Trabalho de Eletrodinamica Dinis V Final

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Índice

1. Introdução...............................................................................................................3
2. Campo magnético...................................................................................................4
Definição de campo magnético......................................................................................4
2.1. Linhas de campo magnético...............................................................................5
Fontes e fórmulas do campo magnético........................................................................5
3. Campo magnético gerado por uma corrente continua........................................6
Campo magnético de uma espira condutora..............................................................6
Campo magnético de uma bobina (solenoide)...........................................................6
3.1. Campo magnético terrestre.............................................................................7
3.3. Lei de Biot-savart............................................................................................18
3.4. lei de Ampère...................................................................................................19
3.4.1. Aplicações de Ampere..................................................................................19
3.5. Campo magnético de um solenoide..................................................................20
3.5.1. Campo magnético no solenoide....................................................................21
Fórmula do campo magnético no solenoide................................................................22
3.6. Lei de Ampère-Maxwell.......................................................................................22
3.7. Lei de Faraday-Lenz.........................................................................................23
Introdução à lei de Lenz...............................................................................................24
3.7.1. Aplicações da lei de Lenz.............................................................................24
5. Conclusão.............................................................................................................28
6. Referência Bibliográfica....................................................................................29
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1. Introdução

Neste trabalho tenho por abordar sobre noção de campo magnético, onde dentro deste
conteúdo vou debruçar sobre forca magnética sobre uma carga eléctrica, forca
magnética sobre corrente, binário de forç a aplicadas a um condutor circular percorrido
por uma corrente num campo magnético uniforme.

E também falarei de aplicações do movimento de partículas carregadas num campo


magnético, que destaquei os seguintes conteúdos: efeito de Hall, o efeito de Hall
Quântico, lei de biot-savart, lei de Ampere, campo magnético de um solenoide, fluxo
magnético, lei de Gauss do campo magnético, indução magnética, lei de Faraday, lei de
Lenz e suas aplicações.

Por fim irei falar sobre equações de Maxwell, dentro deste conteúdo vou falar de
equações de Maxwell, descoberta de Hertz, ondas electromagnéticas planas, o espectro
das ondas electromagnéticas, intensidade da onda electromagnética e energia da onda
electromagnética.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Analisar e estudar o campo magnético criado por uma corrente continua e
estacionário.
1.1.2. Objectivo específico
 Identificar as equações que regem o cqampo magnético de uma corrente
contínua
 Apresentar as equações de Maxwell para o campo magnético estacionário
1.2. Metodologia

De acordo com Lakatos & Marconi (1990, p.39) "métodos são os caminhos pela qual se
censura a um efeito por mais que o trilho não esteja determinado previamente".

Para a realização ou elaboração deste trabalho, utilizou-se pesquisa na internet(site


Web)
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2. Campo magnético 

Campo magnético  é uma região do espaço capaz de exercer forças sobre cargas


eléctricas em movimento e em materiais dotados de propriedades magnéticas. O campo
magnético é uma grandeza física vectorial medida em Tesla  (T). Tanto
o campo magnético produzido pelos ímãs naturais quanto aquele gerado por ímãs
artificiais são resultado da movimentação das cargas eléctricas no interior dos ímãs.
Definição de campo magnético.
Nos materiais magnéticos,  como nos ímãs naturais, o campo magnético é resultado
do alinhamento de um grande número de domínios magnéticos, que são regiões
microscópicas no interior do ímã, dotadas de um campo magnético, como se fossem
pequenas bússolas. A forma como os domínios magnéticos estão organizados define
qual é o tipo de magnetismo presente no material.
Na figura a seguir, mostramos como são dispostos os domínios magnéticos de
materiais ferro magnéticos,  diamagnéticos e paramagnetismos, observe:

Todo campo magnético é dotado de dois polos magnéticos, chamados de polo sul e polo
norte. Ambos dizem respeito ao sentido do vetor campo magnético, que sai e entra no
polo norte, assim como fazem as linhas do campo magnético, que serão definidas
adiante. Ademais, Não é possível que exista um campo magnético com somente um
desses polos, em respeito a uma das leis do eletromagnetismo que prevê a não
existência de monopolos magnéticos.
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2.1. Linhas de campo magnético

O campo magnético costuma ser representado pelas linhas de indução.

Na figura mostramos as linhas de campo magnético,  usadas como um artifício para


facilitar a visualização do campo. Uma vez que o campo magnético é uma grandeza
vectorial, cada um dos infinitos pontos do espaço localizados nos arredores de
um ímã apresenta um módulo, uma direcção e um sentido. Dessa forma, representá-lo
seria uma tarefa muito difícil se não fosse o uso das linhas.
As linhas de campo magnético ou linhas de indução são representadas
pela tangente do vector campo magnético naquela região do espaço. Vamos conferir
as propriedades delas:
 São sempre fechadas, uma vez que não existe monopólio magnético;
 Sempre emergem do pólo norte magnético e
sempre imergem no pólo sul magnético, bem como o vector de campo magnético
sempre apontam no sentido do norte magnético;
 A densidade delas indica a intensidade do campo magnético naquela região;
 Elas nunca se cruzam.
Fontes e fórmulas do campo magnético
Existem diferentes fontes de campo magnético. Elas afectam a forma como o campo é
distribuído no espaço, e, por isso, é importante conhecer algumas delas, bem como as
fórmulas usadas para calculá-las. Começaremos com o campo magnético produzido por
uma corrente elétrica.
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3. Campo magnético gerado por uma corrente continua


Quando uma corrente elétrica percorre um fio condutor rectilíneo,
um campo magnético circular forma-se ao longo de toda a sua extensão. As linhas de
indução desse campo são concêntricas em relação ao fio. O seu sentido é determinado
pela regra da mão direita, de acordo com ela, quando apontamos o polegar no sentido da
corrente elétrica, os demais dedos da mão fecham-se no sentido do campo magnético.

