Relatorio Descritivo 2012-2016
Relatorio Descritivo 2012-2016
Relatorio Descritivo 2012-2016
BRASIL – 2012-2016
Relatório Descritivo
Execução
São Paulo - SP
Julho/2017
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 9
2. NOTAS METODOLÓGICAS....................................................................................................... 10
2.1. Marco Conceitual ................................................................................................................ 10
2.2. Âmbito de Cobertura Geográfica e Temporal....................................................................... 10
2.3. Plano Amostral.................................................................................................................... 13
3. CHEGADA DE TURISTAS INTERNACIONAIS........................................................................... 15
4. RESULTADOS GERAIS............................................................................................................. 20
4.1. Características da Viagem .................................................................................................. 20
4.1.1. Motivação da Viagem ...................................................................................................20
4.1.2. Tipos de Alojamentos Utilizados ...................................................................................22
4.1.3. Gasto Médio per capita Diário ......................................................................................23
4.1.4. Permanência Média .....................................................................................................25
4.1.5. Destinos mais visitados ................................................................................................26
4.2. Organização da Viagem ...................................................................................................... 29
4.2.1. Fonte de Informação ....................................................................................................29
4.2.2. Uso de Internet ............................................................................................................29
4.2.3. Uso de Agência de Viagens .........................................................................................30
4.3. Satisfação e Avaliações da Viagem ..................................................................................... 31
4.3.1. Intenção de Retorno ao Brasil ......................................................................................31
4.3.2. Frequência de Visita ao Brasil ......................................................................................31
4.3.3. Nível de Satisfação da Viagem .....................................................................................32
4.3.4. Avaliação da Infraestrutura e dos Serviços Turísticos ...................................................32
4.4. Perfil Socioeconômico ......................................................................................................... 33
4.5. Conhecimento da Marca Brasil............................................................................................ 35
5. PRINCIPAIS EMISSORES ......................................................................................................... 36
5.1. Características da Viagem .................................................................................................. 36
5.1.1. Motivação da Viagem ...................................................................................................36
5.1.2. Tipos de Alojamentos Utilizados ...................................................................................41
5.1.3. Gasto Médio per capita Diário ......................................................................................42
5.1.4. Permanência Média .....................................................................................................44
5.1.5. Relação entre Gasto e Permanência Média..................................................................45
5.1.6. Destinos mais visitados ................................................................................................47
5.2. Organização da Viagem ...................................................................................................... 48
5.2.1. Fonte de Informação ....................................................................................................48
5.2.2. Uso de Agência de Viagens .........................................................................................49
5.3. Frequência de Visita ao Brasil ............................................................................................. 51
5.4. Nível de Satisfação da Viagem ............................................................................................ 52
5.5. Perfil Socioeconômico ......................................................................................................... 53
5.5.1. Idade............................................................................................................................53
5.5.2. Renda Média Mensal Familiar ......................................................................................54
6. PRINCIPAIS DESTINOS ............................................................................................................ 56
6.1. Características da Viagem .................................................................................................. 56
6.1.1. Principais Países de Residência...................................................................................56
6.1.2. Motivação da Viagem ...................................................................................................58
LISTA DE TABELAS
CONVENÇÕES
.. (dois pontos): Indica que não se aplica dado numérico.
- (hífen): Indica que o dado numérico é igual a zero, não resultante de arredondamento.
0 ou 0,0 ou 0,00 (positivo ou negativo): Indica que o dado numérico é igual a zero resultante de
arredondamento e com valor inferior a metade da unidade adotada na tabela.
Este relatório apresenta a análise dos resultados de cinco anos da pesquisa de demanda do mercado
de turismo receptivo internacional no Brasil, realizadas pelo Ministério do Turismo por meio de
contratação da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - FIPE. Estão descritos os principais
resultados da pesquisa, bem como notas metodológicas sobre os critérios que orientaram a realização
do estudo. Ao final são disponibilizadas as fichas de resultados para o total Brasil, para os principais
destinos no país e principais mercados emissores. O material constitui-se em importante ferramenta de
apoio ao planejamento estratégico do setor público e privado.
Dentre os resultados apresentados no relatório, destacam-se como principais países emissores de
turistas ao Brasil a Argentina e os Estados Unidos, segundo o Anuário Estatístico do Ministério do
Turismo. Juntos, esses países responderam por cerca de 43,6% das chegadas de turistas
internacionais ao país no ano de 2016.
Em relação à principal motivação da viagem, destacam-se as viagens a lazer. No período de 2012 a
2016, aproximadamente 51,2% do total de viagens internacionais ao país foram realizadas por esse
motivo, ocorrendo pequenas variações desse percentual ao longo do tempo. As viagens internacionais
a negócios atingiram média de 22,3% do total de viagens no período. Já as viagens por outros motivos
foram, em todo período, superiores às viagens por motivos de negócios, apresentando média no
período de 26,5%1 dos turistas.
Os visitantes que estiveram no país a lazer foram questionados também a respeito do principal motivo
que os trouxe ao Brasil. A resposta sol e praia foi dada por mais de 60% em todos os anos de pesquisa,
excetuando 2014, ano da Copa do Mundo, quando o percentual foi de 49,2% dos turistas. Observa-se
um interesse considerável também pela natureza ou ecoturismo no país, sendo a segunda principal
motivação a lazer em todos os anos de pesquisa aqui analisados, representando em média no período
17,1% das viagens.
Uma das principais informações levantadas pelas pesquisas realizadas é o gasto médio per capita
diário dos turistas no Brasil. Observa-se uma oscilação destes gastos entre os anos de 2012 e 2016,
causada por questões econômicas diversas, destacando-se flutuações cambiais e os problemas
econômicos internacionais. Nesse sentido, os gastos médios per capita diários foram de US$ 68,94 em
2012 para US$ 55,52 em 2016, com destacado pico em 2014, ano da Copa do Mundo de Futebol no
Brasil, de US$ 73,12.
Quanto às principais cidades visitadas durante a viagem ao Brasil, o Rio de Janeiro - RJ se destaca
entre os turistas a lazer em todos os anos analisados, visitado em média por cerca de 34,0% dos
turistas que passaram pelo país entre 2012 e 2016. Verificou-se um aumento de visitações a lazer aos
destinos do litoral catarinense, com destaque para Florianópolis - SC que passou a ser a segunda
cidade mais visitada a lazer na média do período 2012-2016. Nota-se ao longo do período analisado
uma queda proporcional nas visitas a Foz do Iguaçu – PR, no entanto, a cidade está entre as três mais
visitadas do país. Também se destacam os destinos do litoral fluminense, a exemplo de Armação dos
Búzios - RJ, que em 2016 representou 9,1% dos turistas que viajaram ao país a lazer. Tais questões
têm íntima relação com a expansão do número de turistas residentes na Argentina que visitaram o
Brasil nos últimos anos.
Entre os turistas a negócios, eventos e convenções, a cidade de São Paulo - SP é o principal destino,
atingindo 41,2% dos turistas por esta motivação em 2016. Rio de Janeiro - RJ, com cerca de 26% na
1
O grupo “outros motivos” de viagem é composto por viagens de visita a amigos e parentes (cerca de 23,2%, em
média), estudos ou cursos (1,8%, em média), religião, peregrinação (1% em média), saúde, ou compras pessoais
e outros com menos de 1% cada um deles.
Relatório Descritivo 2012 - 2016 7
média do período, também tem visitação expressiva por esta motivação. Destaca-se também ambas
são as cidades mais visitadas por turistas também em viagens por outros motivos.
Buscando-se firmar um comparativo entre as expectativas anteriores e a imagem posterior à viagem, o
turista foi questionado a respeito de seu nível de satisfação ao longo de sua permanência no Brasil. A
superação das expectativas ocorreu em 37,5% dos casos em 2016, verificando-se uma elevação de
aproximadamente 6,9 pontos percentuais entre o ano de 2012 e o de 2016. Além disso, no mesmo
período, mais da metade dos turistas tiveram suas expectativas plenamente atendidas.
Para a organização da viagem, observa-se uma redução do uso de agências em viagens internacionais
com destino ao Brasil, passando de 27,1% em 2012 para 17,8%, em 2016. Ao mesmo tempo, manteve-
se a tendência de crescimento do uso de internet como principal fonte de informação para a
organização das viagens, passando de 33,6% em 2012 para 49,2% em 2016.
O Estudo da Demanda Turística Internacional é realizado desde 1983 com o objetivo de identificar o
perfil socioeconômico do turista receptivo internacional, bem como as suas motivações, interesses e
comportamento em suas viagens.
Até o ano de 2003 foram implementadas pequenas alterações nesse estudo, envolvendo ajustes em
alguns aspectos e variáveis pesquisadas, visando adequar o estudo às transformações que foram
ocorrendo no turismo receptivo do país. Contudo, frente ao diagnóstico de que essas modificações não
estavam de fato sendo suficientes para capturar e refletir de forma precisa todas as especificidades
dos diversos segmentos do turismo receptivo internacional, o Departamento de Estudos e Pesquisas 2
resolveu implementar substanciais alterações de escopo e de metodologia no referido estudo, de modo
a melhorar sua representatividade em relação ao universo pesquisado. Para tanto, foi realizado o
replanejamento amostral do estudo, com o intuito de garantir menor erro nas estimativas por segmentos
de interesse para as políticas públicas de turismo, e de ampliar os aspectos pesquisados, que
contribuíssem para aprofundar o entendimento do comportamento do setor.
Dessa forma, em 2004 iniciaram-se as mudanças planejadas na estrutura do estudo sobre a demanda
turística internacional, desde então executado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas -
FIPE3.
Dentre os aprimoramentos introduzidos por meio desse projeto, destacam-se as seguintes
reformulações:
Aumento do número de etapas de coleta de dados (de duas para quatro etapas), com o intuito
de captar variações devidas ao movimento sazonal do turismo (alta, média alta, média baixa e
baixa temporada de turismo);
Aumento do número de locais de pesquisa, para ampliar a área de abrangência da coleta de
dados e atingir a total representatividade do fluxo internacional aéreo nos principais pontos de
entrada e saída de estrangeiros;
Aumento do número de entrevistas, para minimizar os erros de estimativas e propiciar um maior
detalhamento dos resultados para as políticas de turismo, com a segmentação dos grupos de
turistas por meio de vários critérios de interesse;
Implementação de procedimento de ponderação e expansão dos resultados para o universo
de referência da pesquisa, de acordo com a amostra estratificada planejada.
Essas reformulações, sem dúvida, proporcionaram um salto qualitativo no conhecimento dos aspectos
e informações associadas ao fluxo de turistas internacionais no Brasil, conhecimento esse que
certamente contribui para a melhoria do planejamento e para a execução das ações dos setores público
e privado, com foco no desenvolvimento da atividade turística.
O relatório apresenta, além das notas metodológicas, os resultados gerais da pesquisa (Capítulo 4), os
resultados por principais países emissores de turistas ao Brasil (Capítulo 5) e os resultados para os
municípios mais visitados por turistas estrangeiros no Brasil (Capítulo 6). Além do presente relatório
descritivo, fichas sínteses de resultados no formato MS Excel e PDF estão disponíveis no site do
Ministério do Turismo, por meio do link: http://www.turismo.gov.br/dadosefatos.
2
Até 2008 o departamento integrava a estrutura do Instituto Brasileiro de Turismo – Embratur.
3
As mudanças foram iniciadas pelo convênio entre a Embratur e a FIPE, assinado em 2004. A partir de 2005, o
estudo sobre a demanda turística internacional tem sido realizado por contrato entre a EMBRATUR e a FIPE (até
2008) e entre o Ministério do Turismo e a FIPE (desde 2009).
Relatório Descritivo 2012 - 2016 9
2. NOTAS METODOLÓGICAS
As pesquisas são realizadas em aeroportos internacionais com voos regulares e nas fronteiras
terrestres, junto a postos da Polícia Federal. Os 15 aeroportos pesquisados em 2016 representam cerca
de 99% do fluxo turístico internacional aéreo, enquanto que os 10 pontos de fronteiras terrestres
representam mais de 90% do fluxo turístico internacional terrestre.4
4
Até 2003, eram realizados levantamentos em 12 pontos de fronteiras aéreas e terrestres. A partir de 2004,
anualmente, foram sendo acrescidos novos pontos de coleta, evoluindo de 17 pontos naquele ano (10 aéreos e 7
terrestres) para 25 pontos em 2016.
Além disso, em 2014 e 2016 houve etapas especiais dedicadas respectivamente à Copa do Mundo de
Futebol e aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
Note-se que nas localidades com ênfase no turismo motivado por negócios ou outros motivos que não
os de lazer, as etapas poderão ser consideradas altas em momentos tipicamente considerados de
baixa para o lazer. Ou seja, a etapa de janeiro representaria a baixa temporada e as etapas de
abril/maio e outubro/novembro a média ou alta temporada. Mas, ainda assim, as viagens a lazer
apresentam-se preponderantes em quase todas as etapas da pesquisa de 2016, com exceção da
média/alta temporada (julho/agosto).
