Medição em Química

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MEDIÇÃO EM QUÍMICA

Medição
A medição é a operação que compara o valor de uma dada grandeza com a
respectiva unidade padrão.
Pode ser indirecta ou directa.
As medições de um comprimento, de uma massa ou de um tempo, por
exemplo, são directas porque comparamos directamente o valor da grandeza
com a unidade padrão.
Para determinar, por exemplo, a área de um campo de futebol temos que
fazer medições directas (de comprimento) e depois associar essas medições.
Erros sistemáticos e aleatórios (acidentais)
Quando se efectua uma medição é praticamente impossível obter o valor
verdadeiro, pois há sempre erros.
Os erros sistemáticos referem-se a perturbações que influenciam a medição
sempre no mesmo sentido, por excesso ou por defeito, e em geral com o
mesmo tamanho.
Podem ser corrigidos se a causa for descoberta e eliminada.
Alguns exemplos: calibração incorrecta ou regulação deficiente do aparelho
de medida; posição inadequada ou manipulação incorrecta do operador
durante a medição (erros de paralaxe); temperatura ambiente ou pressão
atmosférica diferentes dos valores definidos para o funcionamento do
aparelho; impurezas na amostra; simplificação no modelo matemático em
medições indirectas; entre outros.

Os erros aleatórios (ou acidentais) resultam de factores variáveis e


ocasionais, não podendo, por isso, ser controlados. Influenciam a medição
nos dois sentidos, ora por excesso, ora por defeito.
Não podem ser eliminados, embora possam ser atenuados se aumentarmos
o número de medições.
Alguns exemplos: limitações na capacidade de visão do operador; flutuações
de temperatura ou de pressão durante o trabalho; vibrações do aparelho de
medida; variações de tensão na corrente eléctrica.
Medida
A medida é o resultado da medição.
A medida é uma aproximação, melhor ou pior, do verdadeiro valor da
quantidade medida. Esta deve não só conter o valor numérico estimado, mas
também a incerteza associada e a unidade respectiva, quando a tem.

Medida = (valor numérico ± incerteza) unidade


Incerteza
1. Se o aparelho tem inscrito o valor da incerteza é esse o valor que se
considera para a incerteza absoluta de leitura. Muitas vezes essa
incerteza aparece com outros nomes, como precisão, tolerância ou
erro do aparelho.
2. Se o aparelho não tiver inscrito o valor da incerteza:
a) Quando se efectua uma só leitura:
Se o aparelho for analógico, a incerteza absoluta de leitura é metade da
menor divisão da escala. O resultado da medida deve indicar um valor
até às décimas da menor divisão, a incerteza e a respectiva unidade.
Se o aparelho for digital, toma-se como incerteza absoluta de leitura o
menor valor lido no aparelho.
b) Quando se efectuam várias leituras:
Começamos por calcular a média (valor mais provável) dos valores lidos:
+ + + + …
̅=

é o número de medições
De seguida calculamos o desvio absoluto,
= | − ̅|
representa cada leitura
Por fim comparamos o desvio absoluto máximo (a que se chama
incerteza absoluta de observação) com a incerteza absoluta de leitura
do aparelho. A incerteza da medição é o maior destes valores.
Podemos ainda calcular a incerteza relativa:

=
̅
O resultado pode ser apresentado em percentagem, designando-se
então desvio percentual.
Alcance
O alcance de um aparelho é o valor máximo que ele permite medir.

Exactidão e precisão
A exactidão indica-nos a proximidade entre o valor médio (valor mais
provável) dos valores medidos e o valor verdadeiro. Os valores são exactos
quando estão próximos do valor verdadeiro. Falamos de exactidão de uma
medida quando há um valor tabelado conhecido.
A exactidão das medidas está relacionada com os erros sistemáticos; estes
fazem deslocar os valores das medidas no mesmo sentido.
A Precisão indica-nos a concordância entre os diversos valores medidos para
a mesma grandeza nas mesmas condições. Os valores são precisos quando
estão bastante próximos uns dos outros, podendo ou não estar próximos do
valor verdadeiro da grandeza.
A precisão das medidas está relacionada com os erros acidentais (quanto
maior for a dispersão das medidas, mais erros acidentais foram cometidos).
Erro de medição (absoluto) e erro percentual (relativo)
Para avaliar a exactidão de um resultado determina-se o erro de medição e o
erro percentual:
çã = ̅−
O erro de medição expressa-se nas mesmas unidades que a grandeza medida

O erro percentual:
| ̅− |
(%) = 100

Quanto menor for o erro percentual, maior é a exactidão.

Notação científica e ordem de grandeza


A x 10n, em que 1 ≤ A < 10 e n é um número inteiro positivo ou negativo.
A ordem de grandeza de um número é a potência de 10 mais próxima do
número.
Exemplos: 6,4 x 106, ordem de grandeza de 107
4,4 x 106, ordem de grandeza de 106
Algarismos significativos
São todos os algarismos exactos mais o primeiro algarismo obtido por
estimativa (incerto).
As leituras devem exprimir-se usando somente algarismos significativos.
Um exemplo: ………..

Regras:
1- Os zeros à esquerda não têm significado físico.
48,50 → 4 a.s.
1,00 → 3 a.s.
0,0020 → 2 a.s.

2- Nos números apresentados em notação científica, as potências de base 10


não são contadas como algarismos significativos
Ex: 3 x 103 3,0 x 103 3,00 x 103
(1 a.s.) (2 a.s.) (3 a.s.)

3- Arredondamentos
Arredonda-se para o valor mais próximo.
Se algarismo a suprimir é 5 (e não há mais nenhum algarismo à sua direita
ou à sua direita todos os algarismos são o zero), o algarismo a arredondar
não muda se for par, aumenta uma unidade se for impar
Ex: 1,44 1,4
1,46 1,5
1,45 1,4
1,55 1,6
4- Adição e subtracção
Numa soma ou subtracção cujas parcelas têm algarismos decimais, o
número de algarismos decimais do resultado, é igual ao da parcela que
tem menor número de casas decimais.
Ex :
12,51 + 2,0 = 14,51 14,5

5- Multiplicação e divisão
O número de algarismos significativos do resultado, deve ser igual ao
número de algarismos significativos do factor que tiver menos
algarismos significativos.
Ex:
1,26 x 2,2 = 2,772 2,8

6- Operações em cadeia
Arredondar no final das operações, de acordo com as regras enunciadas.

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