Ensinamento Acomp. de Soldagem

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

1. INTRODUÇÃO

Na prova prática de acompanhamento de soldagem, o aluno deve executar a


inspeção antes, durante e após a execução da soldagem em 3 etapas, as quais serão
descritas de forma detalhada.

1ª PARTE – Duração: 60 minutos

INSPEÇÃO PRÉVIA
O aluno deve:
a) Verificar as condições ambientais, as condições de segurança e higiene, os
equipamentos de soldagem, os instrumentos de medição e os consumíveis a serem
utilizados pelo soldador;
Os parâmetros citados acima são abordados em vários itens do procedimento de
acompanhamento de soldagem o qual será entregue ao aluno. Devem-se verificar as
informações contidas nestes, e analisar no ambiente de soldagem se há conformidade ou
não dos mesmos.
Quando itens não satisfatórios forem identificados no ambiente de soldagem, deve-se
anotar o número dos mesmos e relatar o parâmetro que está não conforme no relatório de
não conformidades.

b) Verificar se a junta a ser soldada está em acordo com a posição de soldagem


especificada na IEIS (Instrução de execução e inspeção de soldagem).
O aluno deve utilizar o clinômetro para determinar a posição de soldagem da junta em
questão, a qual pode ser uma chapa, uma junta de ângulo ou um tubo.

Figura 1 -Tubo, junta em ângulo e chapa

• Determinação da posição de Soldagem em uma chapa

Para se determinar a posição de soldagem em uma chapa deve-se verificar o


ângulo de inclinação e de rotação da mesma. Ao posicionar o clinômetro, aparelho
utilizado para medir ângulos, paralelamente ao eixo da junta determina-se o ângulo de
inclinação. Para determinar o ângulo de rotação deve-se posicionar o clinômetro
perpendicularmente ao eixo da junta. Ver figuras 2 e 3.

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Notas:
1 – O plano de referência horizontal é sempre considerado com a face da solda
voltada para baixo.
2 – A inclinação do eixo da solda é medida partindo do plano de referência horizontal
em direção ao plano de referência vertical.
3 – O ângulo de rotação da face da solda é determinado pela linha perpendicular à
face da solda em seu centro o qual passa através do eixo da solda. Olhando para o
ponto P, o ângulo de rotação da face da solda é medido no sentido horário a partir
do ponto de referência (0º).

Tabela para posições de soldas em chanfro


Posição Diagrama de referência Inclinação Rotação
Plana A 0º - 15º 150º - 210º
Horizontal B 0º - 15º 80º - 150º
210º - 280º
Sobre-cabeça C 0º - 80º 0º - 80º
280º - 360º
Vertical D 15º - 80º 80º - 280º
E 80º - 90º 0º - 360º

Ponto P

Ponto de referência ( 0°)

Plano de referência Horizontal Plano de referência Vertical

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Ângulos de rotação básicos: 180°

90° 270°

Sentido de rotação - horário 0° ou 360°

Ângulo de inclinação 36º

Figura 2 – Medição do ângulo de inclinação na chapa

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Ângulo de rotação 107º

Figura 3 – Medição do ângulo de rotação na chapa

• Determinação da posição de soldagem em uma junta de ângulo

Para se determinar a posição de soldagem em uma junta de ângulo deve-se


verificar o ângulo de inclinação e de rotação desta junta. Para determinar o ângulo de
inclinação deve-se posicionar o clinômetro paralelamente ao eixo da junta e para
determinar o ângulo de rotação deve-se posicionar o clinômetro perpendicularmente
ao eixo da junta. Ver figuras 4 e 6.

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Notas:
1 – O plano de referência horizontal é sempre considerado com a face da solda
voltada para baixo.
2 – A inclinação do eixo da solda é medida partindo do plano de referência horizontal
em direção ao plano de referência vertical.
3 – O ângulo de rotação da face da solda é determinado pela linha perpendicular à
face da solda em seu centro o qual passa através do eixo da solda. Olhando para o
ponto P, o ângulo de rotação da face da solda é medido no sentido horário a partir
do ponto de referência (0º).

Tabela para posições de soldas em ângulo


Posição Diagrama de referência Inclinação Rotação
Plana A 0º - 15º 150º - 210º
Horizontal B 0º - 15º 125º - 150º
210º - 235º
Sobre-cabeça C 0º - 80º 0º - 125º
235º - 360º
D 15º - 80º 125º - 235º
Vertical
E 80º - 90º 0º - 360º

Ponto P

Ponto de referência ( 0°)

Plano de referência Vertical


Plano de referência Horizontal

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Ângulos de rotação básicos:


180°

270°
90°

0° ou 360°

Sentido de rotação - horário

Ângulo de inclinação 40º

Figura 4 – Medição do ângulo de inclinação na junta em ângulo

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Para encontrar o ângulo de rotação na junta em ângulo, pode-se medir distâncias


iguais a partir de um ponto central, marcado com giz, e posicionar o clinômetro
tangenciando as marcações feitas no metal de base, conforme mostrado nas figuras 5 e 6.

