Sismos
Sismos
Sismos
Formação de tsunamis
● Quando os sismos se geram no fundo marinho, em resultado de movimentos de
abatimento (deslocamento vertical) do fundo oceânico, ocorrem perturbações da
coluna de água, podendo gerar-se tsunamis.
● Estas ondas gigantes apresentam elevado poder destruidor devido à sua elevada
velocidade e amplitude.
● À medida que se aproximam das zonas costeiras (menos profundas), as ondas
diminuem o seu comprimento, mas ao mesmo tempo, aumentam a sua amplitude
(altura).
● Ondas L (superficiais)
- Propagam-se apenas na superfície da Terra;
- São as mais lentas e as últimas a serem registadas;
- Provocam deformação intensa dos materiais, devido à sua elevada
amplitude, sendo as mais destrutivas.
● Ondas de Rayleigh
- As partículas descrevem um movimento elítico num plano perpendicular à
direção de propagação das ondas;
- Propagam-se em meios sólidos e líquidos.
● Ondas de Love
- As partículas vibram num plano horizontal e perpendicular à direção de
propagação das ondas;
- Propagam-se apenas em meios sólidos.
Registo sísmico
● Sismógrafo: instrumento que regista os movimentos da superfície terrestre.
● Sismograma: registo efetuado pelo sismógrafo.
● O sismograma permite determinar o desfasamento de chegada das ondas P e S
(intervalo S-P).
● Quanto mais distante do epicentro se encontrar a estação, maior é o intervalo de
tempo entre as chegada das ondas P e S, porque as ondas P têm maior velocidade
do que as S, por isso quanto maior for a distância percorrida maior é o atraso das
ondas S em relação às P.
● Com base no desfasamento, é possível determinar a distância epicentral.
● Usando três estações sísmicas, consegue-se localizar graficamente o epicentro.
– da quantidade de energia libertada no foco, sendo um sismo tanto mais intenso quanto
maior a quantidade de energia nele libertada.
O mesmo sismo possui assim várias intensidades e esta tende a ser maior na região
epicentral.
Influência das características dos materiais rochosos na velocidade e efeitos das ondas
sísmicas.
Qualitativa Quantitativa
Subjetiva Objetiva
Sismicidade em Portugal
Sismo interplaca
❖ Os sismos que ocorrem nos Açores estão associados a limites divergentes.
Na região sul de Portugal Continental, os sismos podem estar associados ao
limite entre a placa Africana e a Eurasiática.
❖ O sismo de 1755, pode ter sido originado num limite tectónico e causou
intensa destruição em Lisboa, Alentejo e Algarve.
❖ A ocorrência de diversos tsunamis em Portugal demonstra que a nossa costa
é muito vulnerável, existindo planos de evacuação em alguns concelhos.
Sismo intraplaca
❖ Os sismos que ocorrem em Portugal Continental e na região do arquipélago da
Madeira estão associados a falhas ativas que não se localizam nos limites de
placas, como, por exemplo, a falha do vale do Tejo associada ao sismo de
Benavente de 1909.
intensidade máxima.
técnicas antissísmicas;
tsunami.
● Foi descoberta por Mohorovicic, quando constatou que as estações sísmicas mais
afastadas do epicentro recebiam dois conjuntos de ondas P e S.
● O primeiro conjunto mais rápido atravessava o manto e aumentava a sua
velocidade; o segundo conjunto propagava-se apenas na crusta, a velocidades
menores.
● As rochas do manto possuem maior rigidez do que as da crusta, em resultado das
elevadas pressões a que estão sujeitas e à sua composição peridotítica.
● Verifica-se que sismógrafos de estações situadas a algumas centenas de
quilómetros registaram primeiro as ondas sísmicas P e S que tinham sofrido
refração, resultando numa trajetória mais profunda, seguindo-se as ondas diretas P
e S, que não sofreram refração, com uma trajetória menos profunda.
● Mohorovicic deduziu que as ondas, ao atravessarem camadas mais profundas,
aumentavam de velocidade, o que indicava um incremento da rigidez resultante de
alterações no tipo de rochas.
quando sofrem um sismo, depende do local do epicentro, pois outras partes estarão
Métodos diretos
➔ Permitem estudar a constituição e a estrutura das camadas mais externas do
planeta. Não fornecem dados sobre as camadas mais profundas. (crusta e manto
superior)
➔ Vulcanismo- o estudo dos materiais libertados na atividade vulcânica permite
determinar a composição química e as características físicas das camadas menos
profundas. Por vezes, é possível o estudo de fragmentos de rochas encaixantes que
foram removidos e arrastados pelo magma durante a ascensão, designados
xenólitos.
➔ Afloramentos- muitas rochas que estão expostas na superfície terrestre foram
formadas em profundidade, tendo ascendido em resultado da remoção das camadas
superiores, por erosão, ou em consequência da atividade tectónica.
Estes afloramentos permitem o estudo de rochas formadas na crusta e no manto
superior, que são, geralmente, inacessíveis por ocorrerem em profundidade. A
principal limitação é a raridade deste tipo de afloramentos e o facto de não permitir
o estudo das camadas mais profundas da Terra.
➔ Minas- possibilitam a recolha de amostras de material em explorações a céu aberto
ou em escavações que podem atingir cerca de 4km de profundidade. Para além dos
materiais recolhidos,, é possível também estudar as variações da temperatura nos
níveis superiores da crusta.
➔ Sondagens- as perfurações realizadas na crusta permitem obter amostras
cilíndricas de materiais (tarolos), a partir dos quais é possível avaliar a natureza das
rochas e dos fluidos que elas contêm. Para além de possibilitarem o estudo das
camadas mais superficiais, até cerca de 12 km de profundidade, também são
usadas na prospeção e exploração de água, de hidrocarbonetos e de minérios.
