Sebenta - Teórica - Contabilidade Analítica II
Sebenta - Teórica - Contabilidade Analítica II
Sebenta - Teórica - Contabilidade Analítica II
CONTABILIDADE ANALÍTICA II
FISCALIDADE (PÓS-LABORAL)
Apontamentos
1
Contabilidade Analítica II
A forma como o processo de fabrico da empresa está organizado irá condicionar o método de
apuramento do custo unitário dos produtos. Assim, é importante identificar e distinguir os
seguintes regimes de fabrico ou fabricação:
2
Contabilidade Analítica II
Os custos referentes a cada obra, lote ou encomenda são acumulados numa “ficha de
custo” - Obras em Curso - Ordens de Produção ou Ordens de Fabrico, independentemente
do período contabilístico.
A característica essencial do sistema de custos por ordens de fabrico está em conseguir que os
custos sejam imputados aos produtos de forma individualizada, o que acontece quando
cada ordem de fabrico é uma unidade diferenciada ou um lote.
3
Contabilidade Analítica II
Contabilísticamente:
Armazém de MP Ordem Produção n.º 1 Armazém de PA
Se
Terminada
MOD
Secções auxiliares
Ordem Produção n.º 2 Armazém de PVF
Se
GGF Não
Terminada
Secções principais
Custo Total
4
Contabilidade Analítica II
Custo do mês
a transportar para
o mês seguinte
EXEMPLO
A Tipografia Leão produz cartazes de publicidade por encomenda. Em fevereiro de N tinha as
seguintes ordens de produção para executar:
A- 200 cartazes publicitários de uma marca de carros
B- 500 cartazes referentes a eleições sindicais
As matérias e a MOD são registadas na respetiva ficha de custo. Os GGF do mês são
repartidos pelas ordens de produção de acordo com o número de horas de MOD aplicada ou
através de uma unidade de imputação definida nos centros de custos.
A Contabilidade Analítica forneceu os seguintes dados sobre a produção (em euros):
Ordens de Produção
Rubricas A B
Matérias Consumidas 4 200 10 000
MOD 1 200 1 800
Custo Horário 12 12
Outros Custos:
GGF 2 100 €
Custos de Distribuição 500 €
Custos Administrativos 600 €
Custos Financeiros 1 000 €
Os cartazes A foram concluídos no mês de fevereiro, enquanto que os cartazes eleitorais são
concluídos no mês seguinte. O preço de venda dos cartazes A atinge o montante de 82 € cada.
5
Contabilidade Analítica II
Pedidos:
1. Apure o Custo Industrial
2. Elabore a Demonstração dos Resultados por Funções.
RESOLUÇÃO
1. Apuramento do Custo Industrial
Cartaz A
Produção (200 unid.)
Matérias Consumidas 4 200 €
MOD 1 200 €
GGF * 840 €
Total 6 240 €
Custo Unitário 31,2 €
Como a obra B não foi concluída, os custos até ao momento suportados correspondem ao
montante de 13 060 €.
Cartaz B
Custos Suportados:
Matérias Consumidas 10 000 €
MOD 1 800 €
GGF 1 260 €
Total 13 060 €
6
Contabilidade Analítica II
7
Contabilidade Analítica II
MOD
Fase n.º 1
Produto Y Armazém de PA
GGF
Fase n.º 2
8
Contabilidade Analítica II
MOD
Fase n.º 1
Produto Y Armazém de PA
GGF
Fase n.º 2
9
Contabilidade Analítica II
Metodologia:
Conhecer a quantidade produzida e os respetivos graus de acabamento.
Valorizar a produção acabada e em vias de fabrico (utilizando, por exemplo, o método das
unidades equivalentes).
10
Contabilidade Analítica II
EXEMPLO
A Empresa de Montagem de Compressores, S.A., dispõe de uma linha de montagem em que é
feita a junção dos vários componentes dos compressores.
No final do mês passado, ficaram por terminar na linha de montagem, 5 compressores que lhes
faltavam incorporar os seguintes componentes de custo:
Materiais 20%
MOD 60%
GGF 60%
Materiais 720 €
MOD 137 €
GGF 148 €
Durante o mês deram entrada no armazém de produtos acabados, 120 compressores e ficaram
em linha de montagem 10 compressores, os quais tinham aplicados a seguinte % de custos:
Materiais 60%
MOD 50%
GGF 60%
Materiais 26 230 €
MOD 5 682,6 €
GGF 5 902,4 €
Qual a Produção Equivalente do período? Qual o custo dos compressores? Qual o custo
dos Compressores em curso de fabrico no final do período?
custo das unidades equivalentes do período. Logo, as existências finais de produtos em curso
de fabrico ficam valorizadas ao custo das unidades equivalentes relativas a este período.
OU
EIPVF 5 20 1 60 3 60 3
Produção
Equivalente 122 123 124
12
Contabilidade Analítica II
FABRICAÇÃO (FIFO)
EIPVF (5 COMP) 1 005 € CIPA
5 * (20% * 215 + 60% * 46,2 + 60% * 47,6) + 1 005=
1 501,4 €
+
Custos do Período: 115 * (215 + 46,2 + 47,6) = 35 512 €
MP 26 230 €
MOD 5 682,6 € 37 013,4 €
GGF 5 902,4 €
37 815 € EFPVF
10 * (60% * 215 + 50% * 46,2 + 60% * 47,6) = 1 806,6 €
38 820 € 38 820 €
13
Contabilidade Analítica II
14
Contabilidade Analítica II
1.4.1 Definição
Embora quer a produção conjunta quer a produção disjunta sejam regimes de produção
múltipla, são dois conceitos distintos. Na produção conjunta a obtenção de um produto implica
necessariamente a obtenção de outro. Na produção disjunta uma empresa pode produzir um
produto sem ter de fabricar um outro.
Exemplos:
Da moenda de trigo obtêm-se a farinha, a sêmea, a farinha forrageira e outros
produtos.
Produção do azeite e bagaço a partir da moagem da azeitona.
