Autismo Respeito Com Todo Espectro

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 10

AUTISMO

Respeito c o m t o d o E s p e c t r o!
PREFEITURA MUNICIPAL DE CARAGUATATUBA
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
SETOR DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
ÁREA DE TERAPIA OCUPACIONAL
2021
TR AN ST O RN O A
DO ES PE C TR O AU TI ST
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente conhecido como
Autismo, faz parte de um grande grupo de alterações globais do
desenvolvimento denominado Transtornos do Neurodesenvolvimento, cujas
características estão presentes desde o início da infância e que acompanham
a pessoa durante todas as etapas da vida, podendo limitar ou prejudicar a
participação em algumas atividades do dia a dia. Estes aspectos variam muito
dependendo da gravidade, comorbidades, do nível de desenvolvimento, da
idade e do acompanhamento que recebe.

2 DE AB RILL-DA
DI A MU ND IA
C ON S C IEN TIZ A Ç ÃO DO
AU TIS MO
O Dia Mundial de Conscientização do
Autismo foi criado pela Organização das
Nações Unidas (ONU), em 18 de Dezembro de
2007, com o intuito de alertar as sociedades
e governantes sobre transtorno do
neurodesenvolvimento, ajudando a derrubar
preconceitos e esclarecer a todos.
Já no dia 18 de Junho comemora-se o Dia
Mundial do Orgulho Autista!

O termo "Espectro" é utilizado para definir a


grande variedade de habilidades e dificuldades
que ocorrem entre as pessoas com Autismo:
existem vários níveis de comprometimento — desde
pessoas com outras condições coexistentes, como
deficiência intelectual e precisam de muito apoio
em seu dia a dia, até pessoas com "bom
funcionamento" e independentes nas atividades.
As causas do TEA não são
totalmente conhecidas e

C AU SA S, SI N AI S E
ainda continuam sendo
investigadas. Acredita-se
que não haja uma causa
ÚNICA. Cientistas tentam
C AR A C TE R Í ST I C AS
identificar genes e mutações
genéticas que podem
acontecer durante o
desenvolvimento do bebê ou Outra parte seria melhor explicada
mesmo, fatores hereditários, por fatores do ambiente que
que são passados de pais impactam o feto, como estresse,
para filhos. Porém, temos infecções, exposição a substâncias
evidências científicas que tóxicas, complicações durante a
essas causas hereditárias gravidez e desequilíbrios
explicariam apenas parte do metabólicos.
risco de apresentar Autismo.

Alguns sinais do TEA


As áreas principais para se
podem ser identificados identificar o Autismo, se
em bebês de poucos dividem em:
meses, outros a partir do 1. Comunicação e Interação
primeiro ano até 3 anos! Social
2. Déficits de
Comportamentos fixos e
repetitivos

