Portugues Instrumental
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Português Instrumental
Linguagem e Comunicação
Apresentamos a seguir alguns conceitos que julgamos fundamental que você os assimile
e entenda.
Comunicação
Língua
A língua é o laço que une e integra os indivíduos num mesmo universo, e é ela que dá
acesso à vida cultural na sociedade. É um sistema de signos, um conjunto organizado de
elementos representativos convencionados por indivíduos e utilizados por membros de
um mesmo grupo social.
Nessa perspectiva, a partir dessa relação interdiscursiva o sujeito social (homem) tem a
necessidade de nomear o mundo que o rodeia, ou seja, uma luta simbólica ritualizada
como prática social – de que esse homem transforma e é transformado constantemente.
Níveis de linguagem
O Emissor e o receptor
O emissor envia uma mensagem, que tanto pode ser visual quanto escrita, a um
receptor. O receptor recebe a mensagem e, geralmente, dá uma resposta ao emissor.
Essa resposta, no caso de uma conversa entre duas pessoas, se manifesta quando o
receptor diz palavras tais como: "sim... estou entendendo", etc., muito comum em
conversas telefônicas.
Funções da linguagem
Quem deseja escrever bem, deve respeitar as normas da variante padrão, empregar sua
criatividade e ter ciência de que um texto é muito mais do que a soma ou justaposição
de orações. É antes uma unidade de sentido, coesa e bem articulada acima de tudo.
Interpretação e intelecção
Interpretação
Interpretar não é afirmar, pressupor, deduzir o que o autor/emissor quis dizer, mas
estabelecer relações, levantar hipóteses e comprová-las no texto. Cabe ao receptor
levantar os implícitos e pressupostos da mensagem, sempre ancorado no texto.
Intelecção
A intelecção é entender e compreender as reais intenções do emissor em relação à
mensagem. É retirar do texto o que está explícito e claro. A exemplo, se o emissor
expõe em um texto que é favorável ao aborto, na intelecção desse texto o receptor deve
descrever o que está explícito, ou seja, mesmo o receptor não concordando com as
ideias do autor/emissor, não se pode deduzir, ou achar que essa não era a ideia principal
do texto, simplesmente porque o receptor não é favorável a tais ideias. Assim, a
intelecção não admite o uso de termos como “o autor quis dizer”, mas sim de termos
que demonstrem, afirmem o que realmente está explícito na mensagem/texto/ discurso.
LINGUAGEM DE TEXTO
Frase, oração e período
Coesão e coerência
Coesão: ou unidade, consiste no resultado do emprego correto dos termos conectivos da
linguagem, o que permite expressar uma ideia de cada vez, omitindo o desnecessário e
prendendo-se às relações existentes entre a ideia principal e as secundárias. Tal resultado em
muito se deve ao correto emprego do tópico frasal.
Produzir um texto coeso significa organizar as ideias, de forma que haja concordância, relação
entre os diversos elementos que constituem um texto.
Exemplo:
Exemplo:
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José? [...]
(Carlos Drummond de Andrade)
Observe como ao longo das estrofes há uma sucessão lógica de fatos que nos dão a exata ideia
do processo de desagregação social do qual José é vítima. A esse enquadramento dá-se o nome
de coerência textual. Assim, a consistência das ideias apresentadas é fator fundamental para
garantir um texto coerente. Logo, produzir um texto coeso e coerente é dar sentido a ele, é fazê-
lo significar a mensagem que se deseja transmitir.
Dessa forma, ao produzir textos coesos, devemos observar se há sentido entre as ideias do texto
e se essas mesmas ideias não se contradizem. Devemos atentar para não repetirmos questões já
abordadas anteriormente, ou seja, devemos evitar repetição de ideias e termos.
Estrutura do texto
O leitor de uma redação deve poder detectar, claramente, três partes: a introdução, o
desenvolvimento e a conclusão.
A figura acima apresenta as três partes de uma redação, que são elementos primordiais para o
trabalho inicial de quem escreve. É partindo do conhecimento das partes que compõem o texto
de uma redação que se pode planejar aquilo que se vai escrever. O processo de planejamento
começa com a escolha do tema sobre o qual se vai escrever.
Outro fator de sucesso para uma boa redação é que se faça uma pesquisa sobre o assunto, lendo
o maior número possível de textos sobre o tema que será abordado no processo de uma nova
escrita. Garcia (1985) diz que aprender a escrever bem é, antes de tudo, aprender a pensar. No
fundo, quer dizer que o escritor deve aprender a organizar as ideias e a planejar o que vai
escrever, para que no momento da escrita as palavras obedeçam a uma lógica e possam conduzir
o leitor até o final do texto, com pleno entendimento de tudo o que foi dito.
É importante lembrar que os textos literários possuem a especial licença para provocar suspense
e, às vezes, demandar outras leituras para uma compreensão mais ampla. Assim, existe um jogo
de palavras, muitas vezes travestidas de seu sentido denotativo, ganhando, pois, um sentido
novo e especial dentro do texto, ou seja, um sentido conotativo, uma nova roupagem um papel
diferente do que comumente possuem. Podemos dizer que, na linguagem literária, as palavras
usam máscaras temporárias e específicas para um determinado contexto literário; portanto seu
sentido está intimamente ligado a esse contexto.
Forma e contéudo
A separação entre forma e conteúdo nos livros didáticos tem o único fim de facilitar o
aprendizado. No entanto, forma e conteúdo vivem intimamente ligados.
Podemos dizer que a forma é o modo que você usa para pôr suas sensações, seus pensamentos e
suas opiniões num papel, compondo o que chamamos de texto. A forma é algo pessoal, é o
"jeito" que cada um tem de escrever. Poderia ser chamada de estilo, pois a forma se caracteriza
pelas palavras escolhidas (vocabulário), as conjunções e preposições (conectivos), os tempos
verbais e os sinais de pontuação.