Produção do leite, manteiga, requeijão e soro a partir do leite.
No abate de gado obtêm-se diversos produtos conjuntos: carne, osso, sangue, etc.
Na refinação do petróleo temos como produtos conjuntos a gasolina, o gasóleo,
fuel-óleo e outros derivados da refinação.
15
Contabilidade Analítica II
literatura contabilística, tendo sempre presente o fim social da empresa, considera que os
produtos têm as seguintes designações consoante a sua importância relativa:
Subproduto - é todo o produto que não é principal, mas sim secundário. Não é objetivo
principal da produção obtê-lo, mas sim o produto principal a que lhe está associado. É
frequente considerar como subproduto aquele que tem um valor de venda, reportado ao
ponto de produção conjunta em que os produtos se separam, inferior a 10% do valor de
venda de todos eles.
De acordo com o §14 da NCRF 18 do SNC, “a maior parte dos subprodutos, pela sua
natureza, são imateriais. Quando seja este o caso, eles são muitas vezes mensurados pelo valor
realizável líquido e este valor é deduzido do custo do produto principal. Como consequência,
a quantia escriturada do produto principal não é materialmente diferente do seu custo”. A
mesma norma define, no §6, o valor realizável líquido como sendo “o preço de venda
estimado no decurso ordinário da atividade empresarial menos os custos estimados de
acabamento e os custos estimados necessários para efetuar a venda”.
16
Contabilidade Analítica II
Esquema exemplificativo:
Produto Acabado A
Produtos
intermédios
Produção Conjunta
Ponto de separação
Produtos
intermédios
Produto Acabado B
Os custos incorridos antes do ponto de separação designam-se por custos conjuntos, são
custos dum processo produtivo de que resultam simultânea e inevitavelmente dois ou mais
produtos que, até certo momento da produção, não se podem identificar como coisas distintas.
Se após o ponto de separação, os produtos sofrerem transformações adicionais, cujos custos se
identificam perfeitamente com esses produtos, está-se perante custos específicos. Convém
referir que um custo conjunto é necessariamente um custo comum. Todavia, um custo comum
pode não ser um custo conjunto.
Dp D Px
Dp A Dp B Dp C Py
Pz
17
Contabilidade Analítica II
O esquema acima poderá representar, por exemplo, uma indústria química, na qual no
departamento A se misturam dois tipos de matérias-primas. Finalizando este processo, passam
ao departamento B, sendo aqui destiladas, seguindo para o departamento C. O resultado pode
dar lugar a dois fertilizantes, P y e P z, que se vendem tal como se obtêm no departamento C.
Não obstante, existe um semi-produto que tem que ser acabado no departamento D para que
seja vendido no mercado.
O ponto de separação ocorre no final do departamento C - momento em que se podem
diferenciar os produtos. O custo total dos três departamentos A, B e C (matérias e custos de
transformação) é um Custo Conjunto.
Qualquer custo (industrial e não industrial) em que se incorra após o ponto de separação,
designa-se por Custo Específico ou Custo Separável e é identificado com os produtos que
são obtidos a partir do ponto de separação (neste caso o P x).
18
Contabilidade Analítica II
Sobre este aspeto o §14 da NCRF 18 do SNC refere que “(...) quando os custos de conversão
de cada produto não sejam separadamente identificáveis, eles são imputados entre os produtos
por um critério racional e consistente. A imputação pode ser baseada, por exemplo, no valor
relativo das vendas de cada produto, seja na fase do processo de produção quando os
produtos se tornam separadamente identificáveis, seja no acabamento da produção.
Nos subprodutos
Regra geral, a parte dos custos conjuntos que é atribuída aos subprodutos é igual ao seu
valor de venda. É conhecido pelo critério do lucro nulo, dado que, imputando-lhe um
custo igual ao seu valor de venda no ponto de separação, o resultado apresentado pela
contabilidade será nulo. Os restantes custos conjuntos seguirão o processo do critério
escolhido para a repartição.
Nos resíduos
Quando estes têm valor de mercado e este é conhecido, deverá adotar-se o critério do
lucro nulo. Quando não se conhece o valor de venda ou quando estes não têm qualquer
valor, não lhes é imputado qualquer custo - custo nulo. Se por acaso forem vendidos,
consideraremos o seu proveito como sendo do produto, ou dos produtos que o
ocasionaram. Noutros casos, além de não terem valor, poderá acontecer que a remoção dos
resíduos ocasione encargos que devem ser considerados custos do produto ou produtos que
os ocasionam.
19
Contabilidade Analítica II
Departamento A
600 un P2 (Pv1 = 50 €)
Como se pode verificar, este método determina para cada produto o mesmo custo unitário,
independentemente do preço de venda de cada produto.
Produto 1 Produto 2 Total
Vendas 60 000 24 000 84 000
CIPV (15 000) (36 000) (51 000)
Margem Bruta 45 000 (12 000) 33 000
Este método gera resultados não ajustados à realidade. Não tem em consideração o valor de
mercado dos produtos. Não é pois aconselhável quando os preços de venda dos produtos
diferem bastante.
Como se pode constatar, este método pode imputar custos conjuntos superiores ao valor
realizável líquido.
20
Contabilidade Analítica II
Este método distribui o custo conjunto pelos produtos proporcionalmente aos valores de venda
potenciais.
Este método apresenta como vantagem, em relação ao anterior, o facto de ter em consideração
a capacidade dos produtos gerarem proveitos e, consequentemente, a sua "capacidade de
absorção". Por outro lado, garante uniformidade nas margens brutas (ambos os produtos têm
uma margem bruta de vendas de 50%).
No entanto, ignora a existência de custos específicos, pelo que não deverá ser utilizado
quando os custos específicos de cada produto diferirem substancialmente.
Por outro lado, convém não esquecer que uma modificação nos preços de venda dos produtos
conduzirá a uma modificação nos custos conjuntos imputados aos produtos, ainda que não se
produza uma modificação nas condições em que se realiza o processo de produção!
