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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Formação de Professores

Departamento de Geografia

Antônio

Orientador: Prof°. Dr°. Miguel Rocha Leão

Análise da ocupação humana e seus impactos socioambientais


na bacia do Rio Alcântara

São Gonçalo

2021
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Faculdade de Formação de Professores

Departamento de Geografia

Análise da ocupação humana e seus impactos socioambientais


na bacia do Rio Alcântara

Antônio Enagio Farias de Oliveira

Monografia apresentada ao Departamento de Geografia da Universidade do Estado do


Rio de Janeiro, da unidade Faculdade de Formação de Professores – SG, como parte dos
requisitos necessários à obtenção do título de Licenciatura Plena em Geografia.

Orientador: Prof°. Dr°. Miguel Rocha Leão

São Gonçalo

2021

2
Análise da ocupação humana e seus impactos socioambientais
na bacia do Rio Alcântara

Antônio

Monografia apresentada ao Departamento de Geografia da Universidade do Estado do


Rio de Janeiro, da unidade Faculdade de Formação de Professores – SG, como parte dos
requisitos necessários à obtenção do título de Licenciatura Plena em Geografia.

Data de aprovação: __/__/__

Banca examinadora:

3
LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

FICHA CATALOGRÁFICA

OLIVEIRA, A. E. F..

Análise da ocupação humana e seus impactos socioambientais


na bacia do Rio Alcântara UERJ-FFP / Departamento de Geografia, 2018.

Orientador:

1 – Bacia Hidrográfica 2 – Rede de Drenagem 3 – Áreas de Preservação


Permanente

4
Dedicatória

Dedico este trabalho a minha mãe Ana maria Soares Farias de Oliveira que sempre
me apoiou em tudo que faleceu no ano de 2019, mas que sempre estiveram me
apoiando, orando e incentivando, não apenas durante minha graduação, como também
durante toda a minha vida.
5
Agradecimentos

Agradeço, primeiramente, à Deus, pois creio que meus pedidos e


agradecimentos durante todos esses anos foram atendidos e respondidos por Ele.

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O Resumo

O presente trabalho tem por objetivo discutir a problemática sobre a


degradação ambiental no município de São Gonçalo –Leste metropolitano –
Rio de Janeiro, visando destacar a analise em primeiro plano sobre aspectos
sociais e tendo o homem como um agente transformado da paisagem, em
segundo plano analisar a dinâmica fluvial, sua caracterização e modificação
como um sistema hídrico.
As bacias hidrográficas servem para compartimentação topográfica do
relevo, permitindo a classificação das sub-bacia que compõem o sistema
hidrográfico, segundo sua dinâmica geomorfológica. Em termos de dinâmica
hidrológica essa sub-bacia pode possuir diferentes significados para o
escoamento da água, de acordo com parâmetros controladores da eficiência do
processo de drenagem, tais como gradiente e densidade de drenagem.
Ao propor uma análise da degradação ambiental no município de São
Gonçalo –Leste metropolitano – Rio de Janeiro, é visto que desde a sua
fundação os rios exerceram vital utilidade na formação da cidade e vimos que
em bacias hidrográficas urbanas essa degradação pode ocorrer de várias
formas por diversos motivos. Desta forma, pretendemos abordar os impactos
físicos e sociais neste meio ambiente.
Para iniciar uma discussão sobre degradação, foi importante conhecer a
situação na sub-bacia do rio Alcântara e o grau de destruição devido à
urbanização e à falta de saneamento básico. Assim, suas águas atingem o
baixo curso já altamente poluída, desta forma contribuindo para a degradação
dos manguezais e da Baía de Guanabara. os resíduos industriais, ou seja, a
degradação dos recursos hídricos, estão diretamente relacionados ao problema
da poluição. Além disso, a má utilização do solo, promovida pela ocupação
desordenada, também contribui para a degradação desse ambiente.

Palavras-Chave: Bacias Hidrográficas, Degradação ambiental, São


Gonçalo, Paisagem
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO

Ao longo da história os rios foram gradativamente ocupados pela ação


antrópica do homem, e automaticamente foram se transformando de paisagens
nativas e de valor ecológico e paisagístico em densas áreas urbanas
totalmente ocupadas.
Na sub-bacia do Rio Alcântara no município de São Gonçalo –Leste
metropolitano – Rio de Janeiro onde é a área de pesquisa deste trabalho não
foi diferente tal ato. Na imagem abaixo vemos a localização total do rio
alcantara.

Fonte: Vieira, 2019.


