Documento 1
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A correta utilização dos tempos e modos verbais é um desafio para as pessoas. O pretérito
mais que perfeito, por exemplo, é um modo dificilmente utilizado por ter uma conotação
mais formal. Na linguagem coloquial as pessoas procuram minimizar os termos, economizar
as palavras e trocar formas nominais para tornar a comunicação mais fácil. Mas o correto
mesmo é utilizar os tempos e modos verbais em suas formas puras e cultas.
Vozes Verbais:
As vozes verbais nada mais são do que regras da língua portuguesa que determinam quando o
sujeito gramatical é um paciente ou um agente da ação que está sendo realizada pelo próprio
verbo. Na língua portuguesa, existem três diferentes vozes verbais, que, por vezes, podem ser
também conhecidas como vozes do verbo. Elas são: a voz passiva, a voz ativa e a reflexiva.
Tendo isso em mente, neste artigo vamos conhecer um pouco mais sobre cada uma dessas três
vozes, com conceitos e exemplos que nos façam entender com facilidade a utilização de cada
uma dessas vozes.
Voz ativa
A voz ativa é caracterizada quando o verbo da frase está em sua voz ativa, ou seja, quando o
sujeito da gramática é o próprio agente da determinada ação do verbo. Dessa forma, quando a
voz verbal é ativa, o sujeito da frase é o próprio quem realiza a ação do verbo. Vamos para
alguns exemplos:
Voz passiva
Alguns exemplos:
No que diz respeito à voz passiva, devemos destacar que são dois diferentes processos que
caracterizam a sua formação: o analítico e, também, o sintético.
A voz passiva analítica é aquela que se forma a partir de um verbo auxiliar, que, geralmente, é o
verbo “ser”. A estrutura segue com o particípio de algum verbo de caráter transitivo, resultando
na seguinte ordem: suj. paciente + verbo auxiliar em seguida do particípio + preposição e por
fim, um agente da passiva.
Os exemplos são:
“As fitas das caixas foram enfeitadas pelos pequenos”.
“Os pacientes do hospital serão atendidos pelos enfermeiros, assim que for possível”.
Obs: além do verbo ser, que aparece com frequência nas vozes verbais passivas analíticas,
outros verbos também são comumente utilizados, como o verbo andar, estar, viver e outros.
Já a voz passiva sintética é aquela que se forma a partir de um verbo transitivo conjugado
sempre na terceira pessoa do singular. Também é possível que ele esteja no plural, porém,
nesse caso há também a necessidade de participação do verbo ‘se’. A estrutura geralmente é: o
verbo transitivo, seguido do pronome ‘se’, e por fim, o sujeito paciente.
“Finalizou-se a prova”.
“Aguardou-se o momento”.
“Amam-se as rosas”.
Voz reflexiva
O terceiro tipo de voz verbal é caracterizado como a voz reflexiva, que acontece quando o sujeito
gramatical da frase é tanto o agente, como também o paciente da ação praticada pelo verbo.
Assim, o sujeito gramatical da oração é o mesmo que sofre e que pratica a determinada ação
expressa verbalmente.
Esse tipo de voz verbal é formada, então, por um verbo que atua na voz ativa, com um pronome
de caráter oblíquo e reflexivo que atua como objeto. Entre eles, podemos destacar o se, te, me,
vos, por exemplo. Além disso, essa voz reflexiva pode manter reciprocidade, que é quando
existem dois sujeitos que praticam ações uns para os outros.
Quando queremos transformar uma frase em voz ativa para passiva devemos transformar o
verbo e o sujeito da frase. Dessa forma, o sujeito da própria voz ativa se torna o agente da
passiva, o objeto direto também presente na voz ativa se torna o suj. da passiva e, por fim, o
verbo da ativa se torna uma locução verbal. Assim, vamos para um exemplo:
Locução verbal
Locução Verbal é a junção de dois ou mais verbos, sendo um auxiliar e
um principal, os quais exercem a função morfológica de apenas um
verbo.
As locuções verbais são a união de dois ou mais verbos, os quais
representam apenas uma ação praticada
Locução verbal é a junção de dois ou mais verbos que exercem a
função morfológica de um verbo. De maneira geral, as locuções
verbais são constituídas por um verbo auxiliar e um verbo principal.
Vale lembrar que, como o próprio nome indica, os verbos auxiliares
acompanham outros verbos (os principais) e indicam as flexões de
número (singular e plural), pessoa (1ª eu/nós; 2ª tu/vós; 3ª
ele(a)/eles(as)), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo e
voz. Os verbos principais, por sua vez, expressam a ideia central da
ação praticada.
Observe o exemplo:
→ Ainda estou lendo aquele livro que você me emprestou.
• Locução Verbal: estou lendo
• Verbo auxiliar: estou
• Verbo principal: lendo
Observe que os efeitos de sentido gerados pela locução verbal são
possíveis se considerarmos as duas ações praticadas (estar + ler)
como sendo apenas uma. Não é possível pensarmos os efeitos de
sentido de cada um dos verbos separadamente: primeiro a ação de
“estar” e, depois, a ação de “ler”. As duas ações ocorrem ao mesmo
tempo e, por isso, é necessário um verbo auxiliar – que indica as
flexões de pessoa (1ª pessoa do singular – eu) e tempo (presente do
indicativo) – e um verbo principal – que indica a ideia central da
ação praticada/ocorrida e sua forma nominal (gerúndio).
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Conjugação das locuções verbais
Nas locuções verbais, devem ser flexionados apenas os verbos
auxiliares, e o verbo principal sempre indica a forma nominal
(infinitivo, gerúndio ou particípio).
Exemplo:
→ Eles devem ajudar no que puderem.
• Verbo auxiliar: devem (3ª pessoa plural)
• Verbo principal: ajudar (infinitvo, 1ª conjugação “ –ar”)
Tempo composto
São chamadas de tempos compostos as locuções verbais formadas
pelos verbos “ter” e “haver” acrescidos do particípio do verbo
principal.
Exemplo:
→ Carmem já tinha voltado da cozinha quando saí do banho.
• Verbo auxiliar: tinha (verbo “ter” no pretérito perfeito, primeira
pessoa do singular)
• Verbo principal: voltado (verbo “voltar” no particípio)
A seguir, veja exemplos de locuções verbais formadas pelos verbos
auxiliares utilizados com frequência em nossa Língua Portuguesa:
• Ir: “Vou olhar”
• Estar: “Queria estar dormindo”
• Ser: “Fui ver”
• Haver: “Deve haver”
• Ter: “Tinha falado”
• Fazer: “Fiz acordar”
Artigo de opinião
O artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao tipo argumentativo
e tem como intencionalidade apresentar o ponto de vista do(a) articulista —
locutor(a) do texto — acerca de algum assunto relevante socialmente. Circula,
em especial, em jornais, revistas e sites da internet, e pode tratar de temas
polêmicos, em que são apresentados fatos, dados estatísticos e discursos de
autoridade para fundamentar a tese apresentada.
A ideia é a de que, por meio da linguagem verbal escrita, as pessoas possam
intervir socialmente para contribuírem com os debates que estão em voga,
oferecendo subsídios para que outros também se posicionem a respeito de
questões importantes, que vão desde aquelas relacionadas à política, à
educação, ao meio ambiente, até àquelas de âmbito internacional, ou
voltadas aos valores sociais e à ética. Nesse sentido, qualquer assunto pode
ser trabalhado em um artigo de opinião.