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Apostila 4º Bimestre 3º Ano - Respiração e Digestão

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COLÉGIO ESTADUAL GUSTAVO BARROSO

APOSTILA – 4º BIMESTRE - TEMA 2: Sistema respiratório


Disciplina: BIOLOGIA  Prof(a).: Carolina Lopes  3º ano do Ensino MÉDIO
Aluno(a): ________________________________________________ Turma: ____________

I) INTRODUÇÃO:
O ar é uma mistura de vários gases. Os dois gases encontrados em maior quantidade no ar são o  nitrogênio e o oxigênio.
Os outros gases participam da composição do ar em pequena quantidade.
 Observe os gráficos abaixo e perceba as alterações: a quantidade de gás oxigênio diminui e a de gás carbônico e a de água
aumentam quando o ar é expirado.

O sistema respiratório tem a função de realizar trocas gasosas, com o objetivo de obter gás oxigênio para o organismo e
excretar gás carbônico.

II) POR QUE NECESSITAMOS RESPIRAR?


Para geração de energia dentro da célula (respiração celular).
A respiração celular é um evento que ocorre dentro das células e que consiste na transformação de gás oxigênio e de
determinados nutrientes, como, por exemplo, a glicose, em gás carbônico e água. Esse processo ocorre numa organela chamada
mitocôndria. Durante essa transformação é liberada energia, que a célula armazena para usar em suas atividades.

O sangue leva até as células materiais de que elas necessitam. Dentre esses materiais estão o gás oxigênio e a glicose (ou
outro nutriente energético apropriado), usados na respiração celular. O gás carbônico e o excesso de água são transferidos para
o sangue para serem eliminados do corpo. O gás carbônico será eliminado pelos pulmões. Esse gás deve ser eliminado do
corpo, pois é tóxico em altas concentrações. A água poderá sair na urina e no suor.
As trocas gasosas são realizadas por causa do movimento rítmico de
inspiração e expiração, a respiração pulmonar.

Esquema da atuação do sistema respiratório humano integrado ao sistema circulatório.


① Ar é inspirado.
② Gás oxigênio passa do ar para o sangue.
③ Gás carbônico passa do sangue para o ar.
④ Ar é expirado.
III) O SISTEMA RESPIRATÓRIO:
O sistema respiratório humano é consti tuído pelas vias respiratórias e pelos pulmões.

As vias respiratórias
O ar entra e sai de nosso corpo pelas  vias respiratórias. Elas compreendem os seguintes órgãos e
estruturas: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos .

Os pulmões
Os pulmões são dois órgãos de cor rosada e textura esponjosa. Eles são compostos pelos  alvéolos
pulmonares, pequenos sacos de paredes finas, recobertos por capilares sanguíneos. Nos alvéolos ocorre a troca
de gases entre o ar atmosférico que chega aos pulmões e o sangue dos capilares.
Os pulmões têm cerca de 300 milhões de alvéolos. Se todos os alvéolos pulmonares de uma pessoa adulta
fossem esti cados e colocados lado a lado, sua superfí cie seria de 60 a 80 m 2 . Esses números evidenciam a enorme
superfí cie que garante as trocas gasosas nos alvéolos pulmonares.

IV) O CAMINHO DO AR PELOS ÓRGÃOS DO SISTEMA RESIRATÓRIO:

AR → cavidade nasal→ a faringe→ laringe→ traqueia→ brônquios →bronquíolos→ alvéolos pulmonares.

O esquema a seguir mostra os órgãos que compõem o sistema respiratório humano.

A sequência numérica
indica o trajeto do ar na
inspiração. Na expiração, essa
sequência inverte-se. A
cavidade nasal, a faringe, a
laringe, a traqueia, os
brônquios e os bronquíolos
consti tuem as vias aéreas.
V) MECANISMO DA RESPIRAÇÃO:

O diafragma e os músculos intercostais


Abaixo dos pulmões encontra-se o diafragma, um músculo exclusivo dos mamíferos que separa o tórax do
abdome. Seu movimento, em conjunto com o movimento dos  músculos intercostais (músculos localizados entre
as costelas), permite a venti lação pulmonar.

Os movimentos respiratórios
Cada vez que respiramos, ocorrem dois movimentos: o de inspiração e o de expiração, que se alternam
várias vezes por minuto. Esse conjunto de movimentos é denominado  venti lação pulmonar.
Na inspiração, os músculos intercostais contraem-se e elevam as costelas. O diafragma também se contrai,
movimentando-se para baixo, e o volume da cavidade torácica aumenta. Com isso, a pressão do ar no interior
dos pulmões fi ca menor que a pressão atmosférica e o ar entra nas vias respiratórias.
Na expiração, os músculos intercostais e o diafragma relaxam, diminuindo o volume da cavidade torácica. A
pressão do ar no interior dos pulmões aumenta, empurrando o ar para fora do organismo.

