Segurança Do Trabalho

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 8

Segurança do trabalho

Normas de Segurança a serem observadas no Industria Têxtil:

As normas de segurança a serem observadas na indústria têxtil visam


prevenir e precaver eventuais acidentes ou doenças que possam vir a
ocorrer no cotidiano dentro de uma indústria.

As normas de segurança, também chamadas de normas


regulamentadoras (NRs), são determinadas pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), a fim de garantir a integridade dos funcionários em seu
local de trabalho. Tais normas devem ser seguidas e são obrigatórias a
todos os trabalhadores que são registrados pela CLT (Consolidação das
Leis do Trabalho).

Quanto as normas, elas poderão ser específicas: variam diante da


necessidade de cada área ou gerais: envolvem a determinação de uso
de equipamentos de proteção individual (EPI), como por exemplo:
óculos de proteção, luvas ou sapatos de proteção.

As normas de segurança do trabalho que geralmente são aplicadas na


indústria têxtil são a NR6 e NR 12. A NR6 versa sobre os equipamentos
de proteção que devem ser utilizados pelo trabalhador, são de uso
individual e visam proteger o trabalhador de possíveis riscos. A
obrigação de disponibilização do equipamento é da empresa. Nessa
norma também são regulamentadas as responsabilidades de cada parte,
como por exemplo:

Responsabilidade do empregador: exigir o uso do equipamento;


orientar e treinar o trabalhador quanto ao seu uso adequado;
responsabilizar-se pela periódica higienização; comunicar ao Ministério
do Trabalho e Emprego sobre as irregularidades observadas.

Responsabilidade do empregado: utilizar o equipamento apenas para


a finalidade a qual se destina; responsabilizar-se por conservar e
guardar os equipamentos de forma correta; comunicar o empregador a
respeito de qualquer danificação observada.

Responsabilidade do fabricante e/ou importador: cadastrar-se


junto ao órgão nacional responsável pela segurança do trabalho;
verificar se o número do lote de fabricação do equipamento está correto;
solicitar a emissão do Comprovante de Aprovação; comercializar apenas
equipamentos que contenham Comprovante de Aprovação.

Já a NR12 diz respeito a segurança do trabalho em máquinas e


equipamentos e tem por objetivo definir os princípios para que garantam
a saúde física e mental dos trabalhadores. Regida pelo princípio da falha
segura, a norma se aplica somente a máquinas movidas a energia
elétrica e para fins industriais. As normas estabelecem também sobre os
deveres imputados aos trabalhadores, como por exemplo: não realizar
nenhum tipo de alteração nas proteções mecânicas ou dispositivos de
segurança; participar dos treinamentos oferecidos; colaborar com o
empregador na aplicação da norma; distâncias mínimas entre as
máquinas; a forma como as elas devem ser instaladas e algumas
proibições.

As medidas de proteção coletiva (envolvem a implantação de proteções


físicas fixas nas áreas de risco), as administrativas (o treinamento que
deve ser periódico e devidamente documentado) e a de proteção
individual (aplicadas durante a jornada de trabalho, com a utilização de
equipamentos de proteção individual (EPIs), prevendo o tempo de
exposição a fatores de riscos) são exigidas para que a segurança dos
trabalhadores seja assegurada.

Os equipamentos de proteção individual (EPIs) são todos os dispositivos


ou produtos de uso individual e tem por finalidade a garantia de
proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua
saúde. O uso do equipamento só deve ocorrer quando não for possível
tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se
desenvolve a atividade, portanto quando as medidas de proteção
coletiva não forem viáveis.

Já os equipamentos de proteção coletiva – EPC são dispositivos


utilizados no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger os
trabalhadores dos riscos inerentes aos processos, portanto englobam de
uma maneira geral todos os trabalhadores. Logo, verifica-se que o EPI
será obrigatório somente se o EPC não atenuar os riscos completamente
ou se oferecer proteção parcial.

Na CLT, está previsto no artigo 166, onde competem as empresas a


obrigação de fornecimento gratuito os equipamentos necessários em
perfeito estado de conservação para seu bom uso. Por fim, o artigo 167
versa sobre que o equipamento só poderá ser colocado à venda ou
utilizado, caso ocorra a indicação do Certificado de Aprovação do
Ministério do Trabalho.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), é programa


técnico-preventivo da área de segurança do trabalho que tem por
objetivo preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores e é
estipulado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e garante que
todas as empresas que possuem trabalhadores regidos pela CLT devem
estabelecer o programa.
A NR9, dispõe que o PPRA deve estar articulado com o disposto nas
demais normas regulamentadoras de segurança do trabalho, em
especial a NR7, que trata do PCMSO (Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional).

Os riscos ambientais do trabalho (físicos, químicos e biológicos) são


reconhecidos no PPRA, uma vez que este deu ensejo a elaboração do
PCMSO, onde serão estipuladas as medias de prevenção, rastreamento e
diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho. No
PCMSO que serão determinados pelo médico-coordenador quais os
exames clínicos e complementares que deverão ser realizados para cada
trabalhador, bem como a sua periodicidade, de acordo com os riscos
reconhecidos no PPRA.

