Síndrome Nefrótica
Síndrome Nefrótica
Síndrome Nefrótica
síndrome nefrótica
Visão geral 7
Etiologia 7
Emergencies 9
Considerações de urgência 9
Sinais de alarme 9
Diagnóstico 10
Abordagem passo a passo do diagnóstico 10
Visão geral do diagnóstico diferencial 13
Diagnóstico diferencial 14
Diretrizes de diagnóstico 21
Referências 22
Aviso legal 25
Resumo
◊ A síndrome nefrótica é definida pela presença de proteinúria (>3.5 g/24 horas), hipoalbuminemia
(<30 g/L) e edema periférico. Hiperlipidemia e doença trombótica também são observadas com
frequência. Apesar da proteinúria e lipidúria intensas, a urina contém menos células ou cilindros.
Diferente da síndrome nefrítica, a qual geralmente é definida pela presença de lesão renal aguda
(disfunção renal), hipertensão e um sedimento urinário ativo (eritrócitos e cilindros eritrocitários).
Os pacientes com proteinúria intensa isolada, sem os outros componentes da síndrome nefrótica,
são descritos como tendo proteinúria na faixa nefrótica, o que geralmente é um indicativo de
glomerulopatia subjacente. Neste caso, a etiologia subjacente é mais provável por conta da
glomeruloesclerose segmentar focal (GESF).
A síndrome nefrótica não é uma única doença; é um conjunto de diversos sintomas que podem ser
causados por várias doenças renais. O desafio é determinar a etiologia subjacente que cause a
síndrome nefrótica em qualquer paciente. Geralmente, os pacientes com qualquer tipo de síndrome
nefrótica necessitam de tratamento subespecializado e aconselha-se uma consulta imediata com
um nefrologista.
Esta monografia fornece uma visão geral da avaliação da síndrome nefrótica e das doenças
individuais que causam proteinúria intensa.
◊ Etiologia :
A síndrome nefrótica pode ocorrer em conexão com uma grande variedade de doenças primárias
e secundárias. A provável etiologia difere, dependendo da idade do paciente e da presença de
comorbidades específicas (por exemplo, diabetes, amiloidose ou lúpus eritematoso sistêmico).
A causa mais comum em crianças é a doença de lesão mínima.[1] Em adultos, as doenças
glomerulares primárias são mais frequentes em homens (55%), enquanto a doença glomerular
secundária é mais frequente em mulheres (72%).
A causa mais comum em adultos jovens é a GESF, seguida de nefropatia de lesão mínima. A
nefropatia membranosa é a causa mais comum em idosos[2] [3] e, a nefropatia diabética, em
adultos com história de diabetes de longa duração.
A síndrome nefrótica também pode se desenvolver em pacientes com nefropatia por imunoglobulina
A (IgA), glomerulonefrite membranoproliferativa e glomerulonefrite pós-infecciosa. No entanto, esses
pacientes geralmente apresentam um padrão nefrítico com hematúria e cilindros eritrocitários como
característica predominante.
◊ Nefropatia membranosa :
A nefropatia membranosa é a causa mais comum de síndrome nefrótica em adultos. A microscopia
demonstra o espessamento da membrana basal sem proliferação ou infiltração celular associada.
A imunofluorescência revela depósito granular e difuso de imunoglobulina G (IgG) ao longo das
paredes capilares, e a microscopia mostra depósitos elétron-densos no espaço subepitelial. O
crescimento de uma nova membrana basal entre os depósitos imunes subepiteliais causa a clássica
aparência de "espícula e domo".
