Curso Basico Sobre Mediunidade
Curso Basico Sobre Mediunidade
Curso Basico Sobre Mediunidade
Curso Básico
sobre
UEM
União Espírita Mineira
Rua Guarani, 315
Belo Horizonte - MG
http:// www.uembh.org.br/
E-mail: uembh@uembh.org.br
Divulgação
A UTORES E SPÍRITAS C LÁSSICOS
www.autoresespiritasclassicos.com
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 2
Índice
Capítulo I – Introdução............................................................................................... 4
1 - Aspecto geral ..................................................................................................................4
2 - Conceito doutrinário ........................................................................................................4
3 - Referências.....................................................................................................................4
Capítulo I
Introdução
1 - Aspecto geral
2 - Conceito doutrinário
Kardec define:
• Mediunidade: Faculdade dos médiuns.
• Médiuns: (do latim - médium, meio, intermediário) pessoa que pode servir de
intermediária entre os dois planos da vida, ou seja, entre os Espíritos e os Ho-
mens. (3)
Segundo André Luiz, mediunidade é o atributo de homem encarnado, para corres-
ponder-se com o homem liberado do corpo físico. (1)
Embora aceitos em sentido mais amplo por vários autores em nossos estudos, con-
ceituaremos, de um modo geral, os Fenômenos Mediúnicos como aqueles que se
reconhecem uma causa extrafísica, supraterrestre, isto é, fora da esfera de nossa exis-
tência física, portanto, Fenômenos Espiríticos, pois, se processam com a intervenção
dos espíritos desencarnados.
3 - Referências
Capítulo II
Natureza da Mediunidade
1 - Introdução
"Todos os homens são médiuns, todos tem um espírito que os dirige para o bem,
quando sabem escutá-los" (1)
"Organizamos turmas compactas de aprendizes para a reencarnação. Médiuns e
doutrinadores saem daqui às centenas, anualmente".(2)
"Ninguém pode avançar livremente para o amanhã sem solver os compromissos de
ontem. Por este motivo, Pedro traz consigo aflitiva mediunidade de provação. É da Lei
que ninguém se emancipe sem pagar o que deve".(3)
Fácil observar-se que a mediunidade, embora una em sua essência (faculdade que
permite ao homem encarnado entrar em relação com os espíritos), não o é quanto a sua
natureza, ou razão de ser; variando de indivíduo para indivíduo.
Assim, destacamos:
c) Mediunidade de expiação
Há determinadas pessoas compromissadas grandemente em virtude do mau uso
de seu livre-arbítrio anterior (em passadas existências), a sensibilidade psíquica
aguçada é imposta ao médium como oportunidade para ressarcimento de seus atos
menos felizes do pretérito com vistas à sua libertação futura.
Esta mediunidade se manifesta à revelia da criatura e comumente lhe causa so-
frimentos aos quais não se pode furtar.
A sua forma de manifestação mais comum é a obsessão que pode atingir até o
estagio de subjugação.
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 7
d) Médiuns missionários
Convém lembrar que, além dos aspectos acima referidos, excepcionalmente po-
demos encontrar médiuns que são verdadeiramente missionários do plano espiritu-
al, entre os homens, os quais, pelos seus elevados dotes morais e espirituais, se tor-
nam, a título de testemunho, em instrumentos da vontade Divina, em favor da hu-
manidade.
6 - Referências
• (1) "O Livro dos Médiuns", Allan Kardec - FEB - 29ª edição
• (2) "Os Mensageiros", André Luiz - FEB - 4ª edição
• (3) "Nos Domínios da Mediunidade", André Luiz - FEB - 2ª edição
• (4) "Mediunidade", Edgard Armond - LAKE - 9ª edição
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 9
Capítulo III
Espírito, Corpo e Perispírito
3 - O Perispírito
– Constituição
• De natureza sutil, o perispírito é constituído do fluido universal inerente ao
globo em que estagia, razão porque não é idêntico em todos os mundos.
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 11
• Sua natureza está em relação direta com o grau de adiantamento moral do Espí-
rito; daí decorre que o mesmo se modifica e se aprimora com o progresso moral
que conquiste.
• Enquanto as entidades superiores formam o seu perispírito com os fluidos mais
etéreos do plano em que estagiam, as inferiores formam dos fluidos mais densos,
ou grosseiros, pelo que, seu perispírito chega a confundir-se, na aparência com o
corpo físico.
– Função
• O Espírito pela sua essência é um ser abstrato, que não pode exercer ação direta
sobre a matéria bruta.Precisa de um elemento intermediário (fluido universal),
daí a necessidade do envoltório fluídico - o perispírito.