30 mm

Ponto central
30 mm

Figura 5 – Marcação das distâncias

Ângulo de rotação 157º

Figura 6 – Medição do ângulo de rotação na junta em ângulo

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

• Determinação da posição de soldagem em um tubo

Para se determinar a posição de soldagem em um tubo deve-se verificar apenas


o ângulo de inclinação do mesmo. Para determinar o ângulo de inclinação deve-se
posicionar o clinômetro perpendicularmente ao eixo da junta. Deve-se verificar a
posição ou as posições de soldagem compreendidas dentro da área de interesse
determinada pelo examinador.

1° Passo – Identificar a geratriz superior do tubo utilizando o clinômetro e marcar o


ponto com um giz, conforme mostrado na figura 7.

Ponteiro do clinômetro no zero

Ponto de tangência entre o clinômetro


e o tubo - Geratriz superior.

Figura 7 – Geratriz superior do tubo

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

2° Passo – Verificar a distância em milímetros (mm) do ponto zero (geratriz


superior), até o ponto inicial (PI) e ponto final (PF) da área de interesse, conforme
mostrado nas figuras 8 e 9.

Área de interesse

Figura 8 – Área de interesse em um tubo

Geratriz superior

Ponto de início da área de


interesse a partir da
geratriz superior 50 mm Ponto final da área de
interesse a partir da
geratriz superior 160 mm

Figura 9 – Medição do ponto de início e fim da área de interesse

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

3° Passo – Verificar o ângulo de inclinação posicionando o clinômetro


perpendicularmente ao eixo da junta, conforme mostra a figura 10.

Ângulo de inclinação 40º

Figura 10 – Medição do ângulo de inclinação

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Com o valor do ângulo de inclinação encontrado (ex.: 40°), verifica-se quais


são as posições de soldagem encontradas em um tubo de acordo com a legenda.
Ver figura 11. Se o tubo fosse soldado por completo na prova de Acompanhamento
de soldagem, as posições em um tubo com ângulo de inclinação de 40º seriam:
Posição horizontal, vertical e sobre-cabeça.
Deve-se medir os comprimentos em milímetros (mm) de cada posição de
soldagem, na vista lateral, e transpassá-las para a circunferência. Em seguida
deve-se traçar uma reta a partir do centro da circunferência até tangenciar o limite
final de cada posição de soldagem, conforme mostrado na figura 11.

Limite final da posição horizontal


Posições para soldas em
em um tubo a 40° de inclinação
chanfro circunferencial,
indicadas por áreas
sombreadas para tubo, cuja
inclinação varia de 0º a 90º.

Comprimento de cada
posição de soldagem, na
vista lateral, em um tubo a
40° de inclinação.

Limite final da posição vertical


em um tubo a 40° de inclinação

Legenda

Figura 11 – Determinação da posição de soldagem em um tubo

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

A partir das retas traçadas determina-se o ângulo no limite final de cada posição de
soldagem em um tubo a 40º de inclinação, utilizando o transferidor de ângulo conforme
mostrado na figura 12.
Régua posicionada
paralelamente à reta traçada no
final da posição horizontal em
um tubo a 40º de inclinação.

21º

Régua posicionada
paralelamente à reta traçada
no final da posição vertical em
um tubo a 40º de inclinação.

101º

Figura 12 – Medição dos ângulos no final de cada posição de soldagem

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Após isso deve-se encontrar uma correlação entre o comprimento de extensão soldada
no tubo a cada 1º ou encontrar diretamente uma correlação entre o comprimento de
extensão soldada e o ângulo no limite final de cada posição. Mede-se então o diâmetro
externo (Øext) do tubo, conforme figura 13, para determinar o comprimento da
circunferência (perímetro P) com o intuito de encontrar a correlação citada acima.

Øext. = 168 mm

Figura – 13 Medição do diâmetro externo do tubo

Fórmula para encontrar o comprimento da junta Perímetro (P)

P = Øext x π
π (Pi) tem um valor constante 3,14.

Exemplo prático:

Diâmetro externo encontrado 168 mm

P = 168 x 3,14 P = 527,52 mm

Faz-se uma regra de três simples para encontrar a correlação entre o comprimento de
extensão soldada a cada 1º.

360° ---------------- 527,52 mm


1° ------------------- X

X = 527,52 x 1° X = 1,46 mm 1° = 1,46 mm


360°

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Com os valores dos ângulos e da correlação acima encontrada 1,46 mm/º pode-se
determinar a extensão soldada das posições existentes em um tubo a 40° de inclinação .
Deve-se medir estas extensões a partir da geratriz superior em direção ao lado em que
está identificada a área de interesse.

Limite final da posição Horizontal 21° x 1,46 mm/º = 31 mm

Limite final da posição Vertical 101° x 1,46 mm/º = 147 mm

Ao verificar o comprimento do início e fim da área de interesse, também a partir da


geratriz superior do tubo, consegue-se determinar a posição ou as posições de soldagem
compreendidas na área de interesse onde ocorrerá a soldagem. Conforme mostrado na
figura 9, o início e final da área de interesse, respectivamente, têm uma extensão de 50
mm e 160 mm a partir da geratriz superior do tubo.
Ponto final da posição
horizontal e/ou ponto inicial
0° da posição vertical.

