Fisioterapia Neurofuncional
Fisioterapia Neurofuncional
Fisioterapia Neurofuncional
Neurofuncional
Profª. Débora Cristina Lima da Silva
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Profª. Débora Cristina Lima da Silva
S586f
Silva, Débora Cristina Lima da
Fisioterapia neurofuncional. / Débora Cristina Lima da Silva. –
Indaial: UNIASSELVI, 2021.
226 p.; il.
ISBN 978-65-5663-628-3
ISBN Digital 978-65-5663-627-6
1. Fisioterapia - Prática. – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo
da Vinci.
CDD 615.82
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Daremos início ao nosso estudo sobre a Fisioterapia
Neurofuncional. A Neurofuncional é a área de especialidade da Fisioterapia
que atua de forma preventiva, curativa ou paliativa nas sequelas resultantes
de danos ao Sistema Nervoso, abrangendo tanto o Sistema Nervoso Cen-
tral como o Periférico, bem como aqueles com doenças neuromusculares (do
neurônio motor, da placa motora e do músculo propriamente dito).
Vale ressaltar que todo o embasamento deste livro se deu através da uti-
lização de evidências atuais e alinhadas ao meio científico. A prática baseada em
evidências é muito importante para a nossa profissão. O conteúdo foi seleciona-
do e organizado para que você tenha uma formação de destaque e alinhada com
o mercado de trabalho, portanto, é muito importante que você mantenha o foco!
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 57
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 136
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 221
UNIDADE 1 —
FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
1
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da
unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o
conteúdo apresentado.
CHAMADA
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
2 SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA
Ao traçarmos um plano de tratamento, devemos entender que o objetivo
principal é produzir modificações de maneira significativa na qualidade de vida
e da função do indivíduo, levando a um favorecimento da independência em
termos de marcha, de atividades de vida diária, retorno ao trabalho e atividades
recreativas. Tudo isso levará a um resultado positivo na qualidade de vida do
paciente, proporcionando uma sensação de bem-estar, tanto físico quanto psicos-
social (CARR; SHEPHERD, 2008).
Por outro lado, nem todos os comprometimentos poderão ser tratados pela
fisioterapia, já que algumas patologias são degenerativas, como a doença de Al-
zheimer, na qual o objetivo do fisioterapeuta será reduzir o número e a gravida-
de dos comprometimentos indiretos, para promover a integridade funcional. Um
exemplo desse fato é quando o paciente apresenta patologia degenerativa e não há
como recuperar a sua força muscular. Nesse caso, o fisioterapeuta deverá manter a
integridade articular para que o paciente não sinta dor no momento da realização
de atividades como higiene pessoal e outras (CARR; SHEPHERD, 2008).
• Examinar o paciente.
• Análise dos dados da avaliação.
• Definição do diagnóstico cinético funcional.
3
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
Vamos verificar de que forma podemos realizar a avaliação desses itens a seguir.
DICAS
4
TÓPICO 1 — SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA PARA FISIOTERAPEUTAS
Vale a pena lembrar aqui que não podemos alterar a forma como o pacien-
te descreve a queixa principal (LUNDY-EKMAN, 2004). Com relação à história
da doença atual, podemos auxiliar o paciente realizando algumas perguntas de
maneira direcionada para que o paciente relate de forma correta o que aconteceu
durante a patologia em que ele procura auxílio fisioterapêutico.
5
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
DICAS
6
TÓPICO 1 — SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA PARA FISIOTERAPEUTAS
7
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
8
AUTOATIVIDADE
9
10
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS NA
FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
1 INTRODUÇÃO
2 ALTERAÇÕES FUNCIONAIS
Após a realização da anamnese inicial, é de suma importância realizar uma
organização, analisar os dados coletados e posteriormente realizar a identificação
de alterações funcionais. Nesse caso, o fisioterapeuta deve considerar uma série
de fatores ao avaliar os dados coletados, incluindo o grau de comprometimento, o
grau de perda funcional, o desempenho físico e o estado geral de saúde do paciente.
11
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
Vamos acompanhar:
12
TÓPICO 2 — ALTERAÇÕES FUNCIONAIS NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
DICAS
Índice de Barthel
13
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
14
TÓPICO 2 — ALTERAÇÕES FUNCIONAIS NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Escala de Katz
15
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
Entre os domínios que a MIF aborda, podemos citar: uso do vaso sani-
tário, transferências, vestir metade inferior e superior do corpo, higiene pessoal,
alimentação entre outros (Figura 4).
Assim sendo, a MIF pode variar entre 18 e 126 pontos, sendo que 18 carac-
teriza dependência completa e 126 se relaciona com a independência total.
16
TÓPICO 2 — ALTERAÇÕES FUNCIONAIS NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
17
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
18
AUTOATIVIDADE
19
20
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
2 EXAME FÍSICO
O exame físico é o primeiro contato físico de fato com o paciente. No pri-
meiro momento, o fisioterapeuta deverá entender a causa da disfunção e todo o
processo nele envolvido sempre atento ao indivíduo como todo e a interação dos
aspectos físicos, emocionais, ambientes e psíquicos do ser. Nesta etapa, a queixa
principal (que já estudamos anteriormente) deve estar clara e todo o processo de
adoecimento deve ser entendido (SULLIVAN; SCHMITZ, 2010).
21
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
Caso o músculo não apresente força suficiente para vencer a ação da gravi-
dade, ou seja, não é capaz de sustentar o peso do segmento corporal contra a gravi-
dade, ele deverá ser posicionado no plano horizontal, no qual não haverá a ação da
gravidade, para que o teste seja realizado (HISLOP; MONTGOMERY, 2008).
22
TÓPICO 3 — EXAME FÍSICO NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
23
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
24
TÓPICO 3 — EXAME FÍSICO NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
25
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
26
TÓPICO 3 — EXAME FÍSICO NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
27
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
Ao avaliarmos o tônus, podemos entender que ele pode ser estudado das
seguintes formas:
28
TÓPICO 3 — EXAME FÍSICO NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Escala de Ashworth.
Vamos analisá-la?!
29
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
30
TÓPICO 3 — EXAME FÍSICO NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
31
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
0 – abolição do reflexo;
1 a 3 – presente e com intensidade crescente;
4 – clônus transitório;
5 – clônus permanente.
São eles:
32
TÓPICO 3 — EXAME FÍSICO NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
33
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
34
TÓPICO 3 — EXAME FÍSICO NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
• Reflexos superficiais
35
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
Nos casos de lesões nas vias piramidais, esse reflexo estará abolido, sendo
substituído pelo sinal de Babinski, que consiste na flexão dorsal ou extensão lenta
do hálux, provocada pela estimulação da região plantar. A abdução ou abertura
em leque dos pododáctilos e a retirada por flexão do joelho e do quadril pode
associar-se à extensão do hálux (SULLIVAN; SCHMITZ, 2010).