Os aspectos causam
prejuízos significativos
nas áreas sociais,
ocupacionais, em
diferentes contextos que
a pessoa está presente
(escola, família, trabalho,
lazer, etc...)
E esses distúrbios não são
melhores explicados por
outros diagnósticos
PR EJ U Í ZO NA DE
PR ES EN Ç AEN TO S
C OM UN I C A Ç ÃO EL C OM PO RT AM TIT
IN TE R Ç ÃO SO C IA RE ST RIT OS E RE PE IVO S
Alguns falam, outros não Podem apresentar dificuldade
falam, ou falam pouco ou frente às mudanças,
demoram para começar a principalmente na rotina
falar; diária; é possível apresentar
Quando falam, o repertório determinados "rituais" (seguir
pode ser restrito ou terem uma sequência exata para
dificuldade para articular realizar um atividade, por
algumas palavras; exemplo);
Às vezes não atendem Presença de alguns
quando chamados pelo nome movimentos "fora do comum",
ou têm dificuldade de usar o tais como, balançar do corpo,
pronome "EU" para referir chacoalhar as mãos, girar em
sobre si mesmo; torno de si mesmo, dar uns
Pode haver repetição de pulinhos, entre outros;
frases ou palavras (Ecolalia)
Insistência na "mesmice" e
ou uso de "jargões",
interesses fixos, em alguns
repetição de falas do
personagem favorito do assuntos, objetos; podendo
desenho, por exemplo; apresentar forte apego em
Dificuldade em iniciar e determinados brinquedos,
manter uma conversa; partes dos brinquedos ou
dificuldade em expressar-se; outros objetos.
Não imitam e tem O brincar pode estar
dificuldades de entender prejudicado: utilizam os
gestos e expressões faciais brinquedos de formas
de outras pessoas; incomuns, preferência por
Dificuldade em iniciar alinhá-los, separá-los por
brincadeiras, mostrar alguma característica em
interesse pelo outro; comum, por exemplo, por cor.
Podem evitar o contato com Dificuldade em brincar de
o corpo e contato visual; faz-de conta!
Podem não compreender
"figuras de linguagem",
ditados populares, piadas ou
sarcasmo, interpretando ao
pé da letra.
Segundo a ONU, a
estimativa global é que
1% da população
apresente TEA. Sendo a
prevalência maior em
meninos e entre irmãos

A inteligência de algumas
crianças e jovens com autismo
podem ser MÉDIA ou ACIMA DA
MÉDIA, nesses casos, precisam de
nenhum ou pouco apoio para
funcionar de forma
independente, enquanto outras
crianças ou jovens podem ter
Deficiência Intelectual grave,
precisando de um suporte maior.

Alterações sensoriais são muito


comuns. estes envolvem os sentidos e
sensações, como o tato, olfato,
paladar, visão, audição. São exemplos:
indiferença à dor, fascinação por luzes
e movimentos "repetitivos" dos
objetos, aparente "medo" ou
resistência a sons, diferentes texturas
como molhado, "melequento"; hábito
de cheirar, lamber e/ou tocar objetos
e superfícies excessivamente, entre
outros.

Não é raro, que


crianças com TEA
apresentem
SELETIVIDADE
ALIMENTAR, que inclui:
recusa de alguns
alimentos, preferências
por determinados
alimentos
exclusivamente ou até,
comer apenas um tipo
de alimento ou grupos
de alimento,
"escolhendo-os" pela
cor, textura,
temperatura, cheiro,
entre outros.
DI AG N Ó ST I C O
E TR AT AM EN TO

Para o diagnóstico de TEA, o ideal seria uma


avaliação MULTIPROFISSIONAL, com um equipe
composta por médico (Neurologista, Psiquiatra,
Pediatra), psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta
ocupacional, fisioterapeuta, entre outros;
utilizando instrumentos padronizados de
avaliação e rastreio dos sinais e sintomas.
Atualmente, não existem exames específicos
(imagens, de sangue, entre outros) para fechar o
diagnóstico. Este é feito a partir da observação
de comportamentos, da comunicação, habilidades
e prejuízos no desenvolvimento e participação
nas atividades do dia a dia.
Pesquisas indicam que quanto antes estes sinais e
sintomas forem detectados, maiores são as
chances de diminuir as dificuldades e garantir um
bom desenvolvimento, principalmente, quando
acompanhados de intervenção com uma equipe
multiprofissional, de acordo com a necessidade
de cada um!

Cada indivíduo é único e tem suas


limitações e potencialidades, por isso,
as intervenções devem ser
individualizadas. O Autismo não é
doença, portanto, não há cura! As
terapias auxiliam no desenvolvimento,
minimizam prejuízos e atendem as
condições coexistentes.
Independentemente da intervenção, o
objetivo deve ser mesmo: promover o
desenvolvimento global de forma
adequada e assim aumentar a qualidade
de vida e independência da pessoa.
DI AG N Ó ST I C O
E TR AT AM EN TO

PR ÁT I C A BA SE AD A EM
EV ID Ê N C IA S
"As práticas baseadas em evidências podem ser definidas como procedimentos de
instrução ou intervenções que os pesquisadores mostraram ser seguras e eficazes
por meio de pesquisas científicas".

