 2 presente no tanque no instante t, que é o volume inicial V o mais o volume
adicionado e.t, menos o volume escoado, f.t. Assim o volume da substancia 1 no instante t é:
Vo + et – ft
4.1. Um tanque contém inicialmente 100galões de salmoura com 20lbs de sal. No instante t = 0,
começa-se a deitar no tanque água pura á razão de 5 gal/min, enquanto a mistura resultante se escoa
no tanque à mesma taxa. Determine a quantidade de sal no tanque no instante t.
Solução:
A solução desta equação diferencial linear é (1) Quando t = 0, sabemos que Q = a = 20.
Levando esses valores em (1), encontramos c = 20, de modo que (1) pode ser escrito como:
4.2. Um tanque contém inicialmente 100 galões de salmoura com 1 lb de sal. No instante t = 0,
adiciona-se outra solução de salmoura com 1lb de sal por galão, à razão de 3 gal/min, enquanto a
mistura resultante se escoa do tanque à mesma taxa. Determine:
a) a quantidade de sal presente no tanque no instante t;
b) o instante em que a mistura restante no tanque conterá 2 lbs de sal.
Solução:
4.3. Um tanque de 50 galões de capacidade contém inicialmente 10 galões de água fresca. Quando t
= 0, adiciona-se ao tanque uma solução de salmoura com 1lb de sal por galão, à razão de 4 gal/min.,
enquanto que a mistura se escoa à razão de 2gal/min. Determine:
Solução:
4.4 Um tanque contém 50 litros de uma solução composta por 90% de água e 10% de álcool.
Adiciona-se ao tanque uma segunda solução, contendo 50% de água e 50% de álcool, a uma taxa de
4 litros por minuto. Enquanto a segunda solução está sendo adicionada, o tanque está sendo
esvaziado a uma taxa de 5 litros por minuto. Supondo-se que a solução no tanque está sendo
constantemente mexida, quanto álcool haverá no tanque após 10 minutos?
Solução:
Seja y a quantidade de álcool no tanque, em litros, num dado instante t. Para t = 0 sabemos que y
vale 10% de 50 litros de álcool, ou seja, y = 5 litros de álcool. Como no tanque entram 4 litros de
solução por minuto e saem 5 litros por minuto, podemos afirmar que em qualquer instante t o
números de litros da solução no tanque é 50 + (4 -5)L.t, onde t é o número de minutos, ou seja, em
cada instante há (50 – t) litros de solução no tanque. Como a cada minuto são adicionados 4 litros
de solução com 50% de álcool então a cada minuto entram 2 litros de álcool no tanque.
Desse modo, temos que: o tanque ganha 2 litros de álcool por minuto. o tanque perde
litros de álcool por minuto; Assim, a taxa de variação da quantidade y de litros de álcool no tanque
acima é do tipo linear de 1ª ordem, onde P (x) = e Q(x) = 2. Calculando u e v temos que
5.1. Um circuito RL tem fem de 5 Volts, resistência de 50 Ohms e indutância de 1Henry. A corrente
inicial é zero. Determine a corrente no circuito no instante t.
Solução:
5.2. Um circuito RL tem fem (em Volts) dada por 3 sem 2t, resistência de 100 hms, indutância de
0,5 Henry e corrente inicial de 6 Ampères. Determine a corrente no circuito no instante t.
Solução:
Aqui E = 3sen 2t, R = 10, e L = 0,5; logo fica Esta equação é linear, e sua
Assim, e .
5.4. Um circuito RC tem fem ( em Volts) dada por 400 cos t, resistência de 100 Ohms, e
capacitância de 10-2 Farad. Inicialmente, não existe carga no capacitor. Determine a corrente no
circuito no instante t.
Solução:
Primeiro determinamos a carga. Aqui, E = 400cos 2t, R = 100, e C = 10 -2; logo, se escreve
Para muitas famílias de curvas não é possível explicitar para obter equação diferencial da
forma da equação (3). Tais casos não serão considerados nesta notas.