Vale a pena ressaltar aqui que NÃO existe sinal de Babinski positivo ou
negativo, e sim PRESENTE e AUSENTE.
36
TÓPICO 3 — EXAME FÍSICO NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
37
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
- Prova index-nariz: tocar a ponta do nariz com o indicador. Essa prova deverá
ser realizada acompanhada ou não pelo auxílio da visão.
38
TÓPICO 3 — EXAME FÍSICO NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
2.7 EQUILÍBRIO
O equilíbrio postural é caracterizado como a manutenção da posição de
equilíbrio, tanto estático como dinâmico, do corpo humano, capazes de assegurar
que o centro de gravidade do corpo se mantenha dentro do eixo de sustentação,
tanto em condições estáticas (posição em pé), quanto dinâmicas (marcha). Para
avaliarmos o equilíbrio, utilizamos as seguintes manobras (TEIXEIRA, 2008).
39
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
40
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
41
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Manobra Deficitária.
b) ( ) Avaliação de Trofismo.
c) ( ) Avaliação de Amplitude de Movimento.
d) ( ) Escala de Ashworth.
a) ( ) Mingazinni.
b) ( ) Barré.
c) ( ) Fukuda.
d) ( ) Raimiste.
42
TÓPICO 4 —
UNIDADE 1
EXAME DE SENSIBILIDADE
1 INTRODUÇÃO
• Sensação tátil: o examinador deve solicitar ao paciente que indique quando per-
ceber a sensação realizada. A pele é tocada com o objeto do teste em partes e lados
do corpo de forma aleatória, sendo as respostas pontuadas da seguinte forma:
0 – ausente;
1 – deficiente;
2 – normal.
Toque leve: tocar levemente a pele com chumaços de algodão (Figura 39).
43
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
44
TÓPICO 4 — EXAME DE SENSIBILIDADE
A pontuação é:
0 – ausente;
1– deficiente;
2 – normal.
45
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
FIGURA 43 – DERMÁTOMOS
A maioria dos nervos cranianos (do III ao XII) apresenta sua origem no
tronco encefálico, enquanto o nervo olfatório (I) origina-se do telencéfalo; e o ner-
vo óptico (II) tem sua origem no diencéfalo (LUNDY-EKMAN, 2004).
46
TÓPICO 4 — EXAME DE SENSIBILIDADE
DICAS
Para entender mais sobre a avaliação dos pares cranianos, acesse ao site da
UFMG. Lá você encontra vídeos didáticos bem interessantes e que demonstram como
cada par craniano é avaliado.
FONTE: <https://bit.ly/3vZ2p1k>. Acesso em: 7 abr. 2021.
1. Nervo olfatório
O examinador posiciona um objeto que tem odor forte e facilmente iden-
tificável abaixo do nariz do paciente, na tentativa de avaliar a capacidade de per-
ceber o odor.
47
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
2. Nervo óptico
3. Nervo Oculomotor
4. Nervo troclear
48
TÓPICO 4 — EXAME DE SENSIBILIDADE
5. Nervo trigêmeo
6. Nervo abducente
7. Nervo facial
49
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
8. Nervo vestíbulo-coclear
FIGURA 47 – DIAPASÃO
9. Nervo glossofaríngeo
50
TÓPICO 4 — EXAME DE SENSIBILIDADE
Esse nervo é responsável pelo controle motor da língua. Com isso, pode-
mos testar a integridade do nervo solicitando ao paciente para colocar a língua
para fora e verificar se há algum desvio da língua para o lado mais debilitado. A
seguir, o fisioterapeuta deverá pedir ao paciente para movimentar a língua de um
lado para outro. Em caso de lesão do nervo hipoglosso, o paciente apresentará
desvio da língua para um dos lados quando a coloca para fora da boca, ou não
será capaz de movimentar a língua para os dois lados uniformemente.
• Praxias
• Apraxia ideacional: o paciente não consegue fazer tarefas complexas na ordem cor-
reta, uma dificuldade poderia ser colocar uma meia antes do sapato, por exemplo.
• Apraxia orofacial ou bucofacial: indivíduos com essa condição são incapa-
zes de realizar voluntariamente determinados movimentos que envolvem os
músculos faciais.
• Apraxia ideomotora: o paciente é incapaz de realizar tarefas aprendidas
quando recebe os objetos necessários para ela. Por exemplo, ela pode usar
uma chave inglesa como uma caneta.
• Apraxia membro-cinética: afeta a capacidade da pessoa de mover voluntaria-
mente os braços e pernas.
• Apraxia da fala: condição em que o paciente acha difícil ou impossível mover
sua boca ou língua para falar. Isso ocorre mesmo quando o paciente tem o
51
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
• Afasia de Broca: essa afasia ocorre devido a uma lesão na parte inferior da
terceira circunvolução frontal do hemisfério esquerdo (Figura 48).
52
TÓPICO 4 — EXAME DE SENSIBILIDADE
• Afasia de Wernicke: é a afasia que tem como causa mais conhecida a lesão no
córtex auditivo de associação, no giro superior do lobo temporal do hemisfério
esquerdo. É uma afasia fluente, mas há déficit de compreensão (Figura 48).
• Afasia de condução: é ocasionada por lesão que rompe os axônios que conec-
tam a área Wernicke com área de broca.
53
UNIDADE 1 — FISIOTERAPIA NEUROLÓGICA
LEITURA COMPLEMENTAR
No ano 2000, foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a Classi-
ficação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), a qual obteve
a sua aprovação em maio de 2001, trazendo um modelo biopsicossocial que mostra
a importância dos fatores biológicos, individuais e sociais para um indivíduo.
Devido suas múltiplas finalidades, a CIF pode ser usada em diferentes áre-
as e setores sem se restringir apenas à área da saúde, mas como o seu foco maior é
a funcionalidade, o Fisioterapeuta com o seu vasto conhecimento cinético-funcio-
nal tende a ser o profissional mais relacionado a essa classificação. Além disso, a
resolução de número 452, de 10 de maio de 2012, do Ministério da Saúde, aborda
que a CIF deve ser utilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) com a finalidade de
melhorar o gerenciamento desse sistema, como também na saúde suplementar.
54
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
55
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Afasia de Broca.
b) ( ) Afasia de Wernicke.
c) ( ) Afasia de Atenção.
d) ( ) Afasia de Condução.
a) ( ) Nervo troclear.
b) ( ) Nervo olfatório.
c) ( ) Nervo oculomotor.
d) ( ) Nervo abducente.
56
REFERÊNCIAS
CARR, J.; SHEPHERD, R. Reabilitação Neurológica Otimizando o Desempenho
Motor. São Paulo: Manole, 2008.
DURWARD, B.; BAER, G.; WADE, J. Acidente vascular cerebral. In: STOKES, M.