O campo magnético produzido por uma corrente elétrica, denotado pelo símbolo B,


pode ser calculado pela fórmula a seguir:

B – campo magnético (T)


μ0 – permeabilidade magnética do vácuo (4π.10 –7 T.m/A)
i – corrente elétrica (A)
R – distância ao fio (m)
Campo magnético de uma espira condutora
Uma espira é um fio condutor fechado, em formato circular. O campo magnético
produzido na região central dela pode ser calculado pela fórmula seguinte, confira:

Campo magnético de uma bobina (solenoide)


Bobinas, também conhecidas como solenoide, são formadas por um longo fio condutor
enrolado diversas vezes, tratando-se, portanto, da combinação de um grande número de
espiras.
A fórmula usada para calcular o campo magnético no interior do solenoide é esta:
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N – número de voltas do solenoide


L – comprimento do solenoide
3.1. Campo magnético terrestre
O campo magnético terrestre origina-se do movimento relativo ao núcleo e à crosta
terrestre, uma vez que essas estruturas giram em diferentes velocidades.  A presença
de iões no conteúdo magnético do núcleo terrestre e sua rotação dão origem a um
campo magnético tridimensional, que perpassa todo o planeta e protege a
nossa atmosfera, fazendo com que ela não seja varrida pelas partículas emitidas pelo
Sol, conhecidas como vento solar.  A interacção entre essas partículas e o campo
magnético terrestre dá origem às auroras polares.
As linhas de campo magnético da Terra emanam de uma região próxima ao pólo sul
geográfico, o mesmo acontecem com o pólo sul magnético, em que as linhas de campo
magnético imergem. Os pólos magnéticos e geográficos não são coincidentes devido ao
plano de rotação da Terra, que é diferente do plano formado pela Linha do Equador. A
figura mostra o formato das linhas de campo magnético da Terra, confira:

A força magnética, ou força de Lorentz, é resultado da interacção entre dois corpos


dotados de propriedades magnéticas, como ímãs ou cargas eléctricas em movimento.
No caso das cargas eléctricas,  a força magnética passa a existir quando uma partícula
electricamente carregada movimenta-se em uma região onde actua um campo
magnético.
Considerando que uma carga pontual Q, com velocidade v,  é lançada em uma região
onde existe um campo magnético uniforme B,  passa a actuar sobre ela uma força
magnética com intensidade dada pela seguinte equação:
F = Q.v.B.senα
*α é o ângulo entre os vectores da velocidade v e do campo magnético B.
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A direcção do campo magnético é perpendicular ao plano que contém os vectores v e F,


e o sentido é dado pela regra da mão direita. Observe a figura:

A regra da mão direita mostra o sentido da velocidade, do campo e da força magnética

Veja que o dedo médio aponta na direcção do campo magnético B,  o indicador indica a
direcção da velocidade V com que a carga se movimenta e o polegar aponta no sentido
da Força magnética F.
O movimento adquirido pela carga eléctrica ao entrar em contacto com o campo
magnético depende do ângulo em que ela foi lançada:

1. Quando a partícula lançada possui velocidade paralela às linhas de indução do


campo magnético,  a força magnética é nula.
Observe que, nesse caso, o ângulo α = 0º ou α = 180 º. As equações que
utilizamos para calcular a força são:

F = Q.v.B.senα.
E o sen 0º = sen 180º = 0

Substituindo na equação, teremos: F = Q.v.B.0, se F = 0

Se a força é igual a zero, a partícula mantém-se com a mesma velocidade e


realiza movimento rectilíneo uniforme na mesma direcção do campo magnético.
2. Partícula lançada perpendicularmente ao campo magnético: o ângulo
entre v e B será α = 90º. Como sen 90º = 1, teremos:
F = Q.v.B.sen 90
F = Q.v.B.1
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F = Q.v.B
O movimento executado pela partícula é circular e uniforme, e o raio de sua
trajectória é obtido da seguinte forma: F = Fcp

m. v 2
Sabemos que: F = Q.v.B e Fcp =                  
R

Igualamos as expressões e obtemos:

2 2
m. v m.v
Q.v.B =                  
R = 
R Qv . B
Quanto maior for a massa da partícula, maior será o raio de sua trajectória.

3. Partícula lançada obliquamente às linhas de campo: Nesse caso, devemos


considerar as componentes x e y do vector velocidade. A velocidade vx tem o
mesmo sentido que as linhas de campo magnético, enquanto vy é perpendicular.
A resultante da velocidade ocasiona um movimento circular e uniforme, com
direcção perpendicular ao vector B, que pode ser denominado de helicoidal
uniforme.
A unidade de medida da força magnética é a mesma de qualquer outro tipo de foça: o
Newton. Existem inúmeras aplicações da força magnética, dentre elas, podemos citar os
selectores de velocidade, motores eléctricos e galvanómetros.
Sabemos que uma carga q ao se deslocar com uma velocidade v num campo
magnético B sofre a acção de uma força magnética F  (veja aqui) cujo módulo é

F=q.v.B.sen.
Se a carga for elementar dq a força será elementar dF = dq.v.B.sena
A carga dq percorre um elemento dL de condutor num tempo dt, sendo a sua velocidade
v = dL / dt e a intensidade de corrente i = dq / dt
Podemos escrever o módulo da força dF = i.dt.(dL / dt).B.sena ou seja que dF =
i.dL.B.sena
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Características da força elementar que actua sobre um elemento de condutor situado


num campo magnético:

 Módulo:

dF = i.dL.B.sena 

 Direção: perpendicular ao plano definido por B e dL.