Esses símbolos formam o código (a Língua Portuguesa) e são tomados por empréstimo para as
pessoas se expressarem. Se todas as pessoas fizessem o mesmo "empréstimo" dos símbolos do
código, na mesma sequência, com o mesmo sentido, etc., os textos escritos em qualquer lugar
seriam todos iguais. Portanto, a forma é o modo particular que cada autor escolhe para expressar
suas ideias.
O conteúdo é o assunto sobre o qual se vai escrever. Suponhamos que você seja solicitado a
redigir um texto sobre o calor. Você teria que saber o que é, onde, como e por que ocorre o
fenômeno, enumerando, ainda, as causas, consequências e exemplos, bem como os fatos
complementares.
Percebemos, então, que os conteúdos (assuntos) podem ser os mesmos para várias redações. No
entanto, mudará a forma como cada pessoa irá tratá-lo em seu texto. Neste caso você teria dois
tipos de escolha de palavras para dois gêneros de textos diferentes. Um texto ficcional, literário,
no qual as palavras teriam um sentido mais conotativo e dois textos técnicos: um descritivo e
outro dissertativo, ambos de natureza informativa nos quais as palavras estariam em seu sentido
denotativo e referencial.
Gênero textual
O gênero textual é a realização concreta dos tipos textuais, uma vez que a comunicação por
meio dos diversos gêneros é que ordena as atividades comunicativas, ou seja, narramos,
descrevemos, dissertamos a todo instante, porém de diferentes formas, à medida que nosso
contexto discursivo nos solicita.
Pontuação
Vírgula ( , )
Ponto e vírgula ( ; )
Usado para marcar uma pausa mais longa, ou seja, é um sinal de pontuação que está
entre a vírgula e o ponto final.
Utiliza-se para marcar itens de uma enumeração. Ex. O portfólio conta com os seguintes
documentos;
Separar orações coordenadas que já possuem vírgulas. Ex. Após a realização da prova,
35 alunos foram aprovados; 5 alunos, não.
Ponto ( . )
Usa-se o ponto para encerrar uma frase, período, oração declarativa. Ex. Vitor é uma
criança muito feliz.
Ponto de interrogação ( ? )
Empregado após uma pergunta direta. Ex. Você está compreendendo as aulas de português?
Ponto de exclamação ( ! )
Para indicar surpresa, espanto, estados emotivos, chamamento. Ex. Vamos continuar nossa
jornada!
Dois pontos ( : )
Usados para iniciar citações. Ex. Já dizia o ditado: filho de peixe, peixinho é.
Marcar falas em um diálogo. Ex. A mãe encheu os olhos de lágrimas e disse: - Minha
filha, eu te amo!
Iniciar uma enumeração. Ex. O portfólio conta com os seguintes documentos:
memorandos
Aspas ( “ ” )
Concordância
Sintaxe é o estudo das regras que regem a construção de frases nas línguas naturais. A sintaxe é
a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e das frases no discurso orais
e escritos, incluindo a sua relação lógica entre as múltiplas combinações possíveis para
transmitir um significado completo e compreensível. Logo, a concordância é o mecanismo
através do qual as palavras alteram suas terminações para se adequarem harmonicamente umas
as outras na frase. Assim, sintaxe de concordância é a harmonia de flexão das palavras de uma
frase, e esta se divide em dois tipos principais: a concordância nominal e a concordância verbal.
Em entrevista de emprego:
LEMBRETE
Caso Norma Exemplos
Muito obrigado, disse Cristian.
Muito obrigada, disse Ingrid.
Obrigado
Muito obrigada! (Emissor do gênero
feminino.)
Ele próprio/mesmo fez o trabalho.
Próprio/ Concordam com a palavra a Ela própria/mesma fez o trabalho.
mesmo que se referem. Eu mesma fiz o trabalho. (Emissor do
Ou com o gênero e número gênero feminino.)
do emissor. O documento segue anexo.
Anexo
A carta segue anexa.
Estou quite com meus credores.
Quite
Estamos quites com nossos credores.
Maria comeu meia jaca e ficou meio
Meio
enjoada.
LEMBRETE
Casos Normas Exemplos
Aprendemos bastantes (adj.) novidades
Se adjetivo, é variável.
Bastante hoje. Nossas aulas são bastante (adv.)
Se advérbio é invariável.
interessantes.
Com a expressão o Vencia obstáculos o
mais...possível, deve-se fazer mais difíceis possível.
Possível
a variação de acordo com o Vencia obstáculos os
artigo que a precede. mais difíceis possíveis.
Advérbio, portanto,
Menos Há menos alunas do que prevíamos.
invariável.
É proibido entrada de animais.
Dedicação é necessário ao candidato.
Essas expressões ficam
É proibido / É Água é bom para a saúde.
invariáveis quando o sujeito
necessário / É Mas:
não vem acompanhado de
bom É proibida a entrada de animais.
artigo ou pronome.
A dedicação é necessária ao candidato.
Esta água é boa para a saúde.
REGRAS ESPECIAIS
Casos Normas Exemplos
Um grupo de garotos começou o
O sujeito coletivo no
O verbo pode ficar no tumulto.
singular + substantivo
singular ou no plural. Um grupo de
plural.
garotos começaram o tumulto.
O sujeito é pronome de O verbo é empregado na 3ª Vossa Excelência conhece bem
tratamento. pessoa. este caso.
Vossas Excelências ouvirão toda
REGRAS ESPECIAIS
a verdade.
A maioria dos brasileiros vive na
A maioria de, a metade O verbo pode ficar no pobreza.
de, parte de + singular ou concordar com o A maioria
substantivo plural. substantivo plural. dos brasileiros vivem na pobreza.
(Forma desprestigiada.)
40% da população apoiam a
O verbo pode concordar com política econômica.
o numeral ou com o 40% da população apoia a
*Porcentagens
substantivo a que a política econômica.
porcentagem se refere. 90% dos
alunos foram aprovados.