Neurologia para fisioterapeutas. São Paulo: Premier, 2000, p. 83-9.
57
SULLIVAN, S. B; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia Avaliação e Tratamento. 5. ed. São
Paulo: Manole, 2010.
58
UNIDADE 2 —
FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da
unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o
conteúdo apresentado.
CHAMADA
59
60
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
O AVE é uma patologia que acomete indivíduos idosos de maneira geral, po-
rém, houve um aumento na incidência de casos em jovens ativos, bem como, em mu-
lheres usuárias de anticoncepcionais orais. Logo, podemos observar que o AVE não
está relacionado apenas com o processo de envelhecimento (WERNECK et al., 2010).
61
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
62
TÓPICO 1 — ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO / ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVE/AVC)
Vale lembrar que o AVE hemorrágico ocorre em torno de 20%, sendo me-
nos comum que o AVE isquêmico, como vimos anteriormente.
DICAS
63
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
65
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
• Perda da coordenação.
• Perda súbita de força em um dos lados do corpo (hemiplegia ou hemiparesia).
• Convulsões.
• Perda da fala ou compreensão da fala.
• Perda da visão completa de um olho ou de metade do campo visual de ambos
os olhos.
• Perda de consciência.
• Alteração da marcha.
66
TÓPICO 1 — ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO / ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVE/AVC)
E
IMPORTANT
67
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Condutas
68
TÓPICO 1 — ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO / ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVE/AVC)
Condutas
69
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
70
TÓPICO 1 — ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO / ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVE/AVC)
Condutas
Condutas
Condutas
Manobras de higiene brônquica; manobras de reexpansão pulmonar;
exercícios ativos fora do leito, em pé ou sentado; vibração, vibrocompressão e
aceleração do fluxo expiratório; direcionamento de fluxo (Figuras 12 e 13).
71
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Condutas
72
TÓPICO 1 — ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO / ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVE/AVC)
Condutas
74
AUTOATIVIDADE
75
76
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
O trauma tem sido motivo de grande discussão, sendo uma das principais
causas de morbimortalidade e é descrita como um problema de saúde pública
para alguns autores, pois afeta principalmente a faixa etária ativa da população.
O trauma é a principal causa de morte em pessoas entre 1 e 44 anos (TOLEDO et
al., 2008; GENTILE, 2011; THIESEN et al., 2005).
77
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
DICAS
78
TÓPICO 2 — TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO (TCE)
79
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
80
TÓPICO 2 — TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO (TCE)
Por outro lado, os hematomas subdurais são mais comuns que os peri-
durais, ocorrendo em 30% dos casos de TCE e caso o hematoma seja grande, po-
derá causar compressão das estruturas com desvio da linha média. Com relação
aos hematomas intracerebrais, podemos descrever que ocorrem frequentemente
associados com TCE de média ou grande intensidade, geralmente produzindo
lesões de massa (MARIK et al., 2002).
A maioria dos pacientes acometidos pelo TCE são classificados como trau-
ma leve (80%), e normalmente apresenta evolução satisfatória e sem intercorrên-
cias. Por outro lado, aproximadamente 3% desses pacientes apresentam piora do
quadro com disfunção neurológica grave. O TCE leve é definido como um escore
de 4 ou 15 na escala de coma de Glasgow, podendo ser atribuídos níveis de risco,
como baixo, médio e alto risco de desenvolver lesões neurológicas (GUHA, 2004).
Cerca de 10% dos TCE são classificados como moderados, e esses pacien-
tes frequentemente apresentam-se como confusos ou sonolentos, com nível de
consciência rebaixado e com déficits neurológicos focais (GUHA, 2004).
Por outro lado, nos TCE graves, em que os pacientes apresentam pontua-
ção abaixo de 8 na escala de Glasgow, haverá a necessidade de abordagem tera-
pêutica imediata com suporte de ventilação mecânica até que ocorra a melhora
do quadro neurológico (GENTILE, 2011).
81
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
E
IMPORTANT
83
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
84
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Cerca de 10% dos TCE são classificados como moderados e esses pacientes
frequentemente apresentam-se como confusos ou sonolentos, com nível de
consciência rebaixado, com déficits neurológicos focais.
85
AUTOATIVIDADE
86
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
A doença de Parkinson (DP) foi descrita em 1817, pelo médico inglês Ja-
mes Parkinson, como sendo uma afecção degenerativa, crônica, progressiva e
idiopática do sistema nervoso central.
2 DOENÇA DE PARKINSON
A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurológica progressiva do sis-
tema extrapiramidal que apresenta como características: bradicinesia (lentificação
dos movimentos), tremor de repouso, rigidez e instabilidade postural (Figura 20).
87
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
FONTE: A autora
Além disso, outros achados clínicos também são importantes, como: dis-
túrbio da marcha, faces em máscara, alteração da voz, disartria, sialorreia (saliva-
ção excessiva), disfunção olfatória (anosmia), hipotensão ortostática, hiperidrose,
disfunção sexual, câimbras, dores, parestesias, disfagia, incontinência urinária,
micrografia, distúrbios do sono, depressão e demência (Figuras 21, 22 e 23).
88
TÓPICO 3 — DOENÇA DE PARKINSON (DP)
89
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
DICAS
90
TÓPICO 3 — DOENÇA DE PARKINSON (DP)
91
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
A DP evolui ao longo dos anos, o que a caracteriza como uma doença crô-
nica. Seus sintomas pioraram com o passar dos anos, o que lhe confere um caráter
progressivo (GRABLI et al., 2012).
93
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
94
TÓPICO 3 — DOENÇA DE PARKINSON (DP)
Compreende:
95
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
0 = Nenhum.
1= Mínimo. Esquecimento consistente com lembrança parcial de eventos, sem
outras dificuldades
2= Moderado. Perda moderada da memória, com desorientação. Dificuldade
moderada para resolver problemas complexos. Mínimo, mas definitivo com-
prometimento das atividades em casa, com necessidade de ajuda ocasional.
3= Grave. Perda grave de memória com desorientação temporal e, frequente-
mente de lugar. Grande dificuldade de resolver problemas.
4= Grave. Perda grave da memória com orientação preservada apenas para sua
pessoa. Incapaz de fazer julgamentos ou resolver problemas. Necessita de muita
ajuda para cuidados pessoais. Não pode ficar sozinho em nenhuma situação.
0= Nenhum.
1= Sonhos vívidos.
2= Alucinações “benignas” com julgamento (insight) mantido.
3= Ocasionais a frequentes alucinações sem julgamento, podendo interferir
com as atividades diárias.
4= Alucinações frequentes ou psicose evidente. Incapaz de cuidar-se.
Depressão
1= Ausente.
2= Períodos de tristeza ou culpa acima do normal. Nunca permanece por dias
ou semanas.
3= Depressão permanente com sintomas vegetativos (insônia, anorexia, perda
de peso, desinteresse).