 Sentido: regra da mão esquerda.

Para aplicar a regra da mão esquerda devemos espalmar a mão colocando o polegar e o
indicador no plano da mão, o dedo médio deve ser colocado perpendicularmente à
palma da mão e os dois outros dedos devem ser dobrados.
Quando o polegar for colocado sobre B (campo – CA) e no seu sentido, o indicador
sobre i (corrente eléctrica – CA) e no seu sentido, o dedo médio indicará a direcção e o
sentido da força (FO).

Cálculo da força que actua sobre um condutor rectilíneo, percorrido por uma corrente
eléctrica, situado num campo magnético uniforme.

Consideremos um condutor rectilíneo de comprimento L percorrido por uma corrente i e


situado num campo magnético uniforme B.
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A força magnética que actua no condutor tem as seguintes características:

 Módulo:

F = B.i.L.sena

 Direcção: perpendicular ao plano definido pelo condutor L e pelo campo B


 Sentido: regra da mão esquerda.

Posições particulares:

 condutor na direção do campo

 condutor ortogonal ao campo

 
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Determinação do sistema de forças que actua sobre uma espira rectangular percorrida


por uma corrente eléctrica, situada num campo magnético uniforme.

Considere a espira rectangular da figura percorrida por uma corrente eléctrica i, situada
no campo magnético B, conforme mostra a figura.

Consideremos que sobre cada lado da espira actua uma força. Desta forma estariam
actuando na espira um sistema de 4 forças, iguais e contrárias duas a duas.
As forças F3 e F4 possuem a mesma linha de acção, logo não produzem movimento da
espira.
As forças F1 e F2 possuem linhas de ação distintas, constituindo um binário que provoca
um efeito de rotação em torno de um eixo de simetria paralelo aos lados de
comprimento L.
A espira vista pelo observador tem o aspecto mostrado na figura abaixo, que nos
permite calcular o momento resultante do binário actuante sobre a espira.

As forças F1 e F2 possuem o mesmo módulo F = BiL.


O módulo do momento resultante do binário é igual ao produto do módulo de uma das
forças pela distância entre elas, o seu valor é:

M = F.d.cosa >>> M = B.i.L.d.cosa
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Observação importante:

 Se o sentido da corrente eléctrica que percorre a espira for invertido, o sentido


de rotação produzido pelo binário é também invertido não sendo alterado o
módulo do momento resultante do binário, como mostra a figura abaixo.

Posições particulares da espira em relação ao campo:

 O campo magnético é ortogonal ao plano da espira:


não há efeito de rotação, uma vez que o momento do binário é nulo.

 O campo magnético está contido no plano da espira:


o efeito de rotação é máximo, uma vez que o momento do binário assume o
valor máximo

M = B.i.L.d

Determinação do efeito produzido pelo sistema de forças que actua sobre uma espira


circular percorrida por uma corrente eléctrica, situada num campo magnético uniforme.
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Consideremos 2 elementos de condutor dL diametralmente opostos, vistos por um


observador, conforme mostra a figura.

Posições da espira no campo magnético:

 Campo magnético com direcção contida no plano da espira

O sistema de forças actuante sobre a espira é constituído por pares de forças de mesmo
módulo,  direcção e de sentidos contrários, com linhas de acção não coincidentes, ou
seja constituído por binários.

O sistema de forças actuante sobre a espira produz uma rotação no sentido dos ponteiros
do relógio vista pelo observador

 Campo magnético com direcção ortogonal ao plano da espira

O sistema de forças atuante sobre a espira é constituído por pares de forças de mesmo
módulo,  direção e de sentidos contrários, com linhas de ação coincidentes, ou seja,
constituído por pares de forças equivalentes a zero.
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O sistema de forças actuante sobre a espira não produz efeito, é um sistema em


equilíbrio.

 Campo magnético em direcção inclinada em relação ao plano da espira.

O sistema de forças actuante sobre a espira é constituído por pares de forças de mesmo
módulo,   direcção e de sentidos contrários, com linhas de acção não coincidentes, ou
seja constituído por binários.

O sistema de forças actuante sobre a espira produz uma rotação no sentido dos ponteiros

do relógio vista pelo observador

A propriedade física em que se baseiam todos os motores eléctricos é o fato de uma


espira percorrida por uma corrente eléctrica colocada num campo magnético sofrer a
acção de binários que produzem efeitos de rotação, conforme mostra a figura.

3.2. O efeito Hall clássico

O original e clássico efeito Hall foi descoberto em 1879 por Edwin Hall. É uma
consequência simples do movimento de partículas carregadas em um campo magnético.
A montagem experimental consiste em ligar um campo magnético constante, B
apontando na direcção 𝑧. Enquanto isso, os electrões estão restritos a se mover apenas
no (𝑥, 𝑦). Uma corrente constante I é feita para fluir na direcção 𝑥. O efeito Hall é a
afirmação de que isso induz uma voltagem 𝑉𝐻 na direcção 𝑦. Isso é mostrado na figura
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à direita. O efeito Hall surge do fato de que um campo magnético faz com que
partículas carregadas se movam em círculos. Vamos lembrar o básico. A equação de
movimento para uma partícula de massa 𝑚 e carga 𝑒 em um campo magnético é dado
por 𝑚 𝑑𝑣⃗ 𝑑𝑡 = −𝑒𝑣 × 𝐵⃗ . Quando o campo magnético aponta na direcção 𝑧, de modo
que 𝐵 = (0, 0, 𝐵), e a partícula se move somente no plano transversal, então 𝑣 = (𝑥̇, 𝑦̇,
0), as equações de movimento tornam-se duas equações diferenciais acopladas cuja
solução são: 𝑥(𝑡) = 𝑋 − 𝑅𝑠𝑖𝑛(𝜔𝐵𝑡 + 𝜑) e 𝑦(𝑡) = 𝑌 + 𝑅𝑐𝑜𝑠(𝜔𝐵𝑡 + 𝜑) , onde 𝜔𝐵 = 𝑒𝐵 𝑚
é a frequência ciclotrônica.

