Trabalho Da Cadeira Cartografia

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Universidade Católica de Moçambique


Instituto de Educação à Distância

Trabalho da cadeira de Cartografia


Atija Silale Mussa e Código do Estudante 708213354

Cartografia Digital e o seu contributo na área da cartografia.


Curso de Ensino de
Geografia:
Cartografia
2º Ano

Pemba, Setembro, 2022


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Índice
Introdução.............................................................................................................. 3

Objectivo Geral...................................................................................................... 3

Objectivos específicos............................................................................................ 3

Metodologias ......................................................................................................... 3

Funções Básicas ..................................................................................................... 4

Propriedades dos Dados Geoespaciais .................................................................... 5

Vantagens e desvantagens de um sistema de Cartografia digital (CD) .................... 7

Vantagens .............................................................................................................. 7

Desvantagens ......................................................................................................... 7

Conclusão .............................................................................................................. 9

Bibliografia .......................................................................................................... 10
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Introdução

O presente trabalho da cadeira de Cartografia, tem como tema: Cartografia Digital e o


seu contributo na área da cartografia.

Cartografia digital possibilita a introdução de técnicas de automação de desenhos.


Processos e rotinas repetitivos podem ser realizados de modo automático, quer seja por
programação ou no exemplo da criação de uma biblioteca de símbolos.

Nesse contexto, esta pesquisa busca identificar o contributo da cartografia digital na


área da cartografia.

Objectivo Geral
 Avaliar a cartografia digital.

Objectivos específicos

 Identificar o contributo da cartografia digital na área da cartografia;


 Descrever o contributo da cartografia digital na área da cartografia.

Metodologias

A metodologia usada na elaboração e desenvolvimento deste trabalho, foi a consulta


bibliográfica que consistiu na recolha de informações do conteúdo proposto em obras.
Estando o trabalho estruturado de acordo com as normas vigentes, a saber: introdução,
desenvolvimento, Conclusão, referências bibliográficas e de outras regras pertinentes no
trabalho científico
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Cartografia Digital e o seu contributo na área da cartografia

Soares (2000), A cartografia é a ciência que se dedica à representação do espaço


geográfico por meio do estudo, análise e confecção de cartas ou mapas. Os seus
produtos, entretanto, não se limitam aos mapas: plantas, croquis e o globo terrestre são
outros resultados directos da aplicação dos conhecimentos cartográficos.

Essa ciência utiliza-se de uma série de técnicas para que seja possível a reprodução
do espaço, de parcelas do espaço ou, ainda, de alguns de seus aspectos em uma escala
reduzida e da forma mais acurada possível. A cartografia é associada ainda à arte,
emprestando dela algumas técnicas.

Azevedo (2010)
˝A definição de cartografia que se tem hoje foi estabelecida, no ano de 1996,
pela Associação Cartográfica Internacional (AIC), sendo a mais aceita e
amplamente utilizada.˝

Cartografia digital

Delou (1993), Pode ser basicamente definido como um processo em que um conjunto
de dados originados de informações cartográficas, são agrupados, compilados e
formatadas por meio de um conjunto de softwares computacionais específicos, dando
origem a uma imagem virtual.

Machado (2016), A Cartografia Digital ou Cartografia Assistida por Computador deve


ser vista não apenas como um processo de automação de métodos manuais, mas sim
como um meio para se buscar ou explorar novas maneiras de lidar com dados espaciais.
Um sistema de Cartografia Digital (CD) pode ser compreendido como um conjunto de
ferramentas, incluindo programas e equipamentos, orientado para a conversão para o
meio digital, armazenamento e visualização de dados espaciais. Um sistema de
Cartografia Digital tem como ênfase a produção final de mapas.

