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Escola Secundária da Soalpo

Trabalho de Investigação em Grupo


10a Classe
Disciplina de Geografia

Tema: África Autral

Nomes:
Rosária António Fernando
Graça Raimundo Notice
Antónia António João

Curso: Nocturno

Turma: F; Bloco: 2; Sala: 6

Docentes:

dr. Lurdi

Chimoio, Outubro de 2022


1. Introdução
Neste presente trabalho fala da África Austral, a sua localização, características, seus limites,
seus países membros e muito mais. Também fala sobra a SADC e alguns aspectos sobre
Moçambique.

Com este conteúdo abordado, ira consolidar a aprendizagem e localização das


potencialidades físico-geográficas e dos aspectos socio-económicos da África e país, como
forma de desenvolver o amor à Natureza, criando o espírito de defesa, uso sustentável e
preservação dos diferentes tipos de recursos, observando as especificidades de
exploração de todas as categorias de recursos renováveis e não renováveis.

Sobre os aspectos sócio-económicos, você deve dimensionar o carácter e o impacto


das actividades produtivas na organização do espaço. Relacionar a acção conjunta dos
vários fenómenos e aspectos físico-naturais e económico-sociais que intervêm na
modelação das paisagens culturais moçambicanas.

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2. África Austral
2.1. Situação geográfica
A África Austral, localiza-se a Sul da bacia do Congo (antigo Zaire), no Hemisfério Sul. A
África Austral tem uma superfície total cerca de 6 000 000 km². Esta região apresenta os
seguintes limites:
Norte : República do Congo, República Demogratica do Congo, República da Tanzânia
Este/ Oriente: Oceano Índico
Sul: Confluência ( junção) dos oceanos Índico e Atlântico
Oeste ou Ocidente: Oceano Atlântico

2.2. Características Biofísicas


2.2.1. Principais formas do relevo
Planaltos: são a forma de relevo predominante, ocupam o seu interior. Na parte central,
aparece o deserto do Kalahari e no litoral ocidental, o deserto da Namíbia.

Planícies: ocupam o litoral ocidental e oriental e apresentam uma largura variável. Exemplo:
no litoral atinge a maior largura (em Moçambique) e ocupa cerca de 44% da área total.

Montanhas: possuem a maior representatividade na África do Sul, destacando-se a


cadeia de Drakensberg e as montanhas do Cabo, sendo o ponto mais alto o monte Cathin
Park com 3 657 metros.

2.2.2. Tipos de clima


Na África Austral existem praticamente todos os tipos de climas quentes com
excepção do equatorial, nomeadamente:

Tropical húmido: a Este e a Norte, particularmente em Moçambique, Malawi, Angola,


Zâmbia e Zimbabwe (tropical húmido);

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Tropical seco: a sul da Angola, norte da Namíbia, parte do Botswana África do sul e
Moçambique;

De altitude: nas montanhas de Drakensberg e no centro;

Desértico: no litoral oeste, a sul de Angola;

Semi – desértico: no interior sul, particularmente numa parte do Botswana, Namíbia e da


África do Sul;

Mediterrâneo: na costa sul;

Tropical seco: a sul da Angola, Norte da Namíbia, parte do Botswana, África do Sul e
Moçambique;

Temperado: no interior da RAS e Lesotho;

2.2.3. Fauna e flora


Moçambique possui uma notável abundância de recursos naturais e biodiversidade que são
pilares vitais para o desenvolvimento do país. Moçambique é o habitat de uma rica flora com
mais de 6000 espécies de plantas, das quais, mais de 3000 espécies de plantas estão na lista

vermelha da IUCN. A vegetação está intimamente dependente das características do clima,


pois a temperatura e a precipitação, mas particularmente esta última, exercem uma influência
decisiva no desenvolvimento das plantas e, logo, na diversidade de animais.
A tabela 2 indica a distribuição geográfica dos principais tipos de vegetação existentes nesta
zona do nosso continente, de acordo com o clima é:
Tabela 1: Vegetação para cada tipo de clima na África Austral
Clima Vegetação
Clima tropical húmido Floresta tropical, savana, floresta galeria, mangal
Clima tropical de altitude Floresta aberta e savana
Clima tropical seco Savana degradada e estepe
Clima desértico quente Plantas xerófitas
Clima subtropical Bosques dispersos.