Este método reparte os custos conjuntos pelos produtos proporcionalmente ao seu valor de
venda reportado ao ponto de separação, isto é, ao valor de venda da produção deduzido dos
custos específicos. Note-se que os custos específicos a considerar não são apenas os de
produção, mas também os não industriais (frequentemente são apenas os custos de
distribuição).
produzidas no período 400 unidades do produto 3, cujo preço de venda no mercado é de 340 €.
Foram vendidas 280 unidades do produto 3. Por sua vez, o produto 2 (semi-produto, neste
exemplo) segue, após o ponto de separação para o departamento C, no qual é transformado no
produto acabado 4. Foram produzidas 600 unidades do produto 4. O custo do departamento C
é de 20 000 €. O preço de venda do produto 4 é de 90 €. Venderam-se no período 240
unidades do produto 4.
SP 1 Departamento B P3
Departamento A
SP 2 Departamento C P4
Este método parece ser o mais adequado dos três estudados, já que considera não só o valor de
mercado dos diferentes produtos, como também os diferentes processos produtivos a que cada
produto é submetido após o ponto de separação (dando origem a custos específicos variados).
Não obstante, este método, assim como os restantes, não consegue estabelecer uma relação de
causa/efeito entre os produtos e os custos conjuntos. Por outro lado, em situações de produção
em que ocorram diversos pontos de separação, poderá tornar-se num método bastante
complicado.
22
Contabilidade Analítica II
Produto X Subproduto Y
Exist. Inicial 0 0
Quantidade Prod. 25 000 15 000
Custo Conjunto 1 250 000
Quantidade Vendida 20 000 10 000
Preço de Venda Unitário 80 6
Calcule os resultados operacionais brutos e o valor das existências finais, de acordo com
os seguintes critérios:
a) Ao Subproduto é atribuído um custo nulo;
b) Ao Subproduto é atribuído um lucro nulo.
Resolução:
23
Contabilidade Analítica II
24
Contabilidade Analítica II
1.4.6. A Não Relevância dos Custos Conjuntos para Efeitos de Tomada de Decisão
Uma vez que os diferentes métodos de imputação de custos conjuntos são subjetivos, não
devem ser tomados em consideração os resultados gerados para tomar decisões do tipo
"vendê-los no ponto de separação" ou continuar o processo de transformação de modo a obter
produtos mais elaborados.
Este tipo de decisões deve ser tomado tendo em conta aquilo que se designa, para estes efeitos,
por "custos relevantes" e "proveitos relevantes".
Os custos relevantes são, neste caso, os custos específicos que se incorrem ao continuar o
processo de transformação após o ponto de separação.
Os proveitos relevantes são, neste caso, os proveitos não auferidos por não escolher a outra
alternativa, isto é, a diferença entre os proveitos potenciais se se optar por continuar a
processar após o ponto de separação e os proveitos potenciais se se decidir vender os produtos
no ponto de separação.
Repare-se que este tipo de decisões não necessita da repartição prévia dos custos conjuntos,
uma vez que estes não são relevantes em termos de custos incrementais.
Neste caso, a decisão seria vender o produto 1 no ponto de separação e continuar a transformar
o produto 2 após o ponto de separação, para obter o produto 4.
A título de conclusão, poderemos resumir que será sempre vantajoso para a empresa continuar
a transformar o produto após o ponto de separação sempre que o incremento esperado nos
proveitos, ao tomar tal decisão, seja superior ao custo específico que acarretará,
adicionado do custo de oportunidade correspondente à alternativa perdida, isto é, do
proveito que deixa de obter por não vender o produto no ponto de separação.
25
Contabilidade Analítica II
26
Contabilidade Analítica II
À saída da Fundição foram contadas 1 026 peças boas e 24 com defeito. Estas 24 peças são
vendidas por um valor global de 4 700 €.
Tendo em conta que, neste caso, o número de peças defeituosas é considerado "normal", o
tratamento contabilístico é o seguinte:
Repare-se que neste caso está subjacente o critério do lucro nulo na valorização da produção
defeituosa.
Se a empresa não conseguisse vender a produção defeituosa, o custo unitário seria:
3 833 732 € / 1 026 unidades = 3 736,60 €
Suponhamos agora que em vez das 1 026 peças boas apenas se contaram 995 peças boas,
detectando-se 55 peças com defeito. O valor da venda total dessas 55 peças é de 10 780 €.
Imagine que, das 55 peças com defeito, apenas 50 são consideradas como sendo normais, pelo
que as restantes 5 são consideradas defeitos acidentais.
27
Contabilidade Analítica II
FABRICAÇÃO
EIPVF 0€ CIPA: 995 * 3 823,932 = 3 804 812 €
Custos do período: Resultados Acidentais. =
5 * 3 823,932 = 19 120 €
3 833 732 € Def. Normais = 50 * 196 € = 9 800 €
EFPVF 0 €
3 833 732 € 3 833 732 €
Nota: Como as 5 peças defeituosos acidentais foram vendidas, teremos que considerar a sua
venda na mesma conta de resultados acidentais.
28
Contabilidade Analítica II
II – Custos Padrão
29
Contabilidade Analítica II
Âmbito e Objetivos:
Servir como ferramenta do controlo de gestão;
Identificar e isolar responsabilidades (a melhor ou pior performance dos custos teóricos,
consiste na possibilidade de isolar responsabilidades);
Simplificar, antecipar e, consequentemente, aumentar a rapidez do trabalho contabilístico.
Assim sendo, não será necessário aguardar pelo apuramento dos custos unitários reais para
se poder valorizar os consumos de matérias ocorridas no período e as unidades de obra ou
de imputação das secções auxiliares, dado que os reembolsos são determinados a custos
teóricos;
Permitir o cálculo e posterior análise dos desvios verificados entre os custos reais e
teóricos.
Desvios:
Resultam da diferença entre os custos reais e os respetivos custos teóricos.