4= Depressão permanente com sintomas vegetativos. Pensamento ou tentativa
de suicídio.
Motivação/iniciativa
0= Normal.
1= Mais passivo, menos interessado que o habitual.
2= Perda da iniciativa ou desinteresse por atividades fora do dia a dia.
96
TÓPICO 3 — DOENÇA DE PARKINSON (DP)
Fala
0= Normal.
1= Comprometimento superficial. Nenhuma dificuldade em ser entendido.
2= Comprometimento moderado. Solicitado a repetir frases, às vezes.
3= Comprometimento grave. Solicitado frequentemente a repetir frases.
4= Retraído, perda completa da motivação.
Salivação
0= Normal.
1= Excesso mínimo de saliva, mas perceptível. Pode babar à noite.
2= Excesso moderado de saliva. Pode apresentar alguma baba (drooling).
3= Excesso acentuado de saliva. Baba frequentemente.
4= Baba continuamente. Precisa de lenço constantemente.
Deglutição
0= Normal.
1= Engasgos raros.
2= Engasgos ocasionais
3= Deglute apenas alimentos moles.
4= Necessita de sonda nasogástrica ou gastrostomia.
Escrita
0= Normal.
1= Um pouco lenta ou pequena.
2= Menor e mais lenta, mas as palavras são legíveis.
3= Gravemente comprometida. Nem todas as palavras são comprometidas.
4= A maioria das palavras não são legíveis.
0= Normal.
1= Lento e desajeitado, mas não precisa de ajuda.
2= Capaz de cortar os alimentos, embora desajeitado e lento. Pode precisar de ajuda.
3= Alimento cortado por outros, ainda pode alimentar-se, embora lentamente.
4= Precisa ser alimentado por outros.
Vestir
0= Normal.
1= Lento, mas não precisa de ajuda.
97
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Higiene
0= Normal.
1= Lento, mas não precisa de ajuda.
2= Precisa de ajuda no chuveiro ou banheira, ou muito lento nos cuidados de higiene.
3= Necessita de assistência para se lavar, escovar os dentes, pentear-se, ir ao banheiro.
4= Sonda vesical ou outra ajuda mecânica.
0= Normal.
1= Lento e desajeitado, mas não precisa de ajuda.
2= Pode girar sozinho na cama ou colocar os lençóis, mas com grande dificuldade.
3= Pode iniciar, mas não consegue rolar na cama ou colocar lençóis.
4= Não consegue fazer nada.
0= Nenhuma.
1= Quedas raras.
2= Cai ocasionalmente, menos de uma vez por dia.
3= Cai, em média, uma vez por dia.
4= Cai mais de uma vez por dia.
0= Nenhum.
1= Raro freezing quando anda, pode ter hesitação no início da marcha.
2= Freezing ocasional, enquanto anda.
3= Freezing frequente, pode cair devido ao freezing.
4= Quedas frequentes devido ao freezing.
Marcha
0= Normal.
1= Pequena dificuldade. Pode não balançar os braços ou tende a arrastar as pernas.
2= Dificuldade moderada, mas necessita de pouca ajuda ou nenhuma.
3= Dificuldade grave na marcha, necessita de assistência.
4= Não consegue andar, mesmo com ajuda.
98
TÓPICO 3 — DOENÇA DE PARKINSON (DP)
Tremor
0= Ausente.
1= Presente, mas infrequentes.
2= Moderado, mas incomoda o paciente.
3= Grave, interfere com muitas atividades.
4= Marcante, interfere na maioria das atividades.
0= Nenhuma.
1= Dormência e formigamento ocasional, alguma dor.
2= Dormência, formigamento e dor frequente, mas suportável.
3= Sensações dolorosas frequentes.
4= Dor insuportável.
Fala
0= Normal.
1= Perda discreta da expressão, volume ou dicção.
2= Comprometimento moderado. Arrastado, monótono, mas compreensível.
3= Comprometimento grave, difícil de ser entendido.
4= Incompreensível.
Expressão facial
0= Normal.
1= Hipomimia mínima.
2= Diminuição pequena, mas anormal, da expressão facial.
3= Hipomimia moderada, lábios caídos/afastados por algum tempo.
4= Fácies em máscara ou fixa, com pedra grave ou total da expressão facial.
Lábios afastados ¼ de polegada ou mais.
Tremor de repouso
0= Ausente.
1= Presente, mas infrequente ou leve.
2= Persistente, mas de pouca amplitude, ou moderado em amplitude, mas pre-
sente de maneira intermitente.
3= Moderado em amplitude, mas presente a maior parte do tempo.
4= Com grande amplitude e presente a maior parte do tempo.
99
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
0= Ausente.
1= Leve, presente com a ação.
2= Moderado em amplitude, presente com a ação.
3= Moderado em amplitude tanto na ação quanto mantendo a postura.
4= Grande amplitude, interferindo com a alimentação.
0= Ausente.
1= Pequena ou detectável somente quando ativado por movimentos em espe-
lho de outros.
2= Leve e moderado.
3= Marcante, mas pode realizar o movimento completo da articulação.
4= Grave e o movimento completo da articulação só ocorre com grande dificuldade.
0= Normal.
1= Leve lentidão e/ou redução da amplitude.
2= Comprometimento moderado. Fadiga precoce e bem clara. Pode apresentar
parada ocasional durante o movimento.
3= Comprometimento grave. Hesitação frequente para iniciar o movimento ou
paradas durante o movimento que está realizando.
4= Realiza o teste com grande dificuldade, quase não conseguindo.
0= Normal.
1= Leve lentidão e/ou redução da amplitude.
2= Comprometimento moderado. Fadiga precoce e bem clara. Pode apresentar
parada ocasional durante o movimento.
3= Comprometimento grave. Hesitação frequente para iniciar o movimento ou
paradas durante o movimento que está realizando.
4= Realiza o teste com grande dificuldade, quase não conseguindo.
0= Normal.
1= Leve lentidão e/ou redução da amplitude.
100
TÓPICO 3 — DOENÇA DE PARKINSON (DP)
0= Normal.
1= Leve lentidão e/ou redução da amplitude.
2= Comprometimento moderado. Fadiga precoce e bem clara. Pode apresentar
parada ocasional durante o movimento.
3= Comprometimento grave. Hesitação frequente para iniciar o movimento ou
paradas durante o movimento que está realizando.
4= Realiza o teste com grande dificuldade, quase não conseguindo.
Levantar da cadeira (de espaldo reto, madeira ou ferro, com braços cruzados
em frente ao peito).
0= Normal.
1= Lento ou pode precisar de mais de uma tentativa.
2= Levanta-se apoiando nos braços da cadeira.
3= Tende a cair para trás, pode tentar se levantar mais de uma vez, mas conse-
gue levantar-se
4= Incapaz de levantar-se sem ajuda.
Postura
Marcha
0= Normal.
