Música, Tecnologia e Educação
Música, Tecnologia e Educação
Música, Tecnologia e Educação
Educação
Profª. Ana Paula Evaristo Russi
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Profª. Ana Paula Evaristo Russi
R969m
ISBN 978-65-5663-614-6
ISBN Digital 978-65-5663-613-9
CDD 370
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico, seja bem-vindo à disciplina de Música, Tecnologia e
Educação. A partir de agora você está convidado a debater a forma como as
produções tecnológicas interferem no fazer musical e na própria formação da
sociedade. Ao longo da sua vida, é possível que tenha usado diferentes meios
para escutar suas músicas. Por mais que pareçam pequenas e individuais,
essas mudanças dizem da dinâmica da relação da sociedade com a música,
de modo que pensar a evolução tecnológica da música é pensar nos diferentes
modos como ela é apresentada à sociedade e por ela é apreciada.
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA
APLICADA À MÚSICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• definir de maneira ampla o que é tecnologia e como ela se aplica aos sa-
beres e fazeres musicais;
• discutir de que maneira a tecnologia, ao longo da história, permeia as
relações entre música e sociedade;
• compreender a evolução da educação do ponto de vista tecnológico;
• construir um pequeno histórico tecnológico da música;
• dialogar criticamente sobre como a música é produzida e de que forma
ela dialoga com a sociedade nos tempos atuais.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Pode soar óbvio para você, acadêmico, a importância das tecnologias
como potencializadoras do ato educativo. Todavia, por que tratar disso nesta
disciplina? Não seria melhor partirmos para as práticas necessárias, isto é,
aprender a utilizar os recursos atualmente disponíveis para tornar nossas aulas
mais dinâmicas e interessantes?
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
preparados para entender como esses processos afetam suas vidas cotidianas.
Pensar criticamente sobre tecnologia e educação é, pois, refletir sobre aquilo que
somos.
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TÓPICO 1 — TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
FONTE: <https://www.minhavisaodocinema.com.br/2018/12/critica-2001-uma-odisseia-no-es-
paco.html>. Acesso em: 9 nov. 2020.
5
UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
A educação existe onde não há a escola e por toda parte podem haver
redes e estruturas sociais de transferência de saber de uma geração a
outra, onde ainda não foi sequer criada a sombra de algum modelo
de ensino formal e centralizado. Porque a educação aprende com o
homem a continuar o trabalho da vida (BRANDÃO, 2017, p. 6).
E
IMPORTANT
As tecnologias são assimiladas com rapidez por crianças e jovens, de tal modo
que é comum vê-los neste papel de “ensinadoras”. É muito importante para nós, professores,
refletirmos constantemente sobre como podemos aproveitar essa potência educadora,
apreendida velozmente por estes sujeitos em formação, na sala de aula.
6
TÓPICO 1 — TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
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TÓPICO 1 — TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
9
UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
FONTE: <https://images.educamaisbrasil.com.br/content/banco_de_imagens/guia-de-estu-
do/D/primeira-revolcao-industrial.jpg>. Acesso em: 20 nov. 2020.
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TÓPICO 1 — TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
DICAS
DICAS
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TÓPICO 1 — TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
Sob outro ângulo, é preciso compreender que nem sempre uma ferramenta
é construída com vistas à preservação e/ou melhoramento da vida humana. A
indústria bélica, por exemplo, recebeu 1,9 trilhão de dólares em todo o mundo,
somente no ano de 2020 (HEINRICH, 2020), e atualmente corresponde por um
dos segmentos cujas tecnologias estão entre as mais avançadas.
Na Era Digital, este tema é ainda mais emergente; e ele está mais próximo
de nós do que podemos imaginar. Em janeiro de 2020, as contas do Facebook e
do Twitter foram invadidas por hackers, o que impulsionou os debates sobre a
questão dos big data – conjuntos de dados imensos, como por exemplo os bancos
de dados de redes sociais – e a necessidade do estabelecimento de protocolos de
armazenamento e proteção desses dados, que trazem informações sobre milhares
de pessoas. Assim como a privacidade dos dados, são infinitos os temas a serem
debatidos quando o assunto é ética no campo da tecnologia: o modo como as
redes sociais passaram a ocupar o nosso tempo; os serviços de atendimento ao
consumidor, que nos colocam a conversar com máquinas; a precarização do
trabalho durante a pandemia de 2020; a disseminação de discursos de ódio na
internet; as experiências envolvendo seres humanos e animais e os impactos
ambientais gerados por certas tecnologias.
DICAS
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
DICAS
O tema das fake news, isto é, notícias falsas que são difundidas em redes
sociais com o objetivo de manipular a opinião pública, também tem ganhado
muita atenção nos últimos anos, visto que já se percebeu o impacto dessas
armadilhas tecnológicas em processos eleitorais por todo o mundo. No Brasil,
só recentemente iniciaram-se os debates acerca da criação e difusão de fatos
inventados – algo que é feito com uso da inteligência artificial e dos bots, isto é,
inteligências artificiais criadas para sustentar milhões de perfis em redes sociais.
No entanto, o acesso cada vez maior às tecnologias de edição de áudio e vídeo
tem permitido que sujeitos com menos recursos também possam criar fakes e,
com um pouco de manejo nas redes sociais, transformá-las em hits da internet.
Um exemplo é o deep fake, ou seja, a manipulação de vídeos com dublagens para
simular registros falsos de alguém. Em outubro de 2019, um vídeo da deputada
estadunidense Nancy Pelosi foi editado, reduzindo a velocidade de reprodução.
A versão alterada foi amplamente divulgada nas redes sociais, pois dava a
impressão de que a deputada estava embriagada. Uma alteração muito simples,
que pode ser feita até em computadores mais antigos, mas que gerou forte
impacto na opinião pública (TWOREK, 2019).
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TÓPICO 1 — TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
DICAS
Como você pode ver, acadêmico, o tema e seus desmembramentos não têm
fim. A questão dos metadados e sua educação compulsória para o consumo, tema
que trataremos no Tópico 3 desta unidade, também pode ser considerada um dos
focos neste debate. Assim, sem deixar de considerar as grandes conquistas que
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
a tecnologia nos proporciona, é preciso pensar nas tecnologias que surgem para
servir somente a um segmento restrito da sociedade, assim como naquelas que são
tornadas acessíveis justamente para incentivar o consumo desenfreado, e outras
que ainda são responsáveis pela desumanização das relações. Uma máquina,
por mais inteligente que seja, trabalha com metadados, comandos e informações
estatísticas, e não com informações subjetivas e princípios humanizados.
Será que existe uma Inteligência Artificial capaz de compor uma música?
A resposta é sim. Através de programação específica, hoje há computadores
que compõem peças musicais, inclusive atendendo a exigências determinadas.
Se você procurar no YouTube o termo “Daddy's Car: a song composed by Artificial
Intelligence”, poderá escutar a canção de mesmo nome que é parte do primeiro
álbum composto inteiramente por um computador – neste caso, a I.A. denominada
Flow Machine, de criação do francês François Pachet, seguindo parâmetros
similares aos modelos composicionais dos Beatles (AVDEEFF, 2019).
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TÓPICO 1 — TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
Pergunte a seus pais ou avós como era ir para a escola, nas suas infâncias
e juventudes. O que usavam para escrever? Como carregavam seus livros e
cadernos? Como era a organização e a mobília da sala de aula?
Os objetos que hoje são parte da rotina escolar nem sempre existiram
na atual configuração, e o exercício de imaginar um mundo sem eles é uma
maneira de pensar nos desafios passados que uniram tecnologia e educação.
Nem sempre, por exemplo, os espaços educativos tiveram giz e lousa, muito
menos um Datashow para que o professor pudesse explanar visualmente aquilo
que pretendiam ensinar. Na Inglaterra do século XV, utilizava-se amplamente o
hornbook, uma espécie de cartilha impressa em madeira tal como aparece na Figura
3. Diferente de uma lousa, esses materiais não podiam ser apagados e reescritos,
o que refletia inclusive nas questões de currículo: para ensinar um outro tema, era
necessário elaborar outro hornbook, algo que não era simples nem barato de fazer.
Somente no final do século XIX os primeiros quadros destinados à escrita com
giz começaram a se difundir pelos espaços educativos europeus (BRUZZI, 2016).
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
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TÓPICO 1 — TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
DICAS
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
TUROS
ESTUDOS FU
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TÓPICO 1 — TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
Outro fator é o contato precoce que boa parte das crianças tem com
celulares e computadores – principalmente os primeiros, considerando que em
2019 o Brasil chegou ao 5º lugar no mundo em uso de smartphones (VALENTE,
2019). Esse é um conhecimento que elas não adquirem nos bancos da escola, e
sim no seio familiar ou no convívio com os colegas. E não é raro observar que esta
troca de conhecimentos acontece com tal celeridade que muitos educadores não
conseguem acompanhar. O simples fato de não existir um “curso para manuseio de
telemóveis” é a prova de que certas tecnologias já são criadas para que os sujeitos
se apropriem delas de formas intuitiva, somada às trocas de conhecimentos com
seus pares. Esse modo de construção de conhecimento, conduzido pelas crianças,
é um elemento positivo da tecnologia. Porém, educadores, educadoras e escolas
ainda encontram dificuldades para aproveitar essa construção de conhecimento
como uma potência dos seus processos de ensino e aprendizagem.