Embora a nefropatia membranosa geralmente seja idiopática (e associada a autoanticorpos,
especialmente ao receptor de fosfolipase A2 presente nos podócitos), muitos casos são secundários
a hepatite B, doença autoimune, neoplasia maligna e reações adversas ao medicamento (incluindo
ouro, penicilamina e AINEs).[7]
◊ Nefropatia diabética :
Diabetes mellitus dos tipos 1 e 2 podem causar nefropatia diabética em cerca de um terço
das pessoas com diabetes. Geralmente, isso é caracterizado por microalbuminúria e, depois,
uma queda progressiva na taxa de filtração glomerular (TFG). Ocorre uma combinação de
processos patogênicos, incluindo hiperfiltração glomerular, hiperglicemia e glicação de proteínas
da matriz. Raramente, o peso da proteinúria causada por nefropatia diabética pode causar a
síndrome nefrótica. A nefropatia diabética é definida por uma expansão mesangial característica,
espessamento da membrana basal glomerular e esclerose glomerular, levando ao desenvolvimento
de nódulos de Kimmelstiel-Wilson.
◊ Amiloidose :
A amiloidose é responsável por cerca de 10% dos casos de síndrome nefrótica. Há dois subtipos
principais:
• Amiloidose primária (AL), que é uma discrasia de cadeias leves na qual as cadeias leves
monoclonais formam fibras amiloides;
◊ Fisiopatologia :
Cada rim tem cerca de 1 milhão de glomérulos, que são os locais de filtração do sangue. As
camadas de glomérulos incluem o endotélio fenestrado do capilar, a membrana basal glomerular
e os processos de base dos podócitos. A principal barreira para a filtração é a conexão entre os
processos pedicelares dos podócitos adjacentes chamados diafragmas de fenda.
Existem 3 categorias de proteinúria: glomerular, tubular e de excesso (overflow).
A proteinúria glomerular desenvolve-se quando os componentes da barreira de filtração são
rompidos pela doença. O irritante primário que leva ao desenvolvimento da síndrome nefrótica é o
desenvolvimento de proteinúria glomerular de alto grau, e quanto maior a perda de proteínas mais
provável será o desenvolvimento da síndrome completa e o agravamento da função renal.
Os pacientes tornam-se hipoalbuminêmicos em decorrência da perda urinária de albumina. O fígado
tenta compensar essa perda de proteínas aumentando a síntese da albumina, bem como de outras
moléculas, incluindo lipoproteína de baixa densidade (LDL), lipoproteína de muito baixa densidade
(VLDL) e lipoproteína(a), que contribuem para o desenvolvimento de anormalidades lipídicas,
incluindo hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia.[8] A lipidúria ocorre na forma de: sedimento
lipídico, cilindros gordurosos, corpos de gordura ovais ou gotículas livres de gordura na urina (que
aparecem como cruzes de Malta sob luz polarizada).
A hipercoagulabilidade é resultante da perda de inibidores de coagulação na urina e da síntese
elevada de fatores pró-coagulantes pelo fígado.[8] O edema se deve à combinação da diminuição
da pressão oncótica devido à hipoalbuminemia e da retenção renal primária de sódio nos túbulos
coletores.[9] [10] Pacientes com síndrome nefrótica também apresentam aumento do risco
de infecção decorrente da perda de imunoglobulinas e de complemento, bem como de outros
compostos que vão sendo perdidos na urina.
◊ Diagnóstico diferencial :
A síndrome nefrótica é uma manifestação relativamente rara, mas importante da doença renal. Nos
EUA, é relatada uma incidência anual entre as crianças de 2 a 7 casos por 100,000.[11] [12] [13]
[14] [15] A incidência varia entre adultos dependendo da incidência das causas subjacentes da
afecção, especialmente o diabetes mellitus. A cada ano a síndrome nefrótica tem uma incidência de
aproximadamente 3 novos casos por 100,000 em adultos.[16]
Clinicamente, a classificação da doença renal glomerular em síndromes, como a síndrome nefrótica
e a síndrome nefrítica, ajuda a estreitar o diagnóstico diferencial. O diagnóstico diferencial é
geralmente o mesmo para os pacientes com a síndrome nefrótica e para a proteinúria nefrótica.