Funções Básicas

Nassel (2011), Um sistema de CD pode ser visto como um CAD especializado


(Computer Aided Design), muito embora os CADs tenham sido desenvolvidos,
predominantemente por engenheiros e arquitectos, para lidar com plantas e desenhos.
Portanto, um sistema de CD deve ser capaz de manipular elementos na forma de ponto,
linha, áreas em conjunto com os seus rótulos. Alguns elementos gráficos manipulados
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pelo sistema são: Linhas, polilinhas, polígonos fechados, formas complexas, elipses,
círculos, arcos e textos. Algumas funções desejadas para um sistema de CD são:

 Entrada de dados, edição e manipulação;


 Operações básicas de desenho;
 Visualização de diagramas;
 Visualização de feições pontuais e lineares;
 Programa de hachuramento de áreas;
 Programa de desenho de contorno ou isolinhas;
 Suporte para projecções cartográficas, incluindo transformações de coordenadas
e medidas de Distâncias entre dois pontos, considerando a curvatura da Terra;
 Apresentação de cartogramas variados;
 Facilidade para cópias em papel;
 Cálculo de área e perímetro
 Ferramentas de limpeza, generalização de linhas e redução da complexidade de
uma linha ou limite de áreas;
 Posicionamento preciso de feições através de entrada de coordenadas pelo
teclado;
 Posicionamento de elementos em níveis lógicos (noção de camadas ou planos de
informação ou layers);
 Associação de atributos aos elementos cartográficos;
 Manipulação de objectos gráficos, no qual pontos, linhas e áreas podem ser
combinados para representar um único fenómeno ou ente espacial;
 Definição e representação de estilo, peso e cor de um elemento gráfico;
 Facilidade para copiar, rotacionar, transladar espelhar, ampliar e reduzir;
 Elaboração de grade de coordenadas;
 Biblioteca de símbolo.

Propriedades dos Dados Geoespaciais

Lopes (2005), Dados geoespaciais vectoriais e matriciais são diferentes de outros


desenhos vectoriais assistidos por computador (Computer Aided Design - CAD) e das
demais imagens digitais (fotos e imagens digitalizadas), pois são essencialmente dados
cartográficos. Como todo dado cartográfico, os dados geoespaciais possuem
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características que os diferenciam. Estas características podem ser classificadas e


agrupadas em atributos básicos e complementares.

Da mesma forma que o mapa impresso deve apresentar as informações básicas


necessárias para o correcto uso e manipulação de seus dados, os dados geoespaciais
devem possuir, para cada camada, um pacote de informações que possibilitem sua
identificação e a análise da adequação de seu uso.

Brandalize, (2012)
˝Desta forma, é correcto afirmar que todo dado cartográfico (digital ou não)
apresenta três atributos básicos: escala, referência cartográfica e data. A
escala, no caso do arquivo vectorial, e a resolução/escala, no caso do arquivo
matricial, definem suas relações com as dimensões reais e os elementos
representados no mapa e, principalmente, sua qualidade posicional.˝

Referencial cartográfico

O referencial cartográfico (RC) compreende o conjunto de informações necessárias ao


correcto posicionamento, no espaço, dos dados, além da obtenção de parâmetros
métricos. Desta forma, a localização e as dimensões espaciais dependem do referencial
cartográfico adoptado e demandam informações sobre o elipsoide, Datum, modelo de
projecção, sistema de coordenadas, etc.

Data
A data corresponde ao momento de aquisição da base de dados ou período
compreendido entre o início e término do levantamento dos mesmos e produção do
mapa. Muitas vezes, os produtos cartográficos apresentam distintos referenciais de
tempo. Enquanto uma carta topográfica produzida por restituição aerofotogramétrica
pode apresentar dados que foram adquiridos em momentos distintos (datas das faixas
dos voos), um produto cartográfico derivado de uma imagem de satélite possui data e
horário únicos.
Em se tratando de dados geoespaciais, estes três atributos são suficientes para
posicionar, datar e obter métricas, contudo podem ser insuficientes para definir a
adequação destes dados aos diferentes tipos de usos. Isto decorre, dentre outros 80
motivos, do fato de que os dados geoespaciais são constantemente alterados, tanto em
relação ao referencial cartográfico originalmente atribuído aos mesmos, como em
relação à sua escala, número de feições presentes, data de aquisição/actualização dos
dados, atributos armazenados e padrões de qualidade/consistência. Este conjunto de
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informações acerca dos dados (denominado de metadados) é essencial para o correcto


uso dos mesmos e, serão aqui tratados como atributos complementares.

