AULA 10 - Revestimento
AULA 10 - Revestimento
AULA 10 - Revestimento
II - Asfaltos: São materiais aglutinantes de consistência variável, cor pardo-escura ou negra e nos quais o
constituinte predominante é o Betume, podendo ocorrer na natureza em jazidas ou ser obtido pela refinação de
petróleo;
III - Alcatrões: para a pavimentação, são produtos resultantes de processo de refino dos alcatrões brutos, os quais
se originam da destilação dos carvões durante a fabricação do gás e coque.
IV - Cimento Asfáltico de Petróleo, CAP: é o asfalto obtido especialmente para apresentar as qualidades e
consistências próprias para o uso direto na construção de pavimentos, tendo uma penetração a 25° C entre 5 e
300 sob uma carga de 100g, aplicada durante 5 segundos;
V - CBUQ - Concreto Betuminoso Usinado a Quente: é um tipo de massa asfáltica a quente, apropriada para os
serviços de execução de recapeamentos asfálticos ou novas capas asfálticas. Sua utilização é imediata não
aceitando estocagem da massa. É aconselhado para pavimento em rodovias ou ruas de tráfego mais intenso,
graças ao seu alto desempenho em resistir esforços;
CLASSIFICAÇÃO
Asfaltos para pavimentação:
a) Cimentos Asfálticos (CAP)
b) Asfaltos Diluídos (AD)
c) Emulsões Asfálticas (EA)
d) Asfaltos Modificados (Asfaltos Polímeros)
CLASSIFICAÇÃO – QUANTO À ORIGEM
Asfaltos naturais: Ocorrem em depressões da crosta terrestre, constituindo lagos de
asfalto (Trinidad e Bermudas). Possuem de 60 a 80% de betume.
Rochas asfálticas: O asfalto aparece impregnando os poros de algumas rochas
(Gilsonita) e também misturado com impurezas minerais (areias e argilas) em
quantidades variáveis. O xisto betuminoso pode ser citado como exemplo de rocha
asfáltica.
Asfaltos de petróleo: Mais empregado e produzido, sendo isento de impurezas.
Pode ser encontrado e produzido nos seguintes estados:
a) Sólido
b) Semi-sólido
c) Líquido: Asfalto dissolvido e Asfalto emulsificado
Alcatrão: Proveniente do refino do alcatrão bruto, que se origina da destilação dos
carvões durante a fabricação de gás e coque. Estão em desuso no Brasil a mais de
25 anos.
ASFALTOS PARA PAVIMENTAÇÃO - CAP
Obtenção
-Antigamente os asfaltos eram obtidos em lagos e poços de petróleo e com a
evaporação das frações leves restava um material residual com características
adequadas aos usos desejados.
-Atualmente a obtenção do asfalto é feita através de refinação (refinamento) do
petróleo. A quantidade de asfalto contida num petróleo pode variar de 10 a 70%.
-O processo de refinamento depende do tipo e rendimento em asfalto que o mesmo
apresenta.
Se o rendimento for alto, apenas é utilizada a destinação à vácuo.
Se o rendimento em asfalto for médio, usa-se a destilação atmosférica e destilação
à vácuo.
Se o rendimento for baixo utilizam-se destilação atmosférica, destilação à vácuo e
extração após o 2º estágio de destilação.
ASFALTOS PARA PAVIMENTAÇÃO - CAP
Obtenção
-Os cimentos asfálticos de petróleo podem ser classificados segundo a viscosidade e
a penetração.
-A viscosidade dinâmica ou absoluta indica a consistência do asfalto e a penetração
indica a medida que uma agulha padronizada penetra em uma amostra em décimos
de milímetro.
No ensaio penetração se a agulha penetrar menos de 10 dmm o asfalto é
considerado sólido. Se penetrar mais de 10 dmm é considerado semi-sólido.
-A Resolução ANP Nº 19, de 11 de julho de 2005 estabeleceu as novas
Especificações Brasileiras dos Cimentos Asfálticos de Petróleo (CAP) definindo que a
classificação dos asfaltos se dará exclusivamente pela Penetração.
-Os quatro tipos disponíveis comercialmente são os seguintes: CAP 30/45; CAP
50/70; CAP 85/100 e CAP 150/200
ASFALTOS PARA PAVIMENTAÇÃO
Aplicações CAP
-Deve ser livre de água, homogêneo em suas características e conhecer a curva
viscosidade-temperatura.