*Sujeito composto O cão e o gato dormiam lado a
O verbo fica no plural.
anteposto ao verbo lado.
O verbo fica no plural ou
Sujeito composto Viajaram a mãe e a filha.
concorda com o núcleo mais
posposto ao verbo Viajou a mãe e a filha.
próximo.
O verbo vai para o plural,
*Pessoas gramaticais observando-se que a 1ª Tu, eu e meus
diferentes pessoa prevalece sobre a 2ª e filhos partiremos hoje.
3ª.
Sujeito composto
O frio, a fome, o
resumido por palavra
O verbo fica no singular cansaço, nada o impediu de
ou expressões no
terminar a jornada.
singular
Concordância do verbo
ser:
O ato de escrever
Considerando que o redator só alcança o objetivo de produzir resposta, tornar comum suas
ideias e persuadir se estiver usando um código conhecido do leitor, que é seu receptor, e que em
certas circunstâncias a redação é feita para satisfazer necessidades curriculares, a pessoa que
escreve uma redação escolar ou de vestibular, por exemplo, não pode esquecer que os
examinadores estarão sempre levando em conta os conhecimentos básicos de Língua
Portuguesa, bem como a clareza de raciocínio, demonstrada no modo como a redação é
estruturada.
De forma simplificada, isso significa que toda boa redação deve ter começo, meio e fim. Cada
uma dessas partes deve ter ligação com a parte anterior, para dar unidade (coesão) ao texto. Não
se deve esquecer que o emissor codifica a mensagem que será enviada ao receptor e que este, ao
recebê-la, inicia o processo de decodificação, interpretando-a. Por isso, é fundamental que os
códigos utilizados pelo emissor sejam conhecidos do receptor. No caso de uma redação, o
código (a Língua Portuguesa) deve ser entendido por todos os que escrevem e leem. Daí, ser
uma necessidade básica de quem escreve ter conhecimentos da Língua Portuguesa.
Tipologia textual
A tipologia textual indica a forma como o sujeito da escrita apreende o objeto do qual está
tratando, essa forma pode ser influenciada pelo próprio objeto. Uma corrida ou partida de
futebol encaminham uma narração, um acidente requer uma descrição, a defesa de uma postura
origina uma dissertação. A divisão tipológica de construção textual em Narração, Descrição e
Dissertação nos possibilita, como emissor da mensagem/texto, estabelecer a finalidade, o
objetivo da mensagem.
Você se lembra de que em nossa trajetória escolar produzíamos textos narrativos, descritivos e
dissertativos? O tema de redação “Minhas férias”, que acompanhou muitos de nós nas primeiras
séries escolares, contemplou a narração, a descrição e a dissertação. Hoje necessitamos trabalhar
com textos diferentes de uma redação escolar.
Além disso, há três tipos de redação: a dissertação, a narração e a descrição. Essa divisão é
meramente didática, pois, em um texto, um único autor pode usar os três tipos de redação, se
julgar que os três gêneros facultam-lhe uma forma mais clara e eficiente para o que ele quer
comunicar. Dificilmente serão encontrados textos puramente dissertativos, narrativos ou
descritivos.
Narração é uma redação por meio da qual se escreve uma história, uma piada, um conto, uma
novela ou qualquer outro tipo de texto que tenha dois elementos essenciais: ação e personagem.
Quando se trata de uma narração literária, tentar narrar algo de maneira diferente do que as
pessoas costumam imaginar é o primeiro passo para quem pensa em "escrever bem".
Quem escreve não deve esquecer que "escrever bem" é fazer boas escolhas, ter boas ideias, é
dedicar atenção no trato dos padrões linguísticos já apontados aqui, é ser criativo procurando
sempre ser entendido pelas pessoas que estão lendo o texto escrito. Lembramos, ainda, que você
deve considerar os componentes básicos da narração, já comentados neste caderno, pois eles o
auxiliarão a obter sucesso na escrita de sua narrativa.
Como podemos ver, a narração carrega, em si, uma ideia de ação, de movimento. É como se
quem narra estivesse acompanhando os fatos no exato momento em que se desenrolam. O
narrador seria, pois, uma espécie de testemunha ocular do que está acontecendo, enquanto narra.
Ao contarmos um fato na forma oral ou escrita, estamos simplesmente narrando, assumindo a
função de narrador. Narrar é encadear fatos em uma sequência lógica, as personagens da
narração transitam em um determinado espaço e tempo cronológico. Ao construirmos uma
narrativa, devemos considerar que há diferenciações entre a narrativa oral e a escrita. Em uma
narrativa escrita, temos que levar em consideração que há um código linguístico a ser seguido,
ou seja, nossa língua possui formas e regras estabelecidas.
Exemplo:
O Coveiro
Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão - coveiro - era cavar. Mas, de repente, na
distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais. Tentou sair da cova e não
conseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que sozinho não conseguiria sair. Gritou. Ninguém
atendeu. Gritou mais forte. Ninguém veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, desistiu
com a noite. Sentou-se no fundo da cova, desesperado. A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio
das horas tardias. Bateu o frio da madrugada e, na noite escura, não se ouviu um som humano,
embora o cemitério estivesse cheio de pipilos e coaxares naturais dos matos. Só pouco depois da
meia-noite é que vieram uns passos. Deitado no fundo da cova o coveiro gritou. Os passos se
aproximaram. Uma cabeça ébria apareceu lá em cima, perguntou o que havia: O que é que há?
O coveiro então gritou, desesperado: Tire-me daqui, por favor. Estou com um frio terrível! Mas,
coitado! - condoeu-se o bêbado - Tem toda razão de estar com frio. Alguém tirou a terra de cima
de você, meu pobre mortinho! E, pegando a pá, encheu-a e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente.