Vantagens e desvantagens de um sistema de Cartografia digital (CD)

Segundo BRANDALIZE (2012), a Cartografia Digital não deve ser encarada apenas
como um simples elo entre a cartografia tradicional e um sofisticado processo de
controlo de equipamentos, mas sim como uma mudança de processos e conceitos, os
quais permitirão a utilização dos mapas como um melhor instrumento de pesquisa,
ensino e comunicação de informações, aumentando assim, consequentemente, o valor
de suas informações para tomada de decisões.

Vantagens

De acordo com Faria (2014), Como vantagens desse método podemos citar:

 Possibilidade de ressimbolização e fácil alteração


 Experimentação de novas técnicas de visualização, novas projecções
cartográficas e diferentes testes de representação.
 Aumento da produtividade.
 Ampliar a divulgação e o uso da informação geográfica pelas novas mídias
digitais, sobretudo a Internet.
 Emprego de algoritmos de generalização permite criar mapas de síntese
regional;
 Possibilidade de avaliação dos resultados a priori da impressão.
 Emprego em um SIG;
 Revisão continuada da base de dados.
 Maior quantidade de informação pode ser representada.
 Derivação de outros temas a partir do processamento dos mapas digitais.
 Criar mapas que são difíceis de se realizar por métodos convencionais.
 Automação de rotinas repetitivas e criação de bibliotecas de símbolos,

Desvantagens

Também como toda nova tecnologia, existem desafios e mesmo desvantagens que
devem ser superadas, a citar:
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 Escassez de mão-de-obra treinada


 Exige pessoal mais qualificado
 Mudança na rotina de trabalho, implicando em um investimento em treinamento
e adaptação, o que requer um tempo de maturação até que este novo método seja
plenamente adoptado.
 Maior investimento inicial, que pode ser superado com a maior produtividade
aprendizado continuado, posto que consiste em uma tecnologia em constante
avanço.
 Geração de mapas de baixa qualidade, pois com os computadores muitos se
aventuram em produzir mapas sem que tenham um conhecimento mínimo
necessário de cartografia.
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Conclusão

Depois de várias consultas bibliográficas e uso de internet entre outras fontes para
produção deste trabalho, chegou˗se as seguintes conclusões. A cartografia digital é um
método cartográfico que permite principalmente uma digitalização remota, ou seja,
existe uma grande relevância deste método no registo de Sistema de Informação
Geográfica.

Dados cartográficos podem ser produzidos utilizando diferentes referenciais


cartográficos (RC), os quais incluem informações sobre o tipo de projeção adotada e
demais parâmetros empregados no posicionamento dos dados (elipsoide, Datum,
sistema de coordenadas, etc.). É extremamente importante destacar que os dados
utilizados em SIG e em trabalhos de cartografia digital são, em sua grande maioria,
dados cartográficos, ou seja, além da escala apresentam relação direta e indissociável
com um determinado referencial cartográfico (RC).
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Bibliografia

Nassel, Constantino Wilson, Princípios básicos De cartografia e sistemas de Informação


geográfica, Maputo. 2011

Brandalize, M. C. B; Delazari, L. S. Análise de redes sociais a partir do uso da


informação espacial. Boletim de Ciências Geodésicas. 2012.

Lopes, J. GENERALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA, 2005. Universidade de Lisboa.

Machado, A. A. CARTOGRAFIA DIGITAL e GEOPROCESSAMENTO, Londrina.


2016

Faria, C. (2014). Geoprocessamento. Fonte: Infoescola:


http://www.infoescola.com/cartografia/geoprocessamento/

Delou, A. L. de A et al. Sistema de aquisição automática de dados. In: Anais do XVI


Congresso Brasileiro de Cartografia, Rio de Janeiro, SBC, V.3, 1993

Soares, BRITALDO SILVEIRA, CARTOGRAFIA ASSISTIDA POR COMPUTADOR -


conceitos e métodos. 2000

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