Custos Padrão: são custos definidos a partir de normas técnicas de matérias, de mão-de-
obra e gastos gerais de fabrico e não necessariamente através da gestão orçamental ou de
previsões.
Por outras palavras, são os custos que a empresa obteria se trabalhasse em condições
normais ou ideais de exploração.
(Os desvios serão devidos a variações de produtividade e/ou a alterações nos preços)
Custos Orçamentados: são custos obtidos pelos serviços técnicos da empresa (no âmbito
da gestão orçamental) com base em quantidades e preços de bens e serviços exigidos para
a produção de cada produto ou serviço e para uma dada atividade.
(Os desvios serão devidos a variações de produtividade e a erros de previsão)
30
Contabilidade Analítica II
Preços de Mercado: são custos equivalentes aos preços que os bens e serviços têm no
mercado.
etc.
31
Contabilidade Analítica II
Caracterização:
O Custo Padrão para cada produto especificará a quantidade de materiais, mão-de-obra direta
e outros custos industriais que a empresa tem de incorrer para levar a cabo a fabricação do
produto.
São custos pré-determinados a partir de condições ideais/normais da atividade organizacional,
portanto, eficientes.
São uma das técnicas para a mensuração do custo de inventários prevista no SNC (NCRF 18 –
Inventários).
Poderão ser atualizados sempre que se justifique a sua alteração. Normalmente, são revistos
trimestralmente se houver alterações significativas nos seus componentes. Deste modo, o
Sistema de Custos Padrão está sujeito a contínuas revisões para que sirva como instrumento
válido de comparação com os dados históricos ou reais.
É necessário uma grande quantidade de ferramentas de gestão e um esforço conjunto da
Contabilidade, Engenharia, Gestão de Pessoal e de outras áreas para o estabelecimento dos
Custos Padrão.
32
Contabilidade Analítica II
Contabilização:
Fabricação - Produto X
Matérias Primas Produto X
Qr * Cr Qr * CIPA padrão
Mão-de-Obra Direta
Hr * Tr
Gastos Gerais de Fabrico ....
Atividade real * Custo real U.O.
Desvios
Ou:
Fabricação - Família X
Matérias Primas Produto 1
Qr * Cr Qr * CIPA p
Mão-de-Obra Direta Produto 2
Hr * Tr Qr * CIPA p
Gastos Gerais de Fabrico ....
Atividade r * Custo U. de Obra r
Desvios
33
Contabilidade Analítica II
2. A adoção dos Custos Padrão permite apurar se o montante de custos incorridos no período
é ou não o que devia ter ocorrido;
6. Motivação;
1. Baseiam-se em estimativas;
34
Contabilidade Analítica II
Desvio total de MD = Qr Pr - Qp Pp
Desvio de preço = Qr Pr - Qr Pp
Desvio de quantidade = Qr Pp - Qp Pp
Desvio de taxa = Hr Tr - Hr Tp
Desvio de tempo = Hr Tp - Hp Tp
Legenda:
Pr - Preço unitário real de aquisição de materiais
Pp - Preço unitário padrão de aquisição de materiais
Qr - Quantidade de materiais real consumida para a produção
Qp - Quantidade de materiais prevista para a produção
Tr - Taxa horária real de mão de obra direta
Tp - Taxa horária padrão de mão de obra direta
Hr - Quantidade de Horas reais gastas para a produção
Hp - Quantidade de Horas padrão previstas para a produção
Gr - Total dos Gastos Gerais de Fabrico reais
Gp - Total dos Gastos Gerais de Fabrico padrão
Br - Total de unidades reais da base de repartição dos Gastos Gerais de Fabrico
Bp - Total de unidades padrão da base de repartição dos Gastos Gerais de Fabrico
TGGFr - Taxa/coeficiente real de repartição dos Gastos Gerais de Fabrico
TGGFp - Taxa/coeficiente padrão de repartição dos Gastos Gerais de Fabrico
35
Contabilidade Analítica II
Exemplo 1
A empresa ABC fabrica o produto x. Por cada unidade de produto, a quantidade padrão de
materiais é de 20 kgs da matéria y, sendo o preço padrão de cada kg, 30 €.
No período passado, a empresa fabricou 1 000 unidades do produto, consumindo para isso
22000 kgs da matéria y ao preço de 31 € cada kg.
Verificação:
Exemplo 2
A empresa ABC fabrica o produto x. Por cada unidade de produto, a quantidade de horas
padrão é de 30 minutos, sendo o preço padrão de cada hora, 50 €.
No período passado, a empresa fabricou 1 000 unidades do produto, trabalhando para isso 550
horas. O custo real de cada hora foi de 55 €.
DTotal MOD = (550 Hh * 55 €) - (0,5 Hh * 1 000 * 50 €) = 5 250 € (D)
Verificação:
36
Contabilidade Analítica II
Exemplo 3
A empresa "Pumps, SA" produz bombas para o corpo de bombeiros e possui um departamento
de contabilidade de custos para controlar e analisar os custos de produção. No fim de um
determinado período, o departamento de contabilidade de custos apresentou os seguintes
dados:
1 - Dados Reais:
Mão-de-Obra
Horas reais trabalhadas 38 400 h
Custo médio real 22,5 €/h
3 - A taxa de Gastos Gerais de Fabrico (GGF’s) é baseada numa atividade normal de 36 000
horas. Os GGF’s orçamentados são:
GGF’s variáveis 153 000 €
GGF’s fixos 63 000 €
1- Desvio no Custo/Gasto = GGFr – OHR = 224 000 € - (63 000 € + 4,25 € * 38 400 h)
= 224 000 € - 226 200 € = - 2 200 € (F)
37
Contabilidade Analítica II
ou:
Verificação:
38
Contabilidade Analítica II
EXEMPLO:
Determinada empresa apresenta os seguintes valores em 31 de dezembro de determinado ano
(valores em euros):
Existências Finais
Produtos Acabados e Intermédios
Matérias primas 40.820
MOD 34.730
GGF 37.960 113.510
Produtos em Curso de Fabrico
Matérias primas 19.460
MOD 16.150
GGF 17.980 53.590
Custo dos Produtos Vendidos
Matérias primas 269.600
MOD 184.260
GGF 203.740 657.600
Não havia existências iniciais
Desvios:
Matérias primas
Desvio de quantidades (6.470)
Desvio de preço 10.220 3.750
MOD
Desvio de Taxa (8.420)
Desvio de Eficiência/Tempo 2.700 (5.720)
GGF
Desvio de orçamento/custo 12.400
Desvio de atividade (3.620) 8.780
39
Contabilidade Analítica II
Em termos contabilísticos:
i. Pelo apuramento dos desvios:
ii. Pela regularização dos desvios
Fabricação Desvios em MP
CIPA Real CIPA Padrão
40
Contabilidade Analítica II
DR Desvios em GGF
1) CIPV padrão
657.600
5) Imputação DT 6) Imputação DT 4) DT GGF 8.780 7) Imputação DT
MP (CIPV): 3.064 MOD (CIPV) GGF: 8.780
4.479
7) Imputação DT
GGF (CIPV):
6.892
41
Contabilidade Analítica II
3.1 Conceitos
Planos
Estabelecem o quadro em que se devem desenvolver as atividades futuras da empresa. Os
principais tipos de planos são: planos a longo prazo (planos estratégicos); planos a médio
prazo, planos anuais e mensais.
