2 Artigos Sobre Bioética
2 Artigos Sobre Bioética
2 Artigos Sobre Bioética
VOLUME 04
ESCRITOS MENORES SOBRE DIREITOS
FUNDAMENTAIS
VOLUME 04
ISBN: 978-1540617439
COORDENAÇÃO GERAL:
Célia Barbosa Abreu
Manoel Messias Peixinho
Tauã Lima Verdan Rangel
COORDENAÇÃO ACADÊMICA:
Carolina Altoé Velasco
Joyce Abreu de Lira
Tauã Lima Verdan Rangel
Conteúdo:
Os textos apresentados nesta obra são de inteira responsabilidade dos
autores. A reprodução dos trabalhos fica autorizada mediante citação da
fonte.
CONSELHO EDITORIAL
Novembro de 2016,
Prefácio de Wilson Madeira Filho, Napoleão Miranda e Célia Barbosa Abreu .......................... 15
Introdução ............................................................................................................................................................ 18
E
s con inmenso placer que acepto la invitación para redactar el
prefacio a la colección de doce volúmenes de los Escritos
menores sobre Direitos Fundamentais provenientes de una
iniciativa del Master de Derecho Constitucional da Universidade Federal Fluminense, en
el marco del Segundo Seminario Internacional sobre Derechos Humanos
Fundamentales. Hago llegar a los lectores de dicha obra, un artículo publicado en el
periódico argentino Pagina 12 intentando explicar la victoria de Donald Trump y los
peligros que conlleva tal elección política1. Espero que mi reflexión permita abrir el
debate acerca de la necesidad de construir espacios de resistencia ante el creciente
conservadurismo al que asistimos a nivel mundial.
***
¿Cómo un empresario mediocre e incompetente, ha conseguido llegar a la
casa blanca sin programa político y exultando un discurso racista, misógino,
antisemita y homófobo?
1
Pagina 12, suplemento Soy del 18/11/2016 : https://www.pagina12.com.ar/suplementos/soy/notas
12
familia de negros y ser disputada por una mujer. Se trata, para este electorado, de
restaurar la primacía blanca contra el multiculturalismo de Obama”
Espinoza decía que la pasión triste es una imperfección del ser que nos
conduce al odio, al miedo y la ansiedad. Trump ha sabido provocar las pasiones tristes
latentes….
que hay que escuchar en su sufrimiento sino sujetos políticos a los que hay que
combatir políticamente”.
Prezados Leitores,
C
om satisfação, nos reunimos para prefaciar a presente Coleção
intitulada “Escritos Menores sobre Direitos Fundamentais”,
resultado dos esforços originários do Grupo de Pesquisa em
Direitos Fundamentais/UFF, cadastrado no CNPQ, liderado pela Professora Dra. Célia
Barbosa Abreu, Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em
Direito Constitucional da Universidade Federal Fluminense (PPGDC/UFF), que
também este subscreve. A eles se somaram o imprescindível apoio do Corpo Docente e
Discente do próprio Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito
Constitucional da Universidade Federal Fluminense (PPGDC/UFF), do Programa de
Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito da Universidade Cândido Mendes (UCAM) e
do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito da Pontifícia Universidade
Católica (PUC Rio), presente ainda o apoio dos Programas de Pós-Graduação em
Sociologia e Direito (PPGSD/UFF) e em Justiça Administrativa (PPGJA/UFF), bem
como do IAB (Instituto dos Advogados Brasileiros) e do ILADISC (Iniciativa Latino-
Americana de Direito, Sociedade e Cultura).
Novembro de 2016.
INTRODUÇÃO
A
intenção geral da presente obra é propiciar aos pesquisadores
um espaço de troca de conhecimento científico o mais diverso
e multidisciplinar possível, em torno da temática Direitos
Humanos Fundamentais. Nesse sentido, sem pretender nisso nenhuma invenção
revolucionária, se deu início no ano de 2015 à primeira edição do Seminário
Internacional sobre Direitos Humanos Fundamentais, no âmbito do Programa de
Pós-Graduação em Direito Constitucional da Universidade Federal Fluminense.
Com grata surpresa, então, vimos que o referido evento, de imediato, recebeu uma
acolhida muito além de qualquer expectativa do Grupo de Pesquisa em Direitos
Fundamentais/UFF, cadastrado no CNPQ e sob minha liderança, que trouxe para si
a tarefa de dar vida a este projeto.
à baila, por oportuno, o artigo da filósofa estadunidense, Judith Butler, que também
foi publicado no periódico argentino Pagina 12, que certamente servirá às
reflexões deste seminário quando correlaciona a privação de direitos humanos
existente na sociedade com o triunfo de Donald Trump, conferindo um olhar ao ser
humano e à situação deste que teria contribuído para tanto.
Nesse sentido, indaga como não se teria visto o que estava por vir.