Os diagnósticos diferenciais mais comuns da síndrome nefrótica incluem nefropatia de lesão
mínima, GESF, nefropatia membranosa, nefropatia diabética, doenças glomerulares primárias (por
exemplo, nefropatia por IgA), glomerulopatias fibrilares (sendo a mais comum a amiloidose), nefrite
lúpica e mieloma múltiplo (por exemplo, doenças de depósito de cadeia leve).[16] A glomerulonefrite
membranoproliferativa é uma causa relativamente rara da síndrome nefrótica, embora mais comum
como uma causa de hematúria não visível e proteinúria isoladamente.
Uma apresentação incomum de doenças renais raras, como a doença de Fabry, a nefrite hereditária
e a síndrome de unha-patela, seria a síndrome nefrótica. Raramente a hipertensão na fase grave
também pode se apresentar dessa forma. Na maioria dos casos, a história familiar, história de
uso de drogas, história de sintomas, exames e investigações levam ao diagnóstico de uma causa
subjacente da síndrome nefrótica.
A síndrome nefrótica é uma causa do edema grave (ou anasarca). As outras 2 causas mais comuns
de edema grave são a doença hepática grave e a insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Ao
contrário dessas outras 2 doenças, os pacientes com o edema da síndrome nefrótica, muitas vezes
podem se deitar confortavelmente, permitindo-lhes desenvolver um edema facial. Geralmente, os
pacientes com ICC ou doença hepática grave não podem se deitar confortavelmente e tendem a
não desenvolver o edema facial. A característica fundamental que diferencia a doença renal de
outras 2 doenças é a presença da proteinúria grave, o que torna o exame de urina obrigatório.
Avaliação de síndrome nefrótica Visão geral
Etiologia
A síndrome nefrótica é um conjunto de diversos sintomas que podem ser causados por várias doenças
renais.
OVERVIEW
Crianças
A causa mais comum da síndrome nefrótica em crianças é a nefropatia de lesão mínima, que pode ser
primária ou secundária à outra afecção.[17] A causa secundária mais comum da doença de lesão mínima
é o linfoma de Hodgkin, apesar de que, em termos absolutos, isso seja muito raro.[18] Muitas das mesmas
doenças que causam a síndrome nefrótica em adultos podem causar a síndrome em crianças, mas isso é
incomum. As infecções do trato respiratório podem ser um gatilho na doença idiopática. A glomerulonefrite
membranoproliferativa é uma causa relativamente rara da síndrome nefrótica e ocorre principalmente em
crianças e adultos jovens.[4]
Adultos
A causa mais comum da síndrome nefrótica em adultos é a glomeruloesclerose segmentar focal (GESF),
que é primária ou secundária a outra condição, como a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana
(HIV), nefropatia de refluxo, obesidade mórbida, hiperfiltração glomerular crônica de um rim solitário, ou
qualquer outra causa de perda extensa dos néfrons (por exemplo, obstrução renal, glomerulonefrite prévia),
ou determinados medicamentos (como pamidronato ou heroína).[2]
A causa mais comum da síndrome nefrótica em idosos é a nefropatia membranosa, que pode também ser
primária ou secundária à outra afecção.[3] A causa secundária mais comum da nefropatia membranosa é
a malignidade. Embora deva haver suspeitas dessas causas em pacientes com >60 anos, as investigações
subsequentes para uma malignidade subjacente são determinadas com base em cada caso. A maioria
dos nefrologistas concordaria que uma radiografia torácica e um exame de mama seriam aceitáveis, com
outras investigações (por exemplo, tomografia computadorizada [TC] do tórax, colonoscopia, mamografia)
indicadas pelos sintomas. Outras afecções associadas à nefropatia membranosa secundária incluem
a nefrite lúpica, infecções crônicas (por exemplo, hepatite B, hepatite C, malária ou tuberculose), ou
determinados medicamentos (por exemplo, ouro, penicilamina ou medicamentos anti-inflamatórios não
esteroidais [AINEs]).[3]
A causa mais comum da síndrome nefrótica em adultos com diabetes de longa duração é a nefropatia
diabética. No entanto, devido à elevada frequência de diabetes, a doença renal não diabética ocorre
frequentemente nesses pacientes.[19]O desenvolvimento súbito de proteinúria intensa em pacientes com
diabetes não é típico e pode anunciar um diagnóstico alternativo subjacente.