Vantagem – permitem estudar materiais da Terra que não se encontram à
superfície. Desvantagem – não é possível estudar camadas mais profundas,
nomeadamente o manto e o núcleo.
Tecnologia:Estes furos são muito dispendiosos e tecnicamente complexos.Os
equipamentos utilizados na perfuração têm de ser capazes de suportar temperaturas
e pressões elevadas e suficientemente leves para poderem ser manuseados.
➔ Os métodos diretos oferecem a possibilidade de estudar com detalhe a natureza
física e química das rochas, bem como as condições de pressão e de temperatura a
que se encontram os materiais mais superficiais da geosfera. O facto de não
fornecerem dados das camadas mais profundas da Terra constitui a grande
limitação destes métodos.
Métodos indiretos
➔ Para estudar os materiais que constituem a crusta inferior, o manto e o núcleo, os
investigadores recorrem a métodos indiretos, que não dependem do estudo ou da
observação desses materiais, mas de dados obtidos de forma indireta.
➔ Sismologia: A propagação das ondas sísmicas varia em função dos materiais que
atravessam, podendo deixar de ser propagadas, variar a sua velocidade e alterar a
sua direção em resultado de fenómenos de reflexão e refração. O comportamento
das ondas sísmicas, juntamente com o facto de se propagarem nas camadas
internas mais profundas da Terra e de serem registadas a milhares de quilómetros
do hipocentro, possibilita o uso das ondas na dedução da existÊncia de
descontinuidades internas na Terra, Estas separam camadas com propriedades
físicas e/ou químicas distintas.
➔ Os principais contributos da sismologia para a compreensão da estrutura interna da
Terra são:
- a descoberta de uma descontinuidade entre a crusta e o manto, designada
por descontinuidade de Moho, onde se regista um importante aumento da
velocidade das ondas P e S;
- a deteção de uma zona baixa velocidade sísmica no manto superior, a
astenosfera, que permite inferir uma diminuição da rigidez e o aumento da
plasticidade nessa zona, essenciais para a mobilidade das placas tectónicas;
- a verificação da ocorrência de um aumento contínuo da velocidade sísmica
desde a base da astenosfera até à base do manto (uma camada designada
mesosfera), o que pressupõe um aumento da rigidez dos materiais com a
profundidade;
- a dedução da existência de um núcleo externo líquido, separado do manto
pela descontinuidade de Gutenberg, a partir da qual não ocorre propagação
das ondas S e se verifica a diminuição acentuada da velocidade das ondas
P;
- a constatação de que o núcleo interno se encontra no estado sólido, e
separado do núcleo externo pela descontinuidade de Lehmann, ocorrendo a
propagação das ondas S e o aumento da velocidade das ondas P.
➔ Geomagnetismo
- Alguns minerais (ex. magnetite), quando se formam a partir do arrefecimento
do magma ou da lava, sofrem magnetização de acordo com o campo
magnético terrestre no momento.
- Os minerais mantêm a sua magnetização ao longo do tempo –
paleomagnetismo.
- A existência de rochas com paleomagnetismo com mais de 3500 Ma indica
que o campo magnético da Terra se iniciou logo após a sua formação.
- Estudos paleomagnéticos permitem reconstituir a evolução dos fundos
oceânicos e a posição dos continentes ao longo do tempo geológico.
- As anomalias magnéticas permitem determinar a polaridade dos basaltos do
fundo oceânico. Nas regiões com anomalia positiva, onde o basalto
apresenta a mesma polaridade que a do campo magnético terrestre,
considera-se a existência de polaridade normal. Nas regiões com
anomalias negativas, onde o basalto apresenta uma polaridade diferente da
do campo magnético, considera-se a existência de polaridade inversa.
➔ Relativamente à importância do geomagnetismo, como método indireto de estudo
da geosfera, podemos concluir que:
- a existência do campo magnético terrestre apoia o modelo sobre a
composição e as características físicas do núcleo terrestre (núcleo externo
constituído por metais, possivelmente ferro e níquel, no estado líquido);
- o paleomagnetismo fornece inúmeras informações sobre o passado da
Terra:
- regista as inversões da polaridade do campo magnético terrestre;
- apoia a teoria da expansão dos fundos oceânicos e da tectónica de placas;
- permite tirar ilações sobre a posição dos continentes relativamente aos polos
magnéticos;
- permite determinar a latitude geográfica que as rochas em estudo ocupavam
no momento da sua formação.
Geotermia
● A Geotermia é o estudo da variação da temperatura no interior da Terra.
Geotermismo
● Grau geotérmico: número de metros que se tem de percorrer em profundidade para
a temperatura aumentar 1ºC.
É de 33-34 m/ºC nas zonas mais superficiais.
O grau geotérmico aumenta com a profundidade.
➔ O estudo do geotermismo permite concluir que no interior da Terra a temperatura não é uniforme.
➔ A geotermia é essencial para compreender o fluxo de calor no interior da Terra e os
movimentos de materiais na geosfera.
Gravimetria
● O valor médio da aceleração da gravidade terrestre, calculado ao nível do mar, é de
9,81 m/segundo. Contudo, por convenção, considera-se que o valor normal da força
gravítica, ao nível médio das águas do mar, é zero.
● As anomalias gravimétricas, acima e abaixo de zero, são consideradas,
respetivamente, positivas ou negativas. Estas anomalias podem ser explicadas pela
presença, no interior da crusta, de corpos rochosos com diferentes densidades.
- Material da crusta menos denso: anomalia gravimétrica negativa.
- Material da crusta mais denso: anomalia gravimétrica positiva.