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AULA 10 - Revestimento

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EXECUÇÃO DE PAVIMENTOS REVESTIMENTOS

FLEXÍVEIS Prof. Rodrigo A. Magalhães


r.magalhaes@uni9.pro.br
I- Materiais Betuminosos: São combinações de hidrocarboretos produzidos naturalmente ou por combustão, ou por
ambos associados. Em geral o termo betume engloba asfalto e alcatrões;

II - Asfaltos: São materiais aglutinantes de consistência variável, cor pardo-escura ou negra e nos quais o
constituinte predominante é o Betume, podendo ocorrer na natureza em jazidas ou ser obtido pela refinação de
petróleo;

III - Alcatrões: para a pavimentação, são produtos resultantes de processo de refino dos alcatrões brutos, os quais
se originam da destilação dos carvões durante a fabricação do gás e coque.

IV - Cimento Asfáltico de Petróleo, CAP: é o asfalto obtido especialmente para apresentar as qualidades e
consistências próprias para o uso direto na construção de pavimentos, tendo uma penetração a 25° C entre 5 e
300 sob uma carga de 100g, aplicada durante 5 segundos;

V - CBUQ - Concreto Betuminoso Usinado a Quente: é um tipo de massa asfáltica a quente, apropriada para os
serviços de execução de recapeamentos asfálticos ou novas capas asfálticas. Sua utilização é imediata não
aceitando estocagem da massa. É aconselhado para pavimento em rodovias ou ruas de tráfego mais intenso,
graças ao seu alto desempenho em resistir esforços;
CLASSIFICAÇÃO
Asfaltos para pavimentação:
a) Cimentos Asfálticos (CAP)
b) Asfaltos Diluídos (AD)
c) Emulsões Asfálticas (EA)
d) Asfaltos Modificados (Asfaltos Polímeros)
CLASSIFICAÇÃO – QUANTO À ORIGEM
Asfaltos naturais: Ocorrem em depressões da crosta terrestre, constituindo lagos de
asfalto (Trinidad e Bermudas). Possuem de 60 a 80% de betume.
Rochas asfálticas: O asfalto aparece impregnando os poros de algumas rochas
(Gilsonita) e também misturado com impurezas minerais (areias e argilas) em
quantidades variáveis. O xisto betuminoso pode ser citado como exemplo de rocha
asfáltica.
Asfaltos de petróleo: Mais empregado e produzido, sendo isento de impurezas.
Pode ser encontrado e produzido nos seguintes estados:
a) Sólido
b) Semi-sólido
c) Líquido: Asfalto dissolvido e Asfalto emulsificado
Alcatrão: Proveniente do refino do alcatrão bruto, que se origina da destilação dos
carvões durante a fabricação de gás e coque. Estão em desuso no Brasil a mais de
25 anos.
ASFALTOS PARA PAVIMENTAÇÃO - CAP
Obtenção
-Antigamente os asfaltos eram obtidos em lagos e poços de petróleo e com a
evaporação das frações leves restava um material residual com características
adequadas aos usos desejados.
-Atualmente a obtenção do asfalto é feita através de refinação (refinamento) do
petróleo. A quantidade de asfalto contida num petróleo pode variar de 10 a 70%.
-O processo de refinamento depende do tipo e rendimento em asfalto que o mesmo
apresenta.
Se o rendimento for alto, apenas é utilizada a destinação à vácuo.
Se o rendimento em asfalto for médio, usa-se a destilação atmosférica e destilação
à vácuo.
Se o rendimento for baixo utilizam-se destilação atmosférica, destilação à vácuo e
extração após o 2º estágio de destilação.
ASFALTOS PARA PAVIMENTAÇÃO - CAP
Obtenção
-Os cimentos asfálticos de petróleo podem ser classificados segundo a viscosidade e
a penetração.
-A viscosidade dinâmica ou absoluta indica a consistência do asfalto e a penetração
indica a medida que uma agulha padronizada penetra em uma amostra em décimos
de milímetro.
No ensaio penetração se a agulha penetrar menos de 10 dmm o asfalto é
considerado sólido. Se penetrar mais de 10 dmm é considerado semi-sólido.
-A Resolução ANP Nº 19, de 11 de julho de 2005 estabeleceu as novas
Especificações Brasileiras dos Cimentos Asfálticos de Petróleo (CAP) definindo que a
classificação dos asfaltos se dará exclusivamente pela Penetração.
-Os quatro tipos disponíveis comercialmente são os seguintes: CAP 30/45; CAP
50/70; CAP 85/100 e CAP 150/200
ASFALTOS PARA PAVIMENTAÇÃO
Aplicações CAP
-Deve ser livre de água, homogêneo em suas características e conhecer a curva
viscosidade-temperatura.