3.2.1. Resistividade & Resistência

A resistividade é definida como o inverso da condutividade. Isto permanece verdadeiro


quando ambos são matrizes, 𝜌 = 𝜎 −1 = ( 𝜌𝑥𝑥 𝜌𝑥𝑦 −𝜌𝑥𝑦 𝜌𝑦𝑦 ). Os componentes fora
do diagonal do tensor de resistividade, 𝜌𝑥𝑦, possuem algumas propriedades bastante
agradáveis. Primeiro, eles são independentes do tempo de espalhamento. Isso significa
que eles captam algo fundamental sobre o material em si, em oposição às impurezas do
material que é responsável pelo espalhamento. A segunda boa propriedade é fazer o que
medimos. Normalmente medimos a resistência 𝑅, que difere da resistividade 𝜌 por
factores geométricos. No entanto, para 𝜌𝑥𝑦 essas duas coisas coincidem, isto é, 𝜌𝑥𝑦 =
𝑅𝑥𝑦. Agora temos tudo o que precisamos para fazer uma previsão experimental,
somente 𝜌𝑥𝑥 depende do tempo de espalhamento 𝜏, e 𝜌𝑥𝑥 → 0 conforme os processos
de espalhamento se tornam menos importantes e 𝜏 → ∞ . A figura ao lado, plotarmos as
duas resistividades como uma função do campo magnético.

3.2.2. Efeitos Hall Quânticos

Agora entendemos a expectativa clássica. E, claro, essa expectativa é confirmada


sempre que podemos confiar na mecânica clássica. Mas o mundo é governado pela
mecânica quântica. Isso se torna importante em baixas temperaturas e fortes campos
magnéticos, onde coisas mais interessantes podem acontecer. É útil distinguir entre dois
efeitos Hall quânticos diferentes que estão associados a dois fenómenos relacionados.

Estes são chamados de efeitos Hall quânticos inteiros e fraccionários. Ambos foram
descobertos experimentalmente e só posteriormente entendidos teoricamente. O
Hamiltoniano para um electrão não relativistas movendo-se em duas dimensões em um
campo magnético perpendicular é dado por 𝐻 = 1 2𝑚𝑏 (𝑝 + 𝑒𝐴 𝑐 ) 2 , Onde 𝑚𝑏 é a
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massa efectiva do electrão. Escolhendo o calibre simétrico 𝐴 = 𝐵×𝑟 2 = 𝐵 2 (−𝑦, 𝑥, 0) e


tomando as unidades de comprimento como o comprimento magnético 𝑙 = √ℏ𝑐⁄𝑒𝐵 = 1,
o Hamiltoniano se torna 𝐻 = ℏ𝜔𝑐 (𝑎 †𝑎 + 1 2 ) onde ℏ𝜔𝑐 = ℏ𝑒𝐵⁄𝑚𝑏𝑐 é a energia do
ciclotrão, e os operadores de escada são definidos como, 𝑎 † = 1 √2 ( 𝑧̅ 2 − 2 𝜕 𝜕𝑧) e 𝑎 =
1 √2 ( 𝑧 2 + 2 𝜕 𝜕𝑧) em termos das coordenadas complexas 𝑧 = 𝑥 − 𝑖𝑦 = 𝑟𝑒 −𝑖𝜃 e 𝑧̅= 𝑥 +
𝑖𝑦 = 𝑟𝑒 −𝑖𝜃 . Definição adicional 𝑏 = 1 √2 ( 𝑧̅ 2 + 2 𝜕 𝜕𝑧) e 𝑏 † = 1 √2 ( 𝑧 2 − 2 𝜕 𝜕𝑧)
pode-se verificar que [𝑎, 𝑎 † ] = 1 e [𝑏, 𝑏 † ] = 1 e todos os outros comutadores
desaparecem. Os níveis de Landau (LL) de índice n são auto valores de 𝑎 †𝑎 e o
componente 𝑧 do operador momento angular é definido como 𝐿 = −𝑖ℏ 𝜕 𝜕𝜃 = −ℏ(𝑏 †𝑏
− 𝑎 †𝑎) = −ℏ𝑚, com 𝑚 = −𝑛, −𝑛 + 1, … 0,1, … no 𝑛 𝑡ℎ 𝐿𝐿. Os auto estados de uma
única partícula são obtidos da maneira padrão por aplicações sucessivas de operadores
de escada, |𝑛, 𝑚⟩ = (𝑏 †) 𝑚+𝑛 (𝑎 †) 𝑛 √(𝑚+𝑛)!√𝑛! |0,0⟩, com valores próprios da
energia 𝐸𝑛 = ℏ𝜔𝑐 (𝑛 + 1 2 ) . A degenerescência LL pode ser obtida considerando-se
uma região de raio 𝑅 centrada na origem e perguntando quantos estados de partículas
individuais estão dentro dela. Para o 𝐿𝐿𝐿, o auto estado |0, 𝑚⟩, tem seu peso localizado
no círculo de raio 𝑟 = √2𝑚. 𝑙. O maior valor de m para o qual o estado de uma única
partícula cai dentro de nossa região circular é dado por 𝑀 = 𝑅 2 2𝑙 2 ⁄ , que também é o
número total de auto estados de partícula única no 𝐿𝐿𝐿 que estão dentro do disco
(negligenciando as correcções de ordem um). Assim, a degenerescência por unidade de
área é 𝑀 𝜋𝑅 2 ⁄ = 1 (2𝜋𝑙 2 ⁄ ) = 𝐵⁄𝜙0 que é o número de quanta de fluxo (com um
quantum de fluxo único definido como 𝜙0 = ℎ𝑐⁄𝑒) penetrando a amostra através de uma
área unitária. O factor de preenchimento, que é o número nominal de 𝐿𝐿𝑠 preenchidos, é
igual ao número de electrões por quantum de fluxo, dado por: 𝜈 = 𝜌 (𝐵⁄𝜙0 ⁄ ) = 2𝜋𝑙 2𝜌 ,
onde 𝜌 é a densidade dos estados electrónicos em 2D.

