A Alemanha Dos Séculos XI

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Joao Chiconda

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A Alemanha dos séculos XI – XV

República Federal da Alemanha (Bundesrepublik Deutschland)


O termo Alemanha deriva do francês allemagne – terra dos alamanos – em referência ao povo
germânico de mesmo nome que vivia na actual região fronteiriça entre a França e a Alemanha
e que durante o século V cruzou o rio Reno e invadiu a Gália Romana. O pais também e
conhecido por Germânia, que deriva do latim Germania – terra dos germanos.

Alemanha (em alemão: Deutschland), oficialmente República Federal da Alemanha é um país


localizado na Europa central. É limitado a norte pelo mar do Norte, Dinamarca e o mar
Báltico, a leste pela Polónia e chéquia, a sul pela Áustria e Suíça e a oeste pela França,
Luxemburgo, Bélgica e Países Baixos. O território da Alemanha abrange 357  021
quilómetros quadrados e é influenciado por um clima temperado sazonal. Com 82,8 milhões
de habitantes, em 31 de Dezembro de 2015, o país tem a maior população da União Europeia
e e também o lar da terceira maior população de migrantes internacionais em todo o mundo.

A região chamada Germânia, habitada por vários povos germânicos, foi conhecida e
documentada pelos Romanos antes do ano 100. A partir do século X, os territórios alemães
formaram a parte central do Sacro Império Romano - Germânico, que durou até 1806.

A Organização social na Alemanha no século XI


No inicio desse século persistia ainda em certas regiões, principalmente no Noroeste da
Alemanha no Saxe, Turinga e, sobretudo na Frísia, uma camada bastante importante de
camponeses livres proprietários das suas terras, continuavam a constituir se novos domínios.

Uma parte das possessões dos senhores feudais era constituída por terá alodiais, desta forma a
hierarquia feudal não abrangia todos os representantes da classe dos feudais: alguns
proprietários fundiários, pequenos ou médios, detentores de terras alodiais, não tinham
senhores. O regime feudal foi definitivamente estabelecido, ao mesmo tempo em que se
desenvolviam nos finais do século XII, uma luta encarniçada que opunha os imperadores aos
papas, e para a qual todas as classes da sociedade foram arrastadas. Esta rivalidade teve uma
seria influência no desenvolvimento político da Alemanha.

Insurreição no Saxe
Henrique V (1056- 1106) não tinha ainda 6 anos quando morreu seu pai, Henrique III; a
aristocracia feudal aproveitou o período de regência para usurpar as terras do domínio real e
apoderar-se de outras fontes.

Henrique tinha como objectivo submeter completamente o Saxe. A construção de burgos


tinha começado no Saxe. Nela deviam participar os proprietários que residiam nas terras da
coroa e os camponeses livres detentores de terras alodiais. Foram enviados para estes burgos
destacamentos compostos de ministeriais reais, estes últimos começaram a exigir aos
camponeses numerosos pagamentos em géneros e também serviços. Acentuou se a exploração
dos camponeses fixados nas terras da coroa multiplicou se as corvéias.

Henrique tentou transformar em propriedade do físico as florestas comunitárias que


desempenhavam um papel importante na economia camponesa.

Foi por isso que, quando os nobres saxões se sublevaram em consequência das medidas
tomadas por Henrique, foram apoiados pelos camponeses livres e mesmo por alguns
camponeses dependentes.

A revolta alastrou a toda região, aos camponeses saxões vieram juntar se os da Turíngia,
esmagados pelos impostos. O rei teve de fugir, deixou o seu castelo de Harzburg, na Saxônia,
que os revoltosos se preparavam para atacar.

Em breve os senhores feudais e camponeses empenhados na revolta se dividiram, voltando-se


este último cada vez mais contra os seus senhores. No final de 1075, Henrique tomou a chefia
dos exércitos constituídos, na maior parte, por grandes senhores eclesiásticos e laicos da
Alemanha e reprimiu a revolta, onde os senhores feudais da Saxônia foram aprisionados e os
seus bens confiscados e reconstruídos os castelos reais.