No Brasil, a ocupação desordenada e a urbanização dos centros
urbanos têm tratado com desprezo os cursos d'água. Cursos d’agua esses que
se tornaram essenciais na sua formação como cidade, e muitos desse fatores
são altamente replicados de formas distintas em várias cidades, e as
transformando de paisagem nativas em paisagem residual.
Os pequenos rios e córregos estão cada vez mais escassos e
visualmente desaparecendo dos mapas. Encontramos rios com seus leitos
alterados, canalizados, retinilizados aterrados ou em avenidas-canal. Obras
como túneis, viadutos e pontes são projetados para facilitar o fluxo do sistema
viário, e acabam por colocar em segundo plano as facilidades que
possibilitariam o uso de forma sustentável desses rios urbanos, tais como a sua
utilização como meio de circulação em área urbana.
A mata ciliar componente importante que auxiliar a proteção destes rios
é cada vez mais degradada de forma continua e desenfreada, e é essa mata
que serve de escudo para a conservação ao redor dos rios.
Há um adensamento populacional cada vez mais intenso no município
nas áreas próximas aos rios, fazendo com que a impermeabilização do solo
fique cada vez mais difícil no que se refere ao infiltramento e percolação do
ambiente, e tal fato tende a dificultar a reposição hídrica destes rios, tais fatores
erguidos sem planejamento no município de construções civis como, pontes,
avenidas e túneis que são construídos próximos ou encima dos rios o afeta de
forma gradativa dificultando sua alimentação.
A mata ciliar no entorno do Rio Alcantara está bastante degradada, isso
ocorre pelo aumento da compactação em áreas próximas aos rios com
impermeabilização do solo, pontes, becos e túneis que são construídos sem
planejamento urbano e arquitetônico nenhum, e os rios então tratados como
meros coadjuvantes da paisagem urbanas. E os resultados disto e que
eventualmente os rios e suas margens são desvalorizados se tornando valões
ao ar livre, fazendo com que nesse processo eles vão sucumbindo ao ataque
urbano, tornando-se uma paisagem invisível por meio de edificações civis e
ocupação desordenada.
As cidades estão cada vez mais com a paisagem de rios esquecidas e
ocultadas, vide o exemplo do bairro de ALCANTARA no município de São
Gonçalo –Leste metropolitano – Rio de Janeiro, onde a maior parte do objeto
da referida pesquisa passa. Assim vermos ele se tornando cada vez mais
sujos, poluídos e desvalorizados, onde quanto menos ele é visto, melhor é para
a imagem da cidade.
Sabemos que a transformação de um ambiente natural e nativo em um
meio urbano, sempre resultará em alterações ambientais drásticas. Fato
sempre negado pelos orgaos públicos que nunca visam procurar adequar o
processo de urbanização às características do ambiente existente para que
convivam de forma conjunta e harmônica.

No Brasil, a urbanização negligenciou de forma errônea os rios e suas


as origens, tudo isso em razão dos desenvolvimentos de muitas cidades,
cidades essa como no município de São Gonçalo –Leste metropolitano – Rio
de Janeiro, as transformando em paisagens rudimentares e de valor econômico
especulativo, negando sua origem como paisagem nativa.

Toda transformação de um ambiente natural nativo em ambiente urbano


sem nehum planejamento resultará sempre em mudança ambiental forte e
drásticas de consequências inimagináveis, muitas vezes quando não há
controle e planejamentos na construção das cidades urbanas interfere de forma
branda e agressiva nessa paisagem. Mas cabe a nós propor soluções para
tentar uma adaptação ao processo de urbanização.
OBJETIVOS

1.1.1 OBJETIVO GERAL

Discutir os impactos ambientais, a degradação ambiental e ocupação


urbana na sub-bacia do rio Alcântara analisando as características físicas e
socias de modo a compreender os elementos que atuam nesse ambiente e
seus aspectos na transformação da paisagem junto a ação antrópica ao longo
das últimas décadas.

1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Analisar o crescimento urbano no entorno da bacia e suas transformações


ao decorrer das últimas décadas.
• Analisar a problemática das enchentes associadas ao deterioramento e
poluição da bacia ao seu entorno mais abrindo o leque para ver como uma
problemática social.
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1.1.3 JUSTIFICATIVA

O Munícipio de São Gonçalo está localizado na porção sudoeste do


Estado do Rio de Janeiro, fazendo fronteira a Norte e a Leste com o município
de Itaboraí, a Sudeste com o município de Maricá, a Sul com o município de
Niterói e a Oeste encontra-se a Baía de Guanabara. (Figura 1). De acordo com
a estimativa populacional do IBGE em 20131 o munícipio possuía 1.025.507
habitantes divididos em uma extensão territorial de 247,709 Km², configurando
uma densidade demográfica de 4.035,90 hab./Km².
A figura x mostra a localização de são Gonçalo
fonte: elaborado por Souza 2018