1= Anda lentamente, pode arrastar os pés com pequenas passadas, mas não há
festinação ou propulsão.
2= anda com dificuldade, mas precisa de pouca ajuda ou nenhuma, pode apre-
sentar alguma festinação, passos curtos, ou propulsão.
101
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
0= Normal.
1= Retropulsão, mas se recupera sem ajuda.
2= Ausência de respostas posturais, cairia se não fosse auxiliado pelo examinador.
3= Muito instável, perde o equilíbrio espontaneamente.
4= Incapaz de ficar ereto sem ajuda.
0= Nenhum.
1= Lentidão mínima. Podia ser normal em algumas pessoas. Possível redução
na amplitude.
2= Movimento definitivamente anormal. Pobreza de movimento e um certo
grau de lentidão.
3= Lentidão moderada. Pobreza de movimento ou com pequena amplitude.
4= Lentidão acentuada. Pobreza de movimento ou com pequena amplitude.
A. Discinesias
0= nenhum
1= 25% do dia.
2= 26 – 50% do dia.
3= 51 – 75% do dia.
4= 76 – 100% do dia.
0= não incapacitante.
1= incapacidade leve.
2= incapacidade moderada.
3= incapacidade grave.
4= completamente incapaz.
102
TÓPICO 3 — DOENÇA DE PARKINSON (DP)
0= não dolorosas.
1= leve.
2= moderada.
3= grave.
4= extrema.
0= não 1= sim
B. Flutuações clínicas
36. Algum período off previsível em relação ao tempo após a dose do medi-
camento?
0= não 1= sim
37. Algum período off imprevisível em relação ao tempo após a dose do me-
dicamento?
0= não 1= sim
0= não 1= sim
0= nenhum
1= 25% do dia.
2= 26 – 50% do dia.
3= 51 – 75% do dia.
4= 76 – 100% do dia.
C. Outras complicações
0= não 1= sim
0= não 1= sim
103
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
0= não 1= sim
104
TÓPICO 3 — DOENÇA DE PARKINSON (DP)
105
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
106
TÓPICO 3 — DOENÇA DE PARKINSON (DP)
107
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
108
TÓPICO 3 — DOENÇA DE PARKINSON (DP)
109
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
110
TÓPICO 3 — DOENÇA DE PARKINSON (DP)
7 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA DP
Anteriormente à descoberta da medicação levodopa, a fisioterapia no pa-
ciente com DP tinha como foco as alterações musculoesqueléticas, assim, eram di-
recionadas para ganho de amplitude de movimento, diminuição da rigidez, me-
lhora da coordenação e das habilidades funcionais (SHEPHERD; CARR, 2008).
Em seus estudos, Valerie et al. (2014) mostraram que as pistas visuais (tiras
triangulares de papel colorido colocadas em uma distância padronizada ao longo
de um corredor transparente) melhoram os parâmetros espaciais (comprimento
do passo), e temporais (tempo de apoio duplo), da marcha e esta melhora e se
mantém por mais uma caminhada após a retirada das pistas visuais.
Esses resultados sugerem que pacientes com DP podem gerar uma marcha
apropriada quando eles direcionam sua atenção para ação. Outra metodologia uti-
lizada para melhorar a marcha é a utilização de pistas auditivas. Essas pistas po-
dem ser realizadas com batidas musicais, bater palmas e por meio de cronômetros.
111
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Condutas
FONTE: A autora
112
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A doença de Parkinson (DP) foi descrita em 1817, pelo médico inglês James
Parkinson, como sendo uma afecção degenerativa, crônica, progressiva e idio-
pática do sistema nervoso central.
• Alguns mecanismos são propostos na etiologia da DP, tais como fatores gené-
ticos (neurotoxinas ambientais, estresse oxidativo, excitotoxidade e anormali-
dades mitocondriais) e/ou ambientais.
113
AUTOATIVIDADE
114
TÓPICO 4 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
116
TÓPICO 4 — ESCLEROSE MÚLTIPLA (EM)
117
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
A fadiga foi relatada em até 90% dos pacientes e apresenta piora quando
há simultaneamente alterações piramidais. Além disso, pode ser o sintoma mais
incapacitante para a realização das atividades diárias.
DICAS
118
TÓPICO 4 — ESCLEROSE MÚLTIPLA (EM)
Outros fatores que deverão ser avaliados são a força muscular e o controle
motor; a coordenação e equilíbrio; a marcha; os padrões de fadiga; a integridade
e o estado da pele; os padrões respiratórios; as habilidades cognitivas; os defeitos
visuais e o estado funcional do paciente.
Por outro lado, os objetivos mais específicos para o paciente podem ser:
Por outro lado, na fase remissiva, os exercícios ativos serão mais intensos,
mas sempre intercalados por pausas de recuperação, de modo que não ocorra a
fadiga nem o aumento da temperatura corpórea, sendo estes fatores que colabo-
ram para o aparecimento de novos surtos.
119
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Condutas
120
TÓPICO 4 — ESCLEROSE MÚLTIPLA (EM)
Condutas
121
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
122
AUTOATIVIDADE
2 A EM pode ser dividida clinicamente em três tipos: uma das formas que
a EM se apresenta é definida para pacientes que apresentam surtos clara-
mente definidos com remissão completa ou incompleta, mantendo perío-
dos sem progressão entre os surtos. Qual forma de EM foi descrita?
a) ( ) Forma Surto-remissão.
b) ( ) Forma Progressiva única.
c) ( ) Forma Remissiva.
d) ( ) Forma Secundária.
123
124
TÓPICO 5 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma desordem neuromuscular
rara caracterizada por progressiva degeneração do tronco encefálico, trato corti-
cospinal e ponta anterior da medula.
Até o momento não se conhece a causa exata para a ELA, por enquanto
todas as hipóteses caminham ao redor de teorias. Hoje, a principal teoria é multifa-
torial, ou seja, uma exposição ambiental deletéria em indivíduos suscetíveis geneti-
camente levaria às lesões neuronais. Os possíveis fatores ambientais que poderiam
provocar essa ação deletéria são as infecções virais e reações inflamatórias causadas
125
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
pelos microtraumas gerados pelo esporte de alto desempenho (o que pode explicar
a incidência maior e mais precoce em esportistas de alto nível), que levariam a uma
reação autoimune contra a própria célula nervosa (ASCHERIO et al., 2005).
Por outro lado, quando ocorre degeneração dos neurônios motores do tronco
encefálico, o paciente poderá apresentar disartria, disfagia e disfonia (RUSSEL, 2005).
A expectativa de vida com a doença é de seis meses a três anos na ELA bul-
bar, e de três a cinco anos na ELA clássica, em que ocorre a lesão de neurônios mo-
tores superiores do córtex cerebral e dos neurônios inferiores da medula espinhal.