Aqui , de modo que a equação , Esta equação é linear(e, sob forma diferencial,
QUESTÕES PROPOSTAS
01) Achar a equação da curva que passa que passa pelo ponto (1,-1), sabendo que o declive de sua
tangente em um ponto qualquer é igual ao triplo do quadrado da ordenada do mesmo ponto.
02) O declive da tangente a uma curva num ponto genérico (x,y) é igual a xy. Achar a equação da
curva que passa pelo ponto (0,3).
04) Um termômetro é retirado de uma sala e colocado do lado de fora, em que a temperatura é de 5º
C. Após 1 minuto, o termômetro marcava 20ºC; após 5 minutos, 10º C. qual era temperatura da
sala?
05) Um corpo com temperatura de 100º é colocado em uma sala cuja temperatura é 30º. Sabendo
que em 15 minutos a temperatura do corpo cai para 70º, em quanto tempo a temperatura do corpo
será de 40º?
06) Sabe-se que a população de uma certa comunidade cresce a uma taxa proporcional ao numero
de pessoas presentes em qualquer instante. Se a população duplicou em 5 anos, quando ela
triplicará?
07) Sabendo que a população de uma cidade dobra em 50 anos, em quantos anos a população
triplicará admitindo que a taxa de crescimento é proporcional ao numero de habitantes?
08) Sabe-se que a população de uma certa colônia de bactérias cresce a uma taxa proporcional ao
número de bactérias presentes em qualquer instante. Após 3 horas, observa-se que há 400 bactérias
presentes. Após 10 horas, existem 2000 bactérias presentes. Qual era o numero inicial de bactérias
na colônia?
10) Um funil cônico de ângulo de 60º no cimo e de altura 10 cm está cheio de água. Determine em
quanto tempo o funil ficará vazio sabendo que a água passa por uma abertura de 0,5 cm 2 no fundo
do funil.
11) Suponha que a pressão do ar vertical numa dada seção depende da pressão das massas de ar
superiores. Encontrar a dependência entre a pressão e a altitude, sabendo que a pressão é de
1kg/cm2 ao nível do mar e de 0,92 kg/cm2 a 500 metros de altitude.
12) Um produto químico dissolve-se em água, numa razão que é proporcional ao produto da
quantidade não dissolvida pela diferença entre a concentração de uma solução saturada e a
concentração na solução existente. Em 100g de uma solução saturada estão dissolvidas 50 gramas
da substância. Sabendo que se agitando 30g da substância em 100g de água, 10g da substância são
dissolvidas em 2 horas, quantas gramas serão dissolvidas no fim de 5 horas?
13) Uma solução de 60kg de sal em água enche um tanque de 400 litros. Faz-se entrar água nesse
tanque na razão de 8 litros por minuto e a mistura, mantida homogênea por agitação, sai na mesma
razão. Qual a quantidade de sal existente no tanque no fim de 1 hora?
14) Um objeto de massa m cai de um helicóptero parado no ar. Supondo que a resistência do ar é
proporcional à velocidade do objeto. Determine a velocidade do objeto em função do tempo.
15) Um navio de 48000 toneladas inicia o seu deslocamento com o empuxo de 100000kgf da hélice
propulsora.
a)Determine a sua velocidade em função do tempo, sabendo que a resistência ao movimento em kgf
é de 1500v e a velocidade em m/s.
b)Determine a velocidade limite do navio.
16) Um bote está sendo rebocado a uma velocidade de 12 nós. No instante em que o cabo do
reboque é largado, um homem no bote começa a remar no sentido do movimento, exercendo uma
força de 10kgf. Sabendo que o peso do homem e do bote é de 200kgf e que a resistência ao
deslocamento, em kgf, é de 2,6v, sendo v a velocidade em m/s, achar a velocidade do boto em meio
minuto após o cabo ser largado.
17) Uma certa massa está sendo em um trenó sobre o gelo, sendo o peso total de 40kgf.
Desprezando a resistência oferecida pelo gelo e sabendo que a resistência do ar em kgf é igual a 7,5
vezes a velocidade, em m/s, do trenó, achar:
a) a força constante que atuando no trenó dará a velocidade limite de 10milhas por hora.
b) a velocidade e a distancia percorrida no fim de 48 segundos.