Povos germânicos e cristalização da Germânia

Presume-se que etnogenese dos povos germânicos ocorreu durante a idade do bronze nórdica
ou, ao mais tardar, durante a idade do ferro pré-romana. A Partir do sul da Escandinávia e do
norte da actual Alemanha, as tribos começaram, no século I a.C., a se expandir para o sul,
leste e oeste e entraram em contacto com os povos celtas da Gália, e também com povos
iranianos, bálticos e eslavos. Pouco se sabe sobre a história germânica antes disso, excepto
através das suas interacções com o império Romano, de pesquisas etimológicas e de achados
arqueológicos.
Por ordens do imperador Augusto (r.27 a.C-14 d.C.), o general romano varus começou a
invadir a Germânia, e foi nesse período que as tribos germânicas se tornaram familiarizadas
com as tácticas de guerra romanas. Em 9 d.C. ., três legiões romanas lideradas por varus
foram derrotadas pelo líder querusco Arminio na batalha da floresta de Teutoburgo. A quase
totalidade do territorio actual Alemanha, assim como os vales dos rios Reno e Danúbio,
permaneceram fora do império romano. Em 100, na época do livro Germânia de Tácito, as
tribos germânicas assentadas ao longo do Reno e do Danúbio (a fronteira da Germânia)
ocupavam a maior parte da área de actual Alemanha.

O século III viu o surgimento de um grande número de tribos germânicas ocidentais:


alamanos, francos, saxões, frísios, anglos, suevos, vândalos, godos, (ostrogodos e visigodos),
lombardos, e turingios. Por volta de 260, os povos germânicos romperam as suas fronteiras do
Danúbio e expandiram-se as terras romanas.

Sacro Império Romano – Germânico (962- 1806)

As tribos germânicas originárias da Escandinávia (Suécia, Noruega e Dinamarca) se


instalaram na região que, nos nossos dias, constitui o norte da Alemanha. Elas foram
crescendo e se espalhando em direção ao sul do território no período compreendido entre a
Antiguidade e a Era Cristã. Os Germanos tiveram, durante séculos, um arquirrival de peso que
fizera parte de um grande poderoso império no sul da Europa: os Romanos.

Várias tribos independentes consolidaram suas fronteiras ao longo de vitórias militares,


chamadas pelos historiadores de Invasões Bárbaras. Povos Vândalos, Burgúndios, Saxões e
Alamanos fizeram múltiplas incursões na Gália romana, culminando na queda do Império
Romano. O império medieval foi criado em 843 com a divisão do Império Carolíngio,
fundado por Carlos magno (r. 768- 814) em 25 de Dezembro de 800, e em diferentes formas
existiu ate 1806, estendendo-se desde o rio Líder, no norte do pais, ate o Mediterrâneo, no
litoral sul. Escritos gregos e romanos que datam do século I a.C. relatam a presença de povos
germânicos no solo onde hoje se encontra a Alemanha.

No entanto,  esqueletos humanos do Paleolítico Inferior, datados de 600.000 a 200.000 antes


da nossa era foram encontrados onde actualmente se situa a cidade de Heidelbergensis. Ela
ganhou este nome exactamente por causa dos achados arqueológicos, pois a espécie humana
em questão era a de Homo Heidelbergensis.
É importante lembrar que os povos que conhecemos hoje como alemão só começaram a
existir a partir do século XIX.

A partir daí, territórios romanos começam a se "germanizar" e a serem cristianizados ao


mesmo tempo em que os Germanos fundam reinos efêmeros na Inglaterra (os Anglos e os
Saxões), na França (Francos e Burgúndios), na Itália (Lombardos e Ostrogodos) e na Espanha
(Visigodos).O Império Romano caiu após as Invasões Bárbaras.

Carlos Magno, imperador dos Francos, é o responsável pela designação do rio Reno como
sendo a fronteira entre a Alemanha e a França no ano de 800.

A Alemanha passou quase mil anos sob o regime do Santo Império Romano Germânico (de
962 a 1806). Tal regime desejava ser a continuação legítima do Império Carolíngeo e
Romano.

Até 1789, mais de 300 entidades políticas de médio e grande porte dividiram a soberania do
território alemão.

No final do século XIX, os alemães conquistaram a guerra franco-alemã de 1870,


experimentando um sentimento de nacionalismo exacerbado. A Alemanha se torna, então, um
país federal unificado, sob a liderança do general Otto v. Bismarck (1815-1898).

Dá para perceber que a história da Alemanha que conhecemos actualmente é rica em divisões
e comunhões de territórios e povos. Tal aspecto transformou a língua alemã ao longo dos
séculos.

Os intelectuais e artistas alemães foram, igualmente, de grande influência nos movimentos do


Renascentismo, das descobertas científicas, do Iluminismo, etc.

