Disuria - Clinica de Animais de Companhia
Disuria - Clinica de Animais de Companhia
Disuria - Clinica de Animais de Companhia
Cães e gatos com disúria assumem a postura normal para urinar, mas gastam uma enorme
quantidade de tempo tentando urinar e muitas vezes liberam apenas pequenos volumes de
urina. Esses animais mudam de posição, postura, levantam-se, movem-se para outro local
repetidamente. Mesmo com a bexiga vazia, a irritação da mucosa resulta em repetidas
tentativas de micção, sem sucesso. Gatos com obstrução uretral, por vezes, vocalizam
angustiados durante as tentativas de urinar. É importante nessa situação clínica avaliar a
presença de obstrução uretral. A obstrução uretral completa é rapidamente identificada
durante a palpação abdominal devido à presença de uma bexiga túrgida, bastante repleta e
dolorida, enquanto uma bexiga pequena e dolorida sugere cistite com ausência de obstrução.
Deve-se ter cautela para evitar grande pressão da bexiga durante a palpação em casos nos
quais há suspeita de obstrução.
A observação do animal durante a micção pode ser valiosa para a identificação de problemas
como disúria. A tentativa de sondagem permite que o clínico rapidamente determine se a
uretra está livre ou obstruída. Massas e cálculos são mais facilmente detectados pela palpação
quando a bexiga está vazia ou parcialmente repleta. A presença de vários pequenos cálculos
produz a sensação de crepitação durante a palpação, enquanto pode ser difícil diferenciar um
cálculo grande e único de um tumor ou um grande coágulo. A palpação retal deve ser realizada
em todos os pacientes com disúria, sendo machos ou fêmeas. A palpação retal não só é
importante para a avaliação da glândula prostática em machos, mas também permite a
identificação de tumores uretrais e uretrite proliferativa em fêmeas. O períneo deve ser
examinado em busca de hérnia perineal e o pênis deve ser totalmente exposto para a
detecção de lesões como aquelas produzidas pelo tumor venéreo transmissível em cães
machos.