(Millôr Fernandes)
Texto dissertativo
Todos nós, em algum momento, já fomos solicitados a dissertar, e em muitos desses momentos
não tínhamos clareza do que isso significava. Ao colocar no papel nossas ideias e pensamentos,
estamos dissertando, ou seja, expondo aquilo que pensamos.
Em suma, dissertar ou escrever uma dissertação implica apresentar uma discussão de ideias,
oferecer argumentação e organização do pensamento, expor a defesa de pontos de vista,
oferecer a descoberta de soluções. É, portanto, necessário que se tenha conhecimento sobre o
assunto que se vai abordar, aliado a uma tomada de posição diante dele.
Nas dissertações aceita-se o uso do plural majestático, ou seja, o uso da primeira pessoa do
plural, e, modernamente, passou-se a aceitar o uso da primeira pessoa do singular. Mas, se você
optar pela primeira pessoa do singular, evite "aparecer" no texto, usando inteligentemente essa
escolha como um instrumento argumentativo, fazendo parecer ao leitor que as ideias expostas
por você são de aceitação universal.
A dissertação expõe ideias, defende opiniões, apresenta reflexões sobre essas pessoas, objetos,
situações, sobre fatos concretos etc. Logo, há também uma estrutura que organiza a produção de
textos dissertativos: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.
Exemplo:
Sem limites
Não há limites para o imaginário humano. Mesmo em condições adversas, o homem é capaz de
criar representações da realidade, seja com a intenção de mudar uma situação vigente, seja para
sair da rotina monótona do cotidiano ou fugir de uma realidade hostil à vida. Essas imagens
exercem um importante papel na alma humana e vão muito além da conotação recreativa, elas
formam a esperança e, em alguns casos, podem determinar a sobrevivência do indivíduo.
No filme “A vida é bela”, cujo contexto é o da Segunda Guerra Mundial, um homem,
prisioneiro em um campo de concentração, tece uma gama de imagens positivas e divertidas
para que seu filho, uma criança, pense estar em meio a uma brincadeira. Nesse caso, a fuga da
realidade por meio da inventividade humana, significou o alheamento do indivíduo, mas isso lhe
garantiu a sobrevivência, pois o garoto resiste até o fim para que possa receber sua recompensa.
No filme “O náufrago”, o personagem interpretado por Tom Hanks imagina uma bola falante
dotada de pensamento, a qual foi dada o nome de Wilson. Essa criação do náufrago evitou que a
solidão o levasse à loucura e ao suicídio até ser resgatado. Ambos os exemplos dados são
substituições da realidade por imagens, visando o “eu”, assim como ocorre na sociedade atual,
em que o individuo cresce, a competição acirra-se e cria-se uma realidade hostil; a fuga torna-se
uma questão de sobrevivência.
Luther King, ao proferir a frase “I have a dream”, referia-se à imagem criada por ele de um
mundo melhor, em que o convívio entre brancos e negos fosse pacífico. A realidade, entretanto,
era marcada por um verdadeiro apartheid, ataques de organizações como a ku klux klan, numa
espécie de caça às bruxas. Após King, muito da intolerância diminuiu.
A imagem criada por um homem salvou o coletivo. Dessa forma, nem somente para fugir da
realidade servem as imagens. Elas exercem papel fundamental na transformação do mundo, o
qual de hostil pode tornar-se melhor, como o conseguido por King.
Fonte: letrasmundosaber.logspot.com/2008/12/texto-dissertativo-argumentativo.html
Elaborar textos dissertativos é uma atividade em que você deve considerar os objetivos do seu
texto e a quem se destina, pois devemos escrever para responder indagações, questionamentos e
posicionamentos que objetivamos inicialmente alcançar.
Texto descritivo
Enquanto, por meio da dissertação, quem escreve defende uma ideia e se posiciona a respeito do
assunto sobre o qual escolheu dissertar, em uma descrição, a ênfase objetivará com maior
detalhe descrever objetos, ambientes, estado de espírito, etc.
O importante da descrição é que quem escreve consiga fazer com que o leitor entenda
claramente aquilo que é descrito. Lembramos que outro fator importante na descrição é que o
redator tenta apenas descrever algo, sem tomar partido, sem se envolver, apenas descrevendo de
modo distanciado o que está observando. Descrever é representar verbalmente algo ou alguém,
a partir de um ponto de vista.
Enfatizamos, ainda, que a descrição "pura" não existe e que descrever é colocar no papel as
características de objetos, de imagens, de locais, de pessoas, da forma mais próxima possível do
real para, assim, o leitor ser capaz de reconstruir o que foi descrito. É como se o tempo não
existisse e o leitor mergulhasse no assunto com a sensação de que a descrição é atual, não
importando o tempo a que ela remete ou em que foi escrita.
Exemplo:
Medeiros (2000, p 135) informa que as etapas para construção de um processo descritivo são:
O texto descritivo tem como característica principal a exatidão da comunicação, pois seu
objetivo é esclarecer, informar, comunicar.
Redação científica
Ao longo do tempo, percebemos que a falta de conhecimento linguístico e de normas que
possam facilitar a vida dos alunos, professores e pesquisadores na elaboração dos seus trabalhos
é uma constante quando se trabalha a língua como pressuposto científico.
Sendo assim, o principal objetivo da redação científica é fazer com que os trabalhos comumente
realizados em cursos que você realiza sejam feitos por meio da pesquisa e dos seus
embasamentos técnico-científicos, bem como sociais. Para Medeiros (1997, p. 12), apud
Câmara Jr. (1978, p. 58): “A leitura exige objetivo preestabelecido, análise, síntese, reflexão,
aplicação do que se leu”.