DICAS
127
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
FIGURA 39 – ÓRTESES QUE PODEM SER INDICADAS PARA PACIENTES COM ELA
128
TÓPICO 5 — ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA)
As bengalas ou andadores com rodas, freio e assento podem também ser úteis,
dependendo do padrão da fraqueza muscular do paciente (MENDONZA et al., 2005).
Conduta
129
UNIDADE 2 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Conduta
3.4 ALONGAMENTO
Em pacientes com ELA, é comum o aparecimento de alterações muscu-
loesqueléticas, tais como: encurtamento muscular, contraturas e má postura. A
contratura muscular ocorre, principalmente, devido à perda progressiva da força
muscular e desequilíbrio entre os grupos musculares agonistas e antagonistas.
Condutas
130
TÓPICO 5 — ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA)
132
TÓPICO 5 — ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA)
LEITURA COMPLEMENTAR
133
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
134
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Medula Espinhal.
b) ( ) Medula Cervical.
c) ( ) Medula lombar.
d) ( ) Medula óssea.
135
REFERÊNCIAS
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In: Principles of Neurology. 4a ed. New York, McGraw-Hill international edi-
tions, 1989. p. 755-774.
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ffman PL. Amiotrophic Lateral Sclerosis, Diagnosis and Management for the
clinican. Futura Publishing Company,Inc.,1996.
CHEN, A.; MONTES, J.; MITSUMOTO, H. The role of exercise in amyotrophic la-
teral sclerosis. Physical Medicine and Rehabilitation Clinics of North America,
Estados Unidos, i. 19, p. 545- 557, 2008.
136
FAHN S, MARDSEN CD, CALNE, DB, GOLDSTEIN, M, Members of the UP-
DRS Development Committee. Recent Developments in Parkinson’s disease.
Florham Park, NJ. Macmillan Health Care Information. 1987:2.153-(63): 293-304
GRABLI, D. et al. Normal and pathological gait: what we learn from Parkinson's di-
sease. Journal of neurology, neurosurgery, and psychiatry vol. 83,10 (2012): 979-85.
137
LESS, A. J. et al. Parkinson`s disease. The Lancet. 2009;373:2055-66. Disponível
em: https://bit.ly/2RR9eDv. Acesso em: 3 maio 2021.
LEDDY, A. L. et al. Functional gait assessment and balance evaluation system test:
reliability, validity, sensitivity, and specificity for identifying individuals with
Parkinson disease who fall. Phys Ther. 2011;91(1):102–13. Disponível em: https://
bit.ly/3bocxsw. Acesso em: 3 maio 2021.
Li, C. et al. The prevalence of LRRK2 Gly2385Arg variant in Chinese Han popu-
lation with Parkinson’s disease. Mov. Disord. 22, pp. 2439–43. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17960808/. Acesso em: 3 maio 2021.
LUBLIN, F. D.; REINGOLD, S. C. Defining the clinical course of multiple sclerosis. Neu-
rology 1996;46:907-911. Disponível em: https://bit.ly/3tK190H. Acesso em: 3 maio 2021.
MENDONZA, M. et al. Functioning when your mobility is affected. 2nd ed, Ca-
lifornia: ALS Association, 2005.
138
RODRIGUES, I. F.; NIELSON, M. B. P.; MARINHO, A. R. Avaliação da fisiote-
rapia sobre o equilíbrio e a qualidade de vida em pacientes com esclerose múl-
tipla. Revista Neurociências, 16(4), 269-274. 2008. Disponível em: https://bit.
ly/3y7nDfb. Acesso em: 3 maio 2021.
139
VALERIE, E. K. et al. The ability of people with Parkinson’s disease to modify du-
al-task performance in response to instructions during simple and complex wa-
lking tasks. Exp Brain Res. 2014;232(1):10-18. Disponível em: https://bit.ly/3bko-
xLG. Acesso em: 3 maio 2021.
140
UNIDADE 3 —
FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
141
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em sete tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
142
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
A paralisa facial é caracterizada pela perda de movimentos da face ocasio-
nada por déficits que ocorrem no sétimo par craniano (VII).
143
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
144
TÓPICO 1 — PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
Estudos realizados por Nakamura et al. (2003) apontam que devem ser
utilizadas a estimulação com massagens rápidas e exercícios de mímica facial
para melhorar a simetria da face. Além disso, os pesquisadores postulam que
deve ser realizado biofeedback por eletromiografia de superfície e eletroterapia,
pois com essas técnicas ocorre uma melhora da simetria facial e das sincinesias
em grande parte dos pacientes.
146
TÓPICO 1 — PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
147
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
148
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
149
AUTOATIVIDADE
a) ( ) F – V – V – V.
b) ( ) V – V – V – V.
c) ( ) F – F – F – F.
d) ( ) V – F – F – V.
150
c) ( ) Presença de sinal de Babinski.
d) ( ) Fraqueza dos músculos de uma hemiface com paralisia da pálpebra su-
perior que leva a dificuldade de fechar o olho
151
152
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
ATAXIA ESPINOCEREBELAR
1 INTRODUÇÃO
2 ATAXIA ESPINOCEREBELAR
O termo “ataxia” é utilizado desde o século XIX. Trata-se de uma palavra
de origem grega que significa “desordenado”. Representa a manifestação clínica
da disfunção de partes do sistema nervoso que coordenam o movimento como o
cerebelo e/ou suas vias (SEIDEL et al., 2012).
153
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
154
TÓPICO 2 — ATAXIA ESPINOCEREBELAR
155
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Uma vez que os principais problemas dos pacientes com ataxia são a falta
de co-contração e de estabilidade, a adição de cargas externas poderia ser um
adjuvante durante a reabilitação motora desses indivíduos.
Vale ressaltar que a fisioterapia é uma das principais intervenções estando
direcionada à melhora da função e habilidade motora, incluindo problemas na
marcha, mobilidade e postura, e encorajando o paciente a se manter da forma
mais independente possível dentro de seu ambiente.
156
TÓPICO 2 — ATAXIA ESPINOCEREBELAR
157
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
158
AUTOATIVIDADE
160
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
1 INTRODUÇÃO
161
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
A doença pode progredir por até seis semanas após o início e entre 20% a
30% dos pacientes desenvolvem complicações que incluem insuficiência respirató-
ria que requer ventilação mecânica, pneumonia aspirativa, sepse, arritmia cardíaca,
hipertensão arterial ou hipotensão, sudorese e constipação (ESPOSITO et al., 2017).
A sua causa ainda é desconhecida, mas 50% a 70% dos casos aparecem uma
ou duas semanas após uma infecção respiratória ou gastrointestinal ou outro estí-
mulo imune que cause uma resposta autoimune exacerbada (LONGO et al., 2017).