Os animais dependem da vegetação. A vegetação diversificada permite a existência de uma


grande variedade de animais, que são o objecto da curiosidade dos turistas de todo o mundo.

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Para conservar e preservar a fauna foram criados parques animais em todos os países da
África Austral.
No que se refere a fauna, os animais dependem da vegetação. A vegetação diversidade
permite a existência de uma grande variedade de animais, que são o objecto da curiosidade
dos turistas de todo o mundo. Com uma fauna terrestre com 748526 espécies de aves, 171
espécies de répteis, 85 de anfíbios (dos quais 28 são endémicas) e 3075 espécies de
insectos.Nesta senda, a fauna existente em todos os países da África Austral, estão na tabela
seguinte:
Tabela 2: Principais parques da África Austral
Parque Nacional País Principais animais
Serengeti Tanzania Grande concentração de herbívoros
Arusha Tanzania Elefantes, gazelas, leopardos, hipopótamos e
rinocerontes pretos
Kafue Zâmbia Elefantes, gazelas, zebras, hipopótamos e
rinocerontes pretos
Lunga Zâmbia Elefantes, gazelas, zebras, hipopótamos, gazelas
aquáticas e impalas
Kasungu Malawi Rinocerontes pretos, antílopes, zebras e tigres
Lengwe Malawi Antílopes, zebras, rinocerontes pretos e leopardos
Kruger África do Sul Leões, elefantes, girafas, impalas, rinocerontes
pretos e crocodilos
Ado Elephant África do Sul Elefantes, búfalos e rinocerontes pretos
Etosha Namíbia Leopardos, tigres, elefantes, girafas, avestruzes,
antílopes, zebras e rinocerontes pretos
Cameia Angola Gnus, bois-cavalos, palancas vermelhas e
hipopótamos
Iona Angola Antílopes pretos, zebras, leopardos, elefantes,
avestruzes e rinocerontes pretos
Nyanga Zimbabwe Antílopes, gazelas aquáticas, hienas e leopardos
Hwange Zimbabwe Elefantes, rinocerontes pretos e brancos, zebras e
antílopes
Gorongosa Moçambique Bois-cavalos, búfalos, elefantes, hipopótamos e
impalas

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2.2.4. Recursos minerais, energéticos e sua localização
A nossa região é rica em recursos minerais, uns já em exploração, outros ainda não. A
República da África do Sul apresenta-se nesta região como os pais com as maiores
potencialidades, muitas delas em exploração, desde os tempos do apartheid, conferindo-lhe,
por isso, um certo desenvolvimento nesta área; Angola assume-se como o maior produtor de
petróleo, produto cuja oscilação do preço tem provocado crises económicas, particularmente
nos países pobres.
Tabela 3:  Distribuição dos principais recursos minerais
Recursos País
Petróleo Angola
Carvão África do Sul, Zimbabwe e Moçambique
Urânio Namíbia, África do Sul
Cobre Zâmbia, Zimbabwe, África do Sul e Namíbia
Pedras semipreciosas Moçambique
Prata Namíbia, África do Sul
Estanho Namíbia e África do Sul
Ferro Angola, África do Sul
Diamantes África do Sul, Namíbia, Angola e Botswana
Ouro África do Sul, Moçambique e Zimbabwe
Gás natural Moçambique
Chumbo Namíbia
Ligas metálicas Namíbia, África do Sul e Zimbabwe;
Zinco Zâmbia e Namíbia
Fosfatos África do Sul