Uma outra questão diz respeito à atenção e dispersão. Quando a turma vai
trabalhar com computadores, notebooks ou tablets, além da atividade proposta,
encontram uma gama de outros softwares desafiando sua curiosidade (com
ênfase nos navegadores de internet). Até pouco tempo atrás, a maioria das escolas
bania o uso de celulares em suas dependências. E mesmo hoje há unidades que
vedam o uso da conexão de internet e/ou o acesso às redes sociais. De acordo com
Carrano (2017, p. 397-398),
Por último, vale salientar que nem sempre uma tecnologia exclui as outras
anteriores. O uso de um recurso pressupõe uma escolha técnica e ao mesmo
tempo subjetiva, pois parte de uma avaliação das condições e possibilidades
de dentro do contexto, do currículo e do coletivo formado por estudantes e
professores. Tampouco parece provável que a função docente seja extinta, pois “a
figura do professor continua sendo imprescindível no processo de ensino, seja ele
à distância, seja da forma convencional dentro da sala de aula. A grande diferença
está no papel do professor” (LACERDA, 2001, p. 118).
21
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A Educação compõe tudo aquilo que é aprendido ao longo da nossa vida, nas
relações e práticas sociais.
22
AUTOATIVIDADE
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24
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, vamos tratar da evolução tecnológica dos instrumentos
musicais, observando como as mudanças sociais dialogam com a elaboração de
algumas inovações. Para chegarmos à imensa coleção de instrumentos musicais
existentes hoje, uma série de transformações sociais precisaram acontecer e
justificar a já falada ressignificação de materiais com vistas à resolução de
demandas. Assim, se hoje um instrumento musical é alterado com vistas à
obtenção de um timbre mais específico, ou para torná-lo mais fácil de manusear,
anteriormente os propósitos tinham a ver com a sobrevivência humana: atrair
animais para a caça, espantar predadores etc.
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
DICAS
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TÓPICO 2 — A HISTÓRIA TECNOLÓGICA DA MÚSICA
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons
/e/e0/Yamaha_Flute_YFL-874W.png>. Acesso em: 3 fev. 2021.
FONTE: <https://hypescience.com/wp-content/uploads/2012/05/bird-bone-flute-
-e1337965313845.jpg>. Acesso em: 26 nov. 2020.
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
Assim como a flauta, o violão tem sua origem nos povos primitivos. Há
registros de pinturas rupestres que sugerem o uso de arcos para atividades além
da caça. Estudos antropológicos também revelaram que a primeira experiência
com instrumentos de corda teria sido um arco, percutido com uma vareta e cuja
corda vibrátil era aproximada da boca do executor, a qual funcionava como caixa
de ressonância. Ou seja, a estrutura básica do instrumento (suporte de madeira,
corda e caixa de ressonância) era uma tecnologia já desenvolvida no período
pré-histórico. “Um dos primeiros testemunhos da arte musical foi encontrado na
gruta de Trois Frères, em Ariège, França. É uma gravura rupestre magdaleniana,
datada a cerca de 10.000 a.C., que representa um tocador de flauta ou de arco
musical” (CAVINI, 2001, p. 21).
Os sumérios, por sua vez, já tocavam uma espécie de alaúde, assim como
os hebreus. Porém, foi a partir da civilização persa que o instrumento – que tinha
seis cordas e era tocado com palhetas ou pedaços de chifre – expandiu para outros
territórios e influenciou outras civilizações. Assim, os egípcios, que difundiram o
sistema de trastes, utilizavam um tipo específico de alaúde denominado Pandora,
já inspirado no modelo persa, assim como o sitar indiano e o pi-pa chinês. O
alaúde passou por diversas modificações, sendo levado à Europa entre os
séculos XI e XIII, onde ganhou sua configuração renascentista, como ficou mais
conhecido a partir do século XIV. Nesse período, o instrumento também passou
por outras diferenciações (em parte, por conta da cultura moura), gerando um
outro “parente”: a guitarra latina, que pode ser considerada um parente próximo
do violão. No século XVI, ocorreu uma difusão das práticas de guitarra pela
Espanha, em função da falta de livros para a vihuela, que era uma outra variedade
de alaúde (CAVINI, 2001).
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TÓPICO 2 — A HISTÓRIA TECNOLÓGICA DA MÚSICA
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/
e/e8/Classical_Guitar_two_views.jpg>. Acesso em: 3 fev. 2021.
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
FIGURA 9 – LITOFONE
FONTE: <https://coub-anubis-a.akamaized.net/coub_storage/coub/simple/cw_timeline_pic/ea-
17dd56b6d/09241f8ce0f753b03923c/1489031766_image.jpg>. Acesso em: 3 fev. 2021.
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TÓPICO 2 — A HISTÓRIA TECNOLÓGICA DA MÚSICA
FONTE: <https://www.superprof.com.br/blog/wp-content/uploads/
2018/11/onde-comprar-bateria-1060x752.jpg>. Acesso em: 3 fev. 2021.
DICAS
Já deu para perceber que a história dos instrumentos musicais passa por
muitos desdobramentos, que resultam na multiplicidade de timbres que hoje
conhecemos. Todavia, é importante saber, também, que a configuração atual dos
mesmos não é definitiva. Eles continuam se transformando, sendo adaptados com
materiais mais modernos e até dando origem a novos e inusitados instrumentos.
É o que veremos na seção a seguir.
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
teve grande repercussão, a ponto de seu criador assinar um convênio com uma
empresa de telefonia, a fim de transmitir o sinal do instrumento por toda Nova
York (RAMOS; LERNER, 2016).
FONTE: <https://bordalo.observador.pt/v2/rs:fill:1000/q:85/plain/https://s3.observador.pt/wp-
-content/uploads/2015/12/screen-shot-2015-12-09-at-23-49-54_770x433_acf_cropped.jpg>.
Acesso em: 21 nov. 2020.
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TÓPICO 2 — A HISTÓRIA TECNOLÓGICA DA MÚSICA
DICAS
É com este mote que o computador foi agregado como tecnologia para
potencializar a música eletrônica, na década de 1960. A união do engenheiro
John Peirce e o músico James Tenney foi fundamental para pensar a criação de
tecnologias para a música dentro do campo da informática (CHADABE; LIMA,
2014). Ao mesmo tempo, os sintetizadores ganharam a simpatia de músicos e
ouvintes, o que ocasionou um investimento para que se tornassem acessíveis a
uso pessoal, algo que ajudou a erguer a indústria de instrumentos eletrônicos na
década seguinte. Já a partir da década de 1980, o mercado da informática voltada
à música também iniciou sua expansão. Atualmente, existem desde sintetizadores
até estúdios virtualizados. Porém, outros instrumentos – analógicos e eletrônicos
– não deixaram de existir por isso; pelo contrário, este mercado continua a ser
fortalecido e a acessibilidade a novos conhecimentos e recursos permitem até
que instrumentos diferentes daqueles mais tradicionais sejam criados, a partir da
adaptação de outros instrumentos, da diminuição do tamanho de processadores
e do uso de impressoras 3D, para citar alguns recursos. A harpa a laser é um
exemplo, assim como o ReacTable – uma mesa onde é possível manipular blocos
sonoros com informações sonoras (na imagem abaixo):
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
FIGURA 12 – REACTABLE
FONTE: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e3/Reactable_Multitouch.jpg>.
Acesso em: 26 nov. 2020.
DICAS
Seja qual for o seu caso, provavelmente você conhece mais de uma forma
de se veicular arquivos sonoros. Dependendo da sua idade, talvez até tenha
vivido os velhos tempos da fita cassete, ou se lembre de quando os discos de vinil
eram os objetos de maior procura nas lojas. Porém, você já parou para pensar em
como se ouvia música quando ainda não existiam essas mídias?
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TÓPICO 2 — A HISTÓRIA TECNOLÓGICA DA MÚSICA
Até o final da Idade Moderna, para se ouvir música era necessário alguém
que soubesse executá-la, cantando e/ou tocando algum instrumento. Na disciplina
de História da Música, é possível que você tenha ouvido falar dos trovadores, que
misturavam a música com uma espécie de atividade jornalística; sobre o canto
gregoriano, que tinha função religiosa; e também sobre os grandes compositores
que alcançaram êxito em diferentes momentos da história. Muitos, como é o caso
de Mozart e Haydn, que trabalharam como compositores da corte e muitas vezes
eram contratados pela nobreza para atividades de apreciação musical em suas
residências (MEDAGLIA, 2008).
Por sinal, até o final do século XIX ainda era comum, em residências
ricas, a existência de uma sala de música. Geralmente, era uma sala onde ficava
hospedado o piano, com cadeiras em volta para que os ouvintes pudessem se
sentar. Pessoas com grande poder aquisitivo esporadicamente contratavam
músicos famosos para tocar nessas salas, principalmente em festas.
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
Quando acionado, este rolo girava e a posição das perfurações acionava as teclas,
de acordo com a música para a qual era programado (ALBINO; LIMA, 2011). A
novidade foi muito bem aceita no mercado, caracterizando um grande comércio
de rolos até antes da crise de 1929.
DICAS
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TÓPICO 2 — A HISTÓRIA TECNOLÓGICA DA MÚSICA
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
piano, passou a ser ocupado por um rádio e/ou por uma vitrola – artefatos
economicamente mais acessíveis. E, provavelmente, você conhece a próxima
inovação tecnológica que ocupou este lugar na sala: a televisão.
NOTA
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TÓPICO 2 — A HISTÓRIA TECNOLÓGICA DA MÚSICA
Outro Impacto importante trazido pela fita magnética tem a ver com
experiência individual relacionada à música. Antes, com os discos de vinis, o rádio
e até a TV, a apreciação da música era feita de maneira coletiva – lembre-se das
salas de música mencionadas: elas existiam para que várias pessoas pudessem
ouvir música coletivamente. Essa mudança no comportamento foi aprofundada
em meados dos anos 1960, com a invenção do walkman, um reprodutor de
música portátil que poderia ser levado para qualquer lugar e que tocava fitas
magnéticas, e também pelo aprimoramento do fone de ouvido, que deixou de
ser um objeto exclusivo dos estúdios e teve suas dimensões bastante reduzidas.