Em todas as localidades buscou-se garantir a captação de informações sobre os diferentes perfis de
motivação de viagem dos turistas, sejam eles dos turistas que visitam a cidade nas altas ou baixas
temporadas, sejam essas temporadas definidas pelos motivos de negócios ou de lazer. O Gráfico 1
ilustra as diferenças de resultados em relação ao motivo de viagem, para distintas épocas do ano.
80,0
65,2
70,0
60,0
45,9
42,8
40,7
50,0
36,9
36,6
35,9
35,4
34,9
31,9
30,0
29,9
40,0
(%)
28,0
25,0
24,9
24,9
24,3
23,0
22,9
19,7
30,0
14,8
12,8
20,0
7,4
5,2
4,4
4,4
4,3
4,2
3,5
2,3
2,1
10,0
0,0
Alta Baixa Média Alta Média Baixa Alta Baixa Média Alta Média Baixa
(jan/fev) (abr/mai) (jul/ago) (out/nov) (jan/fev) (abr/mai) (jul/ago) (out/nov)
2012 2016
Lazer Negócios, eventos e convenções Visitar amigos e parentes Outros motivos
5
Não confundir a localidade de pesquisa com um município visitado. O perfil dos turistas e as características das
viagens realizadas nos principais municípios visitados são apresentados no capítulo 6.
A partir de 2006, a pesquisa foi realizada por amostragem baseada em critérios proporcionais e de
estratificação. Assim, o dimensionamento ocorreu com base em informações geradas de entrada de
estrangeiros e na variável de controle gasto médio dos turistas no Brasil, para os estratos de país de
residência e vias de acesso. Em um segundo estágio, a amostra foi distribuída proporcionalmente entre
os portões de entrada/saída do país.
Para o dimensionamento do tamanho da amostra são levados em consideração os três conjuntos de
informações:
a) Gastos médios e variâncias obtidas da experiência acumulada pela realização dessa pesquisa
anualmente;
b) Dados do fluxo de turistas estrangeiros contidos nos registros gerados pela Polícia Federal,
Infraero, ANAC e Ministério do Turismo (Anuário Estatístico de Turismo);
c) Países definidos como prioritários pelo Ministério do Turismo e Embratur, discriminados por via de
acesso.
É importante salientar que o nível de erro da pesquisa por países é uma variável estratégica definida
com base em planos de políticas do Governo Federal, sendo possível que países com maiores fluxos
possuam margens de erro superiores às de países de menores fluxos, em razão serem considerados
prioritários para promoção do destino Brasil.
Assim sendo, o processo de dimensionamento da amostra do turismo receptivo internacional foi
determinado com base nas informações do fluxo de turistas estrangeiros no país no ano imediatamente
anterior ao da pesquisa e nas estimativas dos seus gastos também do ano anterior. O tamanho da
amostra (ni) para cada grupo de turistas de cada país de residência, de cada via de acesso (aérea e
terrestre), é definido segundo a fórmula:
Ni cvi .z 2
2
ni
(cvi .z / 2 ) 2 2 N 1
(1)
Onde: cvi
i é o coeficiente de variação e z / 2 é o valor da variável Normal Padronizada com
Gi
probabilidade de 2 à sua direita para o nível de confiança de 95% (1,96).
A margem de erro foi fixada de forma variável, exigindo-se um maior grau de precisão da estimativa
do gasto médio dos turistas dos países prioritários quanto maior fosse a importância do mesmo país
em termos do seu fluxo emissivo de turistas para o Brasil.
A tabela a seguir mostra a margem de erro máximo admitida, fixada por país de residência permanente,
em relação à participação do país emissor no total de turistas que visitam o Brasil.
É essencial para o Ministério do Turismo e para a Embratur que a pesquisa apresente estimativas mais
detalhadas de parâmetros básicos que definem o perfil e o comportamento dos turistas de cada um
dos países emissores prioritários. Por conta disso, numa segunda etapa do planejamento amostral
foram procedidos os devidos ajustes para atender a essa finalidade, contemplando, inclusive, os países
de menor participação no fluxo atual. Assim, a amostra originariamente definida por país emissor, em
termos dos gastos per capita diários, é devidamente desmembrada, de acordo com as proporções de
turistas por motivo da viagem.
Em seguida são realizados ajustes no planejamento amostral para que sejam obtidas estimativas
consistentes e de qualidade para os parâmetros de cada país emissor prioritário, segmentadas por três
grupos de motivações da viagem dos turistas (lazer, negócios e outros motivos).
Considerando que a variável motivação da viagem não pode ser utilizada como base de estratificação
das amostras - pois não é possível fazer a classificação dos turistas por essa variável diretamente a
partir dos dados do universo de pesquisa -, a alternativa é simular, com base nos resultados da
pesquisa do ano anterior, como seria a distribuição dos turistas de cada país emissor entre os três
grupos de motivações de viagem. Busca-se garantir para cada grupo de motivação, de cada país
prioritário, amostras suficientes para realizar estimativas adequadas sobre os perfis, características de
viagens e gastos dos turistas.
Para fins de ilustração, é apresentado na tabela a seguir o tamanho da amostra efetiva por ano e por
via de acesso entre os anos de 2012 e 2016.
Tabela 2 – Amostra efetiva por ano e via de acesso, 2012-2016
Ano Aéreo Terrestre Total
2012 25.278 5.761 31.039
2013 26.861 5.891 32.752
2014 36.557 7.523 44.080
2015 28.698 5.302 34.000
2016 32.024 5.610 37.634
Fonte: MTur/ FIPE - Estudo da Demanda Turística Internacional – 2012-2016.
Este capítulo apresenta uma síntese dos dados do Anuário Estatístico do Turismo – 2017, ano base
2016, elaborado pelo Ministério do Turismo. Apesar da estimativa do fluxo de turistas no Brasil ser uma
atividade distinta da pesquisa que investiga as características das viagens ocorridas no país e de seus
realizadores, a relação entre as duas é evidente. Por conta disso, antes de serem apresentados os
resultados da pesquisa, é relevante tratar das principais informações sobre a chegadas de turistas ao
Brasil no período recente.
Em 2016 o Brasil recebeu 6.578.074 chegadas de turistas internacionais. Trata-se do maior valor já
registrado no país. Este número significa um crescimento de 4,3% em relação a 2015
(aproximadamente 272,2 mil chegadas a mais).
Em 2012, ano inicial das séries tratadas neste relatório, foram 5.676.843 chegadas. Desde então
somente não houve crescimento interanual em 2015 (queda de 1,9% em relação a 2014), que se
justifica pela realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil em 2014 e o fluxo mais elevado de
visitantes internacionais atraído ao país.
7,0 6,578
6,430 6,306
5,677 5,813
6,0
Chegadas turísticas internacionais
5,0
4,0
(milhões)
3,0
2,0
1,0
0,0
2012 2013 2014 2015 2016
Fonte: MTur – Anuário Estatístico de Turismo – 2017, volume 44, ano base 2016.
A via de acesso aérea é notadamente a mais importante para a chegada dos turistas internacionais ao
Brasil. Em 2016, os aeroportos brasileiros foram o meio de acesso de 66,4% das chegadas turísticas.
Em segundo lugar ficaram as vias terrestres, com 31,5% das chegadas. As vias fluviais (1,5% do total)
e marítimas (0,6%) têm participação pouco significativa no total.
A participação das vias terrestres em relação ao total mostrou aumento de 3,6 pontos percentuais em
relação à média do período 2012-2015. Por sua vez, na comparação com o mesmo período, a via aérea
apresentou decréscimo de 3,4 pontos percentuais.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Fonte: MTur – Anuário Estatístico de Turismo – 2017, volume 44, ano base 2016.
A Argentina é historicamente o principal emissor de turistas ao Brasil, e em 2016 não foi diferente:
foram 2.294.900 chegadas de turistas residentes na Argentina, o que equivale dizer que a cada três
chegadas de turistas ao Brasil em 2016, uma delas foi feita por um residente na Argentina. Houve
crescimento de 1,9% em relação a 2015.
Os Estados Unidos foram o segundo principal emissor, com 8,7% do total, mais de 570 mil chegadas.
Em relação a 2015 houve um pequeno decréscimo de 0,5% em sua participação.
As três posições seguintes são ocupadas por países da América do Sul: Paraguai com 316.714
chegadas, 4,8% do total; Chile com 311.813 chegadas, 4,7% do total; e Uruguai, com 284.113
chegadas, 4,3% do total.
Em seguida destacaram-se seis países europeus que juntos somam 1,17 milhão de chegadas, ou
18,9% do total. São eles, em ordem decrescente: França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Portugal e
Espanha.
Somente estes 11 países somam 75,2% das chegadas turísticas internacionais que ocorreram no Brasil
em 2016.
Argentina 2.080
2.295
Paraguai 302
317
Chile 306
312
Uruguai 267
284
França 261
264
Alemanha 225
222
Itália 202
181
Portugal 162
150
Espanha 151
148
Bolívia 108
138
Colômbia 119
135
Peru 113
114
México 90
95 2015 2016
Fonte: MTur – Anuário Estatístico de Turismo – 2017, volume 44, ano base 2016.
Em termos de continentes, a América do Sul respondeu em 2016 por 56,7% do total. Com exceção de
2014, observa-se uma tendência de aumento desta participação. Por sua vez, tem-se registrado queda
na participação da Europa, o segundo principal continente emissor, que em 2016 respondeu por 24,4%
do total. A América do Norte ocupou a terceira posição com 11,2%, situação relativamente estável em
comparação com os anos anteriores. Os demais continentes responderam por apenas 7,7% do fluxo
de chegadas em 2016, com destaque para Ásia (4,6%).
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
(%)
Fonte: MTur – Anuário Estatístico de Turismo – 2017, volume 44, ano base 2016.
*: Africa, Oceania, América Central e Caribe, Países não especificados.
O estado de São Paulo é o principal portão de entrada e saída de turistas internacionais ao país. Em
2016, 34,2% das chegadas ocorreram neste estado, sendo praticamente todas pela via aérea. O Rio
de Janeiro ocupou a segunda posição, com 22,5%. Os três estados da Região Sul do país assumem
as posições seguintes, respondendo juntos por 32,8% do total (Rio Grande do Sul com 16,8%, Paraná
com 12,9% e Santa Catarina com 3,1%). Destaca-se que nestas UF a principal via de acesso é a
terrestre. No Rio Grande do Sul foram 87,5% das chegadas por esta via, no Paraná foram 95,3% e em
Santa Catarina foram 55,8%.
A maioria das chegadas turísticas internacionais de 2016 ocorreram nos meses do verão. No primeiro
trimestre do ano foram realizadas 38,4% das chegadas – somente em janeiro foram 16,5%. O menor
volume de chegadas ocorreu no segundo trimestre, com 16,8%. O segundo semestre ficou com 44,8%
do total, com distribuição muito próxima entre o terceiro e o quarto trimestre.
Destaca-se que 55,2% das chegadas por via terrestre ocorreram no primeiro trimestre, sendo 30,0%
em janeiro. Na via aérea o fluxo foi mais distribuído ao longo do ano; o primeiro trimestre, por exemplo,
responde por 30,3% do total e os restantes não têm participações muito distintas entre si (20,1% no
segundo, 25,8% no terceiro e 23,9% no quarto).
1.000
800
(milhares)
600
400
200
-
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Fonte: MTur – Anuário Estatístico de Turismo – 2017, volume 44, ano base 2016.
A motivação da viagem constitui uma das principais informações de caracterização dos fluxos turísticos.
A maior parte das viagens de turistas internacionais ao Brasil tem o lazer como principal motivo da
viagem. Entre 2012 e 2016, pouco mais da metade (52,1%) do total de viagens internacionais ao país
foram motivadas por lazer, chegando ao pico de participação dos visitantes a lazer observado em 2016
(56,8%).
No período analisado, conforme gráfico 8, observaram-se altas principalmente nos anos de 2014 (51,3%)
e 2016 (56,8%), devido sobretudo à realização da Copa do Mundo 2014 e dos Jogos Rio 2016, no qual
incluíram as Olimpíadas e Paralimpíadas. Durante a realização destes eventos, tanto em 2014 quanto
em 2016, foram identificados os viajantes que vieram ao Brasil motivados principalmente pela realização
dos jogos. Além dos jogos, ressalta-se que o ano de 2015 também apresentou um percentual alto
(51,3%), principalmente considerando-se a média dos anos anteriores, de 46,6% entre 2012 e 2013 e de
49,1% entre 2011 e 2015.