18) Uma das equações básicas dos circuitos elétricos é onde L é a indutância, R é
Esta solução é uma função exponencial. É bastante plausível supor que y = e kx possa ser a
solução da equação linear de 2a. ordem y'' + ay' + by = 0 para valores convenientes de k
Supondo que y = ekx é solução da equação linear de 2a.ordem e substituindo y' = ke kx , y'' =
k2ekx na equação, obtemos: k2ekx + ak.ekx + b.ekx = 0 ou (k2 + ak + b) ekx = 0. Como ekx 0 para todo
x real, temos: k2 + ak + b = 0
Esta equação do 2º grau é chamada equação característica (ou equação auxiliar) da equação
diferencial. Desta equação podemos tirar o valor de k
De acordo com a álgebra elementar, uma equação do 2º grau, de acordo com seu
discriminante, pode apresentar três casos:
Caso 1) duas raízes reais distintas ( > 0)
Caso 2) duas raízes complexas conjugadas ( < 0)
Caso 3) duas raízes iguais ( = 0)
Exemplos:
1) Encontrar a solução da equação y'' + y' – 2y = 0
Solução: Nesta equação, temos a = 1 e b = – 2 . Assim, a equação característica é: k 2 + k – 2 = 0
cujas raízes são k1 = 1 e k2 = – 2. então, obtemos as soluções: y1 = ex e y2 = e-2x
SOLUÇÃO GERAL
Definição: A solução de uma equação diferencial de 2a. ordem (linear ou não) é chamada
solução geral se contém duas constantes arbitrárias independentes. Independentes significa que a
mesma solução não pode ser reduzida a uma forma contendo somente uma constante arbitrária ou
nenhuma.
Se atribuirmos valores para as duas constantes, obtemos uma solução chamada de solução
particular.
Teorema Fundamental 1: Se uma solução da equação diferencial linear homogênea for
multiplicada por uma constante, a função resultante é também solução desta equação. Se duas
soluções desta equação são somadas, a soma resultante é também solução desta equação.
Assim, se y1 e y2 são soluções da equação diferencial linear homogênea.
y'' + ay' + by = 0 a função y(x) = c1y1(x) + c2y2(x) onde c1 e c2 são constantes arbitrárias será solução
da equação linear homogênea.
Desde que contém duas constantes arbitrárias, será uma solução geral.
Definição: Duas funções y1(x) e y2(x) são ditas linearmente dependentes em um intervalo I
onde ambas são definidas, se elas são proporcionais em I , isto é, y 1 = ky2 ou y2 = lk1 para todo x no
intervalo I
Se as funções não são linearmente dependentes em I, elas são ditas linearmente
independentes em I.
Exemplos:
1) As funções y1 = ex e y2 = e-2x são soluções da equação y'' + y' – 2y = 0 . Desde que y 1 e y2 são
linearmente independentes, elas constituem um sistema fundamental de soluções e a solução geral
da equação será: y = c1ex + c2e-2x
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2) As soluções y1 = ex e y2 = 3ex são também soluções da equação y'' + y' – 2y = 0 mas elas não
dependentes.
As duas funções no segundo membro são reais e como a soma (ou diferença) de soluções é
também solução podemos dizer que:
Y1 = (y1 + y2) = epx(cos qx) e Y2 = (y1 – y2) = epxsen qx constituem um sistema fundamental de
Exemplos:
1) Encontrar a solução geral da equação y'' – 2y' + 10y = 0
Solução: A equação característica é k2 – 2k + 10 = 0 cujas raízes são k 1 = 1 + 3i e k2 = 1 – 3i, donde
p = 1 e q = 3 .Logo, a solução geral será: y = ex(c1cos 3x + c2sen 3x).