Embora já houvesse tocadores de fitas e rádios automotivos, foi por essas duas
tecnologias que a música ganhou portabilidade e, por consequência, mobilidade
(PAIVA, 2019).
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
Os ouvintes também sentiram o reflexo dessa nova dinâmica, que cada vez
mais transformava a música em um produto de venda. Se antes da digitalização
sonora, pequenas desafinações e imperfeições eram aceitas pelo público, a partir
da sua chegada criou-se uma cultura de distanciamento da realidade no mercado
da música. Qualquer imperfeição passou a ser digitalmente banida durante o
processo de elaboração do produto musical: sob certo ângulo, ocorreu um processo
de desumanização na produção da música, com vistas a educar fortemente os(as)
ouvintes para o consumo.
ATENCAO
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TÓPICO 2 — A HISTÓRIA TECNOLÓGICA DA MÚSICA
TUROS
ESTUDOS FU
Para este momento de seus estudos, acadêmico, importa saber que com
a proliferação do MP3 e de tecnologias de distribuição de músicas via internet
como o Napster, o ouvinte passou a contar com a possibilidade de criar longas
playlists pessoais e gravar coletâneas organizadas à sua maneira, para transferir
para os players de MP3 – aparelhos muito mais compactos do que um discman
e com capacidade muito maior de memória. Essa nova experiência longa e
personalizada de audição também trouxe impactos ao mercado fonográfico.
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
TUROS
ESTUDOS FU
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
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AUTOATIVIDADE
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TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
No último tópico desta unidade, vamos nos aprofundar na música
distribuída via internet e seus impactos socioeconômicos. Este subtópico é
importante para entendermos as muitas questões sociais suscitadas dentro do
campo da música, a partir do compartilhamento de arquivos musicais via web.
2 A MUSICOTECA DA INTERNET
Em 2003, quando os computadores de uso pessoal já eram relativamente
mais baratos e a internet começava a se popularizar no Brasil, o jornal Folha de
São Paulo realizou uma conversa via fórum online com usuários dos programas
eDonkey e eMule, ambos destinados ao compartilhamento gratuito de arquivos,
sendo que na época eram os fonogramas e álbuns completos os principais objetos
de procura e oferta nas duas comunidades. A pesquisa concluiu que os usuários
tinham três motivações principais para colaborarem com estas plataformas: dividir
as músicas preferidas com outros internautas; disponibilizar áudios raros, que
nem sempre eram possíveis de encontrar nas lojas; e instituir uma contracultura
em protesto ao preço final com que o CD (a mídia física mais popular na ocasião)
chegava ao consumidor (SANTINI, 2006).
45
UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
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TÓPICO 3 — MÚSICA NA ERA DAS REDES
anos 2000 para divulgar seus trabalhos. Isso consolidou a internet do começo do
Século XXI uma imensa biblioteca musical, ou musicoteca, na qual era possível
obter trabalhos autorais de grandes artistas e também de bandas que sonhavam
em sair do anonimato.
FONTE: <https://i.pinimg.com/originals/ce/07/a0/ce07a0e4c4b8fabc974f65245f825690.jpg>.
Acesso em: 27 nov. 2020.
47
UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
Malini e Antoun (2013) relatam que Napster teve grande aceitação pública,
e em pouco tempo o fluxo de compartilhamento chegou a níveis altíssimos – em
um fim de semana, o fluxo chegou a 2 milhões de arquivos MP3. “O Napster não
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TÓPICO 3 — MÚSICA NA ERA DAS REDES
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
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TÓPICO 3 — MÚSICA NA ERA DAS REDES
TUROS
ESTUDOS FU
4 REDES SOCIAIS
A ascensão das plataformas de compartilhamento de arquivos não deixou
de dialogar com um outro fenômeno, também relacionado à difusão e aumento
da acessibilidade aos meios digitais: a explosão das redes sociais. Neste tópico,
vamos falar sobre o modo como as redes sociais, de maneira geral, também
contribuíram para a formação de ouvintes, para além da produção hegemônica
ditada pelas majors, bem como a criação as primeiras redes sociais dedicadas
especificamente à divulgação de trabalhos musicais.
poderiam postar textos de até 140 caracteres sobre qualquer tema. Em 2017, esse
limite foi dobrado. Apesar dessas condições, não demorou muito para que esta
rede social passasse a ser utilizada como um termômetro da opinião pública nos
mais diversos assuntos, incluindo a música (SANTOS, 2010). O Twitter comporta
arquivos de vídeo, o que também o torna propício à divulgação de trabalhos
musicais. Porém, sua base de funcionamento não deixou de ser textual, de modo
que ele permanece sendo uma das redes sociais mais utilizadas no mundo, porém
foi ultrapassado no gosto popular por outras redes que preconizam o uso da
imagem, como é o caso do Instagram. Este foi criado em 2010 por Mike Krieger
e Kevin Systrom somente para smartphones, e à medida que foi se tornando mais
famoso, ajudou a promover uma ideia das influencers, isto é, os influenciadores
digitais que se destinam a reunir um conjunto próprio de seguidores, sobre o
qual atuam como formadores de opinião (ALMEIDA et al., 2018). A figura dos
influenciadores será mais explorada nesta unidade. Importa, agora, compreender
que elas agem a serviço do mercado, estimulando o consumo de produtos para
os quais são pagos, inclusive álbuns, tecnologias destinadas à audição musical e
serviços de streaming.
Além disso, os próprios usuários também podem ser pagos para anunciar
produtos durante os vídeos. Isso levou à profissionalização das(os) influencers e
ao mesmo tempo permitiu que artistas e bandas tivessem alguma chance (ainda
que remota) de gerar receita ao criar conteúdos para a plataforma. No caso da
monetização, quanto mais visualizações, maior a capitalização do vídeo, o que
estabeleceu uma corrida por visualizações e engajamentos e tem direta influência
sobre as decisões de consumo. Assim, o YouTube gradativamente se tornou uma
plataforma de divulgação de trabalhos artísticos, ao mesmo tempo em que é uma
referência de plataforma para apreciação de shows e outros registros musicais.
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TÓPICO 3 — MÚSICA NA ERA DAS REDES
5 DIREITOS AUTORAIS
No Brasil, a Lei n° 9610, de 1998 – Lei de Direitos Autorais ou LDA –
garante a compositores em geral os benefícios morais e patrimoniais sobre suas
músicas. Os benefícios morais tratam da autoria; já os benefícios patrimoniais
à geração de renda a partir da obra. Ambos os direitos são garantidos ao autor
(BRASIL, 1998). Assim, quando você grava uma música no Brasil e a publica –
portanto, disponibiliza para audição – em alguma plataforma ou rede social, de
certo modo você já estabeleceu a garantia de seus direitos enquanto autor. Isso
porque a LDA, entre outras coisas, excluiu a obrigação de registro da obra musical
na Biblioteca Nacional, tal como era exigido nas leis anteriores.
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UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
custo pela prestação do serviço. O valor autoral pode ainda ser dividido em uma
proporção de 2/3 para o autor e 1/3 para intérpretes, músicos acompanhantes e
gravadora (ABRAMUS, 2020).
54
TÓPICO 3 — MÚSICA NA ERA DAS REDES
não se diferencia muito desta dinâmica, e nos últimos anos esses aplicativos (que
são multinacionais) trabalham com a ideia de pagamento por audição da obra
sonora. No entanto, este valor é tão pouco significativo que uma obra musical
precisa ser acessada milhares de vezes para gerar uma renda representativa ao
proprietário, como podemos ver no gráfico expresso na Figura 17. Os valores
pagos por reprodução de um fonograma em 2019, em dólar, estão expressos na
coluna “per stream”:
FONTE: <https://thetrichordist.files.wordpress.com/2020/03/2019perstreamv2.pn-
g?w=600&h=433>. Acesso em: 28 nov. 2020.
55
UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
A ação fez com que a banda ficasse muito popular, alcançando mais
ouvintes e tornando-se a primeira banda independente a tocar no Madison
Square Garden. Em 2020, com a pandemia de coronavírus, a Vulfpeck atravessou
nova crise econômica (assim como muitos outros artistas), e resolveu leiloar a
faixa 10 do seu mais recente álbum, para o vencedor utilizar como quiser, ou seja:
o espaço dentro de um álbum foi transformado em um espaço comercial, que
poderia ser comprado por outra banda ou mesmo uma empresa ou pessoa física,
a qual daria a ela a utilidade que quisesse e com o valor totalmente convertido
aos proprietários do álbum. O maior lance foi de 70 mil dólares, e a faixa acabou
comportando outra música, da banda Earquake Lights (O’BRYEN, 2020).
Este contexto demonstra que uma lei que faça a defesa dos direitos
autorais é de fato necessária, mas não é garantia de que um artista consiga
viver da arte que produz, obrigando-o a criar alternativas que contornem este
sistema. Assim, mesmo com a queda da pirataria e os índices de arrecadação das
gravadoras voltando aos níveis de antes da era do compartilhamento sem custos,
o debate ainda está longe de terminar, sendo necessário focar em estratégias que
atribuam visibilidade àqueles que realizam o trabalho criativo, estabelecendo
uma mediação eficiente e direta com o público, sem a mediação exploratória do
oligopólio das gravadoras.
