Portugues Instrumental

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Curso – Assistente Administrativo

 Português Instrumental
Linguagem e Comunicação

Apresentamos a seguir alguns conceitos que julgamos fundamental que você os assimile
e entenda.

Linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a


comunicação e a interação entre as pessoas. Há outras concepções de linguagem que
você pode pesquisar para ampliar o seu conceito.

 Língua é um sistema abstrato de regras, não só gramaticais, mas também,


semânticas e fonológicas, por meio das quais a linguagem (ou fala) se revela.
Martinet (1978) foi um dos primeiros linguistas a apresentar uma distinção clara
entre língua e linguagem. Segundo ele, a linguagem designa propriamente a
faculdade de que os homens dispõem para se compreenderem por meio de
signos vocais.
 Dialetos são variedades originadas das diferenças de região, de idade, de sexo,
de classes ou de grupos sociais e da própria evolução histórica da língua (ex.:
gíria).
 Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo
com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. O
que não podemos perder de vista é que nenhuma variação linguística é melhor
que a outra, pois elas servem a suas comunidades e ao contexto no qual os
interlocutores estão inseridos. 
 Norma culta é a língua padrão, a variedade linguística de maior prestígio social.
 Norma popular são todas as variedades linguísticas diferentes da língua padrão.

Comunicação

A comunicação, do ponto de vista da linguística, nada mais é do que a interação entre


um determinado grupo que usa a mesma língua ou o mesmo dialeto; tendo em vista a
diversidade linguística e a heterogeneidade no discurso, faz-se necessário adequá-lo
estrategicamente para que o fenômeno da comunicação se processe devidamente.

Dessa forma, comunicação e linguagem se relacionam, uma vez que só há comunicação


por meio da linguagem, e esta última se realiza na língua, como infraestrutura (base
ortográfica), dentro de uma dada sociedade. Ou seja, “se preestabelece num sistema
convencional de signos e regras presentes em um dado grupo social por meio do seu
código. Sendo alicerce nessa interação social intercomunicativa” (BARROS, 1991, 25).
A linguagem é a capacidade do homem de comunicar-se por meio de um sistema de
signos, a língua.

Língua
A língua é o laço que une e integra os indivíduos num mesmo universo, e é ela que dá
acesso à vida cultural na sociedade. É um sistema de signos, um conjunto organizado de
elementos representativos convencionados por indivíduos e utilizados por membros de
um mesmo grupo social. 

Observe a afirmação de um estudioso dessa área: Enquanto a linguagem abrange um


conjunto multiforme de fatores físicos, fisiológicos e psíquicos, a língua aparece como
uma totalidade uniforme, um sistema específico de signos com uma função social
predominante: a comunicação (BORBA, 1998, p. 45). 

A língua(gem) é, antes de tudo, uma atividade do sujeito, um lugar de interação entre os


membros de uma sociedade e seu conceito é bastante abrangente, pois engloba todas as
manifestações realizadas pela fala. Para Bourdieu (1998, p. 81): A linguagem é de modo
mais geral, às representações, uma eficácia propriamente simbólica de construção da
realidade [...] – ao estruturar a percepção que os agentes sociais têm do mundo social, a
nomeação contribui para construir a estrutura desse mundo, de uma maneira tanto mais
profunda quanto mais amplamente reconhecida (isto é, autorizada). 

Nessa perspectiva, a partir dessa relação interdiscursiva o sujeito social (homem) tem a
necessidade de nomear o mundo que o rodeia, ou seja, uma luta simbólica ritualizada
como prática social – de que esse homem transforma e é transformado constantemente.

Níveis de linguagem

O objetivo principal do estudo dos níveis de fala é encaminhar o estudante a reconhecer


as diferenças entre a linguagem padrão e a linguagem coloquial, para que possa
selecionar o registro adequado nas mais diferentes situações de comunicação.

A fim de entendermos os diferentes níveis de linguagem e suas mudanças, temos de


recorrer à sociolinguística, que é o ramo da linguística que tem como foco de estudos a
relação direta entre língua e sociedade.

O domínio dos diferentes níveis de linguagem propicia oportunidades mais efetivas ao


falante, de promover a adequação da sua linguagem às exigências do contexto social e,
dessa forma, estabelecer uma comunicação mais eficiente e aumentar seu nível de
compreensão, interação e interlocução nas várias instâncias sociais nas quais estará
inserido.

O Emissor e o receptor 

O emissor envia uma mensagem, que tanto pode ser visual quanto escrita, a um
receptor. O receptor recebe a mensagem e, geralmente, dá uma resposta ao emissor.
Essa resposta, no caso de uma conversa entre duas pessoas, se manifesta quando o
receptor diz palavras tais como: "sim... estou entendendo", etc., muito comum em
conversas telefônicas. 

A necessidade de resposta faz parte do processo de comunicação entre os seres


humanos. Quando uma pessoa envia a mensagem e não recebe a resposta do receptor, o
processo de comunicação não se completa.
Para que a comunicação se processe, são necessários alguns elementos que, segundo
denominação de Jakobson (2005), seriam: 

 Fonte ou emissor é quem elabora e transmite a mensagem; 


 Receptor ou destinatário é aquele que recebe a mensagem;
 Mensagem é tudo aquilo que o emissor transmite ao receptor, é o objeto da
comunicação; 
 Referente é o assunto da comunicação, o conteúdo da mensagem; 
 Canal é o meio físico, o veículo através do qual a mensagem é levada do
emissor ao receptor; 
 Código é o conjunto de signos e suas regras de comunicação.

Funções da linguagem

 Função referencial: no processo comunicativo, predomina o assunto ao qual a


mensagem faz referência. Nos textos jornalístico, técnicos e científicos destaca-
se essa função, pois buscam transmitir uma informação objetiva. Vejamos os
exemplos em cada função.
 Função emotiva: com essa função o emissor objetiva suscitar emoções,
opiniões. Ela se destaca nas correspondências pessoais, em diários, discursos de
formatura etc.
 Função conativa: seu uso objetiva persuadir o receptor da mensagem, seduzi-lo.
Essa função é muito presente em mensagens publicitárias.
 Função fática: visa estabelecer uma relação com o emissor para verificar se a
mensagem está sendo transmitida, ou para prolongar ou cessar uma mensagem.
Quando atendemos uma chamada telefônica e dizemos ‘Alô’ ou perguntamos,
em meio ao discurso, ao receptor ‘Você está entendendo?’, utilizamos da
linguagem com essa função.
 Função metalinguística: consiste em usar a linguagem, a língua, para falar dela
mesma, tornando-se seu próprio referente. Os dicionários e os textos que
estudam e interpretam outros textos são exemplos do emprego da linguagem
com essa função.
 Função poética: objetiva expressar sentimentos, descrições, visões de mundo,
em textos que exploram a sonoridade, o ritmo, ou seja, novas possibilidades de
combinação dos signos linguísticos. Predomina em textos literários, publicitários
e em letras de música.

Elementos da língua portuguesa

A gramática da Língua Portuguesa está dividida em grandes campos de estudo: a


fonética, a morfologia, a semântica, e a sintaxe. 

 A fonética que estuda os sons da fala.


 A morfologia estuda a forma das palavras, ou seja, a representação gráfica, o
vocábulo.
 A semântica preocupa-se não só com a representação gráfica do vocábulo, mas
com seu significado. Portanto, é um campo da gramática que estuda a palavra,
não apenas o vocábulo.
 A sintaxe é o campo da gramática que estuda a unidade linguística em seu
contexto oracional, ou seja, estuda os termos que compõem uma oração. A
oração, em Língua Portuguesa, basicamente pode ter sujeito, terá sempre um
predicado, e pode ter ou não complementos.

Pode-se dizer, então, que a fonética e a morfologia tratam cada qual de um dos


aspectos dos vocábulos, a semântica trata do significado que determinada palavra
assume e a sintaxe trata da colocação dos termos nas orações, encarregando-se a
fonética de estudar os sons das palavras.

Quem deseja escrever bem, deve respeitar as normas da variante padrão, empregar sua
criatividade e ter ciência de que um texto é muito mais do que a soma ou justaposição
de orações. É antes uma unidade de sentido, coesa e bem articulada acima de tudo.

 Interpretação e intelecção

No decorrer de nossa trajetória escolar, da mesma forma que fomos convidados a


produzir textos, também o fomos para interpretá-los. E a concepção de interpretação
textual que embasava os exercícios propostos em muitos casos era ou é errônea. Na
maioria das vezes, fomos ensinados que interpretar é descobrir o que o emissor/autor do
texto quis ou quer dizer, e as atividades para alcançarmos essa proposta de aula
propunham a mera transcrição de dados do texto para um questionário. Quem nunca
realizou uma interpretação de texto cujos questionamentos eram “Quem é o autor do
texto”? “O que o autor quis dizer no texto”? As respostas a esses questionamentos
muitas vezes não correspondiam ao que realmente é interpretar um texto.

Interpretação 
Interpretar não é afirmar, pressupor, deduzir o que o autor/emissor quis dizer, mas
estabelecer relações, levantar hipóteses e comprová-las no texto. Cabe ao receptor
levantar os implícitos e pressupostos da mensagem, sempre ancorado no texto. 

Intelecção
A intelecção é entender e compreender as reais intenções do emissor em relação à
mensagem. É retirar do texto o que está explícito e claro. A exemplo, se o emissor
expõe em um texto que é favorável ao aborto, na intelecção desse texto o receptor deve
descrever o que está explícito, ou seja, mesmo o receptor não concordando com as
ideias do autor/emissor, não se pode deduzir, ou achar que essa não era a ideia principal
do texto, simplesmente porque o receptor não é favorável a tais ideias. Assim, a
intelecção não admite o uso de termos como “o autor quis dizer”, mas sim de termos
que demonstrem, afirmem o que realmente está explícito na mensagem/texto/ discurso.

No processo de leitura, é importante que haja interação entre o emissor e o receptor da


mensagem, mediada pelo texto, de modo que haja compreensão e interpretação da
mensagem.

LINGUAGEM DE TEXTO
Frase, oração e período

Vamos conhecer mais sobre frase, oração e período:


 Frase é todo enunciado de sentido completo, capaz de estabelecer comunicação.
Pode ser nominal ou verbal. 
 Oração é um enunciado que se estrutura em torno de um verbo ou locução
verbal. Ex: A menina sujou seu vestido. 
 Período constitui-se de uma ou mais orações. Pode ser simples ou composto. 
o Período simples: A menina ofereceu um livro a Joana. 
o Período composto: O povo anseia que haja uma eleição justa, pois, a
última obviamente não o foi.

O Parágrafo: unidade de composição 

O parágrafo é uma unidade de composição constituída por um ou mais de um período,


em que se desenvolve determinada ideia central ou nuclear, a que se agregam outras,
secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela.

Coesão e coerência
Coesão: ou unidade, consiste no resultado do emprego correto dos termos conectivos da
linguagem, o que permite expressar uma ideia de cada vez, omitindo o desnecessário e
prendendo-se às relações existentes entre a ideia principal e as secundárias. Tal resultado em
muito se deve ao correto emprego do tópico frasal. 