Teorema: Se no caso em que a equação característica tenha raiz dupla, a outra solução da equação
= (c1 + c2 x)
Exemplos:
1) Resolver a equação y'' + 8y' + 16y = 0
Solução: A equação característica desta equação diferencial é: k2 + 8k + 16 = 0, cujas raízes são: k1
= k2 = – 4. A solução geral será: y = e-4x(c1 + c2 x)
EXERCÍCIOS
Encontrar a solução geral das seguintes equações diferenciais.
2) y'' + 6y' + 9y = 0
3) y'' – 9y = 0
4) y'' + 2y' + 5y = 0
5) y'' + 2 y' + 2
y=0
6) y'' + 4y' + 4y = 0
7.2. Um circuito RCL tem R = 180ohms, C = 1/280 farad, L = 20 henries, e uma voltagem aplicada
de E(t) = 10 sent. Admitindo que não haja carga inicial do capacitor, mas uma corente inicial de 1
ampère em t = 0 quando se aplica inicialmente a voltagem, determine a carga subseqüente no
capacitor.
7.3. Um circuito RCL tem R =10 ohms, C = 10 -2 farad, = ½ henry, e uma voltagem aplicada de E =
12 volts. Adimitindo que não haja corrente inicial nem carga inicial quando t = 0, ao se aplicar
inicialmente a voltagem, determine a corrente subseqüente no sistema.
8. MOLAS VIBRANTES
8.1. Uma mola possui uma massa m presa à sua extremidade inferior, é fixa por sua parte superior a
uma trave, e achava-se em repouso. O sistema é então posto em movimento puxando-se a massa e
soltando-a, com uma velocidade inicial V0, a uma distância x0 abaixo da posição de equilíbrio, e
simultaneamente aplicando-se à massa uma força externa F(t) no sentido “para baixo”. Mostre que
o movimento do sistema é regido por:
8.2. Determine a solução do problema anterior se as vibrações são livres e não amortecidas. Com
e a = 0, a equação (1) se escreve:
8.3. Uma bola de aço de 128lb acha-se suspensa de uma mola, que, em conseqüência, sofre uma
distensão de 2 pés além de seu comprimento natural. Põe-se a bola em movimento, sem velocidade
inicial, deslocando-a 6 polegadas acima de sua posição de equilíbrio. Desprezando a resistência do
ar, determine:
a) a posição da bola no tempo t = /12seg;
b) a freqüência natural;
c) o período.
distintas. O primeiro termo, o qual chamou de escalar e "x, y, z para suas componentes retangulares,
ou projeções em três eixos retangulares, ele [referindo-se a si próprio] foi induzido a chamar a
expressão trinomial propriamente dita, assim como a reta a qual ela representa, de um VETOR".
Hamilton usou suas "fórmulas fundamentais", i2 = j2 = k2 = -ijk = -1, para multiplicar quatérnios, e
imediatamente descobriu que o produto, q1q2 = - q2q1, não era comutativo.
Hamilton tinha se tornado cavaleiro em 1835, e era um cientista conhecido que já tinha feito
um trabalho fundamental em ótica e física teórica na época que inventou quatérnios, por isso foi
imediatamente reconhecido. Em troca, devotou os 22 anos restantes de sua vida ao seu
desenvolvimento e promoção. Escreveu dois livros completos sobre o assunto, Lectures on
Quaternions (1853) e Elements of Quaternions (1866), detalhando não apenas a álgebra dos
quatérnios mas também como poderiam ser usados em geometria. Em certo ponto Hamilton
escreveu, "eu ainda devo afirmar que esta descoberta me parece ser tão importante para a metade do
século 19 como a descoberta de flúxions foi para o final do século 17". Ele teve um discípulo, Peter
Guthrie Tait (1831--1901), que, na década de 1850, começou a aplicar quatérnios a problemas em
eletricidade e magnetismo e a outros problemas em física. Na segunda metade do século 19, a
defesa de Tait dos quatérnios provocou reações calorosas, ambas positivas e negativas, na
comunidade científica.