Geratriz superior 21° 31 mm

50 mm

Área de interesse

101° 147 mm
160 mm

Ponto final da posição


vertical e/ou ponto inicial
da posição sobre-cabeça.

A posição horizontal termina em 31 mm. No mesmo ponto inicia-se a posição


vertical, a qual se extende até 147 mm, ponto este onde se inicia a posição sobre-cabeça.
Como a área de interesse está compreendida a partir de 50 mm até 160 mm, pode-se
concluir que as posições de soldagem dentro da área de interesse são Vertical e Sobre-
cabeça.

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

c) Executar a inspeção visual e dimensional da junta a ser soldada e fazer um croqui da


mesma, “croqui da junta e do chanfro” assinalando as dimensões encontradas;

O aluno deve verificar se há defeitos no ponteamento da junta, se a mesma encontra-


se isenta de óleo, graxa, óxido, tinta e resíduo do exame por líquido penetrante e se o
ângulo do chanfro, abertura de raiz, espessura do metal de base e face da raiz estão de
acordo com as dimensões especificadas na IEIS.
Na inspeção dimensional da junta preparada para soldagem deve-se observar dentro
da área de interesse, a conformidade da preparação do bisel e montagem da junta quanto
a: ângulo do chanfro (soma-se a medidas dos ângulos do bisel nos dois componentes da
junta) conforme figura 14, abertura de raiz – ver figura 15, face de raiz e espessura do
metal de base conforme mostrado na figura 16.

32,5º

30º

Figura 14 – Medição dos ângulos do bisel

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

2 mm

Figura 15 – Medição da abertura de raiz

9,5 mm

Figura 16 – Medição da espessura do metal de base

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Os valores encontrados nas medições e a posição de soldagem devem ser


registrados, conforme mostrado na figura 17.

62,5º

9,5 9,5
2
2
Vertical e Sobre-cabeça

Figura 17 – Registro da posição de soldagem e das medidas encontradas no dimensional


da junta

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

d) Instalar o alicate amperímetro e o voltímetro para posterior verificação de intensidade


de corrente elétrica e tensão;

O amperímetro deve ser conectado ao cabo em que está fixado o porta eletrodo, para
que seja feita a medição da intensidade de corrente elétrica. A unidade de medida é o
AMPERE (A).
O voltímetro deve ser instalado, fixando a ponteira do fio preto do aparelho no cabo
conectado ao negativo da máquina de solda, e a ponteira do fio vermelho no cabo
conectado ao positivo da máquina de solda, para medir a tensão. A unidade de medida é
o VOLT (V).
Cabo a ser conectado Fonte
o amperímetro

Eletrodo

Figura 18 – Polaridade direta (negativa)


Fonte

Eletrodo

Cabo a ser conectado


o amperímetro
A

Figura 19 – Polaridade inversa (positiva)

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Se o cabo em que se encontra fixado o porta eletrodo, for conectado no pólo


negativo da máquina, então a polaridade é direta (negativa). Se estiver conectado no pólo
positivo da máquina, então a polaridade é inversa (positiva).

Pólo negativo
da máquina
Pólo positivo
da máquina

Voltímetro

Ponteira do fio preto fixado no


cabo conectado ao negativo
da máquina de solda.

Ponteira do fio vermelho fixado


no cabo conectado ao positivo
da máquina de solda. Amperímetro

Figura 20 – Instalação do voltímetro e amperímetro

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

e) Selecionar os lápis térmicos.

O aluno deve separar os lápis térmicos corretos, de acordo com as temperaturas de


pré-aquecimento (temperatura mínima) e de interpasse (temperatura máxima),
especificadas na IEIS. Caso não tenha exatamente os lápis com as temperaturas
informadas na IEIS, deve-se separar um lápis de pré-aquecimento com uma temperatura
imediatamente acima da temperatura mínima e um lápis de interpasse com uma
temperatura imediatamente abaixo da temperatura máxima.

Resumo:
Temperatura de Pré-aquecimento ≥ Temperatura indicada na IEIS
Temperatura de Inter-passe ≤ Temperatura indicada na IEIS

Nota: Quando a temperatura indicada nos lápis térmicos escolhidos,


não for a mesma solicitada na IEIS, deve-se considerar o valor
indicado nos lápis para análise da soldagem.

O lápis térmico deve ser utilizado antes do soldador iniciar cada passe de solda. Deve-
se passar no metal de base dos componentes da junta, respeitando a distância mínima
solicitada no procedimento de acompanhamento de soldagem, e em toda a extensão da
área de interesse delimitada pelo examinador. Não há necessidade de se fazer um risco
contínuo, podem ser riscos intermitentes.
Antes da execução do passe de raiz, passa-se o lápis de pré-aquecimento. Em todos
os demais passes deve-se passar primeiro o lápis de interpasse. Caso a temperatura seja
inferior à temperatura de interpasse deve-se passar o lápis de pré-aquecimento nos
demais passes também, para verificar se a temperatura da junta encontra-se dentro da
faixa de temperatura de pré-aquecimento e interpasse.