Produzir um texto coeso significa organizar as ideias, de forma que haja concordância, relação
entre os diversos elementos que constituem um texto.

Dentre os mecanismos de coesão, podemos citar: concordância verbal e nominal, regência


verbal, colocação pronominal, retomadas por pronomes ou sinônimos, conexão oracional etc.
Assim, escrever de forma coesa é atentar aos detalhes de um texto, articular as partes que o
compõem, tornando-o compreensivo ao receptor.

Exemplo:

Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque


consideram injusta a atual distribuição de terras. Porém, o ministro da Agricultura considerou a
manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar
milhares de sem-terra (BELLEZI, 2007).

Coerência: valendo-nos da definição primariamente apresentada para coerência (a ligação


perfeitamente inteligível das partes de um texto com o seu todo), podemos auferir que esta
consiste em ordenar e interligar as ideias de maneira clara e lógica e de acordo com um plano
definido.

A coerência significa a ligação lógica e harmoniosa da linguagem, ou seja, o sentido do texto


deve estar claro e ordenado. Na produção de um texto coerente, deve-se considerar também o
público a que se destina a mensagem e o gênero textual que será utilizado como instrumento
para transmiti-la. As ideias, os argumentos utilizados em um texto coerente, não podem se
contradizer.

Exemplo:
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome, 
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José? [...]
(Carlos Drummond de Andrade)

Observe como ao longo das estrofes há uma sucessão lógica de fatos que nos dão a exata ideia
do processo de desagregação social do qual José é vítima. A esse enquadramento dá-se o nome
de coerência textual. Assim, a consistência das ideias apresentadas é fator fundamental para
garantir um texto coerente. Logo, produzir um texto coeso e coerente é dar sentido a ele, é fazê-
lo significar a mensagem que se deseja transmitir.

Dessa forma, ao produzir textos coesos, devemos observar se há sentido entre as ideias do texto
e se essas mesmas ideias não se contradizem. Devemos atentar para não repetirmos questões já
abordadas anteriormente, ou seja, devemos evitar repetição de ideias e termos.

Estrutura do texto
O leitor de uma redação deve poder detectar, claramente, três partes: a introdução, o
desenvolvimento e a conclusão.

O texto da redação deve ter a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Isto facilita o


trabalho de quem se habilita a escrever, especialmente uma redação como a que é solicitada
para ingresso na universidade ou num processo de seleção para quem pleiteia um emprego.

A figura acima apresenta as três partes de uma redação, que são elementos primordiais para o
trabalho inicial de quem escreve. É partindo do conhecimento das partes que compõem o texto
de uma redação que se pode planejar aquilo que se vai escrever. O processo de planejamento
começa com a escolha do tema sobre o qual se vai escrever. 

Outro fator de sucesso para uma boa redação é que se faça uma pesquisa sobre o assunto, lendo
o maior número possível de textos sobre o tema que será abordado no processo de uma nova
escrita. Garcia (1985) diz que aprender a escrever bem é, antes de tudo, aprender a pensar. No
fundo, quer dizer que o escritor deve aprender a organizar as ideias e a planejar o que vai
escrever, para que no momento da escrita as palavras obedeçam a uma lógica e possam conduzir
o leitor até o final do texto, com pleno entendimento de tudo o que foi dito.

É importante lembrar que os textos literários possuem a especial licença para provocar suspense
e, às vezes, demandar outras leituras para uma compreensão mais ampla. Assim, existe um jogo
de palavras, muitas vezes travestidas de seu sentido denotativo, ganhando, pois, um sentido
novo e especial dentro do texto, ou seja, um sentido conotativo, uma nova roupagem um papel
diferente do que comumente possuem. Podemos dizer que, na linguagem literária, as palavras
usam máscaras temporárias e específicas para um determinado contexto literário; portanto seu
sentido está intimamente ligado a esse contexto.

Forma e contéudo
A separação entre forma e conteúdo nos livros didáticos tem o único fim de facilitar o
aprendizado. No entanto, forma e conteúdo vivem intimamente ligados.

Podemos dizer que a forma é o modo que você usa para pôr suas sensações, seus pensamentos e
suas opiniões num papel, compondo o que chamamos de texto. A forma é algo pessoal, é o
"jeito" que cada um tem de escrever. Poderia ser chamada de estilo, pois a forma se caracteriza
pelas palavras escolhidas (vocabulário), as conjunções e preposições (conectivos), os tempos
verbais e os sinais de pontuação.

Esses símbolos formam o código (a Língua Portuguesa) e são tomados por empréstimo para as
pessoas se expressarem. Se todas as pessoas fizessem o mesmo "empréstimo" dos símbolos do
código, na mesma sequência, com o mesmo sentido, etc., os textos escritos em qualquer lugar
seriam todos iguais. Portanto, a forma é o modo particular que cada autor escolhe para expressar
suas ideias.

O conteúdo é o assunto sobre o qual se vai escrever. Suponhamos que você seja solicitado a
redigir um texto sobre o calor. Você teria que saber o que é, onde, como e por que ocorre o
fenômeno, enumerando, ainda, as causas, consequências e exemplos, bem como os fatos
complementares.

Percebemos, então, que os conteúdos (assuntos) podem ser os mesmos para várias redações. No
entanto, mudará a forma como cada pessoa irá tratá-lo em seu texto. Neste caso você teria dois
tipos de escolha de palavras para dois gêneros de textos diferentes. Um texto ficcional, literário,
no qual as palavras teriam um sentido mais conotativo e dois textos técnicos: um descritivo e
outro dissertativo, ambos de natureza informativa nos quais as palavras estariam em seu sentido
denotativo e referencial.

Gênero textual

O gênero textual é a realização concreta dos tipos textuais, uma vez que a comunicação por
meio dos diversos gêneros é que ordena as atividades comunicativas, ou seja, narramos,
descrevemos, dissertamos a todo instante, porém de diferentes formas, à medida que nosso
contexto discursivo nos solicita.

Nessa perspectiva, tanto o funcionamento de um automóvel quanto o de uma experiência de


química recorrem à descrição, mas pertencem a gêneros diferentes, o primeiro resultará num
manual técnico, próprio à indústria e ao comércio, o segundo, num relatório científico, muito
comum na escola. Essa necessidade de definir gêneros textuais surge quando precisamos
escrever para alguma repartição pública, por exemplo, logo temos que escolher dentre vários
gêneros textuais. Caso se trate do gênero jurídico, produziremos pareceres, laudos,
requerimentos etc. Produzindo textos do gênero jornalístico, podemos optar pelos subgêneros:
entrevista, editorial, artigo de opinião etc.

Marcuschi (2008) os caracteriza como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e


plásticos. Surgem emparelhados às necessidades e atividades socioculturais, bem como na
relação com inovações tecnológicas, o que é facilmente perceptível ao se considerar a
quantidade de gêneros textuais hoje existentes em relação a sociedades anteriores à da era
digital.
Na próxima aula vamos tratar mais detalhadamente de algumas dessas tipologias textuais que
serão corriqueiras ao longo do curso e da sua vida pessoal e profissional.

Pontuação
Vírgula ( , )

Seu uso se dá nos seguintes casos: 

 Nas datas. Ex. Cacoal, 23 de junho de 2013.


 Após o uso dos advérbios "sim" ou "não", usados como resposta, no início da frase. Ex.
Você gostou do jantar? – Sim, eu adorei! 
 Após a saudação em correspondências. Ex. Atenciosamente, 
 Para separar termos de uma mesma função sintática. Ex. A casa tem três quartos, dois
banheiros, três salas e um quintal. 
 Para destacar elementos intercalados, como:
o Uma conjunção. Ex. Estudamos bastante, logo, merecemos férias!
o Um adjunto. adverbial Ex. Estas crianças, com certeza, serão aprovadas.
o Um vocativo. Ex. Apressemo-nos, Lucas, pois não quero chegar atrasado.
o Um aposto. Ex. Juliana, a aluna destaque, passou no vestibular.
o Uma expressão explicativa. Ex. O amor, isto é, o mais forte e sublime dos
sentimentos humanos, tem seu princípio em Deus
 Para destacar os objetos pleonásticos. Ex. As provas, eu as corrigi hoje. 
 Para separar orações intercaladas. Ex. Felicidade, já dizia minha mãe, é amar e ser
amado. 
 Para separar orações coordenadas adversativas, conclusivas, explicativas e algumas
orações alternativas. Ex. Esforçou-se muito, porém não conseguiu o prêmio. Vá
devagar, que o caminho é perigoso. Estude muito, pois será recompensado. As pessoas
ora dançavam, ora ouviam música. 
 Para separar orações subordinadas substantivas e adverbiais (quando estiverem antes da
oração principal). Ex. Quem inventou a fofoca, todos queriam descobrir. Quando voltei,
soube que precisava estudar para a prova. 
 Para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas. Ex. A incrível professora,
que ainda estava na faculdade, dominava todo o conteúdo.

Ponto e vírgula ( ; )

 Usado para marcar uma pausa mais longa, ou seja, é um sinal de pontuação que está
entre a vírgula e o ponto final. 
 Utiliza-se para marcar itens de uma enumeração. Ex. O portfólio conta com os seguintes
documentos;
 Separar orações coordenadas que já possuem vírgulas. Ex. Após a realização da prova,
35 alunos foram aprovados; 5 alunos, não.

Ponto ( . ) 

 Usa-se o ponto para encerrar uma frase, período, oração declarativa. Ex. Vitor é uma
criança muito feliz.

Ponto de interrogação ( ? ) 
Empregado após uma pergunta direta. Ex. Você está compreendendo as aulas de português?

Ponto de exclamação ( ! ) 

Para indicar surpresa, espanto, estados emotivos, chamamento. Ex. Vamos continuar nossa
jornada!

Dois pontos ( : ) 

 Usados para iniciar citações. Ex. Já dizia o ditado: filho de peixe, peixinho é. 
 Marcar falas em um diálogo. Ex. A mãe encheu os olhos de lágrimas e disse: - Minha
filha, eu te amo! 
 Iniciar uma enumeração. Ex. O portfólio conta com os seguintes documentos:
memorandos

Aspas ( “ ” ) 

 Empregam-se para marcar citações. Ex. “Vivemos em um país democrático”, destacou a


presidente.
  Destacar palavras estrangeiras, gírias. Ex. O “show” foi maravilhoso! 
 Destacar nomes de livros. Ex. O livro “Dom Casmurro” de Machado de Assis é uma
importante obra da literatura brasileira.

Concordância
Sintaxe é o estudo das regras que regem a construção de frases nas línguas naturais. A sintaxe é
a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e das frases no discurso orais
e escritos, incluindo a sua relação lógica entre as múltiplas combinações possíveis para
transmitir um significado completo e compreensível. Logo, a concordância é o mecanismo
através do qual as palavras alteram suas terminações para se adequarem harmonicamente umas
as outras na frase. Assim, sintaxe de concordância é a harmonia de flexão das palavras de uma
frase, e esta se divide em dois tipos principais: a concordância nominal e a concordância verbal.