As viagens a negócios, eventos e convenções tiveram uma representatividade menor que as de lazer no
fluxo de turistas ao Brasil, chegando a 18,7% em 2016. Nota-se uma tendência de declínio do número
de turistas que visitam o Brasil a negócios, eventos e convenções, o que representa uma queda de 6,6
pontos percentuais entre 2012 e 2016.
As viagens por outros motivos realizadas no período de 2012 a 2016 tiveram participação média superior
à das viagens por negócios, atingindo 24,5% em 2016. Observam-se quedas nos anos de realização dos
megaeventos esportivos no Brasil, chegando a 23,4% em 2014 e 24,5% em 2016. Se considerarmos as
viagens realizadas ao Brasil por outros motivos nos outros anos do período analisado (ou seja, 2012,
2013 e 2015), a média sobe para 28,2%, enquanto a média de 2014 e 2016 cai para 24,0%,
representando uma queda de 4,2 pontos percentuais. Dentre as viagens por “outros motivos”, no ano de
2015 a visita a amigos e parentes apresentou o maior percentual do período 2012-2016, com 25,2%,
sendo que em 2014 este percentual ficou na casa dos 20,1% e em 2016 foi de 21,1%.
A classificação dos turistas por “motivação” constitui um importante critério de segmentação em razão
das diferenças fundamentais nas causas que os levam a visitar o Brasil. Para os turistas que viajam a
lazer, a seleção dos destinos é fruto de sua decisão pessoal e, portanto, são relativamente flexíveis. Já
nas viagens a negócios, há menor possibilidade de escolha do destino visitado, vinculado ao fato gerador
da viagem. Do ponto de vista das estratégias, políticas e ações de atração dos turistas, trata-se de dois
grupos inteiramente diferenciados e que devem ser analisados separadamente.
70,0
56,8
54,7
51,3
60,0
46,8
46,5
50,0
40,0
28,5
28,2
27,9
25,3
25,3
24,5
23,4
21,9
(%)
20,2
30,0
18,7
20,0
10,0
0,0
Lazer Negócios, eventos e convenções Outros motivos
Ainda em relação às motivações das viagens, é importante destacar o detalhamento dos motivos das
viagens a lazer. Sol e praia são os principais fatores motivacionais dos turistas internacionais a lazer
no Brasil, representando mais de 60% do fluxo de viagens em quase todos os anos analisados, exceto
20146. Além disso, nota-se que o segmento teve um crescimento de 4,6 pontos percentuais de 2012
para 2016.
Por sua vez, a motivação “natureza, ecoturismo ou aventura” respondeu por 16,6% das viagens a lazer
em 2016, o que significa uma queda de 4,7 pontos percentuais em relação a 2012. Como pode ser
observado no gráfico 9, as viagens motivadas por cultura apresentaram crescimento entre 2012 e 2015,
seguido de uma queda em 2016, chegando a 9,7% do fluxo, menor marca no período analisado. Já a
motivação “outros” destacou-se em 2014 (27,7%), devido a Copa do Mundo de Futebol que ocorreu no
Brasil, enquanto nos outros anos apresentou variação de percentual baixa, com a menor marca em
2015 (2,8%) e a maior em 2016 (4,9%). Entre os itens que compõe a opção “outros”, em 2016 o lazer
relacionado aos Jogos Rio 2016 foi responsável por 2,8% do total de 4,9%, seguido de esportes (1,3%).
70,0
49,2
60,0
50,0
27,7
40,0
(%)
21,3
19,0
16,6
15,7
30,0
12,8
12,1
11,4
10,6
10,3
9,7
20,0
4,9
3,9
3,7
2,8
10,0
0,0
Sol e praia Natureza, ecoturismo ou Cultura Outros
aventura
6
Em 2014, notou-se um declínio deste segmento, representando 49,2%, justificado pela Copa do Mundo, principal
motivo de viagem para cerca de 25% do total de turistas a lazer do ano.
Relatório Descritivo 2012 - 2016 21
4.1.2. Tipos de Alojamentos Utilizados
Hotéis, flats e pousadas são as principais formas de alojamento dos turistas internacionais no Brasil,
utilizadas em cerca de metade das viagens, chegando a 50,0%, em 2016. Esta proporção se manteve
relativamente estável ao longo do período analisado (média de 49,5%).
Casa de amigos e parentes é o segundo tipo de alojamento mais utilizado pelos turistas, mostrando
uma média próxima a 25,8% no período 2012-2016, apesar da queda de 4,9 pontos percentuais na
comparação entre 2016 e 2012. De acordo com o gráfico 10, a hospedagem em casa alugada, no ano
de 2016, apresentou crescimento de 3,0 pontos percentuais em relação a 2015, atingindo 16,7%, e de
4,8 pontos percentuais quando comparado a 2012. O uso de camping e albergue aparece em quarto
lugar como opção de alojamento, com 5,4% em 2016, valor próximo à média do período 2012-2016
(5,3%). Entre 2012 e 2016, casa própria apresentou percentuais próximos a 2,5%.
60,0
50,6
50,0
48,2
48,0
50,0
40,0
27,4
27,3
26,4
25,6
(%)
22,5
30,0
16,7
13,7
12,7
11,9
11,2
20,0
6,5
5,4
5,0
4,9
4,9
4,5
4,4
3,2
10,0
2,9
2,8
2,7
2,5
2,5
2,5
2,3
0,0
Hotel, flat ou Casa de amigos e Casa alugada Camping ou Casa própria Outros
pousada parentes albergue
Os resultados dos três principais tipos de hospedagem mostram-se bastante distintos quando
segmentados por motivação da viagem. Nota-se que a utilização de hotel, flat ou pousada é bem mais
frequente entre os turistas que viajam a negócios, eventos ou convenções, somando 80,4% desse
grupo, em 2016. Casa de amigos e parentes é o meio de hospedagem mais utilizado pelos turistas em
viagens por outros motivos, com 70,2% em 2016. Hotéis, flats ou pousadas foram os tipos mais
frequentes também entre os turistas a lazer, com 54,5%. Para esta motivação, destaca-se também o
uso de casas alugadas, que atingiu 25,9% das viagens com motivação de lazer em 2016. Já o
percentual de casa de amigos ou parentes, em 2016, representou apenas 6,9% dos turistas a lazer.
No período analisado, o ano de 2014 registra a maior média de gasto per capita diário, com US$ 73,12,
a uma taxa de câmbio anual média de R$/US$ 2,35, podendo esta realidade ser explicada pela Copa
do Mundo. Exceto 2014, o ano de 2012 registra a maior média de gastos diários, com US$ 68,94, a
uma taxa câmbio anual média de R$/US$ 1,95, justificando um maior gasto em dólares para se obter
determinado serviço precificado em um Real valorizado. De outro lado, em 2016 o gasto médio per
capita dia foi de US$ 55,52, o menor do período 2012-2016, com taxa de câmbio média de
R$/US$ 3,48, a maior do período. Ou seja, houve uma queda do gasto médio per capita diário medido
em dólares em meio a uma conjuntura cambial que exigia um menor volume de recursos em dólares
para adquirir produtos e serviços precificados em moeda nacional desvalorizada.
Observando-se os valores em Reais, obtidos por meio da simples multiplicação entre o gasto médio
em dólares e a taxa de câmbio média anual entre reais e dólares, verifica-se crescimento de ano a ano
desde 2012, resultando numa variação total de 43,7% entre 2016 e 2012. Contudo, a inflação no
período7 é de 39,5%, o que significa que o aumento real do gasto no período foi de 4,2%.
7
Inflação calculada a partir da série histórica do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE,
comparando-se a evolução do índice entre janeiro de 2012 e dezembro de 2016.
A análise segmentada do gasto médio por motivo da viagem e via de acesso dos turistas revela dados
importantes que ajudam a melhor caracterizar os diferentes perfis de turistas que visitam o país.
Observando-se o gráfico 14, o primeiro aspecto que chama a atenção é a diferença de gastos entre os
turistas das vias aérea e terrestre. Na comparação entre os dois gastos, considerando as médias do
período analisado, observa-se que os gastos médios per capita diários dos turistas que chegam ao país
por via aérea é de aproximadamente 17,87 dólares a mais por dia em comparação com os turistas da
via terrestre. Em 2016, o gasto médio per capita diário dos turistas da via aérea apresentou-se na casa
dos US$ 58,70, ante US$ 44,60 dos turistas da via terrestre.
Gráfico 11 – Gasto médio per capita diário no Brasil por via de acesso, 2012-2016
77,90
80,0 73,29
68,83
58,00 58,70
60,0 52,99
49,84 50,26 49,70
44,60
(US$)
40,0
20,0
Outro aspecto interessante são as diferenças de gastos observadas entre os turistas quando
segmentados por motivo da viagem. Os turistas a negócios, eventos e convenções apresentam um
gasto médio per capita diário maior que os turistas em viagem a lazer e por outros motivos (US$ 82,54;
US$ 61,41 e US$ 39,92, respectivamente, em 2016). Tal situação ocorre por diversas razões, mas
pode ter a influência de um padrão de qualidade mais elevado usualmente, exigido em viagens
internacionais a negócios, eventos e convenções; uma menor flexibilização de datas, o que muitas
vezes leva ao pagamento de tarifas mais caras de hotéis e passagens aéreas; o uso de táxis e carros
8
Resultado da multiplicação simples entre o gasto médio per capita diário no Brasil em dólares pela taxa média
cambial anual.
24 Relatório Descritivo 2012 - 2016
alugados como formas de transporte interno, em detrimento de opções mais baratas, como o transporte
público; dentre outras razões.
Em 2016, o gasto médio per capita diário dos turistas de lazer registrou o decréscimo de 8,5% em
relação ao ano anterior. Os turistas de outros motivos apresentaram gastos médios per capita diário
em 2016 similares aos de 2015, com queda de em 1,3% em relação ao ano anterior. Os turistas a
negócios apresentaram gastos praticamente estáveis (aumento 0,1%).
Gráfico 12 – Gasto médio per capita diário no Brasil por motivo de viagem, 2012-2016
140,0
120,25
120,0
102,18 103,06
100,0
86,98 82,48 82,54
73,77
80,0 68,55
67,12 61,41
(US$)
20,0
68,94 65,36 73,12 56,26 55,52
0,0
2012 2013 2014 2015 2016
O número médio de pernoites que o turista realiza em sua estada no Brasil apresenta pequena redução
entre os anos de 2012 e 2016, com uma queda de 1,2 pernoites entre 2012 e 2016 e uma média em
torno de 16,6 pernoites para o período.
A distribuição de frequência da permanência apresenta valores significativos de turistas permanecendo
cerca de uma semana. Os turistas que visitam o país por outros motivos, a exemplo das visitas a amigos
e parentes, de motivos de saúde e cursos, são os responsáveis pelas maiores permanências,
contribuindo de forma expressiva para o aumento da média de estadia no país.
25,0
19,7
19,6
18,5
18,0
17,1
20,0
12,6
11,6
11,4
11,3
11,1
(Pernoites)
15,0
10,0
5,0
0,0
Aéreo Terrestre
2012 2013 2014 2015 2016
Já os resultados separados por motivação da viagem mostram que as permanências médias dos
turistas a lazer (11,4 pernoites em 2016) e dos turistas a negócios, eventos ou convenções (14,0
pernoites) são significativamente inferiores à dos turistas em viagem por outros motivos (26,1
pernoites). Tal questão pode ser explicada, dentre outras maneiras, pelo fato dos viajantes que visitam
amigos e parentes (item preponderante no grupo por outros motivos) geralmente permanecerem por
períodos maiores nas localidades, com gastos per capita diário menores, na medida em que geralmente
se hospedam em casa de parentes e amigos.
35,0
27,3
27,0
26,1
25,4
30,0
25,0
(Pernoites)
15,7
15,7
14,7
20,0
14,0
13,4
13,3
12,6
11,9
11,6
11,4
15,0
10,0
5,0
0,0
Lazer Negócios, eventos e Outros motivos
convenções
2012 2013 2014 2015 2016
Dentre os destinos mais visitados pelos turistas internacionais a lazer no Brasil em 2016, o Rio de
Janeiro se destaca como principal destino, tendo recebido 32,2% dos turistas, enquanto Florianópolis
ocupou o segundo lugar com 17,9% deste segmento, Foz do Iguaçu teve 13,2% e São Paulo teve 9,1%.
Merece destaque a importante participação do litoral fluminense e catarinense entre os principais
destinos de lazer. Além das capitais estaduais, destacam-se os municípios de Armação dos Búzios,
Angra dos Reis e Parati (8,1%, 4,0% e 3,4%, em 2016), no Estado do Rio de Janeiro, e, em Santa
Catarina, os municípios de Bombinhas e Balneário Camboriú (5,5% e 4,1%, em 2016).
Entre os turistas a negócios, eventos e convenções, a cidade de São Paulo manteve o posto de destino
mais visitado em 2016, com 41,2% deste público, seguida do Rio de Janeiro (30,1%). Atualmente, além
destes dois destinos, nenhum outro município tem representatividade superior a 5% neste segmento
turístico, indicando uma grande concentração nas duas capitais citadas.