-Para utilização em pré-misturados, areia-asfalto e concreto asfáltico deve-se usar:


CAP 30/45, 50/70 e 85/100.

-Para tratamentos superficiais e macadame betuminoso deve-se usar CAP150/200.


ASFALTOS PARA PAVIMENTAÇÃO - ASFALTOS
DILUÍDOS
Classificação
-Os diluentes evaporam-se após a aplicação e o tempo necessário para evaporar
chama-se “Cura”. De acordo com a cura, podem ser classificados em:
CR → Cura Rápida → Solvente: Gasolina
CM → Cura Média → Solvente: Querosene
CL → Cura Lenta → Solvente: Gasóleo (não se usa mais)
Cada categoria apresenta vários tipos com diferentes valores viscosidade
cinemática, determinadas em função da quantidade de diluente:
CR-70; CR-250; CR-800; CR-3000; CM-30; CM-70; CM-250; CM-800; CM-3000
ASFALTOS PARA PAVIMENTAÇÃO – EMULSÕES
ASFÁLTICAS
Obtenção
-A emulsão asfáltica é conseguida mediante a colocação de CAP
+ Água + Agente Emulsivo (Emulsificante ou Emulsificador) em um
moinho coloidal, onde é conseguida a dispersão da fase asfáltica
na fase aquosa através da aplicação de energia mecânica
(trituração do CAP) e Térmica (aquecimento do CAP para torná-lo
fluido).
-O agente emulsificante tem a função de diminuir a tensão
interfacial entre as fases asfáltica e aquosa, evitando que ocorra
a decantação do asfalto na água. A quantidade de emulsificante
varia de 0,2 a 1%.
-Os agentes geralmente utilizados são o Sal de Amina, Silicatos
Solúveis ou não Solúveis, Sabões e Óleos Vegetais Sulfonados e
Argila Coloidal.
-A quantidade de asfalto é da ordem de 60 a 70%
MISTURAS USINADAS
A mistura de agregados e ligante é realizada em usina estacionária e transportada
posteriormente por caminhão para a pista, onde é lançada por equipamento
apropriado, denominado vibroacabadora.

Em seguida é compactada, até atingir um grau de compressão tal que resulte num
arranjo estrutural estável e resistente, tanto às deformações permanentes quanto às
deformações elásticas repetidas da passagem do tráfego.

