PAULO+ROBERTO+BERWANGER - Organograna
PAULO+ROBERTO+BERWANGER - Organograna
PAULO+ROBERTO+BERWANGER - Organograna
Bento Gonçalves
2013
PAULO ROBERTO BERWANGER
Bento Gonçalves
2013
FOLHA DE APROVAÇÃO
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________
Componente da Banca Examinadora – Instituição a que pertence
_______________________________________________________
Componente da Banca Examinadora – Instituição a que pertence
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Componente da Banca Examinadora – Instituição a que pertence
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo estudar e analisar alguns modelos tradicionais de
organogramas e, a partir destes, sugerir uma proposta de modelo de organograma empresarial
onde todos os setores tenham interação sem que aconteça prejuízo no poder de decisão. De
uma forma clara e objetiva a pesquisa verifica a possibilidade de uma maneira diferente de
dispor as camadas societárias dentro do quadro organograma de uma empresa. Esta é uma
pesquisa qualitativa de caráter exploratório que utilizou a pesquisa de campo para obtenção de
exemplos reais de organogramas de empresas. Exemplos serão apresentados e nos mesmos
serão feitas análises das características da estrutura organizacional. Foram coletados exemplos
de organogramas junto aos proprietários das empresas. Algumas empresas foram visitadas e
neste momento foi feita a coletas destes organogramas. Depois de coletados os organogramas
foi feita um entrevista com alguns dos gestores da empresa para o entendimento de como as
pessoas estavam dispostas dentro da empresa e de que forma utilizavam suas competências e
habilidades dentro de suas funções.
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 8
1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA .................................................................................... 8
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................. 9
1.2.1 Objetivo Geral .......................................................................................................... 9
1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................................ 9
1.3 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 10
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 52
8
1 INTRODUÇÃO
Esta ordenação de atividades e recursos citada por Oliveira, resume a necessidade que
as empresas têm em possuir um organograma. O organograma é a representação gráfica de
como as camadas de funcionários, setores e funções estão definidas hierarquicamente dentro
da empresa. É através dos organogramas que as empresas organizam suas estruturas existentes
e seus moldes para dispor os setores em seus correspondentes graus de poder na tomada de
decisões. Os organogramas determinam as camadas dentro das empresas, e estas camadas são
formadas por diferentes grupos de pessoas de mesma posição, função e poder de decisão.
Nos modelos utilizados formam-se gaps entre cada um dos níveis do organograma
tradicional. Estes são diminuídos de forma que toda a empresa esteja interligada através de
seus funcionários, setores e direção independentemente de onde quer que desempenhem suas
funções.
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
Sun Tzu1 fala que a arte da guerra é tentar sobrepujar o inimigo pela sabedoria e não
somente pela força. No mesmo livro faz ainda questionamentos tais como: qual dos
governantes é mais sábio e qual o mais apto? Qual dos comandantes é mais talentoso?
Comparando-se com a realidade de uma empresa se pode identificar que todas as pessoas
estão, cada uma com sua capacitação, independente do lugar que ocupem no organograma.
Este estudo pode ser muito útil tanto sob o ponto de vista acadêmico, mas também
como elemento de estudo e orientação de outros diagnósticos de estrutura organizacional por
outros profissionais e outras empresas.
Nos exemplos abaixo se nota esta disposição onde a hierarquia dentro das empresas
ocorre de forma que tem mais poder de decisão quem efetivamente faz parte do negócio
(Figura 1 e Figura 2).
1
A Arte da Guerra.
11
A importância deste trabalho está em propor, não só na teoria, mas na prática um novo
formato de disposição entre classes distintas.
12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ORGANOGRAMA
Morgan (1996, p. 24) escreve que raramente as organizações são propostas como um
fim em si mesmas. São instrumentos criados para se atingirem outros fins. Isso é refletido
pelas origens da palavra organização que deriva do grego organon que significa uma
ferramenta ou instrumento. Não é de admirar, portanto, que as idéias sobre tarefas, metas,
propósitos e objetivos se tenham tornado conceitos organizacionais tão fundamentais. Com
efeito, ferramentas e instrumentos são dispositivos mecânicos inventados e aperfeiçoados para
facilitar no entendimento de atividades orientadas para um fim particular.
O mesmo autor (1996) também cita que da palavra de origem grega organon deriva a
palavra organograma, ou seja, é uma ferramenta ou instrumento que serve para organizar a
estrutura empresarial. Através do organograma das empresas dividimos responsabilidades,
habilidades e competências tanto dos seus gestores como dos demais funcionários e
colaboradores da empresa. É através do organograma também que separamos a estrutura da
empresa por setores, departamentos, locais de trabalho, filiais e outros pontos. É possível
inclusive que de um organograma máster derivem outros pequenos organogramas setoriais. O
organograma, portanto, serve para organizar quantitativa e qualitativamente os pontos de uma
13
sociedade organizacional.
O organograma gera confiança e transmite informação que devem ser conhecidas por
todas as partes envolvidas no gráfico. O organograma deve revelar com fidelidade os
movimentos reais de uma empresa. Para que se possam realizar trabalhos de forma
organizada, todas as instituições que querem crescer devem ter um organograma. Um
organograma transmite todos os passos que se dão para ter organizada uma empresa e em que
direção caminha esses passos.
2.2 COMPETÊNCIAS
2.2.1 Conceito
Fleury (2004, p. 115), define competências, como: “um saber agir responsável e
reconhecido, que implica em mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos,
habilidades que agregam valor econômico à organização e valor social ao indivíduo”.
2.3 HABILIDADES
2.3.1 Conceito
Como exposto por Hitt (2002), habilidade pode ser definida como o conjunto de
qualidades que as pessoas da empresa dominam e servem de base para a geração de benefícios
para a organização.
Peters (2003), cita que é muito importante para o bem de uma empresa que ela tenha
todos os seus departamentos alinhados e trabalhando todos em busca de uma causa ou
objetivo comum. Mais interessante ainda é quando os setores interagem entre si e buscam
resultados partindo da atividade de um setor em conjunto com uma ação de outro. Quanto
maior uma empresa, mais dividida em departamentos e setores ela pode ser, ou seja, a
informação entre um setor e outro se não for muito bem feita, os ruídos do meio do caminho
podem colocar em choque estes setores que deveriam caminhar juntos.
23
Vamos imaginar uma empresa e desta citar apenas três setores: produção, vendas e
marketing. Uma ação de venda de um produto (vendas) necessita que tenha produtos
suficientes para serem vendidos (produção) e necessita que as pessoas em geral fiquem
sabendo desta ação de vendas (marketing). Este é um caso clássico da necessidade da
interação entre setores. Se o departamento de marketing direcionar suas ações para outro
produto que não aquele que o departamento de vendas está focado, provavelmente, nenhum
dos dois setores alcançará seus melhores desempenhos e resultados. Ainda, se marketing e
vendas estiverem alinhados, mas o setor de produção não estiver avisado das ações, pode
ocorrer, de focar sua produção em outro produto completamente diferente e, mais uma vez,
nenhum dos setores atinge seus objetivos.
Morgan (1996), escreve sobre estas diferenças entre setores e de como um pode
interferir nas ações de outro baseado em diferentes interesses. Na obra ele cita as diferentes
imagens que as empresas podem assumir, quais são:
Dentro das empresas habitualmente os mais velhos (mais antigos na empresa) tendem
a ocupar cargos mais altos em função da sua experiência, do seu conhecimento ou mesmo por
tempo de serviço. Esta prática normal pode fazer com que um novo empregado com menos
25
tempo de serviço que outro tenha dificuldade de ocupar um cargo de gestão. Nesta nova época
de recursos humanos a tendência é que isso mude e novos talentos sejam melhor aproveitados.
Mezei (2012, p. 42), fala que estamos entrando na era da open source economy,
alguma coisa do tipo economia de código aberto. Isso pode significar que estamos migrando
de um mundo simples, mais previsível, linear e baseado na experiência para um cada vez mais
complexo com inovação permanentemente. Essa mudança implica transformações profundas
e necessárias na estratégia, na organização e na liderança. O conceito de estratégia criado por
uma diretoria em um determinado momento deve sofre um processo de mudança em função
da crescente quantidade de informações que circula. Criar estratégia é um processo contínuo,
uma vez que o mundo e as situações dentro da empresa também mudam. Dentro de uma
empresa muitas vezes não é possível esperar o próximo exercício para que um pequeno grupo
de pessoas se reúna e trace uma nova estratégia. No mundo corporativo, perder tempo é
perder muito mais do que dinheiro. Os novos talentos dentro das empresas de hoje fazem
parte de um grupo que participa de um processo de criação de inteligência coletiva. A
empresa como um todo passa a conectar seu conhecimento sobre as atividades em que todos
estão envolvidos, ou seja, vai exigir que todos os funcionários estejam refletindo, observando
e entendendo os impactos das mudanças sobre os negócios. De uma certa forma, isso faz com
que a organização funcione de um modo mais orgânico. Numa empresa conectada cada parte
tem um entendimento sistêmico de como o todo funciona, qual é o modelo de negocio, seus
objetivos e, conseqüentemente, entende a interdependência entre as pessoas e áreas.
Amorin (2012), cita que ainda na linha da economia de código aberto, o líder deve ser
conector e a mudança no perfil da liderança sustenta a organização. Este novo líder terá de
agir em três níveis:
• Intelectual: ele deverá admitir que não tem resposta pra tudo e irá trabalhar o
conceito de co-criação, permitindo aos funcionários que ajudem na busca de
soluções.
Amorin (2012, p. 36), fala ainda com relação à digitalização da vida e às novas
tendências associadas ao desenvolvimento das tecnologias e mídias sociais, é possível
assegurar que estão mudando a maneira como as pessoas se comunicam, dentro e fora do
trabalho. Podemos arriscar dizer que essa nova forma de compartilhar coisas do trabalho,
inclusive fora do horário de serviço e da estrutura hierárquica da empresa, são o que está
mudando o mundo e os gestores. O uso de plataforma colaborativa faz com que estruturas
formais e hierarquias fiquem de lado e que se trabalhe mais levando em conta os
conhecimentos da pessoa com quem se interage do que seu cargo. Cria-se também um
ambiente propício para que as pessoas possam demonstrar suas competências para o resto das
pessoas e setores da empresa. Os líderes de hoje serão eternos estudantes com a mentalidade
aberta e flexível, no lugar de velhos gestores acomodados e acostumados com suas rotinas de
trabalho.
Porém, pelo outro lado, executivos mais velhos e experientes tem um grande valor
para as empresas. O conhecimento técnico acumulado pelos anos à frente das empresas, a
experiência de vida necessária para evitar erros simples, o jogo de cintura de quem domina a
estrutura da empresa de cima a baixo, entre outras, são algumas características importantes na
função de gestão. Existe realmente a dúvida de quando um executivo de uma empresa deve
dar lugar a um gestor mais jovem e com toda uma bagagem nova que aliado ao histórico de
erros e acertos da empresa, pode se transformar em uma habilidade de gerir muito bem uma
2
Eduardo Mezei, Gerente de RH da divisão América Latina da Fedex.
27
empresa. Mesmo assim, as empresas podem apontar como um risco o conflito de gerações na
hora de contratar e manter veteranos.
Amorin (2012) fala também que conselhos de administração são a instância mais
importante para a gestão de qualquer empresa. Sua função é simples: defender os interesses
dos acionistas. Na prática, os conselhos definem as estratégias de longo prazo e evitam, por
exemplo, que os executivos tomem grandes riscos para aumentar resultados no curto prazo.
Seria de esperar que as cadeiras dos conselhos fossem ocupadas por profissionais que
conhecem a fundo aquilo que é discutido nas reuniões. Porém, muitas vezes, estes estão muito
mais despreparados do que deveriam.
