Aquicultura
Aquicultura
Aquicultura
Panorama da Aquicultura
Nicole Pistelli Machado
PARANÁ
Curitiba-PR
2010
Sumário
O que é aquicultura?
Segundo a FAO (1997) a aquicultura é uma atividade multidisciplinar que se
FAO: sigla em inglês de Food
refere ao cultivo de organismos aquáticos, incluindo peixes, moluscos (me- and Agriculture Organization of
the United Nations, traduzindo,
xilhão, sururu, bacucu, ostra), crustáceos (camarão, caranguejo, siri, pitu), seu significado em português é a
plantas aquáticas (algas), entre outras espécies. Organização das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação.
Primeiramente vamos falar sobre as diferenças entre a pesca extrativa e aqui- Uma ativdade multidisciplinar é
uma atividade que integra várias
cultura. áreas do conhecimento para a
resolução de problemas, estudo
de fenômenos etc.
A pesca extrativa é a captura/retirada de organismos aquáticos utilizados
como recursos pesqueiros da natureza sem o seu prévio cultivo, esta ativida- Recursos Pesqueiros:
produtos provenientes da pesca
de pode ocorrer em escala industrial ou artesanal. e coleta, como peixe, camarão,
lagosta, ostra, entre outros.
1. O organismo produzido deve ser aquático ou ter a água como seu prin-
cipal ou mais frequente ambiente de vida;
Atividade de Aprendizagem
Relacione as colunas abaixo.
(1) Aquicultura
(2) Pesca
Atividade de Aprendizagem
Reúna-se com os colegas e discuta como surgiu a aquicultura na sua região.
Verifique se existe algum registro histórico da atividade.
Recordando
* *
Por estes motivos, um número cada vez maior de países vem dedicando-se
ao cultivo de organismos aquáticos de alto valor econômico.
Os maiores produtores mundiais são: China (28 milhões ton), Chile (550 mil
ton) e Estados Unidos (498 mil ton), respectivamente (FAO 2002).
Atividade de Aprendizagem
Observando a tabela do “Panorama da Produção Mundial da Pesca e Aqui-
cultura” indique em valores aproximados de porcentagem, qual é a partici-
pação do Brasil na produção aquícola mundial.
• A aquicultura vem como uma alternativa viável para a crise no setor pes-
queiro;
• Os maiores produtores mundiais são: China (28 milhões t), Chile (550 mil
t) e Estados Unidos (498 mil t);
Fonte: Livro “Estudo Setorial para a Consolidação de uma Aquicultura Sustentável no Brasil”, 2007.
Aquicultura Continental
A aquicultura continental de água doce tem apresentado um crescimento
contínuo nos últimos anos, passando cerca de 77.500 toneladas em 1997
para 180.730 toneladas em 2004, ou seja, um aumento de mais de 100%
no período. Em 2004, a Região Sul (carpas e tilápias) era responsável por
34% da produção, seguida pelo Nordeste (tilápias e tambaquis) com 22%,
depois Centro-Oeste (tambacu, pacu, tilápia e tambaqui), Sudeste (tilápia,
carpa, truta, tambacu e tambaqui) com 17% tendo o Norte (tambaqui) uma
participação inferior a 10% do total da aquicultura continental. (IBAMA,
2005)
Aquicultura Marinha
A aquicultura praticada em água salgada e salobra foi a que apresentou o
maior crescimento dos últimos anos, e a espécie responsável por esse cresci-
mento foi o Litopenaeus vannamei (camarão cinza), colocando o Brasil como
o sexto maior produtor mundial. Em 2003, o cultivo de camarão atingiu
90.000t tendo diminuído cerca de 16% em 2004, quando a produção caiu
drasticamente para 76.000t (ABCC, 2005). Esta redução ocorreu, sobretu-
do, devido aos seguintes fatores:
ABCC: Associação Brasileira de
Criadores de Camarão.
Atividade de Aprendizagem
Pesquise quais são as principais espécies aquáticas cultivadas em sua re-
gião.