As misturas asfálticas também podem ser separadas em grupos específicos em


função da granulometria dos agregados.
MISTURAS USINADAS
Misturas a quente
graduação densa: curva granulométrica contínua e bem-graduada de forma a
proporcionar um esqueleto mineral com poucos vazios visto que os agregados de
dimensões menores preenchem os vazios dos maiores. Exemplo: concreto asfáltico
(CA);
graduação aberta: curva granulométrica uniforme com agregados quase
exclusivamente de um mesmo tamanho, de forma a proporcionar um esqueleto
mineral com muitos vazios interconectados, com insuficiência de material fino (menor
que 0,075mm) para preencher os vazios entre as partículas maiores, com o objetivo
de tornar a mistura com elevado volume de vazios com ar e, portanto, drenante,
possibilitando a percolação de água no interior da mistura asfáltica. Exemplo:
mistura asfáltica drenante, conhecida no Brasil por camada porosa de atrito (CPA);
MISTURAS USINADAS
Misturas a quente
graduação descontínua: curva granulométrica com proporcionamento dos grãos de
maiores dimensões em quantidade dominante em relação aos grãos de dimensões
intermediárias, completados por certa quantidade de finos, de forma a ter uma
curva descontínua em certas peneiras, com o objetivo de tornar o esqueleto mineral
mais resistente à deformação permanente com o maior número de contatos entre os
agregados graúdos. Exemplo: matriz pétrea asfáltica (stone matrix asphalt – SMA);
mistura sem agregados de certa graduação (gap-graded).
MISTURAS USINADAS

Exemplos de curvas granulométricas de diferentes misturas asfálticas a quente


MISTURAS USINADAS Exemplos de corpos-de-prova de misturas asfálticas a quente

(a) Concreto asfáltico na faixa B (b) SMA na faixa alemã


do DNIT; graduação densa 0/11S; graduação
descontínua
(c) Camada porosa de atrito; graduação aberta
MISTURAS USINADAS

(d) Camada porosa de atrito (CPA)

(e) Concreto asfáltico (CA)


MISTURAS USINADAS
Todos esses tipos de misturas asfálticas a quente são utilizados como revestimento de
pavimentos de qualquer volume de tráfego, desde o muito baixo até o muito elevado,
sendo que os tipos especiais, SMA e CPA, sempre são colocados sobre outra camada
preexistente de concreto asfáltico ou de outro material, até de concreto de cimento
Portland.
Quando a espessura de revestimento for maior que 70mm é comum fazer uma
subdivisão em duas camadas para fins de execução;
 a superior que fica em contato com os pneus dos veículos é chamada de camada de rolamento ou
simplesmente de “capa” e tem requisitos de vazios bastante restritos, para garantir a
impermeabilidade;
 a camada inferior é referida como camada de ligação ou intermediária (ou ainda de binder) e
pode ser projetada com um índice de vazios ligeiramente maior, com a finalidade de diminuir o
teor de ligante e baratear a massa asfáltica.
MISTURAS USINADAS
Concreto asfáltico denso (CA)
O concreto asfáltico é a mistura asfáltica muito resistente em todos os aspectos,
desde que adequadamente selecionados os materiais e dosados convenientemente.
Pode ser:
 convencional: CAP e agregados aquecidos, segundo a especificação DNIT-ES 031/2004;
 especial quanto ao ligante asfáltico: com asfalto modificado por polímero ou com asfalto-borracha;
com asfalto duro, misturas de módulo elevado (enrobé à module élevé – EME).

https://www.youtube.com/watch?v=d_If3oeE2og
CONCRETO BETUMINOSO
O concreto betuminoso ou concreto asfáltico é uma mistura
preparada em usina com controle de dosagem e de
temperatura. A mistura é composta por agregados graduados,
filler e CAP. O CBUQ (concreto betuminoso usinado à quente)
apresenta elevada e é tido como ideal para elevadas
solicitações de tráfego, com alta durabilidade, e até 15 anos
quanto à sua vida útil.

A resistência ao cisalhamento da massa é função do tipo e grau


de compactação quanto aos agregados e CAP. A flexibilidade
característica é função também do tipo e grau de compactação
de camadas inferiores.
O transporte da massa usinada é
estabelecido por caminhões
basculantes cuja carga cobre-se
com toldo durante o transporte e o
espalhamento da massa se efetua
por pavimentadora ou vibro-
acabadora.

As usinas para o preparo do CBUQ


podem ser do tipo gravimétricas,
quando a dosagem é estabelecida
por pesagem e trabalha no
processo por bateladas.