Enfim, não existe uma regra de como se deve proceder. Não podemos afirmar o que é
certo e o que é errado. Não podemos saber qual geração está mais preparada para este ou
aquele outro negócio. O importante sim, é que as pessoas estejam nos lugares certos e ocupem
os lugares corretos dentro dos organogramas das empresas, sem prejuízo das suas
competências e, principalmente, desenvolvendo suas habilidades e participando do processo
decisório, quando este for o caso.
É muito comum encontrar dentro dos organogramas das empresas pessoas ocupando
cargos de gestão e, obviamente, participando do processo de decisão pelo simples fato de
pertencerem à família do proprietário da empresa. Aquela premissa de que “filho de peixe,
peixinho é” se torna quase que um livre acesso para pessoas muitas vezes despreparadas para
tal necessidade da empresa.
bem cedo com antecedência até de décadas. A governança familiar define basicamente as
funções de cada membro da família no ambiente empresarial. Esta prática serve para
acomodar as frustrações de quem se vê preterido na linha de poder da empresa ou que
descobre a falta de vocação para tocar os negócios familiares. O conceito de governança
familiar em síntese ressalta que uma família unida é a base de sustentação de uma empresa
forte. Dentro deste conceito é absolutamente necessário separar o que é gestão da empresa do
que é gestão da família.
9. Festas de família não são os fóruns adequados para debater ou discutir negócios
que envolvam a própria família.
11. Se for necessário crie um conselho de família com regras objetivas e uma agenda
de reuniões para organizar as pretensões e vocações de cada um.
3 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS
Este modelo pode sim ser entendido também como um experimento, onde sua
aplicação vai depender do resultado efetivamente encontrado.
Foi solicitado às empresas o seu organograma. Caso a empresa não possuísse, foi
criado um organograma com base nos dados fornecidos pelos gestores.
31
Obviamente não pretendemos com este trabalho “reinventar a roda”. Toda a literatura
existente utiliza como base dos organogramas os modelos já existentes. Quando propomos
este modelo diferente, encontramos a limitação de ainda não ser utilizado, portanto, ainda não
ter estudos que comprovem a sua eficiência e eficácia no que diz respeito a sua utilização.
mesmo grupo, porém com responsabilidades e poder de decisão diferente. Nesta figura a
camada cinza ainda representa o grupo de pessoas com maior poder de decisão dentro da
empresa, mas este está inserido dentro do segundo nível, o verde, que também está inserido
em outro nível de cor vermelha e assim sucessivamente (Figura 9).
Trazendo isso para uma realidade de mercado podemos imaginar, por exemplo, uma
empresa comercial onde três sócios se reúnem para a criação da mesma. Um deles é
administrador nato, outro é um excelente pizzaiolo e o outro sempre trabalhou como garçom.
Nos modelos tradicionais de organograma para esta sociedade, ambos estariam no mesmo
nível e provavelmente exerceriam funções administrativas de pouca função. No modelo de
organograma integrado entre setores proposto, cada um continua desempenhando a sua
função original, trazendo para a sociedade o benefício de estar no melhor lugar que poderia
para o resultado esperado da empresa. Ao mesmo tempo, os três sócios não perdem o seu
poder de decisão individual. Cabe sempre aos três sócios a tomada de decisão em que grau
quer que esteja. Suas competências e suas habilidades continuam sendo mantidas e exploradas
de forma que o resultado final de suas ações seja o melhor para a empresa e satisfatórias para
sim mesmas.
Outro exemplo que podemos citar são as sociedades cooperativas, onde efetivamente
em muitos casos os produtores, associados, cooperados, diretores e outros membros estão
espalhados pela empresa exercendo as mais diversas funções sem perder seu poder de
decisão.
Enfim, este modelo de organograma integrado entre setores proposto pode ser
entendido como uma visualização gráfica diferente da que existe atualmente nas empresas.
Uma forma clara e objetiva de localizar pessoas de acordo com suas habilidades e
competências e colocá-las em setores diferentes, onde possam realizar suas tarefas da melhor
maneira possível e de forma que contribuam com o seu melhor desempenho para a empresa,
sem que percam seu poder de decisão quando se fizer necessário.
37
Neste capítulo vamos ver na prática o organograma real de algumas empresas e de que
forma se apresentam. Nomes e cargos foram preservados, porém, das empresas que não se
opuseram seus nomes bem como seus logos estão impressos junto com seu organograma. Para
as empresas que preferiram não divulgar seus nomes, foi eleito o nome genérico de
“Anonyma” e “Anonymos”.
Nas entrevistas com os gestores foi identificado qual o perfil de gestão e quais
competências e habilidades estavam presentes no negócio da empresa propriamente dito. Para
nenhuma das empresas foi elaborado um novo modelo de organograma, uma vez que os dados
pesquisados são puramente para fins acadêmicos.
d) Proposta de readequação dos gestores dentro de uma estrutura diferente sem que
percam seu poder de decisão, em cada empresa.
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a) Histórico
A Cooperativa Santa Clara é uma empresa centenária que fabrica produtos lácteos
derivados do leite e de carne suína. Além de produzir também comercializa produtos de
laticínios e de frigorífico. Apresenta uma marca forte e líder de mercado no segmento em que
atua. Com cerca de 4000 associados e mais de 1500 funcionários conta com uma estrutura
bem complexa e seu organograma também representa isso.
b) Organograma
Dentro do organograma atual, os produtores rurais não aparecem. Estes produtores são
os responsáveis pela matéria prima a qual a empresa utiliza: leite e suínos. Entre todos os
associados são eleitos 11 pessoas para compor a assembléia geral. Esta assembléia depois é
dividida nos conselhos de representantes, administração e fiscal. Nenhum dos onze produtores
trabalha efetivamente dentro da cooperativa e atua apenas como fornecedor de matéria prima.
De todos os associados, apenas 11 aparecem no organograma atual compondo assembléia
geral e representando os outros associados. Para a eleição, todos os associados tem poder de
voto o que representa que apesar de não estarem presentes no organograma atual, eles tem
mais poder de decisão do que os gestores atuais. Isso ocorre porque, se em determinado
momento, votarem por trocar a direção da empresa eles o fazem e decidem em assembléia
uma nova direção para a empresa. Teoricamente, os outros tantos associados estão em uma
camada mais baixa da empresa que nem chegam a aparecer no organograma
Outro fato encontrado, que pode servir como exemplo, é que um dos membros da
diretoria geral tem formação em medicina veterinária e participa diretamente das reuniões e
decisões do departamento de política leiteira, embora para este setor tenha um outro
profissional contratado para exercer o cargo.
d) Proposta de readequação
os outros, representado pela inserção da primeira camada na última. O produtor não precisa
deixar de produzir e pode sim a base de toda cadeia, mas claramente estará demonstrado no
organograma o seu poder de decisão através do voto. Muitos associados tem formação
acadêmica em diversas áreas e, por se tratar de uma cooperativa, poderiam participar de
reuniões onde suas competências profissionais seriam colocadas à disposição para discussão
de assuntos pertinentes ao interesse da empresa. No caso do departamento de política leiteira,
este poderia facilmente abrigar aquele diretor citado anteriormente que tem formação e
competências para ocupar o cargo de gestor, exercendo suas habilidades sem perder seu poder
de decisão em assuntos relacionados a este e outros setores da empresa, os quais a opinião de
diretoria seja pertinente.
a) Histórico
b) Organograma
d) Proposta de readequação
a) Histórico
Com uma história de mais de 30 anos no mercado, esta empresa atua no mercado no
segmento de representação comercial e comércio de alguns produtos que compra de indústrias
e revende usando a sua estrutura comercial. Faz também toda logística, tanto na busca dos
produtos das representadas como as entregas das vendas. Tem uma estrutura de organograma
bem simples, porém não existia um organograma definido. Foi elaborado um organograma
com base nos dados apresentados e na entrevista com os dois proprietários.
b) Organograma
d) Proposta de readequação
decisão e de gestão sobre o seu negócio. Porém, estariam exercendo suas competências e
habilidades dentro de uma área de atuação que estão acostumados e desempenhando papéis de
grande importância para a empresa.
a) Histórico
Esta empresa é uma pizzaria e restaurante que está estabelecida na cidade de Bento
Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Com mais de 30 anos de atividades tem no seu diferencial
pizzas, vendidas somente a noite em forma de a La carte. Ao meio dia é servido Buffet
executivo e possui ainda um cardápio com pratos pré prontos onde o cliente altera apenas o
tipo de carne que deseja. Conta com uma clientela fiel que busca esta opção para almoços e
jantares. Tem uma estrutura de organograma bem simples, porém não existia um
organograma definido. Foi elaborado um organograma com base nos dados apresentados e na
entrevista com os três proprietários.
b) Organograma
d) Proposta de readequação
a) Histórico
b) Organograma
No organograma atual a gestão máxima é feita pela diretora com formação acadêmica
em administração de empresas e especialização na mesma área. A gestão financeira, industrial
e comercial é feita por profissionais especialistas nestas áreas, tendo em suas formações
habilidades e competências para as áreas em que atuam. O diretor financeiro é marido da
diretora. O diretor comercial é irmão da diretora. Embora a base da empresa seja familiar, as
funções desempenhadas são de forma profissional e nenhum dos diretores aparece como sócio
da empresa. As outras áreas e os outros setores são preenchidos com profissionais
qualificados com habilidades e competências para a área que atuam. O processo de decisão é
concentrado ainda na figura da diretora, mas com o auxílio da consultoria externa contratada,
decisões são tomadas com base em todo um estudo de relatórios e gráficos sobre o
desempenho da empresa. A sociedade é composta por dois sócios, a diretora e o seu pai que
não exerce nenhuma função na empresa.
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d) Proposta de readequação
Esta é uma empresa que apesar de ainda possuir uma estrutura de organograma
tradicional está bem próxima do modelo de organograma proposto. Tem no seu modelo uma
célula chamada “comitê gestor” que é composta por vários funcionários de diferentes áreas e
que participam efetivamente das decisões da empresa. Além disso, participam também das
reuniões de planejamento estratégico da empresa. Todos continuam desempenhando suas
funções e exercendo suas competências e habilidades dentro de seus respectivos setores. Claro
que apesar de todos os setores estarem envolvidos no processo decisório a decisão final fica
por conta da diretora.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
sendo mais valorizado do que quem apenas tem responsabilidades de execução da atividade
fim da empresa.
Outros estudos podem ser realizados e complementar o que foi desenvolvido neste
trabalho, que tem sua importância acadêmica no sentido de agregar idéias no que se refere a
gestão de habilidades e competências das pessoas dentro dos organogramas das organizações.
Nas empresas por onde foi apresentado, o interesse demonstrado deixa claro que poderia ser
feito sim um estudo muito mais completo e abrangente sobre o estudo e que, se fosse
realmente implantado, alguns resultados poderiam ser alcançados.
Enfim, concluímos com este trabalho que, indiferente de onde as pessoas possam estar
representadas no organograma, suas responsabilidades, suas habilidades, suas qualidades, suas
competências e suas virtudes em nada se alteram. Em qualquer lugar, em qualquer setor da
empresa que estejam continuam tendo o seu poder de decisão inalterado. Desempenhar suas
tarefas com dedicação apenas são somadas aos que estão envolvidos em outros setores e
outras atividades igualmente importantes. Concluímos também que a implantação deste novo
modelo de organograma é muito mais complexo do que parece, uma vez que depende muito
mais da necessidade das empresas em entender o seu próprio negócio.
REFERÊNCIAS
ANSOFF, H. Igor. Implantando a Administração Estratégica. São Paulo: Ed. Atlas, 1993.
FLEURY, Maria Tereza Leme. As pessoas na Organização. São Paulo: Editora Gente, 2002.
HANZHANG, Tao. A Arte da Guerra de Sun Tzu. 8.ed. São Paulo: Gente, 2005.
LOBATO, David Menezes. Estratégia de Empresas. 9.ed. Rio de Janeiro: FGV, 2009.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2000.
PETERS, Tom. Rompendo as barreiras da administração. Tom Peters; trad. Maria Lúcia
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