O diagnóstico diferencial subjacente é amplo. Em uma série de biópsias renais em adultos com a síndrome
nefrótica inexplicável, a divisão das etiologias foi feita da seguinte forma: 35% de GESF, 33% de nefropatia
membranosa, 15% de doença de lesão mínima, 9% de nefropatia por imunoglobulina A (IgA), 4% de
amiloidose e 4% de outras.[20]
Existem várias causas menos comuns da síndrome nefrótica, incluindo glomerulopatias fibrilares (por
exemplo, amiloidose, glomerulopatia fibrilar e glomerulopatia imunotactoide), mieloma múltiplo (doenças de
depósito de cadeia leve), doença de Fabry, síndrome de unha-patela, nefrite hereditária, nefropatia mercurial
e glomerulonefrite membranoproliferativa. Os relatórios publicados de síndrome nefrótica inexplicada
têm sido associados ao uso ilegal de cremes para clareamento da face e a elevadas concentrações de
depósito de imunoglobulina monoclonal. A hipertensão maligna é uma causa rara da síndrome nefrótica, e
pode ser diagnosticada com base na pressão arterial e, geralmente, nos sinais fundoscópicos. No entanto,
uma apresentação com proteinúria e pressão arterial elevada pode ser parte de uma síndrome nefrítica,
tipicamente observada com glomerulonefrite aguda, caso em que haverá hematúria microscópica e cilindros
eritrocitários na microscopia de urina.
Considerações de urgência
(Consulte Diagnóstico diferencial para obter mais detalhes)
Em geral, a avaliação da síndrome nefrótica deve ser feita imediatamente, mas não se trata de uma
emergência médica e geralmente pode ser realizada em um ambulatório (incluindo até uma biópsia
renal, o que é tipicamente um procedimento ambulatorial, a não ser que problemas de pressão arterial ou
coagulação tornem isso arriscado demais). No entanto, se o paciente apresentar uma rápida deterioração
da função renal, deve-se suspeitar de glomerulonefrite rapidamente progressiva, a qual exige uma
internação hospitalar e uma avaliação o mais breve possível.
EMERGENCIES
4. Lesão renal aguda secundária a hipovolemia, lesão isquêmica, anti-inflamatórios não esteroidais
5. Hiperlipidemia e aterosclerose acelerada
6. Hipercoagulabilidade causando trombose arterial e venosa. É importante observar trombose venosa
renal, que é desproporcionalmente mais comum na nefropatia membranosa ou amiloidose, embora
possa ocorrer em quaisquer pacientes com proteinúria grave, especialmente aqueles mantidos em
decúbito
7. Estado de imunocomprometimento e infecções
8. Glomerulonefrite rapidamente progressiva, principalmente no contexto de hematúria, proteinúria,
hipertensão maligna ou grave e edema periférico.
Sinais de alarme
• Hipertensão maligna
História
A história do paciente deve ajudar a esclarecer uma história de diabetes que já dura há muito tempo, lesões
de órgãos-alvo (por exemplo, retinopatia), malignidade, lúpus eritematoso sistêmico (LES), infecção pelo
vírus da imunodeficiência humana (HIV), mieloma múltiplo, doenças do tecido conjuntivo ou amiloidose.
DIAGNOSIS
Deve ser colhida uma história completa sobre os medicamentos, pois alguns medicamentos (por exemplo,
pamidronato, lítio, ouro, penicilamina ou medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), e muito
raramente alfainterferona, lítio, heroína, mercúrio ou formaldeído) podem estar associados à síndrome
nefrótica. Deve ser considerado o uso ilícito de ervas chinesas ou cremes para clareamento da pele com
mercúrio.
Os principais sintomas da síndrome nefrótica são o edema e a urina espumosa. O edema, que inicia nas
pernas, pode ser grave, comprometendo todo o corpo.
