Caso Clínico Epilepsia Grupo A
Caso Clínico Epilepsia Grupo A
Caso Clínico Epilepsia Grupo A
1º Semestre do 3ºano
Unidade Curricular:
Discentes:
Ana Nunes Nº 20191711
Docente: André Bonito Nº20201492
Joana Lemos Carolina Vindima Nº: 20191721
Catarina Neves Nº 20181704
Dália Almeida Nº20201495
Índice
Índice de figuras ______________________________________________________________ 3
Índice de tabelas _____________________________________________________________ 4
Abreviaturas _________________________________________________________________ 5
1. Identificação do problema e exame a aplicar ___________________________________ 5
2. Anatomia e fisiologia do cérebro _____________________________________________ 6
2.1 Constituintes do cérebro _______________________________________________ 6
2.2 Células do Sistema Nervoso _______________________________________________ 10
3. Caracterização da Patologia ________________________________________________ 11
3.1 Definição de Epilepsia ________________________________________________ 11
3.2 Etiologia ___________________________________________________________ 11
3.3 Epidemiologia _______________________________________________________ 11
3.4 Fatores de risco _____________________________________________________ 12
4. Métodos e técnicas de diagnóstico __________________________________________ 12
4.1 Eletroencefalograma _________________________________________________ 12
4.2 Ressonância Magnética _______________________________________________ 14
4.3 SPECT _____________________________________________________________ 15
4.4 PET __________________________________________________________________ 17
4.5 Tomografia Computorizada _______________________________________________ 17
5 Cintigrafia de Perfusão Cerebral ____________________________________________ 17
5.1 Objetivo do exame ___________________________________________________ 17
5.2 Identificação do radiofármaco e quais as suas características (modo de administração,
farmacocinética e farmacodinâmica) ___________________________________________ 18
5.3 Preparação do doente ___________________________________________________ 20
5.4 Tipo de imagens a adquirir _____________________________________________ 22
5.5 Condições de Aquisição _______________________________________________ 22
5.6 Processamento das imagens ___________________________________________ 24
6 Cuidados pós-exame _____________________________________________________ 25
7 Fontes de erro __________________________________________________________ 25
8 Tratamento/Terapia ______________________________________________________ 26
9 Bibliografia _____________________________________________________________ 28
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Índice de figuras
Figura 1 - Diferentes estruturas que fazem parte do cérebro humano. Neste corte coronal é
possível visualizar a substância cinzenta e substância branca(Vasco Rodrigues Gonçalves &
Mário Forjaz Secca, 2009). ....................................................................................................... 7
Figura 2 - Diferentes constituintes do lobo frontal bem como a sua localização das diferentes
partes do lobo frontal(Anatomy of the Brain - Simply Psychology, n.d.).............................. 8
Figura 3 - Diferentes constituintes do lobo temporal bem como a sua localização e respetivas
funções (Anatomy of the Brain - Simply Psychology, n.d.) ................................................... 8
Figura 4 - Diferentes constituintes do lobo parietal bem como a sua localização e respetivas
funções(Anatomy of the Brain - Simply Psychology, n.d.). ........................................................... 9
Figura 5 - Diferentes constituintes do lobo occipital bem como a sua localização e respetivas
funções(Anatomy ......................................................................................................................... 9
Figura 6 - Diferentes partes de um neurónio(Capítulo 4 - O Neurônio, Biológico e Matemático -
Deep Learning Book, n.d.) ........................................................................................................... 11
Figura 7 - Resposta BOLD positiva obtida através da técnica ..................................................... 13
Figura 8 - RM-Crânio Encefálica: Corte Coronal em Ponderação T2; Paciente com convulsões
parciais complexas com origem no lobo temporal direito ......................................................... 14
Figura 9 - SPECT – Estudo interictal com 99mTc-HMPAO que demonstra uma hipoperfusão do
lobo temporal anterior direito .................................................................................................... 16
Figura 10 - SPECT estudo ictal, demonstra a intensa e extensa perfusão aumentada do
radiofármaco no lobo temporal direito ...................................................................................... 16
Figura 11 - Imagem PET- Deteção de um tubérculo epileptogênico, estas lesões foram
severamente hipermetabólicas.(Juhász & John, 2020)............................................................... 17
Figura 12 - Oxímetro (Oxímetro de Pulso | Blog Maconequi: Saúde, Bem Estar e Qualidade de
Vida, n.d.). ................................................................................................................................... 21
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Índice de tabelas
Tabela 1 - Classificação das manifestações neurológicas e psiquiátricas de doentes com
epilepsia ___________________________________________________________________ 16
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Abreviaturas
TC – Tomografia computorizada
ECG – Eletrocardiograma
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2. Anatomia e fisiologia do cérebro
Por sua vez, o cérebro divide-se em duas partes: o hemisfério cerebral esquerdo e
o hemisfério cerebral direito que se comunicam um com outro através do corpo caloso
que se encontra localizado na região inferior da fissura inter-hemisférica.