Judith Butler
Hay dos preguntas que parece importante formular sobre las secuelas
de esta terrorífica elección: ¿quiénes son las personas que votaron por Trump y
por qué nadie se esperaba realmente que llegara a esos números? Aquellas
personas que vivimos y trabajamos en entornos urbanos y progresistas no leemos
demasiado acerca del populismo de la clase trabajadora blanca y las vías por donde
conducen su rabia. Bernie Sanders entendió que la rabia es lo más importante. En
todo caso, ahora nos toca hacer algunos esfuerzos para entender cómo las formas
de privación de derechos económicos especialmente cuando se trata de hombres
blancos se convierten en xenofobia, racismo, homofobia y misoginia. Por un lado
nos debemos plantear cómo nuestras propias posiciones son difamadas como las
opiniones de una élite educada. Por otro, debemos volver a la pregunta básica de la
democracia: ¿cómo m… son las personas? Es fácil desdeñar a todos esos votantes
como irracionales y viles racistas. Lo son. Pero debe haber un modo de quebrar
nuestro propio círculo y examinar esa rabia, sus fuentes y nuestras propias
prácticas de autoaislamiento. De modo que mientras nos preguntamos quién m…
son esas personas, también debemos preguntarnos cómo somos nosotros y cómo
hemos restringido nuestro campo de visión para no haber visto venir lo que vino.
Tal vez los trumpistas mintieron a los encuestadores o tal vez eran invisibles para
los encuestadores. Probablemente debamos volver a la pregunta de por qué Bernie
eligió hacer su llamado como lo hizo: dejando en claro que entendía las
condiciones económicas de esta impredecible porción del electorado.
estaban allí. La simpatía hacia los policías que mataban personas negras
desarmadas ha sido otro signo muy claro. El horrible tratamiento de los migrantes
que vienen del sur y el ardor de la islamofobia también lo fueron. Pero todo esto
parecía para muchos de nosotros tan irracional y aberrante que no era posible
imaginar que la mitad de la ciudadanía surfearía esa ola de podredumbre. Trump
modeló un racismo y una misoginia desvergonzados y enorme cantidad de
personas se acomodaron a ellos para votar por él. Otro enorme grupo de personas
fueron tocados y conmovidos por su discurso racista y se sintieron por fin
liberados del superego censor de los movimientos feministas y antirracistas. Las
denuncias públicas acerca del racismo de Trump lo único que hicieron fue llevar
ese odio a la clandestinidad. Tump logró emancipar una pasión racista que siempre
había estado ahí expresada, por ejemplo, por lo que conocemos como cultura
policiaca. El discurso amoroso de Hillary sólo ayudó a alentar la furtiva vida del
odio. Y Trump pudo monopolizar la rabia de los hombres blancos de la clase
trabajadora.
terminar con nuestro propio aislamiento en la izquierda para que algo así no nos
vuelva a sorprender tanto. Las minorías sexuales, de género y raciales -y los
indocumentados- estaremos entre los más vulnerables a la acción de este poder de
policía recargado. Deberemos organizarnos y luchar con toda nuestra pasión.
23
OBJETIVOS
3
Doutora em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro. Professora de Direito da Universidade Candido Mendes. Professora dos cursos de extensão e
especialização da PUC-Rio. Membro da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB-RJ. E-mail:
carolinaltoe@yahoo.com.br Lattes: http://lattes.cnpq.br/0497719736621077
24
ABORDAGEM TEÓRICA
4
MENEGON, Vera Mincoff. Consentindo ambigüidades: uma análise documental dos termos de
consentimento informado, utilizados em clínicas de reprodução humana assistida. Cadernos de Saúde
Pública. vol. 20, n. 3, p. 845-854, mai./jun. 2004.
5
Resolução 2.121/2015 do Conselho Federal de Medicina: “I – Princípios gerais, item 4: O consentimento
livre e esclarecido informado será obrigatório para todos os pacientes submetidos às técnicas de
reprodução assistida. Os aspectos médicos envolvendo a totalidade das circunstâncias da aplicação de
uma técnica de RA serão detalhadamente expostos, bem como os resultados obtidos naquela unidade de
tratamento com a técnica proposta. As informações devem também atingir dados de caráter biológico,
jurídico e ético. O documento de consentimento livre e esclarecido informado será elaborado em
25
CONCLUSÕES
formulário especial e estará completo com a concordância, por escrito, obtida a partir de discussão
bilateral entre as pessoas envolvidas nas técnicas de reprodução assistida”. (Sem grifos no original).
6
Cite-se, por todos, MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil. Parte Geral. 5. ed. São
Paulo: Saraiva, 1966.
26
REFERÊNCIAS
BEYLEVELD, Deryck and BROWNSWORD, Roger. Human dignity in Bioethics and Biolaw.
New York: Oxford University Press, 2004.
CASABONA, Carlos María Romeo. El derecho y La bioética ante los limites de La vida
humana. Madrid: Editorial Centro de Estudios Ramón Areces, S.A, 1994.
HABERMAS, Jürgen. O futuro da natureza humana. Tradução Karina Jannini. São Paulo:
Martins Fontes, 2004.
LUNA, Florencia. Consentimento livre e esclarecido: ainda uma ferramenta útil na ética
da pesquisa. Disponível em: anis.org.br
MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil. Parte Geral. 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 1966.
1. OBJETIVO
O presente trabalho tem o objetivo de tratar o tema cotas raciais como direito
fundamental de segunda geração, direitos humanos ao desenvolvimento, abordando
justificativas relacionadas ao contexto histórico brasileiro, justificativas constitucionais,
a eficácia da mencionada ação afirmativa, as reivindicações por melhorias e a não
implementação das cotas na USP.
7
Graduação em Direito pela Universidade Iguaçu (2003) - Pós-graduação latu sensu pela Universidade
Cândido Mendes (2011). Pós-graduanda em Relações Étnico-raciais e Educação (Latu sensu) no Centro
Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. E-mail: lauraastrolabio@gmail.com. Lattes:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8045068P1.