56
TÓPICO 3 — MÚSICA NA ERA DAS REDES
57
UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
58
TÓPICO 3 — MÚSICA NA ERA DAS REDES
bancos de dados para outras empresas: a grande arrecadação das redes sociais
na atualidade não é a venda de anúncios, e sim a adesão de grandes públicos e
a venda de pacotes de informações sobre seus milhares de usuários para outras
empresas.
DICAS
Para entender melhor como nossos dados se tornaram um dos produtos mais
lucrativos do mercado na era digital, assista ao documentário O Dilema das Redes (2020),
do diretor Jeff Orlowski.
59
UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
de cenas que representam o dia a dia desses sujeitos, aparecem trilhas sonoras,
encontros com artistas, idas a shows ou mesmo a compra “casual” de um disco –
todas cenas produzidas sob financiamento da indústria da música.
60
TÓPICO 3 — MÚSICA NA ERA DAS REDES
LEITURA COMPLEMENTAR
2. Estão lhe deixando infeliz. Lanier cita estudos que mostram que, apesar das
possibilidades de conexão que as redes sociais oferecem, na verdade sofremos
“uma sensação cada vez maior de isolamento” por motivos tão díspares como
“os padrões irracionais de beleza e status, por exemplo, ou a vulnerabilidade
aos trolls”. Os algoritmos, escreve ele, nos colocam em categorias e nos ordenam
segundo nossos amigos, seguidores, o número de curtidas ou retuítes, o muito
ou pouco que publicamos… “De repente você e outras pessoas fazem parte de
um monte de competições das quais não pediu para participar”. São critérios que
nos parecem pouco significativos, mas que acabam tendo efeitos na vida real:
“Nas notícias que vemos, em quem nos aparece como possível relacionamento
amoroso, em que produtos nos oferecem”. Também podem acabar influenciando
em futuros trabalhos: muitos dos responsáveis por recursos humanos procuram
seus candidatos no Facebook e no Google [...].
61
UNIDADE 1 — FUNDAMENTOS DA TECNOLOGIA APLICADA À MÚSICA
5. Não querem que você tenha dignidade econômica. Lanier explica que o
modelo de negócio que predomina na Internet é consequência do “dogma” de
acreditar que “se o software não era grátis não podia ser aberto”. A publicidade
foi vista como uma forma de solucionar esse problema.
Lanier propõe já desde livros anteriores como Who Owns the Future? (“Quem
controla o futuro?) que existem outras alternativas, como pagar para usar serviços
como o Google e o Facebook. Em troca, poderíamos receber alguma compensação
de acordo com nossa contribuição, que pode ser de conteúdos aos dados que hoje
damos de graça para que sejam vendidos em pacotes de publicidade.
Essas são somente algumas das razões expostas por Lanier em um livro
que, como o próprio autor admite, nem mesmo chega a tocar alguns temas que
não o afetam tão diretamente, como “as pressões insustentáveis em pessoas
jovens, especialmente mulheres” e como “os algoritmos podem discriminá-lo por
racismo e outras razões horríveis”.
Lanier não quer acabar com a Internet. Pelo contrário: deixar as redes,
ainda que somente por um tempo, pode ser uma forma de saber como estão nos
prejudicando e, principalmente, percebermos o que poderiam nos oferecer.
FONTE: HANCOCK, J. R. Jaron Lanier, pioneiro da internet, quer que você largue as redes
sociais. El País, 6 set. 2018. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/08/28/tecnolo-
gia/1535463505_331615.html. Acesso em: 28 nov. 2020.
62
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• O streaming trabalha com o formato de áudio .ogg, que pode ser lido sem a
necessidade de ser baixado completamente.
63
• Atualmente, o sistema de algoritmos, os influencers e as redes sociais (como
produtoras de bancos de dados dos usuários) colaboram para moldar nosso
gosto e direcionar nossas escolhas musicais.
CHAMADA
64
AUTOATIVIDADE
I- P2P (peer-to-peer).
II- Torrent.
III- Streaming.
65
d) ( ) O Facebook é uma plataforma que permitiu a divulgação de artistas
independentes e grandes gravadoras de forma neutra, isto é, sem exercer
influência no público.
PORQUE
66
REFERÊNCIAS
ABRAMUS. ISRC – o que é e como adquirir o sistema. 2020. Disponível em:
https://www.abramus.org.br/musica/isrc/?doing_wp_cron=1606605403.27667808
53271484375000. Acesso em: 16 nov. 2020.
67
BERTÃO, D. M. A raridade na música: possibilidades para sua atribuição em
partituras musicais impressas. 2016. 92 f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Bacharelado em Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação) –
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Disponível em: https://
pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/2690/4/DMBertao.pdf. Acesso em: 9 nov. 2020.
68
CHADABE, J.; LIMA, G. H. T. O Século da Eletrônica. Revista Hodie, v.
14, n. 1, 2014. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/musica/article/
view/32839/18552. Acesso em: 25 nov. 2020.
INEP. Censo Escolar da Educação Básica 2016: notas estatísticas. Brasília, DF:
Inep, 2017.
69
LACERDA, A. C. A história da tecnologia na educação: do quadro
de giz à realidade virtual. 2001. 215 f. Dissertação (Programa de Pós-
Graduação em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/
handle/123456789/81464. Acesso em: 25 nov. 2020.
LANIER, J. Dez argumentos para você deletar agora suas redes sociais. Rio de
Janeiro: Intrínseca, 2018.
70
MOREIRA, R. Sociabilidade e espaço (as formas de organização geográfica das
sociedades na era da Terceira Revolução Industrial – um estudo de tendências).
Agrária, São Paulo, n. 2, p. 93-108, 2005. Disponível em: https://www.revistas.
usp.br/agraria/article/view/82/81. Acesso em: 22 nov. 2020.
71
RAMOS, J. M.; LERNER, M. M. Diseño y desarrollo de controlador MIDI
inalámbrico de viento. 2016. 87 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Escuela
Universitaria de Artes - Licenciatura en Música y Tecnología) – Universidad
Nacional de Quilmes, Argentina. Disponível em: http://musica.unq.edu.ar/
archivos/RAMOS-2016_Tesis-MyT.pdf. Acesso em: 15 nov. 2020.
TWOREK, H. Social Media Councils. In: OWEN, T. et al. Models for Platform
Governance. Canadá: Centre for International Governance Innovation, 2019,
p. 97-102. Disponível em: https://www.cigionline.org/sites/default/files/
documents/Platform-gov-WEB_VERSION.pdf#page=99. Acesso em: 3 nov. 2020.
WITT, S. Como a música ficou grátis: o fim de uma indústria, a virada do século
e o paciente zero da pirataria. Tradução de Andrea Gottlieb de Castro Neves.
Rio de Janeiro: Intrínseca, 2020.
72
UNIDADE 2 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
73
74
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
ESTÚDIOS E EQUIPAMENTOS
1 INTRODUÇÃO
Para trabalhar com áudio, é necessário entender como o som funciona
e explorar com certa profundidade as suas propriedades. Além de facilitar
a compreensão entre os diferentes equipamentos, também ajuda a resolver
problemas. Desse modo, o Tópico 1 abordará alguns princípios da Acústica
cujo, conhecimento é necessário para a manipulação correta dos equipamentos e
máximo aproveitamento da captação sonora.
2 PRINCÍPIOS DE ACÚSTICA
A Acústica é o ramo da Física que lida com o estudo das ondas de pressão,
as quais são responsáveis pelos sons. Sua importância se revela enquanto uma das
principais formas de relação entre o ser humano e o meio ambiente (MERINO;
MUÑOZ-REPISO, 2013).
75
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FIGURA 1 – SENOIDE
FONTE: A autora
NTE
INTERESSA
Para chegar a uma oitava acima de uma nota, é necessário dobrar sua
frequência. A audição humana percebe frequências entre 20 e 20.000 Hz (ou 20 KHz –
kilohertz).
76
TÓPICO 1 — ESTÚDIOS E EQUIPAMENTOS
FIGURA 2 – AMPLITUDE
FONTE: A autora
O ciclo, por sua vez, é representado por uma onda senoidal. Imagine uma
membrana (por exemplo, um tímpano) que está em repouso. Ela está no ponto
zero de pressão, representado pelo ponto A na Figura 3. No momento em que
batemos no tímpano, exercemos uma carga de pressão sobre ele, sendo que o
pico de pressão (compressão) é representado pelo ponto B. Depois, acontece a
descompressão, que fará essa membrana passar pelo ponto inicial de pressão
(ponto C) até chegar ao ponto máximo de rarefação (ponto D). E finalmente, após
passar pelos estágios de compressão e rarefação, a onda volta ao estágio inicial
(ponto E), repetindo este trajeto (O QUE..., 2017). Cada vez que a onda sonora
percorre esse caminho, ela completa um ciclo.
77
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FIGURA 3 – CICLO
FONTE: A autora
FIGURA 4 – PERÍODO
FONTE: A autora
78
TÓPICO 1 — ESTÚDIOS E EQUIPAMENTOS
FONTE: A autora
λ = v/f
(v= 340 m/s; f= 100 Hz)
λ = 340/100
λ = 3,4 m
79
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
3 ESTÚDIOS DE GRAVAÇÃO
Para falar em estúdio, precisamos primeiramente falar na produção
musical, que engloba todo o processo de elaboração e registro de uma música.
A maioria dos autores costuma dividir a produção musical em três etapas: pré-
produção, produção e pós-produção.