Segundo Cunha (2012), os rios têm sido utilizados historicamente como


vias de acesso ao interior do continente, facilitando o crescimento de
aglomerados urbanos e áreas cultivadas, uma vez que a água é um recurso
fundamental para a sobrevivência humana. Na cidade de São Gonçalo

Atualmente vivemos problemas que se tornaram rotineiros e constantes


que se faz presente nas cidades, centros e periferias tais problemáticas ocorre
nos rios urbanos, durante a formação e expansão das cidades onde os
elementos naturais e humanos se interpenetram tornando se evidente na
ocupação que se fez presente e desenfreada nos entornos dos rios. Um dos
fatores nesta expansão é o desprezo pela vida dos rios onde eles sofreram
transformações drásticas em seus ambientes e na sua paisagem. Grande parte
dessas mudanças está associada à expansão territorial da urbanização, pois, a
sempre a necessidade de criação de novos espaços e com isso, a vegetação e
os corpos hídricos são vistos como problemas para urbanização.
A questão ambiental é uma das principais discussões que ocorrem em
nosso dia-a-dia. Neste debate, a água, tem a sua devida importância para o ser
humano e a vida na Terra, e recebe grande enfoque, visto que ações
antrópicas mal planejadas geraram ao longo dos anos um panorama
preocupante, onde muitos dos antigos cursos hídricos se encontram
contaminados por esgoto, metais pesados, dentre outros elementos.
Tal contexto nos faz refletir sobre a percepção do estado de
conservação das bacias hidrográficas do munícipio de São Gonçalo – RJ em
relação os córregos urbanos municipais. Situado na porção leste fluminense e
pertencente da Região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, hoje se
encontra com a maior parte de seus rios altamente degradados.
No município de São Gonçalo – Leste metropolitano - RJ, onde se
localiza a área de estudo desta pesquisa encontram-se solos degradados em
grande parte de suas encostas, dificultando o processo de regeneração natural
da cobertura vegetal que, na maioria das vezes, se restringe a cobertura de
gramíneas. Dessa maneira intensificam-se os processos de assoreamento dos
canais fluviais que drenam as baixadas adjacentes a essas encostas,
contribuindo fortemente para o problema das enchentes em área urbanas.
história São Gonçalo.
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2. EMBASAMENTO TEÓRICO

O presente capítulo traz conceitos ligados ao tema desta monografia. Ao


passo que, em sua estruturação procura-se apresentar sistemas de Rede de
Drenagem, os tipos de rede e a hieararquia fluvial. Em seguida, trata-se o
conceito de Bacia Hidrográfica e os tipos de rios, leitos e canais, além da
ocupação urbana nas proximidades de uma bacia e sua influência para a
dinâmica hidrográfica. Após, trabalha-se questões relacionadas à Áreas de
Preservação Permanente, sua importância e a influência da ação humana. Por
fim, discute-se a questão do uso e cobertura da terra e sua interferência na
dinâmica hidrológica.
2.1 SURGIMENTO DE SÃO GONÇALO-RJ Leste Metropolitano

A história de São Gonçalo ocorreu aparti de uma grande conjuntura


muito interessante no quesito nacional, tudo decorre dos seus aspectos
históricos e geográficos, onde vemos que são Gonçalo era ocupado pelos
indígenas Tamoios ao qual no município de são Gonçalo habitavam e tinham
sua vida em comunidade, sem a presença do homem branco europeu, já em
1500 tal fato começa na presença de portugueses na região litorânea do Brasil
onde.
São Gonçalo tem a presença marcante ao qual sua história irá iniciar
com uma demarcação de terras através das capitanias hereditárias de São
Vicente 1579, quando as terras foram doadas a Gonçalo Gonçalves, Gonçalo
Gonçalves foi o fundador de São Gonçalo .