Efeitos Hall Quânticos Inteiro

(IQHE) Os primeiros experimentos explorando o regime quântico do efeito Hall foram


realizados em 1980 por von Klitzing. Quando plotada em função do campo magnético
B, a resistência de Hall exibe numerosos platôs nos quais seus valores são precisamente
quantificados. A observação de planaltos em 𝑅𝐻 ℎ 𝑛𝑒 2 onde 𝑛 são inteiro [1]. O platô
caracterizado pelo inteiro 𝑛 ocorre na vizinhança de 𝜈 ≡ 𝐵𝑒⁄𝜌ℎ𝑐 = 𝑛. Na região do
planalto, a resistência longitudinal exibe um comportamento de Arrhenius:𝑅𝑥𝑥~𝑒𝑥𝑝 (−
∆ 2𝑘𝐵𝑇 ). Isto dá uma escala de energia ∆, que é interpretada como uma lacuna no
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espectro de excitação. 𝑅𝑥𝑥 Tende para zero no limite de 𝑇 → 0, indicando transporte


sem dissipação. O IQHE é bem entendido porque pode ser explicado em um modelo de
electrões não interactivos. Sua explicação por Laughlin [5] envolve dois ingredientes
nomeadamente, o aparecimento de um gap em um sistema puro em 𝜈 = 𝑛, que se origina
devido à formação de LLs, e a presença de desordem e impurezas, que produz uma
reservatório de estados localizados nos gaps da energia, necessários para o
estabelecimento de platôs quantizados. Thouless e colaboradores [4] esclareceram a
natureza topológica do IQHE considerando o problema na presença de um potencial
periódico e mostrando que a condutância Hall (em unidades de 𝑒 2⁄ℎ) de uma banda
completa é um invariante topológico, ou seja, é um número Chern. Esse entendimento
serviu como motivação para os desenvolvimentos que levam aos isolantes topológicos.
O valor de 𝜈 é medido como sendo um inteiro com uma precisão extraordinária - algo
como uma parte em 109 . A quantidade 2𝜋ℏ 𝑒 2 ⁄ é chamada de quantum de
resistividade. Agora é usado como padrão para medir a resistividade. Além disso, o
efeito Hall quântico inteiro é agora usado como base para medir a razão das constantes
fundamentais, 2𝜋ℏ 𝑒 2 ⁄ às vezes referida como a constante de von Klitzing. Acontece
que os planaltos devem sua existência a mais um pouco de física: desordem. Isso ocorre
porque as amostras experimentais contêm impurezas que podem ser modeladas pela
adição de um potencial aleatório 𝑉(𝑥) ao Hamiltoniano. Um segundo efeito da
desordem, transforma muitos dos estados quânticos de estendido para localizado. Aqui,
um estado estendido é espalhado por todo o sistema. Em contraste, um estado localizado
é restrito a estar em alguma região do espaço.

3.2.3. O Efeito Hall Quântico Fraccionário

O fenómeno do FQHE refere-se à observação de platôs quantizados na resistência Hall


em 𝑅𝐻 = ℎ 𝑓𝑒 2 , com 𝑓 fraccionário. O platô caracterizado pela fracção 𝑓 é centrado
no factor de preenchimento 𝜈 = 𝑓. A resistência longitudinal exibe comportamento
activo na região dos platôs, com 𝑅𝑥𝑥~𝑒 −∆⁄2𝑘𝐵𝑇 desaparecendo exponencialmente à
medida que a temperatura tende para zero, indicando a presença de um gap ∆ no
espectro. O campo do FQHE começou com a observação de 1982 do 𝜈 = 1⁄3 por Tsui et
al. [3] e sua explicação em 1983 por Laughlin [5], através da introdução de uma
elegante função de onda de ansatz para os estados fundamentais em preenchimentos LL
𝜈 = 1⁄𝑚 (m ímpar): Ψ1⁄𝑚 𝐿𝑎𝑢𝑔ℎ𝑙𝑖𝑛 = ∏(𝑧𝑗 − 𝑧𝑘) 𝑚 𝑒𝑥𝑝 [− 1 4 ∑|𝑧𝑖 | 2 𝑖 ] 𝑗
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3.3. Lei de Biot-savart

A Lei de Biot-Savart Essa lei, que recebeu o nome dos físicos franceses Jean-Baptiste
Biot e Félix Savart, considera que a intensidade do vector campo magnético total pode
ser calculada somando-se as contribuições dos campos magnéticos associados a vários
trechos de um fio que apresente corrente eléctrica. Sem entrarmos em muitos detalhes
em relação ao cálculo matemático utilizado para chegar à relação final, a intensidade do
vector campo magnético total pode ser obtida por meio da seguinte relação:
B total = Σ Δ B = Σ μ 4 π . i . Δ l . sen θ

