Apostila de Historia 7 Ano 3 Bimestre
Apostila de Historia 7 Ano 3 Bimestre
Apostila de Historia 7 Ano 3 Bimestre
Aluno:
Bons estudos!!!
Reforma Protestante
A Reforma Protestante foi um movimento de reforma religiosa ocorrido na Europa, no século XVI. Esse
reformismo religioso foi iniciado por Martinho Lutero, um monge alemão insatisfeito com a cobrança de
indulgências pela Igreja Católica. Lutero elaborou as 95 teses e fundamentou uma teologia que deu origem a
novas denominações dentro do cristianismo.
95 teses de Lutero
O pontapé da Reforma Protestante foi a elaboração das 95 teses de Martinho Lutero. Esse documento foi
escrito por Lutero como uma proposição de debate para a questão das indulgências, da qual ele discordava,
como já vimos. A partir disso, as ideias de Lutero se espalharam rapidamente, sobretudo pelo norte da
Europa e pela Europa Central.
Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero supostamente pregou suas 95 teses na porta da igreja de
Wittenberg.
Como sabemos, a motivação para que Lutero fizesse o seu questionamento das indulgências foi o envio de
João de Tetzel por ordem de Alberto de Mainz, arcebispo de Mainz e príncipe-eleitor do Sacro Império
Romano-Germânico (membro do colégio eleitoral do Sacro Império que elegia o imperador).
Lutero então elaborou a “Disputação do doutor Martinho Lutero sobre o poder e eficácia das
indulgências”, vulgarmente conhecida como “95 teses”. Segundo a tradição protestante, Lutero teria afixado
as 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg como forma de demonstrar sua posição publicamente
e de convocar um debate sobre a questão. Essa fato, que deu início à Reforma Protestante, ocorreu em 31 de
outubro de 1517.
No entanto, não existe comprovação histórica de que isso de fato aconteceu e o que se sabe é que o
texto escrito por Lutero teria sido enviado para Alberto de Mainz depois que tentativas de debater as
indulgências em Wittenberg fracassaram. A carta para Alberto de Mainz iniciou a discussão sobre a questão.
Tanto as 95 teses como outros documentos escritos por Lutero na época se popularizaram
consideravelmente, e isso se deve à existência da imprensa, inventada havia poucas décadas na região da
Alemanha. A imprensa permitia que escritos fossem replicados em uma velocidade inédita, assim os textos de
Lutero rodaram a Europa.
Lutero então se tornou o expoente da teologia luterana, que se consolidou quando ficou perceptível que
as diferenças de raiz teológica da Igreja com Lutero eram irreconciliáveis. A teologia luterana ficou
centralizada na ideia que foi a raiz do questionamento de Lutero: a fé é a garantia da salvação, e não as boas
obras.
Ao longo da vida de Lutero, ficou estabelecido um princípio teológico conhecido como Cinco Solas, que
são bases importantes para o protestantismo. São elas:
Martinho Lutero ainda traduziu a Bíblia do latim para o alemão, uma vez que ele acreditava que os fiéis
deveriam ter acesso direto aos textos sagrados. A ação de Lutero ainda influenciou outros movimentos
protestantes na Europa, como o liderado por João Calvino, que originou o calvinismo, e o de Henrique VIII,
que originou o anglicanismo.
● Contrarreforma
O crescimento do protestantismo na Europa fez com que o Papa Paulo III convocasse o Concílio de
Trento, que se reuniu em três ciclos: 1545-1547, 1551-1552 e 1562-1563. Nesses concílios foram tomadas
decisões que reforçavam princípios do catolicismo e combatiam o avanço do protestantismo.
A realização do Concílio de Trento foi uma das ações da Igreja Católica no que ficou conhecido como
Contrarreforma. O objetivo era exatamente o mencionado: barrar o avanço do protestantismo na Europa.
Entre as medidas tomadas no Concílio de Trento, podemos citar:
5) Por que os protestantes, de maneira geral, rejeitavam o culto católico aos santos?
6) Qual foi o reino europeu em que o próprio rei realizou a reforma protestante?
A Reforma Luterana atendeu às expectativas da burguesia comercial alemã, pretendia romper com o
feudalismo defendido pela igreja.
AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA – 3º BIMESTRE
Aluno:
Bons estudos!!!
