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Tacêsica e Paralinguagem

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Comunicação não verbal

Segundo Knapp (1982), psiquiatra pioneiro da técnica de terapia cognitivo-


comportamental no Brasil, a habilidade de emitir e receber sinais não verbais é
decorrente da aprendizagem e da prática no decorrer da vida cotidiana.Com isso, vê-se a
comunicação não verbal como um importante fator para uma comunicação efetiva,
podendo intervir positivamente no desempenho do docente em sala de aula a fim de
fortalecer, ainda mais, o processo da ensino/aprendizagem e a interação aluno/professor.
Durante muitas décadas as teorias psicológicas, por influência evidente da filosofia, de
onde surgiram, estudaram separadamente os processos cognitivos e afetivos. Devido à
dificuldade em estudar estes aspectos de forma integrada, tal separação parece conduzir
a uma concepção distorcida da realidade, com reflexos no modelo educacional vigente.
Os estudiosos e filósofos, como Platão, Descartes, Kant, entre outros, por um lado, ao
centrarem seus estudos apenas nos comportamentos externos dos sujeitos - e, em suas
teorias relacionadas à suposta dicotomia entre razão e emoção-, relegaram a um
segundo plano experiências mais subjetivas, como a das emoções, ao passo que
privilegiam os aspectos afetivos e/ou inconscientes nas explicações dos pensamentos
humanos, dedicando um papel secundário aos aspectos cognitivos. Na área educacional
o trajeto não é muito diferente. É comum, ainda hoje, no ambiente escolar, que os
educadores trabalhem o processo de aprendizagem dividindo a criança em duas
metades: a cognitiva e a afetiva. É importante afirmar que este é um dos maiores
enganos existentes na maioria das propostas educacionais da atualidade. A
racionalização se crê racional porque constitui um sistema lógico perfeito,
fundamentado na dedução ou na indução, mas fundamenta-se em bases mutiladas ou
falsas e nega-se à contestação de argumentos e à verificação empírica.
Tacêsica
É o estudo do toque, análise do tato, e todas as características que o envolvem
como pressão exercida, local onde se toca, pode ser um aperto de mãos, um abraço,
passar as mãos no braço ou dorso de uma pessoa para acalmá-la, fazer movimentos no
abdome de alguém para aliviar sua dor, proporcionando total integração do indivíduo
com o meio, mostrando ao outro seu pensar, de forma única e pessoal através de
comunicação tátil e do tocar.
O toque é representado de várias formas, podendo depender dos seguintes
fatores:
duração do toque: é o tempo total no qual ocorre o toque;
localização do toque: refere-se às áreas e partes do corpo a serem tocadas;
frequência do toque: é a quantidade de vezes que se aplica.

