As Fases de Maturidade Espiritual Do Médium Umbandista
As Fases de Maturidade Espiritual Do Médium Umbandista
As Fases de Maturidade Espiritual Do Médium Umbandista
Se descobrir médium nem sempre é algo tranquilo, na grande maioria dos casos a pessoa
começa a se sentir a cereja no cesto de laranjas, tudo começa com o despertar consciencial, a
pessoa começa a se sentir diferente em alguns ambientes, no contato com algumas pessoas,
uns começam a ouvir vozes como se alguém tivesse murmurando no seu ouvido, outros
começam a ver espíritos que vem e vão, outros a pressentir acontecimentos bem antes mesmo
de acontecerem, poderia aqui numerar vários sintomas.
Quando esses sintomas vão se tornando mais ostensivos, a pessoa se nasceu em um berço
espírita tudo fica mais fácil se não vai ter que ir buscar ajuda, uma dose de eletricidade acima
do normal e descontrolada queima tudo dentro de casa, e uma mediunidade desequilibrada,
sem acompanhamento provoca um estrago semelhante. Vários caminhos podem conduzir esse
médium até que chegue numa casa espírita ou Umbandista, mas aqui vamos focar no médium
Umbandista.
Lembremos que a mediunidade nos foi dada, como lenitivo, aprendizado e reforma, uma
oportunidade para que através da prática da caridade e amor ao próximo poderemos nos curar
a nós mesmos de nossas mazelas e resgates a serem cumpridos. Que essa trajetória seja antes
de mais nada um auto descobrimento de nosso próprio EU.
A ANSIEDADE: Ansiedade, ânsia ou nervosismo é uma característica biológica do ser humano,
que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais
desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo
intenso, aperto no tórax, transpiração, e outras alterações associadas à disfunção do sistema
nervoso autônomo.
O médium quando chega na casa espírita no terreiro, fica ali na assistência muitas vezes fica
angustiado, olha para um lado, olha para o outro, cruza as mãos, as pernas, não tem posição
que o acomode, os médiuns vão passando por ele, o coração dele parece que vai sair pela boca,
ele está tão ansioso que não quer perder um detalhe, observa tudo no terreiro, se perguntarem
a ele quem pintou tal quadro no terreiro é capaz de dar o nome do pintor e até a data (rsrsrs),
quando começa a gira então seu coração não está mais dentro do seu peito está ali pulando no
chão como uma bolinha.
Nessa ansiedade toda, no transcorrer da gira, começa a se sentir estranho, mãos que suam, uns
sentem um pouco de sonolência, tontura, o corpo que não para de tremer, arrepios que gelam,
e ai vem o medo do desconhecido, e fica pensando o que vai acontecer agora comigo?
Logo é direcionado a estar passando para o passe onde poderá entrar em contato direto com o
guia, suas pernas tremem, o guia já sabe o que ele está sentindo, já pega em suas mãos e o
conforta, e as sensações vão se acalmando, na realidade se equilibrando entrando na
frequência da energia do guia atuante, e começa a vir uma sensação confortável de paz.
É muito importante que o médium relaxe sua mente e corpo nesse momento, enquanto o guia
está na aplicação do passe o consulente pode tranquilamente ir fazendo suas preces, ajudando
ainda mais em toda troca energética, não se cobre tanto nesse processo, tenha tranquilidade,
se concentre nas preces e orações, entrando na sintonia energética.
Infelizmente alguns processos não estão sendo realizados de forma adequada em alguns
terreiros, muitos médiuns estão sendo introduzidos dentro de uma corrente espiritual sem
antes passar por tratamentos e preparos adequados, e essa fase de equilíbrio é extremamente
necessária para quando ele for de fato começar seu despertar consciencial (desenvolvimento
mediúnico).
Um médium, eu costumo falar que ele deve passar por processos de higienização mental e
corporal, assistir algumas palestras doutrinadoras, fazer limpezas energéticas com banhos e
passes, para que ele fique o máximo em equilíbrio quando de fato for colocar sua roupa branca.
Equilíbrio gera harmonização e sintonia.
Passando por esse processo, ele futuramente será convidado pelo guia chefe a estar
ingressando na corrente espiritual daquela egregora.
Na minha humilde opinião como sacerdotisa acho de suma importância conscientizá-lo
primeiramente de sua posição dentro da casa. Dentre doutrinas e regras frisaremos as três
questões abaixo:
Ele será um instrumento da caridade dos espíritos na terra, e não o próprio guia encarnado.
Essa colocação vocês irão entender mais a frente o porque dela. Ser médium não implica ter
comunicação num estalar de dedos, com os espíritos quando bem entender e como entender,
os espíritos superiores não estarão a sua disposição para o café da manhã se é que me
entendem.
Lembrando que nossos guias e mentores tem tarefas importantes e cruciais espirituais e não
estarão a nossa disposição para motivos fúteis. O bom médium não é aquele que tem maior
facilidade com os espíritos, mas sim aquele que trabalha sua reforma moral e se sintoniza com
os bons espíritos. Isso é primordial, um trabalho diário de conscientização e harmonização
consciencial que todo médium deveria ter.
Lembremos também que no transcorrer de nossa trajetória mediúnica passaremos por
processos que irão nos transformar como pessoas, porque estaremos em estágios de
aprendizado contínuo de reforma íntima e espiritual. Então vejam que o trabalho mediúnico
não é para o outro somente, é principalmente para nós mesmos, nos enriquecendo com os
ensinamentos e experiências e nos tornando pessoas melhores.
Por Cristina Alves (Texto maravilhoso que chegou até a equipe de ADMs e estamos
compartilhando com vocês através de estudo)