O que devemos levar em consideração no aprendizado da sintaxe de concordância é sua


empregabilidade em situações significativas e reais de uso, ou seja, tanto na oralidade quanto na
escrita. Vejamos alguns exemplos que, corriqueiramente, podem acontecer, principalmente a
partir da concordância. Observe os exemplos a seguir, nos quais os termos destacados estão
errados.

Em entrevista de emprego:

 Ex. Estou quite com o serviço militar. / Estou quites com o serviço militar. 


 Estou meio nervosa. / Estou meia nervosa

O que é concordância nominal? 

É a concordância em gênero e número do adjetivo, artigo, numeral e pronome com o


substantivo a que se refere.

Ex.: Veja este carro quebrado.


Vendo moto e carro usados.

Tabela 1 - Regras especiais de concordância nominal


REGRAS ESPECIAIS
Casos Normas Exemplos
Comprei abacaxi e
Adjetivo posposto a O adjetivo fica no plural ou
melancia maduros.
dois ou mais concorda com o substantivo
Comprei abacaxi e
substantivos mais próximo
melancia madura.
Na sala,
Adjetivo anteposto a havia lindas fotografias e
O adjetivo concorda com o
dois ou mais desenhos.
substantivo mais próximo
substantivos Na sala, havia lindos desenhos
e fotografias.

 Se os substantivos pospostos forem sinônimos, o adjetivo deve concordar com o mais


próximo.

Ex.: Cuidava dos doentes com carinho e ternura exemplar.

 Se os substantivos pospostos forem nomes próprios, o adjetivo deve ficar no plural.

Ex.: A torcida vibrava com os talentosos Zico e Sócrates.

Tabela 2 - Regras especiais de concordância nominal

LEMBRETE
Caso Norma Exemplos
Muito obrigado, disse Cristian.
Muito obrigada, disse Ingrid.
Obrigado
Muito obrigada! (Emissor do gênero
feminino.)
Ele próprio/mesmo fez o trabalho.
Próprio/ Concordam com a palavra a Ela própria/mesma fez o trabalho.
mesmo que se referem. Eu mesma fiz o trabalho. (Emissor do
Ou com o gênero e número gênero feminino.)
do emissor. O documento segue anexo.
Anexo
A carta segue anexa.
Estou quite com meus credores.
Quite
Estamos quites com nossos credores.
Maria comeu meia jaca e ficou meio
Meio
enjoada.

 Anexo precedido da preposição “em” fica invariável.


Exemplos: Ex.: A fotografia vai em anexo. O livro segue em anexo.

Tabela 3 - Regras especiais de concordância nominal

LEMBRETE
Casos Normas Exemplos
Aprendemos bastantes (adj.) novidades
Se adjetivo, é variável.
Bastante hoje. Nossas aulas são bastante (adv.)
Se advérbio é invariável.
interessantes.
Com a expressão o Vencia obstáculos o
mais...possível, deve-se fazer mais difíceis possível.
Possível
a variação de acordo com o Vencia obstáculos os
artigo que a precede. mais difíceis possíveis.
Advérbio, portanto,
Menos Há menos alunas do que prevíamos.
invariável.
É proibido entrada de animais.
Dedicação é necessário ao candidato.
Essas expressões ficam
É proibido / É Água é bom para a saúde.
invariáveis quando o sujeito
necessário / É Mas:
não vem acompanhado de
bom É proibida a entrada de animais.
artigo ou pronome.
A dedicação é necessária ao candidato.
Esta água é boa para a saúde.

O que é concordância verbal?

 Na concordância verbal, o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.

Ex: Nós vamos à praia. Paula vai ao supermercado.

Tabela 4 - Regras especiais de concordância verbal

REGRAS ESPECIAIS
Casos Normas Exemplos
Um grupo de garotos começou o
O sujeito coletivo no
O verbo pode ficar no tumulto.
singular + substantivo
singular ou no plural. Um grupo de
plural.
garotos começaram o tumulto.
O sujeito é pronome de O verbo é empregado na 3ª Vossa Excelência conhece bem
tratamento. pessoa. este caso.
Vossas Excelências ouvirão toda
REGRAS ESPECIAIS
a verdade.
A maioria dos brasileiros vive na
A maioria de, a metade O verbo pode ficar no pobreza.
de, parte de + singular ou concordar com o A maioria
substantivo plural. substantivo plural. dos brasileiros vivem na pobreza.
(Forma desprestigiada.)
40% da população apoiam a
O verbo pode concordar com política econômica.
o numeral ou com o 40% da população apoia a
*Porcentagens
substantivo a que a política econômica.
porcentagem se refere. 90% dos
alunos foram aprovados.
*Sujeito composto O cão e o gato dormiam lado a
O verbo fica no plural.
anteposto ao verbo lado.
O verbo fica no plural ou
Sujeito composto Viajaram a mãe e a filha.
concorda com o núcleo mais
posposto ao verbo Viajou a mãe e a filha.
próximo.
O verbo vai para o plural,
*Pessoas gramaticais observando-se que a 1ª Tu, eu e meus
diferentes pessoa prevalece sobre a 2ª e filhos partiremos hoje.
3ª.
Sujeito composto
O frio, a fome, o
resumido por palavra
O verbo fica no singular cansaço, nada o impediu de
ou expressões no
terminar a jornada.
singular
Concordância do verbo
ser:

 O verbo fica no  Vitor era as alegrias da


 Quando o
singular. (sujeito casa.
sujeito é nome
sempre prevalece  Manuel era só lamúrias.
de pessoa e o
sobre objeto ou  Hoje são 17 de dezembro.
predicativo é
abstração.).  Daqui ao
nome de coisa.
 A concordância se shopping são três
 Nas indicações
fará com a expressão quilômetros.
de horas, datas,
numérica.  Cem metros é muito.
distâncias.
 Concordam com o  Dois reais é pouco.
 Nas
predicativo do sujeito  Dez quilos é suficiente.
expressões: é
muito/ é pouco/
é bastante / é
menos

*Verbo com índice de Verbo acompanhado de Precisa-se de digitadores.


indeterminação do partícula se ficará Vive-se bem aqui.
sujeito. obrigatoriamente no
singular, caso se trate de
REGRAS ESPECIAIS
verbo intransitivo ou
transitivo indireto.
Verbo transitivo direto Vende-se galinha. (Uma galinha
acompanhado de pronome é vendida.)
Voz passiva sintética.
apassivador se concorda com Vendem-se galinhas. (Galinhas
sujeito. são vendidas.)
Faz um ano que ele se mudou.
Os verbos fazer e haver
Faz dez anos que ele se mudou.
quando indicarem passagem
Deverá fazer dez anos que ele se
de tempo. Em formas
mudou.
compostas, o verbo auxiliar
Havia meses que o dólar se
também será impessoal.
desvalorizava.
Verbos impessoais Há poucas ofertas de emprego
O verbo haver, na acepção nesta época.
de existir. (MAS Existem poucas ofertas de
emprego nesta época.)
Verbos que indicam
Choveu meses nas regiões
fenômeno da natureza:
serranas.
chover, nevar, trovejar etc.

TEXTO E FORMAS DO DISCURSO

O ato de escrever
Considerando que o redator só alcança o objetivo de produzir resposta, tornar comum suas
ideias e persuadir se estiver usando um código conhecido do leitor, que é seu receptor, e que em
certas circunstâncias a redação é feita para satisfazer necessidades curriculares, a pessoa que
escreve uma redação escolar ou de vestibular, por exemplo, não pode esquecer que os
examinadores estarão sempre levando em conta os conhecimentos básicos de Língua
Portuguesa, bem como a clareza de raciocínio, demonstrada no modo como a redação é
estruturada. 

De forma simplificada, isso significa que toda boa redação deve ter começo, meio e fim. Cada
uma dessas partes deve ter ligação com a parte anterior, para dar unidade (coesão) ao texto. Não
se deve esquecer que o emissor codifica a mensagem que será enviada ao receptor e que este, ao
recebê-la, inicia o processo de decodificação, interpretando-a. Por isso, é fundamental que os
códigos utilizados pelo emissor sejam conhecidos do receptor. No caso de uma redação, o
código (a Língua Portuguesa) deve ser entendido por todos os que escrevem e leem. Daí, ser
uma necessidade básica de quem escreve ter conhecimentos da Língua Portuguesa.

Tipologia textual

A tipologia textual indica a forma como o sujeito da escrita apreende o objeto do qual está
tratando, essa forma pode ser influenciada pelo próprio objeto. Uma corrida ou partida de
futebol encaminham uma narração, um acidente requer uma descrição, a defesa de uma postura
origina uma dissertação. A divisão tipológica de construção textual em Narração, Descrição e
Dissertação nos possibilita, como emissor da mensagem/texto, estabelecer a finalidade, o
objetivo da mensagem. 

Você se lembra de que em nossa trajetória escolar produzíamos textos narrativos, descritivos e
dissertativos? O tema de redação “Minhas férias”, que acompanhou muitos de nós nas primeiras
séries escolares, contemplou a narração, a descrição e a dissertação. Hoje necessitamos trabalhar
com textos diferentes de uma redação escolar. 

Além disso, há três tipos de redação: a dissertação, a narração e a descrição. Essa divisão é
meramente didática, pois, em um texto, um único autor pode usar os três tipos de redação, se
julgar que os três gêneros facultam-lhe uma forma mais clara e eficiente para o que ele quer
comunicar. Dificilmente serão encontrados textos puramente dissertativos, narrativos ou
descritivos. 

Texto narrativo, descritivo e dissertativo


Texto narrativo

Narração é uma redação por meio da qual se escreve uma história, uma piada, um conto, uma
novela ou qualquer outro tipo de texto que tenha dois elementos essenciais: ação e personagem.
Quando se trata de uma narração literária, tentar narrar algo de maneira diferente do que as
pessoas costumam imaginar é o primeiro passo para quem pensa em "escrever bem".

Quem escreve não deve esquecer que "escrever bem" é fazer boas escolhas, ter boas ideias, é
dedicar atenção no trato dos padrões linguísticos já apontados aqui, é ser criativo procurando
sempre ser entendido pelas pessoas que estão lendo o texto escrito. Lembramos, ainda, que você
deve considerar os componentes básicos da narração, já comentados neste caderno, pois eles o
auxiliarão a obter sucesso na escrita de sua narrativa.

Assim, será sempre importante que as narrativas respondam às seguintes questões:

 QUEM? A resposta a esta pergunta aponta o personagem ou os personagens da


narração.
 O QUÊ? Conduz ao fato central; é o que se pode chamar de "fio condutor". É como se
fosse a estrutura do enredo (assunto). Na narração, poderíamos simplificar e dizer que
se trata do conteúdo.
 QUANDO? É o tempo em que os fatos narrados ocorreram.
 ONDE? Marca o espaço, o local onde os fatos ocorreram ou estão ocorrendo.
 COMO? O enredo, ou seja, o conteúdo baseia-se nas respostas a essa pergunta.
 POR QUÊ? As razões, os motivos, as causas que levaram ao fato que se está narrando.