Fitoplâncton:
nos ecossistemas aquáticos, • Zooplâncton
abrange todos os seres
flutuantes e fotossintetizantes; é
representado principalmente por • Organismo Cultivado
inúmeras espécies de algas.
• Macroalgas
Aqueles que obtêm energia a partir dos consumidores primários são classi-
ficados como carnívoros, ou consumidores secundários ou de segunda or-
dem. Temos também consumidores terciários, quaternários e assim por dian-
te. A classificação vai depender do nível que este organismo se encontra na
cadeia trófica. São exemplos de consumidores secundários: a carpa comum
e o dourado.
Atividade de Aprendizagem
Qual a importância dos organismos decompositores dentro dos ambientes
de cultivo?
A Água
Resumo
• A água é uma molécula polar formada por um átomo de oxigênio e dois
de hidrogênio;
O raio de luz quando penetra na água tem sua intensidade atenuada pro-
gressivamente, através de duas formas distintas: absorção e dispersão. A
absorção reduz a intensidade inicial do raio solar, transformando sua energia
em calor. Já a dispersão atenua a intensidade inicial da radiação, por desviá-
la, sem causar nenhuma transformação de energia.
Resumo
• Quando a densidade é semelhante em toda coluna d’água, não há bar-
reira física contrária à circulação, criando uma condição denominada ins-
tabilidade térmica;
Organismos cultivados
O cultivo de moluscos bivalves é uma atividade antiga no mundo, conhecida
desde a época do Império Romano. O primeiro registro de cultivo de mo-
Moluscos bivalves: classe
luscos no Brasil data do ano de 1934, porém esta atividade só assumiu seu de moluscos de corpo mole
revestido por uma concha rígida
caráter comercial a partir da década de 90. formada por duas peças laterais
simétricas.
No Brasil são cultivados os seguintes moluscos bivalves: mexilhão (Perna per-
na), ostra do pacífico (Crassostrea gigas), ostra nativa (Crassostrea rizopho-
rae), ostra do mangue (Crassostrea brasiliana) e ainda existem experimentos
para o cultivo da vieira nativa (Nodipecten nodosus).
Curral
Fundo
Direto
Contato direto com o fundo
Estacas ou “bouchots”
Mesa
Suspenso Estruturas Fixas Contato com
Varal
a coluna d’água
balsa pendurados numa
Estruturas Flutuantes meia-água estrutura.
longline
Exemplos
Obtenção de Sementes
Segundo Ferreira et al (2006, p.38) as sementes de moluscos podem ser
obtidas de três maneiras básicas:
Comercialização
Moluscos são comercializados in natura, cozidos, desconchados, enlatados,
defumados (beneficiados). O Brasil não tem a tradição de consumir pescados
em geral, ainda mais moluscos; é considerado um consumo sazonal, durante
as férias. O baixo consumo e a falta de industrialização criam problemas para
comercialização.
Importância Econômica
Atualmente o cultivo de moluscos representa a principal ou pelo menos a se-
gunda atividade em importância econômica para alguns municípios de San-
ta Catarina. Muitas pessoas conhecem as “Ostras de Florianópolis”, muito
apreciadas nos Estados do sul e sudeste. A malacocultura tem possibilitado
a integração entre cultivo, gastronomia e turismo.
Resumo
• No Brasil, são cultivados os seguintes moluscos bivalves: mexilhão (Per-
na perna), ostra do pacífico (Crassostrea gigas), ostra nativa (Crassostrea
rizophorae), ostra do mangue (Crassostrea brasiliana). E ainda e x i s -
tem experimentos para o cultivo da vieira nativa (Nodipecten nodosus);
Aspectos Socioeconômicos da
Carcinicultura Marinha
A carcinicultura marinha teve sua origem no sudeste asiático, onde durante
séculos eram despescados viveiros abastecidos pelas marés. No Brasil, ela
começou a ganhar destaque na década de 90, quando houve uma grande
expansão da atividade no Nordeste. A maior parte do camarão marinho cul-
tivado no país é proveniente desta região, cerca de 94% da área e 96% da
produção, sendo a espécie predominante o Litopenaeus vannamei, exótica
da costa do Pacífico do México. No ano de 2003, a exportação do camarão
cultivado gerou divisas de aproximadamente US$ 236.772.700,00, repre-
sentando 91,63% do valor das exportações de camarão do Brasil.