Assim Gonçalo Gonçalves se tornou dono das terras em São Gonçalo


1645. Gonçalo Gonçalves adquiriu as seis Maria que ficou com o nome de São
Gonçalo devido ao santo padroeiro. Gonçalo Gonçalves , São Gonçalo então
passa a ter uma freguesia 1647 ao qual são Gonçalo tem agora a sua categoria
de Freguesia ao qual esse foi um processo muito importante na colonização e
na catequização dos índios Tamoios que aki habitavam, E esse título foi dado
principalmente a homenagem a uma igreja ao qual ficava às margens do rio
Guaxindiba, São Gonçalo Destaque Nacional economicamente Quando
começa então a plantar cana de açúcar em suas terras São Gonçalo começa a
presenciar muitos engenhos ao produzir tanto o açúcar quanto a água para
São Gonçalo hoje possui o nome de gêmeos tanto que hoje os bairros
pertencentes a São Gonçalo e muitos deles tem o nome de génio como Rio
Pequeno do roçado do mato entre outros Qual a história marca exatamente
como São Gonçalo tem seus países marcados por esse processo histórico mas
Na sua construção sócio-espacial vai muito além disso Será no período
Industrial do município Ceará mas o destaque Nacional ser chamada de
Manchester subir nem se comparada a primeira revolução industrial na
Inglaterra porém apesar de se destacar em números industriais Niterói também
é o único vizinho que são estava a sua frente Como podemos observar na
tabela a tabela e quantos São Gonçalo possuía Total depois de 1948 39 possui
102 de 23 observamos Tabela se deve a influência da capital do Estado do Rio
de Janeiro tudo será nesse processo que São Gonçalo ganharam destaque no
início da urbanização pois essas indústrias ficavam localizados nos distritos de
Neves e Sete Pontes foi o motivo EA presença de muitas indústrias era a
influência de Niterói mas por também a capital Nacional do Brasil então São
Gonçalo passa a possuir variedade de tipos de transporte também se
estabeleceram em São Gonçalo e tudo por exemplo de Regina Félix de
brinquedos fábrica entre outros nesse período São Gonçalo para atrair um
grande número de pessoas de várias regiões do Estado do Rio de Janeiro o
número de pessoas que trabalhavam em São Gonçalo 1893 em 1950 sendo
tudo do número de pessoas que trabalhavam fora de São Gonçalo Niterói no
Rio de Janeiro São Gonçalo Niterói São Gonçalo auxiliar no processo de
formação do espaço urbano de São Gonçalo tiveram grande importância na
formação espacial de São Gonçalo na região mais interna do município ficaram
sendo usados pelos orçamentos os bons mas como a população Gonçalense
vinha crescendo muito na época o bonde acabou sendo sucateado o bode e a
de Neves até Alcântara que se deu de 1910 a 1965 quando pode deixou de
existir um m onte foi usado pelos Gonçalense por muito tempo cerca de 55
anos o bonde como não ouvir os devidos investimentos necessários extintor foi
ficando sucateado ao qual o trem suburbano acabou sendo uma opção dos
gonçalenses
Ele vai entrar ou seja o número de pessoas ou seja de Gonçalense São
Gonçalo aumenta de forma vertiginosa não dá mais conta dessa quantidade de
pessoas e aí que entra em jogo por favor o Val ele era a principal depois do
bode aonde São Gonçalo possuía então duas linhas férreas principais a
estrada de ferro Maricá queria exatamente em direção dos lagos e a estrada de
ferro chamada Leopoldina railway ao qual essa estrada e a em direção à região
serrana do Estado do Rio de Janeiro objetivo principal dessas linhas era o
primeiro disco a produção das rochas e os produtos agrícolas das fazendas
com a famosa prática da citricultura o uso do trem se deu por muito tempo
sendo o resto da minha perna está de Leopoldina retirada recentemente e até
mesmo acompanhada por alguns meses a mais ou menos 9 anos então a linha
férrea passa a ser uma ferramenta primordial para os componentes ao qual o
trem ele passa a ser o meio de transporte de deslocamento para o seu trabalho
fazendo então o movimento pendular quantas casas Se encontravam nas
partes mais internas nos dias das minhas férias ao trabalhador ele acaba
sofrendo um pouco de distanciamento até então a linha terra ou seja apenas os
grandes agricultores com a expansão da produção mas como a população
Gonçalense aumenta de forma atenuante vai ser o trem que vai depois então
transportar toda a população em direção ao seu trabalho são do território de
São Gonçalo é o processo de loteamento uma produção vai se destacar no
setor agrícola que também era destacado no Setor Industrial São Gonçalo
passa a ter duas importâncias econômicas Resumindo oficial e o setor agrícola
principalmente com a cultura portanto Uma Segunda Guerra Mundial os
brasileiros viram as suas Produções encalhar trazendo grandes prejuízos a
única saída para ele fazer essas terras e assim adquirir em Lucas assim 101
músicas quando a Prefeitura irá se beneficiar com novos contribuintes para o
pagamento de impostos imigração da busca do trabalho na capital federal do
Rio de Janeiro na capital do Estado Niterói São Gonçalo se tornou uma região
propícia a ocupação de terrenos a preços baixos onde fará surgir vários países
como Trindade Galo Branco Bom Retiro Jardim Catarina Santa Isabel Até hoje
ainda não mas já são da ocupação populacional abertura herói da década de
70 onde as pessoas conseguiu melhor eu também de soma subtração tanto do
Centro Rio como das várias meninas aonde as pessoas não tinham poder de
compra o São Gonçalo uma via ao qual número de pessoas também aumentou
informa segundo dados do IBGE de 2010 São Gonçalo atingiu 1 milhão de
habitantes onde atualmente só são os quesitos segurança saúde e educação é
preciso planejamento para poder suprir todas as quantidades de pessoas com
a gestão da Prefeitura e que posso
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2.1.1 CICLO HIDROLOGICO