• O perispírito faz do Espírito um ser definido, tornando-o capaz de atuar sobre a
matéria tangível.É, assim, o traço de união entre o Espírito e a matéria.
• Quando encarnado, o Espírito se vale do perispírito para atuar sobre o corpo e
sobre o meio ambiente e, por seu intermédio, recebe sensações dos mesmos.
• Despojado do corpo físico, pela desencarnação, o Espírito permanece com o pe-
rispírito, veículo de sua manifestação no Plano Espiritual.
– Apresentação
• O perispírito toma a forma que o Espírito queira.
• Atuando sobre os fluidos espirituais, por meio do pensamento, e da vontade, os
Espíritos imprimem a esses fluidos tal ou qual direção:Aglomeram-nos, combi-
nam ou dispersam, forma conjuntos de aparência, forma e cor determinadas.
• Essas transformações, obedecendo a vontade do Espírito, permitem-lhe ter ou
apresentar-se com a forma que mais lhe agrade.Podendo, num dado momento,
alterar sua aparência instantaneamente.
• Essas transformações podem ser o resultado de uma intenção ou o produto de
um pensamento inconsciente.Se num ambiente o Espírito apresenta-se com a a-
parência de sua última existência, pode, inconscientemente, modificar-se no re-
cinto; algo, ou alguém o faz recordar-se de uma precedente reencarnação.Tão
logo desliga o seu pensamento do passado, retorna à aparência atual.
– Propriedades
• Um Espírito pode, portanto, apresentar-se ao médium com a aparência de uma
existência remota (vestuário ou outros sinais característicos da época, inclusive
cicatrizes, etc), embora isto não signifique que ele conserve normalmente essa
aparência, mas sim a de vidas posteriores (geralmente a última experiência na
Terra).
• Mesmo um Espírito apenas intelectualmente desenvolvido, embora moralmente
atrasado, pode apresentar-se ao médium sob a aparência que deseje (pela dispo-
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 12
sição do seu pensamento), até mesmo de uma outra entidade, num processo de
mistificação espiritual.
• Normalmente, no entanto, o perispírito retrata a condição íntima do Espírito, ra-
zão pela qual, premido por um estado consciencial de culpa, este se apresenta
portando inibições, defeitos, aleijões, ou problemas outros, dos quais, embora o
desejasse, não se pode furtar.
4 - Referências
Capítulo IV
Da Identificação dos Espíritos
1 - Introdução
4 - Aparência
Podendo alguns Espíritos enganar pela linguagem de que usam, segue-se que tam-
bém podem, aos olhos de um médium vidente, tomar uma falsa aparência?
Isso se dá, porém, mais dificilmente.O médium vidente pode ver Espíritos levianos
e mentirosos, como outros os ouvem, ou escrevem sob influência deles.Podem os Espí-
ritos levianos aproveitar-se dessa disposição, para o enganar, por meio de falsas apa-
rências; isso depende das qualidades do Espírito do próprio médium.("O Livro dos
Médiuns")
5 - Estado vibracional
6 - Referências
Capítulo V
Mecanismos das Comunicações
1 - Introdução
2 - Processo mental
Ideais superiores,
Sábios Assuntos trans- Ciência, filosofia, religião, etc.
Sintonia, cendentes
5 - Referências
Capítulo VI
Classificação Mediúnica
1 - Efeitos Físicos
a) Levitação
Quando pessoas ou objetos são erguidos no ar, sem interferência de recursos
materiais objetivos.
b) Transporte
Quando objetos são levantados e deslocados de uma parte para outra, dentro do
mesmo local ou trazidos de locais distantes.
c) Tiptologia
Comunicação dos Espíritos - valendo-se do alfabeto ou qualquer outro sinal
convencionado - por meio de movimento de objetos ou através de pancadas.
O Espírito responderá às perguntas formuladas, valendo-se de um código esta-
belecido anteriormente.
Por exemplo:
• Uma pancada significa sim; duas pancadas, não.
• Uma pancada corresponde a letra A; duas pancadas correspondem à letra B, etc.;
• As letras do alfabeto são dispostas sobre uma mesa e os Espíritos conduzem um
determinado objeto que, percorrendo as várias letras, forma palavras e frases in-
teiras.
A tiptologia, portanto, pode ser obtida de maneira muito variada, a critério dos
responsáveis pela experiência.