3.4. lei de Ampère 


Permite calcular o campo magnético a partir de uma distribuição de densidade de

corrente eléctrica   ou de uma corrente eléctrica  , ambas estacionárias


(independentes do tempo). A partir da Lei de Biot-Savart é possível calcular o campo
magnético associado a uma distribuição estacionária de corrente somando-se as
contribuições ao campo de todos os elementos infinitesimais de corrente ao longo do
circuito em questão. No caso de uma distribuição complicada de correntes o cálculo
pode ser bastante trabalhoso e, em muitos casos, exigir o uso de um computador.
Entretanto, se a distribuição possui algum tipo de simetria podemos usar a Lei de
Ampère para determinar o campo magnético total, o que facilita consideravelmente os
cálculos. O nome da lei é um reconhecimento ao físico francês André-Marie
Ampère que a descobriu em 1826.

3.4.1. Aplicações de Ampere

Quando a simetria do problema permite, é possível extrair o campo magnético para fora


da integral de linha , permitindo sua determinação via Lei de Ampère. Nas
circunstâncias em que ela funciona, é de longe o método mais rápido; caso contrário,
deve-se recorrer à Lei de Biot-Savart. As configurações de corrente nas quais a Lei de
Ampère pode ser aplicada são:

 Linhas reptam infinitas;


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 Planos infinitos;
 Solenoide infinitos;
 Tiróides.

A lei de Ampère, como ficou conhecida, estabelece o campo magnético ( ) gerado por
um condutor rectilíneo percorrido por uma corrente eléctrica de intensidade i, a uma
distância (R) do condutor.
Matematicamente, o vector campo magnético ( ) é determinado pela seguinte equação:

Onde o termo μ é uma constante conhecida como permeabilidade magnética do vácuo.


Por comodidade matemática, essa constante foi definida como:
μ = 4π .10-7T.m/A
Sendo esse um valor convencional, que pode ter seu número infinito de algarismos
significativos por causa do valor de π, pode-se adoptar para permeabilidade magnética
do vácuo ou do ar o valor abaixo (quando expresso com dois algarismos significativos):

μ = μar = 1,3 .10-6T.m/A


A direcção e o sentido do vector campo magnético são dados pela regra da mão direita,
lembrando que o vector   é sempre tangente às circunferências imaginárias descritas
em torno do condutor, em planos perpendiculares.

3.5. Campo magnético de um solenoide

Solenoides são fontes de campo magnético formadas por enrolamentos de


fios condutores, espaçados uniformemente, concêntricos e no formato de um cilindro de
raio constante. Quando percorridos por uma corrente elétrica, eles passam a funcionar
como electroímanes, produzindo um campo magnético constante em seu interior.
A intensidade do campo magnético produzido nos solenoides é directamente
proporcional à corrente elétrica que os percorre, bem como ao número de espiras que os
formam.
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3.5.1. Campo magnético no solenoide

Quando uma corrente eléctrica atravessa um condutor, há o surgimento de um campo


magnético. Nos solenoide, por exemplo, é possível produzir um campo magnético
concentrado no interior de um enrolamento de fios. De acordo com
o comprimento do solenoide,  o campo magnético torna-se mais uniforme, de modo que
as linhas de indução desse campo fiquem paralelas e igualmente espaçadas em seu
interior. Nas bordas do solenoide, por sua vez, o campo magnético não é uniforme, em
decorrência do surgimento de efeitos de borda, que distorcem a direcção e o sentido do
campo magnético.

A polaridade do campo magnético produzido nos solenoides pode ser descoberta por
meio da regra do parafuso. Para usá-la, fechamos os dedos da mão direita no sentido em
que a corrente percorre o solenoide (horário ou anti-horário), de modo que o polegar nos
indique o sentido do norte magnético.  Observe a figura a seguir, pois, por meio dela, é
mais fácil compreender como funciona a regra do parafuso.
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Repare a corrente elétrica circulando no plano da tela, no sentido anti-horário. Nesse


caso, fechando-se os dedos da mão direita nesse sentido, o polegar aponta para “fora da
tela”, portanto essa é a direcção do vector do campo magnético, que sempre aponta para
o norte magnético.

Fórmula do campo magnético no solenoide


A fórmula utilizada para calcular a intensidade de um campo magnético B que é gerado
por um solenoide de N espiras, percorrido por uma corrente elétrica i, de comprimento
L, é a seguinte:

μ – Permeabilidade magnética do meio (N/A²)


N – número de enrolamentos (espiras)
L – comprimento do solenoide (m)
i – corrente elétrica (A)
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3.6. Lei de Ampère-Maxwell

Numa região de campo magnético, consideremos uma linha fechada C dividida em um


grande número N de elementos de comprimento, com comprimentos Δ𝓁 k (k = 1, 2, ... N),
pequenos o suficiente para que, sobre cada um deles, o campo magnético possa ser
considerado constante.

Ao k-ésimo elemento de comprimento associa-se o vector Δ𝓁k, tangente à curva C.