2.2.5. Distribuição das principais culturas da região

 Milho – África do Sul, Zimbabwe


 Amendoim – África do Sul, Moçambique, Zimbabwe
 Mandioca – Angola, Malawi, Moçambique, Zâmbia
 Café - Angola
 Caju – Moçambique
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 Chá – Moçambique, Malawi
 Tabaco – Zimbabwe, Zâmbia, Malawi, Africa do Sul
 Citrinos – África do Sul;
 Copra – Moçambique
 Uvas – África do Sul
 Cana-de-açúcar – África do Sul, Moçambique, Suazilândia, Zimbabwe
 Algodão – Zâmbia, Zimbabwe, Moçambique
 Gado bovino – África do Sul, Namíbia, Botswana, Zimbabwe
 Gado ovino – África do Sul, Namíbia, Botswana.

2.3. SADC

2.3.1. Causas da criação da SADC


A Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento (SADC) foi criada em 1992.
Esse bloco é composto por 15 países em busca da criação de um mercado comum que busca
garantir para sua população o bem estar económico, melhorias da qualidade de vida,
liberdade, justiça social, paz e segurança. Todos esses aspectos serão obtidos mediante a
cooperação entre os países membros.

Foi a primeira forma de coordenação e integração formalmente reconhecida dos países de


África austral e tinha em vista a mobilização e cooperação de esforços para fortalecer os
movimentos de libertação nacional que lutavam contra a opressão colonial na região. Por
iniciativa dos presidentes Agostinho Neto (Angola), Samora Machel (Moçambique), Seretse
Khama (Botsuana), Kened Kaunda (Zâmbia) e Július Nyerer (Tanzânia), criou-se a linha de
Frente em Abril de 1977, cujo objecto era libertação total dos povos e territórios oprimidos
sobre dominação política, económica e social da África Austral . No caso de Moçambique de
1975 à 1990 aplicou a política de Não-Alinhamento e também apoiou as lutas dos povos do
Zimbabwe e de África do Sul.

2.3.2. Objectivos da Criação da SADC

A criação da SADC tinha e tem seguintes objectivos:

a) Alcançar o desenvolvimento e o crescimento económico através da integração regional,


aliviar a pobreza, melhorar o padrão e a qualidade de vida dos povos da África Austral e
apoiar os que são socialmente desfavorecidos;

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b) Desenvolver valores, sistemas e instituições políticas comuns;

c) Promover e defender a paz e segurança;

d) Promover o desenvolvimento auto sustentado na base da auto-suficiência colectiva e


a interdependência entre os estados membros;

e) Conseguir a complementaridade entre as estratégias e programas nacionais e regionais;

f) Promover e optimizar o emprego produtivo e a utilização sustentável dos recursos


da região;

g) Conseguir a utilização sustentável dos recursos naturais e protecção efectiva do


meio ambiente;

h) Reforçar as afinidades e os laços históricos, sociais e culturais desde há muito existentes


entre os povos da região;

2.3.3. Tarefas
a) Harmonizar políticas e planos socioeconómicos dos estados membros;

b) Encorajar os povos da região e as suas instituições a tomarem iniciativas que visem


o desenvolvimento de vínculos sociais e culturais no seio da região e a repartição plena na
implementação de programas e projectos da SADC.

c) Criar instituições e mecanismos a apropriados com vista à mobilização de recursos


necessários para a implementação de programas e operação da SADC e suas instituições;

d) Desenvolver políticas destinadas à eliminação progressiva dos obstáculos à livre


circulação de pessoas da região entre os estados membros;

e) Promover o desenvolvimento de recursos humanos;

f) Promover o desenvolvimento, transferência e domínioda tecnologia;

g) Melhorar a gestão e o rendimento económicos atravésda cooperação regional;

h) Promover a coordenação e harmonização das relações internacionais dos estados


membros;

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i) Assegurar o interesse, a cooperação e apoio internacional e mobilizar fluxos de recursos
públicos e privados para a região;

j) Desenvolver outras actividades que sejam decididas pelos estados membros visando
a promoção dos objectivos definidos.