Em seguida é compactada, até atingir um grau de compressão tal que resulte num
arranjo estrutural estável e resistente, tanto às deformações permanentes quanto às
deformações elásticas repetidas da passagem do tráfego.
https://www.youtube.com/watch?v=d_If3oeE2og
CONCRETO BETUMINOSO
O concreto betuminoso ou concreto asfáltico é uma mistura
preparada em usina com controle de dosagem e de
temperatura. A mistura é composta por agregados graduados,
filler e CAP. O CBUQ (concreto betuminoso usinado à quente)
apresenta elevada e é tido como ideal para elevadas
solicitações de tráfego, com alta durabilidade, e até 15 anos
quanto à sua vida útil.
CONCRETO BETUMINOSO
AS USINAS TAMBÉM PODEM SER DO TIPO VOLUMÉTRICAS, E,
PORTANTO, SÃO CONTÍNUAS, PORQUE, PARA A DOSAGEM DE
VOLUME, NÃO É NECESSÁRIO PARAR PARA MEDIR, BASTA CALIBRAR
A VAZÃO DO MATERIAL NAS COMPORTAS DOS SILOS.
CONCRETO BETUMINOSO - DOSAGEM
A estabilidade do concreto asfáltico, que corresponde à manutenção da sua estrutura ao longo de sua
vida útil, depende de métodos de análise e critérios de seleção, visando o estabelecimento do serviço
dentro das condições de projeto.
Na dosagem determinam-se as proporções de agregados como “pedrisco” ou “pedra 1 e 2”, filler que é
o material inerte que passa na peneira 200 e de betume.
A fração de vazios – que contém ar e CAP – deve ser controlada em porcentagem, de acordo com o tipo
de aplicação, indicando-se 3 a 5 % para camada de rolamento e para binder – camada de ligação – 3
a 8%
CONCRETO BETUMINOSO - DOSAGEM
CBUQ –
resultante da usina, como densidade, teor de asfalto e
granulometria do agregado.
CONTROLE CAMPO
TECNOLÓGICO No lançamento devem ser avaliados temperatura de lançamento
além da coleta de corpos-de-prova para a determinação
estatística da densidade e determinação do grau de compactação,
comparando-se com a densidade aparente de corpos-de-prova
concebidos laboratorialmente.
A temperatura tanto dos agregados como do ligante devem ser
determinadas bem como a temperatura da massa na saída do
misturador, em intervalos de 10 minutos, durante a operação da
CBUQ – usina.
USINA acima do ligante, pelo fato que servirão de fonte de calor para
viabilizar o transporte bem como não se exigir aquecimento
excessivo do ligante que poderia inflamar ou comprometer a
qualidade quanto à adesão.
CBUQ – CONTROLE TECNOLÓGICO - USINA
Moldam-se 2 corpos-de-prova por dia com a massa da usina e, com estes, determinam-se o peso especifico
aparente, índice de vazios, teor de betume, estabilidade, textura e fluência da mistura.
O teor de betume também pode ser determinado pelo ensaio de refluxo, onde diluente reflui sobre massa asfáltica.
CBUQ – CONTROLE TECNOLÓGICO - USINA
O peso específico aparente também pode ser determinado no Ensaio de Marshall.
O diferencial máximo de
temperatura é de 20° C, devendo-
se, ainda, observar a temperatura
ambiente mínima de 10° C e
temperatura mínima da massa
medida na descarga do caminhão
de 107° C. O serviço não poderá
ser executado em dias de chuva.
CBUQ – CONTROLE
TECNOLÓGICO - CAMPO
CBUQ – CONTROLE TECNOLÓGICO - CAMPO
Extraem-se, no mínimo, 9 corpos-de-prova da camada pronta e em trecho de até 2 quilômetros. O GC – mínimo
é de 98% em relação à massa específica aparente medida no laboratório da usina.
Determina-se, também, o índice de vazios dos corpos-de-prova extraídos para que se possa estimar o índice de
vazios de ar.
Após a execução do serviço, deve-se aplicar régua para se verificar o grau de regularidade superficial. Além
disso, pode-se aplicar a viga Benkelmann ou aparato equivalente para avaliação estrutural e, também, medir o
coeficiente de atrito superficial.
CPA – CAMADA POROSA DE ATRITO OU
REVESTIMENTO ASFÁLTICO DRENANTE
As misturas asfálticas abertas do tipo CPA – camada porosa de atrito – mantêm uma
grande porcentagem de vazios com ar não preenchidos graças às pequenas
quantidades de fíler, de agregado miúdo e de ligante asfáltico.
