TCC - Aplicação Da Espoleta Eletrônica II
TCC - Aplicação Da Espoleta Eletrônica II
TCC - Aplicação Da Espoleta Eletrônica II
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVO
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A perfuração das rochas é uma das primeiras operações que se realiza e tem
como finalidade abrir furos com distribuição e geometria adequada dentro dos
maciços para alojar cargas de explosivos e acessórios iniciadores (SILVA, 2007).
Pulverização e quebra;
Movimento radial;
Liberação e pressão;
Lasqueamento;
Extensão das fissuras geradas e/ou das fissuras pré-existentes;
Ruptura por flexão;
Fraturamento por cisalhamento ao longo das fissuras geradas e naturais;
Colisões em movimento rápido.
[ ( ) ] (1)
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Sendo:
= densidade do explosivo (g/cm3);
= densidade da rocha (g/cm3);
De = diâmetro do explosivo (mm).
E = 0,33( Hb + 2A ) (2)
No caso de bancada alta (Hb /A > 4), dois casos devem ser observados:
E=2xA (4)
E = 1,4 x A (5)
S = 0,3 A (6)
É a parte superior do furo que não é carregada com explosivos, mas sim com
material inerte bem adensado a fim de confinar os gases do explosivo. O ótimo
tamanho do material do tampão (OT) apresenta diâmetro médio (D) de 0,05 vezes o
diâmetro do furo, Equação (8):
OT = D / 20 (8)
T = 0,7 A (9)
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V = Hb x A x E (10)
Onde:
É a carga acima da de fundo, que não precisa ser tão concentrada quanto
esta, já que a rocha desta região não é tão presa. A altura da carga de coluna é
igual a altura total da carga (Hc) menos a altura da carga de fundo (Hcf), Equação
(13).
A carga total será a soma da carga de fundo mais a de coluna, Equação (14).
CT = CF + CC (14)
RC = CT/ V (15)
3.6 EXPLOSIVOS
Características
Porcentagem de
60/40 70/30 80/20 90/10
emulsão/ NA
Densidade
1,1 a 1,25 0,9 a 1,25 0,9 a 1,25 0,9 a 1.25
(g/cm³)
VOD (m/s) 4800 4800 4800 4800
Volume gasoso
957 975 980 982
(l/kg) 25C°
Pressão de
56 63 74 75
detonação (kbar)
AWS (cal/g) 800 900 833 860
ABS ( cal/cm³) 1000 1080 1000 990
RWS (%) 88 99 91 94
RBS (%) 135 146 135 134
Classe de gases 1 (Não tóxico) 1 (Não tóxico) 1 (Não tóxico) 1 (Não tóxico)
Iniciada esta reação, ela se propaga através de toda massa explosiva. Esta energia
inicial é inserida sob forma de choques moleculares, oriundos de calor, chispas,
atrito, impacto, etc (SILVA, 2007).
Os acessórios de detonação são destinados a provocar tais fenômenos
iniciais de forma segura. Alguns deles são usados para retardar a explosão, quando
isto é necessário. Assim os acessórios de detonação são dispositivos, aparelhos ou
instrumentos usados na operação de explosão, para obtê-la de forma segura e
eficaz.
Se o acessório iniciador não transmitir uma energia de ativação necessária
para gerar uma iniciação adequada, pode resultar, simplesmente, na queima dos
explosivos, sem detoná-lo.
Desta forma, a eficiência da explosão está intimamente ligada ao modo pelo
qual foi iniciado, pois, sabe-se que, se a energia desenvolvida pelo corpo, pela sua
decomposição, for inferior a energia de ativação, a reação não se propagará (SILVA,
2007).
Alfred Nobel, por vários anos tentou criar uma carga de iniciação que pudesse
detonar a nitroglicerina. Após várias tentativas fracassadas, utilizando-se de mistura
de pólvora negra e nitroglicerina, observou que esta molhava a pólvora reduzindo
sua capacidade de queima. Então, no ano de 1863 ele desenvolveu o que seria
chamado do primeiro protótipo da espoleta simples (SILVA, 2007).
A espoleta simples (Figura 4) consta de um tubo, de alumínio ou cobre, com
uma extremidade aberta e outra fechada, contendo em seu interior uma substância
detonante constituída por um explosivo primário, ou de ignição, azida de chumbo
Pb(N3)2, que inicia uma carga básica de PETN – tetranitrato de pentaeritritol
(C2H4N2O6) (SILVA, 2007).
