Direito Eleitoral
Direito Eleitoral
Direito Eleitoral
1) Soberania popular
2) Princípio republicano
3) Sufrágio universal
4) Legitimidade das eleições
5) Moralidade para o exercício do mandato
6) Probidade administrativa
7) Igualdade ou isonomia
8) Pluralismo político
9) Liberdades de expressão e informação
SUFRÁGIO VOTO ESCRUTÍNIO
É o direito de votar e ser meio pelo do qual é exercido Apuração dos votos
votado o sufrágio, ele concretiza um
direto abstrato, o direito ao
sufrágio
A Justiça eleitoral é uma justiça federal especializada, sendo a única que não
possui um quadro próprio de magistrados, já que os integrantes dessa justiça pertencem a
outros órgãos do poder judiciário, compondo-se também de juristas que vêm da classe de
advogados.
IV - as Juntas Eleitorais.
a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de
candidatos à Presidência e vice-presidência da República;
b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e juízes eleitorais de Estados diferentes;
c) a suspeição ou impedimento aos seus membros, ao Procurador Geral e aos funcionários da sua
Secretaria;
d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios juízes
e pelos juízes dos Tribunais Regionais;
e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do Presidente
da República, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando
houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a
impetração;
f) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à sua
contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos;
h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro de trinta
dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público ou parte
legitimamente interessada.
i) as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo de trinta dias a contar da conclusão,
não houverem julgado os feitos a eles distribuídos.
j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e vinte dias
de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em
julgado.
II - julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais nos termos do Art. 276
inclusive os que versarem matéria administrativa.
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior são irrecorrível, salvo nos casos do Art. 281.
A ação rescisória tem previsão no artigo 22, inciso I, alínea j do CE. Ela será
julgada, por competência originária, pelo TSE quando for caso de inelegibilidade, desde que
ela tenha sido ajuizada no prazo de 120 dias a partir de decisão irrecorrível. Esse prazo é
decadencial. Assim, precisa haver os seguintes requisitos:
Súmula 33 TSE: somente é cabível ação rescisória de decisões do TSE que versem sobre a
incidência de causa de inelegibilidade.
II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação
ou extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na forma
da lei;
III - conceder aos seus membros licença e férias assim como afastamento do exercício dos cargos
efetivos;
IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juizes dos Tribunais Regionais
Eleitorais;
VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juizes de qualquer Tribunal Eleitoral,
indicando a forma desse aumento;
VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República, senadores e
deputados federais, quando não o tiverem sido por lei:
VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas;
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código; função normativa
X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em diligência
fora da sede; função consultiva
XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça nos
termos do ar. 25;
XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade
com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político;
XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa
providência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo;
XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou
das decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração;
XVI - requisitar funcionários da União e do Distrito Federal quando o exigir o acúmulo ocasional
do serviço de sua Secretaria;
XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da legislação
eleitoral.
Art. 23-A. A competência normativa regulamentar prevista no parágrafo único do art. 1º e no
inciso IX do caput do art. 23 deste Código restringe-se a matérias especificamente autorizadas em lei,
sendo vedado ao Tribunal Superior Eleitoral tratar de matéria relativa à organização dos partidos
políticos.
Voto em trânsito: não é obrigatório, cabendo justificativa. Ele pode ocorrer, mediante prévio
aviso, quando a pessoa está fora de seu domicílio eleitoral no dia da eleição e deseja
manifestar seu voto. Só vale na eleição de presidente. Há uma transferência temporária de
seu domicílio para o local onde ele votará. Após, ele voltará, automaticamente, para o seu
domicílio de origem.
– Resoluções do TSE –
Têm natureza jurídica de ato administrativo e como não tem lide nem ação para
julgar, elas são aprovadas pelo próprio Tribunal, em sessão administrativa. Devem, porém, se
ater aos limites impostos pela legislação eleitoral e ao princípio da legalidade, mas goza de
todos os atributos de um ato administrativo, podendo ser objeto de controle de
constitucionalidade porque tem caráter genérico e abstrato, cabendo interposição de
ADI/ADC perante o TSE.
