Ensinamento Acomp. de Soldagem
Ensinamento Acomp. de Soldagem
Ensinamento Acomp. de Soldagem
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
1. INTRODUÇÃO
INSPEÇÃO PRÉVIA
O aluno deve:
a) Verificar as condições ambientais, as condições de segurança e higiene, os
equipamentos de soldagem, os instrumentos de medição e os consumíveis a serem
utilizados pelo soldador;
Os parâmetros citados acima são abordados em vários itens do procedimento de
acompanhamento de soldagem o qual será entregue ao aluno. Devem-se verificar as
informações contidas nestes, e analisar no ambiente de soldagem se há conformidade ou
não dos mesmos.
Quando itens não satisfatórios forem identificados no ambiente de soldagem, deve-se
anotar o número dos mesmos e relatar o parâmetro que está não conforme no relatório de
não conformidades.
124
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
Notas:
1 – O plano de referência horizontal é sempre considerado com a face da solda
voltada para baixo.
2 – A inclinação do eixo da solda é medida partindo do plano de referência horizontal
em direção ao plano de referência vertical.
3 – O ângulo de rotação da face da solda é determinado pela linha perpendicular à
face da solda em seu centro o qual passa através do eixo da solda. Olhando para o
ponto P, o ângulo de rotação da face da solda é medido no sentido horário a partir
do ponto de referência (0º).
Ponto P
125
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
90° 270°
126
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
127
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
Notas:
1 – O plano de referência horizontal é sempre considerado com a face da solda
voltada para baixo.
2 – A inclinação do eixo da solda é medida partindo do plano de referência horizontal
em direção ao plano de referência vertical.
3 – O ângulo de rotação da face da solda é determinado pela linha perpendicular à
face da solda em seu centro o qual passa através do eixo da solda. Olhando para o
ponto P, o ângulo de rotação da face da solda é medido no sentido horário a partir
do ponto de referência (0º).
Ponto P
128
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
270°
90°
0° ou 360°
129
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
30 mm
Ponto central
30 mm
130
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
131
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
Área de interesse
Geratriz superior
132
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
133
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
Comprimento de cada
posição de soldagem, na
vista lateral, em um tubo a
40° de inclinação.
Legenda
134
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
A partir das retas traçadas determina-se o ângulo no limite final de cada posição de
soldagem em um tubo a 40º de inclinação, utilizando o transferidor de ângulo conforme
mostrado na figura 12.
Régua posicionada
paralelamente à reta traçada no
final da posição horizontal em
um tubo a 40º de inclinação.
21º
Régua posicionada
paralelamente à reta traçada
no final da posição vertical em
um tubo a 40º de inclinação.
101º
135
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
Após isso deve-se encontrar uma correlação entre o comprimento de extensão soldada
no tubo a cada 1º ou encontrar diretamente uma correlação entre o comprimento de
extensão soldada e o ângulo no limite final de cada posição. Mede-se então o diâmetro
externo (Øext) do tubo, conforme figura 13, para determinar o comprimento da
circunferência (perímetro P) com o intuito de encontrar a correlação citada acima.
Øext. = 168 mm
P = Øext x π
π (Pi) tem um valor constante 3,14.
Exemplo prático:
Faz-se uma regra de três simples para encontrar a correlação entre o comprimento de
extensão soldada a cada 1º.
136
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
Com os valores dos ângulos e da correlação acima encontrada 1,46 mm/º pode-se
determinar a extensão soldada das posições existentes em um tubo a 40° de inclinação .
Deve-se medir estas extensões a partir da geratriz superior em direção ao lado em que
está identificada a área de interesse.
50 mm
Área de interesse
101° 147 mm
160 mm
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
32,5º
30º
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
2 mm
9,5 mm
139
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
62,5º
9,5 9,5
2
2
Vertical e Sobre-cabeça
140
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
O amperímetro deve ser conectado ao cabo em que está fixado o porta eletrodo, para
que seja feita a medição da intensidade de corrente elétrica. A unidade de medida é o
AMPERE (A).
O voltímetro deve ser instalado, fixando a ponteira do fio preto do aparelho no cabo
conectado ao negativo da máquina de solda, e a ponteira do fio vermelho no cabo
conectado ao positivo da máquina de solda, para medir a tensão. A unidade de medida é
o VOLT (V).