2.3.4. Países membros da SADC:


1. República de Angola;
2. República do Botswana;
3. Reino do Lesotho;
4. República do Malawi;
5. República de Moçambique
6. República da Namíbia
7. República da Suazilândia
8. República Unida da Tanzânia
9. República da Zâmbia
10. República do Zimbabwè;
11. República da África do Sul
12. Maurícias
13. Madagáscar
14. R. D. do Congo

2.3.5. Áreas de cooperação


1. Os Estados membros deverão cooperar em todas as áreas necessárias para o fomento do
desenvolvimento e integração regional na base do equilíbrio, equidade e benefício mútuo;

2. Os estados membros deverão também através de instituições apropriadas da SADC,


coordenar, racionalizar e harmonizar as suas políticas e estratégias, programas e projectos
globais macro económicos e sectoriais nas áreas de cooperação;

3. De acordo com as disposições do presente tratado os estados membros concorram


em cooperar nas seguintes áreas:
a) Segurança alimentar, terras e agricultura;

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b) Infra-estruturas e serviços;
c) Indústria, comércio, investimento e finanças;
d) Desenvolvimento de recursos humanos, ciência e tecnologia;
e) Recursos naturais e meio ambiente;
f) Bem-estar social, informação e cultura;
g) Política, Diplomacia, relações internacionais paz esegurança;
4. O Conselho poderá decidir sobre as novas áreas de cooperação.

3. Agricultura em Moçambique
Moçambique possui óptimas condições para a pratica e desenvolvimento da agricultura.
Isso deve-se fundamentalmente à sua localização geográfica na costa Oriental da
África , a sua proximidade em relação ao oceano Indico, a extensão territorial, as
suas características topográficas distintas, a grande variedade de solos férteis, os climas
tropicais, a existência de uma ampla rede hidrográfica.

A agricultura em Moçambique é muito importante pelo facto de constituir a base para


o desenvolvimento da economia nacional, através da exportação de culturas de
mercado, é a principal fonte de alimentação da população para além de ser o sector
de actividades económicas que emprega o maior número da população activa no nosso país.

3.1. Agricultura durante o período colonial em Moçambique


Durante o período da dominação colonial, em Moçambique predominavam duas
formas principais de agricultura: agricultura empresaria ou de mercado e agriculturafamiliar
ou de subsistência, também chamadade consumo. Vejamos de seguida o quadro:

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3.2. Agricultura após – independência em Moçambique
O processo da desintegração da economia rural colonial que caracterizou os primeiros anos
que se seguiram à independência nacional, deu lugar a um novo sistema de
organização da economia rural.

O Estado Moçambicano definiu a agricultura como base para desenvolvimento económico do


País, porque a agricultura:

é actividade económica que absorve a maior parte dapopulação moçambicana;

fornece a maior parte dos produtos para a alimentação da população;

fornece produtos como matéria-prima para a nossa indústria;

fornece produtos para a exportação.

Depois da independência muitos proprietários das empresas privadas que exploravam


grandes extensões de terras férteis abandonaram o país e o governo nacionalizou a
terra, passando-a como propriedade do Estado e criou condições para a reforma agrária.

3.3. As principais culturas e sua distribuição em Moçambique


a) Culturas de subsistência ou alimentares

Milho: cultiva-se em todo o território nacional.

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Mandioca: as zonas de maior cultivo estão localizadas nas províncias de Zambézia, Nampula
e Cabo Delgado.

Mapira: é uma das culturas mais importantes das províncias das regiões norte e centro do país
e norte de Gaza.

Amendoim: cultivado sobretudo nas províncias de Nampula, Inhambane e litoral de Gaza e


Maputo.

Feijão: as zonas de maior cultivo encontram-se nas províncias a sul do rio SaveMexoeira:
cultivada principalmente a sul de Tete e norte de Manica. Mas também em algumas zonas de
Sofala, Gaza e Inhambane.

Arroz: cultiva-se nas zonas baixas e húmidas da Zambézia,Sofala, Nampula e Gaza. Culturas
de rendimento ou de mercado

Algodão:cultivado em quase todas as províncias do norte ecentro do país e na zona central de


Gaza.