Como podemos ver, a narração carrega, em si, uma ideia de ação, de movimento. É como se
quem narra estivesse acompanhando os fatos no exato momento em que se desenrolam. O
narrador seria, pois, uma espécie de testemunha ocular do que está acontecendo, enquanto narra.
Ao contarmos um fato na forma oral ou escrita, estamos simplesmente narrando, assumindo a
função de narrador. Narrar é encadear fatos em uma sequência lógica, as personagens da
narração transitam em um determinado espaço e tempo cronológico. Ao construirmos uma
narrativa, devemos considerar que há diferenciações entre a narrativa oral e a escrita. Em uma
narrativa escrita, temos que levar em consideração que há um código linguístico a ser seguido,
ou seja, nossa língua possui formas e regras estabelecidas.

Exemplo:
O Coveiro

Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão - coveiro - era cavar. Mas, de repente, na
distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais. Tentou sair da cova e não
conseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que sozinho não conseguiria sair. Gritou. Ninguém
atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, desistiu
com a noite. Sentou-se no fundo da cova, desesperado. A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio
das horas tardias. Bateu o frio da madrugada e, na noite escura, não se ouviu um som humano,
embora o cemitério estivesse cheio de pipilos e coaxares naturais dos matos. Só pouco depois da
meia-noite é que vieram uns passos. Deitado no fundo da cova o coveiro gritou. Os passos se
aproximaram. Uma cabeça ébria apareceu lá em cima, perguntou o que havia: O que é que há?
O coveiro então gritou, desesperado: Tire-me daqui, por favor. Estou com um frio terrível! Mas,
coitado! - condoeu-se o bêbado - Tem toda razão de estar com frio. Alguém tirou a terra de cima
de você, meu pobre mortinho! E, pegando a pá, encheu-a e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente.
(Millôr Fernandes)

Texto dissertativo

Todos nós, em algum momento, já fomos solicitados a dissertar, e em muitos desses momentos
não tínhamos clareza do que isso significava. Ao colocar no papel nossas ideias e pensamentos,
estamos dissertando, ou seja, expondo aquilo que pensamos.

Assim, dissertar ou produzir um texto dissertativo é explicar, avaliar, classificar, apresentar


ideias sobre um determinado assunto, porém essas ideias devem estar fundamentadas, por isso
temos os textos dissertativo-argumentativos. Nesses textos prevalece o poder de persuasão do
emissor, o qual apresenta exemplos, demonstra e comprova fatos a fim de convencer o
receptor/leitor das ideias expostas. Um texto dissertativo não se confunde com um texto
narrativo ou descritivo, à medida que nesses dois últimos tipos textuais, pessoas, objetos e
situações constituem-se os temas.

Agora pense em ARGUMENTAR e CONVENCER. A vida cotidiana traz constantemente a


necessidade de exposição de ideias pessoais, opiniões e pontos de vista. Em alguns casos, é
preciso persuadir os outros a adotarem ou aceitarem uma nova forma de pensar. Em todas essas
situações e em muitas outras, utiliza-se a linguagem para dissertar, ou seja, organizam-se
palavras, frases, textos, a fim de, por meio da apresentação de ideias, dados e conceitos, chegar
a conclusões.

Em suma, dissertar ou escrever uma dissertação implica apresentar uma discussão de ideias,
oferecer argumentação e organização do pensamento, expor a defesa de pontos de vista,
oferecer a descoberta de soluções. É, portanto, necessário que se tenha conhecimento sobre o
assunto que se vai abordar, aliado a uma tomada de posição diante dele.

Nas dissertações aceita-se o uso do plural majestático, ou seja, o uso da primeira pessoa do
plural, e, modernamente, passou-se a aceitar o uso da primeira pessoa do singular. Mas, se você
optar pela primeira pessoa do singular, evite "aparecer" no texto, usando inteligentemente essa
escolha como um instrumento argumentativo, fazendo parecer ao leitor que as ideias expostas
por você são de aceitação universal. 

A dissertação expõe ideias, defende opiniões, apresenta reflexões sobre essas pessoas, objetos,
situações, sobre fatos concretos etc. Logo, há também uma estrutura que organiza a produção de
textos dissertativos: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.

Vamos identificar os elementos que compõem essa estrutura?


 Introdução: é o início do texto. É a exposição do assunto ou tema que será tratado,
desenvolvido e concluído ao longo da redação. Ela pode ser iniciada por uma citação,
por uma afirmativa ou até mesmo por um questionamento, a fim de despertar o interesse
do leitor.
 Desenvolvimento: é o desenrolar do assunto, a parte em que as ideias, as informações,
os conceitos e os argumentos serão desenvolvidos progressivamente.
 Conclusão: é a parte final do texto. Uma avaliação final do assunto, um fechamento,
em que o assunto é retomado para ser concluído.

Exemplo:

Sem limites

Não há limites para o imaginário humano. Mesmo em condições adversas, o homem é capaz de
criar representações da realidade, seja com a intenção de mudar uma situação vigente, seja para
sair da rotina monótona do cotidiano ou fugir de uma realidade hostil à vida. Essas imagens
exercem um importante papel na alma humana e vão muito além da conotação recreativa, elas
formam a esperança e, em alguns casos, podem determinar a sobrevivência do indivíduo.
No filme “A vida é bela”, cujo contexto é o da Segunda Guerra Mundial, um homem,
prisioneiro em um campo de concentração, tece uma gama de imagens positivas e divertidas
para que seu filho, uma criança, pense estar em meio a uma brincadeira. Nesse caso, a fuga da
realidade por meio da inventividade humana, significou o alheamento do indivíduo, mas isso lhe
garantiu a sobrevivência, pois o garoto resiste até o fim para que possa receber sua recompensa.
No filme “O náufrago”, o personagem interpretado por Tom Hanks imagina uma bola falante
dotada de pensamento, a qual foi dada o nome de Wilson. Essa criação do náufrago evitou que a
solidão o levasse à loucura e ao suicídio até ser resgatado. Ambos os exemplos dados são
substituições da realidade por imagens, visando o “eu”, assim como ocorre na sociedade atual,
em que o individuo cresce, a competição acirra-se e cria-se uma realidade hostil; a fuga torna-se
uma questão de sobrevivência.
Luther King, ao proferir a frase “I have a dream”, referia-se à imagem criada por ele de um
mundo melhor, em que o convívio entre brancos e negos fosse pacífico. A realidade, entretanto,
era marcada por um verdadeiro apartheid, ataques de organizações como a ku klux klan, numa
espécie de caça às bruxas. Após King, muito da intolerância diminuiu.
A imagem criada por um homem salvou o coletivo. Dessa forma, nem somente para fugir da
realidade servem as imagens. Elas exercem papel fundamental na transformação do mundo, o
qual de hostil pode tornar-se melhor, como o conseguido por King.

Fonte: letrasmundosaber.logspot.com/2008/12/texto-dissertativo-argumentativo.html

Elaborar textos dissertativos é uma atividade em que você deve considerar os objetivos do seu
texto e a quem se destina, pois devemos escrever para responder indagações, questionamentos e
posicionamentos que objetivamos inicialmente alcançar.

Texto descritivo

Enquanto, por meio da dissertação, quem escreve defende uma ideia e se posiciona a respeito do
assunto sobre o qual escolheu dissertar, em uma descrição, a ênfase objetivará com maior
detalhe descrever objetos, ambientes, estado de espírito, etc. 
O importante da descrição é que quem escreve consiga fazer com que o leitor entenda
claramente aquilo que é descrito. Lembramos que outro fator importante na descrição é que o
redator tenta apenas descrever algo, sem tomar partido, sem se envolver, apenas descrevendo de
modo distanciado o que está observando. Descrever é representar verbalmente algo ou alguém,
a partir de um ponto de vista.

Enfatizamos, ainda, que a descrição "pura" não existe e que descrever é colocar no papel as
características de objetos, de imagens, de locais, de pessoas, da forma mais próxima possível do
real para, assim, o leitor ser capaz de reconstruir o que foi descrito. É como se o tempo não
existisse e o leitor mergulhasse no assunto com a sensação de que a descrição é atual, não
importando o tempo a que ela remete ou em que foi escrita.

Exemplo:

Às 7h30min da manhã, o escritório está vazio; às 8h00, recebe os primeiros funcionários; às


10h00 é uma verdadeira feira [...] (nesse caso, há narrativa, pois há transformação temporal; os
fatos apresentados distribuem-se entre 7h30min e 10h00) (MEDEIROS, 2000, p. 135).

Medeiros (2000, p 135) informa que as etapas para construção de um processo descritivo são:

 Pesquisa e seleção dos dados a serem apresentados;


 Rascunhar o que se escreve;
 Correção – revisão e redação final.

O texto descritivo tem como característica principal a exatidão da comunicação, pois seu
objetivo é esclarecer, informar, comunicar.

Redação científica
Ao longo do tempo, percebemos que a falta de conhecimento linguístico e de normas que
possam facilitar a vida dos alunos, professores e pesquisadores na elaboração dos seus trabalhos
é uma constante quando se trabalha a língua como pressuposto científico. 

Sendo assim, o principal objetivo da redação científica é fazer com que os trabalhos comumente
realizados em cursos que você realiza sejam feitos por meio da pesquisa e dos seus
embasamentos técnico-científicos, bem como sociais. Para Medeiros (1997, p. 12), apud
Câmara Jr. (1978, p. 58): “A leitura exige objetivo preestabelecido, análise, síntese, reflexão,
aplicação do que se leu”. 

Ou seja, “Ninguém é capaz de escrever bem, se não sabe bem o que quer escrever”. No curso
que está realizando e diante dos textos das aulas, acreditamos que você já percebeu que “A
leitura exige objetivo preestabelecido, análise, síntese, reflexão, aplicação do que se leu”
(MEDEIROS, 1997, p. 12) e temos que concordar com Câmara Jr. (1978) quando ele afirma
que não é possível escrever bem quando não se sabe exatamente o que se pretende escrever.

Fichamento 

O fichamento é um processo utilizado para elaborar fichas de leitura na qual devem constar as
informações mais relevantes de um texto lido. São anotações que servirão posteriormente para
consulta, na elaboração do seu trabalho. Lembramos que fichamento não é um resumo, mas sim
um apontamento das principais ideias contidas num artigo ou obra lida. É válido ressaltar que o
fichamento, segundo Medeiros (1997, p. 93), é precedido por uma leitura que atenta para o
texto. Assim teremos: fichas de comentário, citação direta, resumo e crítica/analítica. A
diferença entre os vários tipos de fichas é só o seu texto. As fichas compreendem o cabeçalho,
referências bibliográficas, corpo da ficha e local onde se encontra a obra. O cabeçalho engloba
título genérico ou específico e letra indicativa da sequência das fichas, se for utilizar mais de
uma. 

Resumo 

É a captação da ideia maior do texto, o ponto central. A norma NBR 6028:1990 define resumo
como “apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto”. Segundo Medeiros (1997, p.
142), resumo é "uma apresentação sucinta, compacta dos pontos mais importantes de um texto".