Nota: Se, ao passar o lápis de interpasse e este não fundir, deve-se


passar o lápis de pré-aquecimento para se certificar de que a
temperatura da junta está acima da mínima.
Se, ao passar o lápis de interpasse e este fundir, nota-se que
a temperatura da peça está acima ou igual à temperatura máxima.

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Exemplo: Na IEIS (Instrução de Execução e Inspeção de Soldagem) informa que as


temperaturas de pré-aquecimento e de interpasse são respectivamente de 100°C e 270°C.
Os lápis disponíveis na obra para análise da soldagem são: 48°C, 57°C, 67°C, 104°C,
120°C,145°C, 150°C, 165°C, 182°C, 250°C e 274°C. Qu ais os lápis térmicos corretos a
serem escolhidos?
R.: Como não tem à disposição os lápis com as temperaturas especificadas na IEIS, deve-
se então escolher:
Lápis de pré-aquecimento 104°C.
Lápis de interpasse 250°C

Temp. de Pré-aquecimento (mínima) Temp. de Interpasse (máxima)

100°C 270°C

104°C 250°C

Temp. imediatamente Temp. imediatamente


acima da mínima abaixo da máxima

Figura 21 – Utilização do lápis térmico

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

2ª PARTE – Duração: Realizada enquanto durar a soldagem.


ACOMPANHAMENTO DA SOLDAGEM
Durante a execução da soldagem é necessário medir e anotar os parâmetros de
soldagem, para verificar se a técnica e demais requisitos do procedimento e da IEIS estão
sendo seguidos.
Ao terminar o tempo de 60 minutos da primeira parte, o examinador e o soldador
chegam ao ambiente de soldagem. O aluno deve então verificar se o soldador possui
identificação visível (n° do sinete ou nome complet o), caso não esteja aparente deve-se
questionar sobre a identificação ou nome do profissional em questão. Verifica-se também
se o mesmo está com o equipamento de proteção individual (EPI) completo, em caso de
negativa deve-se anotar uma não-conformidade relatando o n° do item do procedimento e
a justificativa da não-conformidade.
A numeração da lente filtrante também deve ser verificada e comparada com o
especificado no item do procedimento de soldagem. Justificar em caso de não-
conformidade.

N° da lente 10

Figura 22 – Numeração da lente filtrante na máscara do soldador

Antes de executar a soldagem no passe de raiz, deve-se observar se o soldador vai


fazer limpeza inicial na junta, e anotar no relatório de acompanhamento de soldagem o tipo
de limpeza realizada ou se não houve limpeza inicial.

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

A cada passe a ser realizado, o aluno deve anotar os parâmetros de soldagem


analisados.

62,5º

9,5 9,5
2
2

Vertical e Sobre-cabeça

Parâmetros de soldagem a serem verificados


antes, durante e após a soldagem.

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Deve-se medir o diâmetro (Ø) da alma do eletrodo e verificar a classificação e marca


comercial do mesmo.

Figura 23 – Medição da alma do eletrodo

Classificação E 7018

Figura 24 – Classificação do eletrodo

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

O tipo de corrente e a polaridade devem ser anotados. Corrente contínua (CC) ou


corrente alternada (CA), e polaridade inversa (positiva) ou polaridade direta (negativa).
Após a verificação do tipo de corrente e polaridade, deve-se passar o lápis de pré-
aquecimento (temperatura mínima) antes de ser executado o passe de raiz e anotar se a
temperatura no momento encontra-se menor (<) ou maior/igual (≥) à temperatura indicada
no lápis de pré-aquecimento.
Antes de liberar o soldador para soldar deve-se zerar o amperímetro. Quando o
soldador abrir o arco elétrico deve-se anotar as variações da amperagem e voltagem.
A intensidade de corrente elétrica (A) e a tensão (V) tem que ser anotados durante a
execução da soldagem. A amperagem e a voltagem oscilam durante a soldagem, deve-se
então anotar a maior e menor indicação de corrente elétrica e tensão que mais se
repetirem nos aparelhos.

Voltímetro

Botão para zerar


o amperímetro

Figura 25 – Medição da intensidade de corrente elétrica (A) e a tensão (V)

A largura do passe e a progressão de soldagem somente podem ser verificadas após


a execução de cada passe. Deve-se medir a largura do passe na parte mais larga do
cordão de solda, e confrontar com a informação inserida na IEIS se o passe de raiz e os
demais passes devem ser passe estreito (≤ 3 x Ø da alma do eletrodo) ou passe
oscilante (> 3 x Ø da alma do eletrodo). A progressão de soldagem, (ascendente ou
descendente) deve ser verificada somente quando ocorrer a soldagem na posição vertical.