São Paulo e Rio de Janeiro também são as cidades mais visitadas por turistas em viagens por outros
motivos no Brasil. São Paulo tem a maior média de participação no período 2012-2016, com 28,2% e,
em 2016, ocupa a primeira posição com 28,9%. A média de participação do Rio de Janeiro é um pouco
menor (24,4%). A principal justificativa para tal classificação dos destinos neste tipo de viagem é o
tamanho da população desses municípios, aspecto determinante na realização de visitas a amigos e
parentes, que, por sua vez, é o principal componente desse segmento, como já mencionado.
Com o passar dos anos, a internet vem se destacando como principal fonte de informação para a
organização da viagem ao Brasil. Em 2012, o uso da internet já ocupava a primeira posição,
correspondendo a 33,6%, enquanto as informações dadas por amigos e parentes atingiam 29,9%. Ao
longo do período analisado neste relatório (2012-2016), a fonte de informação amigos e parentes
oscilou 2,8 pontos percentuais para baixo, enquanto o uso de internet aumentou 15,6 pontos
percentuais. Como resultado, tem-se que a internet, em 2016, detém 22,1 pontos percentuais a mais
de participação do que os amigos e parentes (49,2% contra 27,1%).
50,0
44
37
33,6
40,0
29,9
29,5
28,1
27,2
27,1
30,0
18,6
18,4
(%)
17,9
17,4
15,8
14,8
13,6
12,7
20,0
11,7
11,0
10,0
0,0
Internet Amigos e parentes Viagem corporativa Outros
As informações obtidas pelo turista em seu local de trabalho, referente a viagens corporativas,
compõem a terceira principal fonte de informação utilizada pelos turistas que visitam o país, com
participação média de cerca de 16,1% no período. As agências de viagens são a quarta fonte de
informação mais relevante, com média de 7,3% de participação no período, embora registre substancial
decréscimo ao longo dos anos, passando de 9,9% em 2012 para 5,7% em 2016.
A internet se tornou uma das principais fontes de informação dos turistas internacionais na preparação
de suas viagens ao país. O principal uso, segundo dados de 2016, se dá para transporte internacional
9
As ações de consulta e compra são consideradas independentes entre si. O fato do entrevistado ter comprado
um serviço não significa, neste caso, que ele também o tenha consultado. Por exemplo, o entrevistado pode já
conhecer um hotel e entrar no website somente para fazer a reserva (compra). Neste caso, não teria ocorrido a
consulta para obter informações preliminares sobre o serviço, isto é, não houve a consulta. Exemplos similares
podem ser acrescentados, como para o transporte internacional, a consulta de opções e horários com uma agência
de viagens ou com a própria empresa aérea pelo telefone, e a compra em si pela internet. Claro que o processo
de compra de um serviço pela internet envolverá uma busca pelo serviço desejado, mas a opção de consulta foi
deixada como independente da compra para poder abarcar casos como este dos exemplos.
Relatório Descritivo 2012 - 2016 29
(21,2% dos turistas consultaram a internet para este tipo de serviço e 38,7% efetivamente compraram
este serviço pela internet), hospedagem (28,1% consultaram e 22,4% compraram), atrativos e passeios
(18,1% consultaram, mas apenas 2,6% compraram).
Como canal para efetivação de compras, a internet tem relevância destacada na compra do transporte
internacional, mas nota-se o aumento da importância para a compra de hospedagem.
45,0
39,6
38,7
35,4
40,0
30,3
35,0
29,3
28,1
25,7
30,0
24,9
24,4
24,3
24,1
23,6
23,2
22,4
22,4
21,2
21,1
25,0
20,1
19,0
(%)
18,1
18,0
15,9
15,3
20,0
11,4
10,8
15,0
10,0
5,3
5,2
5,2
4,9
4,9
3,5
3,2
3,1
3,1
2,9
2,7
2,7
2,7
2,6
2,5
2,5
2,4
2,3
2,2
1,9
1,7
5,0
1,3
1,0
1,0
1,0
0,0
Consultou Comprou Consultou Comprou Consultou Comprou Consultou Comprou Consultou Comprou
Transporte Hospedagem Pacote Turístico Locação de Veículos Atrativos e passeios
Internacional
No período analisado, pode-se notar a tendência de redução do uso de serviços de agências de viagens
pelos turistas internacionais que visitam o Brasil. Tal tendência pode estar relacionada ao aumento do
uso de internet para a compra dos serviços turísticos. A internet facilita o acesso às informações e
estimula a concorrência por se tratar de um ambiente com baixos custos de busca pelo melhor preço.
Além disto a internet possibilita que o turista, mesmo sem o suporte das agências de viagens, faça
escolhas, verifique a qualidade do produto ou serviço com base em um histórico de reputações, uma
vez que conta com uma comunidade de clientes anteriores lhe fornecendo informações e sem o viés
de um vendedor que pode ter interesse em não passar a informação completa e perfeita sobre o produto
que está vendendo.
Entre 2012 e 2016, houve um aumento de 9,3 pontos percentuais entre os turistas que não utilizaram
agências de viagens, chegando a 82,2% do total. A compra de serviços avulsos entre os turistas que
utilizaram agências diminuiu 5,1 pontos percentuais e a compra de pacotes de viagens diminuiu 4,2
pontos percentuais.
82,2
81,3
79,0
90,0
72,9
71,7
80,0
70,0
60,0
50,0
(%)
40,0
30,0
16,6
15,4
12,6
12,0
11,7
11,7
10,3
20,0
8,4
7,5
6,7
10,0
0,0
Não utilizou agência de viagens Compra de serviços avulsos Compra de pacote de viagem
80,0
60,0
(%)
40,0
20,0
0,0
2012 2013 2014 2015 2016
O indicador de frequência de visitas ao Brasil mostra que as intenções de retorno dos turistas
sustentam-se na experiência concreta dos mesmos, comprovada pelo elevado índice de retorno efetivo
ao país. Neste sentido, verifica-se que, em média no período 2012-2016, mais de dois terços dos
turistas que visitam o país já haviam viajado ao Brasil anteriormente (67,9%).
40,0 35,9
31,1 32,3 31,6
(%)
29,6
20,0
0,0
Visitou outras vezes Primeira visita
O grau de satisfação manifestado pelos turistas residentes no exterior em relação às suas viagens ao
Brasil também atingiu um nível elevado. Em 2016, 50,2% dos turistas tiveram suas expectativas
plenamente atendidas, enquanto que 37,5% tiveram suas expectativas superadas. Na média do
período, a superação das expectativas ocorreu em 34,4% dos casos, e, se somado com as expectativas
plenamente atendidas, totaliza-se no referido período algo em torno de 85,8%. A proporção de turistas
que teve as suas expectativas totalmente frustradas foi em média de 2,0% no período analisado. Em
2016, o índice apresentou uma pequena queda em relação aos anos anteriores, chegando a 1,7%.
Gráfico 20 – Nível de satisfação com a viagem, 2012-2016
53,9
52,3
51,2
50,2
49,1
60,0
50,0
37,5
36,0
35,3
32,7
30,6
40,0
(%)
30,0
13,5
13,0
12,6
11,6
10,6
20,0
2,3
2,0
2,0
1,9
1,7
10,0
0,0
Superou Atendeu plenamente Atendeu em parte Decepcionou
Quase todos os itens avaliados registram aumento da percepção positiva entre 2012 e 2016. Os preços,
apesar de terem atualmente a segunda pior avaliação (77,2% de avaliações positivas, ou seja,
considerados bom ou muito bom), registram aumento de 21,1 pontos percentuais no índice de
avaliações positivas na comparação com 2012 – possivelmente em função da depreciação do Real no
período, que aumenta o poder de compra no Brasil do turista residente no exterior. Em segundo lugar
aparecem os aeroportos, com crescimento de 16,9 pontos percentuais no período. Os aeroportos foram
32 Relatório Descritivo 2012 - 2016
os itens que mais evoluíram no período: eram o 13º entre 16 itens avaliados em 2012, mas em 2016
assumiram a oitava posição.
Dentre os itens avaliados pelos turistas internacionais no país, tem-se como aspectos de destaque em
2016 a hospitalidade do povo, que é considerada boa ou muito boa por quase a totalidade dos turistas
(98,0%), seguida por alojamento (95,7%, ganho de duas posições desde 2012), gastronomia (95,4%)
e restaurantes (95,0%).
O item telecomunicações, com 69,6% em 2016, manteve a última posição no que se refere às
avaliações positivas - ainda que tenha apresentado aumento de 4,2 pontos percentuais entre 2015 e
2016.
Outros itens com menor incidência de avaliação positiva são, de maneira geral, de responsabilidade do
setor público ou nos quais o setor público ainda tem expressiva participação: rodovias (72,0%),
sinalização turística (80,6%), transporte público (8,16%), limpeza pública (81,7%) e segurança pública
(82,5%).
Para completar as análises gerais dos resultados da pesquisa, apresenta-se o perfil dos turistas
internacionais entrevistados que visitaram o país, com suas informações socioeconômicas.
Em relação à idade, em 2016 as três classes de maior incidência – 25 a 31 anos, 32 a 40 e 41 a 50
anos - concentram quase dois terços dos turistas entrevistados.
24,7
24,5
24,4
24,2
24,2
22,9
22,8
22,6
22,5
22,4
25,0
20,2
20,2
20,1
19,8
19,3
20,0
13,8
13,6
13,1
12,5
12,2
11,9
11,4
10,5
15,0 10,4
10,2
(%)
9,7
9,5
9,1
9,0
8,3
10,0
5,0
0,0
18 a 24 anos 25 a 31 anos 32 a 40 anos 41 a 50 anos 51 a 59 anos 60 anos ou mais
Quanto ao nível educacional, é nítida a maior incidência de turistas internacionais entrevistados com
formação superior ou pós-graduação, totalizando 70,9% do fluxo no ano de 2016.
50,0
40,0
26,8
26,5
26,5
26,2
26,2
25,7
25,5
25,1
24,6
24,2
30,0
(%)
20,0
4,0
10,0
3,2
3,2
2,5
2,5
0,0
Fundamental Médio Superior Pós-graduação
Já o poder aquisitivo dos turistas pode ser melhor avaliado fazendo-se a distinção por alguns critérios
de segmentação. A via de acesso do turista consegue diferenciar claramente dois padrões distintos: o
de mais alta renda média familiar mensal, constituído pelos viajantes que chegam ao Brasil pela via
aérea (média de US$ 4,9 mil dentro da série de 2012 a 2016) e o de renda relativamente menor, dos
viajantes que ingressam por vias terrestres (média de US$ 2,7 mil no mesmo período). A diferença
entre os gastos desses dois segmentos de turistas, já apresentados nesse relatório, se justifica
parcialmente pela discrepância de suas rendas.
Por motivação da viagem, evidenciou-se que os turistas a negócios, eventos e convenções possuem
maior renda média familiar mensal entre os três grupos (média de US$ 5,9 mil entre os anos de 2012
e 2016).
A partir de 2007, a pesquisa mediu o conhecimento do turista internacional sobre a Marca Brasil,
símbolo do plano de marketing do governo federal brasileiro para a promoção do turismo. Ao que
apresenta um crescimento consistente do conhecimento da Marca Brasil entre os turistas que visitaram
o país a partir do ano de 2012, atingindo 33,9% em 2016.
40,0 36,9
32,7 33,7
29,5 31,0
30,0
(%)
20,0
10,0
0,0
2012 2013 2014 2015 2016
Neste capítulo estão descritos os resultados de destaque referente aos principais países emissores de
turistas ao Brasil, que representam cerca de 75% do fluxo receptivo brasileiro de 2016. Os países foram
divididos em dois grupos, segundo o continente a que pertencem e o perfil dos visitantes.
Europa e América do Norte - Alemanha, Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido e
Estados Unidos;
América do Sul - Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.
O lazer é destacadamente a motivação de maior relevância entre turistas dos principais países
emissores do continente sul-americano que visitam o Brasil. Em todos os anos do período analisado
neste relatório, mais de 70% dos visitantes são residentes na Argentina, no Uruguai e no Chile e cerca
de 50% dos visitantes paraguaios vieram ao Brasil por este motivo. Entre os principais emissores
europeus analisados, o motivo lazer variou de 27,3% (Espanha) a 45,0% (França), em 2016. Por sua
vez, os turistas residentes nos Estados Unidos apresentaram o menor índice de viagens a lazer entre
os onze países emissores analisados no presente trabalho, apesar do aumento de 6,5 pontos
percentuais entre 2015 e 2016.