162
TÓPICO 3 — SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
163
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Alguns casos do SMF podem evoluir para a forma clássica de SGB. Vale
ressaltar que 5% dos casos clássicos de SGB pode ter oftalmoplegia. A variante
faríngeo-cervical-braquial é uma variante axonal que se manifesta em até 3% dos
pacientes com SGB, caracterizada clinicamente pela presença de ptose palpebral,
fraqueza facial, faríngeo e músculos flexores do pescoço (HIRAGA et al., 2003).
164
TÓPICO 3 — SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
Ao longo dos anos, tem se evidenciado que a SGB engloba neuropatias periféricas
idiopáticas agudas que são usualmente monofásicas (WILLISON et al., 2016).
Nos primeiros dias do início da doença, os resultados podem ser normais com apenas
alterações discretas de desmielinização. Com a evolução da doença, as características
clássicas de desmielinização e polirradiculoneuropatia multifocais estão presentes.
165
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Dessa forma, a mobilização precoce dos pacientes com SGB permite redu-
zir os níveis de serum calciume evitar a hipercalcemia por imobilidade (PICON,
GADELHA e BELTRAME, 2013).
Foi realizado um estudo envolvendo pacientes crônicos, ou seja, com mais de três
anos após o quadro agudo inicial, e sem participar de reabilitação nos últimos 24 meses.
Para analisar os resultados obtidos com esta intervenção foi utilizada a es-
cala de MIF (medida de independência funcional). Após 12 semanas de tratamento,
68,6% dos pacientes que receberam o programa de reabilitação de alta intensidade
apresentaram melhora funcional contra 32,4% do grupo de baixa intensidade.
Nos pacientes deste último grupo, 80% dos pacientes melhoraram três
pontos na escala MIF motora comparado a 8% dos indivíduos do programa de
baixa intensidade. Dessa forma, podemos concluir que a realização de treina-
mento de alta intensidade é eficaz para pacientes com sequelas da Síndrome de
Guillain-Barré (ANTUNES, PALÁCIO, BERTOLINI, 2015).
168
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A síndrome apresenta uma fraqueza ascendente com fraqueza nos membros in-
feriores que se espalha para os membros superiores e rosto, causa fraqueza bulbar
e dificuldades respiratórias e ocorre a perda dos reflexos dos tendões profundos.
• A doença pode progredir por até seis semanas após o início e entre 20% a 30%
dos pacientes desenvolvem complicações que incluem insuficiência respira-
tória que requer ventilação mecânica, pneumonia aspirativa, sepse, arritmia
cardíaca, hipertensão arterial ou hipotensão, sudorese e constipação.
169
AUTOATIVIDADE
LESÃO MEDULAR
1 INTRODUÇÃO
2 LESÃO MEDULAR
O trauma raquimedular (TRM) é uma lesão neurológica incapacitante,
com grande impacto na sociedade, representando um problema de saúde pú-
blica. As lesões medulares afetam principalmente os adultos jovens, com idade
entre os 16 e 30 anos, do sexo masculino, sendo a região cervical e a transição
toracolombar os seguimentos mais atingidos. As lesões medulares muitas vezes
resultam em morte ou deficiência (LEAL-FILHO et al., 2008).
A lesão medular pode ser resultado de uma doença na medula, que irá
intervir nos trajetos nervosos que ligam o encéfalo ao músculo esquelético. As
afecções que podem causar interferência nesses trajetos são várias, incluindo le-
são física, hemorragia, tuberculose, tumores entre outras. Todavia, as causas mais
frequentes dessa lesão estão relacionadas com a violência urbana, acidentes des-
portivos e acidentes do trabalho (DUCHARME et al., 2010).
171
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
lência doméstica, e os acidentes de trânsito. Por outro lado, quedas, acidentes nas
vias públicas e mergulho são vistos com certa frequência nos serviços de urgência
e emergência (LEAL-FILHO et al., 2008).
172
TÓPICO 4 — LESÃO MEDULAR
• ausente;
• alterada;
• normal e
• NT (não testada), quando, por qualquer motivo, a avaliação do dermátomo
não puder ser realizada (Figura 12).
173
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
O esfíncter anal externo deve ser também examinado por meio da intro-
dução do dedo do examinador no orifício anal, com a finalidade de determinar se
a lesão é completa ou incompleta (NEVES et al., 2007).
174
TÓPICO 4 — LESÃO MEDULAR
• Paralisia total.
• Contração palpável ou visível.
• Movimento ativo sem ação da gravidade.
• Movimento ativo contra a força da gravidade.
• Movimento ativo contra alguma resistência.
• Força normal e NT (não testada).
• Lesão completa (não existe função motora ou sensitiva nos segmentos sacrais S4-S5).
• Lesão incompleta (preservação da sensibilidade e perda da força motora
abaixo do nível neurológico, estendendo-se até os segmentos sacrais S4-S5).
• Lesão incompleta (função motora é preservada abaixo do nível neurológico, e
a maioria dos músculos chaves abaixo do nível neurológico apresentam grau
menor ou igual a 3).
• Lesão incompleta (função motora é preservada abaixo do nível neurológico
e a maioria dos músculos chaves abaixo do nível neurológico tem grau maior
ou igual a 3).
• Normal (sensibilidade e força muscular normal).
175
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
• Nível da lesão: altura da lesão, se a lesão é mais alta ou mais baixa. Uma lesão
de nível mais alto resulta em uma maior área corporal comprometida:
a) Cervicais: comprometimento dos membros superiores, tronco e membros in-
feriores (C1, C2, C3, C4, C5, C6, C7 ou C8).
b) Torácicas: comprometimento do tronco e membros inferiores (T1, T2, T3, T4,
T5, T6, T7, T8, T9, T10, T11 ou T12).
c) Lombares: comprometimento dos membros inferiores (L1, L2, L3, L4 ou L5).
d) Sacrais: comprometimento leve dos membros inferiores (S1, S2, S3, S4 ou S5).
Dessa forma, podem existir tanto lesões altas incompletas como lesões
baixas completas.
c) Níveis de lesão cervicais até torácico T11: pacientes apresentam paralisia es-
pastica (contração muscular involuntária).
d) Níveis de lesão torácica T12 para baixo: apresentam paralisia flácida (sem
contração involuntária).
Síndrome de Brown-Séquard
177
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
178
TÓPICO 4 — LESÃO MEDULAR
179
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Ao prescrever órteses como a cadeira de rodas (CR) para pacientes com lesão
medular compreende-se que esse será, provavelmente, o seu principal meio de loco-
moção. Para uma prescrição adequada de CR manual é necessário considerar a pos-
tura individual, o nível de função do paciente, o ambiente e os recursos disponíveis.
180
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
• A lesão medular pode ser resultado de uma doença na medula, que intervirá
nos trajetos nervosos que ligam o encéfalo ao músculo esquelético.