Cabo a ser conectado Fonte
o amperímetro
Eletrodo
Eletrodo
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
Pólo negativo
da máquina
Pólo positivo
da máquina
Voltímetro
142
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
Resumo:
Temperatura de Pré-aquecimento ≥ Temperatura indicada na IEIS
Temperatura de Inter-passe ≤ Temperatura indicada na IEIS
O lápis térmico deve ser utilizado antes do soldador iniciar cada passe de solda. Deve-
se passar no metal de base dos componentes da junta, respeitando a distância mínima
solicitada no procedimento de acompanhamento de soldagem, e em toda a extensão da
área de interesse delimitada pelo examinador. Não há necessidade de se fazer um risco
contínuo, podem ser riscos intermitentes.
Antes da execução do passe de raiz, passa-se o lápis de pré-aquecimento. Em todos
os demais passes deve-se passar primeiro o lápis de interpasse. Caso a temperatura seja
inferior à temperatura de interpasse deve-se passar o lápis de pré-aquecimento nos
demais passes também, para verificar se a temperatura da junta encontra-se dentro da
faixa de temperatura de pré-aquecimento e interpasse.
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
100°C 270°C
104°C 250°C
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
N° da lente 10
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
62,5º
9,5 9,5
2
2
Vertical e Sobre-cabeça
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
Classificação E 7018
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
Voltímetro
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
149
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
62,5º
9,5 9,5
2
32
Vertical e sobre-cabeça
1 1 E7018 OK 4804 2,5 9,0 CC+ 72/74 21/23 Ascendente < 104 -----
2 2 E7018 MGM 18 3,2 12,5 CC+ 80/86 22/26 Ascendente < 104 < 250
3 3 E7018 MGM 18 13,0 CC+ 80/85 21/25 Ascendente ----- > 250
3,2
150
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
Não houve
Abertura de arco, deposição insuficiente,
mordedura, respingo, poros e escórias.
1° passe - escovamento
3° passe - escovamento
2° passe - escovamento
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
3ª PARTE
EMISSÃO DO RELATÓRIO – Duração: 30 minutos
O examinador informa no início da prova, com qual IEIS o candidato deve confrontar os
parâmetros anotados antes, durante e após a soldagem.
Para verificar se o soldador está qualificado para soldar a junta designada, deve-se
anotar o número do sinete do mesmo e confrontar as faixas em que o soldador está
qualificado com os parâmetros a serem considerados na soldagem em questão.
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
153
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
RELATÓRIO DE NÃO-CONFORMIDADES
(Acompanhamento de Soldagem)
NOME: Nº REG. DATA ____/____/_____
ITEM VERIFICADO NÃO CONFORMIDADE
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
RAIZ ESC SMAW E – 7018 OK 4804 ASCENDENTE 3,2 CC+ 80 - 120 18 - 25 ≤3xØ
ENCH. ESM SMAW E – 7018 OK 4804 ASCENDENTE 4,0 CC + 120 - 150 26 - 35 ≤3xØ 75°
ACAB. ESM SMAW E – 7018 OK 4804 ASCENDENTE 4,0 CC + 120 - 150 26 - 35 ≤3xØ
PÓS -
GÁS TIPO % FABRICANTE REFER. COMERCIAL VAZÃO PRÉ-AQUECIMENTO TEMP. INTERPASSE (1) ( 2)
AQUECIMENTO
TOCHA N/A N/A Air Liquide N/A N/A 100° C 270° C N/A
PURGA N/A N/A N/A N/A N/A GOIVAGEM ( ) SIM ( x ) NÃO
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
ANEXO A
Junta de Topo
Considerar inaceitável:
• Trinca;
• Falta de Fusão;
• Falta de Penetração;
• Concavidade com profundidade maior que 2 mm ou 0,2e, a que for menor (onde “e” é
a espessura nominal do metal de base);
• Deposição Insuficiente;
• Poro Isolado;
• Porosidade Agrupada;
• Mordedura na face ou na raiz com profundidade maior do que 1 mm ou 0,4e, a que for
menor (onde “e” é a espessura nominal do metal de base);
• Sobreposição;
• Abertura de Arco;
• Respingo;
• Desalinhamento superior a 2 mm;
• Embicamento ou pré-deformação superior a 5°;
• Perfuração;
• Altura do reforço da face e da penetração da raiz acima do especificado na tabela a
seguir:
Juntas de ângulo
Considerar inaceitável:
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
ANEXO B
CORR./POL
NOME Nº P Nº F POSIÇÃO ESPES. ∅EXT. PROGRES. OBS.
