APELAÇÃO
APELAÇÃO
APELAÇÃO
RECURSO DE APELAÇÃO
Com base nos artigos 1.009 a 1.014 do CPC/15, requerendo, na oportunidade, que o
recorrido seja intimado para, querendo, ofereça as contrarrazões e, ato contínuo, sejam
os autos, com as razões anexas, remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de
Minas Gerais para os fins de mister.
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Procurador do Estado
OAB/MG 201152-74
RAZÕES RECURSAIS
COLENDA CÂMARA
EMÉRITOS DESEMBARGADORES
II – DA TEMPESTIVIDADE E DO PREPARO
Nos termos dos artigos 219 e 1.003, §5º do CPC, o prazo para interpor o presente
recurso é de 15 dias úteis, sendo excluído o dia do começo e incluindo o dia do
vencimento nos termos do artigo 224 do CPC/15.
Desta forma, considerando que a decisão fora publicada no Diário Oficial na data de
01/06/2021, tem-se por tempestivo o presente recurso, devendo ser acolhido.
Diante de todo exposto acima a apelada requereu que fosse determinado a aplicação da
correção monetária, juros de mora e multa pelos atrasos nos pagamentos por parte do
apelante.
Logo em seguida o perito junta o Laudo Pericial com quesitos do apelante e da apelada,
onde o mesmo concluiu que o apelante efetuou os pagamentos com atraso, porém que
os valores indicados na inicial estão equivocadamente bem acima, passando a informar
em uma tabela os indicando os valores corretos.
IV – RAZÕES DA REFORMA
Conforme se verifica nos autos, por meio da sentença atacada, o juiz de primeiro grau
reconhece que as notas apresentadas há mais de 5(cinco) anos estão prescritas,
conforme transcrição abaixo:
As hipóteses em que incide a prescrição são distintas. Em uma a pretensão
do fundo de direto prescreve em cinco anos, já na outra, a que diz respeito
ao direito de ação, esta renasce toda vez que a prestação é devida (dia a
dia, mês a mês) e, em virtude disso, se restringe às prestações vencidas há
mais de cinco anos, conforme se percebe da leitura dos artigos 1o e 3o do
Decreto n. 20.910/32:
“Art. 1o-As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem
assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual
ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
(...)
Ora, nobres julgadores, em uma breve conferência das notas incluídas para
os cálculos pelo perito judicial, constata-se a presença de notas com mais
de 5(cinco) anos à propositura da ação. Conforme prints colacionados
abaixo:
Então, se o Nobel Juiz reconhece que notas há mais de 5 (cinco) anos estão prescritas e
ao mesmo tempo acata e condena o apelante aos valores indicados pelo perito judicial
que incluiu todas as notas, inclusive as prescritas, o mesmo entra em contradição,
devendo a sentença ser reformada.
Verifica-se também, Douto Julgador, que também há erro quando o Nobel Juiz de
primeiro grau admite na r. Sentença que a data a ser contada para começar a incidir
juros, estando ausente no contrato, estará na Lei de Licitações e Contratos art. 40, da Lei
no 8.666/93, que diz:
[...]
Deste modo os cálculos de mora foram feitos de forma equivocada, uma vez que em
nenhum momento ficou comprovado nos autos as respectivas datas de pagamento,
conforme o próprio perito afirma no laudo técnico, transcrito abaixo:
fiscais ao Estado?
Como resta provado, existem valores não devidos incluídos nos cálculos feitos pelo
perito e acatados pelo juiz de primeiro grau. Sendo assim, impugno os valores
apontados como devidos na sentença devendo a mesma ser reformada.
V – DOS PEDIDOS
Termos em que,
Pede deferimento.
Procurador do Estado
OAB/MG 201152-74