VI) CONTROLE DA RESPIRAÇÃO:

Podemos aumentar ou reduzir conscientemente o ritmo respiratório por pequenos períodos de tempo. Também podemos
prender a respiração por alguns segundos.
Na maior parte do tempo, contudo, a frequência respiratória é controlada automaticamente pelo sistema nervoso, que
envia impulsos nervosos a intervalos regulares aos músculos envolvidos nos movimentos de inspiração e de expiração. Esses
impulsos fazem um adulto em repouso normalmente inspirar e expirar cerca de 10 a 14 vezes por minuto.
O centro nervoso da respiração localiza-se no bulbo raquidiano, acima da medula espinhal. Os sinais
nervosos enviados pelo bulbo raquidiano fazem com que os músculos intercostais e o diafragma se movimentem,
ou seja, realizem a inspiração e a expiração. O movimento de inspiração é acionado pelo bulbo raquidiano
quando a concentração de gás carbônico no sangue é alta.

VII) O papel do sangue na respiração:

A troca de gases e a difusão

O gás oxigênio captado pelos pulmões deve chegar a todas as células do corpo, e o gás carbônico produzido
no interior das células deve ser eliminado. O gás oxigênio é transportado pelos glóbulos vermelhos do sangue, ao
passo que a maior parte do gás carbônico é transportada dissolvida no plasma sanguíneo.
 Hemácias ou glóbulos vermelhos (presença de uma proteína chamada hemoglobina)
O 2 + Hb → HbO 2 (oxiemoglobina)
CO 2 + Hb → HbCO 2 (carboemoglobina)
Obs: Compostos instáveis → que se desfazem

A troca desses gases ocorre por meio do fenômeno da  difusão, que consiste no movimento espontâneo de
moléculas de uma região de maior concentração para outra região de menor concentração.

 Alvéolos pulmonares e Capilares:


Ocorre a HEMATOSE (troca do sangue venoso para sangue arterial).
Os alvéolos se agrupam em estruturas de aspecto semelhante a cachos de uvas. Os alvéolos têm um  interior oco;
eles são minúsculos saquinhos dentro dos quais chega o ar inspirado na respiração pulmonar. Os alvéolos estão rodeados
por capilares sanguíneos, estruturas semelhantes a “pequenos canais” muito estreitos e de paredes finíssimas. Por dentro
desses capilares sanguíneos circula o sangue que realiza as trocas gasosas com o ar inspirado presente no interior dos alvéolos.
O sangue que chega, pelos capilares, até o redor dos alvéolos, contém gás carbônico em concentração mais alta do que o ar
inspirado e contém gás oxigênio em concentração mais baixa do que o ar inspirado. Por causa dessas diferenças de
concentração, o gás carbônico sofre difusão do sangue para o ar e o gás oxigênio sofre difusão do ar para o sangue.

Após a troca de gases, o sangue está rico em gás oxigênio e pobre em gás carbônico. Esse sangue oxigenado será, em
seguida, distribuído a partir do coração para todas as células do corpo, que aproveitarão o gás oxigênio para realizar a
respiração celular. 

 Capilares e as células:
Ocorre a troca do sangue arterial para sangue venoso.
Hb + O2 (vai para as células)
CO2 produzido na respiração celular vai para o capilar.
Após a troca de gases, o sangue está rico em gás oxigênio e pobre em gás carbônico. Esse sangue oxigenado será, em
seguida, distribuído a partir do coração para todas as células do corpo, que aproveitarão o gás oxigênio para realizar a
respiração celular. 
Essas mesmas células descarregarão no sangue o gás carbônico, produzido na respiração celular, a fim de que ele seja
levado aos pulmões e saia no ar expirado.

Obs: MONÓXIDO DE CARBONO (CO)

 Tem grande afinidade com a hemoglobina → formando um comporto chamado carboxiemoglobina (CO + Hb → HbCO),
composto estável/irreversivel → impede o transporte de O2 pela hemoglobina.