• Licença Prévia;
• Licença de Instalação;
• Licença de Operação.
Saiba mais
A carcinicultura é a atividade produtiva mais polêmica da aquicultura. Abai-
xo algumas sugestões que mostram opiniões diferentes sobre o desenvolvi-
mento do cultivo de camarões marinhos no Brasil.
Atividade de Aprendizagem
Indique alguns fatores que fazem o Nordeste ser o maior produtor de cama-
rão marinho do Brasil.
Ciclo Biológico
Os camarões marinhos normalmente se reproduzem em alto mar. Os repro-
dutores utilizam áreas de grandes profundidades, exceto o camarão branco
que pode se reproduzir em profundidades menores que 10 metros, no inte-
rior das baías. As fêmeas desovam sucessivamente produzindo um número
considerável de ovos.
Estuários:
Lagoas, rios salgados, baías, áreas de confrontação
com água doce.
70-100 dias
Recrutas
Ovos
Com 12-20 g
Náuplio (I, II, II, IV, V)-> Protozoea (I, II, III)-> Misis (I, II, II)-> Pós-larva (1,2,3...,20)
2. Artêmia
1. Maturação
Reprodutores
3. Larvicultura
4. Microalgas
PL 10
Escritório
5. Pré-berçário
PL 20
Transporte
Engorda
Após o berçário, faz-se a transferência para os viveiros de engorda (os culti-
vos de povoamento direto são mais utilizados: adquirem PL 20 a PL 40).
Despesca
Os camarões a serem despescados devem estar com 10 a 16g. Não se deve
alimentar um dia antes da despesca, para que estes não fiquem com o cor-
dão fecal aparente. Deve-se baixar a água gradativamente (senão o camarão
fica empilhado, isto é, um sobre o outro, comprometendo a qualidade do
produto), e a coleta deve ser feita na comporta de drenagem (rede cônica
na saída) área de concreto. O L. vannamei é atraído pela correnteza, os ca-
marões coletados nas redes de espera são imersos, imediatamente em água
gelada com 3 a 5°C com metabissulfito que para as atividades enzimáticas,
evitando assim que o camarão mude de coloração. Depois são transportados
para a indústria onde serão beneficiados e comercializados. Podem também
ser vendidos frescos conservados apenas em gelo.
Atividade de Aprendizagem
Complete as lacunas do texto abaixo:
Estes crustáceos habitam águas interiores como riachos, rios, lagoas, que
tenham comunicação com o mar, apresentam fase larval de 20 a 60 dias em
água salobra, estuário (a exceção do M. amazonicum - período de larvicul-
tura de 20 dias).
Fases do cultivo
O cultivo de camarões de água doce apresenta três fases distintas: a larvicul-
tura, o berçário e a engorda.
Reprodutores
É comum dentro das fazendas de camarão de água doce a coleta de fêmeas
grávidas de dentro dos viveiros de crescimento e terminação. Poucas são as
propriedades brasileiras que mantêm reprodutores selecionados em isola-
mento.
Berçário
Os berçários podem ser realizados em viveiros de fundo natural, cobertos ou
não por estufa, em tanques internos ou em tanques-rede instalados sobre
os próprios viveiros de engorda (VALENTI, 2002, p. 2). O berçário é uma fase
intermediária que permite o uso mais racional da onerosa infraestrutura dos
viveiros e, consequentemente, aumenta a produtividade.
Engorda
A fase de crescimento final ou terminação geralmente é realizada no siste-
ma semi-intensivo, 5-10% de troca do volume de água por dia e aeração
de emergência em algumas propriedades. A duração do cultivo vai de 4 a 8
meses dependendo da região.