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 21
d) Materialização
Manifestação dos Espíritos, através da criação de formas ou efeitos físicos.A
materialização se desdobra em nuances variadas - sinais luminosos ligeiros ou in-
tensos, ruídos, odores e a materialização propriamente dita, desde apenas determi-
nadas partes do corpo até a completa materialização da entidade espiritual que se
comunica.
Para a materialização, os Espíritos manipulam e conjugam três elementos es-
senciais:
• Fluidos inerentes à Espiritualidade;
• Fluidos inerentes ao médium e demais participantes da reunião;
• Fluidos retirados da natureza, especialmente da água e das plantas.
g) Desdobramento (bicorporeidade)
Exteriorização do perispírito do médium que, afastado do corpo carnal - ao qual
se liga pelo cordão fluídico - se manifesta materializado em local próximo ou dis-
tante.
O desdobramento pode assumir outras características, as quais, necessariamen-
te, não se enquadram na categoria de efeitos físicos.
Por exemplo: O Espírito do médium, afastado do corpo, pode se fazer notar em
outro local, através da vidência de um segundo médium.(Ref. 3, Cap. XII.)
2 - Sensitivos ou Impressionáveis
São aqueles cuja mediunidade se manifesta através de uma sensação física experi-
mentada pelo médium, à aproximação do espírito.Assim, o médium impressionável,
ainda que não ouça ou veja um Espírito, sente a sua presença pelas reações em seu
organismo.
Do teor dessas reações, pode o médium deduzir a condição do Espírito:Rebelde,
perseguidor, evoluído, dócil, etc.
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 22
3 - Auditivos
O médium audiente ouve vozes proferidas pelos Espíritos ou sons por eles produ-
zidos, bem como, sons da própria natureza, que escapam à percepção da audição nor-
mal.
Por ser fenômeno de natureza psíquica, é fácil compreender-se que a audição se ve-
rifica no órgão perispirítico do médium, por isso, independe de sua audição física. (Ref.
3, Cap IX)
4 - Vidência
b) Vidência no espaço
O médium vê cenas, sinais ou símbolos em pontos distantes do local em que se
encontra.
c) Vidência no tempo
O médium vê cenas, representando fatos a ocorrer (visão profética) ou fatos
passados em outros tempos (visão rememorativa).
d) Psicometria
Forma especial de vidência que se caracteriza pelo desenvolvimento, no campo
mediúnico, de uma série de visões de coisas passadas, desde que, posto em presen-
ça do médium um objeto qualquer ligado àquelas cenas.Essa percepção se verifica
em vista de tais objetos se acharem impregnados de influências pessoais dos seus
possuidores ou dos locais onde se encontravam.
5 - Falantes ou Psicofônicos
a) Consciente
O Espírito comunicante transmite telepaticamente, às vezes de grandes distân-
cias, as suas idéias ao médium, que as retrata aos encarnados com as suas próprias
expressões.
b) Semiconsciente
Estabelecida a sintonia, ou equilíbrio vibratório, o Espírito comunicante, através
do perispírito do médium, entra em contato com este, passando a atuar sobre o
campo da fala e outros centros motores do médium.
Não há afastamento acentuado do Espírito do médium e este não perde a cons-
ciência ou conhecimento do que se passa.
Sujeita-se, espontaneamente, à influência do Espírito comunicante, mas o con-
trola devidamente, podendo reagir a qualquer momento a essa influência, pela pró-
pria vontade.
O Espírito, apesar de não ter domínio completo sobre o médium, pode expressar
com mais fidelidade as suas idéias, do que no caso anterior.
Na psicofonia semiconsciente, o comunicante é a ação, mas o médium personi-
fica a vontade. (Ref. 3, Cap. XI)
c) Inconsciente
Também denominada psicofonia sonambúlica, se processa com o afastamento
do Espírito do médium de seu corpo.
O comunicante utiliza-se mais livremente dos implementos físicos do medianei-
ro, pelo que a sua comunicação é mais fiel e isenta de “interpretações” por parte do
médium.É comum, nesse caso, observada a afinidade, o Espírito retratar também,
com maior ou menor nitidez, o tom de voz, as maneiras e até mesmo o seu aspecto
físico característico.
Se o comunicante é um Espírito de inteira confiança do médium, este se afasta,
tranqüilamente, cedendo-lhe o campo somático, como que entrega um instrumento
valioso às mãos de um artista emérito que o valoriza.
Quando, no entanto, o irmão que se manifesta se entrega à rebeldia ou perversi-
dade, o médium, embora afastado do corpo, age na condição de um enfermeiro vi-
gilante que cuida do doente necessitado.Esse controle é pacífico, porque a mente
superior subordina as que lhe situam à retaguarda nos domínios do Espírito.