Chá:praticado em terras altas da Província da Zambézia.

Cana-de-açúcar: cultivado nas Províncias da Zambézia e Sofala no vale do rio Zambeze mais
exactamente em Luabo e Marromeu respectivamente, ainda em Sofala em Mafambisse no
vale do rio Púngue, em Búzi junto ao rio do mesmo nome, e na Província de Maputo no vale
do rio Incomatí em Xinavane e Maragra.

Copra: praticada com particular destaque na Província daZambézia, seguindo-se as Províncias


de Nampula e Inhambane, em áreas localizadas no litoral.

Caju: produzido nas Províncias de Nampula, Cabo Delgado, Zambézia, Sofala, Inhambane,
Gaza e Maputo.

4. Energia
Para a EDM, as energias renováveis tradicionais (sol, vento, hídrica) existem em abundância,
e tornaram-se a nova e grande aposta. Existem seis centrais hidroeléctricas em funcionamento
em todo o país. A maior central hidroeléctrica está localizada na província de Tete e é operada
pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) . A HCB é responsável pela maior parte da

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produção hidroeléctrica, com uma capacidade de 2.075 MW. Em 2014, fornece 88% da
energia consumida em Moçambique . Devido à baixa procura de eletricidade (o pico de
procura de energia em 2014 foi estimado em apenas 831 MW) resultante do escasso acesso à
energia em Moçambique, a maior parte da produção da HCB é exportada para a África do
Sul. As quotas mais pequenas são exportadas para o Zimbábue e Botsuana. O resto das tabelas
centrais hidroeléctricas são exploradas pela EDM, como se pode ver na seguinte.

Moçambique tem uma capacidade instalada total de 2.780 MW (2020)A energia hidroelétrica
é uma fonte de eletricidade dominante com 2.189 MW, 79% do cabaz energético total,
seguida de 442 MW de gás (16%), 108 MW de fuelóleo pesado (HFO) (4%) e 41 MW de
solar (1 %) (2020).

5. Indústria
5.1. Características gerais
De forma geral, a indústria Moçambicana é ainda muito subdesenvolvida, onde a sua maioria
são indústrias fundamentalmente manufactureira. No geral, estas industrias, dedicam-se às
actividades de extracção e transformação de alguns recursos naturais em pequenas escalas;

− É uma indústria ainda de poucos investimentos, de pouca investigação, de tecnologia


simples e rudimentar;

− As principais unidades industriais localizam nas grandes cidades e centros urbanos.

− Os principais tipos de indústria são a extractivae a transformadora

5.1.1. Indústria extractiva


A exploração de minérios em Moçambique realiza-se desde o tempo em que o ouro, a prata e
o marfim embarcavam no porto de Sofala com destino aEuropa. Este ouro era traficado a
partir das zonas localizadas em Chimoio (Província de Manica) e Chifumbazi (Província de
Tete). Em termos geográficos, a actividade mineira no passado colonial estava
concentrada nos distritos da Zambézia, Nampula, Tete e Minica, embora existissem
algumas concessões nos distritos de Niassa, Sofala e Lourenço Marques. Atéa altura da
independência nacional, haviam 79, concessões mas somente 16 estavam em actividade.

Nos distritos da Zambézia e Nampula extraíam-se, sobretudo, a colombite, a tantalite,


a lepidolite, o berilo, o potássio e o feldspato, pedras preciosas e semi-preciosas. No

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Niassa exploravam-se pedras semi-preciosas. Em Manica, a actividade mineira dedicava-se à
exploração do cobre, bauxite, fluorite e ouro. Mais a Sul, no distrito de Lourenço
Marques extraía-se a bentonite.

5.1.1.1. Indústria florestal


Uma actividade voltada para o mercado, realiza-se sobretudo sob a forma de
exploração de concessões florestais de espécies nativas.

Com excepção do complexo de IFLOMA na Província de Manica e da serração de Mahate


em Cabo Delgado, a maioria das serrações foram herdadas do período colonial.