VIII) O FUMO E O SISTEMA RESPIRATÓRIO:

 Substâncias encontradas no cigarro inibem o movimento dos cílios que revestem as células do epitélio da traqueia,
provocando acúmulo de muco e partículas danosas, causando o pigarro dos fumantes.
 Destroi progressivamente os alvéolos e perda da elasticidade pulmonar (enfisema)
 Com o tempo inflamação crônica dos brônquios (bronquite crônica)
 Câncer do pulmão;
 Gravidez: dimnui a oferta de oxigênio para o feto;
 Nicotina: causa dependência.
 Parte da hemoglobina fica inativa, pois se liga com o monóxido de carbono. Diminuindo a oferta de oxigênio para os
tecidos.
TEMA 3: SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório transforma os alimentos ingeridos, permiti ndo que os nutrientes possam
ser uti lizados pelas células do corpo.

I) Componentes do sistema digestório

O sistema digestório é formado pelo tubo digestório e pelas glândulas anexas. O tubo digestório é composto
pelos seguintes órgãos: boca, faringe, esôfago, estômago, intesti no delgado e intesti no grosso. As glândulas
anexas produzem substâncias imprescindíveis à digestão. São elas: as glândulas salivares, o fí gado e o pâncreas.
No sistema digestório, as moléculas grandes que compõem o alimento são quebradas em moléculas menores
e mais simples e podem, então, ser absorvidas e uti lizadas por nossas células.

A digestão envolve a trituração do alimento, a degluti ção e os movimentos peristálti cos, além da
transformação dos nutrientes em moléculas mais simples.

II) A digestão química e a digestão física

A digestão realiza-se por dois ti pos de processos: os processos fí sicos ou mecânicos e os processos
químicos.
Durante os processos fí sicos ou mecânicos, os alimentos são triturados e reduzidos a partí culas menores,
favorecendo a ação dos sucos digesti vos sobre eles. A masti gação, a degluti ção e os movimentos peristálti cos
parti cipam da digestão mecânica.
Os processos químicos compreendem as reações químicas por meio das quais as moléculas dos alimentos são
transformadas em outras moléculas mais simples. A digestão química é feita por enzimas presentes nos sucos
digesti vos.

III) O caminho do alimento ao longo do tubo digestório:

Boca → Faringe → Esôfago → Estômago → Intesti no delgado → Intesti no grosso → Ânus.


TIPOS DE DENTE
A- DIGESTÃO NA BOCA:
A digestão tem início na boca, com a trituração mecânica dos alimentos pelos dentes – a masti gação – e a
ação química da saliva. O alimento triturado e umidifi cado é chamado de  bolo alimentar.
Os Dentes Dente Função Quantidade
O ser humano possui duas dentições: Incisivos Cortar 8
- Dentição decídua -20 dentes
Caninos Rasgar 4
- Dentição permanente – 32 dentes
Pré-molares Triturar 8
Os dentes são classificados de acordo com a sua Molares Triturar 12
função:

Cada dente é recoberto por uma substância rica em sais de cálcio chamada de esmalte. Logo abaixo do esmalte
encontra-se a dentina. Na raiz do dente estão a polpa dentária, os vasos sanguíneos e os nervos.

OBS: A higienização da boca previne a cárie, uma doença dentária.

 Glândulas salivares: produz a saliva


 Saliva: contém água, sais, muco e a enzima: Ptialina (amilase salivar): “quebra” o amido em maltose.
Por meio da degluti ção, o bolo alimentar que estava na boca chega ao estômago, passando pela faringe e
pelo esôfago.

B – FARINGE:

 Conecta o nariz e a boca ao esôfago


 Na entrada da laringe (estrutura do sistema respiratório), há uma  válvula  de carti lagem, a epiglote. A
função da epiglote é controlar a passagem do bolo alimentar para o esôfago e evitar que o alimento entre
nas vias respiratórias. Durante a passagem do bolo alimentar, a epiglote se abaixa, fechando a entrada da
laringe. Quando respiramos, a epiglote se levanta e permite que o ar entre na traqueia. Se o alimento
entrar na laringe, ocorre o engasgo.

O movimento da degluti ção é voluntário, isto é, consciente. A parti r do momento em que o alimento é
engolido, os movimentos que o conduzem pelo tubo digestório são involuntários. Esses movimentos, chamados
de peristálti cos, são produzidos por músculos situados ao longo do tubo digestório que impulsionam e misturam
o alimento com os sucos digesti vos

C – ESÔFAGO:
 Tubo condutor do bolo alimentar. Na sua porção final se dilata dando origem ao estômago.
 Além de realizar os movimentos peristálti cos, o esôfago secreta um muco que também auxilia no
deslocamento do bolo alimentar até o estômago.

D - DIGESTÃO NO ESTÔMAGO:

• Digestão das proteínas.