CONCRETO BETUMINOSO
AS USINAS TAMBÉM PODEM SER DO TIPO VOLUMÉTRICAS, E,
PORTANTO, SÃO CONTÍNUAS, PORQUE, PARA A DOSAGEM DE
VOLUME, NÃO É NECESSÁRIO PARAR PARA MEDIR, BASTA CALIBRAR
A VAZÃO DO MATERIAL NAS COMPORTAS DOS SILOS.
CONCRETO BETUMINOSO - DOSAGEM
A estabilidade do concreto asfáltico, que corresponde à manutenção da sua estrutura ao longo de sua
vida útil, depende de métodos de análise e critérios de seleção, visando o estabelecimento do serviço
dentro das condições de projeto.

Na dosagem determinam-se as proporções de agregados como “pedrisco” ou “pedra 1 e 2”, filler que é
o material inerte que passa na peneira 200 e de betume.

A fração de vazios – que contém ar e CAP – deve ser controlada em porcentagem, de acordo com o tipo
de aplicação, indicando-se 3 a 5 % para camada de rolamento e para binder – camada de ligação – 3
a 8%
CONCRETO BETUMINOSO - DOSAGEM

Ampliação da massa do concreto betuminoso


CONCRETO BETUMINOSO - DOSAGEM
Granulometrias indicadas para o preparo do concreto betuminoso
https://www.youtube.com/watch?v=08QMmZ9wmSU
USINA
Devem ser avaliados na usina tanto a temperatura do ligante como
a do agregado graduado além das características sobre a massa

CBUQ –
resultante da usina, como densidade, teor de asfalto e
granulometria do agregado.

CONTROLE CAMPO
TECNOLÓGICO No lançamento devem ser avaliados temperatura de lançamento
além da coleta de corpos-de-prova para a determinação
estatística da densidade e determinação do grau de compactação,
comparando-se com a densidade aparente de corpos-de-prova
concebidos laboratorialmente.
A temperatura tanto dos agregados como do ligante devem ser
determinadas bem como a temperatura da massa na saída do
misturador, em intervalos de 10 minutos, durante a operação da

CBUQ – usina.

CONTROLE A temperatura dos agregados deve estar entre 107° C a 163° C,


tomada nos silos à quente e a do ligante 121° C a 163° C.

TECNOLÓGICO - A temperatura dos agregados normalmente deve estar 20° C

USINA acima do ligante, pelo fato que servirão de fonte de calor para
viabilizar o transporte bem como não se exigir aquecimento
excessivo do ligante que poderia inflamar ou comprometer a
qualidade quanto à adesão.
CBUQ – CONTROLE TECNOLÓGICO - USINA
Moldam-se 2 corpos-de-prova por dia com a massa da usina e, com estes, determinam-se o peso especifico
aparente, índice de vazios, teor de betume, estabilidade, textura e fluência da mistura.

O teor de asfalto pode ser determinado pelo Frasco de


Chapman, Extrator de Asfalto e pelo Método de
Refluxo

B: teor de betume (%);


N3: nível de querosene e massa asfáltica;
N2: nível de querosene e de agregado;
N1: nível de querosene;
S: massa de agregado (em geral:1.000g);
γB: massa específica do betume (g/cm3)
CBUQ – CONTROLE TECNOLÓGICO - USINA
O Método do Extrator para a determinação do teor de betume é dos mais utilizados. O extrator de asfalto é uma
centrífuga manual onde se coloca uma porção de massa asfáltica de massa previamente medida, sobre papel de
filtro e se dilui com solvente de betume enquanto se aplica força centrípeta sobre a massa.

Desta forma, lava-se o material betuminoso da massa asfáltica e,


então, após se secar o agregado, se estima o teor de asfalto pela
Equação

B: teor de betume (%);


MB+A: massa de betume e agregado (massa asfáltica coletada) (g)
MA: massa de agregado lavado e seco na centrífuga (g)

O teor de betume também pode ser determinado pelo ensaio de refluxo, onde diluente reflui sobre massa asfáltica.
CBUQ – CONTROLE TECNOLÓGICO - USINA
O peso específico aparente também pode ser determinado no Ensaio de Marshall.