ABSOLUTISMO MONÁRQUICO
A Europa no final da Idade Média atravessou um processo de formação do Estado Nacional, onde o
rei consolidou o seu predomínio a nível político, com o apoio da burguesia. Este processo
caracterizou-se pela desagregação do feudalismo e centralização política. A partir do século XVI,
todavia o poder político exercido pelos reis passa a apresentar características arbitrárias, em uma
modalidade de regime que será denominada absolutismo monárquico.
Uma das principais características da Idade Média era a fragmentação político administrativa da Europa. Isso
ocorria porque os feudos eram unidades políticas independentes onde quem exercia o poder eram os
senhores feudais. Geralmente, esses nobres se submetiam ao poder do Papa, representante máximo do
Sacro Império Romano Germânico, ou seja, da Igreja Católica e não ao poder do Rei. Este era mais um
senhor feudal e exercia um poder simbólico. Dessa forma, a Europa se identificava mais como fazendo parte
da “cristandade” do que como pertencente a Estados. Isso porque não havia Estados centralizados.
A ideia de constituição de Estados Centralizados, de pertencimento a uma nação governada por um Rei
que seria o soberano, surge na modernidade. A necessidade de organização de Estados Modernos surge a
partir do desmantelamento das relações feudais e da ascensão da burguesia. Para os burgueses, grupo
social ligado ao comércio, a sociedade precisa de uma nova organização política. A continuidade de seu
progresso dependia da implantação de governos estáveis que acabassem com as constantes guerras feudais
e que facilitasse as atividades comerciais, padronizando pesos e medidas e diminuindo a quantidade de
impostos (que eram cobrados dentro de cada feudo).
De extrema importância para o estabelecimento de Estado Moderno centralizado é a definição do
território. Cada estado precisa definir suas fronteiras políticas e estabelecer os limites territoriais de cada
governo nacional, é importante destacar que esses estados precisam ter características que fazem com que
as pessoas possam se reconhecer como pertencentes a eles. Um dos principais fatores que proporciona esse
reconhecimento e define a identidade do país é o idioma, ou seja, a língua falada. Outro fator é a elevação do
Rei à categoria de soberano, isto é, ele deixava de ter apenas poder simbólico para se transformar em um
governante com poderes de fato. Para isso, o Rei deveria arregimentar um exército permanente que lhe
garantisse a estabilidade de seu poder e a execução de suas decisões.
Com a formação dos Estados Nacionais, o poder alcançado pela figura do Rei em cada Estado ganhou
enormes proporções. O fortalecimento do poder dos monarcas se deu por vários motivos, entre eles o
crescimento do comércio com o consequente aumento de recursos das monarquias, alcançados através da
cobrança de impostos. Outro fator de grande importância foi a crise da Igreja Católica a partir das reformas
religiosas, que resultou no enfraquecimento do poder do Papa e da Igreja de maneira geral. Dessa maneira,
as monarquias foram cada vez mais fortalecidas, sendo chamadas de Monarquias Absolutas. O regime
estabelecido pelos reis absolutos modernos ficou conhecido como Absolutismo.
Como o próprio nome já indica, em uma monarquia absoluta, o monarca, ou seja, o Rei, detém poderes
absolutos. Isso quer dizer que todo o poder está centrado em suas mãos (diferente da época feudal, quando o
poder era fragmentado nos feudos dos nobres feudais). No absolutismo, o monarca assumia as funções de
executar as leis, comandar o exército, arrecadar os impostos, aplicar a justiça, enfim, era o “todo poderoso”.
Mas o poder do Rei podia ir além. Em alguns países, como França e Inglaterra, por exemplo, ele era
legitimado por um discurso religioso que assumia que os reis seriam escolhidos pelo próprio Deus para
governar. A Teoria do Direito Divino dos Reis dava ainda mais poderes ao monarca absoluto, uma vez que
ninguém ousaria contestar a vontade divina. Cabe ressaltar aqui que apesar do fortalecimento da figura real,
a Igreja continua tendo grande poder e influência nos assuntos políticos.
O Rei Luís XIV, monarca francês que governou o país entre 1643 e 1715 e a fase atribuída a ele, sintetiza o
poder dos reis absolutistas, que personificavam o Estado em sua própria imagem. Nas monarquias absolutas,
a pessoa do Rei e o Estado se confundem. O governo de Luís XIV é considerado o auge do absolutismo na
França.