O contato físico não é em si algo emocional, mas sim as alterações que ele
provoca por meio de seus elementos sensoriais. Conforto, segurança, afetividade e
confiança são exemplos dessas alterações.
No livro Calatonia e Integração Fisiopsíquica, de Fernando Nobre Cortese ,
baseado na teoria do psicólogo húngaro Pethö Sandór, ele descreve como o toque
produz efeitos com vários graus de alívio do desconforto e da dor, e foi aprimorando
seu método. pode ser atingir nosso corpo. Calatonia significa ainda, literalmente, “tônus
adequado”, o que traduz de forma concreta os efeitos observados com esse relaxamento.
A adequação do tônus, também denominada por Sándor de “recondicionamento
fisiopsíquico”, pode ser descrita em três níveis: físico, emocional e mental.
• Nível físico: Relaxamento muscular, descontração muscular, regulação de diversas
funções vegetativas, como: respiração, circulação sanguínea e linfática, batimentos
cardíacos, funcionamento visceral, temperatura e pressão arterial.
• Nível emocional: Correspondente relaxamento e regulação do “tônus afetivo”, isto é,
reorganização das emoções carregadas de forma desequilibrada por acontecimentos
cotidianos e pelos diversos níveis de conflitos inconscientes.
• Nível mental: regulação do “tônus mental”, com eliminação dos diversos conteúdos
mentais espúrios, condicionados pela exposição diária a enorme quantidade de
estímulos, e, em nível mais profundo, superação das categorias
mentais condicionadas pela educação e cultura vigentes.
Todos esses três níveis da vivência humana incluem aspectos considerados
“inconscientes”. No nível físico, as funções corporais descritas são funções do sistema
nervoso vegetativo ou autônomo, isto é, independente do comando da consciência. Aqui
pode-se constatar como a vivência do ser humano é, básica e essencialmente,
inconsciente. Por exemplo, se não respiramos, logo morremos, mas quem comanda essa
primordial função é o sistema nervoso autônomo.
Em paralelo, nossas emoções e sentimentos têm preponderantemente um componente
inconsciente, isto é, não estamos conscientes dos aspectos principais dessas emoções e
sentimentos.
O mesmo vale para o nível mental: o reequilíbrio de todo o nosso sistema
fisiopsíquico realiza-se fundamentalmente no nível inconsciente, e, por isso, as técnicas
corporais de relaxamento e toque têm efeito reorganizador mesmo que o contato e a
troca se deem no nível corporal, sem a participação do verbal. Logicamente, quando o
nível verbal sintetizador e construtivo é possível, ganha-se um grau a mais de
consciência, fator importante no desenvolvimento humano.
Quando a criança começa a frequentar a escola, ela é apresentada a um novo universo
de socialização cuja figura central a qual irá se vincular é o professor. O vínculo é um
grande aliado quando se trata de aprendizagem e a criança aprende melhor quando tem
uma relação de confiança com esse adulto, uma boa forma de fortalecer vínculos com os
alunos é demonstrar interesse por eles. Esta brincadeira é inspirada nos toques sutis
criados pelo médico e psicólogo húngaro Pethö Sandór e vivenciados como na prática
citada acima. . Elas estão conectadas com o mundo através dos sentidos, que não são
apenas receptores passivos aos estímulos externos.

Esta brincadeira citada abaixo , é inspirada nos toques sutis criados pelo médico e
psicólogo húngaro Pethö Sandór e vivenciados nas formações em Pedagogia Profunda,
com a professora Céline Lorthiois e nos encontros de educadores da Casa Redonda
(centro de estudos ao ar livre, que fica em Carapicuíba, São Paulo).

Brincar com elementos da natureza e toques sutis aguça a sensibilidade dos


pequenos.
Forma de brincar com o toque : Uma criança se achega, levanta a camiseta
mostrando a barriga e, olhando pra mim, diz: “Folha! Folha!”, enquanto aponta para o
próprio corpo. Essa cena se repetiu muitas vezes depois que começamos a brincar de
massagem com elementos da natureza. Na escola, isso é possível mesmo no corre-corre
diário. É tudo muito simples: usamos um graveto, uma folha, uma flor para fazer
carinho. Em meio ao agito das crianças no parque, eu pego um elemento e ofereço para
quem está próximo. Começo pelas mãos, percorrendo suavemente o dorso e deslizando
por cada dedo. O carinho vai para o rosto, a barriga, as pernas, os pés. O toque é
bastante leve, feito de um jeito que quase não se sente, mas a gente sente. É como se
você tentasse encostar numa bola de sabão sem que ela estoure. Uma ação de
sensibilidade, troca de energia, carinho e confiança. A criança, explora essa
movimentação de maneira mais livre. É um carinho, uma massagem. É estar junto,
descobrir quem sou eu e quem é você.
“Tanto a ação do “brincar” como a ação dos toques sutis são gestos que atravessam o
corpo e tocam a alma, abrindo espaços novos para a circulação de uma sensibilidade
ainda pouco conhecida porque pouco exercida, mas com certeza à disposição de um
possível desenvolvimento mais harmonioso do ser humano”, diz Maria Amélia Pinho
Pereira em seu livro Casa Redonda: uma experiência em educação.
As crianças estão conectadas com o mundo através dos sentidos, que não são apenas
receptores passivos aos estímulos externos.