Programa
Orientação geral Formas de alcançar Programa das
pormenorizado e com
Definição da os objetivos atividades a
detalhe das atividades
estratégia preestabelecidos ( 4 desenvolver durante
a desenvolver durante
anos) um ano
um mês
Definição dos
recursos a serem
utilizados
Orçamento
É um plano integrado e coordenado expresso em termos financeiros, que diz respeito às
operações e recursos que formam parte de uma empresa, para um período determinado, com o
fim de atingir os objetivos fixados pela alta direção.
Na aceção que nos interessa consistem na previsão anual, em geral separada por meses, dos
rendimentos/proveitos e dos custos/gastos ou dos recebimentos e pagamentos.
Programa
É a expressão quantitativa dos orçamentos, ou seja, os próprios orçamentos quando elaborados
em termos de quantidades.
Podemos dizer que orçamentos são a tradução em valores (quantidades e preços) de todos os
outros tipos de planos e dos programas.
42
Contabilidade Analítica II
Vantagens
Motivam a alta direção da empresa para que defina adequadamente os objetivos básicos da
atividade empresarial;
As técnicas utilizadas na elaboração dos orçamentos obrigam a aplicar o mais
eficientemente possível os recursos disponíveis;
Proporcionam uma base contínua de avaliação dos resultados reais;
Servem para coordenar a planificação a todos os níveis.
Limitações
Utilização de estimativas;
Devem ser adaptados constantemente;
Um orçamento não deve substituir a gerência;
Se se colocar um ênfase excessivo no controlo orçamental, os diferentes níveis de
responsabilidade poderão provocar resistência ao sistema, podendo até oferecer
estimativas falsas de custos e proveitos.
43
Contabilidade Analítica II
Produção
Programa
Stocks de Materiais
Programa
Consumos Materiais
Programa
Custos Transformação
Programa Orçamento
Produção
Programa Orçamento
Investimentos Orçamento
Financeiro
Demonstração Programa Orçamento
de Resultados
Previsional
(Funções) Balanço Final Previsional Balanço Inicial
44
Contabilidade Analítica II
Matérias
Custos de Mão de Obra Directa Demonstração de Resultados
Produção Gastos Gerais de Fabrico
Custo Total de produção Armazém de Produtos
Comerciais
Cutos não Administrativos Demonstração de Resultados
Industriais Financeiros
Total
Proveitos
Demonstração Custos
de Resultados Res. Antes de Impostos
Resultados Líquidos Balanço
Activo
Balanço Passivo
Capital Próprio
45
Contabilidade Analítica II
1- Orçamento de Vendas
Para além das quantidades previstas para venda e respetivo(s) preços de venda, é conveniente
a indicação das condições de recebimento (pronto pagamento, a 30 dias, a 60 dias, etc.), com
vista à elaboração do orçamento de tesouraria.
Para a sua realização teremos que atender ao custo dos fatores de produção, logo aos seguintes
orçamentos:
Orçamento de Compras
Matéria A
Matéria B
Matéria C
…
TOTAL
Orçamento de Compras
O orçamento de Compras de Materiais poderá ser elaborado da seguinte forma:
47
Contabilidade Analítica II
EXISTÊNCIAS INICIAIS:
MP X
MP Y
EXISTÊNCIAS FINAIS:
MP X
MP Y
CONSUMOS:
Para a Produção P A
MP X
MP Y
Para a Produção P B
MP X
MP Y
48
Contabilidade Analítica II
Relativamente ao orçamento de gastos comerciais fixos e aos outros gastos fixos não
industriais, dada a sua natureza e a necessidade de controlo mensal, este orçamento é
elaborado de acordo com o valor anual das contas de gastos enumeradas no SNC.
…….
…….
Total
ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS
49
Contabilidade Analítica II
ORÇAMENTO DE TESOURARIA
1 - RECEBIMENTOS
De Clientes
De Outros
TOTAL RECEBIMENTOS
2 - PAGAMENTOS
Compras
Vencimentos
Impostos
Serviços
Outros
TOTAL PAGAMENTOS
3 - SALDO MENSAL
4 SALDO MENSAL ACUMULADO
50
Contabilidade Analítica II
ORÇAMENTO FINANCEIRO
O Orçamento Financeiro ou Orçamento de Tesouraria Global inclui os movimentos
decorrentes do ciclo de investimento e do ciclo de operações financeiras de médio/longo
prazo.
Ao saldo inicial de Tesouraria (o disponível em 1 de janeiro coincide com o constante no
Balanço em 31 de dezembro do ano anterior), há que adicionar os recebimentos de operações
financeiras vindas de anos anteriores e subtrair os pagamentos relacionados com essas mesmas
operações.