Quando se trata de uma entidade intelectualmente superior ao médium, porém,
degenerada ou perversa, a fiscalização corre por conta dos mentores espirituais do
trabalho mediúnico.
Se a psicofonia inconsciente ou sonambúlica se manifesta em um médium dese-
quilibrado - sem méritos morais - ou irresponsável, pode conduzi-lo à subjugação
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 24
(possessão), sempre nociva e que, por isso, apenas se evidencia integral nos obses-
sos que renderam às forças vampirizantes.
6 - Sonambúlicos
7 - Curadores
8 - Psicografia
a) Médium mecânico
Quando o Espírito atua sobre os centro motores do médium, impulsionando di-
retamente a sua mão.Esta se move sem interrupção e sem embargo do médium, en-
quanto o Espírito tem alguma coisa que dizer.
Nesta circunstância, o que caracteriza o fenômeno é que o médium não tem a
menor consciência de que escreve.
b) Médium intuitivo
O Espírito não atua sobre a mão para fazê-la escrever; atua sobre o Espírito do
médium que, percebendo seu pensamento, transcreve-o no papel.
Nessa circunstância, não há inteira passividade; o médium recebe o pensamento
do Espírito e o transmite.Tendo, portanto, consciência do que escreve, embora não
exprima o seu próprio pensamento.
A idéia nasce à medida que a escrita vai sendo traçada e essa pode estar mesmo
fora dos limites dos conhecimentos e da capacidade do médium.
Enquanto o papel do médium mecânico é o de uma máquina o médium intuitivo
age como um intérprete.Para transmitir o pensamento, precisa compreendê-lo, a-
propriar-se dele, para traduzi-lo fielmente.
c) Médium semimecânico
No médium mecânico o movimento da mão independe da vontade; no médium
intuitivo esse movimento é voluntário.O médium semimecânico participa dos dois
gêneros:Sente que à sua mão é dada uma impulsão, mas, ao mesmo tempo, tem
consciência do que escreve, à medida que as palavras se formam.
Assim, no médium mecânico, o pensamento vem depois do ato da escrita; no in-
tuitivo o pensamento precede a escrita e no semimecânico o pensamento acompa-
nha a escrita. (Ref. 1, Cap. XV.)
9 - Poliglotas
10 - Pressentimentos
11 - Intuição
12 - Referências
Capítulo VII
A Casa Mental
Se fizermos uma idéia de que a mente é uma pequena casa, poderíamos chamar o
inconsciente de porão - andar subterrâneo; o consciente de andar principal, parte da
casa onde realmente vivemos e nos entretemos, e a consciência - censor moral, a polí-
cia, seria o sótão.
É lógico presumirmos que o porão não é tão limpo ou não está tão em ordem como
a parte de cima.Na maioria das casas o porão torna-se um lugar para despejo, onde se
armazena quantidade de velharias e, ao mesmo tempo, onde se localiza o sistema de
abastecimento de toda a casa.
4 - Referências
• (1) “No Mundo Maior”, Cap.. III - André Luiz - FEB - 1962.
• (2) “Ajuda-te pela Psiquiatria”, Frank S. Caprio - IBRASA - 1959.
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 29
Capítulo VIII
Reflexo Condicionado
1 - Conceituação e classificação
2 - Referências
• (1) “No Mundo Maior” - Caps. III, IV e VII - André Luiz - FEB - 1962.
• (2) Novo Testamento - Mateus 26:41
• (3) “Elementos de Anatomia e Fisiologia Humanas”, Almeida Júnior - Compa-
nhia Editora Nacional - 1958.
• (4) “O Homem”, Orieux, M. - Everaere, M - Leite, João d’Andrade - Ed. Liceu -
1967.
• (5) “O Corpo Humano”, Kahn, Fritz - Ed.Civilização Brasileira S/A - 1962.
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 31
Capítulo IX
Influência Moral do Médium
1 - Afinidade
Espíritos superiores; este outro se humilha, por se considerar sempre abaixo desse
favor. (Ref. 1, Cap. XX - 229).
2 - Médium perfeito
“Sempre se há dito que a mediunidade é um dom de Deus, uma graça, um fa-
vor.Por que, então, não constitui privilégio dos homens de bem e porque se vêem
pessoas indignas que a possuem no mais alto grau e que dela usam mal?”
“- Todas as faculdades são favores pelos quais deve a criatura render graças a
Deus, pois que homens hão privados delas.Podereis igualmente perguntar porque con-
cede Deus vista magnífica a malfeitores, destreza a gatunos, eloqüência aos que dela se
servem para dizer coisas nocivas.O mesmo se dá com a mediunidade.Se há pessoas
indignas que a possuem, é que disso precisam mais do que as outras, para se melhora-
rem”.