8
Doutor em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro. Professor do Departamento de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e do
Programa de Mestrado da Universidade Candido Mendes. E-mail: peixinho@mcp-advogados.com.br
(telefone: 21-99974-7956). Lattes: http://lattes.cnpq.br/1016382585372214.
29
3. JUSTIFICATIVA CONSTITUCIONAL
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 20. ed. Rio de Janeiro: José Olímpio,
1988.
LAHNI, Cláudia Regina, DELGADO, Ignacio José Godinho, ROCHA, Enilce Albergaria,
MENEGAT, Elizabete M., ANDRADE, Danúbia. Culturas e Diásporas Africanas. Juiz de
Fora: UFJF, 2009.
34
OBJETIVOS
ABORDAGEM TEÓRICA
9
Este artigo é resultante de estudos desenvolvidos no âmbito do Grupo de Pesquisa em Direitos
Fundamentais/UFF, sob a liderança da Profa. Dra Célia Barbosa Abreu, cadastrado junto ao CNPQ, do qual
a primeira coautora é integrante.
10
Pós-Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro-UERJ. Doutora e Mestre em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na linha de
pesquisa em Direito Civil. Professora Adjunta de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade
Federal Fluminense. Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Direito Constitucional
PPGDC/UFF. E-mail: celiababreu@terra.com.br. Lattes: http://lattes.cnpq.br/ 8015623070536170”.
11
Advogada formada pela Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense. E-mail:
iaraduque@id.uff.br. Lattes: http://lattes.cnpq.br/6295246093239400.
35
que ele deve promover, ainda que o beneficiário seja exatamente a pessoa privada
(BARROSO, 2011, p.70/71).
A concepção de incolumidade física que se pretende preservar com a premissa
constitucional de vedação ao comércio busca impedir que alguém seja obrigado a
submeter seu corpo a qualquer tipo de procedimento – médico ou não – que venha a
diminuir ou prejudicar o seu funcionamento ou afetar a sua dignidade. A retirada de
órgãos e partes do corpo humano para fins de transplante ou tratamento
evidentemente não é uma intervenção cirúrgica insignificante ao corpo dos indivíduos
que se submetem a esse tipo de procedimento, mas também não se pretende torná-la
externa ao âmbito de autonomia do próprio sujeito. A liberdade do indivíduo de optar
se deseja, de fato, submeter-se ao procedimento deve ser, sempre, ponderada.
Concluindo, se é certo que a Constituição (art 199, parágrafo 4o) veda todo
tipo de comercialização, nos dias atuais, também estaria correto afirmar que a referida
vedação não queda isenta de dúvidas. O constituinte fixou, realmente, uma proteção
jurídica para o indivíduo, mas não se pode admitir que esse preceito seja capaz de dar
conta de todo e qualquer contexto histórico e social.
Neste particular, acrescente-se que os próprios constitucionalistas admitem o
fenômeno da mutação constitucional, seja pela via da interpretação, da atuação do
legislador ou do costume. Eis aqui destacado o importante papel a ser desenvolvido
pela hermenêutica jurídica e pelos operadores do direito, na medida de vislumbrar a
atribuição de sentido efetivo às normas jurídicas abstratas que, como a
autodeterminação corporal, sofrem limitações por vezes excessivas, seja pela mudança
da conjuntura social em que se inserem, do paradigma que as motivaram ou mesmo a
especificidade da situação a que se quer aplicar.
5 REFERÊNCIAS
MORAES, Maria Celina Bodin de; CASTRO, Thamis Dalsenter Viveiros de. A autonomia
existencial dos atos de disposição do próprio corpo. Pensar, Fortaleza, v. 19, n. 3, p.
779-818, set./dez. 2014. Disponível em
<file:///C:/Documents%20and%20Settings/Mario/Meus%20documentos/Downloads/34
33-11176-1-PB.pdf> Acesso em 12 abr. 2015.
RODOTÀ, Stefano. La vita e le regole: tra diritto e non diritto. Milano: Feltrinelli, 2006.
SÁ, Maria de Fátima Freire de. Biodireito e direito ao próprio corpo: doação de órgãos,
incluindo o estudo da Lei n. 9.434/97, com as alterações introduzidas pela Lei n.
10.211/01. 2. ed., rev., atual e ampl. Belo Horizonte: Del Rey, 2003., p. 90.
RESUMO
12
Mestrando pelo Programa de Pós-graduação em Direito Constitucional da Universidade Federal
Fluminense, fabiodesantana@yahoo.com.br; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?
id=K4828383D2.
13
Doutorado em Direito pela Universidade Gama Filho. Professora Adjunta do Programa de Pós-
graduação em Direito Constitucional da Universidade Federal Fluminense, helenaelias@gmail.com;
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4246312Y4.
41
JUSTIFICATIVA
OBJETIVOS
organização da sociedade, com vistas a realizar objetivos comuns. E, diante disso, fixar o
papel do Estado perante a economia privada e a sociedade.
METODOLOGIA
ABORDAGEM TEÓRICA
Nesse diapasão, Jeremy Rifkin (2016) sustenta que a vida econômica já está
profundamente marcada pelos bens comuns colaborativos, de maneira que os
mercados já estariam começando a ceder lugar para as redes e a posse estaria se
tornando menos importante do que o efetivo acesso.