Monocultivo
O monocultivo pode ser realizado em propriedades de pequeno, médio e
grande porte. Em viveiros escavados, tanques de alvenaria ou tanques-rede,
a densidade varia de 5 a 14 juvenis por m². Em regiões com boas condições
climáticas, podem-se obter índices econômicos bastante atrativos.
Policultivo
O policultivo consiste na criação de duas ou mais espécies em um mesmo
viveiro. Representa a ocupação eficiente do espaço físico aproveitando os
diferentes nichos alimentares do viveiro. Os camarões de água doce podem
ser cultivados junto com algumas espécies de peixe, sendo a tilápia do Nilo
a espécie mais utilizada.
Processamento e mercado
O cultivo de camarões de água doce enfrenta algumas dificuldades na co-
mercialização, como: desconhecimento do camarão de água doce no Sul;
relação cabeça-abdômen desfavorável em relação ao camarão marinho; e
perda da textura da musculatura abdominal em poucos dias de gelo.
Atividade de Aprendizagem
Aponte duas semelhanças e duas diferenças entre cultivo de camarões de
água doce e marinho.
Alóctones:
Aspectos econômicos, sociais e ambien- no caso da piscicultura, peixes
tais. originários de diferentes bacias
hidrográficas.
O Brasil possui diversas espécies nativas com potencial para piscicultura. Po-
pacotes teconógicos: con-
rém a grande maioria delas ainda precisa de um maior número de estudos junto de procedimentos para o
para atingir um patamar de viabilidade zootécnica e econômica. Enquanto cultivo de espécies de interesse
para aquicultura.
isso a piscicultura brasileira é dominada pelo cultivo de espécies exóticas.
A legislação ambiental brasileira está ficando cada vez mais restritiva, pois
a obtenção de licenças para o cultivo de espécies exóticas fica mais difí-
cil a cada dia. Órgãos de Licenciamento tentam desestimular a produção
de espécies exóticas exigindo uma série de procedimentos para licenciar os
cultivos, gerando uma grande despesa para o pequeno produtor, às vezes,
inviabilizando o projeto.
Atividade de Aprendizagem
Primeiramente troque ideias com os colegas, e depois cite ao menos duas
espécies de peixes nativos de água doce que são cultivadas no seu Estado.
Resumo
As tilápias fêmeas
atingem a maturidade sexual Figura 14.1: Tilápia incubando seus ovos na boca (cuidado parental).
antes de muitas espécias de Fonte: www.fotosdepesca.com.br
peixes, em torno de 4 meses de
idade já conseguem repoduzir.
Como os machos apresentam
um maior rendimento de A precocidade de maturação sexual das fêmeas também pode acarretar pre-
carcaça é comumo cultivo juízos devido à superpopulação dos viveiros. Estes fatos justificam o uso de
somente se machos da espécie.
populações monossexo no cultivo de tilápias.
As carpas são consideradas exóticas em nosso país por terem origem na Ásia
e na Europa Oriental, são utilizadas na piscicultura por volta de 3000 anos.
É a espécie de peixe de água doce mais cultivada no mundo. Seu cultivo,
no Brasil, teve origem na colonização do sul do país por italianos e alemães,
que praticavam uma piscicultura de subsistência alimentando as carpas com
restos de grãos e dejetos de animais.
Existe uma grande variedade de espécies e carpas, por isso, são divididas em
três grandes grupos:
• Carpa comum;
• Carpas indianas.
Truta
Resumo
• A piscicultura brasileira é liderada pela produção de espécies exóticas;
• Entre outras.
A criconservação , neste
caso, é um processo onde o No Nordeste do Brasil, encontramos também várias linhas de pesquisa e
sêmen é preservado através do
congelamento a temperaturas
desenvolvimento de tecnologias para o cultivo de peixes marinhos. No Ins-
muito baixas. tituto de Ciências do Mar (LABOMAR) da Universidade Federal do Ceará
são realizados experimentos com a cioba (Lutjanus purpureus) e o bijupirá
(Rachycentron canadum), sendo que alevinos de bijupirá já são produzidos
em escala comercial na região.