Em contrapartida, cada hemisfério é composto por uma substância cinzenta de que faz
parte o córtex cerebral que nele tem contido os corpos celulares dos neurónios. Este
córtex cerebral tem inúmeras funções nomeadamente: (Anatomy of the Brain - Simply
Psychology, n.d.; Sobre o Cérebro, n.d.; Boly et al., 2017; Maldonado & Alsayouri, 2021;
Vasco Rodrigues Gonçalves & Mário Forjaz Secca, 2009).
✓ Consciência
✓ Imaginação
✓ Processamento de informações
✓ Idioma
✓ Memória
✓ Perceção
✓ Raciocínio
✓ Sensação
✓ Ação física voluntária
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Sobre o Cérebro, n.d.; Boly et al., 2017; Maldonado & Alsayouri, 2021; Vasco Rodrigues
Gonçalves & Mário Forjaz Secca, 2009).
Figura 1 - Diferentes estruturas que fazem parte do cérebro humano. Neste corte coronal é possível visualizar a
substância cinzenta e substância branca(Vasco Rodrigues Gonçalves & Mário Forjaz Secca, 2009).
Assim, o lobo frontal está localizado na parte da frente do cérebro sendo que a
ele estão associadas funções cognitivas como por exemplo atenção, memória, afeto,
humor entre outras funções (ver figura 2). Parte integrante do lobo frontal é também a
área de broca que tem duas grandes funções, a fala e a escrita. Para além disso, os
lobos frontais contêm ainda o córtex motor que é responsável pelos movimentos do ser
humano(Anatomy of the Brain - Simply Psychology, n.d.; Sobre o Cérebro, n.d.; Boly et
al., 2017; Maldonado & Alsayouri, 2021; Vasco Rodrigues Gonçalves & Mário Forjaz
Secca, 2009).
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Figura 2 - Diferentes constituintes do lobo frontal bem como a sua localização das diferentes partes do lobo
frontal(Anatomy of the Brain - Simply Psychology, n.d.)
Nas partes laterais do cérebro situam-se os lobos temporais (ver figura 3) cujo
as funções destes lobos são a compreensão, a memória, reconhecimento facial e o mais
importante é o processamento das informações auditivas. Contudo, pelo facto de
existirem dois lobos no cérebro cada um tem as suas respetivas funções. Enquanto o
lobo temporal situado na região esquerda é responsável pela linguagem, aprendizagem,
memória e formação de palavras, o lobo situado na região direita está correlacionado
com a aprendizagem e memorização de informações não verbais. Contudo, o
componente importante do lobo temporal é o hipocampo que nos permite a
memorização que é umas das funções dos lobos temporais (Anatomy of the Brain -
Simply Psychology, n.d.; Sobre o Cérebro, n.d.; Boly et al., 2017; Maldonado &
Alsayouri, 2021; Vasco Rodrigues Gonçalves & Mário Forjaz Secca, 2009).
Figura 3 - Diferentes constituintes do lobo temporal bem como a sua localização e respetivas funções (Anatomy of
the Brain - Simply Psychology, n.d.)
Já o lobo parietal está situado no topo do cérebro, ou seja, está localizado entre
os lobos frontal e occipital e superiormente aos lobos temporais (ver figura 4). Uma das
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principais funções deste lobo é que permite a interpretação de funções como a visão ou
audição sendo que ainda é responsável por parte da nossa memória. Além disso, este
lobo possibilita a perceção do nosso corpo por via de informações somatossensoriais
como também de permitir o processamento visuoespacial, leitura e representações
numéricas(Anatomy of the Brain - Simply Psychology, n.d.; Sobre o Cérebro, n.d.; Boly
et al., 2017; Maldonado & Alsayouri, 2021; Vasco Rodrigues Gonçalves & Mário Forjaz
Secca, 2009).
Figura 4 - Diferentes constituintes do lobo parietal bem como a sua localização e respetivas funções(Anatomy of the
Brain - Simply Psychology, n.d.).