“Os médiuns, que fazem mau uso das suas faculdades, que não se servem delas
para o bem, ou que não as aproveitam para se instruírem, sofrerão as conseqüências
dessa falta?”
“- Se delas fizerem mau uso, serão punidos duplamente, porque têm um meio de
mais se esclarecerem e o não aproveitam. Aquele que vê claro e tropeça é mais censu-
rável do que o cego que cai no fosso.”
“Se ele só com os bons Espíritos simpatiza, como permitem estes que seja enga-
nado?”
“- Os bons Espíritos permitem, às vezes, que isso aconteça com os melhores mé-
diuns, para lhes exercitar a ponderação e para lhes ensinar a discernir o verdadeiro do
falso.Depois, por muito bom que seja, um médium jamais é tão perfeito, que não possa
ser atacado por algum lado fraco.Isso lhe deve servir de lição.As falsas comunicações,
que de tempos em tempos ele recebe, são avisos para que não se considere infalível e
não se ensoberbeça”.
“Quais as condições necessárias para que a palavra dos Espíritos superiores nos
chegue isenta de qualquer alteração?”
“- Querer o bem; repulsar o egoísmo e o orgulho.Ambas essas coisas são necessá-
rias”. (Ref. 1, Cap. XX - 226)
Desde que uma opinião nova venha a ser expedida, por pouco que vos pareça duvi-
dosa, fazei-a passar pelo crivo da razão e da lógica e rejeitai desassombradamente o
que a razão e o bom senso reprovarem.É melhor repelir dez verdades do que admitir
uma única falsidade, uma só teoria errônea.Efetivamente, sobre essa teoria podereis
edificar um sistema completo, que desmoronaria ao primeiro sopro da verdade, como
um monumento edificado sobre a areia movediça, ao passo que, se rejeitardes hoje
algumas verdades, porque não vos são demonstradas claras e logicamente, mais tarde
um fato brutal ou uma demonstração irrefutável virá afirmar-vos a sua autenticidade.”
(Ref. 1, Cap. XX - 230)
4 - Referências
Capítulo X
Da Influência do Meio
Espíritos, que não os vos cercam, o mesmo médium usará linguagem absolutamente
diversa e dirá coisas muito distanciadas das vossas idéias e das vossas convicções.
Em resumo: As condições dos meios serão tanto melhores quanto mais homoge-
neidade houver para o bem, mais sentimento puros e elevados, mais desejo sincero de
instrução, sem idéias preconcebidas”. (Ref. 1, Cap. XXI - 233)
“É preciso, portanto, que (os médiuns) somente freqüentem sessões onde encon-
trem ambientes verdadeiramente espiritualizados, onde imperem as forças boas e onde
as más, quando se apresentarem, possam ser dominadas.
E sessões desta natureza só podem existir onde haja, da parte de seus dirigentes,
um objetivo elevado a atingir, fora do personalismo e da influência de interesses mate-
riais, onde os dirigentes estejam integrados na realização de um programa elaborado e
executado em conjunto com entidades espirituais de hierarquia elevada.”
Sem espiritualidade não se consegue isso; sem evangelho não se consegue espiritu-
alidade e sem propósito firme e perseverante de reforma moral não se realiza o evange-
lho. (Ref. 2, Pág. 84)
“Precisa, por outro lado (o médium), criar um ambiente doméstico favorável, pací-
fico, fugindo às discussões estéreis e desentendimentos, e sofrer as contrariedades
inevitáveis com paciência e tolerância evangélicas.
Como pai, como irmão ou como filho, mas, sobretudo, como esposo, deve viver
em seu lar como um exemplo vivo de pacificação, de acomodação, de conselho e de
boa vontade.Não esqueça que, em sua qualidade de médium de prova, ainda não desen-
volvido, ou melhor educado, representa sempre uma porta aberta a influências pernicio-
sas de caráter inferior que, por seu intermédio, comumente atingem os indivíduos com
quem convive.
E, quanto à sua vida social, deve exercer seus deveres com rigor e honestidade,
guardando-se, porém, de se deixar contaminar pelas influências malévolas naturais dos
meios em que se põem em contato indivíduos de toda espécie, sem homogeneidade de
pensamentos, crenças, educação e sentimentos”. (Ref. 2, Pág. 102)
“Na série de obstáculos que, em muitas ocasiões, parecem inteligentemente deter-
minados a lhe entravarem o passo, repontam os mais imprevistos contratempos à frente
do servidor da desobsessão.