COBRE-
SINETE
JUNTA
PROC.
SOLD.
(mm) (mm)
024 Carlos Alberto Souza AS todos todos 1G/1F/2F todas todos todas N/A N/A 4
1 a 11, 34 e 1G/2G/3G/ > = Sim/
032 Ernani dos Santos ER 41 a 49 1a4 1F/2F/3F todas 73,0 todas Ascendente Não 5
1 a 11, 34 e < = >= CC
037 Décio de Andrade TIG 41 a 49 6 todas 12,7 73,0 (-) Ascendente Sim
1 a 11, 34 e 1G/2G > = Sim/
041 Carlos de Souza ER 41 a 49 1e5 1F/2F todas 73,0 todas N/A Não 7
1 a 11, 34 e 1G/2G/3G < = > = CC Sim/
042 Júlio de Alencar TIG 41 a 49 6 1F/2F/3F 6,0 25,4 (-) Ascendente Não
1 a 11, 34 e > =
051 José Antônio Barbosa ER 41 a 49 1a3 todas todas 73,0 todas Descendente Sim
1 a 11, 34 e > =
051 José Antônio Barbosa MAG 41 a 49 6 todas todas 25,4 todas Descendente Sim 1
051 José Antônio Barbosa AS todos todos 1G/1F/2F todas todos todas N/A N/A
OBS:
1 – Tipo de Transferência - Curto-Circuito 1G/1F – Plana G – Indica junta chanfrada
2 – Tipo de Transferência – Spray 2G/2F – Horizontal F – Indica solda em ângulo
3 – Tipo de Controle – Visual Direto 3G/3F – Vertical
4 – Tipo de Controle – Visual Remoto 4G/4F – Sobrecabeça
5 – Soldagem F1, F2 e F3 somene com cobre-junta 5G/5F – Plana/Vertical/Sobrecabeça
6 – Soldagem F1 e F2 somente com cobre-junta 6G - Todas
7 – Soldagem F1 somente com cobre-junta
TIG - ELETRODO DE TUNGSTÊNIO C/ GAS INERTE VER DESCRIÇÃO DATA POR APRO
AS - ARCO SUBMERSO
GAS - OXI-ACETILENICO
AT - ARAME TUBULAR
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
1 – CONDIÇÕES AMBIENTAIS
1.1 - A soldagem não deve ser executada quando a superfície da peça, numa faixa de 150mm
centrada na junta a ser soldada, estiver úmida ou à temperatura menor que +5°C;
1.2 - Para temperatura da peça inferior a +5°C a so ldagem pode ser executada desde que a
região a ser soldada seja aquecida à no mínimo 50°C ;
1.3 - A umidade das peças deve ser removida por meio de secagem com chama;
1.4 - A soldagem não deve ser executada sob neve, chuva, vento forte ou poeira; proveniente
de jato abrasivo, a menos que a junta esteja protegida;
1.5 - Para todos os processos de soldagem, meios de proteção devem ser empregados para
evitar correntes de ar que possam alterar as condições de soldagem.
2 – CONDIÇÕES DE SEGURANÇA
2.1 - Em oficinas ou pipe-shop devem ser utilizados biombos ou anteparos que neutralizem a
ação da radiação infravermelha e ultravioleta, protegendo assim, as demais pessoas que
estiverem próximas à área de soldagem;
2.2 - Em locais confinados de soldagem devem ser instalados ventiladores e/ou exaustores
próximos à área de soldagem ou sobre ela direcionados;
2.3 - Junto à região de soldagem não pode ocorrer presença de materiais combustíveis tais
como: Papelão, estopa, solvente e etc.;
2.4 - Próximo ao local de soldagem, deve existir extintor de incêndio adequado aos materiais e
equipamentos utilizados nas operações de soldagem.