ATENCAO
80
TÓPICO 1 — ESTÚDIOS E EQUIPAMENTOS
3.1 EQUIPAMENTOS
Agora, vamos conhecer os equipamentos básicos para o trabalho
de produção de áudio, utilizados nos home studios (estúdios caseiros) e na
sonorização de pequenos eventos. Tais recursos não são indispensáveis para nós,
educadoras(es) musicais. Porém, muitas vezes os espaços educativos dispõem
de alguns deles, e neste caso o conhecimento elementar desses recursos torna-se
muito útil quando precisamos sonorizar nossas atividades – por exemplo, quando
estamos elaborando uma apresentação do trabalho feito junto aos acadêmicos
para toda a escola, ou quando desejamos fazer uma gravação musical que envolva
um grupo expressivo de estudantes.
Microfones
81
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
uma área mais estreita que o cardioide, sendo mais eficientes em captar em uma
única direção. Ambos são usados em ambientes amplos e palcos, quando há
necessidade de dar destaque a um instrumento específico dentro de um conjunto.
Por último, o microfone bidirecional ou “Figura 8” (devido ao desenho do padrão
polar) tem duas cápsulas que captam o som vindo de frente e de trás, rejeitando
o som lateral (NOCKO, 2011), sendo bastante usados em duetos e entrevistas
envolvendo duas pessoas.
FONTE: <https://clubedohomestudio.com.br/wp-content/uploads/2015/06/Diagramas-polares-
-microfone.jpg>. Acesso em: 16 dez. 2020.
FONTE: <https://blog.santoangelo.com.br/wp-content/uploads/2015/06/MDECVEDDE-003.
jpg>. Acesso em: 16 dez. 2020.
FONTE: <http://appsisecommerces3.s3.amazonaws.com/clientes/cliente5997/produtos/8995/
L21451308485.jpg>. Acesso em: 16 dez. 2020.
Por sua vez, o microfone de fita tem este nome devido ao uso de uma
fita no lugar da membrana (VALLE, 2002). São utilizados para gravação de voz
e instrumentos de alta pressão sonora e seu padrão polar é sempre bidirecional.
Interface de áudio
83
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
Monitores
São caixas de som que servem de referência, isto é, permitem ouvir o que
está sendo editado tal como seria ideal ao ouvinte final da música. Essas caixas
reproduzem o som de forma flat (equalização zero), para que o editor consiga
ouvir bem todas as frequências da música. Seu uso não exclui a necessidade de
fones de ouvido de referência.
Fone de ouvido
84
TÓPICO 1 — ESTÚDIOS E EQUIPAMENTOS
FONTE: A autora
As caixas de som podem ter duas ou mais vias, que são alto-falantes
destinados à propagação de um grupo específico de frequências. O modelo mais
comum é a caixa de duas vias, dotada de um alto-falante maior e outro menor.
Assim, ela recebe o sinal de áudio e separa as frequências graves, enviando para o
alto-falante maior. A outra parte do sinal, de frequências médias e altas, é enviada
para a caixa menor. Estes alto-falantes têm nomenclaturas específicas:
85
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FONTE: A autora
Você lembra quando falamos que quanto mais agudo um som, maior a
frequência? É por isso que os alto-falantes maiores são destinados a propagar
frequências mais graves, enquanto os menores são destinados às frequências
mais agudas. Um baixista precisa de um amplificador de tamanho maior que um
guitarrista, pois caixas maiores comportam membranas mais amplas, que têm
condições de vibrar mais devagar (em menos ciclos por segundo).
Cabos e plugs
Quanto aos plugs, os mais comuns são os P10 ou plug “banana”, que
podem ser mono ou estéreo. Servem para ligar instrumentos musicais nas
entradas da mesa de som e também ligam as mesas a amplificadores ou caixas.
Cabos de microfone que usam plug P10 são usados com microfones dinâmicos e
outros que não requerem phantom power. Podem ser balanceados ou não, sendo
recomendado para microfones o uso de balanceado.
86
TÓPICO 1 — ESTÚDIOS E EQUIPAMENTOS
FONTE: A autora
Sonorização de Ambientes
87
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FONTE: A autora
Cada canal da mesa possui uma entrada, onde você pode plugar
microfones, instrumentos e outros dispositivos, sempre atento às especificidades
e ao uso adequado dos plugs e cabos. Ligue primeiramente a mesa de som, depois
as caixas e lembre-se de fazer a passagem do som – isto é, um teste prévio para
saber se a configuração do áudio está funcionando sem ruídos ou interferências
– antes da apresentação.
88
TÓPICO 1 — ESTÚDIOS E EQUIPAMENTOS
Estúdio
89
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O formato MIDI abrange informações de arquivos sonoros que não podem ser
comportadas em outros formatos, sendo o mais ideal para edição de áudio.
• Plugs devem ser escolhidos de acordo com a conexão a ser feita, os equipamentos
utilizados, a necessidade ou não de balanceamento e a distância entre os
aparelhos.
90
AUTOATIVIDADE
( ) Cabos XLR são os mais indicados para conectar microfones à mesa de som,
pois o balanceamento evita ruídos.
( ) As caixas de som precisam estar muito distantes entre si, garantindo a
reprodução simultânea do som nas mesmas.
( ) O controle de balanço (Balance) permite decidir para qual caixa irá o som
de cada canal da mesa de som.
91
4 A digitalização da música permitiu a exploração de outras propriedades
sonoras nos arquivos de áudio. Disserte sobre como este fenômeno
contribuiu para a modernização do trabalho de produção musical.
92
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
EDIÇÃO DE ÁUDIO
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 2, abordaremos os procedimentos básicos para uso
de dois softwares de edição de áudio: O Audacity e o Ocenaudio. Trata-se de dois
programas bastante acessíveis, porém dotados de uma grande coleção de recursos
e efeitos, de modo que vamos nos ater às ferramentas básicas e aos efeitos mais
comumente utilizados.
2.1 AUDACITY
O Audacity® (AUDACITY TEAM, 2020a) é um software destinado à edição
digital de áudio, sendo de código livre, isto é, ele tem o código aberto para que
os usuários possam adaptá-lo a suas necessidades particulares. Além disso, ele
é gratuito e pode ser usado em diferentes sistemas operacionais. O programa
disponibiliza as ferramentas básicas para a realização de um projeto de produção
93
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
DICAS
FONTE: A autora
94
TÓPICO 2 — EDIÇÃO DE ÁUDIO
Ferramentas
FONTE: A autora
NOTA
Você sabe o que significa som estéreo e som mono? O mono é reproduzido
por um só canal. Quando você ouve uma música em mono nos fones de ouvido, cada
lado do fone irá reproduzir exatamente a mesma coisa. Já o som estéreo é composto de
dois canais (NOCKO, 2011) que geralmente têm diferenças entre si, baseadas na experiência
que temos com dois ouvidos situados em pontos opostos da cabeça. Assim, enquanto os
sons em estéreo são mais indicados para momentos em que podemos experienciar com
atenção essa distinção (por exemplo em filmes e músicas) os arquivos em mono são mais
indicados para shows e grandes espaços onde não é possível garantir a experiência espacial
do som estéreo.
95
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FONTE: A autora
FONTE: A autora
96
TÓPICO 2 — EDIÇÃO DE ÁUDIO
FONTE: A autora
FONTE: A autora
Cada vez que você fizer uma nova gravação ou inserir mais um arquivo
de áudio, uma nova pista, ou faixa, surgirá abaixo da anterior. Cada pista possui
controles próprios, conforme mostra a figura a seguir (AUDACITY TEAM, 2020b):
97
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FONTE: A autora
FONTE: A autora
98
TÓPICO 2 — EDIÇÃO DE ÁUDIO
FONTE: A autora
FONTE: A autora
99
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FONTE: A autora
FONTE: A autora
100
TÓPICO 2 — EDIÇÃO DE ÁUDIO
FONTE: A autora
FONTE: A autora
Efeitos
101
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FONTE: A autora
ATENCAO
102
TÓPICO 2 — EDIÇÃO DE ÁUDIO
103
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FONTE: A autora
FONTE: A autora
104
TÓPICO 2 — EDIÇÃO DE ÁUDIO
FONTE: A autora
Após selecionar o arquivo da trilha, acesse Efeitos > Auto Duck, altere as
configurações (caso não queria usar a sugestão do programa) e clique em OK.
Automaticamente, o software vai programar a redução do volume da trilha a
partir da entrada do vocal, tornando a aumentá-la quando a fala é encerrada:
FONTE: A autora
Outro recurso bastante útil para quem vai trabalhar com locução e trilha
sonora é a eliminação de silêncios. Imagine que você gravou sua própria voz e,
após escutar o registro, decidiu reduzir o tempo de silêncio entre as frases. Isso
é possível manualmente, utilizando a ferramentas de seleção e a tecla DEL. No
entanto, resultado semelhante é obtido em Efeitos > Travar Silêncio. Esta função
identifica os trechos em que não há fala e os suprime automaticamente, conforma
a faixa inferior na figura abaixo. Observe que, com a eliminação dos espaços, a
duração do áudio foi reduzida:
105
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FONTE: A autora
FONTE: A autora
106
TÓPICO 2 — EDIÇÃO DE ÁUDIO
FONTE: A autora
Assim como todos os efeitos listados até aqui – os quais são os mais
comumente utilizados para trabalhos elementares de edição – há ainda o
equalizador. Esse recurso, existente também em mesas de som e caixas
amplificadas, regula o volume de cada faixa de frequência, oferecendo uma
manipulação mais precisa do arquivo. Um uso consciente do equalizador é
primordial para uma edição de áudio de qualidade. Ao selecionar o trecho a
ser editado e acessar Efeitos > Equalizador gráfico, abre-se uma janela tal como
na imagem abaixo. Cada botão desliza para baixo ou para cima, aumentando
ou reduzindo o volume de uma faixa específica de frequência. Observe, caro(a)
estudante, que o equalizador permite regular frequências de 20 Hz a 20.000 Hz
(ou 20 KHz) – exatamente a faixa considerada perceptível pelo ouvido humano:
FONTE: A autora
107
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FONTE: A autora
FONTE: A autora
109
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
ATENCAO
Finalização
Salvar o arquivo .aup não gera o arquivo de áudio em si. Para transformar
seu produto de edição em um áudio executável em um player, é necessário exportar
o mesmo, o que pode ser feito acessando Arquivo > Exportar. O Audacity permite
que você exporte o áudio em MP3, WAV, OGG e outras extensões menos usuais.