181
AUTOATIVIDADE
182
TÓPICO 5 —
UNIDADE 3
DISTROFIAS MUSCULARES
1 INTRODUÇÃO
Acerca dos sintomas, o mais comum é a fraqueza muscular, que com o passar
do tempo vai deixando o indivíduo cada vez mais dependente e sem funcionalidade.
2 DISTROFIAS MUSCULARES
Pacientes com distrofias musculares não são raros nos consultórios e clí-
nicas de Fisioterapia (DIAMENT et al., 1998). Apesar disso, ainda há uma visão
muito segmentária de atendimento fisioterapêutico destes pacientes: na clínica
faz-se o atendimento neurofuncional, e, se o paciente necessitar de internação, no
hospital faz-se o atendimento cardiopneumofunional (STEFFENSEN et al., 2002).
O termo distrofia (do grego dys, “mal”, “anormal”; trophen, “nutrição”) re-
fere-se à anomalia do desenvolvimento por formação imperfeita de certos tecidos
e, consequentemente, dos órgãos por ele formados.
183
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
184
TÓPICO 5 — DISTROFIAS MUSCULARES
185
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
186
TÓPICO 5 — DISTROFIAS MUSCULARES
• Fornecer uma avaliação física precisa e contribuir com estas informações para
as decisões sobre os cuidados futuros.
• Minimizar o desenvolvimento de contraturas, com exercícios passivos.
• Manter a força muscular por exercícios.
• Prolongar a mobilidade e função; por meio de órteses, coletes etc. prescritos
por especialistas.
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UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
• Exercícios Respiratórios
• Respiração Profunda
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RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você aprendeu que:
• A fisioterapia tem como objetivo principal manter e/ou melhorar a força mus-
cular, prevenir encurtamentos, retrações musculares e deformidades ósseas,
e orientar os pacientes e seus cuidadores.
190
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Sinal de Cacifo.
b) ( ) Sinal de Gowers.
c) ( ) Sinal de Murphy.
d) ( ) Sinal de Blumberg.
a) ( ) Fraqueza Muscular.
b) ( ) Clônus Muscular.
c) ( ) Deformidade Óssea.
d) ( ) Escaras de Decúbito.
191
192
TÓPICO 6 —
UNIDADE 3
SÍNDROME DE DOWN
1 INTRODUÇÃO
A Síndrome de Down (SD) pode ser caracterizada como uma condição de origem
genética, que leva o indivíduo a apresentar uma série de características físicas e mentais
particulares. A SD pode ser explicada por um desequilíbrio da constituição cromossômi-
ca, denominada trissomia do cromossomo, em que o indivíduo possui uma cópia total
ou parcial extra deste cromossomo. Neste tópico, aprenderemos as principais técnicas e
abordagens fisioterapêuticas usadas na fisioterapia neurofuncional.
2 SÍNDROME DE DOWN
A Síndrome de Down (SD) é uma condição genética, que leva o indivíduo a
apresentar características físicas e mentais particulares (MANCINI et al., 2003). Essa
condição foi descrita em 1866, por John Langdon Down, sendo então a primeira
anomalia cromossômica detectada na espécie humana (BARRETO et al., 2007).
193
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
• Baixa estatura.
• Ossos curtos e largos.
• Macroglossia (Crescimento anormal da língua).
194
TÓPICO 6 — SÍNDROME DE DOWN
195
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Vale ressaltar que nem toda criança com SD apresentará todas as caracte-
rísticas citadas.
196
TÓPICO 6 — SÍNDROME DE DOWN
197
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Uma abordagem cada vez mais utilizada é a estimulação precoce, que irá
proporcionar experiências sensório-motoras que vão intervir na maturação da
criança. São condições necessárias para conseguir uma reação dinâmica com o
meio em que vive, ensinando à criança posturas e movimentos mais próximos do
padrão de normalidade favorecendo assim, o desenvolvimento e a aquisição de
habilidades funcionais das crianças (MATTOS; BELLANI, 2010).
198
TÓPICO 6 — SÍNDROME DE DOWN
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RESUMO DO TÓPICO 6
Neste tópico, você aprendeu que:
• A Síndrome de Down (SD) pode ser caracterizada como uma condição de ori-
gem genética, que leva o indivíduo a apresentar uma série de características
físicas e mentais particulares.
200
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Sinal do Cromossomo.
b) ( ) Trissomia do Cromossomo 21.
c) ( ) Trissomia da Mitocôndria 20.
d) ( ) Duplicação Genérica do Cromossomo 21.
a) ( ) Translocação.
b) ( ) Trissomia composta.
c) ( ) Trissomia simples.
d) ( ) Mosaicismo.
a) ( ) Macroglossia.
b) ( ) Microglossia.
c) ( ) Palato Ogivalitado e implantado.
d) ( ) Prega simianesca frouxa.
201
202
TÓPICO 7 —
UNIDADE 3
TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS NA
FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
1 INTRODUÇÃO
203
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Este conceito foi desenvolvido pelo Dr. Herman Kabat e pela Srta. Marga-
reth Knott no Instituto Kabat-Kaiser, entre 1946 e 1951.
204
TÓPICO 7 — TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
205
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
O conceito teve sua origem com o casal Bobath (Berta Bobath e Karel Bo-
bath). Em 1952, Berta Bobath recebeu um paciente que era um pintor famoso,
hemiplégico e apresentava espasticidade severa, sendo assim, ela percebeu que
poderia modificar a espasticidade por meio de posturas e movimentos. Dessa
forma, houve a criação do método Bobath. Além disso, nos anos 1950, o casal
Bobath fundou o Centro Bobath em Londres, assim a técnica deixou de se chamar
método e passou a se chamar conceito Bobath (LEVIN; PANTURIN, 2011).
206
TÓPICO 7 — TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
207
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
209
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
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TÓPICO 7 — TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
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UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
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TÓPICO 7 — TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
Na fase aguda após o AVE, os pacientes não realizam movimentos com ombro
parético, pois os eles acreditam que o membro parético não apresenta função. Dessa
forma, os pacientes priorizam o movimento com o membro sadio. Essa atitude é extre-
mamente prejudicial para a reorganização cortical do membro superior parético.
213
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
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TÓPICO 7 — TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
FONTE: A autora.
215
UNIDADE 3 — FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
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TÓPICO 7 — TÉCNICAS FISIOTERAPÊUTICAS NA FISIOTERAPIA NEUROFUNCIONAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Outro benefício da ETCC para o esporte, que após o estímulo, ela permite
aumentar a força (Cogiamanian e colaboradores, 2007), melhora a velocidade,
torna o tempo de reação mais breve (Hunter e colaboradores, 2009), facilita o
aprendizado de algumas habilidades motoras (Antal e colaboradores, 2004) e oti-
miza o julgamento visual (Costa e colaboradores, 2015).
218
RESUMO DO TÓPICO 7
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
219
AUTOATIVIDADE
220
REFERÊNCIAS
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muscular Proprioceptiva. São Paulo: Manole, 2007.
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