Resenha 

Para Andrade (1995, p. 60), apud Medeiros (1997, p.132), a resenha é um tipo de trabalho que
“exige conhecimento do assunto, para estabelecer comparação com outras obras da mesma área
e maturidade intelectual para fazer avaliação e emitir juízo de valor”. Logo, observamos a
resenha com algumas condições estruturais: delimitação, análise textual, temática,
interpretativa, problematização e síntese pessoal. 

Segundo Santos (2001), as partes essenciais de uma resenha são: identificação da obra
(referência bibliográfica), credenciais do autor, conteúdo (resumo da obra/digesto), a crítica e a
indicação do resenhista. A resenha não é um resumo. Medeiros afirma que enquanto o resumo
não aceita o juízo valorativo, o comentário e a crítica à resenha exige esse elemento.

Para estruturar uma resenha deve-se compor os seguintes itens: referências bibliográficas,
credenciais do autor, resumo da obra (digesto), apreciação (crítica do resenhista) e indicações do
resenhista. 

O estudo dessa tipologia é uma necessidade prática, que atende ao desempenho dos trabalhos
técnicos voltados às áreas comerciais, administrativas e financeiras, lembrando que redigir é
aprender manusear a língua (viva) como essência material na linguagem, seja técnica ou
científica.

 Textos técnicos e de instrução


Mensagem eletrônica (e-mail) 

As mensagens eletrônicas, que também podem ter cunho técnico-administrativo, estão sendo
muito usadas atualmente, e a celeridade de sua circulação requer cuidados quando utilizadas
para fins profissionais. O emissor da mensagem deve atentar para sua clareza, coerência e
coesão, não se esquecendo do uso de uma linguagem padrão, formal, uma vez que nas
mensagens eletrônicas institucionais e profissionais não cabem abreviaturas, gírias, linguagem
coloquial, tal qual usamos em mensagens eletrônicas pessoais. 

Convocação 

A convocação é uma produção textual utilizada para convocar, chamar, convidar alguém para
uma reunião, encontro. É necessário especificar o local, a hora, a data e o objetivo da
convocação, a exemplo da pauta de uma reunião ou assembleia. 

Ata 
É um texto elaborado a partir de relatos, fatos, deliberações ocorridos em uma reunião,
encontro, assembleia. Suas principais características são:

 Texto constituído sem parágrafos, emendas ou rasuras, uma vez que a ata é um
documento, não se admitindo modificações posteriores. Caso seja necessária alguma
alteração, deve-se usar a expressão “Em tempo:”, com a anuência do presidente;
 Números são grafados por extenso; 
 O texto poderá ser manuscrito em livro próprio para este fim ou digitado, este último
com numeração para cada ata; 
 A ata deverá ser assinada, obrigatoriamente, pelo presidente da reunião e pelo secretário
desta. Poderá ser assinada pelos demais presentes à reunião, desde que necessário; 
 Obrigatoriamente, o texto/ata deverá conter dia, mês, ano e hora da reunião, grafados
por extenso; local da reunião; relação nominal dos presentes à reunião; pauta (ordem do
dia) e o fecho da ata

Memorando 

É um documento que objetiva a comunicação interna entre setores ou departamentos de uma


mesma instituição ou empresa. A celeridade da comunicação é uma característica dessa redação.
Sua estrutura consiste em: 

 Destinatário (nome ou cargo/função) 


 Emissor (nome ou cargo/função) 
 Assunto: sobre o que o memorando está tratando 
 Data 
 Mensagem em si 
 Fechamento 
 Assinatura

Requerimento 

É um texto produzido com a finalidade de solicitar, requerer algo dentro de uma mesma
instituição pública ou privada. Esse documento é elaborado quando se tem a presunção de que a
solicitação tem amparo legal. Como exemplo, tomemos a solicitação, via requerimento, da
licença-maternidade.

Declaração 

É um documento em que se declara, conceitua, ou explica algo a alguém. Quando queremos


comprovar que estamos estudando em determinada instituição, por exemplo, solicitamos da
secretaria escolar uma declaração de que estamos matriculados.

Procuração 

Documento utilizado para que uma pessoa represente outra, legalmente. Nesse documento,
delimitamos ou constituímos amplos poderes, ou seja, delegamos poderes ao procurador para
realizar atos quando estiver nos representando. A procuração pode ser simples, redigida de
próprio punho ou digitada, ou ainda feita em cartório, também conhecida como procuração
pública. É importante ressaltar que a procuração, tal qual a ata, deve ser redigida sem
parágrafos, uma vez que não são permitidas emendas ou rasuras. Ela só terá validade se a
assinatura for reconhecida em cartório. Isso vale para os dois tipos de procuração, a simples e a
pública.

Ofício 
Documento de uso exclusivo de órgãos públicos, uma vez que os assuntos tratados nesse
documento são sempre oficiais, logo ele pode ser emitido somente por órgãos públicos, porém o
destinatário poderá ser a própria administração pública ou empresa/instituição particular. Por se
tratar de um documento oficial, deve ser redigido em papel timbrado. Instituições ou empresas
particulares utilizam a carta comercial para se comunicarem com outras empresas ou com a
administração pública, uma vez que não podem utilizar o ofício.

Relatório administrativo 

Com o intuito de comunicar algo a alguém, o relatório administrativo é um relato, opinião/ponto


de vista do autor acerca de fato, ação ou ocorrência administrativa. Sua organização consiste em
introdução do assunto, desenvolvimento minucioso das ideias/fatos/ocorrências elencadas na
introdução e conclusão do que foi exposto, com possíveis recomendações.

Formas de discurso
Discurso direto 

É aquele em que o autor reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa.
Podemos enumerar algumas características do discurso direto:

 Emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros;


 Uso, especificamente para introduzir os diálogos, dos seguintes sinais de pontuação:
dois-pontos e travessão.

Como exemplo de discurso direto, observe o trecho abaixo retirado do livro Contos da


Floresta:

"Então o velho falou para a velha:

- Não sei por que todos foram embora, mas não vamos sair daqui. Esse é nosso lugar e onde
morreremos, quando chegar nossa hora.

- Sim, meu velho, você tem razão, nada nos fará sair daqui."

 Yaguarê Yamã - Contos da floresta

Discurso indireto

É aquele em que o narrador reproduz com suas próprias palavras aquilo que escutou de outra
pessoa ou leu sobre ela. No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação que introduzem
o diálogo e usamos conjunções: que, se, como, etc. 

Agora perceba como ficaria o mesmo texto, visto no exemplo interior, caso o discurso fosse
indireto:
"O velho falou para a velha que não sabia por que todos tinham ido embora, mas não queria sair
de lá. Disse que aquele era o lugar deles, onde morreriam  quando chegasse a hora. A velha
concordou dizendo que nada faria eles saírem de lá.".

Discurso indireto livre


É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria, servindo-se de
orações.

Tipologia Textual
 Texto expositivo – Informa o receptor de temas de interesse,
tentando responder a um “o quê?”, “como?”, “por quê?”. Também
apresenta uma série de ideias que esclarece ou explica conceitos e
argumentos. Característica fundamental do texto é claramente a
informação.
O emitente deve considerar alguns aspectos essenciais como:
Natureza da informação ou mensagem;
Tipo de receptor;
Objetividade;
Lacuna de conhecimento entre emissor e receptor;
Coerência e coesão.

Estrutura geral do texto expositivo:


-Introdução: Responde a “Como?”
- Desenvolvimento: expõe, explica, esclarece, exemplifica, descreve,
analisa crônicas, relatórios... responde “Por quê?”
-Conclusão: parte final e sintetiza ou recapitula o tema. Pode apresentar
conclusões. Responde ao que deve ser feito.

 Texto Injuntivo – Indica como realizar uma ação. Também é


utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza
linguagem objetiva e simples. Maioria em modo imperativo e
infinitivo, ou futuro do presente.

FORMATAÇÃO DE DOCUMENTOS

Como Redigir: Bilhete e Correio Eletrônico (E-mail)


O que é específico na redação de textos empresariais e oficiais? 

Esses tipos de escrita são atividades com formas de atuação e objetivos bastante específicos,
têm estilos e características próprias, o que as distingue sobremaneira de redações literárias. A
linguagem da redação de documentos considera, principalmente, a objetividade, a eficácia e a
exatidão dos informes.

Usa-se para tal a linguagem denotativa (sentido real das palavras), estrutura simples,
paragrafação clara e objetiva. Isso não quer dizer que não devamos preocupar-nos com a
estética tanto da linguagem quanto do documento em geral, pelo contrário, isso é primordial
para uma boa comunicação. Quando alguém recebe uma comunicação por nós enviada, está
também recebendo uma imagem de nós mesmos por aquilo que escrevemos. 

É bastante comum as empresas ofertarem treinamento para os funcionários responsáveis pela


confecção de comunicação. Essa atitude mostra preocupação com a imagem da empresa, pois as
pessoas responsáveis pela escrita não podem cometer erros de gramática, de vocabulário ou de
estrutura textual.

Redação empresarial

A redação empresarial é um meio de se estabelecer comunicação entre pessoas por meio de


papéis, cartas ou outros documentos. É o conjunto de instrumentos de comunicação escrita:
cartas, bilhetes, memorandos, ofícios, requerimentos, contratos. Esse tipo de comunicação é
utilizado por empresas, indústria e comércio, com o objetivo de iniciar, manter ou encerrar
transações.

A redação empresarial e a correspondência ou redação oficial, às vezes, confundem-se porque


se inter-relacionam e unem os objetivos e interesses do comércio, indústria e bancos. Daí pode-
se denominar de empresarial ou oficial a reunião dessas comunicações (comerciais,
empresariais e bancárias).

Correspondência oficial ou redação oficial?

A correspondência oficial é o meio de que as pessoas se utilizam para manter as relações de


serviço na administração pública direta ou indireta, nos âmbitos federal, estadual ou municipal.
Assim, redação oficial é a maneira de redigir a correspondência dos mais diversificados objetos
de serviços, nos órgãos públicos.

Como redigir

As palavras integram a maior parte das situações que vivemos e, geralmente, expressam o que
sentimos. Daí a importância de uma escrita clara e objetiva, ainda mais quando o nosso objeto é
a redação empresarial ou oficial. A partir deste encontro, vamos aprender a produzir alguns
gêneros textuais que circulam nas esferas sociais de empresas privadas e públicas, para
ilustração de sua linguagem e características. Perceba em cada um deles sua finalidade, o perfil
de seus interlocutores, sua estrutura e, ainda, o suporte no qual pode ou deve ser veiculado.

Comecemos, então, a nossa produção textual por dois gêneros de uso habitual na comunicação
empresarial e oficial: o bilhete e o correio eletrônico ou e-mail.

Bilhete

É um gênero usado para comunicações breves; atualmente, está sendo substituído pelo e-mail.
De uma forma ou de outra, há que se ter atenção para ser utilizado o padrão culto da língua. Não
se deve esquecer o destinatário e a assinatura no bilhete. É um gênero textual que pode ter
significados diversos, pois pode ser um tipo de documento de valor comprovado, ou um breve
recado escrito para alguém. 