Ou seja, “Ninguém é capaz de escrever bem, se não sabe bem o que quer escrever”. No curso
que está realizando e diante dos textos das aulas, acreditamos que você já percebeu que “A
leitura exige objetivo preestabelecido, análise, síntese, reflexão, aplicação do que se leu”
(MEDEIROS, 1997, p. 12) e temos que concordar com Câmara Jr. (1978) quando ele afirma
que não é possível escrever bem quando não se sabe exatamente o que se pretende escrever.
Fichamento
O fichamento é um processo utilizado para elaborar fichas de leitura na qual devem constar as
informações mais relevantes de um texto lido. São anotações que servirão posteriormente para
consulta, na elaboração do seu trabalho. Lembramos que fichamento não é um resumo, mas sim
um apontamento das principais ideias contidas num artigo ou obra lida. É válido ressaltar que o
fichamento, segundo Medeiros (1997, p. 93), é precedido por uma leitura que atenta para o
texto. Assim teremos: fichas de comentário, citação direta, resumo e crítica/analítica. A
diferença entre os vários tipos de fichas é só o seu texto. As fichas compreendem o cabeçalho,
referências bibliográficas, corpo da ficha e local onde se encontra a obra. O cabeçalho engloba
título genérico ou específico e letra indicativa da sequência das fichas, se for utilizar mais de
uma.
Resumo
É a captação da ideia maior do texto, o ponto central. A norma NBR 6028:1990 define resumo
como “apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto”. Segundo Medeiros (1997, p.
142), resumo é "uma apresentação sucinta, compacta dos pontos mais importantes de um texto".
Resenha
Para Andrade (1995, p. 60), apud Medeiros (1997, p.132), a resenha é um tipo de trabalho que
“exige conhecimento do assunto, para estabelecer comparação com outras obras da mesma área
e maturidade intelectual para fazer avaliação e emitir juízo de valor”. Logo, observamos a
resenha com algumas condições estruturais: delimitação, análise textual, temática,
interpretativa, problematização e síntese pessoal.
Segundo Santos (2001), as partes essenciais de uma resenha são: identificação da obra
(referência bibliográfica), credenciais do autor, conteúdo (resumo da obra/digesto), a crítica e a
indicação do resenhista. A resenha não é um resumo. Medeiros afirma que enquanto o resumo
não aceita o juízo valorativo, o comentário e a crítica à resenha exige esse elemento.
Para estruturar uma resenha deve-se compor os seguintes itens: referências bibliográficas,
credenciais do autor, resumo da obra (digesto), apreciação (crítica do resenhista) e indicações do
resenhista.
O estudo dessa tipologia é uma necessidade prática, que atende ao desempenho dos trabalhos
técnicos voltados às áreas comerciais, administrativas e financeiras, lembrando que redigir é
aprender manusear a língua (viva) como essência material na linguagem, seja técnica ou
científica.
As mensagens eletrônicas, que também podem ter cunho técnico-administrativo, estão sendo
muito usadas atualmente, e a celeridade de sua circulação requer cuidados quando utilizadas
para fins profissionais. O emissor da mensagem deve atentar para sua clareza, coerência e
coesão, não se esquecendo do uso de uma linguagem padrão, formal, uma vez que nas
mensagens eletrônicas institucionais e profissionais não cabem abreviaturas, gírias, linguagem
coloquial, tal qual usamos em mensagens eletrônicas pessoais.
Convocação
A convocação é uma produção textual utilizada para convocar, chamar, convidar alguém para
uma reunião, encontro. É necessário especificar o local, a hora, a data e o objetivo da
convocação, a exemplo da pauta de uma reunião ou assembleia.
Ata
É um texto elaborado a partir de relatos, fatos, deliberações ocorridos em uma reunião,
encontro, assembleia. Suas principais características são:
Texto constituído sem parágrafos, emendas ou rasuras, uma vez que a ata é um
documento, não se admitindo modificações posteriores. Caso seja necessária alguma
alteração, deve-se usar a expressão “Em tempo:”, com a anuência do presidente;
Números são grafados por extenso;
O texto poderá ser manuscrito em livro próprio para este fim ou digitado, este último
com numeração para cada ata;
A ata deverá ser assinada, obrigatoriamente, pelo presidente da reunião e pelo secretário
desta. Poderá ser assinada pelos demais presentes à reunião, desde que necessário;
Obrigatoriamente, o texto/ata deverá conter dia, mês, ano e hora da reunião, grafados
por extenso; local da reunião; relação nominal dos presentes à reunião; pauta (ordem do
dia) e o fecho da ata
Memorando
Requerimento
É um texto produzido com a finalidade de solicitar, requerer algo dentro de uma mesma
instituição pública ou privada. Esse documento é elaborado quando se tem a presunção de que a
solicitação tem amparo legal. Como exemplo, tomemos a solicitação, via requerimento, da
licença-maternidade.
Declaração
Procuração
Documento utilizado para que uma pessoa represente outra, legalmente. Nesse documento,
delimitamos ou constituímos amplos poderes, ou seja, delegamos poderes ao procurador para
realizar atos quando estiver nos representando. A procuração pode ser simples, redigida de
próprio punho ou digitada, ou ainda feita em cartório, também conhecida como procuração
pública. É importante ressaltar que a procuração, tal qual a ata, deve ser redigida sem
parágrafos, uma vez que não são permitidas emendas ou rasuras. Ela só terá validade se a
assinatura for reconhecida em cartório. Isso vale para os dois tipos de procuração, a simples e a
pública.
Ofício
Documento de uso exclusivo de órgãos públicos, uma vez que os assuntos tratados nesse
documento são sempre oficiais, logo ele pode ser emitido somente por órgãos públicos, porém o
destinatário poderá ser a própria administração pública ou empresa/instituição particular. Por se
tratar de um documento oficial, deve ser redigido em papel timbrado. Instituições ou empresas
particulares utilizam a carta comercial para se comunicarem com outras empresas ou com a
administração pública, uma vez que não podem utilizar o ofício.
Relatório administrativo
Formas de discurso
Discurso direto
É aquele em que o autor reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa.
