Trabalho Psicanálise Interpretação de Sonhos
Trabalho Psicanálise Interpretação de Sonhos
Trabalho Psicanálise Interpretação de Sonhos
INTERPRETAO DE SONHOS
INTERPRETAO DE SONHOS
Trabalho apresentado ao Curso de Formao de Psicanalistas Clinicos promovido pela Sociedade Psicanaltica Ortodoxa do Brasil, em Natal- Rio Grande do Norte, na Disciplina Interpretao de Sonhos, em cumprimento s exigncias curriculares. Professor: Dr. Jeam
1. I N T R O D U O
O Processo analtico com toda a sua complexidade, envolve o dramtico confronto do paciente com seu analista. O convvio do processo envolve o processo de transferncia que naturalmente ocorre, paralelo a todos os consequentes estgios, com a constante presena de resistncias e defesas, sem falar-se na presena contnua da contratransferncia. de suma importncia observar-se que na anlise o analista no apenas leva em considerao, a livre associao, mas tambm utiliza-se da onromancia ou a interpretao dos sonhos do paciente. Todo esse processo ir permitir tanto ao analista como ao analisando, a possibilidade de encontrar-se as causas ou neuroses do seu sofrimento. H de destacar-se a importncia do sonho no sono, uma manifestao que segundo psicanalista mantm o equilbrio do ser vivo. As manifestaes do sonho so diversas, e a anlise do seu contedo manifesto, at a maior profundidade do seu simbolismo, certamente revelar algo existente no inconsciente, pois dessa localidade que o interesse do psicanalista se detm, os sonhos repetitrios. Na interpretao dos sonhos h necessidade do analista manter critrios, pois suas manifestaes, algumas vezes, podem sofrer interferencias dos chamados, restos diurnos, que podem produzir informaes no satisfatrias do paciente. O analista deve ter em mente, que no processo analtico o chegar a interpretao, deve ser precedida da constante anlise das associaes livres examinadas. Estudiosos da psicanlise considerando a questo da interpretao dos sonhos, assim, leciona: O sonho manifesta a intemporalidade da mente inconsciente. No se refere aos fatores temporais e espaciais que caracterizam a realidade. O reservatrio do Id, que fornece a energia que utilizamos em todas as nossas atividades, no tem conhecimento do tempo nem do espao. Nossa vida essencial no conhece a mortalidade. Da a vitalidade em idades avanadas daqueles cuja vida psiquica acha-se ajustada de modo feliz(Ella Freeman
O sonho tem sempre por objetivo a realizao de desejos (de um ou de muitos). Esta a sua nica funo, o seu nico fim, o seu nico significado. Os sonhos realizam, invariavelmente, os nossos desejos, e s os de misso. Por isso, nem sempre podem ser lmpidos, simples ou compreensveis. Por que? Porque quando a realizao de desejos no pode ser elaborada de maneira clara, at mesmo para a pessoa que sonha, os sonhos utilizam-se de um outro recurso para alcanar o mesmo fim(Gasto pereira da Silva; Psicanlise dos Sonhos, pag. 23). 2. DO CONTEDO MANIFESTO SONHO SEMPRE DIRIGINDO UM AUTOMVEL NUMA ESTRADA LONGA E EM GERAL A NOITE. QUANDO PERCEBO QUE AS LUZES SE APAGAM, ME ANGUSTIO E LOGO EM SEGUIDA AS LUZES ACENDEM-SE, COMO SE FOSSE UM DEFEITO ELTRICO. 3. DA INTERPRETAO DO SONHO O contedo manifesto do mencionado sonho encerra forte simbolismo ertico. A presena da estrada longa demonstra que o paciente possui problemas na rea da sexualidade, que o torna inseguro quanto a definio da sua estrutura sexual. A ngustia provavelmente existente em seu ser assegura forte possibilidade de abuso sexual na infncia, que o tornou instavel na sua sexualidade. O acender das luzes permite a retomada da caminhada do paciente na afirmativa da sexualidade biolgica que prepondera, embora haja sinais de represso ocorrida na infncia, o que caracteriza um paciente tmido e fbico com pessoas do sexo oposto ou de falhar sexualmente com o sexo oposto. O vencer do sofrimento caracteriza-se tambm no acender das luzes do veculo, que o impulsiona para frente, dando a entender que h possibilidade de
dominar a sexualidade e mesmo conhecendo existente afirmar-se, e continuar a sua caminhada. OBSERVAO O contedo manifesto interpretado certamente precisaria, de outros elementos, para definir melhor a neurose do paciente. A anlise e consequentemente a associao livre, permitiria ao analista, realizar uma comparao com a revelao onrica, e permitir uma melhor interpretao do que mais necessita-se, o contedo latente.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1. PEREIRA DA SILVA, Gasto. Psicanlise dos Sonhos. Editora Itatiaia, 2a edio, Belo horizonte, 1970. 2. SHARP, Ella Freeman. Anlise dos Sonhos-Um Manual Prtico para Psicanalistas. Imago editora LTDA, Rio de janeiro, 1971. 3. GARMA, ngel. Tratado Maior da Psicanlise dos Sonhos. Imago Editora, Rio de Janeiro, 1990.