Monopólio Natural
Monopólio Natural
Monopólio Natural
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Nampula
Agosto de 2019
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dr.:
Nampula
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Agosto de 2019
Índice
Introdução..........................................................................................................................3
Objectivos..........................................................................................................................3
Geral..................................................................................................................................3
Específicos.........................................................................................................................3
Metodologia do Trabalho..................................................................................................3
1.Definição de Externalidade:...........................................................................................4
1.1.Externalidade Negativa de Produção – Definições.....................................................5
1.2.Externalidade Negativa de Consumo – Definições.....................................................5
1.3.Externalidade Positiva na Produção............................................................................5
1.4.Externalidade Positiva no Consumo............................................................................6
2.O Carácter Recíproco das Externalidades e os Direitos de Propriedade........................6
2.1.A importância dos direitos de propriedade..................................................................6
3.Determinação das Indemnizações a pagar com Negociações Privadas..........................7
3.1.Direito de Propriedade.................................................................................................7
3.1.1.Estabelecimento de Direitos de Propriedade............................................................7
3.1.2.Negociação e Eficiência Econômica........................................................................8
4.O Controlo Das Externalidades Negativas Via Regulamentação comparado com o uso
de impostos........................................................................................................................8
4.1.O problema da aplicação de quotas uniformes............................................................9
5.MONOPÓLIO NATURAL..........................................................................................10
5.1.Conceito Geral de Monopólio...................................................................................10
5.2.Monopólio Natural....................................................................................................10
5.3.Características do Monopólio Natural.......................................................................11
5.4.As distorções Geradas pelos Monopólios Naturais e Algumas estratégias de
Correção..........................................................................................................................12
5.4.1.Preço ao nível do custo marginal ou do custo médio.............................................12
5.4.2.Diferenciação de Preços.........................................................................................13
Conclusão........................................................................................................................14
Bibliografia......................................................................................................................15
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Introdução
Em economia, a concorrência ou competição monopolística é um tipo de concorrência
imperfeita em que existem várias empresas, cada uma vendendo uma marca ou um
produto que difere em termos de qualidade, aparência ou reputação, e cada empresa é a
única produtora de sua própria marca. A competição monopolística é caracterizada
também por não haver barreiras à entrada. Existem muitos exemplos de setores
industriais com essa estrutura de mercado, como café empacotado, calçados e
refrigerantes.
Neste tipo de concorrência imperfeita, são produzidos produtos distintos, porém, com
substitutos próximos passíveis de concorrência, não exercendo um monopólio e não
vivendo a situação de concorrência perfeita. Por isso, esse tipo de estrutura de mercado
é considerada intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio. Neste trabalho
pretende-se falar sobre as externalidades e o monopólio natural.
Objectivos
Geral
Compreender as externalidades e o monopólio natural
Específicos
Descrever as externalidades e o monopólio natural;
Explicar as distorções geradas pelos monopólios naturais e algumas estratégias
de correcção;
Identificar as diferentes perspectivas das Externalidades.
Metodologia do Trabalho
Para o desenvolvimento do presente trabalho foi necessário o uso do método
bibliográfico que consistiu na leitura de diversas obras que versam sobre o assunto em
alusão.
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1.Definição de Externalidade:
O problema das externalidades ocorre quando os agentes econômicos interagem no
mercado, gerando, sem intencionalidade, malefícios ou benefícios para indivíduos
alheios ao processo. Entre as inúmeras definições de externalidades, LONGO (1983,
p.67) oferece a seguinte: “uma externalidade é uma imposição de um efeito externo
causado a terceiros, gerada em uma relação de produção, consumo ou troca.”
Por outro lado, NORTH (1981, p.56) a externalidade é uma falha de mercado, sendo
aconselhável a intervenção governamental quando essa ocorre, de forma a evitar níveis
de produção e/ou consumo maior (ou menor) que o nível eficiente.
Neste sentido, trata-se de custos (ou benefícios) resultantes da produção ou consumo de
bens ou serviços que impactam pessoas (agentes do sistema econômico) não
diretamente envolvidos no processo de geração da oferta e/ou demanda pelo referido
bem ou serviço. Geralmente, no entanto, os referidos custos (ou benefícios) são de
difícil mensuração para fins de precificação, de forma que não se refletem nos preços de
mercado.
Dessa forma, quando ocorre uma externalidade, o preço de mercado (O&D) não
determina adequadamente o nível a ser produzido (ou consumido) do bem ou serviço,
NORTH (1981, p.56).
As externalidades podem ser:
Positivas: quando a sua ocorrência introduz benefícios externos a terceiros. A
soma de benefícios externos e privados define o benefício social.
Negativas: quando a sua ocorrência introduz custos externos a terceiros.
Associadas tanto à produção como ao consumo.