Obtém-se um novo saldo que, no caso de ser negativo, será necessário procurar meios de
financiamento para o suprir.
Em conclusão, o orçamento financeiro visa definir a forma pela qual a empresa irá suprir as
suas necessidades ou aplicar os excedentes de tesouraria eventualmente existentes.
BALANÇO PREVISIONAL
Posteriormente, os gestores da empresa podem reunir toda a informação num documento
síntese: o Balanço Previsional do final do exercício.
51
Contabilidade Analítica II
Y = ax + b
Em que:
Y - Volume de custos
a - Custo variável unitário
b - Custos fixos
52
Contabilidade Analítica II
53
Contabilidade Analítica II
O SNC não prevê uma classe 9 para a Contabilidade de Custos, facto que dá liberdade às
entidades que o aplicam para organizarem e estruturarem um sistema de contabilidade de
gestão conforme os seus objetivos e necessidades de informação.
Os utentes da informação contabilística distribuem-se pela estrutura organizacional da
empresa. A contabilidade interna deve, assim, adequar as informações a distribuir pelos
utentes às necessidades por estas manifestadas.
54
Contabilidade Analítica II
55
Contabilidade Analítica II
A enumeração dos sistemas de contas acima mencionada foi entretanto ultrapassada pelos
avanços no tratamento informático dos dados da contabilidade, proporcionando informações
orientadas para as diversas óticas.
Contudo, julga-se que continua a ter importância o desenvolvimento teórico dos sistemas
monistas e dualistas, quer na conceção do subsistema contabilístico, quer no enquadramento
deste no Sistema de Informação para a gestão.
56
Contabilidade Analítica II
57
Contabilidade Analítica II
Exemplo (continuação):
A) Compra de Matéria-prima
Contabilidade Geral: Contabilidade Analítica:
31 Compras 9X Existências/Armazém de MP
a 22/11/12 Fornecedores/Caixa/DO 1 000 € a 90 03 Compras Refletidas 1 000 €
33 Matérias-primas
a 31 Compras 1 000 €
58
Contabilidade Analítica II
90 - Contas Refletidas
90 01 Existências Iniciais
90 03 Compras
90 04 Existências Finais
90 06 Custos
90 07 Proveitos
90 08 Resultados
91 - Reclassificação de Custos
92 - Custos das Secções Auxiliares e de Estrutura
92 01 Secção Auxiliar A
92 02…..
92 03 Secção Administrativa
92 04 Secção de Distribuição
93 - Custo das Secções de Produção
93 01 Secção de Produção A
93 02 Secção de Produção B
94 - Inventário Permanente
94 01 Produtos Acabados
94 02 Produtos e Trabalhos em Curso
94 03 Matérias-primas e Subsidiárias
94 04 Subprodutos, Desperdícios e Resíduos
95 - Custo de Produção
95 01 Produto A ou 95 01 Encomenda A
95 02 Produto B ou 95 02 Encomenda B
96 - Desvios de Custos Pré-estabelecidos
96 01 Desvios em Matérias-primas
96 02 Desvios em MOD
96 03 Desvios em GGF
97 - Diferenças de Incorporação
98 - Resultados da Contabilidade Analítica
98 01 Resultados do Produto A ou Resultados da Encomenda A
98 02 Resultados do Produto B ou Resultados da Encomenda B
98… Resultado Corrente
98…..Resultado Líquido
59
Contabilidade Analítica II
91 Contas Refletidas
91.1 EI Refletidas
91.3 Compras Refletidas
91.4 EF Refletidas
91.6 Custos Refletidos
91.7 Proveitos Refletidos
91.8 Resultados Refletidos
92 Reclassificação de Custos
93 Armazéns
93.1 Matérias-primas e Subsidiárias
93.2 Produtos Acabados
93.3 Produtos e trabalhos em curso
94 Custo das Secções (produção, auxiliares e de estrutura)
94.1 Secção Auxiliar A
94.2 Secção Auxiliar B
94.3 Secção de Produção
94.4 Custos Administrativos
94.5 Custos de Distribuição
95 Custo de Produção
95.1 Produto A
95.2 Produto B
97 Diferenças de Incorporação
97.1 Custos Industriais não Incorporados - Secção de produção
97.2 Custos Industrias não Incorporados - Secção Auxiliar A
97.3 Diferenças de inventário
Nas figuras que a seguir se apresentam, é possível visualizar as principais contas que podem,
eventualmente, ser criadas e os movimentos inerentes ao apuramento de custos, proveitos e
resultados.
60
Contabilidade Analítica II
Para decidir qual o sistema de contas adequado para cada empresa é necessário ter em
consideração vários aspectos. A contabilidade geral é a que tem validade externa para
accionistas, credores, fisco, banca, etc. A elaboração da contabilidade externa, tem de
subordinar-se a regras emanadas não só da própria doutrina contabilística, como também de
aspectos legais. Nem sempre estas normas e princípios permitem que os elementos que a
contabilidade externa proporciona sejam os mais adequados para gerir a empresa.
A Contabilidade Analítica não tem em princípio qualquer validade externa. O seu objetivo
reside fundamentalmente no fornecimento de informações relevantes e oportunas para a
tomada de decisões e, como tal, na determinação dos custos e proveitos há apenas que ter
presente as necessidades informativas da gestão e não há que atender, como acontece com a
contabilidade externa, às regras que condicionam aquela determinação.