Mesmo com pouco tempo de existência, a economia do compartilhamento
permite a democratização do acesso a bens e serviços, uma vez que torna produtos e
serviços amplamente difundidos e quase gratuitamente disponíveis a todas as pessoas.
No limite, o uso da internet como plataforma de ação garante à economia do
compartilhamento de bens a possibilidade de atingir uma escala quase ilimitada de
pessoas ao redor do mundo, impulsionando a democracia do acesso para além das
fronteiras territoriais.
Contudo, essa realidade, embora bastante difundida no país e no mundo,
ainda não foi incorporada significativamente às práticas cotidianas dos Estados, porque
carece a percepção pelas autoridades em geral de que a economia colaborativa
poderia, ao fim e ao cabo, contribuir enormemente para a difusão dos direitos
fundamentais, colaborando com as atividades estatais atualmente deficitárias.
CONCLUSÃO
As tensões entre mercado e meio ambiente apontam para uma solução que
busque conciliar os direitos e os interesses envolvidos, de modo que o Estado não seja
encarado apenas como um freio ao desenvolvimento econômico, mas, sobretudo,
como o agente principal na promoção do desenvolvimento sustentável.
Assim, o presente estudo propõe como alternativa a adoção das ferramentas
utilizadas pela economia colaborativa (por exemplo, a criação de aplicativos ou o apoio
a iniciativas já existentes), com vistas a conferir ao Estado também – e não
exclusivamente – o papel de estimular a auto-organização da sociedade para fins de
aumento da proteção e da educação ambientais. Em relação à iniciativa privada, o
Estado poderia condicionar a concessão de serviços públicos, por exemplo, ao
44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DELMAS-MARTY, Mireille. Por um direito comum. São Paulo: Martins Fontes. 2004.
_________. Três Desafios para um Direito Mundial. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003.
FERRY, Luc. A Nova Ordem Ecológica. São Paulo: Ensaio. 1994.
MACIEL, Edgar; TOMAZELLI, Idiana; MAIA, Laura; MORENO, Thiago. (2013, 26 de julho).
Mundo digital desafia economia. Acessado em 20.09.2016. Disponível em:
http://www.estadao.com.br/infograficos/economia-colaborativa,economia,196320.
Jornal Estadão.
RIFKIN, Jeremy. Sociedade com custo marginal zero: a internet das coisas, os bens
comuns colaborativos e o eclipse do capitalismo. São Paulo: M. Books do Brasil Editora.
2016.
RODRIGUES, Anna Carolina, 27 aplicativos para salvar o mundo. Ano 2012. Disponível em
http://super.abril.com.br/tecnologia/27-aplicativos-para-salvar-o-mundo. Acessado em
08.10.2016.
SARFATI, Gilberto. A evolução tecnológica tem gerado inovações que estão causando
uma verdadeira Revolução. Exemplos disso são a Economia Colaborativa e a Inteligência
Artificial, capazes de promover melhorias transformadoras na Sociedade, In: Prepare-se
45
INTRODUÇÃO
14
Graduando do Curso de Direito da Faculdade Metropolitana São Carlos (FAMESC) – Bom Jesus do
Itabapoana. E-mail: josenogueira.neto@hotmail.com; link para o currículo lattes:
http://lattes.cnpq.br/0385002417417134;
15
Doutorando vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito da Universidade Federal
Fluminense. Mestre em Ciências Jurídicas e Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e
Direito da Universidade Federal Fluminense. Especialista em Práticas Processuais – Processo Civil,
Processo Penal e Processo do Trabalho pelo Centro Universitário São Camilo. Bolsista da Comissão de
Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (CAPES). Integrante do Grupo de Pesquisa em “Direitos
Fundamentais – UFF” e Vice-Líder do Grupo de Pesquisa em “Saúde Mental, Direitos Humanos e
Desenvolvimento”, ambos cadastrados no CNPq e coordenados pela Professora Doutora Célia Barbosa
Abreu. E-mail: taua_verdan2@hotmail.com; link para o currículo lattes:
http://lattes.cnpq.br/8802878793841195;
47
DESENVOLVIMENTO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 15 ed. rev. e ampl. São Paulo:
Saraiva, 2011.
VAZ, J.E. P. O Direito Social a Alimentação. Artigonal, agosto de 2012. Disponível em:
<http://www.artigonal.com/doutrina-artigos/o-direito-social-a-alimentacao-
2952905.html>. Acesso em: 20 out. 2016.
51
OBJETIVOS
16
Este artigo é resultante de estudos desenvolvidos no âmbito do Grupo de Pesquisa em Direitos
Fundamentais/UFF, sob a liderança da Profa. Dra Célia Barbosa Abreu, cadastrado junto ao CNPQ, do qual
os autores são integrantes.
17
Graduanda pela Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense. E-
mail:“camillepc@gmail.com”. Lattes:“ http://lattes.cnpq.br/8689177053465142”.
18
Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Direito Constitucional da Universidade Federal
Fluminense. Professora Substituta do Departamento de Direito Aplicado da Universidade Federal
Fluminense. Pesquisadora no Grupo de Pesquisa sobre Direitos Fundamentais da Universidade Federal
Fluminense E-mail: “joyce.lira@gmail.com”. Lattes: “http://lattes.cnpq.br/ 8015623070536170”.