(a) Trecho em CA seguido por trecho em CPA (b) Trecho em CPA na Bahia
Composições granulométricas comparativas entre um SMA e um CA Exemplo do aspecto de uma camada de SMA
SMA – STONE MATRIX ASPHALT
Faixas granulométricas e requisitos de SMA pela
especificação alemã (ZTV Asphalt – StB 94,
2001)
LAMA ASFÁLTICA
As lamas asfálticas consistem basicamente de uma associação, em
consistência fluida, de agregados minerais, material de enchimento ou
fíler, emulsão asfáltica e água, uniformemente misturadas e
espalhadas no local da obra, à temperatura ambiente.
Tem sua aplicação principal em manutenção de pavimentos,
especialmente nos revestimentos com desgaste superficial e pequeno
grau de trincamento, sendo nesse caso um elemento de
impermeabilização e rejuvenescimento da condição funcional do
pavimento.
Espessuras delgadas de 3 a 4mm, sem compactação posterior.
A especificação correspondente é a DNER-ES 314/97
https://www.youtube.com/watch?v=RumLGPqNZes
IMPRIMAÇÃO
Imprimação ou imprimadura corresponde à técnica de se
aplicar asfalto diluído dosado (l/m2) sobre a superfície de
uma base de pavimento, anteriormente à execução do
revestimento, aumentando-se a resistência ao cisalhamento
https://www.youtube.com/watch?v=JMEWJKVHcAQ
da camada além de impermeabilizá-la, de forma sub-
superficial
https://www.youtube.com/watch?v=n3CjJ5KbfBA
https://www.youtube.com/watch?v=Cd74XrPdheM
https://www.youtube.com/watch?v=JMEWJKVHcAQ
A pintura de ligação corresponde à
técnica de se aplicar asfalto,
preferencialmente emulsão
asfáltica, sobre a base ou sobre a
contra-capa, imediatamente antes
da execução da camada superior,
visando estabelecer aderência entre
estas.
PINTURA DE LIGAÇÃO
• A massa asfáltica exige que se interponha asfalto dosado
dentre as partículas do agregado.
https://www.youtube.com/watch?v=yxdzkT2cIU4
TRATAMENTO SUPERFICIAL
Granulometria do agregado para tratamento superficial triplo
Para o TST, a quantidade de ligante deve variar de 2 a 3 litros por metro quadrado e de agregado 5 a 7 kg/m2
para a superior, 10 a 12 kg/m2 para a intermediária e 20 a 25 kg/m2 para a inferior.
Os pré-misturados tratam-se de massas asfálticas produzidas em
usinas, utilizadas como camadas de contra-capa, capa ou até de
bases.
EQUIPAMENTO
PARA CAMPO Os compactadores podem ser do tipo de pneumáticos, para o
adensamento efetivo, com pressão variando de 35 a 120 p.s.i e,
para acabamento, o de rodas de aço “em tandem”, apresentando
25 a 45 kg/cm de largura de roda e peso até 10 tf.
EXERCÍCIOS
13 - Estime a massa específica aparente de CP - corpo-de-prova - de concreto
betuminoso preparado para Marshall, que apresentou peso emerso de 881,45 gf e
peso imerso em pesagem a partir de balança hidrostática 507,81gf (o CP apresenta
textura impermeável c/ alça de arame pesando 3,20gf). Determine o G. C. de CP
obtido por rotativa, coletado logo após a execução do serviço de pavimentação, com
g = 2,38gf/cm³.
EXERCÍCIOS
14 - Estime o teor de betume segundo o Método do Frasco de Chapmann para: nível
de querosene = 630ml; nível de querosene + agregado (a frio) = 1000ml; nível de
querosene + agregado + betume = 1.045ml (a 38°C acima da temperatura do
querosene). O frasco de Chapmann apresenta graduação de ml em ml, no colo do
mesmo. O colo do frasco tem 2,5 cm de diâmetro e a correção é de 0,3 ml/2° C acima
da temperatura de referência. A densidade do betume: gb = 1,25g/cm³
𝑁3 − 𝑁2
𝐵= 𝑋 100 =
𝑆
+ 𝑁1 − 𝑁3
𝛾𝑏
B: teor de betume (%);
N3: nível de querosene e massa asfáltica;
N2: nível de querosene e de agregado;
N1: nível de querosene;
S: massa de agregado (em geral:1.000g);
γB: massa específica do betume (g/cm3)
EXERCÍCIOS
15 - Determine o teor do asfalto de amostra obtida em usina volumétrica, que apresentou os seguintes
resultados, após ensaio em aparelho extrator de asfalto: massa do agregado antes do ensaio: 3.005 g; massa do
agregado após o ensaio: 2.753g, supondo-se secagem em “frigideira” com a massa do papel-filtro queimada a
equilibrar a massa de finos que passou pelo filtro.