O conceito de ciclo hidrológico está ligado ao movimento e à troca de


água nos seus diferentes estados físicos, que ocorre na Hidrosfera, entre os
oceanos, os calotes de gelo, as águas superficiais, as águas subterrâneas e a
atmosfera. Este movimento permanente deve-se ao Sol que fornece a energia
para elevar a água da superfície terrestre para a atmosfera (evaporação), e à
gravidade, que faz com que a água condensada se caia (precipitação)e que,
uma vez na superfície, circule através de linhas de água que se reúnem em
rios até atingir os oceanos (escoamento superficial) ou se infiltre nos solos e
nas rochas, através dos seus poros, fissuras e fraturas (escoamento
subterrâneo).
Nem toda a água precipitada alcança a superfície terrestre, já que uma
parte, na sua queda, pode ser interceptada pela vegetação e volta a evaporar-
se. A água que se infiltra no solo é sujeita a evaporação direta para a
atmosfera e é absorvida pela vegetação, que através da transpiração, a
devolve à atmosfera. Este processo chamado evapotranspiração ocorre no
topo da zona não saturada, ou seja, na zona onde os espaços entre as
partículas de solo contêm tanto ar como água.

A água que continua a infiltrar-se e atinge a zona saturada, entra na


circulação subterrânea e contribui para um aumento da água armazenada
(recarga dos aquíferos). Observa-se que, na zona saturada (aquífero), os poros
ou fraturas das formações rochosas estão completamente preenchidos por
água (saturados). O topo da zona saturada corresponde ao nível freático. No
entanto, a água subterrânea pode ressurgir à superfície (nascentes) e alimentar
as linhas de água ou ser descarregada diretamente no oceano.

A quantidade de água e a velocidade com que ela circula nas diferentes


fases do ciclo hidrológico são influenciadas por diversos fatores como, por
exemplo, a cobertura vegetal, altitude, topografia, temperatura, tipo de solo e
geologia.
Este ciclo apresentado ocorre em condições naturais, mas sabe-se que
ações antrópicas em alguns estágios do ciclo podem alterá-lo profundamente.
Essas alterações percebem-se em áreas rurais e urbanas.
Em síntese, o ciclo hidrológico pode ser representado da seguinte maneira
(figura x)
Figura 1: Ciclo Hidrológico

Fonte: USGS (United States Geological Survey), Disponível em:


http://ga,water.usgs.gov/edu/watercycleportuguesehi.html>. Acesso em:
13/08/2020.

2.1.2 O CICLO HIDROLÓGICO EM AMBIENTES URBANOS

Com o crescimento populacional em áreas urbanas e as mudanças


ocorrentes na paisagem de forma direta e indiretamente pela influência
humana, faz com que a dinâmica do ciclo hidrológico descrito acima, sofra uma
variação através das construções urbanas, impedindo e dificultando o
escoamento da água no solo.
A hidrologia da área urbana apresenta várias peculiaridades se
comparada às áreas rurais e florestadas, isso ocorre devido à intensidade da
ocupação humana e os níveis de alteração no ambiente.

No Brasil, a urbanização, intensificou-se com os Planos Nacionais de


Desenvolvimento (PND). A partir da década de 1970 pode-se observar uma
mudança fundamental na ocupação do solo no país, quando, com incentivos
estatais para expansão agrícola e industrial, houve a dilatação dos centros
urbanos (EGLER, 2001; SILVA, 2008).
Com a intensa urbanização, a circulação da água em áreas urbanas é
dificultosa, modificando assim a dinâmica regular da precipitação no solo,
processo este decorrente da má instalação urbana, falta de planejamento e
pela carência de fiscalização em áreas consideradas impróprias ao
assentamento humano por estarem sujeitas a riscos naturais ou decorrentes da
ação antrópica, como em beira de leitos dos rios e em áreas de alta declividade
(encostas ou topo de morros), podendo assim trazer consequências
desastrosas como: risco de desmoronamento, deslizamento de terra,
enchentes e alagamentos.

É importante ressaltar que o processo de urbanização, pautado na


intervenção antrópica sem planejamento, trouxe grandes complicações para a
questão de águas urbanas.

Segundo Tucci (2003a, p. 12):


“O ciclo hidrológico natural é constituído por diferentes processos físicos,
químicos e biológicos”. Quando o homem entra dentro deste sistema e se
concentra no espaço, produz grandes alterações que modificam
dramaticamente este ciclo e trazem consigo impactos significativos (muitas
vezes de forma irreversível) no
próprio homem e na natureza."