Demonstra-se a relação do peso específico aparente, que é o


quociente entre peso do corpo-de-prova determinado fora da balança
hidrostática e dentro desta. A diferença de peso entre os pesos
indicados corresponde numericamente ao volume do corpo-de-prova,
pelo Princípio de Arquimedes.

gAP: peso específico aparente;


E: empuxo;
P: peso do corpo-de-prova
PSUB: peso determinado na balança hidrostática;
gw: peso específico da água
CBUQ – CONTROLE
TECNOLÓGICO - USINA
O Método de Marshall,
desenvolvido por Bruce Marshall
nos EUA, permite determinar o
teor de asfalto e analisar o
comportamento da mistura,
através de ensaios em corpos-de-
prova moldados com massa
asfáltica, segundo determinado
tipo de agregado, em algoritmo
da forma como se apresenta.
O ensaio de deformação se processa em aparelho de CBR
adaptado para suportar o molde “deitado” para que se
estabeleçam tensões de tração diametrais.
CBUQ –
CONTROLE Durante a prensagem dos CPs - corpos-de-prova - anotam-se a
força de compressão e a fluência.

TECNOLÓGICO - A fluência corresponde à deformação diametral do CP


originalmente medida em centésimos de polegada, sendo uma
USINA fluência medida de valor 11 correspondente a 0,11”. Valores entre
4 e 6 são tidos como limites ideais, indicando reduzido teor de
asfalto quando menor que 4 e excesso quando maior que 6.
Os resultados do ensaio de
Marshall são analisados na
forma gráfica, onde se
pode estabelecer o teor de
asfalto ideal para o
agregado estudado em
função do melhor resultado
ou concluir pela
inadequabilidade do
agregado para a mistura.

CBUQ – CONTROLE TECNOLÓGICO - USINA


O Método SUPERPAVE, criado em entre as décadas de 1980 e
1990, objetiva reduzir a deformação permanente, a fadiga por
craqueamento ou por baixas temperaturas.
CBUQ – O conceito de projeto aborda o estabelecimento da quantidade
CONTROLE suficiente de asfalto para majorar a durabilidade, a determinação
do índice de vazios como um todo, a trabalhabilidade e

TECNOLÓGICO - desempenho satisfatório ao longo da vida útil do revestimento.

USINA Os ensaios do SUPERPAVE englobam o uso de viga para medições


de deformações do tipo Benkelmann, reômetros para avaliar a
bacia de deformações e ensaios dinâmicos como base de ensaios
para se avaliar a resiliência, craqueamento sob baixa temperatura
e tráfego e a deformação permanente.
Para a execução de uma camada
de concreto betuminoso transporta-
se a massa asfáltica em caminhões
basculantes cobertos.

O diferencial máximo de
temperatura é de 20° C, devendo-
se, ainda, observar a temperatura
ambiente mínima de 10° C e
temperatura mínima da massa
medida na descarga do caminhão
de 107° C. O serviço não poderá
ser executado em dias de chuva.

CBUQ – CONTROLE
TECNOLÓGICO - CAMPO
CBUQ – CONTROLE TECNOLÓGICO - CAMPO
Extraem-se, no mínimo, 9 corpos-de-prova da camada pronta e em trecho de até 2 quilômetros. O GC – mínimo
é de 98% em relação à massa específica aparente medida no laboratório da usina.

GC: grau de compactação (%);


γAP: peso específico aparente de laboratório
γCP: peso específico do corpo-de-prova colhido com rotativa, na faixa pronta

Determina-se, também, o índice de vazios dos corpos-de-prova extraídos para que se possa estimar o índice de
vazios de ar.