19
Graduando pela Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense. E-
mail:“leomartins@live.com”. Lattes:“ http://lattes.cnpq.br/9713176787920777”.
52
ABORDAGEM TEÓRICA
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BARROS, José Augusto C. Pensando o processo saúde doença: a que responde o modelo
biomédico?. Revista Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 11, n.1, p. 67-84, 2002. Disponível
em http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v11n1/08
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. trad. Eduardo Brandão. 4. ed. Rio de Janeiro:
Graal, 1984.
FOUCAULT, Michel. Nascimento da Biopolítica. trad. Eduardo Brandão. 3. ed. São Paulo:
Martins Fontes, 2008.
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
EIXO TEMÁTICO
1. ABORDAGEM TEÓRICA
remonta o conflito, for introduzida numa regra ou pelo menos se uma das regras for
declarada nula”22.
Em outros termos, os princípios estão atrelados aos valores. O sentido
axiológico é o que deve perdurar. Nisso, o que valeria mais a prática cultural ou o bem-
estar animal? O STF entendeu que o bem-estar animal deve perdurar em detrimento de
práticas que atentem contra esse princípio trazido no art. 225, § 1º, VII, da CF/88.
O dispositivo traz de forma clara o dever do poder público vedar práticas que
submetam animais à crueldade. Ademais, mesmo não estando no art. 5º da
Constituição Federal Brasileira de 1988, trata-se o bem-estar animal de uma garantia
fundamental tendo em vista o que se encontra preconizado no parágrafo 2º do art. 5º,
ou seja: “Os direitos e garantias expressos nessa constituição não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados”. Essa é a chamada cláusula de
abertura e a sua importância advém da permissão de que novos direitos sejam
descobertos e tutelados mesmo que não estejam expressos no título II da Constituição
Federal de 1988.
Ainda, sob essa ótica não há como negar que proteger animais de práticas
cruéis, o STF tem promovido a dignidade da pessoa humana de uma grande parcela da
sociedade a qual já não aguenta mais a manutenção de certas práticas que não apenas
ofendem o bem-estar animal bem como invade a esfera humana daqueles que não
mais suportam barbáries sob a escusa de se tratar de uma manifestação cultural como
já fora no passado a escravidão.
Nesse ponto, cabe tratar das dimensões do Direto Fundamental. Karel Vasak já
havia se referido ao meio ambiente e ao direito da solidariedade como os direitos de
terceira geração ou dimensão. Sob esse panorama, Norberto Bobbio em seu a Era dos
Direitos não titubeou ao reconhecer outras dimensões de direito. E, assim afirmou que
não existe direito absoluto que valha por toda a humanidade, mas sim direitos que
perduram enquanto não há mudança de paradigmas e arriscou em suscitar o direito
animal:
22
Robert Alexy, Theorie der Grundrechte.
60
“Não é difícil prever que, no futuro, poderão emergir novas pretensões que no
momento nem sequer podemos imaginar, como o direito a não portar armas contra a
própria vontade, ou o direito de respeitar a vida também dos animais e não só dos
homens. O que prova que não existem direitos fundamentais por natureza. O que
parece fundamental numa época histórica e numa determinada civilização não é
fundamental em outras épocas e em outras culturas”23.
2. RESULTADOS ALCANÇADOS
23
BOBBIO, Norberto in “A Era dos Direitos”
61
CONCLUSÕES
Costumes culturais como a vaquejada, a farra do boi e a rinha de galo, por mais
valorosos que sejam para um grupo de indivíduos, não merecem prosperar tendo em
vista o detrimento do bem-estar animal, principalmente quando a constituição
brasileira afirma de forma indubitável que cabe ao poder público, visando a
manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado, “proteger a fauna e a flora,
vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica,
provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade”. Tal
dispositivo apenas visa garantir os direitos de terceira geração imaginada por Karel
Vasak e garantir obliquamente o direito à democracia, tendo em vista que há o
crescente número de pessoas preocupadas com o bem-estar animal. Nas palavras do
professor Paulo Bonavides esse seria um direito de “quarta geração”. Tal não deveria
sofrer limitação nem pelo Parlamento, conforme foi feito com a aprovação da lei que
torna patrimônio imaterial a vaquejada, ensejando assim em clara violação aos
princípios da Separação dos Poderes e de sua harmonização bem como daquele que
afirma que o poder emana do povo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. Trad. de Luis Virgílio Afonso da Silva.
São Paulo: Malheiros, 2008.
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 26 ed. São Paulo: Malheiros, 2011.
MARMELSTEIN, George. Curso de Direitos Fundamentais. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2013.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADI 1856 RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ:
26.05.2011, Trib. pleno, Publicação: 14.10.2011.
62
_________ RE: 153.531 SC, Rel. FRANCISCO REZEK, DJ: 02/06/1997, Seg. Tur.
Publicação: DJ 13.03.1998.
63
RESUMO
O artigo a ser apresentado visa verificar como a relação entre agir técnico e
agir ético interfere na relação médico-paciente por meio do instituto jurídico do
consentimento informado. Analisar-se-á casos concretos nos quais o ato médico viola a
esfera ética jurídica e interfere no direito de liberdade e autonomia do indivíduo.
