Lendas e Mitos

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ÁGUA

•Lenda - Não há nada como uma boa lenda – alguma coisa


que nós gostaríamos de acreditar que fosse verdade ou
algo que simplesmente nos assusta. De mulheres
melódicas das histórias de pescadores, a homens gigantes
peludos escondidos nas florestas e histórias misteriosas
ligadas à Bíblia.
Conta a lenda que, no ano 1215 A.C., reinava sob o actual
território de Santarém o rei Gergoris ou Gorgoris.
Das viagens da sua Odisseia, Ulisses chegou à foz do rio Tejo
e acabou por lá ficar, hospedado por Gergoris. Durante a sua
estadia conheceu Calipso, filha do rei, por quem se apaixonou e
de quem teve um filho.

Quando o rei descobriu ficou muito zangado e o Ulisses fugiu


para Tróia. Por sua vez, o rei mandou colocar a criança dentro
de um cesto e deixá-la no rio Tejo, para que acabasse por
morrer. Porém, quando a criança foi deitada nas águas, a maré
subiu e o cesto acabou por ir parar perto de uma gruta, onde
vivia uma loba.

O animal acabou por o alimentar e criar.


Durante 20 anos, o jovem príncipe teve uma vida em tudo
semelhante à dos lobos. Uma manhã um grupo de caçadores
encontrou –o e decidiu capturá-lo para mostrar aos outros. Os
caçadores levaram-no até Calipso, que reconheceu através de
uma cicatriz de nascença.
Era uma vez uma princesa moura que vivia na Serra da
Estrela.
Um dia, passou por ali um cavaleiro francês e viu a linda
moura, Diego era o seu nome, casou com ela e foram
muito felizes. O rei do seu país mandou - o chamar para
combater os inimigos que estavam a atacar o seu país.
Diego abandonou o castelo da Serra da Estrela,
cavalgando, cavalgando…
Sozinha, a princesa chorava e chamava:
- Mon Diego!.. Mon Diego!...
E tanto chorou, a chamar pelo seu cavaleiro, que as
lágrimas formaram um rio a deslizar pela serra enquanto o
eco da sua voz se espalhava pelo ar:
Mon Diego!... Mon Diego!...
Com o tempo, as palavras da princesa perderam-se no
vento ao passar em Coimbra, no Choupal, as águas do rio
gemem imitando as lágrimas da princesa: Mondego! Glu…
Glu… Glu…
Há centenas de anos, a Pátria começava aqui!
Sabiam-no os Romanos, os Gregos, os Cartagineses, os
Fenícios, os Vândalos, os Suevos, os Alanos e os Moiros; só
alguns de nós é que não...

Do interior profundo, sedento de distâncias, agreste como o


leito que o embalou, surge acolá naquela curva o rei dos reis, o
senhor das montanhas coroado por amendoeiras e vinhedos.
Corta o país em dois e maior feito não há.