• Suco gástrico (Pepsina + ácido clorídrico)
• Quimificação
• Estômago: região dilatada e musculosa do tubo digestório, órgão oco.
• Apresenta um muco protetor.
• Produz o suco gástrico (que contém: ácido clorídrico e a enzima: pepsina)
 Pepsina → “quebra” proteínas em polipeptídeos.
 O bolo alimentar fica de 2 a 5 hs no estômago e transforma-se em uma massa ácida branca pastosa → QUIMO
→ e vai para o intestino delgado (duodeno).

E - DIGESTÃO NO INTESTINO DELGADO:

• Comprimento: 6 metros
• Apresenta 3 partes: Duodeno (25cm inicias); Jejuno e Íleo.
• Parte principal da digestão e da absorção do alimento.

E.1 Duodeno:
• São lançadas as secreções do fígado (bile) e do pâncreas (suco pancreático);
• QUIMO → é lançado na parede intestinal (duodeno).

• Suco pancreático:

 Enzimas:
*Tripsina e quimiotripisina → quebram fragmentos de proteínas (polipeptídeos em tripeptídeos e dipeptídios).
* Amilase pancreática: completa a ação da amilase salivar → “quebrando” amido em maltose.
* Lipases: hidrolisa triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol.

• Bile:

 Produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar.


 Contem sais biliares, que atuam como “detergentes”, emulsificando as gorduras → transformando a gordura em
gotículas → facilitando a ação das lipases.
E.2) Jejuno e íleo:

 Produzem o suco intestinal ou entérico.


 A digestão é finalizada. Os carboidratos são transformados em monossacarídeos (glicose e frutose), as proteínas em
aminoácidos e os lipídios em ácidos graxos e gliceróis. Ocorre a absorção dos nutrientes
 Após a digestão o QUIMO → transforma-se em um liquido branco QUILO (quilificação) → pronto para ser absorvido
pelo intestino delgado.

Obs: Vilosidades intestinais → a parede interna do intestino delgado, apresenta adaptações (dobras) → aumentam a superfície
de absorção dos nutrientes.

F - DIGESTÃO NO INTESTINO GROSSO:

• É composto pelo ceco (apêndice vermiforme), cólon ou colo (ascendente, transverso, descendente, sigmoide) e reto.
• Cólon ou colo (intestino grosso):
 Absorção de água (95%);
 Absorção dos sais minerais que não foram absorvidos pelo intestino delgado;
 Presença de bactérias (flora intestinal → produz vitaminas do complexo B e K);
 Formação das fezes (água e restos não digeridos, ex: celulose);
 As fezes seguem então pelo reto e ânus.
 Total: 12 a 24 hs.

(Flora intestinal)

 Importante defesa contra doenças


 Síntese de vitaminas essencias ao bom funcionamento do corpo.
 Presente no intestino grosso (maior parte) e também no intestino delgado.

IV) Doenças do sistema digestório:

 Cirrose hepática - lesão no fígado


 Hepatite viral – Inflamação do fígado que pode ser provocada por diferentes vírus
 Gastrite – Inflamação da parede do estômago
 Úlcera – Ferida que se desenvolve na parede do estômago ou do duodeno
 Cálculos biliares – Formação de uma ou mais pedras pela cristalização de substâncias
da bile e que podem obstruir as vias biliares
 Refluxo esofágico - quando o alimento juntamente com o suco gástrico retornam
ao esôfago
V) As glândulas anexas:

GLÂNDULAS SALIVARES:

 Há três pares de glândulas denominadas de: sublinguais, submandibulares e parótidas


 Produzem a saliva → líquido viscoso, contendo água, sais, muco e a enzima (amilase salivar), que lubrifica e umedeci o
alimento.

PÂNCREAS:

 Produz o suco pancreático → formado por água, sais e varias enzimas (amilase, lipase, tripsina, quimiotripsina, etc.)

FÍGADO:

 Complexo “laboratório químico”, que realiza diversas funções vitais.


 Contém a vesícula biliar – responsável pelo armazenamento da bile
 Produz a bile.
 Retira o excesso de glicose, armazena na forma de glicogênio.
 Armazena vitaminas (A, D, B12), lipídeos e alguns minerais (ferro).
 Fabricam proteínas do sangue (como as que atuam na coagulação do sangue).
 Remove substancias tóxicas do sangue transformando-as em menos tóxicas (ex: álcool).
 Destrói hemácias “velhas”, produzindo um pigmento chamado bilirrubina → que dá a cor amarelo-esverdeada.

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