Alguns podem ter código de barras ou uma tarja magnética para armazenar dados nele contidos.

Exemplos:

 Bilhete de loteria, que dá direito a concorrer a sorteios;


 Bilhete ferroviário, que é impresso e dá direito a viajar em transportes coletivos;
 Bilhete rodoviário, que comprova a efetuação de pagamento;
 Bilhete escolar;
 Bilhete (ingresso).

Correio eletrônico ou e-mail

O correio eletrônico ("e-mail"), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal
forma de comunicação para transmissão de documentos. Um dos atrativos de comunicação por
correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua
estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação
empresarial.

O campo assunto do formulário de correio eletrônico (mensagem) deve ser preenchido de modo
a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente. Para os arquivos
anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.

Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja
disponível, deve constar na mensagem o pedido para confirmação de recebimento.  Nos termos
da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, e,
para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que
ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.

Mala Direta 

É um tipo de correspondência que atinge um número grande de pessoas. Deve ter linguagem


simples, clara e objetiva, pois se destina a públicos diferentes, de diferentes classes sociais,
objetivos e campos de atuação.

Exemplo de Mala Direta


Figura 1- Mala Direta
Fonte: Site Ferwdi

Release

O release é um material informativo distribuído entre jornalistas antes de eventos, solenidades,


entrevistas, lançamento de filmes, livros, etc. Normalmente, traz informações sobre fatos,
programas ou assuntos para os quais  se quer atenção da mídia.

Exemplo de release:

Sala de Imprensa

Release

Refletir sobre dados abertos e democracia na era digital é uma das metas do IV Consegi. O
Evento convoca representantes de governos, movimentos sociais, hackativistas, pesquisadores e
estudantes para o encontro gratuito, em maio.

A onda de abertura de dados governamentais e debates sobre o direito do acesso à informação


pública pelo mundo já chegou ao Brasil e movimenta poder público, hackativistas, profissionais
de tecnologia, comunidades e pesquisadores. Para reunir essas peças chaves e especialistas
nacionais e internacionais, o IV Congresso Internacional Software Livre e Governo Eletrônico
(Consegi) oferecerá palestras, oficinas e debates, de 11 a 13 de maio, na Escola de
Administração Fazendária (Esaf), em Brasília.
Entre os destaques do evento, está confirmada a participação do professor Nigel Shadbolt, da
Universidade de Southampton, no Reino Unido, que liderou com Tim Berners-Lee (um dos
criadores da Web) o desenvolvimento do data.gov.uk, projeto do governo britânico para abrir
quase todos os dados do setor público, desde estatísticas de tráfego a números de crimes para
livre reutilização. O modelo é apontado como um dos mais avançados do mundo, junto com
iniciativas dos Estados Unidos (data.gov), Espanha, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

A programação do Consegi 2011 divide-se em oito eixos temáticos, terá mais de 100 palestras e
70 oficinas. As inscrições pelo sítio www.consegi.gov.br já estão abertas e são gratuitas. Neste
ano, são esperadas mais inscrições do que no ano passado, quando foram 6,5 mil inscritos
incluindo 600 estudantes dos cursos de tecnologia de Institutos e Universidades Federais e
Estaduais. As caravanas poderão acampar no Jardim Botânico de Brasília,que fica ao lado da
Esaf, com infraestrutura disponibilizada pelo Consegi.
Os interessados em organizar caravanas devem fazer a reserva, até 4 de abril, pelo e-mail:
caravanasconsegi@serpro.gov.br.

Eixos temáticos

A tônica da programação continua sendo o software livre e a evolução do governo eletrônico,


assim como a cooperação e compartilhamento de conhecimento entre entes da Administração
Pública, comunidades e países vizinhos.
As oito trilhas temáticas abordam, além de dados abertos, assuntos como gestão de Tecnologia
da Comunicação e Informação (TIC), e-democracia, multimídia, mobilidade, interoperabilidade,
políticas de desenvolvimento tecnológico, educação e inclusão digital.

Consegi 2011

O Consegi é uma realização conjunta do Ministério da Fazenda e Esaf, com patrocínio do


Serpro, Itaipu Binacional, BNDES, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Sebrae, além
de parceria com a Presidência da República, Ministério das Relações Exteriores (MRE),
Ministério da Educação (MEC), Telebrás, Governo do Distrito Federal e outras instituições
públicas.

Informações para Imprensa


Jornalista: João da Silva
 Telefone: (xx) xxxx-xxxx
 email: release@release.gov.b
Fonte: www.consegi.gov.br

Convite

O convite é um meio de comunicação pelo qual podemos pedir o comparecimento de alguém a


alguma cerimônia. A convocação, em última instância, passa a ser outro instrumento de
comunicação, que parece mais formal do que o convite e, de certa forma, exige a presença do
convidado. Quando usar a formalidade? A quem se dirigir?

Essas são algumas das questões que formulamos quando pensamos em fazer um convite ou
convocação. O convite é menos formal, enquanto a convocação pede formalidade. No segundo
caso, quem recebe a mensagem não se deve desobrigar do comparecimento ao evento (reunião).
O convite é de livre aceitação.
Exemplo de convite

Figura 1 - Exemplo de convite


Fonte: Site Judice

Exemplo de convocação

CONVOCAÇÃO DE ELEIÇÃO PARA REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS  NA


CIPA

Ficam convocados os empregados desta Empresa para eleição dos membros da “Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA”, de acordo com a Norma Regulamentadora – NR
05 atual, baixada pelo Ministério  do Trabalho, a ser realizada, em escrutínio secreto, no dia
_______ às _______ horas, no _____________________(local).

Apresentaram-se e, serão votados os seguintes candidatos: ..........(nome dos candidatos da


cédula de votação).

Data ______________

(assinatura e carimbo do empregador)

ou 

(Comissão Eleitoral)
Fonte: www.seconci-pr.com.br
Carta Comercial

A carta comercial é um instrumento de comunicação de que se valem as empresas ou pessoas no


relacionamento comercial. É, também, a imagem de quem a representa. Portanto, não basta que
transmita um conteúdo, mas  que o faça de maneira que impressione bem, por isso é necessário
que sua apresentação cause uma impressão de ordem, organização e competência.

Como em qualquer comunicação, a clareza é uma qualidade imprescindível, pois não se podem


esclarecer as dúvidas de imediato. Além da perda de tempo, pode haver como consequência,
sérios prejuízos financeiros decor rentes de interpretação errônea motivada pela obscuridade do
texto. Então, o mínimo exigido de uma carta é que ela seja inteligível.

Deve-se, também, usar um vocabulário simples, atual, com os termos bem estruturados nas
frases. No mundo empresarial, tempo é dinheiro; tempo de quem redige e de quem lê. A carta
tem de ser, portanto, concisa, ou seja, deve ter a informação completa com o menor número de
palavras, sem se alongar em introduções ou encerramentos já em desuso há muito tempo. 

A correção gramatical é importante: é necessário tomar cuidado com o emprego dos


pronomes de tratamento que deve ser uniforme, sem que se misture a terceira pessoa gramatical
com a segunda, como já estudamos em uma das aulas anteriores.

Exemplo de carta comercial

Lojas RPDP

Goiânia, 22 de março de 2011.

Senhor diretor:

Confirmamos o recebimento de uma reivindicação de depósito no valor de três mil reais


referente ao mês de fevereiro. Informamos que o valor foi depositado no dia 1o de março, na
agência 0003, conta corrente 3225, Banco dos empresários. Por favor, solicitamos a verificação
do depósito e que o senhor nos comunique a efetivação do pagamento. Pedimos desculpa, por
não termos feito o depósito anteriormente, porém não possuíamos a sua nova conta bancária.

Agradecemos a sua compreensão e aguardamos o contato.

Atenciosamente, 

Amélia de Sousa
Gerente comercial

RPDP e Cia. Ltda.


Empresa de Comércio
Av. Brasil, 1200 
Goiânia - GO

 Fonte: Adaptado de https://brasilescola.uol.com.br/

Aviso
Usado para manter a comunicação social em uma empresa, comunica com objetividade e
eficácia a Rescisão de Contrato de Trabalho (aviso prévio), por exemplo.
Pode ser fixado em local visível ao público ou ser publicado em jornal de grande circulação.

O aviso pode ser:

 De cientificação, notícia, ordem ou prevenção, de texto e formato variados, transmitida


direta ou indiretamente ao destinatário;
 Tipo de correspondência, semelhante ao ofício, assinado por ministro de Estado e
dirigido a altas autoridades em assunto de serviço;
 Expediente pelo qual um ministro de Estado dá conhecimento, em sua área, de suas
decisões de caráter administrativo e de ordem geral, caso em que o documento não traz
destinatário expresso nem, logicamente, fecho com expressão de cortesia. (BELTRÃO.
2005)

Atualmente, os avisos são divididos em três tipos distintos:

 O tradicional, de caráter geral e feito através da imprensa ou afixado em quadro próprio,


nos locais onde funcionam os serviços públicos (correspondência multidirecional);
 O ministerial, individual ou circular, com aspecto de ofício (correspondência uni ou
multidirecional);
 Em fórmula, individual, igual ao utilizado nos escritórios comerciais, industriais e
bancários (correspondência unidirecional). (BELTRÃO. 2005)

Quando com um aviso não se obtiver retorno, entrará em ação a carta, gênero que estudamos na
aula anterior.

Exemplo de aviso - 1

“A aposentadoria do servidor regido pela C.L.T., rompe o vínculo empregatício a partir do


recebimento pela Unidade de Ensino do comunicado de concessão do benefício pelo INSS,
deixando de assinar o ponto, assim como praticar atos pertinentes às atribuições da função  que
exercia, não podendo o Diretor da Unidade de Ensino, como chefe imediato, permitir que ocorra
a continuidade do exercício da função.”  

Tendo esta Unidade de Ensino recebido, em ___/___/___,o Comprovante de Concessão de


Aposentadoria expedido pelo INSS, com data de  ___/___/___, estamos rescindindo a partir
desta última, o Contrato de  Trabalho existente entre o CEETEPS e Vossa Senhoria.  

Atenciosamente,  

Diretor 

Exemplo de aviso - 2

Senhor(a) _____________________(nome do funcionário ou  funcionária)


_____________________, pelo presente o notificamos  que a partir da data subsequente da
entrega deste, não mais serão  utilizados os seus serviços, pela nossa firma e, por isso, vimos
avisá-lo, nos  termos e para efeitos do disposto no art. 487 item II - cap. VI - título IV, do 
decreto lei n.º 5.452, de primeiro de maio de 1943, (consolidação das leis  do trabalho).  

Observações: aviso prévio indenizado  


Saudações  

Cuiabá,_______de ______________de ______. 