De uma forma geral, os sistemas dualistas, concebendo a separação dos dois subsistemas de
contabilidade, permitem uma melhor divisão do trabalho contabilístico. No entanto, esta
vantagem é superada atualmente pela informática. O sistema duplo misto, pela sua
flexibilidade, adotando-se facilmente às características da empresa, resolvendo o aspeto
concetual acima referido que desliga a contabilidade interna das “leis” a que a externa está
sujeita, encontra-se hoje bastante divulgado. Nas empresas complexas e de dimensão
apreciável, que obrigam a repartições intermédias numerosas de custos e proveitos, serão
preferíveis os sistemas dualistas - e entre os dualistas, o duplo contabilístico - na medida em
que a digrafia permite um controlo mais rigoroso dos dois subsistemas contabilísticos e dos
elementos que a contabilidade interna apura. Convém ainda referir que a separação dos dois
subsistemas de contabilidade, possibilitando tipos de organização de contabilidade e de
apresentação da informação que mais facilmente se podem generalizar a empresas de
atividades diferentes, permite que a Contabilidade Geral proporcione de forma mais fácil e
objectiva os elementos necessários à Administração Pública. De qualquer forma, o
processamento da contabilidade através da informática é hoje acessível a todas as empresas e é
possível conceber sistemas informatizados que aproveitem as vantagens referidas para os
sistemas dualistas sem que se verifique, relativamente ao processamento da Contabilidade
Geral, sensível acréscimo de trabalho e, consequentemente, de custos com a Contabilidade
Analítica.
61
Contabilidade Analítica II
62
Contabilidade Analítica
Histórico
1) Refletir EI
2) Transferência da EIPVF para a produção
3) Refletir compras
4) Transferência dos consumos de MP para a produção
5) Refletir custos e proceder à sua reclassificação
6) Transferência dos custos com a MOD para a produção
7) Transferências dos custos totais (GGF + CNI) para as secções (Repartição Primária)
8) Transferência dos custos das secções auxiliares para as que recebem serviços (Repartição
Secundária)
9) Transferência dos GGF para a produção (Repartição Terciária)
10) Transferência do CIPA para Armazém de PA
11) Transferência da EFPVF para o respetivo armazém
12) Transferência do CIPV para resultados
13) Transferência dos custos não industriais ou de estrutura para resultados
14) Refletir proveitos (vendas)
15) Refletir resultados
16) Refletir EF
63
Contabilidade Analítica II
ARMAZÉM DE
CLASSE 3 MAT.-PRIMAS,
SUBS., CONS.
EI SISTEMA PROD. ACAB.
MONISTA EI
COMPRAS
DIGRÁFICO
8
1
10
4 3
11
ENCARGOS A
REPARTIR RES. ANALÍTICOS
7
5
12
CUSTOS NÃO
INCORP. 64
13
Contabilidade Analítica II
65
Contabilidade Analítica II
1
ARMAZÉNS CONTAS REFL.
CONTA. REFL. ARMAZÉNS VENDAS REFL.
CONTABILIDADE PROD. ACAB.
EX. IN. REFL. MATÉRIAS.
ANALÍTICA S.
1
3
PROVEITOS
COMPRAS REF. 9
CUSTOS REFL. CENTROS CUSTOS DE
2 CUSTOS 10
PRODUÇÃO
6
13 OUT. PROV.
8
GASTOS REFL.
4
4 RES. ANALÍT.
DIF. INCORP.
5 .
14
7
11
12 15
17
16 RES. LÍQUIDOS
1 - Reflexão das E. I. (M.P + Prod. Acab.). Se existirem EIPVF também 9 – Transf. p/ Armazém de Produtos Acabados (CIPA)
devem ser registadas. 10 - CIPV
2 - Reflexão das Compras de Materiais 11 - Transf. de Dif. Incorporação p/ Resultados
3 - Consumos de Matérias 12 - Outros custos não incorporados nos Centros
4 - Outros custos (M.O.D. + G.G.F.) – Repartição Primária 13 - Proveitos de Vendas
5 - Outros custos (registados previamente na analítica) – Custos reais 14 - Outros Proveitos
6 - Custos de Produção – Repartição Terciária 15 - Outros Proveitos não incorporados
7 - Custos não incorporados nos produtos (CNI e CINI) 16 e 17 – Apuramento de Resultados (Contabilidade Geral)
8 - Custos não incorporados nos produtos
66
Contabilidade Analítica II
90 CONTAS REFLETIDAS
90 01 Existências Iniciais
São creditadas por contrapartida do débito das contas 94 - Existências (armazéns).
90 03 Compras
São creditadas por contrapartida do débito das contas 94 0X Existências (MP, Matérias
Subsidiárias, etc.) e debitadas pelas devoluções por contrapartida do crédito das contas
94 0X Existências (MP, Matérias Subsidiárias, etc.)
90 04 Existências Finais
São debitadas por contrapartida do crédito das contas 94 - Existências (armazéns).
90 06 Custos
São creditadas por todos os custos em contrapartida do débito das contas 91 -
Reclassificação de Custos (custos variáveis/custos fixos; custos industriais/custos não
industriais, etc.) ou por contrapartida do débito dos centros de custo 92 - Centros
Auxiliares e de Estrutura ou 93 - Centros de Produção.
90 07 Proveitos
São debitadas pelos proveitos por contrapartida do crédito das contas 98 - Resultados
Analíticos.
90 08 Resultados
São debitadas ou creditadas pelo resultado do período por contrapartida do crédito ou
débito das contas 98 - Resultados Analíticos, conforme se trate de resultados negativos
ou positivos, respetivamente.
91 - RECLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS
Estas contas destinam-se a registar os custos de acordo com o que se julgar conveniente para a
gestão da empresa. Podemos reclassificar os custos por naturezas, vindos da contabilidade
geral, em custos por funções na contabilidade analítica, da seguinte forma: custos
diretos/custos indiretos; custos industriais/custos não industriais; custos fixos/custos variáveis,
etc. Estas contas não são obrigatórias.
São debitadas pelos custos reais vindos da contabilidade geral, por contrapartida da conta 90
06 - Custos Refletidos; são creditadas aquando da repartição desses custos pelos centros de
custos que beneficiam desses custos (centros fabris e centros não fabris). Se por ventura, os
valores imputados aos centros de custos não coincidirem com os custos reais fornecidos pela
contabilidade geral (como sucede quando utilizamos quotas teóricas), o saldo desta conta deve
ser transportado, no final do exercício para a conta 97 - Diferenças de Incorporação.