Os pacientes também podem ter sintomas sugestivos de malignidade oculta (por exemplo, tosse, perda de
peso, sudorese noturna ou fezes de cor escura), LES (por exemplo, erupção cutânea, fotossensibilidade ou
artralgias) ou doença de Fabry (por exemplo, neuropatia dolorosa).
A história familiar da doença de Fabry, amiloidose ou qualquer outra doença renal deverá ser observada.
Uma doença renal prévia conhecida deverá ser sempre considerada como uma causa: a progressão,
a recidiva ou a transformação da doença (por exemplo, alterações de classe no lúpus) pode levar ao
desenvolvimento da síndrome nefrótica.
Exame físico
Os pacientes geralmente apresentam um leve edema nas pernas ou um edema grave que envolve o corpo
todo (anasarca). É mais provável que o inchaço envolva a face (particularmente edema periorbital) que em
pacientes com outras causas de edema, como insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ou doença hepática
grave. Os pacientes podem ter bandas brancas nas unhas decorrentes da hipoalbuminemia (conhecidas
como linhas de Muehrcke). Na proteinúria intensa, a desnutrição proteica provoca perda de massa corporal
magra, mas isso é frequentemente ocultado pelo ganho de peso em decorrência de edema simultâneo.
Além disso, os pacientes podem contrair a xantelasma em decorrência da hipercolesterolemia grave. Esses
achados físicos são úteis para ajudar no diagnóstico da síndrome nefrótica, mas eles não são úteis para a
determinação da causa.
Os achados físicos que podem ser úteis na determinação da causa incluem a erupção cutânea (consistente
com LES), fácil formação de hematomas e neuropatia (consistente com amiloidose), sangue nas fezes
(consistente com malignidade gastrointestinal) ou o exame fundoscópico que revela a evidência da
retinopatia diabética.
O ideal é que uma amostra de urina fresca (sedimento centrifugado) seja avaliada sob um microscópio para
verificar se há presença de cilindros celulares ou outras anormalidades que podem confirmar o diagnóstico
da síndrome nefrótica ou sugerir outra causa.
Todos os pacientes devem ter uma avaliação das bioquímicas de sangue básicas, incluindo função renal,
hemograma completo, perfil lipídico (os níveis de colesterol total e de lipoproteína de baixa densidade [LDL]
DIAGNOSIS
ficam tipicamente elevados na síndrome nefrótica) e albumina sérica. O exame do hormônio tireoidiano pode
estar anormal.
Outros exames laboratoriais que são indicados para diferenciar a causa da síndrome nefrótica, e que
podem evitar a necessidade de biópsia renal, incluem cadeias leves livres no soro e eletroforese de
proteínas urinárias, teste de HIV, nível de complemento sérico, teste para sífilis (reagina plasmática rápida
[RPR]), sorologias para hepatite, complemento (C3, C4 e complemento hemolítico total), crioglobulinas ou
rastreamento de fator antinuclear (FAN). Se houver suspeita de nefropatia mercurial, é recomendável fazer
uma análise de mercúrio no sangue.
Se houver suspeita de malignidade (por exemplo, como uma causa de nefropatia membranosa), talvez seja
necessário realizar estudos de imagens. Adenocarcinomas subjacentes do trato gastrointestinal/abdome
são uma associação bem reconhecida, embora o vínculo entre malignidade e síndrome nefrótica seja mais
amplo. A escolha dos exames de imagem e outros estudos dependerá do quadro clínico.
A ultrassonografia renal pode ajudar em alguns diagnósticos (por exemplo, rins pequenos assimétricos
em glomeruloesclerose segmentar focal secundária à displasia renal congênita). Uma ultrassonografia
(ou outro exame de imagem renal) é realizada invariavelmente antes de uma biópsia renal. Como há um
Biópsia renal
Em crianças, quase todos os casos de síndrome nefrótica são decorrentes de doença de lesão mínima;
portanto, muitos nefrologistas pediátricos tratarão o paciente dessa doença e realizarão uma biópsia renal
apenas se ele não responder ao tratamento.