Na comparação entre os anos de 2012 e 2016, quase todos os países apresentaram crescimento do
motivo lazer em suas viagens ao Brasil, com exceção da Itália que apresentou queda de 2,5 pontos
percentuais. As maiores elevações de participação do lazer entre as viagens dos países da América
do Sul foram observadas para os visitantes do Chile, Paraguai e Uruguai, representando aumentos de
16,2, 16,7 e 11,0 pontos percentuais, respectivamente. Entre os países europeus, destacou-se a
França, com aumento de 11,6 pontos percentuais e Portugal, com aumento de 4,9 pontos percentuais,
na comparação entre os anos. Os Estados Unidos também apresentaram aumento considerável, indo
de 20,4% das viagens em 2012 para 26,9% em 2016.
60,0
47,0
45,0
41,0
41,0
40,2
50,0
39,6
38,8
38,1
37,1
35,7
33,4
32,9
32,7
32,6
32,3
32,3
31,4
31,2
31,2
30,7
30,2
40,0
28,7
28,1
28,0
27,7
27,3
26,9
25,6
25,6
24,7
(%)
22,8
20,4
30,0
18,6
18,6
20,0
10,0
0,0
França Reino Unido Alemanha Itália Portugal Espanha Estados Unidos
86,8
83,2
100,0
81,1
80,1
79,0
77,4
75,8
75,3
75,0
72,2
71,0
63,5
80,0
58,6
56,3
56,1
54,3
53,4
43,9
60,0
40,7
(%)
37,2
40,0
20,0
0,0
Argentina Uruguai Chile Paraguai
Enquanto a análise do período de 2012 a 2016 permite observar uma tendência de elevação na
proporção de turistas viajando a lazer, no que se refere às viagens a negócios, eventos e convenções,
observou-se uma queda mais consistente e generalizada. No continente sul-americano, Chile, Uruguai
e Argentina, tiveram quedas consideráveis nas viagens a negócios na comparação do ano de 2012
com o de 2016, enquanto na Europa as maiores quedas puderam ser observadas entre os turistas
italianos e franceses, representando 11,3 e 6,8 pontos percentuais, respectivamente. Os Estados
Unidos também apresentaram queda expressiva de 8,8 pontos percentuais na comparação entre os
anos.
Em 2016, 26,7% dos turistas estadunidenses recebidos no Brasil vieram ao país por motivos de
negócios, eventos ou convenções. Entre os europeus, a média foi de 24,5%, sendo o Reino Unido com
o menor percentual (18,1%) e a Itália com o maior percentual (30,4%). Entre os sul-americanos, 15,0%
dos chilenos e dos paraguaios vieram ao Brasil motivados por negócios. Na comparação com o ano
anterior, no entanto, observou-se queda de 5,7 pontos percentuais para as viagens a negócios dos
chilenos e aumento de 1,4 pontos percentuais das viagens realizadas pelos paraguaios.
50,0
35,5
34,9
34,8
33,8
32,1
31,8
40,0
31,2
30,8
30,4
30,1
30,0
29,6
29,5
29,2
28,9
28,5
27,9
27,9
27,7
27,5
27,3
26,7
26,6
25,9
24,6
24,5
22,6
22,1
22,0
30,0
21,0
(%)
20,8
19,7
19,3
18,3
18,1
20,0
10,0
0,0
Itália Espanha Alemanha França Portugal Reino Unido Estados Unidos
50,0
40,0
25,6
24,3
23,3
30,0
20,7
(%)
15,4
15,0
15,0
14,3
13,9
13,6
13,6
13,1
12,0
11,7
20,0
11,1
10,9
10,0
9,9
8,7
6,5
10,0
0,0
Chile Paraguai Uruguai Argentina
Considerando-se as viagens por outros motivos, observa-se uma tendência de aumento na participação
de visitantes que vieram ao Brasil por este motivo entre os europeus, uma tendência de queda de
participação entre os países sul-americanos e de estabilidade para os estadunidenses. Entre 2012 e
2016, observou-se elevação das viagens realizadas por outros motivos principalmente para os
visitantes de Portugal, Itália e Alemanha, no continente europeu, e queda do motivo outros
principalmente para os visitantes vindos do Paraguai, do Chile e do Uruguai.
No que se referem aos países sul-americanos, as viagens por outros motivos, em quase todo o período
analisado, são caracterizadas como principal motivo da viagem apenas para o mercado paraguaio, com
algumas variações de fluxo no período. O Paraguai acompanhou uma queda do fluxo de turistas que
vieram ao país por outros motivos, entre 2012 e 2014, seguidos de uma retomada em 2015 (45,7%), e
uma nova queda em 2016 (31,6%).
Entre os países europeus analisados e os Estados Unidos, as viagens motivadas por outros motivos
se destacam no período analisado para todos os países, com médias durante o período 2012-2016 que
chegam a 46,7% para os turistas vindos de Portugal e 42,0% para os turistas vindos da Espanha. Na
comparação entre os anos de 2012 e 2016, houve aumento de percentual para a maioria dos países
analisados, com exceção da França (queda de 4,8 pontos percentuais) e do Reino Unido (queda de
1,7 pontos percentuais). Os Estados Unidos, por outro lado, apresentaram fluxo com média de 45,9%
no período 2012-2016, com valor mais destoante apenas no ano de 2014, que apresentou 38,9%.
60,0
46,6
46,4
45,9
45,1
45,0
44,8
44,0
43,6
42,6
42,6
42,5
41,5
41,4
40,9
40,9
40,4
39,8
50,0
38,9
38,5
38,0
37,7
37,7
37,5
36,8
36,6
35,4
35,0
34,2
33,8
32,9
31,0
29,4
40,0
(%)
30,0
20,0
10,0
0,0
Portugal Espanha Alemanha Reino Unido Itália França Estados Unidos
60,0
49,2
45,7
43,0
50,0
32,6
31,6
40,0
(%)
20,7
20,1
19,6
30,0
14,0
13,2
12,7
12,4
11,7
10,7
10,3
10,2
20,0
9,9
9,3
6,9
6,7
10,0
0,0
Paraguai Chile Uruguai Argentina
Dentre as viagens a lazer, cabe destacar também as motivações específicas que trazem os turistas ao
Brasil. Especialmente entre os turistas da América do Sul, os atrativos de sol e praia são os mais
procurados, com participação na série histórica analisada sempre superior a 50%, chegando a 87,5%.
Entre os residentes da Argentina, nota-se uma elevação da participação entre 2012 e 2016, indo de
78,9% para 87,3%, tendo apenas no ano de 2014 (ano da Copa do Mundo) uma oscilação para baixo,
com 68,2%. Para os uruguaios e chilenos, as viagens a lazer realizadas por sol e praia sofreram pouca
variação no período analisado, com exceção também de 2014, que apresentou quedas para ambos os
países. Os paraguaios, por sua vez, apresentaram aumento entre 2012 e 2013, seguido de queda de
8,3 pontos percentuais entre 2014 e 2016.
Entre os turistas oriundos de países da Europa, apenas Portugal apresentou o sol e a praia como
principal motivação para visitar o Brasil, com participação de 66,0% de sua amostra, o que representa
aumento de 5,7 pontos percentuais entre 2012 e 2016. Para o restante dos países europeus, no
entanto, as viagens a lazer motivadas por sol e praia apresentam queda durante o período analisado,
chegando a cair até 21,3 pontos percentuais entre os italianos e 11,6 pontos percentuais entre os
turistas do Reino Unido, na comparação entre 2012 e 2016.
As viagens a lazer motivadas por natureza, ecoturismo ou aventura tiveram grande destaque entre os
turistas europeus, à exceção de Portugal e Itália, que mostram índices mais baixos neste tipo de
turismo. Para os turistas provenientes da Alemanha e da Espanha, natureza, ecoturismo ou aventura
foi a principal motivação das viagens a lazer em 2016, representando 44,3% e 41,2% de seus turistas,
respectivamente. Ambos mercados apresentaram aumento de participação das viagens motivadas por
natureza ou aventura entre 2012 e 2016, com aumentos de 7,3 pontos percentuais para Alemanha e
de 7,5 pontos percentuais para a Espanha. Entre os países da América do Sul, a Argentina apresentou
queda de 8,6 pontos percentuais entre 2012 e 2016, chegando a uma participação de apenas 7,3%
para este tipo de viagem. O Paraguai em 2016 apresentou índice apresentou elevação da participação
neste tipo de viagem, com aumento de 12,8 pontos percentuais na comparação entre 2016 e 2014. Os
Estados Unidos elevaram sua participação nas viagens a lazer motivadas por natureza e aventura, com
aumento de 7,0 pontos percentuais em relação a 2012.
O turismo cultural apresentou menor relevância entre os residentes da América do Sul, e, ao longo da
série histórica, sua participação média é inferior a 10% na maioria dos casos. Porém, entre viajantes
dos Estados Unidos e Europa, este motivo mostra-se mais relevante, sendo que a Itália e o Reino Unido
apresentaram em 2016 porcentagens de 34,4% e de 28,0%, respectivamente. Para a Itália, observa-
Hospedagem em hotel, flat ou pousada teve grande aceitação entre os países latino-americanos,
chegando a uma média de 65,5% dos turistas chilenos e de 63,9% entre os turistas uruguaios, durante
o período 2012-2016. Entre os países europeus, hotel, flat e pousada apresentou percentuais
significativos principalmente para França, Alemanha e Itália, com percentuais superiores a 40% dos
turistas em 2016 e as médias mais elevadas no período 2012-2016. Apesar das médias significativas,
observa-se uma tendência de queda para todos os países europeus e os Estados Unidos, com
destaque para a Espanha e para Portugal, que apresentaram quedas de 9,0 e 6,8 pontos percentuais,
respectivamente.
Casa de amigos e parentes manteve sua importância como opção de alojamento principalmente entre
os países europeus e os Estados Unidos, apesar das quedas observadas para quase todos os
emissores. Se considerarmos a diferença entre 2015 e 2016, as principais baixas foram sentidas pela
França e pelos Estados Unidos, que caíram 4,8 e 4,7 pontos percentuais, respectivamente. No entanto,
esse tipo de alojamento ainda é o principal para países como Portugal (50,4% em 2016), Espanha
(41,8% em 2016) e Reino Unido (36,7% em 2016). Em relação aos países sul-americanos, casa de
amigos e parentes possui representatividade alta apenas para o Paraguai, representando 31,8% em
2016, apesar da queda de 15,7 pontos percentuais em relação a 2012. Os outros três países analisados
também apresentaram queda na utilização de casa de amigos e parentes, sendo que na comparação
com 2012 o Chile caiu 7,2 pontos percentuais, a Argentina caiu 4,6 pontos percentuais e o Uruguai teve
queda de 6,9 pontos percentuais.
As tendências de queda observadas na utilização de hotéis, flats ou pousadas ou de casa de amigos e
parentes tiveram como contraponto o crescimento do uso dos demais meios de hospedagem, com
destaque para as casas alugadas. É interessante destacar o aumento da utilização de casas alugadas
em 2016 para quase todos os países emissores analisados. Entre os europeus observaram-se
aumentos consideráveis na comparação com 2012 principalmente para o Reino Unido (6,2 pontos
percentuais), França (3,8 pontos percentuais), Alemanha (3,6 pontos percentuais) e Espanha (3,5
pontos percentuais). Convém destacar que boa parte deste aumento ocorreu entre 2015 e 2016,
caracterizando um aspecto recente na utilização de casas alugadas no Brasil. Entre os países sul-
americanos este tipo de alojamento tem importância ainda maior, chegando a 33,0% dos turistas da
Argentina e a 15,8% das amostras do Paraguai e do Uruguai. A única exceção às elevações
observadas se dá com o Uruguai, que teve uma queda de 4,4 pontos percentuais em relação a 2015.
Os países emissores analisados neste relatório tiveram em sua maioria uma queda dos gastos
(em US$) no Brasil no período entre 2012 e 2016. A exceção fica por conta do Uruguai, que apresentou
crescimento em 2016 na comparação com 2012.
É destacado, no entanto, o crescimento relativo do gasto médio per capita diário dos turistas dos países
sul-americanos analisados, os quais, atualmente, estão próximos dos gastos dos turistas europeus,
42 Relatório Descritivo 2012 - 2016
sendo que os gastos dos chilenos e uruguaios inclusive ultrapassaram os gastos dos europeus e norte-
americanos, representando US$ 64,89 e US$ 67,80 em 2016, respectivamente. Paraguai, Argentina e
Chile apresentaram quedas representativas na comparação entre 2012 e 2016, com quedas de 9,7%,
16,1% e 11,5%, respectivamente. Os turistas provenientes dos Estados Unidos registraram em 2016 o
maior gasto médio per capita diário entre os países analisados (US$ 73,03), seguido do Uruguai
(US$ 67,80) e do Chile (US$ 64,89). Em relação ao ano anterior, observa-se que os Estados Unidos
apresentaram elevação de 17,0%, mas ainda não alcançaram o valor gasto por seus turistas em 2012
(US$ 75,74 em 2012 contra US$ 73,02 em 2012).