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Figura 26 – Medição da largura do passe de solda

Figura 27 – Progressão Ascendente Figura 28 – Progressão Descendente

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Após verificar todos os parâmetros de soldagem no primeiro passe, analisa-se tudo


novamente nos passes seguintes. Entretanto, no momento de passar o lápis de fusão,
deve-se passar primeiro o lápis térmico de interpasse.

Nota: Recordar a explicação na 1ª Parte letra e) Selecionar os lápis térmicos.

No campo “croqui da seqüência de passes” deve-se fazer um croqui da junta


indicando os passes de solda e numerando-os, de acordo com a seqüência de deposição.
Assinale e numere, também, as camadas de solda, conforme mostrado na figura 29.

62,5º

9,5 9,5
2
32

Vertical e sobre-cabeça

1 1 E7018 OK 4804 2,5 9,0 CC+ 72/74 21/23 Ascendente < 104 -----

2 2 E7018 MGM 18 3,2 12,5 CC+ 80/86 22/26 Ascendente < 104 < 250
3 3 E7018 MGM 18 13,0 CC+ 80/85 21/25 Ascendente ----- > 250
3,2

Parâmetros de soldagem verificados.

Figura 29 – Parâmetros de soldagem anotados

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Em cada passe deve-se anotar qual o método de limpeza utilizado e as


descontinuidades detectadas, conforme mostrado na figura 30.

Não houve
Abertura de arco, deposição insuficiente,
mordedura, respingo, poros e escórias.

1° passe - escovamento
3° passe - escovamento
2° passe - escovamento

Figura 30 – Método de limpeza e descontinuidades anotadas

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

3ª PARTE
EMISSÃO DO RELATÓRIO – Duração: 30 minutos

Emitir o relatório de acompanhamento de soldagem, conforme instrução abaixo.


Circundar o valor ou item que não estiver em conformidade com os parâmetros de
soldagem informados na IEIS. Ver figura 31.
Emitir o relatório de não-conformidades com a identificação dos itens não-satisfatórios
e com a informação das justificativas dos mesmos. Ver figura 32.

O examinador informa no início da prova, com qual IEIS o candidato deve confrontar os
parâmetros anotados antes, durante e após a soldagem.

Ex: Será utilizado a IEIS da junta n° J5.

Nota: Executar a inspeção visual e dimensional da junta soldada em


conformidade com o critério de aceitação fornecido no ANEXO A.
Verificar a existência de qualificação do soldador na Relação de
Soldadores e Operadores Qualificados (ANEXO B).

Para verificar se o soldador está qualificado para soldar a junta designada, deve-se
anotar o número do sinete do mesmo e confrontar as faixas em que o soldador está
qualificado com os parâmetros a serem considerados na soldagem em questão.

Ex: Soldador Sinete 018 (Luis Carlos Silva).

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Figura 31 – Exemplo de relatório de acompanhamento de soldagem preenchido

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

RELATÓRIO DE NÃO-CONFORMIDADES
(Acompanhamento de Soldagem)
NOME: Nº REG. DATA ____/____/_____
ITEM VERIFICADO NÃO CONFORMIDADE

2.1 Biombos ou anteparos insuficientes

2.2 Presença de materiais combustíveis no ambiente de soldagem, ex: solvente

2.4 Ausência de extintor de incêndio

4.1 Junta a ser soldada encontra-se oxidada.

4.4 Comprimento do ponteamento inferior a 25 mm.


Máquina de solda com data de calibração vencida. Paquímetro e clinômetro
7.1 sem etiqueta de calibração.

3.2 EPI do soldador incompleto. Falta perneira, gorro e mangote

4.5 As dimensões da junta não atendem ao previsto na IEIS.


7.4 Cabos com o isolamento apresentando regiões desprotegidas.
8.1 Largura dos três passes superior a 3 vezes o diâmetro da alma do eletrodo
8.3 Arco elétrico aberto no metal de base
Poros, escórias e outras descontinuidades visíveis não removidas durante a
8.4
soldagem.
Limpeza inicial e entre passes (2° e 3°) em desacor do com o previsto na
9.1
IEIS.
Soldador não apto para executar a soldagem devido a posição de soldagem
3.1
e cobre-junta.

Figura 32 – Exemplo de relatório de não conformidades preenchido

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

Nº. – 001/11 REV. 0


J5 INSTRUÇÃO DE EXECUÇÃO E INSPEÇÃO DE SOLDAGEM (IEIS)
DATA: 19/03/11 FL. 01/01
SERVIÇO: VASO DE PRESSÃO DOC. REF.: ASME IX
POSIÇÃO: PLANA E VERTICAL EQUIPAMENTO: VP 5100 ISOMÉTRICO: N/A
N° RQPS: MATERIAL (1): ASTM – 266 Gr. 3 N° P: 1 Grp. 2 ESPESSURA M. BASE: DIÂMETRO:
N° EPS: 001/11
R-AC-230-003 MATERIAL (2): ASTM – 333 Gr. 6 N° P: 1 Grp. 1 MATERIAL (1) e (2) - 12,7 mm 12”
VARIÁVEIS DE SOLDAGEM
CORRENTE FAIXA DE FAIXA DE OSCILAÇÃO
PASSE LIMPEZA PROCESSO CLASSE FABRIC. PROGRESSÃO Ø (MM)
POLARIDADE AMPERAGEM VOLTAGEM MÁXIMA