Felipe Lima
27 de junho de 2010
Resposta:
Figura 16.10
Fonte: http://www.flmnh.ufl.edu/fish/gallery/Descript/Cobia/Cobia.html
Resumo
• A piscicultura marinha no Brasil, ainda hoje, se encontra restrita a labora-
tórios de pesquisa e tentativas de cultivos comerciais;
Anfíbios
Aspectos biológicos do ciclo de vida e ana- Este nome foi dado ao grupo
devido a maioria de seus repre-
tomia sentantes possuírem a fase larval
As rãs são anfíbios (do grego amphi - dos dois lados + bios = vida) e por isso aquática (lembre-se dos girinos)
e uma fase adulta que habita o
possuem características distintas daquelas apresentadas por todos os outros meio terrestre úmido
Saiba Mais
Fonte: Dra. Cláudia Maris Ferreira, Mestrado em Pesca e Aquicultura. Instituto de Pesca de São Paulo, 2006.
Rã-manteiga
• Família: Ranidae
Rã-touro
Entre os dedos
As rãs dependem da água para: realizar a reprodução, manter seu equilíbrio
hídrico, para se defenderem, eliminarem excretas e a pele velha.
O girino é onívoro (consome alimentos de origem Os imagos e as rãs adultas são carnívoras
animal e vegetal), tem respiração cutânea e princi- (alimentam-se de carne) e caçadoras, apresentam
palmente branquial. respiração pulmonar e cutânea.
Atividade de Aprendizagem
Discuta com seus colegas como o fato das rãs apresentarem uma fase de
vida exclusivamente aquática e outra terrestre pode influenciar em sua for-
ma de cultivo.
Resumo
• Pode-se dizer que a rã-touro gigante, espécie exótica, é a única utilizada
nos ranários comerciais brasileiros, por apresentar um melhor desempe-
nho zootécnico que as espécies de rãs nativas;
Setor de Reprodução
O setor de reprodução é local, com a permanência dos reprodutores durante
as épocas mais quentes do ano para o repouso sexual. Estes são mantidos
em baias de mantença separados por sexo e tamanho.
Um bom reprodutor deve possuir uma massa corporal acima de 250g, ter
até 3 anos de idade e sem apresentar danos externos.
O setor de reprodução possui um tanque principal com uma ilha central utili-
zada para a alimentação, a postura dos ovos ocorre nos tanques de postura,
estruturas que vocês podem observar abaixo (Figura 18.2).
Figura 18.2: (A) Tanque principal com ilha central. (B) Tanques de postura. Ranário do
Pólo Regional da APTA, Pindamonhangaba, SP.
Fonte: Nicole Pistelli Machado.
Após a eclosão dos ovos, as larvas atingem o estágio de nado livre e, então,
são transferidas para tanques chamados start (pois é onde inicia o cresci-
mento). O período de permanência nestes tanques é de 15 dias.
Figura 18.5: (A) Girinos. (B) Imago; Ranário do Pólo Regional da APTA Pindamonhan-
gaba, SP.
Fonte: Nicole Pistelli Machado.
As rãs são caçadoras por isso precisam de um indutor biológico para consu-
mir a ração. Em alguns casos são utilizadas larvas de moscas misturadas à ra-
ção (larvas produzidas na propriedade, em um local denominado moscário).
Outra estratégia é o uso de cochos vibratórios, dando a sensação de que o
alimento está em movimento.
Setor de Engorda
Este setor representa 70% da área total das instalações de um ranário, e é
destinado a obter o crescimento e a engorda até o tamanho comercial, para
serem abatidos pelo criador.
IX. No ano de 1995, o sistema inundado) criado em Taiwan foi trazido para
o Brasil. Este sistema conta com tanques de grande espelho d’água e uma
profundidade média de 5 cm. Aqui, as rãs capturam o alimento que é joga-
do a lanço.