Por fim, os lobos occipitais estão situados na parte posterior do cérebro, ou seja,
posteriormente aos lobos temporal e parietal e inferiormente ao osso occipital do crânio
(ver figura 5). Estes lobos são responsáveis por funções como receberem informações
sensoriais das retinas dos olhos que posteriormente são depois processadas em
diferentes conteúdos visuais. Outras funções realizadas por estes lobos é que permite
determinar a perceção do tamanho dos objetos bem como permitir fazer avaliações
sobre a profundidade e distâncias (Anatomy of the Brain - Simply Psychology, n.d.;
Sobre o Cérebro, n.d.; Boly et al., 2017; Maldonado & Alsayouri, 2021; Vasco Rodrigues
Gonçalves & Mário Forjaz Secca, 2009).
Figura 5 - Diferentes constituintes do lobo occipital bem como a sua localização e respetivas funções(Anatomy
of the Brain - Simply Psychology, n.d.).
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2.2 Células do Sistema Nervoso
No sistema nervoso existem dois tipos de células: os neurónios ou células
nervosas e as células da glia. Uma das principais funções das células da glia é sustentar,
proteger e isolar os neurónios (Vasco Rodrigues Gonçalves & Mário Forjaz Secca,
2009).
Por outro lado, os neurónios podem apresentar várias formas e tamanhos, mas
independentemente disso todos têm a mesma estrutura. Assim, o neurónio é constituído
por um núcleo que se encontra rodeado por citoplasma e que nele tem contido vários
organelos. O corpo celular existente em cada neurónio pode possuir dois
prolongamentos sendo que estes prolongamentos são designados tipicamente por
axónios e dendrites (ver figura 6)(Vasco Rodrigues Gonçalves & Mário Forjaz Secca,
2009).
Por outro lado, os axónios que são um dos outros prolongamentos do corpo
celular são responsáveis por conduzir os impulsos elétricos para fora do corpo celular.
Normalmente, os axónios possuem uma forma cilíndrica podendo medir até um metro
de comprimento e que terminam noutros neurónios ou então em órgãos efetores
através de pequenos ramos que terminam em pequenas protuberâncias que são
denominadas por botões terminais (Vasco Rodrigues Gonçalves & Mário Forjaz
Secca, 2009).
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Figura 6 - Diferentes partes de um neurónio(Capítulo 4 - O Neurônio, Biológico e Matemático - Deep Learning Book,
n.d.)
3. Caracterização da Patologia
3.2 Etiologia
A etiologia da epilepsia é desconhecida em cerca de 50% dos casos em todo o
mundo. Existem algumas causas que estão divididas da seguinte forma: estruturais,
infeciosas, genéticas, imunológicas, metabólicas e desconhecidas. Por exemplo: lesões
cerebrais por causas pré-natais, tumores cerebrais, ferimentos graves na cabeça e
malformações cerebrais(Epilepsia, n.d.).
3.3 Epidemiologia
A incidência da epilepsia é maior em países menos desenvolvidos do que em países
mais desenvolvidos, sendo aproximadamente 80-100 por 100.000 pessoas por ano.
Estes valores talvez estejam associados a um maior risco de infeções, higiene e sistema
de saúde precários (Thijs et al., 2019).
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Por outro lado, nos países de maior desenvolvimento, a incidência é cerca de 50 por
100.000 pessoas por ano (Thijs et al., 2019).
4.1 Eletroencefalograma
O eletroencefalograma é um dos métodos de diagnóstico utilizado para a
confirmação da patologia, quantificação e qualificação de crises epiléticas (Fátima
Volkmann, n.d.).
O EEG é uma técnica de diagnóstico não invasiva, com boa resolução temporal
e boa especificidade. Apesar de a probabilidade de confirmação de diagnóstico ser
elevada, acontece, que em alguns casos devido à baixa sensibilidade deste estudo
podem aparecer falsos negativos epiléticas (Fátima Volkmann, n.d.).
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4.2 Ressonância Magnética
A ressonância magnética é uma técnica não invasiva que não utiliza radiação
ionizante. Este método de diagnóstico é essencial para pacientes com epilepsia pois
para além da informação etiológica da patologia, permite uma avaliação pré-
cirúrgica(Rüber et al., 2018).
Figura 8 - RM-Crânio Encefálica: Corte Coronal em Ponderação T2; Paciente com convulsões parciais complexas com
origem no lobo temporal direito
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4.3 SPECT
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Figura 9 - SPECT – Estudo interictal com 99mTc-HMPAO que demonstra Figura 10 - SPECT estudo ictal, demonstra a intensa e extensa perfusão
uma hipoperfusão do lobo temporal anterior direito aumentada do radiofármaco no lobo temporal direito
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4.4 PET
Figura 11 - Imagem PET- Deteção de um tubérculo epileptogênico, estas lesões foram severamente
hipermetabólicas.(Juhász & John, 2020).