Chamamos de circulação do campo magnético ao longo da linha C a grandeza:
Σk = 1, 2 ... N  Bk • Δ𝓁k = Σk = 1, 2 ... N  Bk (Δ𝓁k) cosθk
A lei de Ampère afirma: a circulação do campo magnético ao longo de uma linha
fechada (chamada amperiana) que envolve a corrente i é igual ao produto desta corrente
pela constante μ0. Matematicamente:
Σk = 1, 2 ... N  Bk • Δ𝓁k = μ0i          [Linha Fechada]
Na aplicação dessa equação devemos considerar a linha fechada e, portanto, todos os
elementos Δ𝓁1, Δ𝓁2, ... Δ𝓁N, orientados segundo os dedos da mão direita com o polegar na
direcção da corrente i.
Em termos sintéticos, a lei de Ampère expressa o fato que uma corrente eléctrica gera
um campo magnético. Um campo eléctrico variável no tempo também gera um campo
magnético. Incorporamos esse fato ao formalismo adicionando o termo de corrente de
deslocamento na expressão matemática da lei de Ampère. Então, temos a lei de
Ampère-Maxwell.

3.7. Lei de Faraday-Lenz


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Segundo a lei de Faraday: a taxa de variação do fluxo do campo magnético através da


superfície limitada por um circuito é igual à força electromotriz (fem) induzida nesse
circuito. Matematicamente:
ε = − ΔφB/Δt
Em termos sintéticos, a lei de Faraday expressa o fato que um campo magnético
variável no tempo gera um campo eléctrico.
O sinal negativo que aparece nessa expressão representa matematicamente a lei de
Lenz. Esta lei está relacionada ao princípio de conservação da energia, conforme
discutimos adiante.
A lei de Lenz enuncia que, quando houver uma variação de fluxo magnético sobre um
condutor fechado, surgirá, nesse condutor, um campo magnético que se oporá a tal
variação. Essa lei é uma consequência directa de um princípio da física conhecido como
conservação da energia e complementa a lei de indução de Faraday.
Introdução à lei de Lenz
A lei de Lenz foi estabelecida pelo físico russo Heinrich Lenz e contribuiu com uma
outra lei que já existia: a lei de Faraday, também conhecida como a lei da indução
electromagnética. A lei de Lenz atribuiu um novo sentido à lei de Faraday ao levar em
conta o princípio de conservação da energia.
A lei da indução electromagnética havia sido descoberta por Michael Faraday em 1831.
De acordo com essa lei, um fluxo magnético variável é capaz de produzir uma corrente
eléctrica induzida no interior de um condutor fechado, como fios, placas metálicas,
espiras ou bobinas metálicas.
A lei de Lenz considerou que o sentido da corrente elétrica induzida nos condutores
fosse tal que o campo magnético gerado por essa corrente deveria opor-se à variação do
fluxo magnético.
A conclusão de Lenz foi baseada na ideia de que não é possível produzir energia
eléctrica à vontade, para fazê-lo, uma certa quantidade de energia precisaria ser
consumida. Essa energia consumida, por sua vez, é equivalente ao trabalho necessário
para aproximar ou afastar um ímã de uma espira condutora, uma vez que o movimento
relativo entre ímã e espira dá origem a uma força que se opõe ao movimento.

3.7.1. Aplicações da lei de Lenz


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Confira algumas das principais aplicações tecnológicas que fazem uso directo ou
indirecto da lei de Lenz:
 Geradores eléctricos  –  Uma das principais aplicações da lei de Lenz diz respeito
ao sentido da corrente elétrica que é produzida nos geradores de electricidade.
Uma vez que os geradores produzem energia elétrica, de acordo com o
movimento de rotação de um conjunto de ímãs com relação a uma bobina, o
sentido da corrente elétrica induzida varia periodicamente. Essa corrente é
conhecida como corrente alternada e é a corrente elétrica que chega até as
residências, por meio dos fios de alta tensão.
 Transformadores – Os transformadores eléctricos também são aplicações directas
da lei de Lenz. Esses dispositivos são usados para aumentar ou diminuir a tensão
eléctrica das linhas de transmissão, para tanto, fazem uso da variação do fluxo
magnético entre espiras com diferentes números de enrolamentos.
 Detector de metais – Os detectores de metal produzem um campo magnético
oscilante. Quando um metal é atravessado por esse campo magnético, ele dá
origem a um campo magnético variável e oposto que pode ser facilmente
detectado.
 Freio magnético  Outro exemplo de aplicação da lei de Lenz é o freio magnético,
em que um ímã potente é aproximado a um disco de alumínio. Quando o disco
está girando, há uma variação do fluxo magnético sobre ele, dessa maneira, uma
força magnética surge, opondo-se a tal variação, desse modo, o disco perde
velocidade.
3.8. Equações de Maxwell

As equações de Maxwell firmam-se nas teorias de Gauss, Ampére e Faraday para


fundamentar o electromagnetismo, relacionando o campo eléctrico e o campo
magnético. Veja em que consiste cada uma das leis:

1. Lei de Gauss para a electricidade: é a primeira das quatro equações de Maxwell


e recebe esse nome em homenagem ao seu criador, o físico Carl Friederick
Gauss. Ela estabelece a relação entre carga eléctrica e campo eléctrico, podendo
ser enunciada da seguinte forma:
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“O fluxo do campo eléctrico através de uma superfície fechada no vácuo é igual


à soma das cargas internas à superfície dividida pela permissividade eléctrica
do vácuo”.

2. Lei de Gauss para o magnetismo:

“O fluxo magnético resultante no interior de uma superfície fechada é zero”

Essa lei evidencia a impossibilidade de existência de monopólios magnéticos, ou


seja, não existe pólo sul ou pólo norte isolado. Além disso, afirma que as linhas
de campo magnético são contínuas, ao contrário das linhas de campo eléctrico
que se iniciam nas cargas positivas e terminam nas cargas negativas.