Resumo
• A maioria dos cultivos comerciais de rãs é constituída por setores como:
reprodução, desenvolvimento embrionário, girinagem, metamorfose e
engorda;
O que isso quer nos dizer? Que a aquicultura para ser sustentável deve
produzir organismos aquáticos de maneira rentável, promovendo o bem-
estar social sem prejudicar o meio ambiente, suprindo as necessidades da
população sem comprometer as necessidades das populações futuras.
Exemplo
Aqui terminamos nossa aula com uma importante lição, preocupação com
o que iremos deixar apara as gerações futuras, pensem nisso, vocês tem um
importante papel como futuros técnicos em aquicultura, além do desenvol-
vimento da atividade a sustentabilidade da mesma.
Resumo
• A aquicultura para ser sustentável deve produzir organismos aquáticos
de maneira rentável, promovendo o bem-estar social sem prejudicar o
meio ambiente, suprindo as necessidades da população sem comprome-
ter as necessidades das populações futuras.
SEBRAE
Em uma cidade onde a maioria das famílias era sustentada por mulheres,
com renda proveniente de empregos formais, como professoras e funcioná-
rias públicas, e onde os homens enfrentavam a falta de emprego, era neces-
sário encontrar uma alternativa de renda para esta comunidade.
SEBRAE
Por volta do final dos anos 90, os assentados organizados pelo INCRA (Assen-
Com o programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, cujo
objetivo era financiar atividades que não agredissem o meio ambiente, os
agricultores se organizaram e elaboraram um projeto de desenvolvimento
da piscicultura e preservação das nascentes dos rios e submeteram ao PPG7.
A princípio os assentados pensaram que os peixes se alimentariam com as
frutas da região e com isso eles teriam um baixíssimo custo de produção.
Mas logo perceberam que para serem competitivos no mercado seus peixes
teriam que consumir ração específica para eles.
Atividade de Aprendizagem
Formem grupos (de três a quatro colegas) para analisar, selecionar e descre-
ver um empreendimento aquícola que vocês consideram um caso de suces-
so. Justificar a escolha.
Resumo
• A aquicultura está sendo responsável por uma verdadeira revolução na
vida de pescadores, comunidades tradicionais e de pequenos produtores
rurais;
DIEGUES, A.C. 2006. Para uma aqüicultura sustentável do Brasil. NUPAUB – Núcleo
de Apoio à Pesquisa sobre Populações Humanas e Áreas Úmidas Brasileiras – USP. Artigos
nº 3. São Paulo: Banco Mundial FAO, 2006. 26 p.
FERREIRA, J. F.; OLIVEIRA NETO, F.M.; SILVESTRI, F. Cultivo de moluscos em Santa Catarina.
Infopesca Internacional, v. 28, p. 34-41, 2006.
FOOD AND AGRICULTURE ORANIZATION OF THE UNITED STATES - FAO. 1995. Code of
conduct for responsible fisheries. Rome: 1995. 41 p. Disponível em: ftp://ftp.fao.org/
docrep/fao/005/v9878e/v9878e00.pdf. Acesso em: 28 mai 2010.
VALENTI, W. C. Criação de camarões de água doce. In: Congresso de Zootecnia, 12o, Vila
Real, Portugal, 2002, Vila Real: Associação Portuguesa dos Engenheiros Zootécnicos.
Anais. p. 229-237.
VON BEHR, M. Guarakessaba: Paraná-Brasil: Passado, Presente e Futuro. 1ª ed. São Paulo:
Empresa das Artes, 1997. 141 p.
ZANIBONI FILHO, E. Piscicultura das Espécies Nativas de Água Doce. POLI C. R; POLI A.
T. B.; ANDREATTA, A. & BELTRAME, E. (editores) Aquicultura Experiências Brasileiras. 1ª ed.
Florianópolis: Multitarefa, 2004. 337-368 p.
14. (UERJ-Adapatada)
a) Produtores.
b) Herbívoros.
c) Decompositores.
d) Consumidores de 3ª ordem.
e) Consumidores de 2ª ordem.
a) Norte.
b) Nordeste.
c) Sul.
d) Sudeste.
e) Centro-Oeste.