2.2 OCENAUDIO
Uma outra alternativa, também disponível gratuitamente, é o Ocenaudio.
Assim como o Audacity, ele possui versões para os sistemas operacionais mais
utilizados. Desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina, é
compatível com uma parte significativa de interfaces de áudio. Também possui
uma característica pouco comum em softwares dessa categoria: a possibilidade
de ouvir o áudio enquanto o efeito está sendo processado sobre ele. Também
trabalha simultaneamente com seleções de diferentes trechos, o que confere
agilidade ao trabalho de edição.
110
TÓPICO 2 — EDIÇÃO DE ÁUDIO
FONTE: A autora
DICAS
111
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FONTE: A autora
FONTE: A autora
112
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Para evitar a perda de dados e a fim de trabalhar com arquivos a longo prazo,
é necessário salvar o projeto de edição de áudio.
113
AUTOATIVIDADE
114
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
115
116
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
EDIÇÃO DE PARTITURAS
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, no Tópico 3, abordaremos algumas noções básicas sobre
o uso de três softwares de edição de partituras: MuseScore, Finale e Encore.
Familiarizar-se com estes programas pode ser bastante útil ao trabalho do
educador musical, visto que eles permitem um registro fidedigno daquilo que é
produzido musicalmente junto às(aos) estudantes.
Seja qual for o tipo de software criado para uso em educação musical, é
importante que sejam observados pressupostos pedagógicos coerentes
com os objetivos educativos do contexto e, principalmente, que o
mesmo propicie o desenvolvimento musical da forma mais abrangente
possível (MILETTO et al., 2004, p. 12).
2 SOFTWARES
A seguir, vamos apresentar três programas para edição de partituras
bastante conhecidos, explorando algumas de suas funcionalidades. Se o seu desejo
é uma utilização mais refinada destes recursos, uma boa pesquisa na internet
revelará diversos tutoriais, pautado nas suas funcionalidades mais complexas.
2.1 MUSESCORE
O MuseScore® (MUSESCORE BVBA, 2020b) é um dos softwares mais
utilizados para edição de partituras. Assim como o Audacity, ele é um software de
código aberto, compatível com os sistemas operacionais mais usados e totalmente
gratuito, sendo desenvolvido por uma equipe dedicada a desenvolver programas
acessíveis à comunidade em geral. Além disso, é um editor de nível profissional,
que não fica atrás de seus concorrentes pagos. As versões mais recentes deste
programa passaram a incluir entrada para teclado MIDI. A versão utilizada neste
curso é a 3.5.2.
117
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
DICAS
FONTE: A autora
118
TÓPICO 3 — EDIÇÃO DE PARTITURAS
FONTE: A autora
FONTE: A autora
119
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
Na sequência, uma outra janela abrirá para que você decida o modelo de
partitura. O MuseScore já vem com alguns modelos pré-definidos: Cada item
mostrado na Figura 45 (Coral, Música de Câmara etc.) apresenta várias opções.
Assim, se você clicar em Coral > SCTB, a partitura gerada terá pauta para soprano,
contralto e tenor em clave de Sol e baixo em clave de Fá. Ou, como mostra a
imagem, clicando em Orquestra > Orquestra de Cordas, a configuração será para
dois violinos em clave de Sol, viola em clave de Dó, cello e contrabaixo em clave
de Fá (as claves podem ser alteradas).
FONTE: A autora
120
TÓPICO 3 — EDIÇÃO DE PARTITURAS
pauta vinculada” permite inserir mais de uma pauta por instrumento. A tecla
“pauta vinculada” adiciona uma nova pauta que irá repetir tudo o que for escrito
na Pauta 1 (MUSESCORE BVBA, 2020a).
FONTE: A autora
FONTE: A autora
121
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FONTE: A autora
Após essas escolhas, você precisa clicar em Finish para visualizar sua
partitura. Ela ainda precisa ser preenchida, mas sua estrutura já se apresenta no
formato como ficará impressa. No exemplo abaixo, temos uma partitura de pauta
dupla (claves de Sol e Fá), em Sol maior (ou Mi menor), a 120 PPM, compasso
4/4 (foi escolhido o símbolo C), Anacruse de um pulso e cinco compassos no
total. Observe que as informações iniciais (título, subtítulo etc.) também foram
inseridas.
122
TÓPICO 3 — EDIÇÃO DE PARTITURAS
FONTE: A autora
FONTE: A autora
FONTE: A autora
FONTE: A autora
124
TÓPICO 3 — EDIÇÃO DE PARTITURAS
FONTE: A autora
Para alterar a altura da nota e inserir acidentes, use as teclas de seta para
cima e para baixo. Cada vez que você apertar uma delas, o valor será reduzido
ou aumentado em um semitom. Assim, no caso da nota Sol desta partitura, se
apertarmos a seta para cima uma vez, ela se torna Sol sustenido. Se apertarmos a
seta para baixo duas vezes, ela se transforma na nota Fá com bequadro (lembrando
que o tom é Sol Maior). Apertando mais duas vezes a seta para baixo, ela vira um
Mi bemol. Se você deseja alterar a nota em uma oitava, utilize a tecla CTRL + setas
para cima e para baixo. Vamos a um exemplo de digitação de partitura, desta vez
com inserção de acidentes:
FONTE: A autora
Com o cursor sobre qualquer nota, você poderá realizar outras alterações:
NTE
INTERESSA
FONTE: A autora
126
TÓPICO 3 — EDIÇÃO DE PARTITURAS
FONTE: A autora
FONTE: A autora
127
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FONTE: A autora
O mesmo procedimento deve ser feito para adicionar o ritornello final. Ou,
se preferir, você pode clicar no recurso desejado e arrastá-lo até a posição onde
ele deve ser colocado – neste caso, escolhemos a barra seguinte ao ritornello inicial.
Observe que, mesmo inserindo a barra apenas na Clave de Sol, automaticamente
o recurso é acrescentado também na Clave de Fá.
FONTE: A autora
128
TÓPICO 3 — EDIÇÃO DE PARTITURAS
FONTE: A autora
FONTE: A autora
129
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
Para exportar sua partitura para PDF, clique em Arquivo > Exportar e
escolha a pasta onde irá guardar o arquivo.
2.2 FINALE
O Finale® (MAKEMUSIC, 2014), assim como o MuseScore, é um editor de
partituras pago. Compatível com sistemas Windows e Mac, ele foi desenvolvido na
década de 1980, de modo que é bastante conhecido e utilizado por professoras(es)
de música. Utilizaremos a versão Demo 2014.
FONTE: A autora
130
TÓPICO 3 — EDIÇÃO DE PARTITURAS
Esta janela inicial é a que irá conduzir você, estudante, para a criação de
uma nova partitura:
FONTE: A autora
Para iniciar uma partitura, você deve clicar em “Setup Wizard”. Uma nova
aba, com o menu de instrumentos (Figura 64) se abrirá. Você pode selecionar
“Create New Ensemble” e na parte inferior, (Score Page Size e Part Page Size), o
tamanho A4.
FONTE: A autora
131
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
FONTE: A autora
FONTE: A autora
132
TÓPICO 3 — EDIÇÃO DE PARTITURAS
FONTE: A autora
FONTE: A autora
133
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
Para a escrita das notas, pausas e outros elementos, você conta com
as barras à esquerda e na parte superior, com as devidas funções descritas na
imagem abaixo. No modo Simple entry Tool, você pode inserir as notas usando
o teclado, seguindo o mesmo padrão alfanumérico utilizado para o MuseScore,
incluindo o zero para inserção de pausas.
FONTE: A autora
Para salvar sua partitura, acesse File > Save e escolha a pasta onde deseja
guardar o arquivo. O Finale irá gerar um documento (na verdade, uma pasta
compactada) com extensão .musx. Para exportar sua partitura, acesse File > Export
e escolha o formato desejado.
2.3 ENCORE
O Encore® (GVOX, 2012a), tal como o Finale, é um editor de partituras
com versões para Windows e Mac. Embora seja um software pago, ele dispõe de
uma versão shareware, ou seja, uma variedade disponibilizada de forma gratuita,
porém com menos recursos que a versão completa. Neste livro, usaremos a versão
shareware do Encore 5.
134
TÓPICO 3 — EDIÇÃO DE PARTITURAS
FONTE: A autora
Se você deseja configurar uma nova partitura, acesse File > New... ou digite
CTRL + N. Uma janela abrirá possibilitando a escolha do número de sistemas
por página (Systems per page) e o número de compassos por sistema (Measures per
system), se você quer manter ou não a transposição (Make a “C” score), se deseja
usar o estilo manuscrito (Use handwritten style). Escolha suas predefinições e clique
em “Create”. Se quiser abrir a partitura em uma janela à parte, clique em “Create,
then open Wizard Windows”:
FONTE: A autora
FONTE: A autora
FONTE: A autora
136
TÓPICO 3 — EDIÇÃO DE PARTITURAS
FONTE: A autora
FONTE: A autora
Para salvar sua partitura, você pode acessar File > Save as..., ou digitar
CTRL +S. Após digitar o nome do arquivo e o local onde ele será guardado, o
programa irá criar um arquivo com extensão .enc. Para exportar seu arquivo para
outros formatos, acesse Files > export.