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O sistema não elétrico de iniciação, com linha silenciosa, foi desenvolvido por
P. A. Person, nos laboratórios da empresa Nitro Nobel, na Suécia, entre 1967 e
1968. Consiste basicamente de uma espoleta comum, não elétrica, conectada a um
tubo de plástico transparente, altamente resistente, com diâmetro externo e interno
de 3 mm e 1,5 mm, respectivamente, Figura 9.
É um sistema iniciação eletrônico, que pode disparar por rádio frequência, fácil
de usar e projetado para ser utilizado em qualquer parte da terra com um intervalo
de tempo entre 0 e 20.000 ms e com um alcance em linha reta de 2.000 m.
A antena (Figura 15) faz a conexão do bench box com estação base,
transmitindo a ordem de iniciação por rádio frequência.
2 vias, que deve estar em bom estado de uso, pois se tiver algum rompimento ou
fuga, a conexão não terá êxito e a bench box não conseguirá “ler” os detonadores do
fogo.
A conexão com a estação base é feita utilizando ondas de alta frequência, ou seja,
via antenas, conectando-se com o bench box, e posteriormente o fogo possa ser
detonado. O esquema de ligação é ilustrado na Figura 17.
.
Disparo remoto com RF (rádio frequência);
Disparo remoto com cabo;
Disparo local com cabo.
utilizando mais de três vezes o tampão normal para controlar a ejeção dos furos e os
resultados não eram satisfatórios (ALBARRÁN e CONYA, 2009).
O problema não era a dimensão do tampão, o problema estava no tempo de
retardo. Uma mudança no tempo de iniciação melhorou a fragmentação e permitiu
uma redução de 60% na dimensão do tampão necessária para controlar a ejeção. A
fragmentação na parte superior do banco melhorou significativamente (ALBARRÁN
e CONYA, 2009).
Quando uma carga dispara forma uma onda que se propaga de forma quase
circular, não é exatamente um círculo, pois existe diferença na velocidade de
propagação dependendo das condições do terreno para propósitos de discussão
aceitemos que essa onda se expande de maneira circular, a onda tem um nível de
pico, porem não é um evento instantâneo, como analogia imagine as ondas geradas
na água, após um momento de pico ocorre um deslocamento atrás da onda durante
um curto período de tempo, de forma muito similar, isso ocorre na vibração do
terreno, depois do pico existem vibrações de magnitude menor em ambos os lados
do pico (ALBARRÁN e CONYA, 2009).
Estas ondas estão dispostas da maneira ideal na Figura 20, na Figura 21 as
ondas não estão separadas por tempo suficiente e se sobrepõe, a linha pontilhada
indica a velocidade de pico da partícula resultante da sobreposição das ondas
individuais, o pico resultante é muito maior que o pico de cada uma das ondas
individuais. Lembre se que se duas cargas disparam simultaneamente, se permite
que as ondas de vibração se sobreponham e se obtenha níveis de vibração maiores
que de cada carga detonada individualmente, neste caso idealizado se estão
considerando a sobreposição de ondas geradas de muitos furos em um desmonte
(ALBARRÁN e CONYA, 2009).
4 METODOLOGIA
As imagens das pilhas detonadas foram feitas por câmera fotográfica digital
nos testes na Mina de Cobre de Sossego. Em cada imagem foi colocado um
referencial sobre a pilha. Este referencial feito em metal, na forma de quadrado com
arestas de 1 m (Figura 22). O programa Wipfrag utiliza este referencial para medir,
por comparação, os tamanhos de fragmentos da detonação.
O sistema possui um amplificador de vídeo acoplado para ajuste de
compensação manual ou automático de iluminação. O processamento é usado para
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Venulada, que é formada por veios irregulares situados entre as brechas Curral e
Sossego. As cavas do Sossego e Sequeirinho podem ser vistas na Figura 26.
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
TABELA 15- Resumo dos dados dos fogos com iniciação pirotécnica
Razão de carga
Fogos Min (m) Max (m) Média (m) D 90 (m) (g/t)
E4 152 010a 0,017 1,292 0,344 0,578 338,51
O2 216 011a 0,013 1 0,303 0,556 335,38
E4 152 011abc 0,013 0,774 0,329 0,577 469,23
Média dos
0,014 1,022 0,325 0,570 381,04
parâmetros
TABELA 16- Resumo dos dados dos fogos com iniciação eletrônica
Razão de carga
Fogos Min (m) Max (m) Média (m) D 90 (m)
(g/t)
E4 136 035ab 0,013 1 0,381 0,726 329,05
E4 136 039ª 0,017 0,774 0,338 0,579 316,01
E4 120 011ª 0,022 0,599 0,238 0,352 316,43
Média dos
parâmetros 0,017 0,791 0,319 0,552 320,50
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6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS