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PORTUGUÊS

Guilherme Leal Nunes da Silva - 2°A - 18/11

Modos e Tempos Verbais: Um dos principais temas do estudo de nosso idioma é a


conjugação dos verbos em vários tempos e modos. A língua portuguesa é uma das mais
complexas do mundo e aprendê-la não é uma tarefa simples. Falando francamente, hoje em
dia é difícil encontrar alguém que não cometa nenhum erro ou confunda palavras na hora
de escrever um texto ou conversar com alguém. De fato, com tantas normas e variações na
conjugação de verbos e utilização de termos, fica difícil acertar sempre. Mas é possível
evitar os erros ao máximo e manter um nível aceitável de conversação ou escrita.
Verbo é uma palavra que exprime ação realizada por um indivíduo num espaço de tempo.
Os tempos e modos verbais são as variações que este verbo irá assumir para expressar
tempos diferentes, seja no presente, no passado (pretérito) ou no futuro.
Para entender os tempos e modos verbais é necessário saber que há verbos regulares ou
irregulares. E, para isso, é preciso entender como é formado um verbo. Um verbo simples é
formado por um radical, uma vogal temática, um sufixo temporal e uma desinência número-
pessoal. A diferença de um verbo regular para um verbo irregular é a alteração ou não do
radical em diferentes tempos ou modos verbais.

Quais são os Tempos e Modos Verbais?


A definição dos tempos e modos verbais é simples. Existe o modo indicativo, que exprime
ideias mais concretas e factuais, o modo subjuntivo, que exprime possibilidades e
suposições e o modo imperativo, o mais simples de todos e que exprime ordens, pedidos ou
conselhos. Cada modo verbal possui tempos verbais diferentes. Veja:
• Modo Indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais que
perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito;
• Modo Subjuntivo: presente, futuro, pretérito imperfeito;
• Modo Imperativo: afirmativo e negativo (o único tempo verbal do modo imperativo é o
presente).
Cada tempo verbal exprime uma ideia diferente em relação ao tempo e a intenção do
sujeito. Veja:
• Presente. O tempo verbal que exprime uma ideia mais concreta: “Eu estou aqui”;
• Pretérito Perfeito. Um fato que efetivamente ocorreu num momento específico: “Você
brincou com ela ontem”;
• Pretérito Imperfeito. Demonstra uma situação que aconteceu ou acontecia num momento
não específico do passado: “Quando fui casado eu levava café da manhã na cama para
minha esposa”;
• Pretérito mais que perfeito. Um fato que ocorreu num passado mais remoto. Utilizado em
frases onde já há uma situação de pretérito perfeito, mas ainda há um fato mais antigo.
Geralmente é utilizado com locuções verbais ou formas verbais compostas: “Depois que
encontrou o caminho, ele não estivera mais perdido”;
• Futuro do Presente. Indica um fato que irá ocorrer de forma concreta no futuro: “Amanhã
irei correr no parque”;
• Futuro do Pretérito. Este tempo verbal engloba várias situações, mas todas elas envolvem
um fato no passado para expressar uma condição no futuro. “Eu mudaria tudo, se você me
desse uma chance”. “Ela prometeu que chegaria no horário”.
O modo imperativo é peculiar, pois envolve apenas o uso de termos no presente. As únicas
variações que os verbos ganham neste modo é o fato de estarem numa frase afirmativa ou
negativa. Veja os exemplos:

• “Vá lavar a louça”!


• “Não pise na grama”;
• “Evite falar com estranhos”;
• “Esqueça esta história, pois ela não leva a nada”.
Todas estas frases estão no modo imperativo. Note que os verbos são utilizados em sua
forma simples. É impossível existir uma frase no modo imperativo com tempos verbais
futuros ou passados.

Formas Nominais e suas funções na Lingua Portuguesa:


Os verbos podem assumir formas diferentes de acordo com a situação e com a necessidade
dentro da frase. São formas nominais verbais as seguintes:
• Infinitivo: são os verbos na forma pura e simples. Haver, Ser, Fazer, Comprar, Falar, enfim,
todos os verbos terminados em “r” são considerados verbos no infinitivo;
• Particípio: todas as formas verbais terminadas em “do” são consideradas verbos no
particípio. O particípio é utilizado em locuções verbais e, principalmente, na conjugação de
verbos no modo subjuntivo. Havido, Sido, Feito (verbo irregular), Comprado, Falado, enfim,
todos os verbos possuem formas no particípio;
• Gerúndio: a forma nominal que faz com que os verbos terminem em “ndo”. Verbos no
gerúndio exprimem a ideia de uma ação recorrente e constante num determinado período
de tempo. Havendo, Sendo, Fazendo, Comprando, Falando, enfim, todos estes verbos no
gerúndio indicam que a ação está acontecendo, ou seja, não simplesmente aconteceu ou
acontecerá.

A correta utilização dos tempos e modos verbais é um desafio para as pessoas. O pretérito
mais que perfeito, por exemplo, é um modo dificilmente utilizado por ter uma conotação
mais formal. Na linguagem coloquial as pessoas procuram minimizar os termos, economizar
as palavras e trocar formas nominais para tornar a comunicação mais fácil. Mas o correto
mesmo é utilizar os tempos e modos verbais em suas formas puras e cultas.
Vozes Verbais:
As vozes verbais nada mais são do que regras da língua portuguesa que determinam quando o
sujeito gramatical é um paciente ou um agente da ação que está sendo realizada pelo próprio
verbo. Na língua portuguesa, existem três diferentes vozes verbais, que, por vezes, podem ser
também conhecidas como vozes do verbo. Elas são: a voz passiva, a voz ativa e a reflexiva.

Tendo isso em mente, neste artigo vamos conhecer um pouco mais sobre cada uma dessas três
vozes, com conceitos e exemplos que nos façam entender com facilidade a utilização de cada
uma dessas vozes.

Voz ativa

A voz ativa é caracterizada quando o verbo da frase está em sua voz ativa, ou seja, quando o
sujeito da gramática é o próprio agente da determinada ação do verbo. Dessa forma, quando a
voz verbal é ativa, o sujeito da frase é o próprio quem realiza a ação do verbo. Vamos para
alguns exemplos:

“Mário comeu o risoto”.

“Fernanda assistiu ao programa”.

“O pai cozinhou a janta”.

“O nadador ganhou a competição de ontem”.

Voz passiva

Já a voz passiva é caracterizada como a voz em que o sujeito gramatical é considerado um


paciente na ação, ou seja, o sujeito da frase é aquele que sofre essa ação verbal. Esta por sua
vez é aquela praticada pelo próprio agente da voz passiva.

Alguns exemplos:

“O programa foi assistido por Fernanda”.

“A janta foi feita pelo pai”.

“A competição de ontem foi ganha pelo nadador”.

“As provas de português foram corrigidas pelo orientador da turma”.

No que diz respeito à voz passiva, devemos destacar que são dois diferentes processos que
caracterizam a sua formação: o analítico e, também, o sintético.

Vamos conhecer um pouco mais sobre cada um desses modelos.

Voz passiva – analítica

A voz passiva analítica é aquela que se forma a partir de um verbo auxiliar, que, geralmente, é o
verbo “ser”. A estrutura segue com o particípio de algum verbo de caráter transitivo, resultando
na seguinte ordem: suj. paciente + verbo auxiliar em seguida do particípio + preposição e por
fim, um agente da passiva.

Os exemplos são:
“As fitas das caixas foram enfeitadas pelos pequenos”.

“Os pacientes do hospital serão atendidos pelos enfermeiros, assim que for possível”.

“A atividade foi idealizada pela professora”.

Obs: além do verbo ser, que aparece com frequência nas vozes verbais passivas analíticas,
outros verbos também são comumente utilizados, como o verbo andar, estar, viver e outros.

Voz passiva – sintética

Já a voz passiva sintética é aquela que se forma a partir de um verbo transitivo conjugado
sempre na terceira pessoa do singular. Também é possível que ele esteja no plural, porém,
nesse caso há também a necessidade de participação do verbo ‘se’. A estrutura geralmente é: o
verbo transitivo, seguido do pronome ‘se’, e por fim, o sujeito paciente.

Vamos para os exemplos:

“Finalizou-se a prova”.

“Aguardou-se o momento”.

“Cantam-se as músicas do momento”.

“Amam-se as rosas”.

Voz reflexiva

O terceiro tipo de voz verbal é caracterizado como a voz reflexiva, que acontece quando o sujeito
gramatical da frase é tanto o agente, como também o paciente da ação praticada pelo verbo.
Assim, o sujeito gramatical da oração é o mesmo que sofre e que pratica a determinada ação
expressa verbalmente.

Esse tipo de voz verbal é formada, então, por um verbo que atua na voz ativa, com um pronome
de caráter oblíquo e reflexivo que atua como objeto. Entre eles, podemos destacar o se, te, me,
vos, por exemplo. Além disso, essa voz reflexiva pode manter reciprocidade, que é quando
existem dois sujeitos que praticam ações uns para os outros.

Vamos para alguns exemplos.

“Fernanda e David amam-se completamente”.

“Mãe e filha olharam-se por muito tempo antes de chorarem”.

“O profissional feriu-se com o estilete”.

Passagem de voz ativa para passiva analítica

Quando queremos transformar uma frase em voz ativa para passiva devemos transformar o
verbo e o sujeito da frase. Dessa forma, o sujeito da própria voz ativa se torna o agente da
passiva, o objeto direto também presente na voz ativa se torna o suj. da passiva e, por fim, o
verbo da ativa se torna uma locução verbal. Assim, vamos para um exemplo:

Voz ativa: “O engenheiro desenvolveu o projeto do edifício”.

Voz passiva analítica: “O projeto do edifício foi desenvolvido pelo engenheiro”.

Transformação da voz ativa para passiva sintética


Já nesse tipo de transformação, o objeto direto também da voz ativa irá se transformar no
sujeito presente na voz passiva. Depois, o sujeito da ativa se torna uma partícula apassivadora e,
nesse caso, não existe um agente da voz passiva, porém, ele fica subtendido conforme o sentido
criado pela frase na voz passiva sintética.

Vamos para o exemplo

Voz ativa: “O engenheiro desenvolveu o projeto do edifício”.

Voz passiva sintética: “Desenvolveu-se o projeto do edifício (nada fala-se do engenheiro)”.

Locução verbal
Locução Verbal é a junção de dois ou mais verbos, sendo um auxiliar e
um principal, os quais exercem a função morfológica de apenas um
verbo.
As locuções verbais são a união de dois ou mais verbos, os quais
representam apenas uma ação praticada
Locução verbal é a junção de dois ou mais verbos que exercem a
função morfológica de um verbo. De maneira geral, as locuções
verbais são constituídas por um verbo auxiliar e um verbo principal.
Vale lembrar que, como o próprio nome indica, os verbos auxiliares
acompanham outros verbos (os principais) e indicam as flexões de
número (singular e plural), pessoa (1ª eu/nós; 2ª tu/vós; 3ª
ele(a)/eles(as)), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo e
voz. Os verbos principais, por sua vez, expressam a ideia central da
ação praticada.
Observe o exemplo:
→ Ainda estou lendo aquele livro que você me emprestou.
• Locução Verbal: estou lendo
• Verbo auxiliar: estou
• Verbo principal: lendo
Observe que os efeitos de sentido gerados pela locução verbal são
possíveis se considerarmos as duas ações praticadas (estar + ler)
como sendo apenas uma. Não é possível pensarmos os efeitos de
sentido de cada um dos verbos separadamente: primeiro a ação de
“estar” e, depois, a ação de “ler”. As duas ações ocorrem ao mesmo
tempo e, por isso, é necessário um verbo auxiliar – que indica as
flexões de pessoa (1ª pessoa do singular – eu) e tempo (presente do
indicativo) – e um verbo principal – que indica a ideia central da
ação praticada/ocorrida e sua forma nominal (gerúndio).
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Conjugação das locuções verbais
Nas locuções verbais, devem ser flexionados apenas os verbos
auxiliares, e o verbo principal sempre indica a forma nominal
(infinitivo, gerúndio ou particípio).
Exemplo:
→ Eles devem ajudar no que puderem.
• Verbo auxiliar: devem (3ª pessoa plural)
• Verbo principal: ajudar (infinitvo, 1ª conjugação “ –ar”)
Tempo composto
São chamadas de tempos compostos as locuções verbais formadas
pelos verbos “ter” e “haver” acrescidos do particípio do verbo
principal.
Exemplo:
→ Carmem já tinha voltado da cozinha quando saí do banho.
• Verbo auxiliar: tinha (verbo “ter” no pretérito perfeito, primeira
pessoa do singular)
• Verbo principal: voltado (verbo “voltar” no particípio)
A seguir, veja exemplos de locuções verbais formadas pelos verbos
auxiliares utilizados com frequência em nossa Língua Portuguesa:
• Ir: “Vou olhar”
• Estar: “Queria estar dormindo”
• Ser: “Fui ver”
• Haver: “Deve haver”
• Ter: “Tinha falado”
• Fazer: “Fiz acordar”
Artigo de opinião
O artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao tipo argumentativo
e tem como intencionalidade apresentar o ponto de vista do(a) articulista —
locutor(a) do texto — acerca de algum assunto relevante socialmente. Circula,
em especial, em jornais, revistas e sites da internet, e pode tratar de temas
polêmicos, em que são apresentados fatos, dados estatísticos e discursos de
autoridade para fundamentar a tese apresentada.
A ideia é a de que, por meio da linguagem verbal escrita, as pessoas possam
intervir socialmente para contribuírem com os debates que estão em voga,
oferecendo subsídios para que outros também se posicionem a respeito de
questões importantes, que vão desde aquelas relacionadas à política, à
educação, ao meio ambiente, até àquelas de âmbito internacional, ou
voltadas aos valores sociais e à ética. Nesse sentido, qualquer assunto pode
ser trabalhado em um artigo de opinião.

Características do artigo de opinião


Artigo de opinião é um gênero que circula em meios, como jornais, revistas e sites da internet.
O artigo de opinião visa a defesa de uma ideia, sendo, portanto, necessária a
construção de uma tese sustentada por argumentos que podem gerar uma
conclusão a respeito do assunto de maneira propositiva ou sintética, na
maioria das vezes.
Para escrever um bom texto, o(a) autor(a) deve antecipar-se quanto aos
possíveis posicionamentos contrários de seu interlocutor, utilizando-se da
contra-argumentação. Portanto, é essencial estudar bastante o assunto
antes da produção do texto, para que o discurso não se limite ao senso comum
e seja, sobretudo, convincente.
Durante a construção do projeto de texto, lembre-se de que:
• O artigo de opinião, por tratar de temas da atualidade, polêmicos e até
mesmo provocativos, exigirá do(a) autor(a) competência para a seleção
dos melhores argumentos sem desrespeitar o interlocutor ou
subestimar posições alheias.
• É um texto a ser publicado em veículos de comunicação que podem ter
leitores de diferentes perfis. Nesse sentido, é fundamental adequar a
linguagem, prevendo as características do público que acessa aquele
determinado meio.
• O título deve ser atrativo, convidativo. Nesse momento, com
criatividade, já é possível a adesão do leitor às ideias a serem defendidas
no artigo.
• É permitido flexionar verbos e pronomes na 1ª pessoa do singular, ou
seja, embora seja essencial a fundamentação das opiniões
apresentadas, elas podem ser construídas de forma subjetiva. Contudo
muitos articulistas optam pela 3ª pessoa do discurso.
• Considerando as características dos veículos de publicação, o artigo de
opinião é um texto geralmente curto, com linguagem direta, objetiva,
simples e harmônica.

Estrutura de um artigo de opinião


Embora cada articulista possa demonstrar o seu estilo de escrita, sobretudo
aqueles mais consagrados, minimamente é possível reconhecer alguns
elementos composicionais:
1. Introdução — contextualização e/ou apresentação da questão que está
sendo discutida.
2. Desenvolvimento — explicitação do posicionamento adotado com a
utilização de argumentos e de contra-argumentos; apresentação de
dados, informações e discurso de autoridade.
3. Conclusão — ênfase/retomada da tese e/ou proposta de intervenção
social.

Como se faz um artigo de opinião?


• Estude bastante o assunto que pretende abordar, verifique autores que
já trabalharam o tema, e selecione informações que estejam adequadas
ao seu ponto de vista.
• Lembre-se de utilizar sempre fontes de pesquisa fidedignas.
• Construa argumentos fortes, que tenham fundamentação pertinente e
que de fato sustentem o ponto de vista. Evite o uso exagerado de
discursos do senso comum.
• Tente prever quais argumentos o “outro lado” poderia utilizar e
antecipe-se, fortaleça o ponto de vista defendido refutando o que lhe é
contrário.
• Retome a tese para construir sua conclusão. Caso seja possível,
apresente uma proposta exequível de intervenção social, como forma
de apontar caminhos para a solução do problema tratado no texto.
• Não se esqueça de adequar a linguagem ao público leitor.
• Produza um título criativo.

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