Uma criança cai, explodindo em choro...
Desaparece a chave de uma porta...
Um recado chega, de imprevisto, suscitando preocupações...
Alguém chama para solicitar um favor...
Certo familiar se queixa de dores súbitas...
Colapso do sistema de condução...
Dificuldades de trânsito...
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 36
3 - Homogeneidade de pensamentos
4 - Referências
Capítulo XI
Educação Mediúnica
“A educação mediúnica tem, pois, duas etapas bem definidas:A primeira é o trei-
namento, em si mesmo, das faculdades mediúnicas que possuírem, e a segunda é a
utilização dessas faculdades no campo da propagação e do esclarecimento evangélico”.
(Ref. 1, Pág. 85)
1 - Orientação doutrinária
A maioria dos médiuns que buscam as reuniões mediúnicas, em função de suas fa-
culdades, trazem consigo a mediunidade de “provas e expiações” e, comumente, não
dispõem de base suficiente para sua condução segura neste complexo terreno do exer-
cício mediúnico.
É necessário, portanto, que lhe seja oferecido, em primeiro lugar, uma eficiente o-
rientação doutrinária.O médium não pode exercer bem a tarefa de intermediária entre
os Espíritos e os homens quando não tem, nem ao menos, conhecimentos elementares
do plano espiritual, das Leis que o regem e de suas relações com o plano corpóreo.
É indispensável que o médium leia, estude e se oriente, freqüentando reuniões es-
pecializadas, e ainda busque esclarecer-se doutrinariamente, com aqueles que dirigem
trabalhos mediúnicos e, portanto, contam com maiores recursos e mais vivência neste
setor.
O estudo da Doutrina Espírita deve, pois, preceder ao exercício mediúnico, uma
vez que, sem aquele, o médium dificilmente poderá se beneficiar das luzes que o Espi-
ritismo oferece às criaturas, na sua feição de processo libertador de consciências, con-
duzindo a visão do homem a horizontes mais altos da vida.
Havendo essa disposição, o médium buscará, inicialmente, o conhecimento dos
princípios básicos ou fundamentais da Doutrina que lhe darão uma exata visão do seu
conjunto.“O Livro dos Espíritos”, estudado ordenadamente nos oferece esse
conhecimento.
Paralelamente ao estudo da filosofia espírita e de seus princípios básicos, o mé-
dium estudará a mediunidade, propriamente dita, tomando conhecimento das Leis que
regem o intercâmbio entre os Espíritos e os homens.Quanto mais conhecimento o mé-
dium possuir da questão mediúnica, melhor possibilidade terá de atender, equilibrada-
mente, a sua tarefa de medianeiro entre os dois planos da vida.
2 - Roteiro evangélico
Não basta ao médium apenas se inteirar acerca da Doutrina Espírita e das questões
mediúnicas.A fim de atender bem ao mandato que lhe foi confiado pela Espiritualidade,
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 39
é necessário entregar-se à prática evangélica para que o seu trabalho produza benefícios
para si e para a humanidade.
“Com o evangelho no coração e a Doutrina Espírita no entendimento, podemos,
sem dúvida, promover o bem-estar físico e psíquico, de quantos realmente interessados
na própria renovação, se tornarem objeto de nossas criações mentais.
E o que será não menos importante e fundamental:Consolidaremos o próprio equi-
líbrio interior, correspondendo, assim, à confiança daqueles que, na Espiritualidade
mais Alta, aguarda a migalha da nossa boa vontade”. (Ref. 2)
3 - Exercícios psíquicos
4 - Referências
Capítulo XII
Exercício Mediúnico
“Todavia o que ressalta com clareza das respostas acima é que não se deve forçar o
desenvolvimento dessas faculdades nas crianças, quando não é espontânea, e que, em
todos os casos se deve proceder com grande circunspeção, não convindo nem excitá-
las, nem animá-las nas pessoas débeis.Do seu exercício cumpre afastar, por todos os
meios possíveis as que apresentam sintomas, ainda que mínimos, de excentricidade nas
idéias, ou de enfraquecimento das faculdades mentais...”(Ref. 1, Pág. 221)
Sabemos que a faculdade mediúnica, em si, independe da condição física do mé-
dium.Assim, poderá manifestar-se, com imensa intensidade, tanto no homem, quanto
na mulher, na criança quanto no adulto ou na pessoa de avançada idade.Do mesmo
modo, o estado orgânico também não apresenta qualquer obstáculo para o fenômeno
mediúnico, podendo este se manifestar (aliás é muito comum) na pessoa enferma física
ou psiquicamente.