5.1.1.2. Indústria transformadora


A Indústria transformadora nacional é produto de todo um processo que teve o seu início no
século XIX, tendo passado por diversos períodos atéaos nossos dias. A indústria
transformadora no nosso país concentrou-se nas principais cidades densamente
povoadas, como é o caso da Cidade de Maputo, da Matola, da Beira e de Nampula,
destacando os seguintes subsectores: Metalurgia, óleos de cozinhae sabões, têxteis e
vestuários, embalagens, materiais de construção, química, florestais, metalo-mecânica, agro-
industrial e alimentar, couro e calçado.

6. Comércio em Moçambique
Comércio – é uma actividade económica que se dedica ao conjunto de operações de troca
(câmbio) e distribuição de mercadorias, capitais, serviços, etc.

Papel do comércio na economia

− O comércio estabelece a complementaridade económica entre as regiões;

− Desempenha a tarefa de abastecer as populações;

− Importante no escoamento da produção, entre outros.

Em Moçambique existem dois tipos de comércio: comércio interno e comércio externo

6.1. Comércio interno


Em Moçambique a rede de comercialização implantada pelo colonialismo era controlada
pelos comerciantes Portugueses. Os quais garantiam a troca de produtos agrícolas com
os bens de consumo industriais, permitindo a ligação entre o meio rural e urbano. A guerra
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que assolou as zonas rurais também contribuiu para a desorganizar a rede comercial. Perante
esta crise de comercialização, o estado assumiu a responsabilidade de recuperar a
actividade comercial . Para tal criou uma empresa de comercialização agrícola (Agricom)
com delegações provinciais que pudesse intervir ao nível das machambas, das localidades e
dos distritos no processo de comercialização. Esta empresa tinha como principais tarefas:

a) Definir a política de preços dos produtos;

b) Investir em infra-estruturas como, armazéns, vias de comunicação, transportes para


garantir reservas alimentares estratégicas e o acesso paraas zonas do alto potencial agrícola.

Assim, entre 1975 a 1985, comercializaram-se 5 produtos: copra, chá, sisal, castanha
de caju, milho.

Entre 1985 a 1990 comercializaram-se principalmente a castanha de caju, milho, citrinos,


sisal;, e hortícolas.

Entre 1990 a 1997 comercializara-se algodão, cana-de-açúcar, hortícolas e copra.

6.2. Comércio externo


Durante o período colonial o comércio externo em Moçambique, reflectiu a sua
condição de colónia, pois se caracterizou pela exportação dos melhores recursos
naturais em benefício do colonialismo. Na sequência do início da luta de libertação nas
colónias portuguesas, governo colonial procedeu uma revisão do processo de exportação a
partir da qual emergiu uma nova política económica com duas vertentes:

a) Aceleração da pilhagem colonial através de todos meios possíveis, inviabilizando as


economias das colónias.

b) Criação de uma sociedade de consumo artificial através do aumento da importação de


artigos de menor importância para o desenvolvimento das colónias.

Estas medidas, fizeram com que a balança de pagamentos fosse permanentemente


deficiente, porque não se adequava as circunstâncias do momento. Como resultado da
deficiência do balanço

de pagamentos foram aplicadas medidas de restrição das importações empobrecendo


cada vez mais o nosso país.
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6.3. Impacto económico e social
− Permite a entrada de capitais, através das visitas ao país;

− Permite o desenvolvimento da economia do país;

− Permite a circulação de produtos internacionais nomercado interno;

− Permite o desenvolvimento da actividade artesanal, etc.

− Permite intercâmbio cultural;

− Tem alguns impactos negativos, como a proliferaçãode Epidemias, da prostituição, etc.