Exemplos de externalidades negativas
• Produção de um bem que gera poluição atmosférica
• Consumo de detergente que provoca poluição das águas
• Poluição sonora
• Uso de automóveis (gasolina ou diesel) resulta em trânsito
congestionado/poluição atmosférica/sonora
• Aumento no prêmio de seguros para todos, devido ao consumo de álcool ou
tabaco por parte dos que se utilizam do seguro.
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Quando a produção de uma firma aumenta o bem estar de outros agentes, porém a firma
não é paga por esse aumento, (STEPHEN, 1993, p.6).
O resultado é que a produção do mercado é menor do que a socialmente desejável.
O custo privado é maior que o custo social, de forma que a quantidade de “oferta social”
(eficiente) fica à direita da quantidade de oferta privada (equilíbrio).
empresa S com relação à poluição deverá refletir o custo marginal externo gerado por
essa externalidade, o qual é igual ao preço da quantidade emitida de externalidade.
No entanto, Direitos de propriedade bem assegurados são importantes para a
resolução de problemas oriundos das externalidades, porque permitem internalizar
algumas delas. Isto decorre, pois no momento em que o agente avista o custo de
transação, observando o ônus que ele incorrerá, torna-se relevante conhecer os
limites do outro agente para dar início ao processo de barganha (DEMSETZ, 1967,
p.193).
COASE (1960) mostra que os direitos de propriedade são essenciais para uma barganha
frente às externalidades, pois a menor intervenção de terceiros somada ao fato dos
agentes deterem as informações relevantes acerca do problema, permite que tal
negociação traduza-se em maior eficiência. Além disso, a liberdade de negociação,
através de um baixo custo de transação, impediria que o bem-estar fosse comprometido.
Para a siderúrgica, a emissão de poluição tem preço zero -> mas deveria ter um
preço negativo (a sociedade está disposta a pagar pela redução da poluição).
Solução: definição de direitos de propriedade para a externalidade (poluição).
Imposto de Pigou
dCs dCs
dπs
= Ps - =0 Ps =
ds ds
ds
5.MONOPÓLIO NATURAL
5.1.Conceito Geral de Monopólio
Um monopólio é uma firma que é o único vendedor em seu mercado. Ela enfrenta uma
curva de demanda negativamente inclinada para seu produto. Porém, a receita marginal
do monopolista é sempre menor que o preço de venda do bem, (MILTON, 1995, p.
208).
5.2.Monopólio Natural
Monopólio natural consiste em uma situação de mercado na qual os custos fixos são
muito elevados e os custos variáveis são muito próximos de zero. Os monopólios
naturais são caracterizados por serem referentes a bens exclusivos e com pouca ou
nenhuma rivalidade. Normalmente, os mercados que se caracterizam como monopólios
naturais são regulamentados pelos governos, possuindo prazos de retorno longos. Desta
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maneira, tais mercados funcionam melhor quando são bem protegidos, (MILTON,
1995, p. 210).
Portanto, um monopólio natural refere-se a uma estrutura de custos caracterizada por
altos custos fixos, custo marginal constante e extremamente baixo e CMe
monotonicamente decrescente, de forma que o volume necessário para viabilizar a
produção por uma única empresa pode diminuir a viabilidade da atuação de grande
número de empresas em determinada indústria. Por outro lado, KRUGMAN (2009)
adianta que considere-se uma das possíveis definições do conceito de Monopólio
Natural em que a existência de uma única empresa provê o mercado com um produto ou
serviço a um custo menor do que numa outra situação em que existisse mais de uma
empresa operando.
Neste sentido, podemos perceber que existe monopólio natural numa economia, para
um determinado bem, quando a estrutura dos custos de produção é tal que é mais barato
para a sociedade a situação de que apenas uma única firma opere neste mercado. É
importante salientar, que para este tipo de mercado, a definição de competição, que
exige várias firmas no mercado, entra em conflito com o seu principal objetivo, a
produção ao menor custo possível.
Porém, nem todos os monopólios são naturais. Como exemplo, o monopólio pode
resultar simplesmente do controle de uma única firma sobre os insumos adequados para
a produção do bem através de patentes ou com o direito exclusivo de vender num
determinado mercado. A característica essencial deste tipo de monopólio é que este é
baseado na incapacidade de outras empresas competir com os mesmos direitos. Este
tipo de monopólio é geralmente transitório. Pode ter sua função social para o país, na
medida em que permite desenvolver outras tecnologias. Esta forma de monopólio,
entretanto, não é monopólio natural, (SAMUELSON, 2003, p.30).
Assim, uma indústria é um monopólio natural quando uma só empresa consegue
ofertar um bem ou serviço a um mercado inteiro a um custo menor do que duas ou mais
empresas. Um monopólio natural surge quando há economias de escala para toda a
faixa relevante de produção.