Essa espontaneidade não justifica, no entanto, que a criatura, em qualquer circuns-
tância, venha indiscriminadamente entrega-se ao exercício mediúnico.Deve, ao contrá-
rio, prevalecer o bom senso que nos indicará o roteiro certo a seguir.
Uma criança, por exemplo, pelo simples fato de, espontaneamente ser um excelen-
te sensitivo, não pode trabalhar mediunicamente, sem sérios riscos para si própria.O
exercício destas funções pode causar sobreexcitação ao seu psiquismo e, independente
disto, falta-lhe a experiência e amadurecimento imprescindíveis para um trabalho de tal
envergadura.
Uma pessoa muito idosa, da mesma maneira, poderá sentir dificuldade para atender
regularmente a esta sacrificial tarefa, pois sua própria constituição física oferece obstá-
culos, mormente, quando se trata da mediunidade psicofônica, no trato com irmãos
desencarnados em desequilíbrio.
O enfermo, por outro lado, também deverá se abster da prática mediúnica, que po-
de lhe acarretar dispêndio de energias, prejudicial ao seu organismo.
Assim, pois, o médium amadurecido mental e psiquicamente, buscará se valer das
suas possibilidades físicas e boa disposição orgânica, atendendo perseverantemente à
nobre tarefa, consoante a recomendação evangélica:Caminhai enquanto tendes a luz do
dia.
Alimentação
A esse respeito, transcrevemos a seguinte página:
“A alimentação, durante as horas que precedem o serviço de intercâmbio espiritual,
será leve.
Nada de empanturrar-se o companheiro com viandas desnecessárias.Estômago
cheio, cérebro inábil.
A digestão laboriosa consome grande parcela de energia, impedindo a função mais
clara e mais ampla do pensamento, que exige segurança e leveza para exprimir-se nas
atividades da desobsessão.
Aconselháveis os pratos ligeiros e as quantidades mínimas, crendo-nos dispensados
de qualquer anotação em torno da propriedade do álcool, acrescendo observar que os
amigos ainda necessitados do uso do fumo e da carne, do café e dos temperos excitan-
tes, estão convidados a lhes reduzirem o uso, durante o dia determinado para a reunião,
quando não lhes seja possível a abstenção total, compreendendo-se que a posição ideal
será sempre a do participante dos trabalhos que transpõe a porta do templo sem quais-
quer problemas alusivo à digestão”. (Ref. 3, Cap. II)
Emoções e atitudes
A disciplina de nossas atitudes e emoções também deve merecer a melhor atenção,
pois, que, durante toda a semana se nutre de emoções menos edificantes e entrega-se a
atitudes não recomendáveis, não pode esperar que, no horário destinado ao intercâmbio
mediúnico venha “milagrosamente” modificar seu tônus vibracional ou hálito mental,
ao contrário, o ato de entregar-se à concentração, buscando alhear-se das interferências
exteriores, faz com que, naturalmente, aflore na sua mente, os pensamentos e anseios
que normalmente acalenta em seu íntimo.
Toda vigilância, portanto, é indispensável por parte do medianeiro, especialmente,
nos dias destinados às reuniões.
“No dia marcado para as tarefas de desobsessão, os integrantes da equipe precisam,
a rigor, cultivar atitude mental digna, desde cedo.Ao despertar pela manhã, o dirigente,
os assessores da orientação, os médiuns incorporadores, os companheiros da sustenta-
ção ou mesmo aqueles que serão visitas ocasionais no grupo, devem elevar o nível do
pensamento, seja orando ou acolhendo idéias de natureza superior.Intenções e palavras
puras, atitudes e ações limpas.Evitar deliberadamente rusgas e discussões, sustentando
paciência e serenidade, acima de quaisquer transtornos que sobrevenham durante o
dia.Trata-se de preparação adequada a assunto grava:A assistência a desencarnados
menos felizes, com a supervisão de instrutores da Vida Espiritual.
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 42
Há médiuns que consideram o poder de sua faculdade acima do ambiente e das cir-
cunstâncias.
Estão sujeitos a sérios perigos os médiuns que confiam cegamente em si mesmo,
excluindo ou desprezando:
• o estudo evangélico-doutrinário;
• o bom senso;
• a lógica;
• os conselhos dos companheiros.