A fundamentação dos referidos programas está prevista no artigo 157,


inciso I, da CLT, c/c item 9.1.1 da NR9, com redação da Portaria nº
25/1994; e o PCMSO no artigo 157, inciso I, da CLT, c/c item 7.3.1,
alínea a, da NR7, com redação da Portaria nº 24/1994.

Toda empresa que possua, ainda que somente um trabalhador


registrado, está obrigada a elaborar e implementar o PPRA e PCMSO.
Posto isso, verifica-se que no PPRA são reconhecidos os riscos existentes
em determinado ambiente de trabalho e definidas as respectivas
medidas de controle, aptas a eliminá-los ou neutralizá-los, já no PCMSO
são definidas as ações a serem tomadas pela empresa para preservação
da saúde e da integridade física dos trabalhadores, dentre as quais a
realização dos exames médicos clínicos e complementares, de acordo
com os riscos reconhecidos no PPRA. Ainda, o item 9.1.3 da NR-09
estabelece que o PPRA deve estar obrigatoriamente articulado com o
disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, previsto na NR-07.

Quanto à CLT, o artigo 157 em seu inciso I é quem trata sobre a


aplicação e cumprimento das normas de segurança e medicina do
trabalho, que competem as empresas tais funções.

5. Conclusão
A saúde e a segurança do trabalho é um tema complexo para qualquer
empregador, é importante frisar sobre a sua importância e a
necessidade de ser observado a regulamentação que prevê em nosso
ordenamento jurídico.

No presente artigo abordamos brevemente a importância histórica sobre


a saúde e segurança do trabalho e da necessidade de regulamentação
pela nossa legislação, a qual disciplina a competência do Ministério do
Trabalho tratar sobre normas regulamentadores que abordam sobre a
saúde e segurança do trabalhador nas mais diversas categorias de
trabalho.

Este artigo aborda de forma específica o ramo da indústria têxtil, sendo


um dos maiores ramos que empregam atualmente no Brasil, por
consequência disso, também é grande o número de pedidos de
indenizações na Justiça do Trabalho, ante doenças e acidentes que
podem ser acometidas pelas atividades desenvolvidas nesta área, por
isso, a necessidade de ressaltar a importância sobre o tema.

O que se pode concluir das normas de segurança a serem observadas na


indústria têxtil é que tudo que é realizado e regulamentado tem por
objetivo manter a segurança do trabalhador de forma que as condições
de trabalho oferecidas devem ser as melhores possíveis para a
realização do trabalho com segurança e visando o melhor desempenho
de cada trabalhador em sua respectiva área ou função.

As empresas muitas vezes, não tem controle de eventuais danos


gerados por falhas técnicas em equipamentos ou algo do tipo, porém por
serem as oferecedoras dos serviços prestados, devem sempre estarem
de acordo com as regulamentações e atuarem como fiscalizadora, a fim
de que os possíveis riscos possam ser evitados ao máximo e os
trabalhadores não sofram nenhum dano em decorrência da atividade
exercida.

https://ribeiroalbuquerque.com.br/a-importancia-da-seguranca-do-
trabalho-na-industria-textil/ em 23/10/2022

Conheça as normas de segurança do trabalho na indústria têxtil


A indústria têxtil é uma atividade econômica vital para o
desenvolvimento de diversos setores do nosso país. Inclusive, o Brasil é
um grande produtor de tecidos, com polos têxteis de enormes dimensões
nos mais variados cantos do território nacional, tais como Fortaleza, no
estado do Ceará, Americana, em São Paulo, e o Vale do Itajaí, no estado
de Santa Catarina.

Acidentes são comuns no cotidiano de uma indústria e, para isso, foram


criadas as normas de segurança do trabalho. No caso da indústria têxtil,
os indicadores de segurança do trabalho são os melhores de todo o ramo
industrial, e isso é resultado de um longo processo de estudos e
observações dos profissionais do ramo.

Quer saber mais sobre as normas de segurança do trabalho na indústria


têxtil? Então, continue com a gente! Aqui, abordaremos o que são
e quais as normas de segurança do trabalho no setor, e qual a
importância da sua correta aplicação. Confira! 

O que são as normas de


segurança do trabalho?
Também chamadas de normas regulamentadoras (NRs), as regras de
segurança do trabalho são determinadas pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) para preservar a integridade dos trabalhadores em um
ambiente laboral. Essas normas são obrigatórias e devem ser seguidas
por todos os empregados contratados pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). 

As normas podem ser classificadas em gerais e específicas. As gerais


envolvem, por exemplo, a determinação do uso de equipamentos de
proteção individual, o que inclui óculos, luvas e sapatos de proteção,
entre outros.