Pode-se citar vários fatores que alteram o ciclo hidrológico nas cidades,
entre eles :impermeabilização do solo, remoção da vegetação, alterações
morfológicas na topografia, obras de engenharia nos canais fluviais e
deposição irregular de resíduos. Esses fatores acabam por desencadear ou
intensificar o assoreamento de rios urbanos com ampliaçao magnitude e
frequência de enchentes, erosão dos solos e dos canais fluviais, movimentos
de massa e outros processos que associados resultam em intensa degradação
ambiental.

Para ilustrar o efeito da substituição da cobertura natural do solo pela


urbanização sobre o ciclo hidrológico, tem-se a Figura 2. Observa-se que, após
uma impermeabilização entre 30% e 50% da superfície, o escoamento
superficial passa a corresponder a 55% do total precipitado, enquanto esse
percentual era equivalente a apenas 10% da precipitação para a situação de
cobertura natural do solo.
2.1 - Hidrologia de Encosta

Podemos dizer que uma das funções da água no espaço terrestre é esculpir
formas geográficas e modelar os perfis geográficos. Podemos dizer, também, que
conforme a água está em constante movimento através do ciclo hidrológico, a
paisagem terrestre também se "movimenta" na medida em que muda a modelagem.

"A água constitui um dos elementos físicos mais importantes na composição da


paisagem terrestre, interligando fenómenos da atmosfera inferior e da litosfera, e
interferindo na vida vegetal-animal e humana, a partir da interação com os demais
elementos do seu ambiente de drenagem. Dentre as múltiplas funções da água
destacamos seu papel como agente modelador do relevo da superfície terrestre,
controlando tanto a formação como o comportamento mecânico dos mantos de
solos e rochas." (Netto, 1998).

Para compreender o perfil geográfico de uma encosta há de se entender, antes, o


clima e o ciclo hidrológico desse ambiente. De acordo com Coelho Netto, 2001, o
reconhecimento, a localização e a quantidade dos fluxos d'água nas encostas são
de fundamental importância ao entendimento dos processo geomorfológicos quo
governam as transformaçóos do relevo sobre diversas condições climáticas e
geológicas.

Além de a água atuar na geografia dos ambientes, ela interfere na flora e fauna e na
vida humana. Ponanto, para saber sobre o ciclo hidrológico de determinada região,
se faz necessário uma observação do perfil geográfico, pois, as formas geográficas,
a flora e a fauna local, fala muito do clima e de outros fenómenos associados a ele.

As encostas são definidas como os lados e um morro ou montanha ou de qualquer


elevação de terra por onde escorrem as águas precipitadas. O nivelamento é
denominado de declive, tendo a água como elemento principal no processo de
modelagem do seu perfil geográfico.

A água precipitada, não interceptada, atinge o solo. Uma parte é infiltrada e a outra
escorre superficialmente. O escoamento vai variar muito com a declividade do
terreno. Quanto maior a declividade, maior será erosão e a modificação do terreno.
Em alguns casos, aceleradas pela interferência humana. Por isso, em razão da
ocupação das encostas pelo homem, principalmente em áreas urbanas, tornaram-
se necessários estudos sobre os movimentos de massa em encostas, com objetivo
de buscar medidas que evitem catástrofes nessas áreas.

Em relação aos acontecimentos naturais nas encostas, relacionados aos


deslocamentos das massas, são inerentes a ele o clima, o encharcamento do solo e
a força de gravidade. O fator climático constitui um dos elementos principais nos
deslizamentos de terra que estão também relacionados volume de precipitação e à
força gravitacional.

Os deslizamentos de terra estão relacionados com a infiltração e ao escoamento de


água no solo. A quantidade de água infiltrada no solo vai depender do tipo de
vegetação e das características do solo. A infiltração ocorre após os eventos de
chuva, quando a água penetra no solo e vai preenchendo os poros até que fique
totalmente saturado. Após a saturação do solo, a água passa a escoar
superficialmente. Tanto a água infiltrada que
encharca o solo, quanto a que escorre superficialmente, é responsável pelos
deslizamentos de terra nas encostas.

Hidrologia Fluvial

Poderíamos dizer que os rios nascem a partir do escoamento superficial e da


infiltração da água precipitada no solo. De acordo com Martins, 2000, a chuva,
caindo sobre um solo saturado de umidade ou impermeável, escoa pela sua
superfície, formando sucessivamente as enxurradas, córregos, ribeirões, rios e
lagos ou reservatório de acumulações - lençóis freáticos ou aquíferos.