2. Lei de Ampere:  Assim denominada em homenagem a André Marie Ampere,


essa lei relaciona o campo magnético com o movimento de cargas eléctricas ou
corrente eléctrica:

“Uma corrente eléctrica de intensidade i ou a variação de fluxo do campo


eléctrico podem dar origem a um campo magnético.”

3. Lei de Faraday:  Estabelece a relação entre campo magnético e eléctrico.

“A variação do fluxo do campo magnético gera um campo eléctrico”

Segue na tabela as 4 equações de Maxwell:

Nome Equação na forma integral Equação na


forma diferencial
Lei de Gauss 1
0
ρ
∯δΩ E .dS= ∭ ρdv ∇ . E=
ε0 Ω ε0

Lei de Gauss ∯δΩ B . dS=0 ∇ . B=0


para
Magnetismo
Lei de Faraday 0 0
−∂ B
∮ E . dl=−d ∬ B . dS
dt Σ
∇ . E=
∂t
∂Σ
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Lei de Ampere 0
∂E
∫ B . dl=¿ µ 0 (∬ ❑Σ J . dS +ε 0 dtd ∬ ❑Σ E . dS)¿
∇ . B=µ0 (J + ε 0
∂t
)
∂Σ

4. Campo magnético estacionário

O campo magnético estacionário é originado por correntes contínuas, não dependendo,


pois, do tempo. Tal campo é regido pelo seguinte par das equações de Maxwell:


∇ . B =0(1)

→ →
∇ . B =μ0 i (2)

Comparando com as equações da Eletrostática2, conclui-se que a eq. (1) Significa a


inexistência de cargas magnéticas, pelo que as linhas de força do campo magnético são
sempre fechadas. Pelo mesmo motivo, é contínua a componente normal do campo
magnético através de qualquer superfície, mesmo que existam correntes superficiais.

A eq. (2), obtida primeiramente por Ampére, relaciona o campo com as correntes. É
muito útil considerar a sua forma integral. Para isso, considere-se uma linha fechada C
onde se arbitra um sentido de circulação, deste modo, fica definido, em cada ponto da
linha, um vector infinitesimal dl⃗, tangente à linha, com o sentido da circulação e
grandeza ∣∣dl⃗∣∣, o elemento de comprimento na linha. Designa-se por circulação do
campo ao longo de C o integral (soma) ∮Cdl⃗⋅B⃗ , Seja, agora, uma qualquer superfície
aberta a ∮Cdl⃗⋅B⃗ que se apoie em C.

Em cada ponto desta superfície, fica definido o versor da normal n⃗ cujo sentido está
relacionado com o sentido da circulação pela regra do saca-rolhas. Ora, pelo teorema de
Stokes, tem-se:

∮Cdl⃗⋅B⃗ =∫ΣadSn⃗⋅(▽∧B⃗) = μ0∫ΣadSn⃗⋅i⃗ ≡μ0I (3)

Onde: I é a intensidade da corrente que atravessa a superfície Σa no sentido da normal


definida.

Esta eq. (3) é, muitas vezes, suficiente para determinar o campo magnético, como se
mostra em alguns exemplos abaixo. Interessa, aqui, usá-la para estudar a
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descontinuidade da componente tangencial do campo através de superfícies onde


existam correntes superficiais.

Tais correntes são uma idealização: qualquer corrente distribui-se, realmente, no espaço
mas se estiver confinada a uma estreita vizinhança de uma superfície, é útil atribui-la
inteiramente à superfície. Então, i⃗ s⋅(n⃗∧dl⃗ ) é a intensidade da corrente que atravessa
o comprimento ∣∣dl⃗∣∣.

5. Conclusão

Ao finalizar este trabalho o autor concluiu que As linhas de campo magnético ou linhas
de indução são representadas pela tangente  do vector campo magnético  naquela região
do espaço.

A força magnética, ou força de Lorentz, é resultado da interacção entre dois corpos


dotados de propriedades magnéticas, como ímãs ou cargas eléctricas em movimento.
No caso das cargas eléctricas,  a força magnética passa a existir quando uma partícula
electricamente carregada movimenta-se em uma região onde actua um campo
magnético.
Considerando que uma carga pontual Q, com velocidade v,  é lançada em uma região
onde existe um campo magnético uniforme B,  passa a actuar sobre ela uma força
magnética com intensidade dada pela seguinte equação: F = Q.v.B.senα.
As equações de Maxwell firmam-se nas teorias de Gauss, Ampére e Faraday para
fundamentar o electromagnetismo, relacionando o campo eléctrico e o campo
magnético

Qualquer radiação que possui frequência menor que a da luz vermelha é denominada de
infravermelho. Quando as frequências são superiores à da luz violeta, as radiações são
classificadas como ultravioletas.
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6. Referência Bibliográfica

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/ampere-biot-savart-e-gauss-outras-leis-
do-eletromagnetismo.htm?cmpid=copiaecola

https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/lei-ampere.htm

https://brasilescola.uol.com.br/fisica/campo-magnetico-no-solenoide.htm

https://brasilescola.uol.com.br/fisica/fluxo-magnetico-lei-faraday.htm

http://coral.ufsm.br/gef/l-eletro.html

https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/a-lei-lenz.htm

https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/heinrich-hertz.htm

https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/as-equacoes-maxwell.htm

https://www.preparaenem.com/fisica/equacoes-maxwell-para-eletromagnetismo.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Equações_de_Maxwell

https://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_plana
30

http://www.eletrica.ufpr.br/cadartora/Documentos/TE053/05-
Ondas_EM_PlanasUniformeEM.pdf

https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-espectro-eletromagnetico.htm

https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/o-que-sao-ondas-eletromagneticas.htm

https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/intensidade-onda-eletromagnetica.htm

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