É preciso esclarecer, prezado aluno, que os Estados modernos e o absolutismo não se desenvolveram da
mesma maneira na Europa inteira. Cada país teve a sua peculiaridade. Uns antes, outros depois, e por
motivos diferentes. Portugal e Espanha, por exemplo, foram os primeiros países a se constituírem Estados
centralizados, em 1385 e 1492 respectivamente. Ambos os casos estão relacionados com as guerras de
reconquista, pelos cristãos, de territórios dominados por mulçumanos. Para reaver os territórios, era preciso
centralizar o Estado para fortalecê-lo e organizar um exército forte. Nos séculos seguintes, França e Inglaterra
promoveram a centralização do Estado.
No caso da França, a formação da monarquia absoluta também estava relacionada com uma guerra: a
Guerra dos Cem Anos (1337- 1453), que já comentamos aqui. Durante essa guerra contra a Inglaterra, o
sentimento nacional francês cresceu e os sucessivos monarcas se fortaleceram. Na Inglaterra, o processo se
deu no século XVI, com o fortalecimento do Rei Henrique VII, que em seu governo enfraqueceu o parlamento,
que desde o século XII limitava o poder dos reis. Seu filho e sucessor Henrique VIII, consolida a monarquia
absoluta na Inglaterra ao romper com a Igreja Católica e fundar a Igreja Anglicana sob seu controle.
Podemos ver que os monarcas absolutos concentravam todos os poderes em suas mãos e interferiam em
diversos aspectos da sociedade, incluindo na economia. A intervenção do Estado nesse setor foi uma das
características mais marcantes dos Estados Modernos. A política econômica implementada pelos monarcas
absolutos foi denominada Mercantilismo. De acordo com a política mercantilista, os governos buscam
alcançar desenvolvimento através do acúmulo de riquezas e quanto maior a quantidade de riquezas,
maior seria o prestígio e poder. As principais características do mercantilismo são:
Protecionismo Alfandegário: com intuito de incentivar a indústria nacional, o governo taxava com altos
impostos os produtos vindos do exterior.
Balança Comercial Favorável: A ideia era exportar mais produtos do que importar para garantir a
permanência da maior quantidade de moeda possível dentro do país
Pacto Colonial: as colônias europeias nas Américas só poderiam comercializar com sua metrópole (como é
o caso de Portugal, que controlava o comércio dos produtos oriundos do Brasil, sua colônia).
1-Explique como era exercido o poder do rei no período absolutista.
3- Que grupo social se tornou grande aliado do rei no Absolutismo? Quais eram as
B. ( ) Sistema econômico e político que prevaleceu na França durante toda Idade Média.
C. ( ) Sistema político e administrativo que prevaleceu nos países da Europa entre os séculos XVI e XVIII.
Tinha como principal característica a concentração de poderes nas mãos dos reis.
D. ( ) Sistema político e administrativo que prevaleceu nos países da Europa e Ásia entre os séculos XI e XV.
Tinha como principal característica a concentração de poderes nas mãos dos senhores feudais.
6. Qual das alternativas abaixo apresenta apenas poderes que os reis tinham na época do Absolutismo?
A. ( ) Criar taxas, escolher o nome de crianças e mudar os nomes dos adultos, tirar e nomear os papas da
Igreja Católica.
B. ( ) Fundar cidades, vigiar a vida privada das pessoas, obrigar as pessoas a mudarem de religião, decidir
sobre questões de outros países.
C. ( ) Estabelecer o preço das mercadorias comercializadas em outros países, obrigar os casais a terem
filhos.
D. ( ) Criar impostos, decidir sobre questões da justiça, julgar e condenar pessoas, determinar ações
econômicas, criar leis e influenciar em questões religiosas.
7. Qual das alternativas abaixo aponta uma das principais injustiças sociais que existiu na época do
Absolutismo?
A. ( ) O rei e os integrantes da Igreja pagavam altos impostos, enquanto o restante da população fica isenta.
B. ( ) Enquanto o rei e sua corte vivia no luxo extremo (pago com os impostos), grande parte da população
(principalmente camponeses) passava necessidades básicas.
C. ( ) Somente os integrantes do clero pagavam impostos.
D. ( ) Enquanto o clero vivia no luxo extremo (pago com os impostos), grande parte da população
(principalmente burgueses) passava necessidades básicas.
8- Muitos filósofos (pensadores) desenvolveram teorias e escreveram livros favoráveis ao Absolutismo. Qual
das alternativas abaixo apresenta nomes destes teóricos absolutistas?
A. ( ) Feudalismo
B. ( ) Mercantilismo
C. ( ) Socialismo
D. ( ) Positivismo