As diferentes abordagens terapêuticas ou


"maneiras" de se atender, tendem a
melhorar as habilidades sociais e de
comunicação da pessoa com Transtorno do
Integração Sensorial: Espectro do Autismo (TEA), através de
busca "adequar" a
ações e orientações, que seguem um
capacidade da pessoa em
integrar informações de "protocolo" ou padrão, e que ajudam no
todos os sentidos, vindas manejo dos comportamentos, estimulam
corpo e do ambiente e suas inteligência e atividades motoras, além de
respostas frente a estes contribuir com a preparação para a vida
estímulos escolar, profissional e independência nas
atividades diárias, de lazer, entre outros.
Como exemplo:
Comunicação Alternativa
/ Aumentativa: utiliza
e/ou ensina o uso de um Terapia de Intervenção
sistema de comunicação Comportamental: a mais
Intervenção mediada por utilizada é a Análise do
que não a fala (vocal), ou música: utiliza canções, Comportamento Aplicada
seja, não verbal que pode entonação melódica e/ou (ABA)que está centrada na
ter ajuda de figuras, ritmo para apoiar a análise, explicação a
dispositivos eletrônicos aprendizagem ou o associação entre ambiente,
ou sem ajuda, como desempenho de comportamento humano e a
habilidades/ aprendizagem. Uma vez que
gestos o comportamento é
comportamentos. Ex: a
analisado, um plano de ação
Musicoterapia pode ser elaborado para
modificar aquele
comportamento.

Existem inúmeras outras abordagens que também são eficazes no tratamento da


pessoa com TEA, mas ainda são necessárias mais pesquisas e estudos científicos
que comprovem todos seus benefícios. Vamos incentivar a pesquisa!
O PA PE L DA TE RA PI A
O C UP A C IO N AL
A Terapia Ocupacional ou T.O. é uma ciência que estuda as ocupações humanas e
as utiliza como meio e fim para desenvolver, aprimorar habilidades e funções dos
indivíduos, com objetivo de proporcionar a maior independência e autonomia nas
atividades do dia a dia, como comer, dormir, brincar, manejar seu próprio dinheiro,
usar o banheiro, estudar, entre outros.

Os Terapeutas Ocupacionais atuam com


bebês, crianças, adolescentes, adultos e
idosos, nos contextos da Saúde,
Os OBJETIVOS da T.O. para Educação e Social.
pessoas com TEA Fazem uso de atividades, recursos
1. Proporcionar maior autonomia terapêuticos, abordagens específicas,
e independência em atividades técnicas, adaptações, entre outros, para
significativas, dentro das
áreas de desempenho: atingir os objetivos que tenham sentido
atividades de vida diárias, para quem é atendido, sua família, a
atividades instrumentais da comunidade onde convive.
vida diária, lazer, sono e
descanso, educação, trabalho,
brincar lazer e participação
social.
2. Auxiliar na compreensão de
regras e papéis sociais,
incentivando a participação e
interação social;
3. Estimular a organização
sensorial (integrando
estímulos e respostas frente
aos sentidos: visão, tato, etc);
4. Atuar junto ao indivíduo,
família, comunidade escolar
para inclusão escolar com
qualidade;
5. Intervir no desenvolvimento
motor, cognitivo, emocional, o
mais precocemente possível,
salientando habilidades e
potencialidades presentes e
atuando sobre os prejuízos.
Compreender e respeitar as singularidades de cada pessoa é
necessário a todos e quando nos adentramos no Espectro
Autista isso se torna fundamental.
Antes do espectro há um ser humano único, com o espectro,
esta individualidade se torna ainda mais visível!
Por isso precisamos entender as diferenças para não
repetirmos padrões estigmatizantes! Precisamos parar de
reproduzir falas que ferem a unicidade, tais como, "Nossa,
mas ela é autista e fala?" ou "Ele nem parece autista!" ou até
mesmo "Autista e é carinhoso desse jeito?". Precisamos de

Respeito com todo Espectro!