Podemos enumerar algumas características do discurso direto:
- Não sei por que todos foram embora, mas não vamos sair daqui. Esse é nosso lugar e onde
morreremos, quando chegar nossa hora.
- Sim, meu velho, você tem razão, nada nos fará sair daqui."
Discurso indireto
É aquele em que o narrador reproduz com suas próprias palavras aquilo que escutou de outra
pessoa ou leu sobre ela. No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação que introduzem
o diálogo e usamos conjunções: que, se, como, etc.
Agora perceba como ficaria o mesmo texto, visto no exemplo interior, caso o discurso fosse
indireto:
"O velho falou para a velha que não sabia por que todos tinham ido embora, mas não queria sair
de lá. Disse que aquele era o lugar deles, onde morreriam quando chegasse a hora. A velha
concordou dizendo que nada faria eles saírem de lá.".
Tipologia Textual
Texto expositivo – Informa o receptor de temas de interesse,
tentando responder a um “o quê?”, “como?”, “por quê?”. Também
apresenta uma série de ideias que esclarece ou explica conceitos e
argumentos. Característica fundamental do texto é claramente a
informação.
O emitente deve considerar alguns aspectos essenciais como:
Natureza da informação ou mensagem;
Tipo de receptor;
Objetividade;
Lacuna de conhecimento entre emissor e receptor;
Coerência e coesão.
FORMATAÇÃO DE DOCUMENTOS
Esses tipos de escrita são atividades com formas de atuação e objetivos bastante específicos,
têm estilos e características próprias, o que as distingue sobremaneira de redações literárias. A
linguagem da redação de documentos considera, principalmente, a objetividade, a eficácia e a
exatidão dos informes.
Usa-se para tal a linguagem denotativa (sentido real das palavras), estrutura simples,
paragrafação clara e objetiva. Isso não quer dizer que não devamos preocupar-nos com a
estética tanto da linguagem quanto do documento em geral, pelo contrário, isso é primordial
para uma boa comunicação. Quando alguém recebe uma comunicação por nós enviada, está
também recebendo uma imagem de nós mesmos por aquilo que escrevemos.
Redação empresarial
Como redigir
As palavras integram a maior parte das situações que vivemos e, geralmente, expressam o que
sentimos. Daí a importância de uma escrita clara e objetiva, ainda mais quando o nosso objeto é
a redação empresarial ou oficial. A partir deste encontro, vamos aprender a produzir alguns
gêneros textuais que circulam nas esferas sociais de empresas privadas e públicas, para
ilustração de sua linguagem e características. Perceba em cada um deles sua finalidade, o perfil
de seus interlocutores, sua estrutura e, ainda, o suporte no qual pode ou deve ser veiculado.
Comecemos, então, a nossa produção textual por dois gêneros de uso habitual na comunicação
empresarial e oficial: o bilhete e o correio eletrônico ou e-mail.
Bilhete
É um gênero usado para comunicações breves; atualmente, está sendo substituído pelo e-mail.
De uma forma ou de outra, há que se ter atenção para ser utilizado o padrão culto da língua. Não
se deve esquecer o destinatário e a assinatura no bilhete. É um gênero textual que pode ter
significados diversos, pois pode ser um tipo de documento de valor comprovado, ou um breve
recado escrito para alguém.
Alguns podem ter código de barras ou uma tarja magnética para armazenar dados nele contidos.
Exemplos:
O correio eletrônico ("e-mail"), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na principal
forma de comunicação para transmissão de documentos. Um dos atrativos de comunicação por
correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma rígida para sua
estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma comunicação
empresarial.
O campo assunto do formulário de correio eletrônico (mensagem) deve ser preenchido de modo
a facilitar a organização documental tanto do destinatário quanto do remetente. Para os arquivos
anexados à mensagem deve ser utilizado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre seu conteúdo.
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de confirmação de leitura. Caso não seja
disponível, deve constar na mensagem o pedido para confirmação de recebimento. Nos termos
da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, e,
para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que
ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
Mala Direta
Release
Exemplo de release:
Sala de Imprensa
Release
Refletir sobre dados abertos e democracia na era digital é uma das metas do IV Consegi. O
Evento convoca representantes de governos, movimentos sociais, hackativistas, pesquisadores e
estudantes para o encontro gratuito, em maio.
A programação do Consegi 2011 divide-se em oito eixos temáticos, terá mais de 100 palestras e
70 oficinas. As inscrições pelo sítio www.consegi.gov.br já estão abertas e são gratuitas. Neste
ano, são esperadas mais inscrições do que no ano passado, quando foram 6,5 mil inscritos
incluindo 600 estudantes dos cursos de tecnologia de Institutos e Universidades Federais e
Estaduais. As caravanas poderão acampar no Jardim Botânico de Brasília,que fica ao lado da
Esaf, com infraestrutura disponibilizada pelo Consegi.
Os interessados em organizar caravanas devem fazer a reserva, até 4 de abril, pelo e-mail:
caravanasconsegi@serpro.gov.br.
Eixos temáticos
Consegi 2011
Convite
Essas são algumas das questões que formulamos quando pensamos em fazer um convite ou
convocação. O convite é menos formal, enquanto a convocação pede formalidade. No segundo
caso, quem recebe a mensagem não se deve desobrigar do comparecimento ao evento (reunião).
O convite é de livre aceitação.
Exemplo de convite
Exemplo de convocação
Ficam convocados os empregados desta Empresa para eleição dos membros da “Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA”, de acordo com a Norma Regulamentadora – NR
05 atual, baixada pelo Ministério do Trabalho, a ser realizada, em escrutínio secreto, no dia
_______ às _______ horas, no _____________________(local).
Data ______________
ou
(Comissão Eleitoral)
Fonte: www.seconci-pr.com.br
Carta Comercial
Deve-se, também, usar um vocabulário simples, atual, com os termos bem estruturados nas
frases. No mundo empresarial, tempo é dinheiro; tempo de quem redige e de quem lê. A carta
tem de ser, portanto, concisa, ou seja, deve ter a informação completa com o menor número de
palavras, sem se alongar em introduções ou encerramentos já em desuso há muito tempo.