Pretende-se averiguar igualmente se o consentimento informado protege de fato os
direitos da personalidade, como a vida e integridade física, perante o agir médico. Por
fim, objetiva-se analisar até que ponto a ciência médica pode interferir na
autodeterminação do paciente. Proceder-se-á por meio de análise teórica e
jurisprudencial. Com base no trabalho desenvolvido, buscar-se-á entender como o
judiciário brasileiro tem tratado essa questão.
ABSTRACT
Article being presented aims to see how the relationship between acting
technical and ethical action interferes with the doctor-patient relationship through the
legal principle of informed consent. It will analyze specific cases in which the medical act
violates legal ethical sphere and interferes with the right of freedom and autonomy of
24
Graduanda do curso de direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), polo Volta Redonda.
Email:leticiaalves@id.uff.br; http://lattes.cnpq.br/2701655296241529
25
Doutor em Bioética e Ética Aplicada pela UFRJ. Professor adjunto de direito civil da Universidade
Federal Fluminense (UFF). http://lattes.cnpq.br/1154901557001434
64
the individual. It is intended to as certain also whether the informed consent protects
indeed the rights of personality, such as life and physical integrity, to the acting
physician. Finally, the objective is to analyze the extent to which medical science can
interfere with the self-determination of the patient. There shall be by means of
theoretical and jurisprudential analysis. Based on the work, will seek to be understood
as the brazilian judiciary has handled this issue.
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
O presente artigo tem como objetivo analisar a relação entre o agir médico e o
agir ético, principalmente a maneira como o judiciário lida com essas questões.
Analisar-se-á quais as obrigações jurídicas que o médico possui em face do
direito e que devem ser integradas ao agir médico, pois se a violação ao consentimento
65
BIBLIOGRAFIA
BEAUCHAMP, Tom L.; CHILDRESS, James F. Princípios de ética biomédica. 2. Ed. São
Paulo: Loyola, 2011.
BRASIL, Código civil brasileiro. Lei nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002. São Paulo:
Saraiva 2015.
FRANÇA, Genivaldo Veloso de. Direito médico. 12. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. v. 1. Ed.: São Paulo Saraiva, 2015.
GRACIA, Diego. Pensar a bioética: metas e desafios. São Paulo: Centro Universitário São
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Bioética) – PPGBIOS: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2015.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. Rio de Janeiro : Forense, 2005.
26
Doutoranda (2016-) e Mestra (2016) em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela PUC-Rio.
Graduada em Direito pela Universidade Federal Fluminense (2013). E-mail: carolinalopes08@gmail.com.
Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/9646128625742910
27
O asterisco é utilizado nesta palavra para indicar que a mesma corresponde a um “termo guarda-
chuva” (umbrella term), isto é, “refere-se a diversas experiências de gênero não normativas, tais como
transexual, transgênero ou travesti” (DIAS, 2014, p. 475).
68
28
Tradução livre de: “(…) both intersex and transsexuality raise the question of what kind of body one
needs to have in order to claim membership in a gender and whether a person’s sense of belonging to a
gender is colored by the experience of living in a body that has been touched by medical technology”.
29
Segundo as definições publicadas em glossário elaborado pela doutora em Psicologia Social da
Universidade de Brasília, Jaqueline Jesus, transgênero seria um “conceito ‘guarda-chuva’ que abrange o
grupo diversificado de pessoas que não se identificam, em graus diferentes, com comportamentos e/ou
papéis esperados do gênero que lhes foi determinado quando de seu nascimento”, ao passo que
transexual seria o “termo genérico que caracteriza a pessoa que não se identifica com o gênero que lhe
foi atribuído quando de seu nascimento” (JESUS, 2012, p. 14-15, grifou-se). Já o Programa Brasil Sem
Homofobia (PBSH), define como transexuais as “pessoas que não aceitam o sexo que ostentam
anatomicamente. Sendo o fato psicológico predominante na transexualidade, o indivíduo identifica-se
com o sexo oposto, embora dotado de genitália externa e interna de um único sexo” (PBSH, 2004, p. 30).
Por sua vez, Heloisa Barboza diferencia-os da seguinte maneira: “a designação ‘transexual’ indica a
passagem de um sexo para outro, enquanto ‘transgênero’ estaria a indicar a migração de gênero”
(BARBOZA, 2010, p. 69).
30
ISNA. “What's the difference between being transgender or transsexual and having an intersex
condition?” Disponível em: http://www.isna.org/faq/transgender. Acesso em: 20 out. 2015.
31
Tradução livre de: “The word ‘hermaphrodite’ arguably carries mythological and fetishistic associations
that serve to dehumanize and stigmatize the living and real individual to whom the word is applied.”
69
32
No original: “Unlike mythological ‘hermaphrodites’, intersexuals are present in this world. Variations in
genetic formulation, hormonal effects before and after birth, and developmental atypicalities with
unknown causes result daily and globally in the birth of ‘boys’ with tiny or absent penises and/or
undescended testicles, ‘girls’ with enlarged clitorises or no vaginas, or infants whose chromosomes,
organs and hormones are mixtures of those typical for girls or boys.”
70
Damiani e Guerra-Júnior (2007, p. 1014), por exemplo, afirmam que “uma anomalia
genital ocorre em 1 de cada 4.500 nascimentos”.
Todavia, para autores como a bióloga Anne Fausto-Sterling (2000a), a
intersexualidade não é incomum. De acordo com essa autora, haveria uma frequência
de nascimentos de pessoas intersex de 1,7% – 5.100 indivíduos em uma cidade de
300.000 habitantes, por exemplo (FAUSTO-STERLING, 2000a, p. 51).