https://conexaoplaneta.com.br/blog/brincar-com-elementos-da-natureza-e-toques-sutis-
aguca-a-sensibilidade-dos-pequenos/#fechar
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-importancia-afetividade-na-
relacao-professor-aluno.htm
https://conexaoplaneta.com.br/blog/brincar-com-elementos-da-natureza-e-toques-sutis-
aguca-a-sensibilidade-dos-pequenos/#fechar

Paralinguagem
“A identidade vocal é uma poderosa arma para influenciar e encantar pessoas!”-
Anderson Carvalho
O estudo da paralinguística permite-nos perceber mais claramente as razões por que
extraímos o significado não apenas do conteúdo literal das palavras, mas também
através da maneira como elas são expressas.
Todos nós temos uma identidade vocal, não é sobre ter uma voz bonita, mas em como
utilizá-la de maneira que a mensagem a ser transmitida atinja seu objetivo da maneira
mais precisa.
Tudo depende de como são utilizados os elementos da voz, que são compostos
por: altura, velocidade, pausas, intensidade, entonação, dicção, as hesitações, os
“vícios” da fala e outras características estão relacionadas a esse fenômeno que é o
responsável pela revelação de vestígios emocionais; voz “embargada”, a falha na voz, o
pigarrear, o falar mais baixo ou mais alto uma conversa, o tornar a fala mais aguda ou
grave, são elementos são de paralinguagem.
Além disso, os alunos podem ter dificuldade de compreender que os elementos
paralinguísticos (qualidade da voz, ritmo da fala, pausas, risos, gritos). Atente-se para
essas dicas que irão ajudá-lo a modular sua voz na hora de passar sua mensagem:- --
- Dicção Vocal : A fala deve ser limpa e clara, suas palavras devem ser passadas de
maneira que o interlocutor compreenda o que você está dizendo. Exercite sua fala até
que pare de tropeçar em suas palavras.
- Altura do que se fala : Falar alto a ponto de irritar ouvidos alheios ou baixo a ponto do
outro não ouvir é algo que você deve estar atento. Suas palavras devem ser facilmente
audíveis, portanto, calibre a altura, é justamente falando na mesma altura que o outro
fala.
- A Velocidade que se fala : Pessoas que tendem a atropelar as palavras são pessoas
mais ansiosas pelas respostas. Elas tendem a querer processar mais rápido a fala já
esperando um resultado. Passe a falar pausadamente com os exercícios ensinados no
primeiro ponto, você conseguirá melhorar, mas para solucionar de fato, é preciso tratar a
ansiedade.
- A Postural Vocal pode ser dividida em três classes:
1 – Caracterização como: sufocado, limpo, estridente, manhoso, sussurros, gritos,
gemidos etc.
2 – Qualificação: Intensidade do que está sendo dito.
Exemplo: Um ano para recordar ...(fale essa frase de diversos tipos e verá o que são os
qualificadores)
3 – Segregação vocal: gírias, tiques, pausas do tipo, é…, humo, hummm, então…,
estalos com a língua (que dificilmente percebemos).

Modo de inserir a paralinguagem em sala de aula : durante a leitura de um livro, a


explicação de um tema, o professor deve inserir elementos em seu contexto : pode
imitar o rosnado de um leão afim de chamar a atenção dos alunos para a história. Fazer
a leitura como se estivesse lendo um jornal não fará nenhum ouvinte focar em sua
história.
Utilize sua voz na persuasão: Use o seu tom de voz de uma maneira constante,
assertiva, com breves pausas e de uma forma que traduza motivação e otimismo, para
que desta forma, as pessoas não apenas criem empatia por você como também deem
credibilidade ao que fala. A persuasão oral, é um importante fator para mostrar nossa
autoridade e nossa credibilidade em determinado assunto, influenciando em situações
que envolvem tomada de decisão.
Ouvintes tendem a acreditar nas pessoas as quais respeitam. Quando o locutor
demonstra emoções, o ouvinte começa a perceber o lado humano do profissional e, com
isso, cria simpatia por ele. É um passo para começar a considerá-lo um amigo. Ele
percebe verdade naquilo que ele está dizendo. Por isso, seu discurso ganha mais força.
A movimentação facial ajudará muito a modular as nuances que cada palavra pede.
Saber utilizar todo o poder de sua identidade vocal a seu favor, é uma poderosa arma
para influenciar e encantar pessoas.