Empresa:  
CNPJ:  
Assinatura  

Circular
A circular é um documento noticioso remetido a diferentes pessoas, órgãos ou entidades. São
objetos de circulares as notícias relativas à empresa, de uma forma geral. É toda comunicação
reproduzida em vias, cópias, como documento. Destina-se a ordenar, avisar ou instruir.

Exemplo de circular

CIRCULAR Nº _______, _______ DE _______ DE _______.


Senhor Secretário: 

Comunico a Vossa Excelência que, por determinação do Senhor  Governador do Estado do


Paraná, no dia 28 do mês em pauta,  dia do Servidor Público, o expediente será normal nas
repartições públicas do Estado. Porém, será considerado ponto facultativo o dia  1° de
novembro, segunda-feira. A medida não abrangerá serviços que, por sua natureza, não admitem
paralisação. 

Atenciosamente, 
Nome, 
Cargo do signatário. 

Ao senhor 
Nome, 
Secretário de Estado _____________________, 
Nesta Capital. 
Fonte: Site Arquivo Público

Ofício
O ofício é um documento expedido entre os órgãos de serviços públicos. Entidades civis,
religiosas ou comerciais se utilizam deste termo “ofício” para renomear a carta. É um
documento público expedido por alguém superior para troca de informações de subalternos e
entre a administração e empresas particulares, em caráter oficial.

De acordo com o Manual de Redação da Presidência da República, se considerarmos o aviso


oficial e o ofício, ambos:

São modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é
que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma
hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como
finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no
caso do ofício, também com particulares. (MENDES, 2002)

Quais as partes que compõem o ofício?

1. Cabeçalho ou timbre
2. Índice e número
3. Data
4. Vocativo
5. Introdução
6. Explanação
7. Fecho (despedida e assinatura)
8. Anexo
9. Destinatário
10. Iniciais (redator e datilógrafo/digitador)

Exemplo de Ofício

Prefeitura de Manaus 
Rua São Luis, nº 416 
CEP 81000-600 
(92) 5543-0050

OFÍCIO N.º 3536/2010  

Manaus, 20 de julho de 2010.  

Senhor Presidente, 

Em atenção ao Ofício nº 026/2010, de 26/05/2010, informamos a  Vossa Senhoria, conforme


posicionamento da Subsecretaria de Logística desta Secretaria de Administração, que os
serviços serão programados em possível Termo Aditivo, previsto para o segundo semestre de
2010. 

Atenciosamente, 

José Almeida 

Secretário Municipal de Administração 

Ao 
Senhor 
Antônio Monteiro Cavalcante 
Presidente da Associação dos Moradores do Conjunto Habitacional Santa Clara 
Rodovia Torquato, s/nº, Conjunto Santa Clara – Bairro Paz 
Procuração
Instrumento pelo qual uma pessoa recebe de outra poderes para, em nome dela, praticar atos ou
administrar bens.

A procuração pode ser:

 pública: se lavrada em cartório;


 particular: se passada de próprio punho pela pessoa que a dá. Mesmo assim esta deve
subordinar-se a certas regras formais para que se identifique como ato perfeito.

Quem passa a procuração é o mandante, constituinte ou outorgante; e quem recebe o


mandato é o mandatário, procurador ou outorgado.

 Substabelecer: nomear como substituto; transferir a outrem a procuração recebida de


alguém.
 Outorgar: conceder, dar; declarar em escritura pública.

Exemplo de Procuração

Na procuração, deve ficar claro o objeto, ou seja, deve-se colocar todas as atribuições do
outorgado para que problemas futuros sejam evitados.

Eu,_________________________ portador da RG n.o _____________ órgão emissor


________, Brasileiro, solteiro e domiciliado na rua ________________________, no ____,
apto____, bairro _________________________, na cidade de _____________________,
estado do (a)___________, nomeio e constituo o meu bastante procurador ____________

_______________, portador da RG no ____________, órgão emissor _______, Brasileiro,


solteiro residente e domiciliado na rua _________________________, bairro
____________________, n.o_____, apto____, na cidade de ______________________, no
estado do(a)______________, para______________ junto ao __________________.

Cidade , ____/____/____
Ass.________________________________________________________.

Ata
O que é uma ata? 
É um documento em que se registram as ocorrências de uma reunião. É um ato de registro. A
ata pode ser manuscrita em livro próprio ou digitada em folhas numeradas.

Como fazer uma ata?


A ata pode ser manuscrita em livro próprio ou digitada em folhas numeradas. Todas as folhas
devem ser rubricadas pelos participantes e pelo presidente da reunião. É importante que se saiba
da obrigatoriedade da assinatura do secretário e do presidente, os demais participantes da
reunião assinam a ata se for o caso.

O texto deve ser escrito em linhas corridas, sem rasuras e emendas. Se isso ocorrer, deve-se
escrever "digo" e em seguida grafa-se o termo exato. "Aos dezessete de julho, digo, junho, de
2006...".

Abre-se somente o parágrafo inicial. Não se devem utilizar números, a escrita deve ser feita por
extenso. O tempo verbal a ser usado é o pretérito perfeito do indicativo (ontem). Deve-se ser
objetivo. Se o secretário for nomeado no momento da reunião, deve-se usar o termo "ad hoc",
que significa que o secretário só o é para aquela ocasião. Se, por um acaso, a ata contiver um
erro e este só for observado após a digitação ou o término da grafia, deve-se, antes de se
encerrar a ata com assinatura do presidente da reunião, colocar a expressão "em tempo: onde se
lê... leia-se..."

Termo de abertura
Este livro contém X folhas numeradas e rubricadas por mim, (nome do secretário), e destina-se
ao registro de Atas das reuniões de (colocar o nome condomínio, empresa).

Termo de encerramento 
Eu, (nome do secretário), Secretário de (colocar o nome do condomínio, empresa), declaro
encerrado este livro de atas/declaro encerrada esta ata de reunião.

Exemplo de ata formal

Ata da Décima Reunião da Diretoria da Empresa ABC

Aos dezenove dias do mês de outubro de dois mil e dez, às oito horas, na sala de reuniões da
Empresa ABC, sito na Avenida Batel, número quinhentos e trinta, Curitiba, Estado do Paraná,
sob a presidência da Srta. Meire Santos, estando presentes as sócias Andresa Pereira, Mara
Lucia Bin e Silvana Vasconcelos. A Srta. Meire Santos abriu os trabalhos solicitando a Srta.
Andresa Pereira que secretariasse a reunião e, de imediato lesse a ata da reunião anterior, que
foi aprovada sem ressalvas. Pauta: A) Projeto de marketing para 2005. Em seguida a Srta.
Andressa Dellabona leu o projeto de marketing para o ano de 2005, que foi aprovado e assinado
pelos membros presentes. B) Relatório de custos de setembro. Após a Srta. Andresa
Dellabona apresentou relatório de custos referente o mês de setembro de 2004. C) Contratação
de funcionários. A gerente de RH Srta. Silvana Vasconcelos solicitou a contratação de mais
uma secretária, aprovada a contratação por unanimidade. D) Orçamento para festa de
encerramento do ano 2004. A Srta. Mara Lucia Bin apresentou orçamento para realização da
festa de fim de ano que será no dia dezoito de dezembro de dois mil e quatro, no restaurante
Toscana em Santa Felicidade. O orçamento foi aprovado e assinado pelos membros presentes.
Sendo assim, e nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião, e eu, Andresa Pereira,
secretária ad hoc, lavrei a presente ata, que, após lida e aprovada, será assinada por todos os
presentes. Curitiba, dezenove de outubro de dois mil e dez. (Seguem-se as assinaturas).

Meire Santos – Presidente

Andressa Pereira – Secretária

Exemplo de ata informal 

Ata da Reunião da Diretoria da Reality

Ata número: 101 do dia 23-11-2010 às 10h30.

Local: Av. Batel, 50 – Batel – Curitiba – PR

Presidente: Maria Barth               Secretária: Andressa Dos Santos


Presentes: Mara Lúcia Bin, Joana da Silva, Carmem de Souza

Pauta e deliberações:

1.  Apresentação do projeto para jornal informativo. O modelo apresentado ficou sob a


responsabilidade da Sra. Mara Lúcia Bin, que fará as devidas alterações.
2.  Compra de dois computadores. A Sra. Carmem solicitou a compra de dois
computadores, um para o setor de marketing e outro para a recepção. Aprovada a
compra dos dois equipamentos. A compra será feita pelosetor do CPD através de três
orçamentos.

Encerramento: 11h30 do dia 23-11-2010.

Assinaturas:

Contrato
Documento por meio do qual se estabelecem acordos entre pessoas ou entidades. A partir de um
contrato existe algum direito ou obrigação entre as partes interessadas.

Quando se faz um contrato?


Quando da compra e venda de bilhetes de loteria ou passagem, em caso de matrícula em uma
instituição de ensino, casamentos, prestação de serviços, compra e venda em gera, locações etc.

O que deve constar em um contrato?


O que gerou a negociação? Detalhes

Quais os direitos e deveres dos contratantes?


Quais as penalidades, se o contrato for quebrado?
Quais os prazos de pagamento, entrega, juros?
Onde residem os contratantes?
Qual o foro para esclarecimento de dúvidas?
Quando e onde foi firmado o contrato?
Quem assina?
Precisa de registro em cartório?

Quanto à forma, um contrato pode ser:

 Solene: de acordo com a forma prescrita na lei. Exemplo: testamento, casamento.


 Não solene: quando não segue uma forma de existir prescrita na lei. Exemplo: contrato
de compra e venda.

Quanto ao modo de existir, um contrato pode ser:

 Principal: não depende de outro para existir. Exemplo: contrato de locação.


 Acessório: depende de outro para existir. Exemplo: contrato de fiança.
Quanto à natureza, um contrato pode ser:

 Gratuito ou unilateral: quando a despesa acontece somente para um dos contratantes.


Exemplo: doação, empréstimo.
 Oneroso ou bilateral: quando gera gastos para ambas as partes. Exemplo: compra de
um imóvel.

Exemplo de Contrato

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PROFISSIONAIS

Pelo presente instrumento particular, ________________ CGC ______________ estabelecida


_____________________________, e aqui denominada CONTRATADA e
_______________________, CPF/CGC: ______________________, RG/IE:
________________, estabelecido a ______________________________, aqui denominado
CONTRATANTE, têm entre si justo e contratado o seguinte:

I – DO OBJETO DO CONTRATO

O presente contrato tem como objeto a formulação do conjunto de páginas eletrônicas e


gráficas, aqui denominado simplesmente por ”SITE” ou “HOME PAGE”, para uso exclusivo na
Internet, com referência institucionais da CONTRATANTE, demonstrando os seus produtos,
serviços e tecnologia. Também incluso a prestação de serviço referente à manutenção deste
“SITE”.

II - DAS OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA

A CONTRATRADA se obriga a desenvolver o objeto deste contrato da maneira mais adequada


e dinâmica, dando ênfase a marca e a qualidade dos produtos e serviços da CONTRATANTE.
Faz parte ainda os seguintes serviços a serem executados pela CONTRATADA:

 Elaboração do projeto gráfico e fluxo das informações;


 Programação das páginas em HTML;
 Programação das páginas em ASP;
 Programação dos bancos de dados necessários;
 Manutenção do “SITE” assim que as partes acharem necessário.