Após a execução do serviço, deve-se aplicar régua para se verificar o grau de regularidade superficial. Além
disso, pode-se aplicar a viga Benkelmann ou aparato equivalente para avaliação estrutural e, também, medir o
coeficiente de atrito superficial.
CPA – CAMADA POROSA DE ATRITO OU
REVESTIMENTO ASFÁLTICO DRENANTE
As misturas asfálticas abertas do tipo CPA – camada porosa de atrito – mantêm uma
grande porcentagem de vazios com ar não preenchidos graças às pequenas
quantidades de fíler, de agregado miúdo e de ligante asfáltico.

Essas misturas asfálticas a quente possuem normalmente entre 18 e 25% de vazios


com ar – DNER-ES 386/99.

É empregada como camada de rolamento com a finalidade funcional de aumento de


aderência pneu-pavimento em dias de chuva. Esse revestimento é responsável pela
coleta da água de chuva para o seu interior e é capaz de promover uma rápida
percolação da mesma devido à sua elevada permeabilidade, até a água alcançar
as sarjetas.
https://www4.infraero.gov.br/imprensa/noticias/infraero-conclui-obra-na-pista-principal-de-congonhas-
e-libera-pousos-e-decolagens/
CPA – CAMADA POROSA DE ATRITO OU
REVESTIMENTO ASFÁLTICO DRENANTE
A especificação brasileira do DNER-ES 386/99 recomenda para CPA cinco faixas
granulométricas e teor de ligante asfáltico entre 4,0 e 6,0% – Tabela
CPA – CAMADA POROSA DE ATRITO OU
REVESTIMENTO ASFÁLTICO DRENANTE

(a) Trecho em CA seguido por trecho em CPA (b) Trecho em CPA na Bahia

Aspectos da CPA no Aeroporto Santos Dumont – RJ


SMA – STONE MATRIX ASPHALT
Em português SMA pode ser traduzido para matriz pétrea asfáltica, porém a
denominação pela sigla original internacionaliza a terminologia e gera menos
confusão de conceitos e especificações.
Concebido em 1968 na Alemanha, a partir dos anos 80 passou a ser utilizado
amplamente na Europa, em países como Bélgica, Holanda, Suíça, Suécia, Inglaterra,
Espanha, entre outros
É um revestimento asfáltico, usinado a quente, concebido para maximizar o contato
entre os agregados graúdos, aumentando a interação grão/grão; a mistura se
caracteriza por conter uma elevada porcentagem de agregados graúdos e, devido
a essa particular graduação, forma-se um grande volume de vazios entre os
agregados graúdos.
SMA – STONE MATRIX ASPHALT
O SMA é uma mistura rica em ligante asfáltico, com um consumo de ligante em geral entre 6,0 e 7,5%.
Geralmente é aplicado em espessuras variando entre 1,5 a 7cm, dependendo da faixa granulométrica.
São misturas que tendem a ser impermeáveis com volume de vazios que variam de 4 a 6% em pista, ao
contrário da CPA vista anteriormente.

Composições granulométricas comparativas entre um SMA e um CA Exemplo do aspecto de uma camada de SMA
SMA – STONE MATRIX ASPHALT
Faixas granulométricas e requisitos de SMA pela
especificação alemã (ZTV Asphalt – StB 94,
2001)
LAMA ASFÁLTICA
As lamas asfálticas consistem basicamente de uma associação, em
consistência fluida, de agregados minerais, material de enchimento ou
fíler, emulsão asfáltica e água, uniformemente misturadas e
espalhadas no local da obra, à temperatura ambiente.
Tem sua aplicação principal em manutenção de pavimentos,
especialmente nos revestimentos com desgaste superficial e pequeno
grau de trincamento, sendo nesse caso um elemento de
impermeabilização e rejuvenescimento da condição funcional do
pavimento.
Espessuras delgadas de 3 a 4mm, sem compactação posterior.
A especificação correspondente é a DNER-ES 314/97