Bom barqueiro, bom barqueiro, deixa-me passar, eu levo o rio


comigo não o posso demorar. Ele quer chegar à foz, ele quer
chegar ao mar, bom barqueiro, bom barqueiro, deixa-nos
passar...
• Diz-se que certo dia, chegou à serra da Agra uma moça
vinda dos lados de Espanha. Era jovem e bonita, chegou
à fronteira, que praticamente não existia, deixou-se ficar
com o seu rebanho de cabras na bela paisagem que a
encantava. Diz a lenda que um cavaleiro muito elegante,
numa manhã de sol quando caçava com os outros
caçadores pelas redondezas ficou maravilhado diante da
moça pastora. Assim começou mais um romance de
Amor, que durou horas, dias, talvez semanas.
Mas tudo tem um fim, diz o Povo e é verdade. Por isso,
deu à serra onde ela vivera a sua grande paixão, o nome
de Serra da Cabreira, já ela queria ser ave e voar passou
a chamar ao rio da vila do Conde o rio Ave.
.
Chegando à outra margem Os Romanos acreditavam que entre
o mundo dos vivos e o mundo dos mortos havia uma fronteira.
Essa fronteira era o rio Lethes, também chamado rio do
esquecimento porque as suas águas tinham como efeito apagar
a memória, fazer esquecer tudo o que acontecera em vida.
As almas dos mortos reuniam-se à beira do rio, aguardando a
sua vez de beber um gole de água, e só depois entravam na
barca que as levaria à outra margem.
No ano de 136 a.C. um exército romano comandado por Décios
Junos Brutos fez muitas conquistas no território que veio a ser
Portugal.
Os soldados atravessaram o Tejo perto da ilha de Almorol,
depois atravessaram o Zêzere, o Mondego, o Vouga, o Douro
sem problema nenhum.
Mas por qualquer motivo que se desconhece ficaram aterrorizados
quando se aproximaram da margem do rio Lima e recusaram-se a
sulcar aquelas águas. Convenceram-se que aquele era o tal rio
Lethes, o rio do esquecimento que conduzia ao mundo dos mortos!
Brutos, não conseguia que penssassem o contrário, então para dar
o exemplo, atravessou para o lado de lá, levando consigo apenas o
estandarte com as águias, que era o símbolo do Império Romano.
Acenou e gritou que estava vivo e que não se tinha esquecido de
nada... Só então os soldados resolveram segui-lo...
Sever é o nome de um rio do extremo leste de Portugal, que
constitui parte da fronteira do distrito de Portalegre com Espanha.
Nasce na Serra de São Mamede, recebe águas de Espanha e une-se
ao Tejo quando este deixa a Espanha.

pois uma lenda sobre a origem do nome «Sever» refere que um


cavaleiro teria dito a umas senhoras que precisavam de se refrescar
e compor que perto havia um rio em que «era bom de Se ver».
MITOS
"O mito conta uma história sagrada; relata um
acontecimento que teve lugar num tempo primordial - o
tempo fabuloso das "origens".
O mito conta como, graças às acções primordiais dos
seres sobrenaturais surgiu um facto qualquer, seja a
realidade total - o Cosmos- seja apenas um dos seus
fragmentos, tais como:

uma ilha, um comportamento humano ou uma


instituição. O mito surge como uma narrativa duma
"criação".
As personagens dos mitos são seres sobrenaturais.
• Deus sentiu-se desgostoso por ver a maldade dos homens e
resolveu inundar a Terra e destruir os seres vivos que tinha
criado.
Mas reconhecendo que Noé era um homem bom e justo,
chamou-o e ordenou-lhe que construísse uma grande arca
de madeiras resinosas com três andares interiores, onde
coubessem ele, a mulher, os filhos, as noras e ainda
machos e fêmeas de todas as espécies de animais
terrestres e de aves, bem como alimentos para todos.
Explicou que tencionava fazer chover durante quarenta dias
e quarenta noites para varrer a maldade da face da Terra.
Só os viajantes da arca se salvariam.
Noé cumpriu à risca as instruções recebidas. Logo que se
abriram as cataratas do céu, entrou na arca com a sua
família. Seguiram-se os animais selvagens, animais
domésticos, répteis e aves, dois a dois. Fechou-se a porta e
a arca flutuou nas águas que cresceram, engrossaram e
subiram muito acima da terra, cobrindo até os montes mais
altos. Quando parou de chover a inundação manteve-se
mais de cem dias!
• Mas depois, a pouco e pouco, o nível das águas começou a
baixar e a arca pousou no Monte Ararat. Noé foi espreitar à
janela. Receando, no entanto, que ainda não fosse possível
saírem em segurança, soltou um corvo. Ora como o corvo
nunca mais apareceu, deixou então partir uma pomba. A
pomba, não encontrando onde pousar, regressou à arca. Sete
dias depois Noé enviou-a de novo em busca de notícias e,
desta vez, teve a alegria de a ver regressar com uma folha
de oliveira no bico! Concluiu que Deus fizera as pazes com os
homens. De facto, não tardou a ouvir:
- Sai da arca com a tua família e com todos os animais.
Crescei, multiplicai-vos e enchei a Terra...
Deus garantiu-lhe que não haveria mais dilúvios e, para
assinalar essa aliança, fez surgir um arco de luz entre o céu
e a terra. Prometeu também que sempre que cobrisse o céu
de nuvens, lá estaria o Arco-Íris a lembrar a aliança.
• Embora fundamental para a vida no Egipto, o Nilo, nunca
chegou a ter uma divindade que o representasse no panteăo
nacional em igualdade de condiçőes com os outros deuses, e
só contou com o deus Hapi, que năo era o mesmo que
oficiava como filho de Hórus, dado que este tinha rasgos de
mulher e de homem e luzia roupas de barqueiro do rio, tendo
a sua morada numa caverna próxima da primeira catarata, a
mais de mil quinhentos
quilômetros da foz.