Um outro exemplo de monopólio natural está na distribuição de água. Para levar água
aos moradores da cidade, uma empresa precisa construir uma rede de tubulações. Se
duas ou mais empresas competissem na prestação desse serviço, cada empresa teria que
pagar um custo fixo da construção da rede. Assim, o custo total médio da água é menor
se só uma empresa supre o mercado.
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Ela nos diz quanto o monopolista deve diminuir seu preço para vender uma unidade a
mais de sua produção.
O Custo médio (CMe) é o custo total dividido pelo produto. Por sua vez, o Custo
marginal (CMg) é quanto custa para a firma a produção de uma unidade adicional.
Se C = F + cQ
CMe = F/Q + c
CMg = c
Quando os custos médios são uma função decrescente do produto, o custo marginal é
sempre menor do que o custo médio.
5.4.2.Diferenciação de Preços
Enquanto em mercados perfeitamente competitivos o preço é igual ao custo marginal,
em mercados monopolistas o preço está acima desse custo.
A diferenciação de preços é uma estratégia para maximizar lucros que consiste em
atribuir preços diferentes para o mesmo bem ou serviço em diferentes mercados,
(MELVIN, 2002, p.109).
Assim percebe-se que é uma prática de vender o mesmo bem a diferentes preços para
diferentes compradores, apesar dos custos de produção para os dois serem os mesmos.
Você pode reduzir a oferta e aumentar o preço em mercados menos elásticos, e
aumentar a oferta e reduzir o preço em mercados elásticos.
Porém, SAMUELSON (2003, p.68) adverte que a diferenciação de preço não é possível
quando um bem é vendido num mercado competitivo, pois existem muitas firmas
vendendo ao preço de mercado. Para discriminar preço, a firma deve ter algum poder de
mercado.
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Conclusão
Feito o trabalho, percebeu-se que os monopólios podem ocorrer por diferentes razões.
Alguns ocorrem naturalmente, outros por causa de sua localização geográfica, outros
por razões tecnológicas e outros têm essa forma por obrigação, como os governos.
Porém, um monopólio natural ocorre antes de uma série de fatores que tornam a
concorrência impossível. Por exemplo, algumas empresas de telefonia locais têm o
monopólio dos altos custos de infraestrutura necessários para que outra empresa se torne
uma competição.
Além disso, uma série de condições que a regulamentação não permitirá será necessária,
tornando-a também impossível. Normalmente, esses tipos de monopólios são regulados
pelo governo para assegurar uma operação justa e correta.
Por outro lado, podemos verificar que As externalidades são tradicionalmente
reconhecidas como causas importantes de falhas do mercado em alocar eficientemente
os recursos. Verifica-se que a degradação ambiental como poluição agropecuária e
desmatamento excessivo, podem ser explicados pela presença de externalidades. A
explicação mais sugestiva para o tema em pauta é daquela que decorre do uso comum
do recurso ou de relações inadequadas de propriedade. Cada indivíduo procura
maximizar seu próprio “benefício líquido”. Na propriedade comum, ele apropria-se dos
benefícios do aumento da exploração enquanto o aumento de custos, seja devido à
redução do estoque, seja devido à maior degradação ambiental, é socializado pelos
demais usuários ou pelo conjunto da sociedade. Em termos de externalidades
ambientais, as restrições são maiores do que as que ocorrem numa análise de bens de
produção privados. Assim como nas questões distributivas, a mensuração de
externalidades ambientais é apenas indicativa, visto que além do pouco conhecimento, a
recorrência a juízos de valor é praticamente inevitável. Outro fator complicador é a
inexistência de mercado para externalidades que torna imprecisa suas estimativas.
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Bibliografia
MILTON Friedman "VIII: Monopólio e Responsabilidade Social dos Negócios e do
Trabalho". Capitalismo e Liberdade (brochura) (ed. 40 anos). A Universidade de
Chicago Press.1995.
KRUGMAN, Paul; Wells, Robin. Microeconomia (2a ed.) Vale a pena.2009.
BLINDER, Alan S; Baumol, William J; Gale, Colton L (junho de 2001). "11:
Monopólio". Microeconomia: Princípios e Política (paperback). Thomson South-
Western.
SAMUELSON, William F.; Marks, Stephen G. Economia Gerencial (4ª ed.). Wiley.
2003.
MELVIN, Michael; Boyes, William. Microeconomia (5ª ed.). Houghton Mifflin.2002.
DEMSETZ, H. Toward a theory of property rights. In: ANNUAL MEETING OF THE
AMERICAN ECONOMIC ASSOCIATION, 79., 1966, São Francisco. Papers and
Proceedings of… [Nashville]: American Economic Association, 1967.
PIGOU, A. C. The economics of welfare. London: Macmilan, 1920.
NORTH, D. Structure and change in Economic history. New York: Norton, 1981.
COASE, Ronald H. The problem of social cost. Publicado em: The Journal of
Law and Economics.