Deve-se destacar as quedas elevadas de gastos dos países europeus, principalmente no confronto
entre dados de 2012 e 2016. As quedas ultrapassam os 20% no caso de Portugal (queda de 25,5%),
Espanha (queda de 20,4%) e França (queda de 20,0%), mas também são altos para os outros países
analisados, a saber, Itália (queda de 17,0%), Alemanha (queda de 13,6%) e Reino Unido (queda de
13,5%). No entanto, em relação a 2015, os gastos tiveram poucas variações, com algumas pequenas
altas, como é o caso da Itália (9,6% de aumento), da França (4,2% de aumento) e do Reino Unido
(1,7% de aumento). Por outro lado, em relação ao ano anterior, em 2016 os países sul-americanos
apresentaram quedas mais elevadas, chegando a 15,0% entre os chilenos e a 9,6% entre aos
argentinos.
Gráfico 30 – Gasto médio per capita diário – Europa e América do Norte, 2012-2016
100,0
83,05
81,69
75,74
90,0
74,37
73,02
69,53
67,76
66,37
66,10
80,0
64,30
63,96
63,19
62,39
62,05
61,84
60,77
58,54
58,51
57,04
55,93
70,0
55,12
54,94
53,51
52,93
51,17
50,60
50,18
49,88
49,10
45,75
45,74
60,0
43,72
41,72
41,59
39,44
(US$)
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
Reino Unido França Alemanha Itália Espanha Portugal Estados Unidos
92,31
82,82
100,0
77,82
76,33
74,16
73,32
67,80
65,32
64,89
64,81
62,86
80,0
60,27
59,99
58,75
55,71
55,15
53,48
51,68
50,45
50,36
60,0
(US$)
40,0
20,0
0,0
Uruguai Chile Paraguai Argentina
Em média, os turistas residentes nos países da América do Sul permaneceram menos tempo no Brasil
que os turistas provenientes dos Estados Unidos e da Europa. A distância, o custo e o tempo de
deslocamento justificam essa diferenciação.
A variação ao longo dos anos da média de pernoites dos residentes da América do Sul não demonstrou
tendências destacáveis, variando pouco ao longo da série histórica. A permanência média dos
argentinos no período analisado foi de 11,1 pernoites, de 10,3 entre os chilenos, de 8,2 entre os
uruguaios e de 8,1 entre os paraguaios. Nota-se uma leve tendência de crescimento entre os quatro
países sul-americanos no período entre 2012 e 2016.
Em 2016, em todos os países europeus analisados e os Estados Unidos, a média foi superior a 19,2
pernoites (Estados Unidos). Residentes de Portugal, Itália e Espanha são os que costumam
permanecer mais tempo (respectivamente 27,1, 26,5, e 25,3 pernoites, em média, no ano de 2016).
Entre os visitantes destes países também podem ser observados altos índices do motivo de viagem de
visita a amigos e parentes, justificando as permanências maiores. Observa-se, no entanto, uma
tendência de queda na permanência para todos os destinos europeus e os Estados Unidos,
principalmente a partir de 2014 para a maioria dos países.
40,0
32,4
31,1
31,0
30,3
30,1
29,9
28,6
28,0
27,2
27,2
27,2
27,1
26,5
25,5
25,3
24,8
24,8
24,0
30,0
23,6
23,2
23,0
22,6
22,3
21,7
21,6
21,0
20,8
20,6
20,4
19,6
19,5
19,3
19,0
18,5
16,9
(pernoites)
20,0
10,0
0,0
Portugal Itália Espanha França Alemanha Reino Unido Estados Unidos
2012 2013 2014 2015 2016
40,0
30,0
(pernoites)
20,0
11,5
11,4
10,9
10,9
10,8
10,8
10,8
10,3
10,3
10,1
9,5
9,3
8,3
8,0
8,0
8,0
8,0
7,7
7,3
6,6
10,0
0,0
Argentina Chile Paraguai Uruguai
Para melhor compreensão do Gráfico 52, é importante observar que quanto mais próximo da parte
inferior esquerda do gráfico, menores são a permanência média e o gasto médio per capita diário, e
quanto mais próximo da parte superior direita do gráfico, maiores são a permanência média e o gasto
Gráfico 34 – Relação entre permanência média, gasto médio per capita diário e
receita bruta por país, 2016
100,0
90,0
Gasto médio per capita diário (US$)
80,0
Estados Unidos
70,0
Uruguai
Chile Reino Unido
60,0
França
50,0 Paraguai Argentina Espanha
Alemanha Itália
40,0 Portugal
30,0
20,0
10,0
0,0
0 5 10 15 20 25 30 35
Permanência média (pernoites)
O município do Rio de Janeiro destaca-se entre os cinco destinos mais visitados em viagens a lazer
pelos turistas de 11 dos principais países emissores, despontando em primeiro lugar para 8 deles em
2016. Os percentuais mais altos desta cidade no último ano da série são registrados entre os turistas
do Reino Unido (85,3%), dos Estados Unidos (72,1%) e da França (65,1%).
Os destinos de Santa Catarina são destaque como destinos turísticos principalmente para os turistas
oriundos dos países sul-americanos. Florianópolis, em Santa Catarina, é também um destino de lazer
com grande relevância, principalmente entre os viajantes do Uruguai, que envia 27,6% de seus
visitantes a lazer para o local, mas também entre visitantes da Argentina (24,5%) e do Paraguai
(14,6%). Bombinhas se destaca para os turistas argentinos, enquanto Balneário Camboriú e Itapema
se destacam para os turistas paraguaios. Convém destacar ainda entre os turistas sul-americanos que
os destinos do Nordeste não estão em evidência para este público, sendo que apenas Salvador consta
entre os destinos mais visitados do Chile.
O município de Foz do Iguaçu, no Paraná, também aparece em destaque, estando entre os cinco
primeiros destinos para os turistas provenientes de 9 dos 11 países analisados, à exceção do Chile e
Portugal.
Por fim, vale ressaltar que São Paulo aparece como destino de lazer para todos os turistas vindos da
Europa e Estados Unidos, com posição de destaque entre os destinos mais visitados em cada um dos
países analisados.
Tabela 13 – Principais destinos visitados a lazer pelos turistas da América do Sul, 2016
Argentina % Chile %
Florianópolis - SC 24,5 Rio de Janeiro - RJ 55,8
Rio de Janeiro - RJ 15,9 Armação dos Búzios - RJ 26,4
Armação dos Búzios - RJ 9,5 São Paulo - SP 9,7
Bombinhas - SC 9,2 Florianópolis - SC 6,2
Foz do Iguaçu - PR 6,5 Salvador - BA 5,6
Paraguai % Uruguai %
Balneário Camboriú - SC 16,8 Florianópolis - SC 27,6
Florianópolis - SC 14,6 Rio de Janeiro - RJ 12,9
Rio de Janeiro - RJ 10,6 Armação dos Búzios - RJ 8,0
Foz do Iguaçu - PR 10,0 Rio Grande - RS 7,7
Itapema - SC 7,7 Foz do Iguaçu - PR 6,8
Fonte: MTur/ FIPE - Estudo da Demanda Turística Internacional - 2012-2016.
Tabela 15 – Principais destinos visitados a lazer, pelos turistas dos Estados Unidos, 2016
Estados Unidos %
Rio de Janeiro - RJ 72,1
São Paulo - SP 19,3
Foz do Iguaçu - PR 15,8
Manaus - AM 7,2
Florianópolis - SC 5,8
Fonte: MTur/ FIPE - Estudo da Demanda
Turística Internacional - 2012-2016.
Ao longo dos anos, é possível notar alterações na escolha da fonte de informação para organizar a
viagem. A preponderância de informações prestadas por amigos ou parentes gradualmente está sendo
substituída pelo uso da internet em quase todos os países analisados. Em 2016, apenas Paraguai e
Portugal mantiveram informações de amigos e parentes acima do uso da internet.
A internet é a principal fonte de informação para todos os demais emissores de turistas ao país,
apresentando crescimento durante o período analisado, em especial para o Uruguai, Argentina e Chile,
com aumentos de aproximadamente 27,7, 20,9 e 20,5 pontos percentuais, respectivamente.
Observou-se ao longo dos anos uma redução no uso de agências para realização de viagens ao Brasil.
O número de turistas que não utilizam agências subiu 9,3 pontos percentuais, saindo de uma média de
72,9% em 2012 para 82,2% em 2016. Na América do Sul as médias de turistas viajando sem a
utilização de agências de viagens subiram 6,7 pontos percentuais passando de 76,4% em 2012 para
83,1% em 2016. Entre europeus e norte-americanos, a média de não utilização de agências de viagens
passou de 71,0% em 2012 para 81,6% em 2016.
A grande maioria dos turistas residentes nos países sul-americanos analisados já visitou o Brasil em
outras ocasiões. Os maiores índices são encontrados entre os visitantes provenientes de Paraguai
(91,0%), Uruguai (86,0%) e Argentina (79,1%), três países com os quais o Brasil faz fronteira. Entre os
viajantes do Chile, a reincidência é um pouco menor, atingindo 58,3% em 2016.
Os turistas dos Estados Unidos apresentaram em 2016 taxa de retorno ao Brasil de 68,9% - valor
superior ao do Chie, mas inferior ao de alguns europeus.
Em geral, a taxa de repetição da visita ao Brasil entre os residentes na Europa é inferior, dada a maior
distância entre os continentes. Contudo, nota-se que a taxa de retorno entre os turistas de Portugal
(79,8% em 2016) é muito próxima a dos argentinos. Os menores índices de visitas anteriores ao Brasil,
em 2016, podem ser observados entre turistas residentes da França (51,9%) e do Reino Unido (52,9%).
100,0
81,3
79,8
79,3
78,1
76,8
73,2
71,1
70,9
70,6
70,0
69,8
68,9
68,7
67,2
67,0
65,3
80,0
64,4
63,6
63,2
61,9
59,7
58,4
57,8
57,4
56,8
54,0
53,7
53,5
53,4
52,9
52,4
52,2
51,9
46,3
46,2
60,0
(%)
40,0
20,0
0,0
Portugal Itália Espanha Alemanha Reino Unido França Estados Unidos
92,7
92,1
91,6
91,0
89,3
87,3
86,0
88,1
86,9
82,9
100,0
79,3
79,2
79,1
78,7
63,8
62,8
62,7
80,0
61,2
58,3
60,0
(%)
40,0
20,0
0,0
Paraguai Uruguai Argentina Chile
A maioria dos turistas que visitaram o Brasil terminou a viagem satisfeita. Em geral, mais de 90% dos
residentes na Argentina e no Paraguai declararam essa opinião favorável sobre a permanência no país,
enquanto os outros países revelaram entre 75,3% e 89,5% de seus turistas plenamente satisfeitos com
a viagem – porcentagens que incluem os turistas com expectativas superadas e aqueles com as
expectativas totalmente satisfeitas.
Os índices de turistas parcialmente satisfeitos com a viagem foram maiores na Europa e nos Estados
Unidos, situando-se entre 12,3% e 19,6%, no período compreendido entre 2012 e 2016.
As porcentagens de decepção com a viagem são baixas, sempre inferiores a 5% das respostas, mas
também se mostraram maiores entre os turistas da Europa e dos Estados Unidos, situando-se entre
1,9% e 4,4%, no período analisado.
5.5.1. Idade
A idade dos turistas entrevistados que visitam o Brasil, tanto daqueles provenientes do continente
americano, quanto dos oriundos da Europa, pouco se altera ao longo do período analisado. Por conta
disso, os dados apresentados a seguir refletem a configuração de 2016, muito parecida com a dos
demais anos.
Entre os turistas do Uruguai, Argentina, Portugal e Itália predominaram os viajantes que possuem entre
41 e 50 anos. Já os viajantes que possuem entre 32 e 40 anos são os mais frequentes entre os
residentes na Espanha e Chile.
40,0
32,8
35,0
25,4
25,2
25,1
24,9
24,6
30,0 24,2
22,7
22,3
22,2
21,3
20,5
19,6
19,4
19,1
18,9
25,0
17,6
17,5
17,4
17,4
16,7
16,7
(%)
15,8
15,7
15,5
15,3
15,1
15,0
15,0
14,6
20,0
12,9
12,5
12,1
10,0
15,0
9,0
8,8
8,5
7,6
6,9
6,3
6,1
5,8
10,0
5,0
0,0
Alemanha Espanha França Reino Unido Itália Portugal Estados Unidos
40,0
35,0
28,4
26,9
26,2
25,5
24,7
23,9
30,0
21,5
20,8
20,3
20,3
20,1
25,0
16,4
16,2
(%)
14,2
13,7
20,0
12,5
11,9
11,6
11,1
15,0
8,5
8,5
7,0
6,1
10,0
3,7
5,0
0,0
Argentina Chile Paraguai Uruguai
Os turistas provenientes dos Estados Unidos são detentores das maiores rendas, apresentando, em
2016, uma renda média mensal familiar de US$ 7.195,97, valor 93,6% superior à dos visitantes do
Chile, que na América do Sul possuem a maior renda média mensal familiar (US$ 3.716,56). Os turistas
residentes na Argentina apresentaram a menor média de renda mensal familiar de 2016
(US$ 2.515,51).