7. Finanças

O sistema financeiro moçambicano é assente no seu sistema bancário. Cerca de 85% dos
ativos do sector financeiro estão concentrados nos três maiores bancos (Millennium
BIM, Barclays e StandardBank). Sendo todos de propriedade estrangeira (dois portugueses
e um sul-africano). Existem actualmente 18 bancos comerciais, 10 microbancos, 8
cooperativas de crédito, instituições de moeda electrónica e sociedades de investimento, para
além de sociedades financeiras conforme ilustra a tabela I.

O segundo mecanismo de financiamento existente é o mercado de capitais, bolsa de valores


de Moçambique (BVM). A BVM entrou em funcionamento em 1998, no entanto, o
seu funcionamento ainda permanece tímido, estando cotadas apenas 4 empresas,
nomeadamente: Cervejas de Moçambique (CDM); Engenharia e Construção, SA (CETA);
Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos, SA (CMH); e Empresa Moçambicana de
Seguros, E.E (EMOSE).

A Inclusão Financeira em Moçambique aumentou de 40% em 2014 para 54% em 2019 devido


a expansão massiva de dinheiro móvel que atingiu 3 milhões de utilizadores em 2019.

Segundo o relatório de FinScope publicado no final do mês de Julho último, o dinheiro móvel
e o seguro impulsionaram a Inclusão financeira formal. O Sector Bancário registou um
aumento de cerca de 190.000 adultos desde 2014 para cerca de 3 milhões em 2019.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) atingiu 2,2% em 2021, uma vez que as
condições climatéricas favoráveis apoiaram o crescimento agrícola, e o levantamento gradual
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das medidas de contenção impulsionaram o consumo privado, fomentando a recuperação dos
serviços. No entanto, a recuperação não foi suficientemente ampla. Apesar da subida gradual
da procura interna e global, o crescimento dos sectores extrativos e manufatureiro manteve-se
moderado. Vários constrangimentos atenuaram o desempenho económico global,
nomeadamente a suspensão de projetos multimilionários de Gás Natural Liquefeito (GNL)
devido à escalada da insurgência, à política monetária mais apertada e às novas ondas de
infeções COVID-19.

Chan S. e Choong C (2011). Financial development and economic growth : A review


Financial development and economic growth : A review. African Journal of Business
Management 5(6), 2016-2027

Ductor, L. e Grechyna, D. (2015). Financial development, real sector, and economic


growth. International Review of Economics e Finance 37, 393-405.

8. Conclusão
Com a elaboração desse trabalho pode tirar as seguintes conclusoes:
A Africa Austral apresenta na sua maioria Planaltos,tambem pod concluir que a Africa
Austral apresenta o clima trpical na sua maioria devido a existencia de deserto, ventos aliseos.
Nessa regiao o que diferencia o clima não é por causa da temperatura mas sim por causa da
Pluviosidade pois exixtem regiões que não chove na durante a maior parte do ano(regiões
internas) e outras que chove na maior parte do ano. O comportamento da temperatura depende
do comportamento da latitude, da oscilação da CIT ( Frente da Convergência Intertropical) e
das massas de ar frio e quente.
A Região Sul separa-se de Região Centro atraves do Rio save/Bacia do save. A Região Centro
separe-se Região Norte atraves do Rio Zambeze/ Bacia do Zambeze. Com o andar do tempo
podemos verificar que quanto melhora se as codições de vida a taxa de natalidade,
Migrações,mortalidade vao reduzindo.

9. Referencias Bibliografias
Atlas Geográfico Vol. 1, 2ª edição. 1980, Ministério de Educação. Maputo

BARCA, Alberto da e SANTOS, Tirso dos. Livro de Geografia da 10ª Classe, s/d. 3ª Edição
19
LDS 2007, Inquérito Demográfico e de Saúde de Moçambique. Maputo.

MEC, Programa de Ensino da 10ª classe.

NONJOLO, Luís Agostinho; ISMAEL, Abdul Ismael. G10 - Geografia 10ª Classe. Texto


Editores, Maputo, 2017.

NANJAL A. Luis, ISMAL A. Isamal, G 10, text editores


PEREIRA R. Ana, Geografia Fisica e ambiente, Universidade aberta, 1ͣ edição

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