137
UNIDADE 2 — INFORMÁTICA APLICADA À MÚSICA
LEITURA COMPLEMENTAR
Secretaria de Estado da
Comunicação Social e da Cultura do Paraná
138
TÓPICO 3 — EDIÇÃO DE PARTITURAS
“Depois, eu, na minha casa, que já virou um estúdio, faço a edição de som
e de vídeo, colocando os músicos em janelinhas”, conta Vitor, que também faz o
upload do material em seu canal de YouTube. “É perceptível a evolução deles ao
longo dessas aulas virtuais. Eles estão mais preocupados com enquadramento,
iluminação, captação de som. Nunca mais recebi um vídeo com cachorros latindo
no fundo”, brinca.
FONTE: <http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=109419&tit=Professo-
res-usam-ferramentas-digitais-para-aulas-de-musica>. Acesso em: 9 jan. 2021.
139
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
140
AUTOATIVIDADE
O QUE é som - parte 1 (Acústica Básica - Curso de Áudio). [S. l.]: Audio
Academy, 2017. Disponível em: https://youtu.be/ZW0b5viynqE. Acesso em: 14
dez. 2020.
143
RAMALHO JUNIOR, F.; FERRARO, N. G.; SOARES, P. A. T. Os fundamentos
da física. Vol. 2. São Paulo: Moderna, 2007.
144
UNIDADE 3 —
TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO
MUSICAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
145
146
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Já dialogamos neste livro sobre o potencial transformador das tecnologias
sobre a sociedade – seja no campo da música, seja no campo do entretenimento,
seja no campo educativo. Contudo, quando adentramos a esfera pedagógica, o
debate sobre uso das tecnologias tende a se tornar mais complexo, pois deixa de
ter um caráter recreativo para assumir outras finalidades.
147
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
ATENCAO
149
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
E
IMPORTANT
150
TÓPICO 1 — O EDUCAR NA ERA DIGITAL
151
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
152
TÓPICO 1 — O EDUCAR NA ERA DIGITAL
DICAS
153
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
escola pelo pátio, na hora do recreio, como tema das conversas estudantis. Com
os celulares tem acontecido o mesmo, de forma ainda mais intensa.
Por outro lado, é sempre bom lembrar que o uso da tecnologia não é
garantia de uma educação efetiva; seu uso requer planejamento para que de
fato atue como ferramenta parceira na construção coletiva de conhecimento.
É com este mote que vamos reconhecer, a partir de agora, algumas inovações
tecnológicas que podem ser vistas como possibilidades pedagógicas, a fim de
refletir acerca das potências desses artefatos em sala de aula.
FIGURA 1 – DATASHOW
FONTE: <https://commac.com.br/_control/thumb.php?img=https://commac.com.br/_view/
produtos/img_1.jpg&w=800&h=600>. Acesso em: 5 fev. 2021.
154
TÓPICO 1 — O EDUCAR NA ERA DIGITAL
FONTE: <https://movplan.com.br/wp-content/uploads/2019/09/IMG_8327-1024x-
683-1-768x512.jpg>. Acesso em: 18 fev. 2021.
155
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
Tanto para o uso do Datashow como para a lousa digital, é importante que
o(a) professor(a) tenha uma certa aproximação com programas para elaboração
de slides: PowerPoint, Prezi, LibreOffice Impress e congêneres. É possível
que você já tenha usado algum destes programas, mas o fato de serem velhos
conhecidos não garante que estejam sendo bem empregados. Ao elaborar seus
slides, procure usar imagens em movimento conjugadas com texto. Este pode
ser apresentado em tópicos, evitando grandes passagens textuais na tela, visto
que o objetivo destes softwares é apoiar o desenvolvimento de saberes, e não
substituir conhecimentos que precisam da mediação docente para serem melhor
compreendidos.
Ainda que não seja este o foco do livro, não podemos deixar de mencionar
também a possibilidade de realizar produções audiovisuais com a turma. A
Professora Moira Toledo diz que o audiovisual – especialmente aquele que é
construído por estudantes – promove a coletividade estudantil, pois em produção
audiovisual é impossível realizar ações sem diálogo e coesão entre as pessoas
envolvidas (TOLEDO, 2010). A perspectiva de trabalhar transversalmente, através
de ferramentas audiovisuais, tende a enriquecer bastante o trabalho docente.
DICAS
FIGURA 3 – WORDPRESS
157
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
FONTE: <https://commac.com.br/_control/thumb.php?img=https://commac.com.br/_view/
produtos/img_1.jpg&w=800&h=600>. Acesso em: 5 fev. 2021.
Outra mídia que merece maior atenção são os e-books, ou seja, os livros
digitalizados. Há várias bibliotecas digitais onde é possível baixar obras e até
histórias em quadrinhos em PDF, EPUB, MOBI e outros formatos projetados para
compactar livros – algo equivalente ao que os arquivos OGG e MP3 fizeram com
as músicas. Muitas bibliotecas virtuais disponibilizam gratuitamente seus acervos
via internet, o que facilita o contato com os livros digitais, que se caracterizam
como uma outra experiência de leitura. Desde que se disponha de uma mídia
na qual esses documentos possam ser visualizados, a leitura se torna um hábito
agregando portabilidade e também acompanha os novos tempos digitais.
158
TÓPICO 1 — O EDUCAR NA ERA DIGITAL
FONTE: <https://commac.com.br/_control/thumb.php?img=https://commac.com.br/_view/
produtos/img_1.jpg&w=800&h=600>. Acesso em: 5 fev. 2021.
159
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
FIGURA 6 – TELEGRAM
FONTE: A autora
160
TÓPICO 1 — O EDUCAR NA ERA DIGITAL
NTE
INTERESSA
Embora não sejam o foco deste livro, não podemos deixar de mencionar as
Metodologias Ativas como estratégias que podem ser aliadas ao uso de TICs em prol de
uma construção ativa e coletiva de conhecimentos. Estudos de caso, games, sala de aula
invertida, aprendizagem em pares e aprendizagem baseada em problemas são alguns
exemplos. Para saber mais, acesse https://novaescola.org.br/conteudo/11897/como-as-
metodologias-ativas-favorecem-o-aprendizado.
161
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os recursos audiovisuais podem e devem ser usados como parte dos processos
de estudo, mas não podem ser reduzidos à tarefa de entreter.
162
AUTOATIVIDADE
163
164
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, neste subtópico, vamos tratar de alguns aplicativos e websites
que oferecem portabilidade no uso de ferramentas tecnológicas relacionadas à
Educação Musical. Para garantir a acessibilidades às referidas ferramentas, todas
foram devidamente testadas. Selecionamos as versões mais intuitivas e não
restritas a um instrumento musical, e sempre que possível demos preferência aos
aplicativos em Língua portuguesa. Também vamos indicar algumas páginas da
web que podem ser acessadas tanto pelo computador como pelo celular, sem a
necessidade de fazer instalações.
NOTA
165
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
2 AFINADORES E METRÔNOMOS
Talvez você, estudante, já conheça os afinadores, estes aparelhos
destinados à padronização das frequências entre instrumentos musicais. Alguns
vêm embutidos nos instrumentos, como é o caso dos violões, e captam o som
por microfone ou por contato (neste caso, captando a vibração sonora que se
propaga ao longo do instrumento) e identificando a frequência tocada e o quanto
ela está próxima do padrão. De modo geral, todos os afinadores trabalham com
o padrão de frequência do diapasão, isto é, partindo de 440 Hz como sendo a
nota Lá e instituindo as demais notas da escala a partir dessa referência. Quase
todos utilizam sistema de ponteiro para indicar a nota mais próxima daquela
executada pelo instrumento. Se o ponteiro estiver mais para a esquerda, o som do
instrumento está mais grave do que a nota; se estiver à direita, o instrumento está
tocando uma frequência mais aguda do que a nota indicada.
FONTE: A autora
166
TÓPICO 2 — EDUCAÇÃO MUSICAL NA PALMA DA MÃO: APPS
Todavia, se a preferência for por um afinador que possa ser acessado pelo
celular, aí o ideal é instalar um app. Assim como as versões on-line, cada loja de
aplicativos (de acordo com o sistema operacional) irá disponibilizar dezenas de
tipos. Um deles, bastante conhecido, é o Afinador Cromático Tuner (em inglês,
Fine Chormatic Tuner), disponível para Android.
FONTE: <https://play-lh.googleusercontent.com/tctCh84hipK3RZdQdOuJrfbZefT
PKVjva8H0tEeDi6Alq6vEQOoYMYF-yx8R59_cUxs=w1920-h920>. Acesso em: 18 jan. 2021.
167
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
FONTE: A autora
Outra opção (neste caso, um app) é o Soundbrenner, com versões para IOS
e Android. Ele possui os comandos básicos para reproduzir e ajustar velocidade
(este último, feito através do botão circular), além de permitir alguns ajustes mais
finos, como o compasso e a unidade de tempo, marcando com um som diferente
que identifica a primeira batida de cada compasso:
FONTE: <https://musicclan.com.br/wp-content/uploads/2017/11/
metronomo-soundbrenner-578x1024.png >. Acesso em: 18 jan. 2021.
168
TÓPICO 2 — EDUCAÇÃO MUSICAL NA PALMA DA MÃO: APPS
3 GRAVADORES
Já tratamos dos gravadores quando falamos nos editores de áudio, que
geralmente são usados para realizar trabalhos mais precisos com arquivos
sonoros. No entanto, estes softwares não são práticos quando há certa urgência e
o trabalho dispensa uma edição mais minuciosa. Ou mesmo, quando é necessário
somente gravar, sem precisar exportar arquivos e criar documentos de edição.
FONTE: A autora
FONTE: <https://play-lh.googleusercontent.com/9_uIxHGD9Dx3ddtxWOtITM4kFcwUk4TZWLdr
EjwijqC72bNSAcXuTEgx9OVM21XUKTBV=w1920-h920>. Acesso em: 18 jan. 2021.
4 EDITORES DE ÁUDIO
Longe de possuir a mesma precisão e quantidade de recursos disponíveis
se comparados a um editor para computador, os editores de áudio compactos
podem ser bastante úteis para pequenos cortes e tratamentos de arquivos sonoros.
170
TÓPICO 2 — EDUCAÇÃO MUSICAL NA PALMA DA MÃO: APPS
FONTE: A autora
FONTE: <https://addons.cdn.mozilla.net/user-media/previews/full/198/198815.png?modi-
fied=1543520794>. Acesso em: 18 jan. 2021.
171
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
FONTE: <https://addons.cdn.mozilla.net/user-media/previews/full/198/198815.png?modi-
fied=1543520794>. Acesso em: 18 jan. 2021.
172
TÓPICO 2 — EDUCAÇÃO MUSICAL NA PALMA DA MÃO: APPS
E
IMPORTANT
173
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
FONTE: A autora
174
TÓPICO 2 — EDUCAÇÃO MUSICAL NA PALMA DA MÃO: APPS
FONTE: A autora
DICAS
175
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
FONTE: <https://play-lh.googleusercontent.com/rIcydUwm_qWp6RjQ4DYLGgcl56qZJyFgr
fMHSTnmmpVUvYZszb16k6BxostIyD40zbc=w1920-h920>. Acesso em: 20 jan. 2021.
FONTE: <https://play-lh.googleusercontent.com/8be8OJQ8RNvNKBGUoZe9oCZLc-1LNunu-
-Sdv4Tmggh2eKkNqniBIhmSzi8olG74oazI=w1920-h920>. Acesso em: 20 jan. 2021.
176
TÓPICO 2 — EDUCAÇÃO MUSICAL NA PALMA DA MÃO: APPS
FONTE: A autora
6 OUTROS RECURSOS
Já visitamos e conhecemos diversos recursos digitais destinados a
mediar o trabalho das educadoras musicais, mas sempre há algumas outras
possibilidades que podem ajudar na elaboração de algumas aulas, conectar mais
a teoria ensinada com situações cotidianas ou resolver problemas.
177
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
FONTE: A autora
178
TÓPICO 2 — EDUCAÇÃO MUSICAL NA PALMA DA MÃO: APPS
“abrir arquivos” (número 1) e você terá acesso às suas pastas, onde poderá buscar
e selecionar o arquivo a ser modificado. Depois, é só clicar no formato desejado
(2), selecionar a qualidade e clicar em “converter” (3). Após a conversão, seus
arquivos serão disponibilizados para download.
FONTE: A autora
179
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
FIGURA 25 – YOUDJ
FONTE: A autora
FONTE: <https://play-lh.googleusercontent.com/UtkpvWBi5Os33mzbh307l7KjVdhcZryMB8B7_
fMaUDNPYLN7gq0s4JFBOPSuXwTBqO0=w1920-h920>. Acesso em: 20 jan. 2021.
180
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Editores de áudio para celulares são úteis para edições rápidas e recomendados
para trabalhar junto a grandes grupos.
181
AUTOATIVIDADE
182
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, no Tópico 3 vamos tratar de tecnologias que já estão
disponíveis e podem ser bastante funcionais no planejamento e execução das
aulas. Primeiramente, trataremos de plataformas onde você poderá encontrar
cursos para aperfeiçoamento, tanto na área de Educação – visto que a todos os
Licenciados cabe rever e aprimorar seus fazeres pedagógicos – como no campo
da Educação Musical. É importante pensar em uma autoformação que desperte
reflexões sobre seu trabalho, de um ponto de vista pedagógico.
2 CURSOS À DISTÂNCIA
Assim como os estudantes, também os professores precisam regularmente
reler criticamente o trabalho que vêm fazendo e identificar novas demandas
surgidas de sua própria prática profissional. Isso pode ser feito através de cursos
de formação (incluindo a formação continuada oferecida em alguns sistemas de
ensino), que têm a finalidade de aperfeiçoar as práticas docentes e manter (ou
melhorar) a qualidade de ensino da instituição.
183
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
184
TÓPICO 3 — NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO MUSICAL
Por fim, há muitas artistas e grupos musicais que conectam seu trabalho
autoral à pesquisa e à educação. É possível que alguns destes nomes já sejam
conhecidos por você, caro estudante, mas nunca é demais destacar o trabalho
importante que continua sendo feito por Marlui Miranda, Hélio Ziskind,
Barbatuques, Clementina de Jesus, Uakti, Palavra cantada, Milton Nascimento,
entre outros.
185
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
DICAS
3 SOFTWARES E JOGOS
Já vimos vários exemplos de jogos e programas que podem ser utilizados
no trabalho educativo. Mas será que é possível um professor desenvolver jogos e
programas direcionados de forma mais específico para nossos objetivos em sala
de aula?
FONTE: A autora
186
TÓPICO 3 — NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO MUSICAL
FONTE: A autora
FONTE: A autora
187
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
De volta à aba superior, clique em Materiais > Meus Projetos para encontrar
os jogos que você elaborou.
FONTE: A autora
Clique no jogo recém-criado. Você pode copiar o link do jogo (na barra
superior do seu navegador de internet) e enviar para os estudantes, os quais
podem clicar em “embaralhar” e começar a jogar.
FONTE: A autora
188
TÓPICO 3 — NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO MUSICAL
FONTE: A autora
FONTE: A autora
189
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
FONTE: A autora
Se você já tiver um logotipo para seu app, pode carregá-lo neste momento.
Caso contrário, clique em “Definir depois”.
FONTE: A autora
190
TÓPICO 3 — NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO MUSICAL
FONTE: A autora
FONTE: A autora
191
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
FONTE: A autora
192
TÓPICO 3 — NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO MUSICAL
FONTE: A autora
193
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
FIGURA 40 – MYSPACE
194
TÓPICO 3 — NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO MUSICAL
FIGURA 41 – TRAMAVIRTUAL
FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/-ml-hgRnKYHA/TxCjjkKWsYI/AAAAAAAAAUU/jb5EB7zc2Qg/
s1600/trama.bmp>. Acesso em: 27 jan. 2021.
195
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
FIGURA 42 – SOUNDCLOUD
FONTE: A autora
FIGURA 43 – BANDCAMP
FONTE: A autora
196
TÓPICO 3 — NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO MUSICAL
FONTE: A autora
197
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
FONTE: A autora
6 OUTROS RECURSOS
Antes de finalizar esta Unidade, ressaltamos que o domínio das
tecnologias educativas – sejam as que pudemos abordar neste livro, ou as tantas
outras que não couberam aqui – é precedido de muita pesquisa. Sempre que tiver
dúvidas, procure sites, podcasts, vídeos e até mesmo conhecidos que tenham
alguma experiência no uso destas ferramentas. Nesse aspecto, uma possibilidade
que está sempre à mão são os inúmeros tutoriais disponíveis na internet. Desde
manipulação de instrumentos musicais e construção de fontes sonoras até a
resolução de dúvidas sobre teoria musical, há diversos sites, vídeos e podcasts
que podem ajudar a resolver dúvidas práticas, otimizando a familiarização com
estes dispositivos.
198
TÓPICO 3 — NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO MUSICAL
199
UNIDADE 3 — TECNOLOGIAS E EDUCAÇÃO MUSICAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Tamires Rodrigues
"Esse jogo é para legitimar um pretinho na escola falar assim: 'se você
pensa minha história como parte da escravidão, você está muito enganado,
nós somos seres milionários, tá ligado'. Eu acho que a grande resposta do Ori é
essa", diz a produtora cultural Magda Souza, uma das seis jovens moradoras das
periferias de São Paulo, que usaram o pensamento computacional para elaborar
o jogo "Tabuleiro Ori".
200
TÓPICO 3 — NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO MUSICAL
Ela afirma que a universalização da leitura do jogo foi uma das dificuldades
enfrentadas. "O grande lance foi quando a gente entendeu que precisava aplicar
para todo mundo, né, que o professor, seja da escola particular ou da comunidade
ribeirinha, tinha que chegar na sala de aula e conseguir aplicar", diz.
FONTE: <https://www.uol.com.br/tilt/colunas/quebrada-tech/2020/09/23/jogo-expoe-o-pensa-
mento-computacional-na-visao-de-jovens-da-quebrada.htm>. Acesso em: 8 fev. 2021.
201
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Há uma grande oferta de cursos online na internet, o que torna necessário fazer
uma análise e seleção meticulosa na hora de selecionar uma formação.
CHAMADA
202
AUTOATIVIDADE
204
REFERÊNCIAS
ANTONIOLI, F. et al. N-Track, c2020. Página inicial. Disponível em: https://
ntrack.com/pt/digital-audio-workstation.php. Acesso em: 18 jan. 2021.
205
MARTÍN-BARBERO, J. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e
hegemonia. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997.
206