A topografia da área contribui com a delimitação do escoamento superficial,


formando o divisor de águas ou o divisor de drenagem da bacia hidrográfica. Cunha,
1994, define leito fluvial como o espaço ocupado pelo escoamento das águas. Os
leitos são classificados em leito menor, leito de vazante, leito maior e leito maior
excepcional. O clima e o relevo vão influenciar nos tipos de canais.

O clima, o tipo de solo e a vegetação são fatores que interferem na dinâmica da


bacia de drenagem.

Influencia do clima na hidrologia fluvial

O tipo de clima, por influenciar na quantidade de chuva, vai determinar o volume de


água nos rios. Nas regiões de clima tropical que apresentam verão bastante
chuvoso, como é o caso do Estado do Rio de Janeiro, o volume de água nos rios
aumenta, ocasionando as enchentes de verão. Por esta razão, nos centros urbanos,
o período chuvoso causa várias catástrofes, como a enchente do ano de 2010, no
Rio Alcântara, que será abordada no capítulo

O aumento da temperatura ocasiona proporcionalmente a umidade do ar


atmosférico pelo fenômeno vaporização. Aumentado a umidade do ar, o vapor de
água que subiu da superfície terrestre, resfria-se, em contato com temperaturas
mais baixas, condensa-se e retorna a superfície em forma de chuva. 

Nos centros urbanos, o volume de chuva é maior. A irradiação de calor é muito forte
nos contros das cidades em razão da falta de vegetação e da pavimentação do solo,
ocasionando o aumento da temperatura que vai influenciar na quantidade de chuva
e no volume de água no rio.

Influencia do tipo de solo e do relevo na hidrologia fluvial

A quantidade de água nos canais fluviais e a sua velocidade estão relacionadas


com o tipo de solo. De acordo com coelho Netto, 1994, a água que não retorna à
atmosfera recarrega o reservatório de água subsuperficial ou subterrâneo e daí
converge lentamente para as correntes de fluxos. Já em solos com alta infiltração a
agua segue em fluxo subterrâneo percolando e assim alimentando os canais
abertos por um períodos mais de estiagem.
De acordo com Martins, 1976, a capacidade de infiltração varia diretamente com a
porosidade, o tamanho das partículas do solo e o estado de fissuração das rochas.
No solo permeável, parte da água é infiltrada e outra parte escorre para os canais
da bacia hidrográfica. Já no solo impermeável, o volume de água infiltrada diminui e
o volume de água escoada superficialmente aumenta.
Nos centros urbanos a infiltração não é possível. Desta forma, os canais fluviais
recebem grande quantidade de água em tempo menor, ocasionando as enchentes.

Quanto maior a impermeabilidade do solo, maior será o escoamento superficial e


aumento do volume de água nos rios, porque a quantidade de chuva é superior ao
nível de infiltração. A água vai escorrer para os canais de coleta de água da chuva
e, depois, para rios, aumentando rapidamente o volume de água nos canais fluviais.

Outro problema relacionado à impermeabilidade do solo é a diminuição do volume


de águas subterrâneas e fim de canais perenes.

Já a velocidade do rio está relacionada com a declividade e a quantidade de


sedimentos. Ou seja, quanto maior a declividade, maior será a velocidade e quanto
maior a velocidade, maior será a quantidade de sedimentos.transportados. Já em
percurso com baixa declividade, menor é a erosão e mais materiais depositados que
causam assoreamento no rio.

A declividade também vai interferir no processo de infiltração de água no solo. Pois,


em solo de alta declividade, maior será a velocidade do escoamento superficial, não
dando tempo suficiente para o solo absorver a quantidade de água precipitada.

Influencia da vegetação na hidrologia fluvial

Nas áreas florestadas a capacidade de infiltração é bastante elevada, pois os


ambientes desses locais apresentam solo com porosidade, serrapilheira e as
próprias raízes dos vegetais "abrem caminhos" que facilitam a absorção da água
pelo solo.
De acordo com Guerra, 1994, a densidade da cobertura vegetal é fator importante
no escoamento superficial e pode minimizar os impactos das gotas de chuva,
reduzindo a erosão do solo.

Coelho Netto, 1994, diz que parte da chuva é armazenada na porção extrema
superior do solo composta por detritos orgânicos que caem da vegetação
denominada de serrapilheira e que solos recobertos por florestas apresentam maior
capacidade de infiltração.

Numa área com pouca ou nenhuma vegetação, o solo fica mais compactado, até
mesmo pelo impacto da própria chuva e vai escoar superficialmente com maior
rapidez, causando a erosão e carregando grande quantidade de sedimentos,
assoreando os canais fluviais. De acordo com Martins, 2000, as águas das chuvas,
chocando-se com o solo, promove a compactação do solo, diminuindo a capacidade
de infiltração.