• Outras partes do rio tiveram quase mais importância do que


Hapi, como foi o caso da grande corrente de água que
conformava o rio (Satis) representada por uma mulher
tocada com a tiara branca do alto Nilo e o arco e as flechas
nas suas măos, que era esposa da divindade da primeira
catarata (Jnum) um deus com cabeça de carneiro, embora
haja que precisar que foram quatro os diferentes Jnum
venerados sobre
as águas do Nilo.
Também era esposa do Jnum da
primeira catarata a deusa Anukit, a divindade que
representava o estreitamento do rio e a sua passagem pelas
gargantas rochosas de Filae e Siena, ou o deus dos lagos
(Hersef) que aparecia aos homens com o corpo de um
homem e a cabeça de um borrego (cordeiro).
Sabek, com cabeça de crocodilo, era a divindade das
inundaçőes benfeitoras, filho da deusa Neith, protectora
das terras fecundas do Delta.

Para as terras secas do Egito existia também uma


divindade masculina específica, Minu, relacionada com a
protecçăo dos viajantes que cruzavam as solitárias e
calorosas areias do deserto, e também encarregado da
fecundidade dos campos e do gado.
Nejbet, como mulher tocada com a tiara branca, ou em
forma de abutre que voava sobre a cabeça dos reis, era
a deusa protectora do Alto Egipto.
Hathor, além de ser a vaca criadora de tudo o que
era visível e a protectora das mulheres na
maternidade, também estava situada no limite entre
as terras férteis e as secas, oferecendo das
figueiras a água e o păo aos mortos que se
aproximavam do seu terreno para fazer-lhes saber
que eram bem-vindos.

•Iara é a rainha das águas e nesse caso a voz é
unânime em dizer que só existe uma. A mãe d'água
na figura de mulher muito atraente, atrai os
homens, e os leva para as profundezas do rio.
Segundo estas histórias, muitos são os atraídos
pela mãe d'água e que desapareceram
misteriosamente quando pescavam, à noite, ou
navegavam sozinhos pelo rio.
MITOS DA ÁGUA

A Mitologia é um dos repositórios do conhecimento


humano. Assim, através da interpretação dos mitos, alguns
autores desenvolvem um trabalho que tem como finalidade
resgatar este conhecimento adormecido no inconsciente,
restaurando e vitalizando o significado mais profundo
contido nestas narrações. Raíssa Cavalcanti, no livro “Mitos
da Água”, trabalha na recuperação dessa memória ancestral
e faz uma investigação do processo evolutivo e da
finalidade espiritual da vida humana. Desta forma,
selecciona mitos relacionados com a água, considerada um
dos elementos essenciais formadores da vida, a “Prima
Matéria”, pois acreditamos que o projecto evolutivo do
homem está ligado à evolução do cosmo como um todo. A
antropogênese está relacionada à cosmogênese.
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http://pt.wikpedia.org/wiki/rio

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