RAIZ ESC SMAW E – 7018 OK 4804 ASCENDENTE 3,2 CC+ 80 - 120 18 - 25 ≤3xØ
ENCH. ESM SMAW E – 7018 OK 4804 ASCENDENTE 4,0 CC + 120 - 150 26 - 35 ≤3xØ 75°
ACAB. ESM SMAW E – 7018 OK 4804 ASCENDENTE 4,0 CC + 120 - 150 26 - 35 ≤3xØ
PÓS -
GÁS TIPO % FABRICANTE REFER. COMERCIAL VAZÃO PRÉ-AQUECIMENTO TEMP. INTERPASSE (1) ( 2)
AQUECIMENTO
TOCHA N/A N/A Air Liquide N/A N/A 100° C 270° C N/A
PURGA N/A N/A N/A N/A N/A GOIVAGEM ( ) SIM ( x ) NÃO

TRATAMENTO TÉRMICO INSPEÇÃO

TEMPERATURA DE PATAMAR N/A LOCALIZAÇÃO TIPO % TIPO % TIPO % TIPO %


TEMPO DE PATAMAR N/A CHANFRO VA 100
TAXA DE AQUECIMENTO N/A APÓS RAIZ
TAXA DE RESFRIAMENTO N/A APÓS GOIVAGEM
Tolerância
TEMPERATURA DE CONTROLE N/A APÓS CAMADA
DIFERENÇA / TERMOPARES N/A APÓS ACABAMENTO VS 100 LP 100 TH 100 Ângulo ± 2,5°
DUREZA MÁXIMA N/A APÓS TRAT. TÉRMICO
Abertura de raiz ± 0,5 mm
VS – VISUAL SOLDA LP – LÍQUIDO PENETRANTE TP – TESTE POR PONTO PM – PARTÍCULA MAGNÉTICA OBS: Face da raiz: 2 mm ± 1 mm
VA – VISUAL AJUSTE TE – T. ESTANQUEIDADE ED – DUREZA DM – DIMENSIONAL
US – ULTRA -SOM DOB – DOBRAMENTO RAD – RADIOGRAFIA INDUSTRIAL TH – TESTE HIDROSTÁTICO
Limpeza Incial: Escovamento

INSPETOR DE SOLDA N2 CONTROLE DA QUALIDADE FISCALIZAÇÃO

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

ANEXO A

CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO PARA INSPEÇÃO VISUAL DE JUNTAS SOLDADAS

Junta de Topo
Considerar inaceitável:
• Trinca;
• Falta de Fusão;
• Falta de Penetração;
• Concavidade com profundidade maior que 2 mm ou 0,2e, a que for menor (onde “e” é
a espessura nominal do metal de base);
• Deposição Insuficiente;
• Poro Isolado;
• Porosidade Agrupada;
• Mordedura na face ou na raiz com profundidade maior do que 1 mm ou 0,4e, a que for
menor (onde “e” é a espessura nominal do metal de base);
• Sobreposição;
• Abertura de Arco;
• Respingo;
• Desalinhamento superior a 2 mm;
• Embicamento ou pré-deformação superior a 5°;
• Perfuração;
• Altura do reforço da face e da penetração da raiz acima do especificado na tabela a
seguir:

Espessura nominal do metal de base Altura máxima


e ≤ 6,4mm 1,6mm
6,4mm < e ≤ 12,7mm 2,4mm
12,7mm < e ≤ 25,4mm 4,0mm
e > 25,4mm 4,8mm

Juntas de ângulo
Considerar inaceitável:

• Diferença entre pernas maior que 3,2mm;


• Dimensões de pernas abaixo do valor mínimo indicado na tabela abaixo:

Espessura nominal da alma Valor mínimo da perna


e ≤ 9,5mm 9,5mm
9,5mm < e ≤ 12,7mm 12,5mm
12,7mm < e ≤ 15,9mm 16,0mm
e > 15,9mm 22,0mm

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

ANEXO B

RELAÇÃO DE SOLDADORES E OPERADORES DE SOLDAGEM RSQ Nº 001/02


EXECUTANTE
QUALIFICADOS
DATA: 20/09/02

CORR./POL
NOME Nº P Nº F POSIÇÃO ESPES. ∅EXT. PROGRES. OBS.