Já as específicas são aquelas que variam de acordo com as necessidades


de cada área. No caso do setor têxtil, as mais utilizadas são a NR12, que
trata das máquinas usadas na produção, e a NR6, que trata dos
equipamentos de proteção. Falaremos delas em breve.

Qual a importância de seguir as


normas que se aplicam no setor?
Além da prevenção de acidentes, que é a importância principal, existe
uma série de outros fatores que podem ser prevenidos ou cessados com a
concordância das normas de segurança do trabalho na indústria têxtil.

Primeiramente, o surgimento de doenças relacionadas ao trabalho


industrial. As mais comuns são a LER (lesão por esforço repetitivo), as
doenças de coluna e a fadiga. Essas doenças podem causar o afastamento
do funcionário e até mesmo a sua aposentadoria precoce.

Outro fator muito importante está relacionado à imagem do setor diante


do mercado. Empresas que seguem à risca as diretrizes estabelecidas
pela segurança do trabalho passam a credibilidade voltada para a
responsabilidade e despertam a confiança dos stakeholders. 

Quais são as normas de


segurança do trabalho na
indústria têxtil?
Dentre as normas de segurança do trabalho na indústria têxtil, existem
duas principais que norteiam todas as outras: a NR12 e a NR6. Veja mais
sobre elas!

NR12

A NR12 é a norma responsável pela segurança do trabalho em máquinas


e equipamentos. De acordo com a própria norma, o objetivo é definir as
referências e princípios necessários para garantir que a saúde física e
mental dos trabalhadores de indústrias seja preservada.

Regida pelo princípio da falha segura, a norma se aplica somente


a máquinas movidas a energia elétrica e para fins industriais. Como
medidas de proteção, são adotadas as de proteção coletiva, as
administrativas ou de organização do trabalho e as individuais. 
A norma também estabelece alguns deveres a serem cumpridos pelos
trabalhadores, tais como não realizar nenhum tipo de alteração nas
proteções mecânicas ou dispositivos de segurança, participar dos
treinamentos oferecidos e colaborar com o empregador na aplicação da
norma.

Na NR12 também são definidas as distâncias mínimas entre as


máquinas, a forma como as elas devem ser instaladas e algumas
proibições, por exemplo, a utilização de alguns tipos de chaves e a
exposição de partes energizadas nos equipamentos.

De forma breve, a norma abrange diversos aspectos, como princípios


gerais:
 o arranjo físico e as instalações;
 os dispositivos e as instalações elétricas;
 os dispositivos de partida, de acionamento e de parada;
 os sistemas de segurança e os dispositivos de parada de emergência;
 os meios de acesso permanentes;
 os componentes pressurizados;
 os transportadores de materiais;
 os aspectos ergonômicos;
 os riscos adicionais etc. 

NR6

Diz respeito aos equipamentos de proteção que devem ser utilizados pelo
trabalhador. De acordo com a própria norma, trata-se de dispositivos de
uso individual, com a intenção de proteger a saúde do trabalhador dos
possíveis riscos no trabalho. 

A norma conceitua o equipamento conjugado de proteção individual,


além de determinar como ele será vendido, de que forma as empresas
deverão fornecê-lo aos empregados e em quais situações.

Também são estabelecidos sob quais órgãos fica a responsabilidade de


credenciamento, as responsabilidades do empregador, empregado e do
fabricante e/ou importador, além da determinação dos prazos de validade
do equipamento.
Veja, agora mesmo, algumas das responsabilidades entre as partes
envolvidas!

Responsabilidades do empregador

 exigir o uso do equipamento;


 orientar e treinar o trabalhador quanto ao seu uso adequado;
 responsabilizar-se pela periódica higienização;
 comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego sobre as irregularidades observadas.

Responsabilidades do empregado

 utilizar o equipamento apenas para a finalidade a qual se destina;


 responsabilizar-se por conservar e guardar os equipamentos de forma correta;
 comunicar o empregador a respeito de qualquer danificação observada.

Responsabilidades do fabricante e/ou importador

 cadastrar-se junto ao órgão nacional responsável pela segurança do trabalho;


 verificar se o número do lote de fabricação do equipamento está correto;
 solicitar a emissão do Comprovante de Aprovação;
 comercializar apenas equipamentos que contenham Comprovante de Aprovação.
Portanto, seguir de forma convicta as normas abordadas é essencial para
manter o trabalhador em segurança. De modo geral, medidas como
estabelecer livre a circulação da área de trabalho, com boa iluminação e
ventilação, além do perfeito nivelamento e higiene dos pisos, a correta
instalação das máquinas e a proteção de materiais inflamáveis, de modo
a evitar possíveis incêndios, é o caminho ideal para manter a sua
empresa dentro dos padrões legais.
Gostou de aprender mais sobre as normas de segurança do trabalho na
indústria têxtil? Então, não deixe de ler também sobre como
implementar a gestão estratégica no setor têxtil e aprender muito mais!
https://fcem.com.br/noticias/conheca-as-normas-de-seguranca-do-
trabalho-na-industria-textil/ em 23/10/2022

Você também pode gostar