Com relação aos dados específicos do Brasil, observa-se que o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não possui em nenhuma de suas tabelas
algum campo ou dado referente às informações sobre o número de nascimentos de
crianças intersex. Além disso, somada à ausência de dados sistematizados, cabe
ressaltar que a única norma brasileira existente é a mencionada Resolução nº 1.664/03
do CFM. Em todo o mundo, por outro lado, diversas leis estão sendo criadas e os
próprios indivíduos intersex têm se organizado para lutar pela visibilidade de seus
direitos.
Outro problema existente diz respeito à discordância quanto à escolha da
medida a ser adotada pela família ou pelos médicos nesses casos. Para a maior parte
dos médicos atuantes na área, a intervenção cirúrgica é essencial33. Já para a maioria
dos participantes dos movimentos sociais de pessoas intersex, tais cirurgias causam
sofrimentos físicos e psíquicos que mais do que evitáveis, são desnecessários. Por outro
lado, já existem médicos que não estão realizando as cirurgias precoces de
“reconstrução genital”, pois preferem aguardar os resultados das pesquisas e dos
estudos dedicados a informar seus verdadeiros benefícios e, ao mesmo tempo, há
pessoas dentro do movimento social que acreditam que o constrangimento e
sofrimento psíquicos oriundos da “não normalização de suas genitálias” são um ônus
muito maior do que os causados pelas cirurgias (GUIMARÃES JÚNIOR, 2014, p. 26-28).
Por óbvio, nos casos de risco de morte ou formação de tumores cancerígenos,
uma intervenção médica faz-se claramente emergencial. Todavia, o que dizer dos
demais casos? Por que não existem dados sistematizados sobre os procedimentos que
33
O que aparece na própria “Exposição de Motivos” da Resolução CFM nº 1.664/03, que define: “o
nascimento de crianças com sexo indeterminado é uma urgência biológica e social”.
71
vêm sendo adotados? Será que realmente existe uma possibilidade de escolha, ou seja:
será que os familiares podem optar por não fazer a cirurgia e esperar até que seus filhos
constituam sua identidade sexual para decidirem por si mesmos? Ou será que os
diagnósticos dados pela equipe médica estão seguindo um padrão e considerando a
intersexualidade uma “anomalia” carente de “correção” urgente e imperativa?
Diante dessa conjuntura, o presente trabalho pretende questionar as ideias de
“correção”, “anomalia” e “adequação corporal”, utilizadas pelos profissionais de saúde,
as consequências destas ideias sobre a sociedade e seus impactos sobre as pessoas
intersex.
Outros objetivos consistem na investigação dos tratamentos conferidos a esses
corpos que “não se encaixam”, analisando as denominadas “Era das Gônadas” e “Era da
Conversão”, até chegar à ideia contemporânea de “emergência médica”, trazida pela
Resolução CFM nº 1.664/2003. Para isso, serão analisadas as formas que o corpo foi
pensado ao longo do tempo e de que maneira as noções de gênero e sexo foram por
elas impactadas.
Por fim, os mecanismos de poder que se encontram imbricados a estas noções
de normalidade/anormalidade serão observados e, a fim de provocar uma tentativa de
retirada dos corpos intersex da zona de abjeção, buscar-se-á pensar a respeito da
admissão de existências plurais, capazes de permitir o pleno desenvolvimento de
identidades e o respeito às sensibilidades humanas.
Assim, procura-se ponderar, através das pesquisas bibliográficas realizadas,
sobre as melhores formas de preservar a vontade dessas pessoas e permitir a
construção subjetiva de sua identidade sexual.
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INTRODUÇÃO
34
Mestrando – PPGH UNIRIO. Email: tih_masca@live.fr; http://lattes.cnpq.br/8771582380061224
81
Não nos propomos neste pequeno trabalho a apresentar soluções, mas trazer
alguns elementos importantes históricos e jurídicos importantes para a discussão, que
precisa ser democraticamente debatida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
REFERENCIAS:
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DINIZ, Maria Helena. O estado atual do biodireito. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
84
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 19. ed. São Paulo:
Malheiros, 2001.
85
related limits on such choice. Does the term “human dignity” merely
encourage each side to talk past the other, or can it supply fruitful common
ground? (In:PELLEGRINO et. al., 2008, p.333).
De igual modo, a autonomia é trazida como razão forte para justificar e condenar o
suposto direito de morrer. Opositores à existência de tal direito afirmam que a proximidade
do óbito caracterizada pela situação de terminalidade, agregada a outros fatores (receio de
se tornar um fardo para os familiares, temor de arruinar financeiramente a família, et
coetera) poderia afetar a autonomia real do paciente. Tal argumento encontraria um sentido
mais forte na hipótese de pacientes incapazes de consentir (portadores de demência grave,
crianças, pacientes em estado vegetativo persistente).Neste sentido, confira-se a advertência
feita por SÁ:
The point is not to preserve as many living things as possible, but to protect
the interests of individuals who are the subjects of lives.. It’s a derived rule,
inferred from a more fundamental rule having to do with the protection of
lives. It is as though we had formulated the rule by reasoning thus: ‘it’s
morally important to protect lives, and the individuals who are subjects of
lives. If those individuals are killed, their biographical lives, and not just their
biological lives will be destroyed. Therefore, such killing is wrong (RACHELS,
1986., p. 28)
REFERÊNCIAS
DIAS, Roberto. O Direito Fundamental à morte digna – uma visão constitucional da eutanásia.