É recomendável fazer uma consulta antecipada com um nefrologista; e talvez seja prudente interromper
qualquer terapia de anticoagulação recente que o paciente esteja tomando, para não atrasar a biópsia renal.
Isso deve ser cuidadosamente ponderado, juntamente com uma análise completa dos riscos e benefícios.
Comum
Nefropatia membranosa
Nefropatia diabética
Incomum
Amiloidose
Nefrite lúpica
Doença de Fabry
Síndrome de Alport
DIAGNOSIS
Síndrome de unha-patela
Nefropatia mercurial
Hipertensão maligna
Diagnóstico diferencial
Comum
tratamento.
assintomática, ou pode o paciente pode estar »creatinina seriada »teste de HIV: positiva
haver edema e outros hipertenso, de outro e taxa de filtração GESF pode ser
sintomas de disfunção modo, o exame físico é glomerular (TFG) secundária à infecção
renal, história de vírus inespecífico estimada: o resultado
da imunodeficiência pode ser anormal por HIV.
humana (HIV), »biópsia renal:
nefropatia de esclerose focal
refluxo, obesidade e segmentar do
mórbida, hiperfiltração glomérulo
glomerular crônica de
Patologicamente, pode
um rim solitário, ou
qualquer outra causa ser classificada em
de perda extensa 1 das 5 categorias:
dos néfrons (por variante peri-hilar,
exemplo, obstrução
Comum
◊ Nefropatia membranosa
DIAGNOSIS
estar associada à
malignidade oculta.
»sorologias para
hepatite: positiva
A nefropatia
membranosa pode
estar associada à
hepatite.
»teste de reagina
plasmática rápida
(RPR) para sífilis:
positiva
A nefropatia
membranosa pode ser
causada por infecção
por sífilis.
Comum
◊ Nefropatia diabética
»biópsia renal:
diagnóstica
Os depósitos
de amiloide são
observados na biópsia
como depósitos
extracelulares com
aparência amorfa com
Comum
DIAGNOSIS
vermelho vivo pelo reto
Incomum
Incomum
◊ Amiloidose
◊ Nefrite lúpica
Histologicamente,
um padrão de
nefrite membranosa
(espessamento
característico das
membranas basais
e depósitos elétron-
densos subepiteliais)
pode ser observado
em cerca de 20% dos
pacientes com nefrite
lúpica.[27]
»fator antinuclear
(FAN): positiva
O resultado é positivo
na maioria dos
pacientes com lúpus
Incomum
◊ Nefrite lúpica
◊ Doença de Fabry
»biópsia renal: a
globotriaosilceramida
se acumula na maioria
dos tipos de células do
rim, observada como
depósitos maiores
laminados chamados
corpos de "zebra" ou
DIAGNOSIS
figuras de mielina na
microscopia eletrônica
O diagnóstico é
importante, pois a
terapia de substituição
enzimática pode
retardar o declínio da
função renal e melhorar
as manifestações não
renais da doença.
◊ Síndrome de Alport
Incomum
◊ Síndrome de Alport
◊ Síndrome de unha-patela
◊ Nefropatia mercurial
Incomum
◊ Hipertensão maligna
Diretrizes de diagnóstico
Internacional
Publicado por: Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Glomerulonephritis Work Group
Última publicação em: 2012
Asia
DIAGNOSIS
Evidence-based clinical practice guidelines for nephrotic syndrome 2014
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Resumo
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// Autores:
David J.A. Goldsmith, MA, MB BChir, FRCP (Lond), FRCP (Ed), FASN, FERA
Professor of Cardio-Renal Medicine
Member of the Faculty of Translational Medicine, King's Health Partners AHSC, London, UK
DIVULGAÇÕES: DJAG declares that he has no competing interests.
// Reconhecimentos:
Dr David J.A. Goldsmith and Dr Oliver J. Ziff would like to gratefully acknowledge Dr Michael S. Gersch, a
previous contributor to this monograph. MSG declares that he has no competing interests.
// Colegas revisores: