Anita Malfatti

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Anita Malfatti 

foi uma das mais importantes artistas plásticas brasileiras da


primeira fase do modernismo.
Ela teve um papel preponderante na “Semana de Arte Moderna”, em 1922, onde
expôs seus trabalhos.

Anita Catarina Malfatti nasceu dia 2 de dezembro de 1889, na cidade de São


Paulo. Seus pais eram estrangeiros, sua mãe, Betty Krug, norte americana e seu
pai, Samuele Malfatti, italiano.

Estudou no Colégio de Freiras São José, na Escola Americana e no Mackezie


College, onde se formou professora com 19 anos.

Com a morte de seu pai, sua mãe começou a dar aulas de pintura e línguas. Com
apenas 13 anos, Anita decide se suicidar num trilho de trem, próximo da estação
Barra Funda, onde vivia em São Paulo.

Curioso notar que esse momento foi crucial para alavancar sua carreira como
artista como notamos em seu depoimento:

“Eu tinha 13 anos, e sofria porque não sabia que rumo tomar na vida. Nada ainda
me revelara o fundo da minha sensibilidade[...]Resolvi, então, me submeter a
uma estranha experiência: sofrer a sensação absorvente da morte. Achava que
uma forte emoção, que me aproximasse violentamente do perigo, me daria a
decifração definitiva da minha personalidade. E veja o que fiz. Nossa casa ficava
próxima da estação da Barra Funda. Um dia saí de casa, amarrei fortemente as
minhas tranças de menina, deitei-me debaixo dos dormentes e esperei o trem
passar por cima de mim. Foi uma coisa horrível, indescritível. O barulho
ensurdecedor, a deslocação de ar, a temperatura asfixiante deram-me uma
impressão de delírio e de loucura. E eu via cores, cores e cores riscando o espaço,
cores que eu desejaria fixar para sempre na retina assombrada. Foi a revelação:
voltei decidida a me dedicar à pintura.”

Estudou artes e pintura na Europa, onde ficou durante quatro anos em Berlim,
Alemanha (1910-1914), na Academia Imperial de Belas Artes.

Morou também em Nova Iorque, nos Estados Unidos, de 1915 a 1916. Ali,
aprofundou ainda mais seus conhecimentos sobre pintura na “Arts Students
League of New York” e na “Independent School of Art”.

Em 1917, Anita reuniu 53 de suas obras com forte tendência expressionista, a fim


de expor individualmente em São Paulo na “Exposição de Pintura Moderna Anita
Malfatti”.

Esse evento tornou-se um marco do movimento modernista no Brasil. Ele chocou


muitas pessoas de mentalidade provinciana que, de certa maneira, não estavam
preparados para compreender a inovação estética expressa na arte dos
modernistas.
Monteiro Lobato, depois de visitar a exposição, publicou no jornal “O Estado de
São Paulo” o artigo intitulado “Paranoia ou mistificação?”, no qual critica as obras
da artista, e tão logo, seu argumento foi rebatido por Oswald de Andrade.

Mais tarde, realizou seu sonho de estudar Artes na França, pois em 1923, Anita
ganhou uma bolsa para estudar em Paris.

Ali, na cidade Luz, conheceu alguns importantes pintores como o cubista Fernand
Léger (1881-1955) e o impressionista Henri Matisse (1869 - 1954).

De volta ao Brasil, ao lado de Mario de Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de


Andrade e Menotti del Picchia, formaram o “Grupo dos Cinco”. Esses artistas
defendiam as ideias da Semana de Arte Moderna.

Além disso, essa reunião de intelectuais e artistas modernos visava, sobretudo, a


mudança do panorama artístico-cultural do país.

Anita faleceu em sua cidade natal, dia 6 de novembro de 1964, um mês antes de
completar 75 anos.

Curiosidade
Anita nasceu com atrofia no braço e na mão direita, deficiência que carregou o
resto de sua vida.

A Semana de Arte Moderna foi um dos acontecimentos mais importantes do


modernismo, que ocorreu entre os dias 11 a 18 de fevereiro de 1922.

Esse episódio chocou grande parte da população. Isso porque o intuito dos
artistas era de apresentar uma nova estética pautada na liberdade e na
brasilidade. Essas ideias estiveram inspiradas nas vanguardas artísticas
europeias.

Anita Malfatti foi uma das artistas que expôs seus trabalhos, totalizando 20 telas,
na qual se destaca “O Homem Amarelo”.

O Homem Amarelo (1915-16)


Além dela, outros artistas que se destacaram: Oswald de Andrade, Mario de
Andrade, Menotti Del Pichia e Di Cavalcanti.

Principais Obras
Na maioria de suas obras, Anita Malfatti utilizou cores puras e vibrantes para
expressar temas do cotidiano.

Expôs suas obras em São Paulo, Berlim, Paris e Nova Iorque. Algumas que se
destacaram foram:

Burrinho Correndo (1909) O Farol (1915)

A Estudante Russa (1915) O Homem de Sete Cores (1916)


A Boba (1915-16) A Mulher de Cabelos Verdes (1916)

A Ventania (1917) A Onda (1917)


Porto de Mônaco (1925) Samba (1943-45)

Cambuquira (1945)

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