https://www.youtube.com/watch?v=RumLGPqNZes
IMPRIMAÇÃO
Imprimação ou imprimadura corresponde à técnica de se
aplicar asfalto diluído dosado (l/m2) sobre a superfície de
uma base de pavimento, anteriormente à execução do
revestimento, aumentando-se a resistência ao cisalhamento
https://www.youtube.com/watch?v=JMEWJKVHcAQ
da camada além de impermeabilizá-la, de forma sub-
superficial

https://www.youtube.com/watch?v=n3CjJ5KbfBA

https://www.youtube.com/watch?v=Cd74XrPdheM

https://www.youtube.com/watch?v=JMEWJKVHcAQ
A pintura de ligação corresponde à
técnica de se aplicar asfalto,
preferencialmente emulsão
asfáltica, sobre a base ou sobre a
contra-capa, imediatamente antes
da execução da camada superior,
visando estabelecer aderência entre
estas.

PINTURA DE LIGAÇÃO
• A massa asfáltica exige que se interponha asfalto dosado
dentre as partículas do agregado.

• Misturado na usina ou no local

PAVIMENTOS • Quando se executa serviço de pavimentação para tráfego leve


ou se precisa reduzir o custo de misturação, pode-se fazer o

POR pavimento por penetração, quando se entremeiam asfalto e


agregado pela ação da gravidade.

PENETRAÇÃO • A técnica de pavimento por penetração:


• penetração direta, quando se aplica o asfalto sobre o
agregado, e
• penetração invertida, quando se lança o agregado sobre o
asfalto previamente lançado
PAVIMENTOS POR PENETRAÇÃO
Estes serviços são utilizados, respectivamente, para a execução de macadames e de tratamentos superficiais.
MACADAME ASFÁLTICO
Trata-se de serviço de pavimentação executado com
camadas sucessivas de agregado mineral do tipo
granulometria aberta e CAP ou emulsão asfáltica por
penetração direta (MACADAME DE PENETRAÇÃO) ou por
mistura em usina (MACADAME DE MISTURAÇÃO ou
simplesmente MACADAME).

No caso do macadame hidráulico substitui-se o material


asfáltico por água e se aplica para camadas de pavimento
excetuando-se o revestimento.

A espessura de uma camada de macadame varia da ordem


de 5 a 15 cm.
TRATAMENTO SUPERFICIAL
Tratam-se de revestimentos de pavimentos do tipo camadas sucessivas com asfalto aplicado na forma de
penetração invertida, em uma a três camadas. Na técnica construtiva, lança-se o asfalto sobre a base imprimada,
o agregado e efetua-se compressão.
O tratamento superficial pode ser do tipo
TSS – tratamento superficial simples,
TSD – tratamento superficial duplo ou
TST – tratamento superficial triplo

Os agregados para a execução do tratamento superficial podem


ser desde escória de alto-forno a seixo-rolado britado, com
partículas isentas de material pulverulento, partículas estranhas
ou material orgânico. O Los Angeles deve ser, no mínimo 40%
(DNER-ME 035), índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME
086), durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 89)e
granulometria que se enquadre em faixa indicada no Quadro 3.6
(DNER-ME 083), aplicável para TST.
https://www.youtube.com/watch?v=5jy6uBccDwM

https://www.youtube.com/watch?v=yxdzkT2cIU4
TRATAMENTO SUPERFICIAL
Granulometria do agregado para tratamento superficial triplo

Para o TST, a quantidade de ligante deve variar de 2 a 3 litros por metro quadrado e de agregado 5 a 7 kg/m2
para a superior, 10 a 12 kg/m2 para a intermediária e 20 a 25 kg/m2 para a inferior.
Os pré-misturados tratam-se de massas asfálticas produzidas em
usinas, utilizadas como camadas de contra-capa, capa ou até de
bases.