3 – SOLDADOR
3.3 - A lente filtrante deverá possuir identificação visível de acordo com o processo de
soldagem ou operação de soldagem ou de corte a ser realizado. E o seu n° deverá ser no
mínimo 10;
3.4 - Os cabos não deverão estar enrolados ou apoiados sobre o corpo do soldador.
124
ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
4.1 - As juntas a serem soldadas devem estar isentas de óleo, graxa, óxido, tinta, resíduos do
exame por líquido penetrante, areia e fuligem do preaquecimento a gás, numa faixa de no
mínimo 20mm de cada lado das bordas, interna e externamente;
4.2 - Depósitos de carbono, escória e cobre resultantes do corte com eletrodo de carbono,
deverão ser removidos para garantir a remoção total da zona afetada termicamente, e as
ferramentas de remoção de escória e de limpeza não devem ser de cobre ou de ligas de cobre;
4.3 - No caso de preparação de superfícies de aço inox austenítico, as ferramentas deverão ser
de aço inoxidável ou revestidas com o mesmo. As escovas devem ser de aço inoxidável e os
discos de corte deverão ter alma de nylon ou similar. Estas ferramentas devem ser utilizadas
exclusivamente em aços inoxidáveis;
4.4 - As juntas preparadas devem estar montadas por ponteamento dentro do chanfro e o
comprimento dos pontos de solda não deverá ser menor que 25mm;
4.5 - As juntas preparadas para soldagem devem estar atendendo as dimensões e os critérios
previstos na IEIS (Instrução de Execução e Inspeção de Soldagem);
4.6 - As juntas preparadas devem dispor de meios de montagem do tipo (cachorro e grampo
móvel), e os mesmos devem atender ao procedimento onde cada ponto de solda deve ser
considerado como solda provisória.
Nota: no caso de aquecimento com chama, onde a temperatura só possa ser medida pelo lado
da fonte, o aquecimento deve ser interrompido pelo menos por 1 minuto, para cada 25mm de
espessura da peça, antes de sua medição.
5.2 - A temperatura de interpasse deve ser medida no metal de solda, do lado em que for
depositado o passe seguinte, quando for utilizado o pirômetro de contato. No caso de lápis de
fusão, a medição deve ser feita em uma zona adjacente para evitar contaminação do passe
seguinte, a uma distância não menor que 25mm.
6 – MARTELAMENTO
6.2 - Em materiais com espessura inferior ou igual a 15mm, o martelamento não deverá ser
executado em nenhum passe.
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ACOMPANHAMENTO DE SOLDAGEM
7 – EQUIPAMENTOS DE SOLDAGEM
7.2 - A intensidade de corrente de soldagem deve ser verificada com amperímetro o mais
próximo possível do porta eletrodo;
7.3 - Os cabos de solda devem estar bem conectados a máquina de solda, ao alicate e ao
aterramento.
7.4 - Porta-eletrodo e cabos devem estar com seu isolamento em boas condições, sem falhas e
sem regiões desprotegidas, e dimensionadas corretamente para as condições de trabalho e
segurança pessoal;
7.5 - Estufas portáteis (cochichos) devem dispor de resistências elétricas e, serem utilizadas
para manter a secagem de eletrodos de baixo hidrogênio durante seu uso no campo. Essas
estufas devem estar na faixa de operação de 80°C a 150°C.
8 – TÉCNICA DE SOLDA
8.1 - Para passe estreito, será admissível uma largura de passe de até três vezes o diâmetro
de alma do eletrodo;
8.2 - Passe oscilante, a largura do passe deverá ser maior que três vezes o diâmetro da alma
do eletrodo;
8.3 - O arco elétrico de soldagem deverá ser aberto no chanfro ou em uma chapa apêndice
utilizada para esse fim;
8.5 - Após a soldagem o eletrodo deve ser retirado do porta-eletrodo. Quando o soldador
interromper o trabalho por um tempo apreciável deve desconectar o cabo do porta-eletrodo da
máquina de solda, e a mesma deve ser desligada.
9 – LIMPEZA
9.1 - A limpeza inicial e entre passe deverão ser de acordo com o previsto na IEIS e a solda
deve estar livre de defeito conforme o critério de aceitação;
10 – CONSUMÍVEL
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