92 03 Secção Administrativa
92 04 Secção de Distribuição
São debitadas pelos custos do exercício, por contrapartida de custos refletidos ou de
reclassificação de custos; são creditadas pela transferência para a conta 98 - Resultados
Analíticos.
Caso os custos debitados a esta conta não coincidam com os respetivos valores
creditados, o saldo final deverá ser transferido para a conta 97 - Diferenças de
Incorporação.
94 - INVENTÁRIO PERMANENTE/ARMAZÉNS
94 01 Produtos Acabados
94 02 Produtos e Trabalhos em Curso
94 03 Matérias Primas e Subsidiárias
94 04 Subprodutos, Desperdícios e Resíduos
68
Contabilidade Analítica II
São creditadas:
Pelos consumos de matérias por contrapartida do débito das contas de Custo das
Secções Auxiliares e de Estrutura (92) ou Custo das Secções Principais (93);
Pelo Custo Industrial dos Produtos Vendidos (CIPV) por contrapartida do débito da
conta 98 - Resultados Analíticos;
Por diferenças de inventário (quebras, roubo) por contrapartida do débito da conta 97 -
Diferenças de Incorporação;
Pelas existências finais por contrapartida do débito da conta 90 04 - Existências Finais
Refletidas.
95 - CUSTO DE PRODUÇÃO
95 01 Produto A ou 95 01 Encomenda A
95 02 Produto B ou 95 02 Encomenda B
Estas contas são utilizadas sempre que se produz mais do que um produto ou encomenda
diferente.
São debitadas:
Pelos consumos de matérias por contrapartida do crédito das contas 94 - Inventário
Permanente (armazéns);
Pelas prestações consumidas dos Centros de Custo Principais (93) (Repartição
Terciária) ou pelas transferências diretas da conta 91 - Reclassificação de Custos.
São creditadas:
Pela transferência do CIPA por contrapartida da conta 94 - Inventário Permanente;
Pela transferência do Custo dos Produtos em Curso (EFPVF) por contrapartida da
conta 94 - Inventário Permanente.
Sempre que a empresa utilize Custos Padrão, é natural que surjam diferenças/desvios no
final do período entre os custos realmente incorridos e os Custos Padrão que estiveram na base
da valorização dos produtos (acabados e em curso de fabrico). Sempre que tal aconteça, essas
diferenças são transferidas para as respetivas contas de desvios (a débito ou a crédito,
69
Contabilidade Analítica II
conforme o custo real tenha sido superior ou inferior ao padrão, respetivamente). No final do
período serão transferidas para a conta 98 - Resultados Analíticos.
97 - DIFERENÇAS DE INCORPORAÇÃO
Sempre que surjam diferenças entre os custos registados na contabilidade geral e os custos
imputados na contabilidade analítica, recorremos à conta 97 - Diferenças de Incorporação.
Estas podem surgir:
Da imputação racional de custos fixos;
Da utilização do sistema de custeio variável;
De diferenças de periodicidade (seguros, subsídio de férias, subsídio de Natal,
depreciações, etc.);
Da utilização de quotas teóricas (custos pré - estabelecidos).
70
Contabilidade Analítica II
90 - CONTAS REFLETIDAS
90 03 Compras Refletidas
94 02 Armazém de PVF
9004ExFinais Refletidas
94 03 Armazém de Matérias-Primas
91 Reclassificação de Custos ou 92 ou 93
CF
CV
9007 Proveitos Refletidos
98 Resultados Analíticos
9008ResultadosRefletid.
71
Contabilidade Analítica II
91 RECLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS
91 Reclassificação de Custos
Amort FSE
Pessoal
Amort
Outros
97 Diferenças de Incorporação
FSE
Pessoal
Amort
72 Outros
Contabilidade Analítica II
92 01 Secção Auxiliar A
Custo de outras
Secções
94 03 Armazém de MP Auxiliares 93 Secções de Produção
MP e MS
Consumos para Reembolsos
Secções Auxiliares
FSE
Pessoal
Amort
Outros 97 Diferenças de
Incorporação
91 Reclassificação de Custos
ou 92 03 Secções de Estrutura
90 06 Custos Refletidos
73
Contabilidade Analítica II
Transferência do
92 Secções Auxiliares CIPA
94 02 Armazém de PVF
Reembolsos
Transferência do
Custo dos PVF
93 Secção de Produção y
93 Secção de Produção B
Custo da
Secção Y
74 Transf. para outra secção principal
Contabilidade Analítica II
94 INVENTÁRIO PERMANENTE/ARMAZÉNS
94 Inventário Permanente/Armazéns
90 01 Ex Iniciais Refletidas
92 Secções Auxiliares e de Estrutura
Produção Acabada
1 Ex Inicial
2 Produção Saídas de MP e MS
para as secções
90 03 Compras Refletidas
93 Secções de Produção
Produção em Curso
1 Ex Inicial
2 Produção em curso
do período
93 Secções de Produção / 95
Custos de Produção
CIPV 97 Diferenças de Incorporação
MP+MS
1 Ex Inicial
2 Compras
75
Contabilidade Analítica II
95 CUSTO DE PRODUÇÃO
95 Custo de Produção
94 03 Armazém de MP
Transferência para
Armazém de PA
93 01 Secção de Produção
A
Custos de
Transformação da
Secção A (Repartição
Terciária)
76
Contabilidade Analítica II
97 DIFERENÇAS DE INCORPORAÇÃO
97 Diferenças de Incorporação
91 Reclassificação de custos
ou 90 06 Custos Refletidos
98 Resultados Analíticos
94 03 Armazém de MP
93 Secções de Produção
Transferência para
Resultados Analíticos
92 Secções Auxiliares
77
Contabilidade Analítica II
98 RESULTADOS ANALÍTICOS
98 Resultados Analíticos
96 Desvios (Favoráveis)
96 Desvios (Desfavoráveis)
90 08 Resultados Refletidos
97 Diferenças de Incorporação
78
Contabilidade Analítica II
79