Ao redor da mesma época que Hamilton descobriu os quatérnios, Hermann Grassmann
(1809--1877) estava escrevendo The Calculus of Extension (1844), agora muito conhecido pelo seu
título em alemão, Ausdehnungslehre. Em 1832, Grassmann começou a desenvolver "um novo
cálculo geométrico" como parte do seu estudo da teoria de marés, e subseqüentemente usou estas
ferramentas para simplificar partes de dois trabalhos clássicos, o Analytical Mechanics de Joseph
Louis Lagrange (1736-1813) e o Celestial Mechanics de Pierre Simon Laplace (1749-1827). Em seu
Ausdehnungslehre, primeiro Grassmann expandiu o conceito de vetores a partir da familiar 2 ou 3
dimensões para um número arbitrário, n, de dimensões; isto estendeu grandemente as idéias de
espaço. Segundo, e ainda mais geralmente, Grassmann antecipou grande parte da álgebra matricial e
linear moderna e análise vetorial e tensorial. Infelizmente, o Ausdehnungslehre tinha dois pontos
contra si. Primeiro, era muito abstrato, faltando exemplos explicativos e foi escrito em um estilo
obscuro com uma notação extremamente complicada. Mesmo depois de tê-lo estudado, Möbius não
tinha sido capaz de entendê-lo completamente. Segundo, Grassmann era um professor de ensino
médio sem uma reputação científica importante (comparado a Hamilton). Embora seu trabalho
tenha sido amplamente ignorado, Grassmann promoveu sua mensagem nas décadas de 1840 e 1850
com aplicações em eletrodinâmica e geometria de curvas e superfícies, mas sem muito sucesso
geral. Em 1862, publicou uma segunda edição revisada do seu Ausdehnungslehre, mas também era
escrito de maneira obscura e era muito abstrato para os matemáticos de sua época e praticamente
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teve a mesma sina da primeira edição. No final de sua vida, Grassmann distanciou-se da matemática
e iniciou uma segunda carreira de pesquisa muito bem sucedida, em fonética e lingüística
comparada. Finalmente, nas décadas de 1860 e 1870, o Ausdehnungslehre começou lentamente a
ser entendido e apreciado e Grassmann começou a receber algum reconhecimento favorável por sua
matemática visionária. Uma terceira edição do Ausdehnungslehre foi publicada em 1878, ano
seguinte de sua morte.
Durante a metade do século 19, Benjamin Peirce (1809--1880) era, de longe, o mais
proeminente matemático nos Estados Unidos, e se referiu a Hamilton como, "o monumental autor
dos quatérnios". Peirce foi um professor de matemática e astronomia em Harvard de 1833 a 1880 e
escreveu um enorme livro chamado System of Analytical Mechanics (1855; segunda edição 1872),
no qual, surpreendentemente não incluiu quatérnios. Em vez disso, Peirce expandiu o que chamou
de "esta maravilhosa álgebra do espaço" ao escrever seu livro Linear Associative Algebra (1870),
um trabalho totalmente de álgebra abstrata. Dizia-se que quatérnios era o assunto favorito de Peirce
e ele teve muitos alunos que se tornaram matemáticos e que escreveram um bom número de livros e
artigos sobre o assunto.
James Clerk Maxwell (1831--1879) foi um proponente dos quatérnios perspicaz e crítico.
Maxwell e Tait eram escoceses, tinham estudado juntos em Edimburgo e na Universidade de
Cambridge e dividiam os mesmos interesses em física matemática. No que chamou de
"classificação matemática de quantidades físicas", Maxwell dividiu as variáveis de física em duas
categorias, escalares e vetoriais. Então, em termos desta estratificação, apontou que usar quatérnios
tornava transparente as analogias matemáticas em física que tinham sido descobertas por Lord
Kelvin (Sir William Thomson, 1824--1907) entre o escoamento de calor e a distribuição de forças
eletrostáticas. Contudo, nos seus artigos, especialmente em seu muito influente Treatise on
Electricity and Magnetism (1873), Maxwell enfatizou a importância do que descreveu como "idéias
de quatérnios ... ou a doutrina de vetores" como um "método matemático ... um método de pensar".
Ao mesmo tempo, apontou a natureza não homogênea do produto de quatérnios, e avisou cientistas
para não usar "os métodos de quatérnios" com seus detalhes envolvendo os três componentes
vetoriais. Essencialmente, Maxwell estava sugerindo uma análise puramente vetorial.