Lojas RPDP
Senhor diretor:
Atenciosamente,
Amélia de Sousa
Gerente comercial
Aviso
Usado para manter a comunicação social em uma empresa, comunica com objetividade e
eficácia a Rescisão de Contrato de Trabalho (aviso prévio), por exemplo.
Pode ser fixado em local visível ao público ou ser publicado em jornal de grande circulação.
Quando com um aviso não se obtiver retorno, entrará em ação a carta, gênero que estudamos na
aula anterior.
Exemplo de aviso - 1
Atenciosamente,
Diretor
Exemplo de aviso - 2
Empresa:
CNPJ:
Assinatura
Circular
A circular é um documento noticioso remetido a diferentes pessoas, órgãos ou entidades. São
objetos de circulares as notícias relativas à empresa, de uma forma geral. É toda comunicação
reproduzida em vias, cópias, como documento. Destina-se a ordenar, avisar ou instruir.
Exemplo de circular
Atenciosamente,
Nome,
Cargo do signatário.
Ao senhor
Nome,
Secretário de Estado _____________________,
Nesta Capital.
Fonte: Site Arquivo Público
Ofício
O ofício é um documento expedido entre os órgãos de serviços públicos. Entidades civis,
religiosas ou comerciais se utilizam deste termo “ofício” para renomear a carta. É um
documento público expedido por alguém superior para troca de informações de subalternos e
entre a administração e empresas particulares, em caráter oficial.
São modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é
que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma
hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como
finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no
caso do ofício, também com particulares. (MENDES, 2002)
1. Cabeçalho ou timbre
2. Índice e número
3. Data
4. Vocativo
5. Introdução
6. Explanação
7. Fecho (despedida e assinatura)
8. Anexo
9. Destinatário
10. Iniciais (redator e datilógrafo/digitador)
Exemplo de Ofício
Prefeitura de Manaus
Rua São Luis, nº 416
CEP 81000-600
(92) 5543-0050
Senhor Presidente,
Atenciosamente,
José Almeida
Ao
Senhor
Antônio Monteiro Cavalcante
Presidente da Associação dos Moradores do Conjunto Habitacional Santa Clara
Rodovia Torquato, s/nº, Conjunto Santa Clara – Bairro Paz
Procuração
Instrumento pelo qual uma pessoa recebe de outra poderes para, em nome dela, praticar atos ou
administrar bens.
Exemplo de Procuração
Na procuração, deve ficar claro o objeto, ou seja, deve-se colocar todas as atribuições do
outorgado para que problemas futuros sejam evitados.
Cidade , ____/____/____
Ass.________________________________________________________.
Ata
O que é uma ata?
É um documento em que se registram as ocorrências de uma reunião. É um ato de registro. A
ata pode ser manuscrita em livro próprio ou digitada em folhas numeradas.
O texto deve ser escrito em linhas corridas, sem rasuras e emendas. Se isso ocorrer, deve-se
escrever "digo" e em seguida grafa-se o termo exato. "Aos dezessete de julho, digo, junho, de
2006...".
Abre-se somente o parágrafo inicial. Não se devem utilizar números, a escrita deve ser feita por
extenso. O tempo verbal a ser usado é o pretérito perfeito do indicativo (ontem). Deve-se ser
objetivo. Se o secretário for nomeado no momento da reunião, deve-se usar o termo "ad hoc",
que significa que o secretário só o é para aquela ocasião. Se, por um acaso, a ata contiver um
erro e este só for observado após a digitação ou o término da grafia, deve-se, antes de se
encerrar a ata com assinatura do presidente da reunião, colocar a expressão "em tempo: onde se
lê... leia-se..."
Termo de abertura
Este livro contém X folhas numeradas e rubricadas por mim, (nome do secretário), e destina-se
ao registro de Atas das reuniões de (colocar o nome condomínio, empresa).
Termo de encerramento
Eu, (nome do secretário), Secretário de (colocar o nome do condomínio, empresa), declaro
encerrado este livro de atas/declaro encerrada esta ata de reunião.
Aos dezenove dias do mês de outubro de dois mil e dez, às oito horas, na sala de reuniões da
Empresa ABC, sito na Avenida Batel, número quinhentos e trinta, Curitiba, Estado do Paraná,
sob a presidência da Srta. Meire Santos, estando presentes as sócias Andresa Pereira, Mara
Lucia Bin e Silvana Vasconcelos. A Srta. Meire Santos abriu os trabalhos solicitando a Srta.
Andresa Pereira que secretariasse a reunião e, de imediato lesse a ata da reunião anterior, que
foi aprovada sem ressalvas. Pauta: A) Projeto de marketing para 2005. Em seguida a Srta.
Andressa Dellabona leu o projeto de marketing para o ano de 2005, que foi aprovado e assinado
pelos membros presentes. B) Relatório de custos de setembro. Após a Srta. Andresa
Dellabona apresentou relatório de custos referente o mês de setembro de 2004. C) Contratação
de funcionários. A gerente de RH Srta. Silvana Vasconcelos solicitou a contratação de mais
uma secretária, aprovada a contratação por unanimidade. D) Orçamento para festa de
encerramento do ano 2004. A Srta. Mara Lucia Bin apresentou orçamento para realização da
festa de fim de ano que será no dia dezoito de dezembro de dois mil e quatro, no restaurante
Toscana em Santa Felicidade. O orçamento foi aprovado e assinado pelos membros presentes.