Belo Horizonte: ed. Forum, 2012.
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Revista do Curso de Direito Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, v. 5, n. 5, 2005..
Disponível em: http://www3.izabelahendrix.edu.br/ojs/index.php/dih/article/view/105/89
Acesso em 01 out. 2016.
89
O presente trabalho tem por finalidade analisar o livro The End of Life: Euthanasia
and Morality, publicado em 1986, de autoria de James RACHELS, no qual o autor enfrenta a
temática da eutanásia, sob um ponto de vista moral e jurídico.
RACHELS aponta a oposição à eutanásia centrada na ideia de santidade da vida, a
qual atribui a duas tradições: o janinismo oriental e o cristianismo no Ocidente, com sua
proibição moral de por fim a uma “vida humana inocente”. Ambas as tradições são
apresentadas e criticadas como inadequadas a explicar as razões pelas quais o ato de matar
alguém seria moralmente inadequado.
Em seguida, o autor propõe sua própria versão de santidade de vida, pautada numa
dissociação de seus sentidos biológico (to be alive) e biográfico (to have a life), detendo a
segunda concepção primazia sobre a primeira, conforme se depreende da seguinte
passagem:
The point is not to preserve as many living things as possible, but to protect
the interests of individuals who are the subjects of lives.. It’s a derived rule,
inferred from a more fundamental rule having to do with the protection of
lives. It is as though we had formulated the rule by reasoning thus: ‘it’s
morally important to protect lives, and the individuals who are subjects of
lives. If those individuals are killed, their biographical lives, and not just their
biological lives will be destroyed. Therefore, such killing is wrong (RACHELS,
1986., p. 28)
37
Professor do Centro Universitário Augusto Motta – UNISUAM. Bacharel em Direito pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro – UFRJ. Pós Graduado em Direito Civil e Processual Civil pela Universidade Estácio de Sá-
UNESA. Mestrando em Direito na Universidade Católica de Petrópolis– UCP. Email:
augustocastellobranco@gmail.com ; http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4299866A6
90
The human being’s life is not a vegetable life supplemented by an animal life
supplemented by an intellectual life; it is the one life of a unitary being. So a
being that once has human (and thus personal) life will remain a human
person while that life (the dynamic principle for that being’s integrated
organic functioning) remains—that is, until death. Where one’s brain has
not yet developed, or has been so damaged as to impair or even destroy
one’s capacity for intellectual acts, one is an immature or damaged human
person (FINNIS, 2013, p. 221).
Por fim, RACHELS traça uma avaliação jurídica da eutanásia, e apresenta – à luz do
contexto jurídico norte-americano – sua proposta de utilização como meio de defesa. Este
paper pretende discutir a viabilidade –ou não- de aplicar tal pensamento ao modelo jurídico
brasileiro.
91
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vida. In: GOZZO, Débora, et. al., Bioética e Direitos Fundamentais. São Paulo: Saraiva, 2012.
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RACHELS, James. The End of Life: Euthanasia and Morality (Studies in Bioethics). Oxford, UK:
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92
Thiago Rodrigues-Pereira38
O tema do direito fundamental à vida, e não a qualquer vida, por óbvio, mas a
uma vida minimamente digna, já foi objeto de intenso debate em diversas áreas como a
jurídica39, econômico-social40, dentre outras.
No presente estudo, o que se busca como objeto principal da pesquisa é
analisar obre a existência ou não de um direito fundamental a escolher o momento de
morrer, e consequentemente até que ponto poderia o Estado se envolver em uma escolha
do seu cidadão. Frise-se que que se está falando de uma escolha tomada de forma racional,
no pleno gozo das faculdades mentais do cidadão, atestado por médicos e psicólogos.
O presente estudo tem bem demarcado essa questão de analisar tão somente
se esse cidadão teria um direito fundamental a optar por morrer, e até que ponto pode o
Estado se interferir nessa decisão.
Essa pesquisa poderia estar no Grupo de Trabalho IV sore Bioética e temas
correlatos, mas optou-se por incluí-lo no Grupo I justamente por ser discutido não os
aspectos éticos ou bioéticos dessa escolha, mas simplesmente se o contrato social concede
ao soberano o direito de escolher para o seu cidadão a opção de viver, mesmo que esse
cidadão tenha optado por morrer.
Portanto, serão objeto de discussão aspectos político-jurídico-filosóficos dessa
discussão existencial do ser humano, e não os seus aspectos éticos ou religiosos.
38
Pós-Doutor em Direitos Humanos pela Universidade Católica de Petrópolis – UCP; Pós-doutorando em
Filosofia pela Universidade Federal Fluminense-UFF; Doutor em Direito pela Universidade Estácio de Sá –
UNESA/RJ (bolsista FAPERJ); Professor do PPGD da UCP; Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro – UERJ. Email: prof.thiagorp@gmail.com;
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4240795J6
39
TORRES, Ricardo Lobo. O mínimo Existencial e o Direitos Fundamentais. Disponível em
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/viewFile/46113/44271 .Acesso em 04.11.2016.
40
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93
divisão entre intervenção estatal e autonomia da vontade, motivo pelo qual o presente
estudo foi encaminhado ao grupo de trabalho 1.
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95