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é composto por diversas fases, tendo a reconstrução e o processamento das imagens
um papel muito importante no diagnóstico (Santos et al., n.d.).
99m
Os radiofármacos mais utilizados na cintigrafia de perfusão cerebral são o Tc-
Hexametil Propileno Amino-Oxima (99mTc-HMPAO) e o 99m
Tc-Dímero de Etil Cisteína
99m
( Tc-ECD), devido à sua natureza lipofílica e também pelo facto de conseguirem
atravessar a barreira hematoencefálica e por serem estáveis (European Nuclear Medicine
Guide, n.d.).
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Assim, no caso clínico em causa, a técnica SPECT mostra ser a técnica ideal
para este diagnóstico pois trata-se de uma técnica não invasiva que permite obter
imagens tridimensionais utilizando um radiofármaco específico que consoante as suas
características permite avaliar a hemodinâmica cerebral, a quantidade de dopaminas
bem como outros meios de transporte (Kim & Mountz, 2011; Wintermark et al., 2005).
Dosimetria
Com base nos critérios anteriores, ambos os radiofármacos podem ser utilizados
sendo que ambos são administrados endovenosamente. Quanto à atividade
administrada, é recomendada uma atividade a rondar os 110 MBq e os 555 MBq.
99m 99m
Contudo, tanto para o Tc - HMPAO como para o Tc- ECD é recomendada uma
atividade mínima de 110 MBq (Kapucu et al., 2009).
Figura 12 - Oxímetro (Oxímetro de Pulso | Blog Maconequi: Saúde, Bem Estar e Qualidade de Vida, n.d.).
Existem dois tipos de estudos que podemos realizar na epilepsia focal tais como,
estudos ictal e interictais (Kapucu et al., 2009).
Nos estudos ictais o radiofármaco deve ser administrado o mais rápido possível
após o início da convulsão, para que isto se aplique, o material já se deve encontrar
antecipadamente preparado para garantir que o tempo, seja reduzido, estando o
paciente monitorizado continuamente através do equipamento de eletroencefalografia
(EEG) de modo que se consiga relacionar o tempo de injeção com exatamente o ponto
de tempo de início e fim das crises epiléticas (Kapucu et al., 2009).
Deste modo a identificação do radiofármaco bem como do doente deve ser feita
antes da administração do radiofármaco. Para alem disso, as seringas, proteções
externas e recipientes também se devem encontrar identificados com o respetivo
conteúdo destes materiais. Por fim a quantidade de radiofármaco administrada deve ser
verificada antes da sua administração, mas também equiparável com a dose prescrita
pelo médico (Callahan et al., 2007).
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resultados imagiológicos, comparativamente aos resultados obtidos por câmaras com
um sistema de uma só cabeça de detetores(Kapucu et al., 2009).
Parâmetros de Aquisição:
Uso de matriz igual ou superior a 128x128 pixels. Imagens com contagens entre
500 a 1000 kilocontagens (kcts), nas projeções Anterior, Laterais e Posterior (se
possível)(van de Giessen et al., 2015).
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1. Raio Rotacional - O mais pequeno possível para colimadores de orifícios paralelos.
Preferencialmente, inferior a 15 centímetros.
4. Zoom: o tamanho do pixel de aquisição deve ser adquirido entre um terço (⅓) a
metade (½) da resolução esperada (por exemplo, zoom de 1.5); com isto, pode ser
necessário o uso de ferramentas de zoom para se adquirir um tamanho do pixel
adequado;
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A sensibilidade do diagnóstico vai depender da atividade administrada, do tipo
de câmara utilizada e condições de aquisição de imagem (Kapucu et al., 2009).
A retroprojeção das imagens pode ser feita através de métodos como a retroprojeção
filtrada ou retroprojeção iterativa. A retroprojeção filtrada acaba por ser o método mais
utilizado por apresentar vantagens como o processamento rápido de dados(Kapucu et
al., 2009).
Realiza-se a filtragem das imagens para avaliar artefactos e definir a relação
alvo-fundo. Já a reconstrução das imagens é realizada com o objetivo de melhorar a
precisão de deteção e localização da patologia, sendo recomendado a aplicação de um
filtro low-pass por exemplo Butterworth(Kapucu et al., 2009).