Nos dias de hoje, os alemães continuam investindo em todos os tipos de produções artísticas
contemporâneas, sejam elas ligadas à gastronomia, cinema, fotografia, pintura, música,
literatura, filosofia e estudos políticos.

Quem é, que nunca ouviu falar em nomes como Gutenberg, Goethe, Kant, Hegel, Nietzche,
Marx Engels, Kafka, Freud, Bach, Schumann, Schubert, Beethoven, Mozart, ou ainda
Einstein?
A cultura alemã é o resultado de mais de 2000 anos ao longo dos quais povos de diversas
origens se frequentaram, se confrontaram e se misturaram, valorizando sempre seus idiomas,
sua identidade e seus diferentes costumes.

Artes

As artes ocupam grande espaço dentro da cultura alemã. O país, conta com grande número de
figuras emblemáticas e de rica e influente cultura , levando o país ao topo das civilizações
europeias. A cultura alemã é o resultado de mais de 2000 anos ao longo dos quais povos de
diversas origens se frequentaram, se confrontaram e se misturaram, valorizando sempre seus
idiomas, sua identidade e seus diferentes costumes.

O Cristianismo apesar das perdas recentes de adeptos, o cristianismo ainda é de longe a maior
religião na Alemanha, com o catolicismo romano (particularmente no sul e oeste)
compreendendo 27,2 %da população, e com os protestantes da Igreja Evangélica na
Alemanha, (especialmente no norte), compreendendo 24.9% dos alemães. Por conseguinte a
maioria do povo alemão pertencem a uma comunidade cristã, embora muitos deles não
tomam parte activa na vida da igreja com a frequência à igreja aos domingos
consideravelmente menos do que 10%, dos quais 4,1% de católicos e 1,2% protestantes .
1,7% da população é cristã

O princípio É difícil delimitar a origem da Escolástica porque jamais ela se


estabeleceu como uma doutrina filosófica restrita. Diferente do que se pensa, havia
no ambiente católico uma divergência muito viva em questões teológicas. Foi esse
espírito do debate que acabou dando origem à corrente de atividades intelectuais,
artísticas e filosóficas a que se convencionou chamar de Escolástica (do latim
schola).... - Veja mais em
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/escolastica-a-filosofia-durante-a-
idade-media.htm?cmpid=copiaecola

Pré escolástica

É comum se ouvir falar em trevas e barbárie quando alguém se refere à Idade


Média, por vezes com uma expressão de escárnio e desprezo. Ao contrário do que
diz este preconceito herdado dos iluministas, tanto a filosofia quanto a ciência
moderna devem muito à Idade Média e à sua monumental Escolástica. A pré-
Escolástica Ao final do século 5, o que restava dos escombros do Império Romano
era uma multidão dispersa de povos bárbaros e alguns fragmentos da cultura
clássica, que só não desapareceram devido aos esforços dos monges copistas e
dos grandes pensadores cristãos em Alexandria, Grécia e Roma. Os primeiros e
conturbados séculos da Idade Média europeia seriam dominados pelo pensa... -
Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/escolastica-a-filosofia-
durante-a-idadO auge Eis que na segunda metade do século 12 chegam às
universidades as traduções hispânicas de versões árabes das obras de Aristóteles.
É o grande choque cultural que muda o rumo do Ocidente e que catapulta a
Escolástica para a sua "era de ouro" no século 13, quando Agostinho deixa de ser o
eixo do pensamento cristão, e a filosofia natural aristotélica se agiganta diante da
teologia. Os mestres universitários adquirem fama e importância, os livros se
multiplicam, e o modelo de ciência antiga começa a ruir. Robert Grosseteste e seu
discípulo Roger Bacon trabalham a ideia de pesquisa científica, idealizando
experimentos. As universidades de Paris, Oxford e Colônia testemunham os g... -
Veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/escolastica-a-filosofia-
durante-a-idade-media.htm?cmpid=copiaecolae-media.htm?cmpid=copiaecola