Via de regra, elas são formuladas pela autoridade consulente e não têm força
vinculante quanto aos julgados futuros, não podendo se tratar de casos concretos, por isso se
fala que elas são formadas em tese. Assim é o entendimento dos tribunais eleitorais:
“as respostas às consultas não têm caráter vinculante, mas tão somente sinalizam
orientação sobre determinado tema, sem qualquer força executiva, não sendo o meio
adequado para pleitear autorização para a prática de ato administrativo”
XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com
jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político;
VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por
autoridade pública ou partido político;
Definitiva: há perda da função que se ocupa, não retornando ao cargo após a eleição. O prazo
para exoneração é de 6 meses antes do início do período eleitoral.
Temporária: não há perda do vínculo com o cargo público, de forma que após a eleição ele
retorna a ocupá-lo. Lembrando que essa exoneração precisa ocorrer 6 meses antes do início do
período eleitoral.
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
Todos os recursos vistos acima devem ser interpostos no prazo de 3 dias. Apenas não
terá esse prazo de 3 dias quando a lei disser expressamente, conforme preconiza o Código
Eleitoral:
Art. 258 Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso deverá ser
interposto em três dias da publicação do ato, resolução ou despacho.
IMPORTANTE: não existe recurso extraordinário que vai direto do TRE para o STF,
ainda que haja afronta à CF. Cabe, porém, recurso extraordinário no prazo de 3 dias para o
STF vindo do TSE.
DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto
e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
I - a nacionalidade brasileira;
V - a filiação partidária
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e,
se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
Dizer que o sufrágio é universal não é dizer que ele é concedido a todos
indiscriminadamente, mas que a universalidade é aplicada a todos os cidadãos, que
preenchem os requisitos constitucionais e infraconstitucionais.
A CF, no artigo supracitado, admite 3 formas de atuação direta do povo. São elas:
Plebiscito: a vontade do povo, a votação ocorre antes do ato que se planeja executar, assim, o
povo vota para saber se o governo vai fazer ou não alguma coisa.
Referendo: aqui a consulta ao povo serve para ratificar o que já foi feito, assim, o governo faz
e depois o povo vota para saber se continua ou se encerra.
Iniciativa popular: forma de iniciação de um projeto de lei cujo “pontapé inicial” saiu do
próprio povo.
Art. 1o A soberania popular é exercida por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, nos termos desta Lei e das normas constitucionais pertinentes, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
Art. 2o Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria
de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa.
Art. 4o A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se anexarem a
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população
diretamente interessada, por meio de plebiscito realizado na mesma data e horário em cada um dos
Estados, e do Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembléias
Legislativas.
§ 2o À Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei complementar referido no
parágrafo anterior compete proceder à audiência das respectivas Assembléias Legislativas.
Art. 6o Nas demais questões, de competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o
plebiscito e o referendo serão convocados de conformidade, respectivamente, com a Constituição
Estadual e com a Lei Orgânica.
Art. 7o Nas consultas plebiscitárias previstas nos arts. 4 o e 5o entende-se por população
diretamente interessada tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá
desmembramento; em caso de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto
a da que receberá o acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar em
relação ao total da população consultada.
Art. 8o Aprovado o ato convocatório, o Presidente do Congresso Nacional dará ciência à Justiça
Eleitoral, a quem incumbirá, nos limites de sua circunscrição:
Art. 10. O plebiscito ou referendo, convocado nos termos da presente Lei, será considerado
aprovado ou rejeitado por maioria simples, de acordo com o resultado homologado pelo Tribunal
Superior Eleitoral.
Art. 11. O referendo pode ser convocado no prazo de trinta dias, a contar da promulgação de lei
ou adoção de medida administrativa, que se relacione de maneira direta com a consulta popular.
Art. 12. A tramitação dos projetos de plebiscito e referendo obedecerá às normas do Regimento
Comum do Congresso Nacional.
Art. 13. A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados,
subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco
Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
§ 2o O projeto de lei de iniciativa popular não poderá ser rejeitado por vício de forma, cabendo à
Câmara dos Deputados, por seu órgão competente, providenciar a correção de eventuais
impropriedades de técnica legislativa ou de redação.
Art. 14. A Câmara dos Deputados, verificando o cumprimento das exigências estabelecidas no
art. 13 e respectivos parágrafos, dará seguimento à iniciativa popular, consoante as normas do
Regimento Interno.