III - DAS OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE

Ficará sobre responsabilidade da CONTRATANTE, a entrega de todo o material necessário


para execução dos trabalhos ora tais como:

 Fotos e imagens a serem adicionadas nas páginas;


 Textos descritivos;
 Logotipo.

O CONTRATANTE deverá efetuar corretamente os pagamentos à CONTRATADA, segundo


item V.

IV - DA MANUTENÇÃO DOS SERVIÇOS


A CONTRATADA através da manutenção dos serviços, sendo Preventivo e/ou Corretivo,
manterá o “SITE” em condições de navegabilidade, efetuando os necessários ajustes,
configurações e reparos visuais.

1º. Somente os técnicos da CONTRATADA poderão executar serviços técnicos preventivos e


ou corretivos, a que se refere esta cláusula.

2º. A manutenção dos serviços aqui contratados não incluem:

 Os serviços adicionais aos mencionados neste contrato;


 Elaboração e construção de bancos de dados extras;
 Produção de fotos;
 Produção de vídeos;
 Configuração de estação de usuário da Internet;
 Problemas apresentados nos equipamentos de comunicação, tais como modems e cabos
de redes;
 Problemas apresentados em consequência da presença de vírus no equipamento;
 Problemas apresentados em consequência de software defeituosos, mal instalados ou
mal configurados;
 Criação de novas páginas ou alterações de layout diferenciado para o “SITE” do
CONTRATANTE;

Problemas que não estão ligados diretamente à ___________________(nome da empresa


contratada).

3º. A CONTRATADA se reserva no direto de inserir uma pequena imagem de


aproximadamente 70x40 pixels na página principal da CONTRATANTE com a seguinte
descrição:

“____________________”.

4º. A CONTRATADA se compromete a cadastrar o “SITE” do CONTRATANTE nos


principais “SITES” de busca nacionais e internacionais.

V - PREÇO E FORMA DE PAGAMENTO

Para os serviços de construção, manutenção e inclusão do “SITE”, objeto deste contrato, ora
estipulado terá um custo no valor de:

- Construção: R$ ____________

Uma vez que a CONTRATADA cumpra todos os requisitos, o CONTRATANTE efetuará o


pagamento do serviço prestado de construção do “SITE” da seguinte forma:

(forma de pagamento)

- Manutenção: R$ ____________________, a serem pagos da seguinte forma:

- (forma de pagamento)

VI - DA RESCISÃO DO CONTRATUAL

O presente contrato poderá ser rescindido pelo CONTRATANTE, sem ônus algum, quando:
 A CONTRATADA não executar os serviços solicitados pelo CONTRATANTE, e que
estejam de acordo com as ANOTAÇÕES cláusulas deste contrato.
 Quando a CONTRATADA descumprir alguma das cláusulas deste contrato.

O presente contrato poderá ser rescindido pela CONTRATADA, quando:

O CONTRATANTE na hipótese de inadimplência das obrigações ora assumidas, devendo a


parte inocente notificar a parte culpada a sanar sua falha no prazo de 30 dias, após isso, não
sanada a dívida, a CONTRATADA não efetuará qualquer tipo de trabalho para o
CONTRATANTE.

VII - PRAZO DE VIGÊNCIA DO PRESENTE CONTRATO

Com exceção dos serviços de implantação do sistema o presente contrato vigorará por prazo
determinado de 1 (um) ano, podendo ser renovado posteriormente. E, por assim estarem justos e
contratados, firmam o presente contrato em duas vias de igual teor e forma,

São Paulo, ____ de ________ de _____.

Assinam CONTRATADA e CONTRATANTE.

Edital
Esta comunicação tem a finalidade de convocar, avisar ou informar. Deve ser afixado em local
visível e publicado em jornais de grande circulação, pois se trata de um documento cujo teor
não se pode desconhecer.

Pode ser dividido em:

 Edital de concorrência;
 Edital de concurso;
 Edital de convocação;
 Edital de leilão.

Como é um Edital de Convocação?


Exemplo de Convocação

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA PARA ELEIÇÃO


DA DIRETORIA DA APAE DE ----------------------

A APAE de ____________________, com sede nesta cidade, na rua ______________, no


______, bairro ____________, através de sua Diretoria Executiva, devidamente representada
por seu Presidente Sr. (a) ________________________, CONVOCA através do presente edital,
todos os associados contribuintes e pais de alunos da APAE, para Assembleia Geral Ordinária,
que será realizada na sede da APAE, às __________ horas, do dia __de __________de 2007,
com a seguinte ordem do dia:

1- Apreciação e aprovação do relatório de atividades da gestão 2005/2007.

2- Apreciação e aprovação das contas dos exercícios 2005/2007, mediante parecer do Conselho
Fiscal.

3- Eleição da Diretoria Executiva, Conselho de Administração e Conselho.


EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA PARA ELEIÇÃO
DA DIRETORIA DA APAE DE ----------------------

A APAE de ____________________, com sede nesta cidade, na rua ______________, no


______, bairro ____________, através de sua Diretoria Executiva, devidamente representada
por seu Presidente Sr. (a) ________________________, CONVOCA através do presente edital,
todos os associados contribuintes e pais de alunos da APAE, para Assembleia Geral Ordinária,
que será realizada na sede da APAE, às __________ horas, do dia __de __________de 2007,
com a seguinte ordem do dia: Fiscal da APAE de ___________, em cumprimento ao disposto
no artigo 18, “c” e 19 do Estatuto da APAE de ____________.

4- A inscrição das chapas candidatas deverá ocorrer na Secretaria da APAE até 20 dias antes da
eleição, que se realizará dentre as chapas devidamente inscritas e homologadas pela comissão
eleitoral. (art. 48, § 1º , do Estatuto) .

5- Somente poderão integrar as chapas os concorrentes associados da APAE há pelo menos 1


(um) ano, preferencialmente com experiência diretiva no Movimento Apaeano, quites com suas
obrigações junto à tesouraria da APAE. (art. 48, § 2º , do Estatuto) .

6- É vedada a participação de funcionários da APAE na Diretoria Executiva, Conselho de


Administração e Conselho Fiscal, ainda que cedidos ou com vínculo empregatício direto ou
indireto. (art. 48, § 6º , do Estatuto)

 7- A Assembleia Geral instalar-se-á em primeira convocação às ________horas, com a


presença da maioria dos associados e, em segunda convocação, com qualquer número, meia
hora depois, não exigindo a lei quorum especial (art.17, §2º , do Estatuto).

__________________, _____________, de 2007.

_________________________

(Presidente da APAE) 

Fonte: site Apae Brasil

 Atente para a linguagem coloquial utilizada no texto, característica marcante da internet.

Análise do edital do concurso do STJ (Superior Tribunal de Justiça)

Com a palavra Tiago Gomes

O edital começa com balde de água fria em todos os concurseiros, assim diz: “O STJ... torna
pública a realização de concurso público para formação de cadastro reserva...”. É o fim para
muitos. Acreditem, muitos bons candidatos deixam de fazer um concurso desses por conta de
uma frase como essa. O que muitos não sabem é que corre um projeto de lei no Congresso
Nacional para a criação de 121 vagas no STJ, além disso, no último concurso o número de
convocados foi muito grande. O STJ, historicamente, chama muita gente (509 para TJAA, 409
para AJAJ...) em seus concursos. Portanto, concurseiro tem que ter o pé no chão, ser realista,
mas não pode ser bobo em cair na “pegadinha” do cadastro reserva.

Mais embaixo, no item 1.3 mais uma bomba: “O concurso será realizada no Distrito Federal.”.
Infelizmente ainda não temos uma lei que obriga que concursos para órgãos federais tenham
prova, pelo menos, nas capitais dos Estados. Então, o candidato que veio fazer o concurso do
STF e não foi tão bem pensa assim: “Brasília novamente? Para ter um resultado desprezível?
Pra gastar o dinheiro que não tenho?”. Pronto, aqui vai mais meio mundo de gente bem
preparada. Acontece que o pensamento negativo existe e está por aí pra pôr medo em quem o
deixa chegar e se apoderar da mente. Você que se encontra nesta situação, vai uma dica: Faça o
concurso do STJ! Cada prova é uma prova, cada dia é um dia. Faça um esforço e não perca essa
oportunidade.

 O Item 2 do Edital fala sobre os cargos, seus requisitos, descrição das atividades, remuneração
e jornada de trabalho. Este é um ponto importante do Edital, é aqui que o concurseiro tem a
oportunidade de saber quais são as atividades que desempenhará se aprovado, a duração do
trabalho e o salário que irá receber. Este ponto será mais bem analisado junto com o respectivo
conteúdo programático.

ATENÇÃO!!! Para o cargo de Analista Judiciário – Apoio Especializado – Informática poderá


prestar também o candidato que tenha diploma de curso superior em QUALQUER área, desde
que acrescido de certificado em nível de pós- graduação na área de informática de, no mínimo,
360 horas. Ou seja, aqueles que não são formados na área mas têm uma pós-graduação em
informática, poderão prestar o concurso para este cargo.

 O item 3 fala sobre as vagas destinadas aos candidatos portadores de deficiência. Apesar da Lei
n. 8.112/90 afirmar que até 20% das vagas poderão ser destinadas aos candidatos portadores de
deficiência, o Edital em seu item 3.1 afirma que apenas 5% das vagas serão providas por estes
candidatos. Podendo, em caso de fracionamento, ser elevado ao primeiro número inteiro
subsequente, desde que não ultrapasse 20% das vagas.

 O Edital traz uma série de informações para estes candidatos que necessitam de um cuidado
especial antes, durante e depois da prova. Nada mais certo, uma vez que a oportunidade é para
todos independente de se ter ou não uma deficiência. Tanto é que o edital é claro em seu item
3.1.2: “O candidato que se declarar portador de deficiência, concorrerá em igualdade de
condições com os demais candidatos.”.

ATENÇÃO!!! O portador de deficiência deve atentar ao prazo para a entrega dos laudos médico
que será até o dia 27/08/2008, das 8h às 19 horas, exceto sábado, domingo e feriado. Também
poderá mandá-lo via SEDEX ou carta registrada, não esquecendo que deverá postar até a data
limite. O item 4 traz uma curiosidade. Vocês sabiam que é um requisito básico para a
investidura no cargo ter sido aprovado no concurso? Nada mais óbvio não é verdade. Ironias à
parte, este item nos revela os requisito para a investidura. Além dos já mencionados na lei
8.122/90, constam os requisitos:1) Apresentar os documentos necessários na ocasião da posse; e
2) Cumprir as determinações deste edital. Também bastante óbvios.
Fonte: Site Concurseiro Solitário

Convênio
Um convênio é firmado para atender a interesses recíprocos. É um ajuste ou acordo entre duas
ou mais pessoas, ou ainda, entre empresas para a prática de determinadas ações. São firmados
pelas empresas convênios de assistên cia médico-odontológica, por exemplo.

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