Os turistas da Europa com maior renda familiar em 2016 foram os residentes do Reino Unido, com uma
renda média familiar mensal de US$ 5.017,08. Os turistas da França e da Alemanha também
apresentaram rendas elevadas, acima de US$ 4.200,00. No outro extremo, estão os turistas
provenientes da Espanha, que, em 2016, registraram a menor renda média mensal familiar dentre os
países europeus (US$ 3.348,69).
Observou-se queda na renda média mensal familiar para quase todos os países analisados em 2016,
com exceção do Chile, que apresentou pequeno crescimento de 1,7% em relação ao ano anterior. As
maiores quedas, no entanto, ocorreram entre os turistas do Reino Unido (12,0%), Uruguai (19,2%) e
Argentina (18,5%).
8.159,15
7.937,29
7.553,37
7.474,28
7.195,97
9.000
6.524,63
6.054,92
8.000
5.784,97
5.763,27
5.723,72
5.701,76
5.637,26
5.620,43
5.393,64
5.344,28
5.017,08
7.000
4.785,15
4.777,35
4.762,07
4.709,15
4.632,68
4.628,99
4.478,64
4.464,15
4.435,81
4.389,59
4.287,94
4.279,47
4.257,97
6.000
3.770,25
3.628,32
3.618,62
3.560,37
3.492,04
3.348,69
(US$)
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
Reino Unido França Alemanha Itália Portugal Espanha Estados Unidos
9.000
8.000
7.000
4.505,10
4.393,95
4.187,40
6.000
3.826,18
3.716,56
3.654,65
3.608,28
3.592,83
3.512,36
3.086,40
3.013,26
5.000
2.913,72
(US$)
2.887,43
2.875,56
2.803,18
2.793,18
2.763,92
2.695,79
2.655,34
2.515,51
4.000
3.000
2.000
1.000
0
Chile Uruguai Paraguai Argentina
Os turistas da Argentina estão entre os cinco principais emissores de turistas em todos os destinos
brasileiros analisados neste relatório, segundo os dados de 2016. Além disso, entre os destinos da
Região Sul do país, a Argentina figura em primeiro lugar no volume de turistas, representando mais da
metade das visitações em Florianópolis - SC (73,1%) e Balneário Camboriú - SC (63,5%), e 27,5% das
visitações em Foz do Iguaçu - PR. Este país ainda representa grande parte dos turistas de Armação
dos Búzios - RJ (67,9%).
Além da relevante participação dos argentinos, é importante observar o predomínio dos turistas
oriundos de países sul-americanos em alguns dos principais destinos do país, chegando a algo em
torno de 90% em Armação dos Búzios - RJ, Balneário Camboriú - SC e em Florianópolis - SC, em 2016.
Nota-se também a preponderância de turistas desse país na Região Nordeste, sendo 28,5% em
Fortaleza - CE, 37,4% em Salvador - BA e 23,1% em Recife - PE.
Os turistas dos Estados Unidos, segundo maior país emissor de turistas ao Brasil, também apresentam
grande participação no volume total de visitantes das regiões. Observa-se a preponderância de turistas
deste país em Belo Horizonte - MG (18,5%) e São Paulo - SP (12,3%) na Região Sudeste, além de
Manaus - AM (25,1%) na Região Norte e em Brasília - DF (19,3%) na Região Centro-Oeste.
Búzios - RJ MG RJ
Argentina 67,9 Estados Unidos 18,5 Argentina 17,7 Estados Unidos 12,3
Chile 18,7 Argentina 10,2 Estados Unidos 14,2 Argentina 12,2
Uruguai 6,8 Itália 7,7 Chile 7,8 Bolívia 5,8
Alemanha 1,0 Alemanha 5,6 França 6,7 Chile 5,3
Peru 0,9 Reino Unido 5,3 Reino Unido 6,2 Paraguai 4,7
Fonte: MTur/ FIPE - Estudo da Demanda Turística Internacional - 2016.
Argentina 63,5 Argentina 12,2 Argentina 73,1 Argentina 27,5 Argentina 16,8
Estados Estados
Paraguai 19,1 11,6 Uruguai 9,5 Paraguai 12,3 15,8
Unidos Unidos
Chile 7,8 Paraguai 10,9 Paraguai 3,8 Uruguai 6,3 Uruguai 8,6
Uruguai 2,6 Alemanha 7,2 Chile 2,3 Peru 5,4 Alemanha 6,0
Estados
Bolívia 1,5 Colômbia 4,8 1,3 Alemanha 5,2 França 4,3
Unidos
Fonte: MTur/ FIPE - Estudo da Demanda Turística Internacional - 2016.
Região Centro-Oeste
CE BA AM DF
Região Nordeste
Estados Estados
Região Norte
De um modo geral, observou-se nos municípios das cinco regiões analisadas que as destinações
litorâneas ou as que se destacam por suas belezas naturais atraem preponderantemente turistas
motivados pelo lazer. Já as capitais Curitiba - PR, Porto Alegre - RS, São Paulo - SP, Belo Horizonte -
MG e Brasília - DF tendem a atrair principalmente turistas motivados a negócios, eventos e convenções,
ou outros motivos (predominando-se visita a amigos e parentes).
Entre os principais destinos do país que se destacaram como principais receptores das viagens a lazer,
Armação dos Búzios - RJ, Florianópolis - SC e Balneário Camboriú - SC ultrapassam os 90% de turistas
com esta motivação durante os anos do período analisado (2012-2016). Foz do Iguaçu - PR também
se destaca como um importante destino a lazer (80,4% em 2016).
As capitais, de maneira geral, mantêm relativa constância de proporção de turistas a lazer na
comparação entre os anos de 2012 e 2016. Em praticamente todas as localidades aqui analisadas
houve um pico de viagens a lazer no ano de 2014 por conta da Copa do Mundo de Futebol no Brasil.
São Paulo apresenta-se como um importante destino de turismo a negócios no país. Embora se
observe uma queda percentual em 2016 em relação aos anos anteriores, ainda preponderam na cidade
turistas internacionais que visitam a cidade por esse motivo (47,4%).
De maneira geral, os outros motivos de viagem vêm apresentando aumento de incidência em todos os
destinos analisados entre 2012 e 2016, especialmente entre as capitais. Destacam-se em 2016
Brasília - DF (61,8%), Belo Horizonte - MG (55,2%), Curitiba - PR (52,2%), Recife - PE (50,6%) e Porto
Alegre - RS (43,9%). A maior oscilação no período é observada em Brasília - DF, com aumento de 24,3
pontos percentuais de 2012 a 2016.
O destino com maior incidência de turistas a lazer motivados pela natureza, ecoturismo ou aventura,
entre os destinos analisados, foi Foz do Iguaçu - PR, totalizando 85,0% de seus turistas em 2016.
Manaus – AM também apresenta elevado percentual de turistas neste segmento, com 71,3% em 2016.
Cultura apresenta-se como importante atrativo em algumas cidades analisadas. Em São Paulo - SP, a
cultura preponderou entre os turistas motivados a lazer em todos os anos da pesquisa, registrando
42,8% em 2016. Tal motivo também se revelou significativo entre os turistas de Belo Horizonte – MG
(39,7%), Brasília - DF (38,4%) e Porto Alegre - RS (34,1%).
Apesar da queda significativa de 2015 para 2016 (-8,3%), Salvador - BA mostra-se um importante local
de turismo cultural da Região Nordeste, apresentando média percentual de 17,7% no período
analisado.
Em 2016, hotel, flat ou pousada representaram os principais meios de hospedagem utilizados para
permanência no Brasil em grande parte das cidades em análise. Na Região Sudeste a maior
participação relativa se deu em Armação dos Búzios - RJ, onde aproximadamente 89,4% de seus
turistas utilizaram estes tipos de hospedagem. Também em São Paulo - SP e Rio de Janeiro - SP, em
uma proporção menor, estes foram os meios de hospedagem predominantes, representando 60,1% e
54,3%, respectivamente.
Na Região Sul o predomínio dos hotéis, flats ou pousadas é notável em Foz do Iguaçu - PR, chegando
a 67,4% das hospedagens em 2016. Para os demais destinos da região, estes tipos de hospedagem
apresentaram percentuais significativos também, ainda que em menor escala (inferiores a 47%).
Nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste também recebem um número bastante significativo de
turistas internacionais que se hospedagem em hotel, flat ou pousada. Em Fortaleza - CE (51,3%),
Salvador - BA (55,9%) e Manaus - AM (58,3%), mais da metade desses turistas se hospedagem nesse
tipo de estabelecimentos em 2016.
Destaca-se na utilização de casas de amigos e parentes o caso de Brasília, onde 59,4% de seus turistas
se hospedaram neste tipo de acomodação em 2016, apesar de ser notável a inconstância deste tipo
de acomodação no período analisado.
Casa de amigos e parentes também apresentou incidências significativas em Belo Horizonte - MG
(51,7%), Curitiba - PR (47,1%), Porto Alegre - RS (39,5%) e Recife - PE (45,0%).
As maiores quedas percentuais por esse tipo de hospedagem no período de 2012 a 2016 foram
observadas em Salvador - BA (-8,7%), Rio de Janeiro - RJ (-5,6%) e Recife - PE (-5,2%).
É nítida a maior incidência de turistas internacionais sem nenhum acompanhante nas principais capitais
analisadas, representando mais da metade dos turistas que visitaram Brasília (66,9%), Belo Horizonte
(65,2%), São Paulo - SP (62,8%), Curitiba - PR (59,0%), Porto Alegre - RS (56,0%) e Recife - PE
(51,5%) em 2016. É válido notar que há uma relação entre viagens sem nenhum acompanhante e
destinações com forte presença de turismo motivado por negócios, eventos e convenções - casos de
São Paulo - SP, Porto Alegre - RS, Curitiba - PR e Brasília - DF, por exemplo.
As viagens em família são bastante frequentes nas destinações de Santa Catarina, onde há forte
presença do turismo motivado pelo lazer e com acesso pelas vias terrestres, totalizando mais de 65%
dos turistas de Balneário Camboriú - SC e Florianópolis - SC em 2016, com índices crescentes no
período analisado.
É interessante observar que, embora Armação dos Búzios - RJ seja bastante semelhante a Balneário
Camboriú - SC e Florianópolis - SC no que se refere aos principais países emissores e motivação da
viagem, as destinações diferem no tipo de turistas que atraem, já que quase metade dos turistas de
Armação dos Búzios - RJ viaja em casais sem filhos (47,5%), enquanto em Florianópolis - SC (14,0%)
e Balneário Camboriú - SC (13,0%) este tipo de grupo é menos comum.
Como já destacado na análise do gasto médio per capita diário nos resultados gerais (capítulo 4.1.3),
as análises simples dos dados podem ser bastante enganosas por não levarem em consideração a
oscilação de câmbio e a inflação ao longo do período analisado. Como nos resultados gerais os cálculos
já foram ajustados, faremos aqui apenas uma análise descritiva do ano mais recente (2016) dos
destinos visitados.
Em 2016, na Região Sudeste, os maiores gastos per capita diários foram realizados pelos turistas que
visitaram a cidade do Rio de Janeiro - RJ (US$ 79,49). São Paulo - SP (US$ 69,80) e Armação dos
Búzios - RJ (US$ 67,82) apresentaram valores elevados. Na região Sul, somente Foz do Iguaçu - PR
destaca-se em todo o período pelo gasto per capita diário significativamente superior aos demais
destinos analisados (US$ 77,88) em 2016.
A permanência média apresentada neste capítulo se refere ao tempo que o turista manteve estada no
destino (município) em questão, durante sua viagem ao Brasil, informação que difere dos demais
capítulos, onde se referia ao tempo de estada total no Brasil.
Dentre as cidades analisadas, na Região Sudeste a maior permanência média de 2016 foi observada
em Belo Horizonte - MG (14,7 pernoites). São Paulo - SP (9,5 pernoites) e Rio de Janeiro - RJ (9,3
pernoites) mostraram médias próximas, em um patamar mais baixo. Mais reduzida foi a média de
Armação dos Búzios - SP (6,5 pernoites).
Na região Sul, a permanência em Foz do Iguaçu - PR (média aproximada de 3 pernoites) mostra-se
sempre inferior à média das demais localidades.
Nas demais regiões, Recife - PE (14,5 pernoites), Fortaleza - CE (12,9 pernoites) e Brasília - DF (12,6
pernoites) foram as cidades que apresentaram as maiores médias de pernoites em 2016.