Sendo assim, e nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião, e eu, Andresa Pereira,
secretária ad hoc, lavrei a presente ata, que, após lida e aprovada, será assinada por todos os
presentes. Curitiba, dezenove de outubro de dois mil e dez. (Seguem-se as assinaturas).
Pauta e deliberações:
Assinaturas:
Contrato
Documento por meio do qual se estabelecem acordos entre pessoas ou entidades. A partir de um
contrato existe algum direito ou obrigação entre as partes interessadas.
Exemplo de Contrato
I – DO OBJETO DO CONTRATO
“____________________”.
Para os serviços de construção, manutenção e inclusão do “SITE”, objeto deste contrato, ora
estipulado terá um custo no valor de:
- Construção: R$ ____________
(forma de pagamento)
- (forma de pagamento)
VI - DA RESCISÃO DO CONTRATUAL
O presente contrato poderá ser rescindido pelo CONTRATANTE, sem ônus algum, quando:
A CONTRATADA não executar os serviços solicitados pelo CONTRATANTE, e que
estejam de acordo com as ANOTAÇÕES cláusulas deste contrato.
Quando a CONTRATADA descumprir alguma das cláusulas deste contrato.
Com exceção dos serviços de implantação do sistema o presente contrato vigorará por prazo
determinado de 1 (um) ano, podendo ser renovado posteriormente. E, por assim estarem justos e
contratados, firmam o presente contrato em duas vias de igual teor e forma,
Edital
Esta comunicação tem a finalidade de convocar, avisar ou informar. Deve ser afixado em local
visível e publicado em jornais de grande circulação, pois se trata de um documento cujo teor
não se pode desconhecer.
Edital de concorrência;
Edital de concurso;
Edital de convocação;
Edital de leilão.
2- Apreciação e aprovação das contas dos exercícios 2005/2007, mediante parecer do Conselho
Fiscal.
4- A inscrição das chapas candidatas deverá ocorrer na Secretaria da APAE até 20 dias antes da
eleição, que se realizará dentre as chapas devidamente inscritas e homologadas pela comissão
eleitoral. (art. 48, § 1º , do Estatuto) .
_________________________
(Presidente da APAE)
O edital começa com balde de água fria em todos os concurseiros, assim diz: “O STJ... torna
pública a realização de concurso público para formação de cadastro reserva...”. É o fim para
muitos. Acreditem, muitos bons candidatos deixam de fazer um concurso desses por conta de
uma frase como essa. O que muitos não sabem é que corre um projeto de lei no Congresso
Nacional para a criação de 121 vagas no STJ, além disso, no último concurso o número de
convocados foi muito grande. O STJ, historicamente, chama muita gente (509 para TJAA, 409
para AJAJ...) em seus concursos. Portanto, concurseiro tem que ter o pé no chão, ser realista,
mas não pode ser bobo em cair na “pegadinha” do cadastro reserva.
Mais embaixo, no item 1.3 mais uma bomba: “O concurso será realizada no Distrito Federal.”.
Infelizmente ainda não temos uma lei que obriga que concursos para órgãos federais tenham
prova, pelo menos, nas capitais dos Estados. Então, o candidato que veio fazer o concurso do
STF e não foi tão bem pensa assim: “Brasília novamente? Para ter um resultado desprezível?
Pra gastar o dinheiro que não tenho?”. Pronto, aqui vai mais meio mundo de gente bem
preparada. Acontece que o pensamento negativo existe e está por aí pra pôr medo em quem o
deixa chegar e se apoderar da mente. Você que se encontra nesta situação, vai uma dica: Faça o
concurso do STJ! Cada prova é uma prova, cada dia é um dia. Faça um esforço e não perca essa
oportunidade.
O Item 2 do Edital fala sobre os cargos, seus requisitos, descrição das atividades, remuneração
e jornada de trabalho. Este é um ponto importante do Edital, é aqui que o concurseiro tem a
oportunidade de saber quais são as atividades que desempenhará se aprovado, a duração do
trabalho e o salário que irá receber. Este ponto será mais bem analisado junto com o respectivo
conteúdo programático.
O item 3 fala sobre as vagas destinadas aos candidatos portadores de deficiência. Apesar da Lei
n. 8.112/90 afirmar que até 20% das vagas poderão ser destinadas aos candidatos portadores de
deficiência, o Edital em seu item 3.1 afirma que apenas 5% das vagas serão providas por estes
candidatos. Podendo, em caso de fracionamento, ser elevado ao primeiro número inteiro
subsequente, desde que não ultrapasse 20% das vagas.
O Edital traz uma série de informações para estes candidatos que necessitam de um cuidado
especial antes, durante e depois da prova. Nada mais certo, uma vez que a oportunidade é para
todos independente de se ter ou não uma deficiência. Tanto é que o edital é claro em seu item
3.1.2: “O candidato que se declarar portador de deficiência, concorrerá em igualdade de
condições com os demais candidatos.”.
ATENÇÃO!!! O portador de deficiência deve atentar ao prazo para a entrega dos laudos médico
que será até o dia 27/08/2008, das 8h às 19 horas, exceto sábado, domingo e feriado. Também
poderá mandá-lo via SEDEX ou carta registrada, não esquecendo que deverá postar até a data
limite. O item 4 traz uma curiosidade. Vocês sabiam que é um requisito básico para a
investidura no cargo ter sido aprovado no concurso? Nada mais óbvio não é verdade. Ironias à
parte, este item nos revela os requisito para a investidura. Além dos já mencionados na lei
8.122/90, constam os requisitos:1) Apresentar os documentos necessários na ocasião da posse; e
2) Cumprir as determinações deste edital. Também bastante óbvios.
Fonte: Site Concurseiro Solitário
Convênio
Um convênio é firmado para atender a interesses recíprocos. É um ajuste ou acordo entre duas
ou mais pessoas, ou ainda, entre empresas para a prática de determinadas ações. São firmados
pelas empresas convênios de assistên cia médico-odontológica, por exemplo.