O PMQ pré-misturado à quente apresenta ligante do tipo CAP e o


PRÉ- PMF pré-misturado à frio pode apresentar ligante do tipo asfalto
diluído como emulsão asfáltica e granulometrias aberta ou fechada.
MISTURADOS E Os pré-misturados são lançados com pavimentadora, espalhados e
OUTROS comprimidos à frio, no caso do PMF ou à quente, no caso do PMQ, com
rolos compactadores do tipo rodas pneumáticas para,

SERVIÇOS predominantemente, aumentar a densidade e rolos lisos, para


acabamento, predominantemente.

Quando se intenciona melhorar a capacidade de suporte e a


durabilidade de uma camada do pavimento, da base ao reforço do
subleito, pode-se estabilizar o solo misturando-o a outro solo que de
cuja granulometria seja deficiente ou aditivar o solo com material
cimentício, como cimento Portland, cal, etc.
PRÉ-MISTURADOS E
OUTROS SERVIÇOS
A areia-asfalto a frio corresponde mistura de
asfalto diluído ou emulsão, contendo ou não filler,
usinada, espalhada e comprimida a frio.
Contudo, a areia-asfalto a quente difere da
anterior apenas quanto ao ligante, do tipo CAP.

A lama asfáltica é mistura de emulsão asfáltica e


agregado fino em usina, espalhada e comprimida
a frio.

A ampliação da vida útil estrutural de


revestimentos antigos pode gerar redução de
custo de até 10 vezes.
Para a pavimentação a partir de massa asfáltica usinada, no tipo.
por exemplo, PMQ, PMF ou CBUQ, utilizam-se de caminhões
basculantes para o transporte, caminhão espargidor,
pavimentadora e rolos compactadores.

EQUIPAMENTO
PARA CAMPO Os compactadores podem ser do tipo de pneumáticos, para o
adensamento efetivo, com pressão variando de 35 a 120 p.s.i e,
para acabamento, o de rodas de aço “em tandem”, apresentando
25 a 45 kg/cm de largura de roda e peso até 10 tf.
EXERCÍCIOS
13 - Estime a massa específica aparente de CP - corpo-de-prova - de concreto
betuminoso preparado para Marshall, que apresentou peso emerso de 881,45 gf e
peso imerso em pesagem a partir de balança hidrostática 507,81gf (o CP apresenta
textura impermeável c/ alça de arame pesando 3,20gf). Determine o G. C. de CP
obtido por rotativa, coletado logo após a execução do serviço de pavimentação, com
g = 2,38gf/cm³.
EXERCÍCIOS
14 - Estime o teor de betume segundo o Método do Frasco de Chapmann para: nível
de querosene = 630ml; nível de querosene + agregado (a frio) = 1000ml; nível de
querosene + agregado + betume = 1.045ml (a 38°C acima da temperatura do
querosene). O frasco de Chapmann apresenta graduação de ml em ml, no colo do
mesmo. O colo do frasco tem 2,5 cm de diâmetro e a correção é de 0,3 ml/2° C acima
da temperatura de referência. A densidade do betume: gb = 1,25g/cm³

𝑁3 − 𝑁2
𝐵= 𝑋 100 =
𝑆
+ 𝑁1 − 𝑁3
𝛾𝑏
B: teor de betume (%);
N3: nível de querosene e massa asfáltica;
N2: nível de querosene e de agregado;
N1: nível de querosene;
S: massa de agregado (em geral:1.000g);
γB: massa específica do betume (g/cm3)
EXERCÍCIOS
15 - Determine o teor do asfalto de amostra obtida em usina volumétrica, que apresentou os seguintes
resultados, após ensaio em aparelho extrator de asfalto: massa do agregado antes do ensaio: 3.005 g; massa do
agregado após o ensaio: 2.753g, supondo-se secagem em “frigideira” com a massa do papel-filtro queimada a
equilibrar a massa de finos que passou pelo filtro.

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