A matriz de correção homogênea é calculada a partir do coeficiente de
atenuação ou pode ser medida a partir de uma aquisição SPECT-CT (Kapucu et al.,
2009).
O método mais utilizado na correção da dispersão é a correção da janela de
energia tripla sendo que ao corrigirmos a dispersão conseguimos obter uma melhor
relação sinal-ruído(Kapucu et al., 2009).
As reformatações das imagens devem ser realizadas nos três planos ortogonais.
A aquisição de cortes axiais é feita com orientação paralela à LOM (linha órbito-meatal)
enquanto as reformatações coronais e sagitais são realizadas através do plano axial
(Kapucu et al., 2009).
6 Cuidados pós-exame
Após exame é necessário seguir algumas indicações importantes e por esse
motivo é necessário passar toda a informação ao doente, tais como:
• Se estiver a amamentar deve interromper a amamentação, sendo esta retomada
24 horas após a realização do exame;
• Deve evitar contacto com crianças e mulheres grávidas durante o dia de
realização do exame;
• Deve ingerir bastantes líquidos durante o dia após o exame de modo que seja
mais fácil de eliminar a restante atividade do radiofármaco (SERVIÇO DE
MEDICINA NUCLEAR IPOPFG, EPE, sem data).
7 Fontes de erro
Num exame como a cintigrafia é possível que existam erros tanto por parte do
técnico, como do doente ou mesmo materiais atenuantes. Fontes de erro possíveis de
serem verificados: (Kapucu et al., 2009)
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1. Ativação cerebral não intencional;
2. Artefactos do movimento do doente – é por isso necessário que sempre
realizado este tipo de exame seja explicado todo o procedimento a
realizar;
3. Artefactos da câmara gama;
4. Interferência com drogas que atuam no fluxo sanguíneo cerebral;
5. Nível de contraste e subtração de fundo;
6. Processamento de imagens de forma incorreta.
8 Tratamento/Terapia
Tratamento
• Atualmente existem vários tratamentos para a epilepsia tais como:
1. Medicação - utilizamos Antiepilépticos
2. Cirurgia para Epilepsia
3. dispositivo elétrico dentro do corpo que pode ajudar a controlar
convulsões
4. uma dieta especial
O tratamento adequado permite reduzir e até mesmo evitar as crises (Epilepsy
Treatment, 2009).
1. Medicação
Os medicamentos anticonvulsivos ou antiepiléticos são utilizados para controlar as
crises com o mínimo de efeitos secundário e também capazes de diminuir a frequência
e a intensidade das convulsões (Diagnosis and treatment - Mayo Clinic, sem data).
Esses medicamentos podem ter alguns efeitos colaterais mais leves ou mais graves
tais como:
Efeitos considerados mais leves:
• Fadiga
• Tonturas
• Ganho de peso
• Perda de densidade óssea
• Erupções cutâneas
• Perda de coordenação
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• Problemas de fala
• Problemas de memória e pensamento
2. Cirurgia da epilepsia
A cirurgia da epilepsia é normalmente utilizada quando os doentes não respondem
à medicação. Consiste na remoção da área cerebral que provoca as crises ou na
interrupção do caminho do nervo ao longo do qual as descargas elétricas anormais se
espalham (Diagnosis and treatment - Mayo Clinic, sem data).
Os médicos geralmente realizam cirurgias quando os testes mostram que as
convulsões ocorrem numa área pequena e bem definida no cérebro e que a área do
cérebro a ser operada não interfere com as funções vitais, tais como, fala, linguagem,
função motora, visão ou audição (Diagnosis and treatment - Mayo Clinic, sem data).
3. Dieta cetogénica
“Consiste numa dieta que tem como base a eliminação dos hidratos de carbono,
manutenção de uma boa quantidade de proteínas e aumento do consumo de alimentos
ricos em gorduras. Desta forma, criam-se corpos cetónicos no sangue e na urina, que
servem para produzir cetose, que ajuda no tratamento das crises” (Epilepsia, 2018).
Ainda existem terapias alternativas que podem ser aplicadas a quem sofra de
epilepsia, por exemplo: (Joseph I. Sirven MD et al., 2013).
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• Produtos naturais: ervas, vitaminas, minerais e probióticos, muitas vezes
chamados de suplementos dietéticos;
• Práticas mentais e corporais: Exemplos podem incluir acupuntura, quiropraxia e
manipulação osteopática, meditação, técnicas de relaxamento, massagem
terapêutica, terapias de movimento, tai chi, ioga, qi gong, toque de cura e
hipoterapia.
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