COBRE-
SINETE

JUNTA
PROC.
SOLD.
(mm) (mm)

1 a 11, 34 >= Sim/


002 Antônio da Silva ER 41 a 49 1a4 todas todas 73,0 todas Ascendente Não 5
1 a 11, 34 e 1 G/ 2G < = >= CC Sim/
003 Pedro de Oliveira TIG 41 A 49 6 1F/2F 19,0 25,4 (-) N/A Não
1 a 11, 34 e > = CC
018 Luís Carlos Silva TIG 41 a 49 6 1F todas 73,0 (-) N/A Sim
1 a 11, 34 e 1G/2G/3G < = > =
018 Luís Carlos Silva ER 41 a 49 1a4 1F/2F/3F 25,4 73,0 todas Ascendente Sim
1 a 11, 34 e 1G/2G/3G < = > = CC
024 Carlos Alberto Souza MAG 41 a 49 6 1F/2F/3F 36,0 73,0 (-) Ascendente Sim 1

024 Carlos Alberto Souza AS todos todos 1G/1F/2F todas todos todas N/A N/A 4
1 a 11, 34 e 1G/2G/3G/ > = Sim/
032 Ernani dos Santos ER 41 a 49 1a4 1F/2F/3F todas 73,0 todas Ascendente Não 5
1 a 11, 34 e < = >= CC
037 Décio de Andrade TIG 41 a 49 6 todas 12,7 73,0 (-) Ascendente Sim
1 a 11, 34 e 1G/2G > = Sim/
041 Carlos de Souza ER 41 a 49 1e5 1F/2F todas 73,0 todas N/A Não 7
1 a 11, 34 e 1G/2G/3G < = > = CC Sim/
042 Júlio de Alencar TIG 41 a 49 6 1F/2F/3F 6,0 25,4 (-) Ascendente Não
1 a 11, 34 e > =
051 José Antônio Barbosa ER 41 a 49 1a3 todas todas 73,0 todas Descendente Sim
1 a 11, 34 e > =
051 José Antônio Barbosa MAG 41 a 49 6 todas todas 25,4 todas Descendente Sim 1

051 José Antônio Barbosa AS todos todos 1G/1F/2F todas todos todas N/A N/A

OBS:
1 – Tipo de Transferência - Curto-Circuito 1G/1F – Plana G – Indica junta chanfrada
2 – Tipo de Transferência – Spray 2G/2F – Horizontal F – Indica solda em ângulo
3 – Tipo de Controle – Visual Direto 3G/3F – Vertical
4 – Tipo de Controle – Visual Remoto 4G/4F – Sobrecabeça
5 – Soldagem F1, F2 e F3 somene com cobre-junta 5G/5F – Plana/Vertical/Sobrecabeça
6 – Soldagem F1 e F2 somente com cobre-junta 6G - Todas
7 – Soldagem F1 somente com cobre-junta

CÓDIGOS PARA PROCESSO DE SOLDAGEM: FABRICANTE OU MONTADOR


ER - ELETRODO REVESTIDO

TIG - ELETRODO DE TUNGSTÊNIO C/ GAS INERTE VER DESCRIÇÃO DATA POR APRO

MIG/MAG - ELETRODO NU C/ GAS INERTE OU ATIVO

AS - ARCO SUBMERSO

GAS - OXI-ACETILENICO

AT - ARAME TUBULAR

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

PROCEDIMENTO DE ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

1 – CONDIÇÕES AMBIENTAIS

1.1 - A soldagem não deve ser executada quando a superfície da peça, numa faixa de 150mm
centrada na junta a ser soldada, estiver úmida ou à temperatura menor que +5°C;

1.2 - Para temperatura da peça inferior a +5°C a so ldagem pode ser executada desde que a
região a ser soldada seja aquecida à no mínimo 50°C ;

1.3 - A umidade das peças deve ser removida por meio de secagem com chama;

1.4 - A soldagem não deve ser executada sob neve, chuva, vento forte ou poeira; proveniente
de jato abrasivo, a menos que a junta esteja protegida;

1.5 - Para todos os processos de soldagem, meios de proteção devem ser empregados para
evitar correntes de ar que possam alterar as condições de soldagem.

2 – CONDIÇÕES DE SEGURANÇA

2.1 - Em oficinas ou pipe-shop devem ser utilizados biombos ou anteparos que neutralizem a
ação da radiação infravermelha e ultravioleta, protegendo assim, as demais pessoas que
estiverem próximas à área de soldagem;

2.2 - Em locais confinados de soldagem devem ser instalados ventiladores e/ou exaustores
próximos à área de soldagem ou sobre ela direcionados;

2.3 - Junto à região de soldagem não pode ocorrer presença de materiais combustíveis tais
como: Papelão, estopa, solvente e etc.;

2.4 - Próximo ao local de soldagem, deve existir extintor de incêndio adequado aos materiais e
equipamentos utilizados nas operações de soldagem.

3 – SOLDADOR

3.1 - Os soldadores ou operadores de soldagem devem ser qualificados para as soldas de


produção, de acordo com as normas de processos aplicáveis;

3.2 - Os soldadores e operadores de soldagem devem executar operações de corte ou


soldagem devidamente munidos com equipamentos de proteção individual (EPI’s) evitando
assim lesões ou doenças ocupacionais. Devem ser utilizados todos os EPI’s (botas, luvas,
polainas, aventais, mangotes, gorros) e os mesmos devem estar em bom estado de uso;

3.3 - A lente filtrante deverá possuir identificação visível de acordo com o processo de
soldagem ou operação de soldagem ou de corte a ser realizado. E o seu n° deverá ser no
mínimo 10;

3.4 - Os cabos não deverão estar enrolados ou apoiados sobre o corpo do soldador.