William Kingdon Clifford (1845--1879) expressou "admiração profunda" pelo
Ausdehnungslehre de Grassmann e era claramente a favor de vetores, os quais freqüentemente
chamava de passos, em lugar de quatérnios. Em seu Elements of Dynamic (1878), Clifford
decompôs o produto de dois quatérnios em dois produtos vetoriais muito diferentes, os quais
chamou de produto escalar e produto vetorial. Para análise vetorial, disse "minha convicção é que
seus princípios exerceram uma ampla influência sobre o futuro da ciência matemática". Embora o
Elements of Dynamic fosse supostamente o primeiro de uma seqüência de livros-texto, Clifford não
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teve a oportunidade de seguir estas idéias porque morreu jovem. O desenvolvimento da álgebra
vetorial e da análise vetorial como conhecemos hoje foi revelado primeiramente em um conjunto de
notas de aula feitos por J. Willard Gibbs (1839--1903) feito para seus alunos na Universidade de
Yale. Gibbs nasceu em New Haven, Connecticut (seu pai também foi professor em Yale) e suas
conquistas científicas principais foram em física, termodinâmica propriamente dita. Maxwell
apoiava o trabalho de Gibbs em termodinâmica, especialmente as apresentações geométricas dos
resultados de Gibbs. Gibbs tomou conhecimento dos quatérnios quando leu o Treatise on Electricity
and Magnetism de Maxwell, e Gibbs também estudou o Ausdehnungslehre de Grassmann. Concluiu
que vetores forneceriam uma ferramenta mais eficiente para seu trabalho em física. Assim,
começando em 1881, Gibbs imprimiu por conta própria notas de aulas sobre análise vetorial para
seus alunos, as quais foram amplamente distribuídas para estudiosos nos Estados Unidos, na
Inglaterra e na Europa. O primeiro livro moderno sobre análise vetorial em inglês foi Vector
Analysis (1901), as notas de Gibbs colecionadas por um de seus alunos de pós-graduação, e Edwin
B. Wilson (1879--1964). Ironicamente, Wilson cursou a graduação em Harvard (B.A. 1899) onde
tinha aprendido sobre quatérnios com seu professor, James Mills Peirce (1834--1906), um dos
filhos de Benjamin Peirce. O livro de Gibbs/Wilson foi reimpresso em uma edição em 1960. Uma
outra contribuição para o moderno entendimento e uso de vetores foi feita por Jean Frenet (1816--
1990). Frenet entrou na École normale supérieure em 1840, então estudou em Toulouse, onde
escreveu sua tese de doutorado em 1847. A tese de Frenet continha a teoria de curvas espaciais e as
fórmulas conhecidas como as fórmulas de Frenet-Serret (o triedro de Frenet). Frenet contribuiu com
apenas seis fórmulas enquanto que Serret contribui com nove. Frenet publicou esta informação no
Journal de mathematique pures et appliques em 1852.
Na década de 1890 e na primeira década do século 20, Tait e alguns outros ridicularizaram
vetores e defenderam quatérnios enquanto outros cientistas e matemáticos desenharam seu próprio
método vetorial. Oliver Heaviside (1850--1925), um físico autodidata que foi grandemente
influenciado por Maxwell, publicou artigos e seu livro Electromagnetic Theory (três volumes, 1893,
1899, 1912) nos quais atacou quatérnios e desenvolveu sua própria análise vetorial. Heaviside tinha
recebido cópias das notas de Gibbs e falou muito bem delas. Ao introduzir as teorias de Maxwell
sobre eletricidade e magnetismo na Alemanha (1894), os métodos vetoriais foram defendidos e
vários livros sobre análise vetorial em alemão se seguiram. Os métodos vetoriais foram introduzidos
na Itália (1887, 1888, 1897), na Rússia (1907) e na Holanda (1903). Vetores agora são a linguagem
moderna de grande parte da física e da matemática aplicada e continuam tendo seu próprio interesse
matemático intrínseco.
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