A Escolástica tardia Nos anos da Contra-Reforma, ainda a península ibérica


testemunharia um último sopro do espírito medieval, através de grandes
pensadores católicos formados nas universidades de Salamanca e Coimbra, como
Francisco Suárez, Francisco de Vitória, Domingo de Soto e Tomás de Mercado. É
neste ambiente da "Escolástica tardia" que se produzem importantes concepções do
jusnaturalismo e da ideia de direito internacional, além dos tratados de matéria
econômica que viriam a influenciar a escola marginal e o liberalismo austríaco nos
séc. 19 e 20. A Neoescolástica Com o declínio dos impérios português e espanhol,
a filosofia medieval cristã praticamente desapareceu, enquant... - Veja mais em
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/escolastica-a-filosofia-durante-a-
idade-Filósofo, escritor, cientista e político, esta última foi a principal ocupação
de Francis Bacon, um dos mais importantes pensadores da Modernidade. Bacon é o
responsável por um método que inaugura o modo moderno de fazer-se ciência:
o método baseado no conhecimento indutivo, que visa a uniformizar os processos
de pesquisa científicos para tornar a ciência uma fonte de conhecimento seguro. Bacon
influenciou cientistas e filósofos de sua época e deixou as bases para a formulação de
uma filosofia empirista que permanece atual..htm?cmpid=copiaecola

Bacon era um empirista, ou seja, defendia que o conhecimento advinha, em primeiro


plano, da experiência prática. No período em que estudou no Trinity College, ele se
aprofundou na filosofia escolástica tomista aristotélica, o que o fez perceber o
problema do método na filosofia do grande pensador grego Aristóteles.

O acerto de Aristóteles estava em reconhecer na vivência prática e empírica a fonte


primeira do conhecimento. Seu erro, na visão de Bacon, estava no método: o
método aristotélico era suficiente apenas para a compreensão lógica da linguagem e
para as disputatios medievais, mas não para trazer à tona um novo conhecimento
que agregasse algo novo com a segurança de que a ciência necessita.
Podemos dizer que Bacon é o grande fundador do empirismo na Modernidade.
Além de um grande empirista, ele fundamentou as principais bases da ciência
moderna com a proposição de um método científico capaz de suportar teoricamente
o conhecimento que se pretende científico e universal.
O método empirista de Bacon é diferente dos demais métodos empiristas surgidos
depois dele, pois está baseado na crítica do que o filósofo chamou de ídolos. Os
ídolos são elementos da vivência cotidiana empírica que atrapalham a aquisição de
conhecimento verdadeiro. Para saber mais sobre essa corrente filosófica,
leia: Empirismo.
TA teoria filosófica empirista de Francis Bacon está assentada no que o pensador
chamou de crítica dos ídolos, ou teoria dos ídolos. Antes de falarmos da teoria dos
ídolos, é necessário entender como Bacon via a distinção entre os tipos de
conhecimento científico e filosófico. Para o pensador, as ciências poderiam ser:
 da poesia e da imaginação
 da história e da memória
 da filosofia ou do estudo da razão
A filosofia poderia ser, por sua vez, uma filosofia da natureza (caso tratasse de
temas como as ciências, a lógica e a metafísica) ou antropológica (caso tratasse de
temas relacionados àquilo que apenas o ser humano faz em seu
convívio: política e ética).

teoria de Bacon Teoria dos ídolos

A ciência e o conhecimento científico, para Bacon, são ferramentas de que o ser


humano dispõe para dominar a natureza, por isso, elas devem dar ao ser humano a
posição de domínio. Nesse sentido, a ciência antiga embasada nas teorias
aristotélicas deve ser substituída por algo que garanta tal domínio humano. Para
isso, é necessário reconhecer-se aquilo que se coloca como um entrave: os ídolos.
São quatro os ídolos que nos impedem de chegar a um conhecimento verdadeiro e
seguro. São eles:
 Ídolos da tribo: são ídolos naturais da “tribo” humana, pois estão em nossa
natureza. Eles dizem respeito à procura de ordens fenomênicas que nos colocam
falsas relações de causalidade. Se o Sol aparece todas as manhãs desde que eu
nasci, eu digo que o Sol sempre nascerá.
 Ídolos da caverna: são ainda mais naturais, mas não estão relacionados à
humanidade em geral e sim ao indivíduo. São ídolos que nos impedem de
perceber a realidade por conta de nossa própria individualidade e do
aprisionamento que os sentidos podem provocar-nos devido à influência dos
costumes em nosso corpo. Há aqui uma referência a Platão em sua alegoria da
caverna.
 Ídolos do fórum: são ídolos que atrapalham o conhecimento verdadeiro por
meio da vida pública. Na vida pública, há o predomínio da linguagem que
amarra qualquer possibilidade de investigação do espírito, mantendo ele
preso às regras do jogo público.
 Ídolos do teatro: referem-se ao grande teatro humano das tradições, dos
costumes, do respeito à autoridade etc. Ele coloca a autoridade como alguém
que necessariamente possui um conhecimento verdadeiro, o que não se
sustenta.

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