124
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

4 – PREPARAÇÕES DAS JUNTAS PARA SOLDAGEM

4.1 - As juntas a serem soldadas devem estar isentas de óleo, graxa, óxido, tinta, resíduos do
exame por líquido penetrante, areia e fuligem do preaquecimento a gás, numa faixa de no
mínimo 20mm de cada lado das bordas, interna e externamente;

4.2 - Depósitos de carbono, escória e cobre resultantes do corte com eletrodo de carbono,
deverão ser removidos para garantir a remoção total da zona afetada termicamente, e as
ferramentas de remoção de escória e de limpeza não devem ser de cobre ou de ligas de cobre;

4.3 - No caso de preparação de superfícies de aço inox austenítico, as ferramentas deverão ser
de aço inoxidável ou revestidas com o mesmo. As escovas devem ser de aço inoxidável e os
discos de corte deverão ter alma de nylon ou similar. Estas ferramentas devem ser utilizadas
exclusivamente em aços inoxidáveis;

4.4 - As juntas preparadas devem estar montadas por ponteamento dentro do chanfro e o
comprimento dos pontos de solda não deverá ser menor que 25mm;

4.5 - As juntas preparadas para soldagem devem estar atendendo as dimensões e os critérios
previstos na IEIS (Instrução de Execução e Inspeção de Soldagem);

4.6 - As juntas preparadas devem dispor de meios de montagem do tipo (cachorro e grampo
móvel), e os mesmos devem atender ao procedimento onde cada ponto de solda deve ser
considerado como solda provisória.

5 – PREAQUECIMENTO E TEMPERATURA DE INTERPASSE

5.1 - A temperatura de preaquecimento deve ser medida no metal de base, em todos os


membros da junta, do lado oposto à fonte de aquecimento, a uma distância igual ou superior a
75mm da região a ser soldada:

Nota: no caso de aquecimento com chama, onde a temperatura só possa ser medida pelo lado
da fonte, o aquecimento deve ser interrompido pelo menos por 1 minuto, para cada 25mm de
espessura da peça, antes de sua medição.

5.2 - A temperatura de interpasse deve ser medida no metal de solda, do lado em que for
depositado o passe seguinte, quando for utilizado o pirômetro de contato. No caso de lápis de
fusão, a medição deve ser feita em uma zona adjacente para evitar contaminação do passe
seguinte, a uma distância não menor que 25mm.

6 – MARTELAMENTO

6.1 - O martelamento não deve ser executado no 1° o u no último passe;

6.2 - Em materiais com espessura inferior ou igual a 15mm, o martelamento não deverá ser
executado em nenhum passe.

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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM

7 – EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM

7.1 - Os aparelhos, instrumentos de medição e teste, e os equipamentos de soldagem devem


ser calibrados e estar dentro do prazo de validade;

7.2 - A intensidade de corrente de soldagem deve ser verificada com amperímetro o mais
próximo possível do porta eletrodo;

7.3 - Os cabos de solda devem estar bem conectados a máquina de solda, ao alicate e ao
aterramento.

7.4 - Porta-eletrodo e cabos devem estar com seu isolamento em boas condições, sem falhas e
sem regiões desprotegidas, e dimensionadas corretamente para as condições de trabalho e
segurança pessoal;

7.5 - Estufas portáteis (cochichos) devem dispor de resistências elétricas e, serem utilizadas
para manter a secagem de eletrodos de baixo hidrogênio durante seu uso no campo. Essas
estufas devem estar na faixa de operação de 80°C a 150°C.

8 – TÉCNICA DE SOLDA

8.1 - Para passe estreito, será admissível uma largura de passe de até três vezes o diâmetro
de alma do eletrodo;

8.2 - Passe oscilante, a largura do passe deverá ser maior que três vezes o diâmetro da alma
do eletrodo;

8.3 - O arco elétrico de soldagem deverá ser aberto no chanfro ou em uma chapa apêndice
utilizada para esse fim;

8.4 - Durante a execução de soldagem, escória, poro e outras descontinuidades visíveis


deverão ser removidas, exceto na camada de acabamento, onde o esmerilhamento não é
permitido;

8.5 - Após a soldagem o eletrodo deve ser retirado do porta-eletrodo. Quando o soldador
interromper o trabalho por um tempo apreciável deve desconectar o cabo do porta-eletrodo da
máquina de solda, e a mesma deve ser desligada.

9 – LIMPEZA

9.1 - A limpeza inicial e entre passe deverão ser de acordo com o previsto na IEIS e a solda
deve estar livre de defeito conforme o critério de aceitação;

10 – CONSUMÍVEL

10.1 - Para consumíveis de baixo-hidrogênio, quando utilizados, devem ser mantidos em


estufas portáteis em temperatura entre 80°C e 150°C .

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