De um modo geral, os turistas de todas as localidades analisadas terminaram suas viagens ao país
satisfeitos, com uma média sempre superior a 75% de expectativas plenamente atendidas ou
superadas.
Quatro destinos que apresentam alto índice de motivação a lazer (Balneário Camboriú - SC, Armação
dos Búzios - RJ, Foz do Iguaçu - PR e Florianópolis - SC) apresentaram os maiores índices de
satisfação dos turistas, com mais de 90% cada, em 2016.
Com base nas avaliações que os turistas fizeram da infraestrutura e dos serviços turísticos das
localidades, são descritas a seguir as principais informações de cada uma das localidades analisadas,
agrupadas por regiões10.
No geral, observa-se que os turistas que visitam as localidades analisadas da Região Sul apresentam-
se mais satisfeitos com a infraestrutura e serviços públicos utilizados do que os turistas das demais
localidades. Porto Alegre - RS, no entanto, possui mais críticas em relação à infraestrutura que as
demais localidades da Região Sul. Nessa mesma região do Brasil, as maiores críticas ficam por conta
dos serviços de telecomunicações e das rodovias.
A Região Sudeste, em média, também tem preços, telecomunicações e rodovias como os itens com
índices mais baixos de avaliação positiva, seguidos pela sinalização turística, limpeza pública e
segurança pública.
A Região Nordeste possui mais problemas em relação à infraestrutura pública, segundo a opinião dos
turistas residentes no exterior que visitaram a região. Limpeza pública, rodovias, segurança pública e
telecomunicações são itens que recorrentemente figuram como piores em avaliações.
Os turistas de Manaus dão menos avaliações positivas para limpeza pública, telecomunicações e
rodovias. Em Brasília, destaque negativo para preços, transporte público e rodovias.
De maneira geral, os itens que obtiveram as melhores avaliações em todas as regiões foram
hospitalidade, restaurantes, gastronomia e o alojamento.
10
Nas tabelas desta seção os itens avaliados estão classificados em ordem decrescente da avaliação positiva do
ano de 2016. Os dados de avaliação levam em consideração três grupos: infraestrutura, infraestrutura turística e
serviços turísticos.
70 Relatório Descritivo 2012 - 2016
Região Sul
Florianópolis - SC
A hospitalidade, seguida pelo alojamento, são os itens que mais agradaram os turistas internacionais
de Florianópolis – SC em 2016. Entre o período analisado (2012-2016), a média percentual é de 98,8%
de avaliações positivas para a hospitalidade e de 97,0% para alojamento. Restaurante ficou em terceiro
lugar em 2016, agradando 95,3% dos turistas.
A limpeza pública, item que no geral desagrada grande parte dos viajantes estrangeiros que visitam o
país, é considerada boa ou muito boa em Florianópolis - SC por 94,4% de seus turistas, em todos os
anos analisados.
Telecomunicações é o item pior avaliado (70,5% de avaliações positivas em 2016), seguido por
rodovias (75,6% de avaliações positivas em 2016).
Com exceção dos preços e telecomunicações, todos os demais itens são avaliados de forma bastante
positiva pelos turistas de Balneário Camboriú - SC. Aspectos relacionados à infraestrutura e serviços
públicos, como transporte, limpeza e segurança pública, problemáticos em outras localidades do Brasil,
possuem incidência de avaliações positivas superiores a 86%, em todos os anos analisados.
Telecomunicações é o item pior avaliado, passando de 81,0% de avaliações positivas em 2012 para
70,1%, em 2016, com melhora de 6,8% de 2015 para 2016. Outro fator importante de se observar é a
queda gradativa na avaliação positiva das rodovias do destino, que passou de 87,7% em 2012 para
74,8% em 2016, tornando-se o segundo item pior avaliado.
O item preços recebeu significativa melhora na avaliação, passando de 64,4% em 2012 para 89,3%
em 2016.
Com exceção de rodovias, telecomunicações e preços, todos os itens de Curitiba são bem avaliados
por mais de 80% dos turistas estrangeiros que a visitaram em todos os anos de pesquisa (apenas o
item informações turísticas teve índice de 79,1% em 2012). Restaurante, gastronomia e hospitalidade
são os itens melhor avaliados, com avaliação positiva acima de 97% em 2016. Entre os serviços
públicos, também é interessante destacar a alta incidência de avaliações positivas da limpeza e do
transporte público da cidade, que ultrapassam os 90% em todos os anos de pesquisa.
Em Foz do Iguaçu - PR quase todos os itens receberam elevado índice de avaliações positivas em
2016, superando 80,0%. A única exceção é aeroporto, com 57,7% de avaliação positiva – resultado
bastante inferir ao de 2015 (72,5%). Destacam-se positivamente hospitalidade, restaurantes,
segurança pública, alojamento e limpeza pública, com avaliações positivas superiores a 95% em 2016.
As rodovias para quem visitou a localidade tiveram 91,0% de aprovação na média percentual entre
2012-2016, índice superior ao observado nas demais cidades analisadas.
A limpeza pública do município recebe avaliação positiva superior a 94% em todos os anos da pesquisa,
fato destacável quando se tem em conta que este aspecto é geralment4e um dos que têm grandes
índices de avaliações negativas, como já citado.
O item preço, tradicionalmente com pior índice de avaliação, apresenta uma melhora gradativa ao longo
do tempo, passando de 59,2% de avaliações positivas em 2012 para 85,5% em 2016.
Rio de Janeiro - RJ
Os turistas de Armação dos Búzios - RJ dão destacada avaliação positiva a diversos itens avaliados,
sendo que 11 dos 15 itens avaliados na localidade registram média superior a 90% ao longo do período.
Dentre eles, limpeza pública esteve abaixo deste patamar em 2016, com 86,2%.
Telecomunicações e preços foram os itens que tiveram pior avaliação em 2016, recebendo apenas
64,9% e 71,4% de avaliações positivas, respectivamente.
Todos os itens de infraestrutura turística e serviços turísticos foram muito bem avaliados pelos turistas
que visitam São Paulo - SP em todo o período analisado, destacando-se em 2016 a diversão noturna
(98,2%), a hospitalidade (98,0%), a gastronomia (97,5%), os restaurantes (97,3%) e os alojamentos
(95,9%).
Todos os itens mostraram melhoria na comparação entre 2012 e 2016. É especialmente destacável o
aumento da satisfação dos turistas em relação ao aeroporto de São Paulo - SP ao longo dos anos. Em
2012 a avaliação positiva do item foi de 70,1%, passando para 92,4% em 2016. A avaliação de preço
também melhorou, com mais 27,7 pontos percentuais entre 2012 e 2016.
Com índices quase sempre superiores a 94% de avaliação positiva em todos os anos, a gastronomia,
a hospitalidade, os restaurantes e as diversões noturnas são os itens que os turistas internacionais
melhores avaliaram em Belo Horizonte - MG. Também foram bem avaliados os itens alojamento e
serviço de táxi.
Os itens que tiveram as menores avaliações positivas médias no período entre 2012 e 2016 foram
rodovias (51,2%) e preços (58,1%). Contudo, as rodovias registraram aumento de 15,5 pontos
percentuais na avaliação positiva entre estes anos. Com 16,5 pontos de crescimento, a sinalização
turística também mostrou melhoria destacável, apesar de somar apenas 72,5% de avaliações positivas
em 2016.
Salvador - BA
Hospitalidade, gastronomia, alojamento e restaurante são os itens com melhor avaliação em Salvador,
com médias superiores a 90% desde 2012.
Telecomunicações, aeroporto e limpeza pública foram os itens com menores avaliações positivas em
2016. No caso do aeroporto observa-se uma queda de 8,1 pontos percentuais em comparação com
2012. Por outro lado, a limpeza pública recebeu 19,3 pontos percentuais adicionais de avaliação
positiva no mesmo período.
Este último aspecto é justamente um dos mais interessantes das avaliações de Salvador. Há aumentos
expressivos na avaliação de diversos itens entre 2012 e 2016. Além da limpeza pública, já citada, e
dos preços, que seguem uma tendência geral, destaca-se a melhoria de percepção para rodovias,
transporte público, sinalização turística e segurança pública.
Em geral, no período entre 2012 e 2016, os itens de serviços privados são avaliados como bons ou
muito bons pelos turistas de Fortaleza - CE, destacando-se nas primeiras posições a hospitalidade, a
gastronomia e os restaurantes, que apresentaram índices médios positivos para mais de 94% dos
entrevistados.
Por outro lado, os itens de serviços e infraestrutura pública são os que possuem a pior avaliação do
ponto de vista dos turistas que visitam a cidade. Entre eles, a limpeza pública, as rodovias e a
segurança pública agradaram menos os turistas em 2016.
Destaca-se a melhor avaliação de transporte público em 2016 (74,0%), que recebeu 14,4 pontos
percentuais a mais do que em 2012.
No município de Recife - PE, os itens melhor avaliados em 2016 foram a hospitalidade, os alojamentos
e a gastronomia, todos com avalições positivas superiores a 95%. O aeroporto do município é o sexto
item melhor avaliado, considerado bom ou muito bom por 92,2% de seus turistas em 2016.
Destaca-se também a melhora bastante significativa na avaliação de rodovias, guia de turismo e preços
durante o período analisado. Rodovias teve um aumento de 16,0 pontos percentuais nas avaliações
positivas, guia de turismo de 14,1 e preços de 11,4.
Brasília - DF
Gastronomia e alojamento foram os itens melhores avaliados em Brasília - DF, considerados bons ou
muitos bons por mais de 95% dos turistas que a visitaram em 2016. Restaurante e hospitalidade
também têm avaliações elevadas.
O item guias de turismo mostra melhora, com 13,3 pontos percentuais adicionais desde 2012, situando
como o quinto item melhor avaliado em 2016.
Preços, transporte público e rodovias são os itens com piores avaliações, embora tenham registrado
melhoria na comparação com 2012.
Registra-se a piora das avaliações de segurança pública (menos 7 pontos percentuais) e,
principalmente, dos serviços de táxi (menos 14,8 pontos percentuais) desde 2012.
Manaus - AM
6.3.1. Idade
Assim como nos resultados gerais, para que se possa delinear o perfil dos turistas que visitam as
principais destinações do país, convém destacar apenas os resultados do ano de pesquisa mais
recente (2016), já que não há variações relevantes em determinados aspectos, a exemplo da idade
dos turistas.
No geral, os turistas de todas as localidades analisadas concentram-se nas idades centrais, entre 25 e
50 anos. Turistas jovens, com idades entre 18 e 24 anos, foram mais frequentes em Brasília - DF
(13,5%), Rio de Janeiro (13,2%) e Belo Horizonte - MG (13,1%). Em Florianópolis - SC (30,2%) e
Fortaleza – CE (27,3%) predominaram-se turistas entre 41 a 50 anos de idade.
Vale destacar também a incidência relativamente alta de turistas idosos (acima de 60 anos) em Foz do
Iguaçu - PR (14,6%) e Salvador – BA (14,2%).
Os turistas de Manaus - AM (US$ 5.100,49), Porto Alegre - RS (US$ 4.671,16) e São Paulo - SP
(US$ 4.529,00) foram os que apresentaram as maiores rendas médias familiares mensais entre as
localidades analisadas em 2016. As três cidades contam com um volume considerável de turistas de
negócios, que apresentam, no geral, rendas médias mais elevadas. O fato de grande parte dos turistas
destas localidades serem provenientes dos Estados Unidos também contribui para elevar suas rendas
MINISTÉRIO DO TURISMO
Marx Beltrão
Ministro
SECRETARIA EXECUTIVA
Alberto Alves
Secretário Executivo
Pará - PA Concessionárias
Secretaria de Estado de Turismo do Pará GRU Airport
Admilson Alcântara da Silva RIOgaleão
Joao Gabriel Pinheiro Huffner Aeroportos Brasil Viracopos
Clelia Rosely Coroa BH Airport
Inframerica
Paraná - PR
Secretaria do Esporte e do Turismo do Departamento de Policia Federal
Paraná Superintendências Regionais, chefias de
Paraná Turismo aeroportos e de fronteiras terrestres: AM, BA,
Deise Bezerra CE, DF, MG, MS, PA, PE, PR, RJ, RN, RS,
SC, SP.
Paraná - PR
Paraná Turismo – Foz do Iguaçu Secretaria da Receita Federal
Valéria Mariotti Superintendências Regionais, delegacias de
imigração, chefias de alfândega e bagagem
Pernambuco - PE acompanhada de aeroportos e fronteiras
Secretaria de Estado do Turismo do terrestres: AM, BA, CE, DF, MG, MS, PA, PE,
Pernambuco PR, RJ, RN, RS, SC, SP.
Ione Dantas de Paula
Sara Oliveira