Enchentes e inundação

De acordo com a Ana - agência nacional das águas, 2005, enchente é elevação
temporária do nível de água em um canal de drenagem devido ao aumento da
vazão ou dá descarga. E inundação é o fenômeno ou extravasamento das águas
do canal de drenagem para as áreas marginais como planície de inundação, várzea
ou leito maior, quando a enchente atinge acima do nível máximo da calha principal
do Rio.
Enchente é o escoamento superficial das águas de correntes de
chuvas Fortes cujo excedente após suprir a retenção natural da
cobertura vegetal saturar os vazios do solo e preencher as
depressões do terreno busca os caminhos oferecidos pela
drenagem natural e ou artificial foi indo até a capacidade máxima
disponível na direção do corpo de água receptor final dessa forma
quando excede a capacidade de infiltração do solo
consequentemente aumenta o volume do escoamento superficial a
água da chuva tende a correr na direção das regiões mais baixas da
cidade através de galerias córregos riachos e rios Costa, 2001

Sobre inunda ações Tucci, 2003 diz que esse fenômeno ocorre quando as águas do
rios, riachos galerias pluviais, saem do leito de escoamento devido à falta de
capacidade de transporte de um destes sistemas e ocupam áreas onde a população
utiliza para a moradia vírgula transportes vírgula recreação vírgula comércio,
indústria, entre outros .
As enchentes e as inunda ações, embora sejam fenômenos naturais, tem causado
sérios problemas a população que não apresenta práticas respeitosas ao meio
ambiente e suas bacias hidrográficas
No estado do Rio de janeiro entre os meses de dezembro é fevereiro, as enchentes
e inunda ações já fazem parte do cotidiano da população e todo ano os noticiário
mostram as tragédias ocorridas, deslizamentos de massa, casas da virgula cidades
alagadas e mortes de pessoas fatos que as emissoras de TV e os jornais utilizam
para ganhar.
Apesar de um fenômeno natural, ação humana tem intensificado dado e acelerado
demais a ação da natureza falando de forma simplória o fenômeno das enchentes e
inundações ocorre desta maneira 2 ponto o Rio tem 2 leitos um maior, o principal,
por onde o fluxo da água corre o ano todo, e um leito maior que fica inundado nos
períodos de chuva forte ponto o problema é que a população principalmente os
habitantes de baixa renda, não respeitam os limites para construção nos ambientes
de bacias hidrográficas por falta de conhecimento constrói casas no leito maior do
Rio ou muito próximo a essa área ponto e o poder público faz aspas vista grossa
aspas a esses fatos, não investe em políticas públicas habitacionais nem planejam a
cidade de modo a preservar os recursos hídricos ponto o ser humano tem feito mau
uso dos recursos naturais e principalmente dos recursos hídricos a ocupação do
espaço urbano tem sido catastrófico, com práticas abusivas que reflete na natureza,
causando alto índice de poluição ambiental nas bacias dicas quando desmatam as
margens dos rios, impermeabilizam o solo, invadem o espaço que pertence ao Rio
leito maior para construções com lixo nos rios, utilizam o agrotóxico em plantações e
outros produtos químicos que casam causam desequilíbrio a esse ambiente ponto
outro fato causador de desequilíbrios diretamente nos rios, é o sistema de
drenagem urbana que ainda em muitas cidades, não é planejado de acordo com o
fenômeno natural das enchentes e inunda ações que seria levar em consideração a
capacidade de retenção superficial e infiltração ponto de acordo com Costa, 2001, a
enchente e ainda são vão depender da quantidade de precipitação, 2 habitantes dos
limites da capacidade de retenção superficial das taxas de infiltração característica
do solo existente das chuvas antecedentes e do sistema de drenagem urbana .
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4. Metodologia

O presente estudo monográfico apresenta como catálogo metodológico


as seguintes etapas.

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5. Resultados obtidos e discussões

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6. Considerações Finais

De acordo com os resultados obtidos em campo e com a pesquisa feita


aos moradores, o presente estudo monográfico mostrou que o rio , vem
sofrendo diversas intervenções humanas que afetam seu curso.

Por se tratar de um rio urbano, as constantes modificações ao longo dos


anos com o aumento populacional, a especulação imobiliária, entre outros
fatores causam grandes danos à bacia como o despejo de lixo, esgoto e outros
resíduos que afetam o curso e principalmente a qualidade da água. Além disso,
obras de canalização do rio, construções civis e as obras de asfaltamento
afetam também a qualidade do solo, deixando-o mais impermeável e,
consequentemente, aumentando o escoamento superficial. Outro fator
importante que afeta essa estrutura é o desmatamento, principalmente às
margens do rio, gerando a erosão dos solos o que torna o rio ainda mais sujeito
às inundações em períodos chuvosos.

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7. Referências Bibliográficas

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