Resumo
Quando o médium for chamado a socorrer alguém, fora do Centro Espírita, em ca-
ráter excepcional, deve fazê-lo assistido por companheiros de confiança.” (Ref. 5)
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 44
5 - Referências
Capítulo XIII
Animismo
2 - Explicação neurofisiológica
5 - Referências
Capítulo XIV
Mediunidade e Prece
1 - Aspecto formal
***
***
***
***
***
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 49
***
***
2 - Aspecto científico
3 - Ação da prece
Legenda:
Hipótese A:
Espírito encarnado por ocasião de uma prece.
Hipótese B:
Comunicação mediúnica entre um espírito encarnado (1) e outro desencarnado
(2) em condições de orientá-lo.O primeiro eleva o seu padrão vibratório e o segun-
do sacrifica-se para descer até ele.
Hipótese C:
Outra comunicação mediúnica, desta feita entre um encarnado (1) e um desen-
carnado a ser beneficiado (3).Como se observa, o médium, sob a orientação de um
espírito protetor (2) reduz o seu padrão vibratório até sintonizar-se com o espírito
comunicante.
Hipótese D:
Comunicação mediúnica irrealizável.Um médium despreparado sob múltiplos
aspectos, não consegue sintonizar-se com um desencarnado, mesmo este tendo re-
duzido o seu padrão vibratório.
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 52
Hipótese E:
Um encarnado (1), em um momento de invigilância, estabelece sintonia com
espíritos encarnados (3) ou não (2), que apresentam más condições vibratórias. É o
caso típico da maledicência. O espírito (1) quando voltar ao seu estado vibratório,
possuirá fluidos correspondentes aos planos mais grosseiros (choque de retorno).
Hipótese F:
Um encarnado (1), embora sujeito a um ambiente onde outros espíritos apresen-
tam-se em condições vibratórias inferiores, mantém-se através da vigilância, em
um estado satisfatório.
4 - Referências
Capítulo XV
Da Influência dos Espíritos em Nossas Vidas
As relações dos Espíritos com os homens são constantes.Os bons Espíritos nos a-
traem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com
coragem e resignação. Os maus nos impelem para o mal:É-lhes um gozo ver-nos su-
cumbir e assemelhar-nos a eles.
As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas.As ocul-
tas se verificam pela influência boa ou má que exercem sobre nós à nossa revelia.Cabe
ao nosso juízo discernir as boas das más inspirações.
As comunicações ostensivas se dão por meio da escrita, da palavra ou de outras
manifestações materiais, quase sempre pelos médiuns que lhes servem de instrumento.
3 - Obsessão
– Obsessão simples
“Dá-se a obsessão simples, quando um Espírito malfazejo se impõe a um médium,
se imiscui, a seu mau grado, nas comunicações que ele recebe, o impede de se comuni-
car com os outros Espíritos e se apresenta em lugar dos que são evocados.
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 54
– Fascinação
“A fascinação tem conseqüências muito mais graves.É uma ilusão produzida pela
ação direta do Espírito sobre o pensamento de médium e que, e certa maneira, lhe
paralisa, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações.O médium fascinado
não acredita que o estejam enganando.
Efetivamente, graças à ilusão que dela decorre, o Espírito conduz o indivíduo de
quem ele chegou a apoderar-se, como faria com um cego, e pode levá-lo a aceitar as
doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a única expressão da
verdade.Ainda mais, pode levá-lo a situações ridículas, comprometedoras e até perigo-
sas.” (Ref.1, item 239)
– Subjugação
“A subjugação é uma contrição que paralisa a vontade daquele que sofre e o faz a-
gir a seu mau grado.Numa palavra: O paciente fica sob um verdadeiro jugo.
A subjugação pode ser moral ou corporal.No primeiro caso, o subjugado é cons-
trangido a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprometedoras que, por uma
espécie de ilusão, ela julga sensatas:É uma como fascinação.No segundo caso, o Espíri-
to atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários.” (Ref. 1, item
240)
4 - Referências
–– 0 ––
Curso Básico sobre Mediunidade – União Espírita Mineira 55
Sugestões de Leitura
Amigo(a) leitor(a):
Tomamos a liberdade de fornecer abaixo, em complemento às importantes obras já
referenciadas ao final de cada capítulo deste curso, uma relação adicional de obras que
enfocam o tema Mediunidade, de autores renomados, que devem receber a atenção de
todos os espíritas estudiosos e dedicados, particularmente aqueles que participam das
atividades de doutrinação e passes nos Centros Espíritas.
Alertamos que estas obras complementam – mas não substituem - as obras funda-
mentais da Codificação Espírita, de Allan Kardec, que devem ser criteriosamente estu-
dadas por todos os adeptos da Doutrina Espírita.
Nota do digitalizador.
–– 0 ––