Respeitar o espectro é considerar a
Neurodiversidade, compreendendo que existem
variações naturais no cérebro humano de cada
indivíduo em relação à sociabilidade, aprendizagem,
atenção, humor e outras funções cognitivas.
Por meio do diálogo, trocas de experiências, escuta
Simbolo da Neurodiversidade, que
e acolhimento, disponibilidade, busca por representa a diversidade, com
conhecimento, vamos nos tornando uma sociedade variações infintas e infinitas
possibilidades
mais inclusiva!

“O conhecimento é poder. Utilize parte do seu tempo para


educar alguém sobre o autismo. Não necessitamos de
defensores. Necessitamos de educadores.”
Asperger Women Association
RE FE R Ê N C IA S
1. AOTA, Estrutura da prática de Terapia Ocupacional: Domnínios e Processos. 3ªEd. Traduzida
para o português por Alessandra Cavalcanti (UFTM), Fabiana Caetano Martins Silva e Dutra
(UFTM) e Valéria Meirelles Carril Elui (FMRP-USP);autorizada para publicação em português,
acesso aberto na Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo. 2015;26(ed.
especial).
2. APA, Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2014.
3. AUTISMO E REALIDADE. O que é Autismo? Disponível em: https://autismoerealidade.org.br/o-
que-e-o-autismo/ 2021.
4. BORBA, M. M. C.; BARROS, R. S. Ele é autista: como posso ajudar na intervenção? Um guia para
profissionais e pais com crianças sob intervenção analítico-comportamental ao autismo.
Cartilha da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental (ABPMC), 2018.
5. LEAR, K. Ajude-nos a aprender: um programa de treinamento em ABA. Toronto, Ontario –
Canada, 2a edição, 2004. Traduzido por Windholz e colaboradores, s/d.
6. MADASHI, V. Atualização Diagnóstica em TEA. Inclusão Eficiente, 2020.
7. MAGHRY, V. Adaptações curriculares e Inclusão Escolar em TEA. Inclusão Eficiente, 2020.
8. REVISTA AUTISMO, Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Disponível em:
https://www.revistaautismo.com.br/diamundial/ 2021
9. STEINBRENNER, J. R. et al. (2020). Evidence-based practices for children, youth, and young
adults with Autism. The University of North Carolina at Chapel Hill, Frank Porter Graham Child
Development Institute, National Clearinghouse on Autism Evidence and Practice Review Team.

SE TO R DE ED U C A Ç ÃO
IN C LU SIV A
Daniella Pereira Lellis– Diretora
MariaTereza D. S. A. de Araújo - Supervisora dos CRIES
Márcia Cristina de Souza – Coordenadora AEE

EL AB OR A Ç ÃO
Aline Silva– Terapeuta Ocupacional CREFITO-3 13884-TO
Andrezza Monteiro - Terapeuta Ocupacional CREFITO-3 6879-TO
Evellyn Bentes - Terapeuta Ocupacional CREFITO-3 16350-TO
Mariah Bricks - Terapeuta Ocupacional CREFITO-3 16134-TO
Patrícia Alves - Terapeuta Ocupacional CREFITO-3 12450-TO
Tamara da Costa e Siva - Terapeuta Ocupacional CREFITO-3 7792-TO

ED I Ç ÃO
E AR TE
Evellyn Bentes - Terapeuta Ocupacional CREFITO-3 16350-TO
Mariah Bricks - Terapeuta Ocupacional CREFITO-3 16134-TO

www.canva.com

Você também pode gostar