Estatística IBOPE: Horário médio de conexão a rádio


https://corporalmentefalando.blogs.sapo.pt/tag/paralinguagem

10 sugestões de como usar a linguagem não verbal na educação infantil


1- Contato visual
Uma das melhores maneiras de se conectar com nossos alunos e manter seu foco é
olhando para eles. Mantenha seu olhar em um aluno por cerca de 15-30 segundos antes
de mudar para outro aluno. É provável que seus alunos prestem mais atenção quando
sabem que você está falando diretamente com eles. Também os ajuda a se sentirem
notados.

2-Seja expressivo e use gestos


Inspire os alunos a se envolverem com as lições. As taxas de retenção são baixas
quando se utiliza a verbalização, mas aumentam quando você adiciona movimentos,
expressões faciais e, porque não dizer, fazer disso um pouco de humor.
3-Mantenha os braços abertos
Uma posição corporal aberta sinaliza um convite, é o acolhimento às novas ideias.
Também atrai a atenção dos alunos para você e, portanto, é mais provável que eles
ouçam o que você tem a dizer.

4- Elogie com todo o seu corpo


Balance sua cabeça. Faça sinal de positivo – talvez dois! Levante as mãos com
entusiasmo. Mostre a eles que estão no caminho certo e eles terão mais confiança para
seguir em frente. Conheça os tipos de gestos.

5 - Adote uma postura de pensamento


Segure o queixo, incline a cabeça. Isso fará com que o aluno que você está olhando e
refletindo sobre o que ele está dizendo. Isso inspira curiosidade (sua e dele).
6- Sorria
Sorrir é o muito importante. Os alunos se conectam melhor com professores que
desejam estar com eles, que amam aprender e desejam compartilhar essa paixão.

7) Combine o movimento com a mensagem (emoções)


Mostre aos alunos como diferentes movimentos corporais podem transmitir emoções
claras e específicas. Toque os dedos, encolha os ombros, mexa-se e fique de pé com as
mãos nos quadris. Explique a mensagem não dita por trás de cada movimento. “Quando
alguém está assim, pode significar que está perdendo a paciência. Ou eles estão
chateados com o que você está dizendo. “
8)-Apontar exemplos
Você pode dar vida ao conceito de linguagem corporal observando como as pessoas –
tanto na realidade quanto na TV – estão interagindo. Uma atividade pode ser passar um
vídeo sem som. Ajude os alunos a encontrarem pistas que indiquem como cada pessoa
está se sentindo.
Pergunte que pistas indicam que a pessoa se sentiu assim. Dizer coisas como “o rosto do
homem estava vermelho” ou “os punhos da menina estavam cerrados” dá aos alunos
uma referência verbal para se lembrar da emoção observada.

9)-Jogos com linguagem corporal


Representar as emoções por meio da linguagem corporal ajuda as crianças a ver a
conexão entre os dois. Faça disso um jogo. Por exemplo: em cartões, escreva emoções
diferentes (uma por cartão). Isso pode incluir alegria, tristeza, raiva, medo e assim por
diante. Revezem-se tirando um cartão e representando a emoção enquanto o resto do
grupo tenta adivinhar o que é.
10 - Não seja exageradamente literal
Os professores podem cruzar os braços porque “estão sem paciência”, ou simplesmente
porque estão com frio. Um colega pode se espreguiçar pescoço porque está entediado
com a conversa, ou pode estar se alongando. a professora pode estar com sono porque
perdeu interesse pelo magistério ou porque a noite de diversão foi longa….
Explique aos alunos que os movimentos e gestos corporais por si só não transmitem
uma imagem completa. As crianças precisam aprender a considerar a comunicação
como um todo para entender o significado completo do que alguém está dizendo.
Há muitas coisas que podemos fazer para ajudar nossas crianças a desenvolverem
habilidades sociais. Pode explorar, por exemplo, brincadeiras sobre expressões faciais,
sobre o espaço pessoal e sobre as mudanças no tom de voz.

https://ibralc.com.br/a-importancia-linguagem-corporal-educacao/

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