REV Apostila TRT - SP NocoesDeGestaoPublica Ravazolo
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SUMRIO
1. Processo Organizacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2. Planejamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.1. Princpios do Planejamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1.1. Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1.2. Especficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1.3. Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.2. Filosofias do Planejamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3. Tipos ou Nveis de Planejamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3.1. Planejamento Estratgico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.3.2. Planejamento Ttico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.3.3. Planejamento Operacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.4. Estratgia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.4.1. Alguns tipos de Estratgias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.5. Gesto Estratgica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.5.1. Fases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.5.2. Processo de Planejamento Estratgico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.5.3. Misso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.5.4. Viso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.5.5. Valores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.5.6. Objetivos Estratgicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.5.7. Metas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.5.8. Diagnstico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.5.9. Ferramentas de Anlise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
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1. Processo Organizacional
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2. Planejamento
Constitui a funo inicial da administrao, pois envolve a primeira deciso de uma organizao:
aonde chegar. Dessa forma ela a base para todas as demais decises e aes.
Planejar o procedimento de analisar a organizao e o ambiente, determinar os objetivos e
traar os planos necessrios para atingi-los da melhor maneira possvel o que deve ser feito,
quem far, quando, onde, por que, como e quanto gastar.
H, genericamente, cinco partes a serem planejadas:
1. Fins estado futuro: Viso, misso, objetivos, metas etc.
2. Meios caminho para chegar ao estado futuro: Estratgias, polticas, projetos, processos
etc.
3. Organizao: Estruturao para realizar os meios.
4. Recursos: Dimensionamento dos recursos necessrios (pessoas, tecnologia, finanas etc.).
5. Implantao e controle: Definir os meios de acompanhamento da gesto.
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2.1.2. Especficos
1. Planejamento participativo: O papel do responsvel facilitar o processo de elaborao
do plano pela prpria empresa, o qual deve ser realizado pelas reas pertinentes.
2. Planejamento coordenado (horizontal): Todos os aspectos envolvidos devem ser
projetados para que atuem de forma interdependente.
3. Planejamento integrado (vertical): Os vrios escales de uma empresa devem ter seus
planejamentos integrados.
4. Planejamento permanente: Essa condio exigida pela prpria turbulncia do ambiente,
pois nenhum plano mantm seu valor com o tempo. Apesar de o planejamento buscar uma
situao futura especfica (objetivos), deve ser feita uma reviso constante do curso dos
acontecimentos, de modo a possibilitar reajustamentos e alteraes (flexibilidade dentro
de limites razoveis).
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2.1.3. Outros
Encontram-se, na literatura, outros princpios, como:
Inerncia: inerente natureza humana, indispensvel, sendo parte integrante da
administrao, e deve estar presente em todos os nveis e setores de atividades.
Universalidade: Tenta prever todas as variveis e todas as consequncias, at onde
seja possvel, levando em conta todas as opinies. Uma viso unilateral prejudica o
planejamento.
Unidade: Abrange mltiplas facetas, que devem ser integradas num conjunto coerente.
Previso: Est voltado para o futuro. , intrinsecamente, uma previso de curto, mdio
e longo prazo.
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2.4. Estratgia
O pensamento estratgico representa hoje um importante instrumento de adequao
organizacional a um ambiente competitivo e turbulento, preparando a organizao para
enfrent-lo e utilizando-se, para isso, de suas competncias, qualificaes e recursos internos,
de maneira sistematizada e objetiva. , portanto, um conjunto de aes administrativas que
possibilitam aos gestores de uma organizao mant-la integrada ao seu ambiente e no curso
correto de desenvolvimento, assegurando-lhe atingir seus objetivos e sua misso.
Qualquer que seja a definio de Estratgia, destacam-se algumas palavras-chave que sempre
a permeiam: mudanas, competitividade, desempenho, posicionamento, misso, objetivos,
resultados, integrao, adequao organizacional etc.
A estratgia, nesse contexto, assim como a organizao e o seu ambiente, no algo esttico,
acabado; ao contrrio, est em contnua mudana, desempenhando a funo crucial de
integrar a organizao e o ambiente em um todo coeso, sinrgico para os agentes que esto
diretamente envolvidos ou indiretamente influenciados.
Qualquer organizao, conscientemente ou no, adota uma estratgia, considerando-se que a
no adoo deliberada de estratgia pode ser entendida como uma estratgia.
As estratgias so formuladas e aplicadas em duas dimenses:
Dimenso Contedo (Concepo): o que fazer? (para tornar-se mais competitivo, agregar valor
aos clientes/acionistas etc.). A Anlise Estratgica busca essas respostas.
Dimenso Processo (Implementao): como fazer? (qual caminho e aes tomar para fazer
acontecer a estratgia concebida). O Planejamento Estratgico responde isso.
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Unicidade observada
pelo cliente
Posio de baixo
custo
Diferenciao
Liderana em
custo
Apenas um
segmento
No mbito de
todo o mercado
Vantagem Estratgica
Alvo Estatgico
Foco
2.4.1.3. Outros
Paulo de Vasconcellos Filho classifica as interaes entre uma organizao e o ambiente em
trs graus, cada um com seu respectivo comportamento e com as consequncias esperadas:
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Grau de interao
Comportamento
Consequncias
Negativo
No reagente, no adaptativo,
no inovativo.
Neutro
Reagente, adaptativo.
Positivo
Wright, Kroll e Parnell, analisando as dimenses de estratgia corporativa, destacam que uma
empresa pode adotar estratgias corporativas de crescimento, estabilidade (manuteno) e
reduo (sobrevivncia).
Estratgia
Corporativa
Crescimento
Tipos
Definio/Execuo
Interno
Integrao Horizontal
Integrao Vertical
Diversificao
Fuses
Alianas Estratgicas
(joint venture)
Parcerias
Estabilidade
Reduo
Re v i rav o l t a
(turnround)
Desinvestimento
Liquidao
Fechamento
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ou
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2.5.1. Fases
A gesto estratgica inclui, no mnimo, trs fases distintas:
1. Formulao (planejamento) da estratgia
2. Implementao (desenvolvimento, execuo) da estratgia
3. Controle (avaliao) da estratgia
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2.5.3. Misso
A misso uma declarao sobre o que a organizao , qual seu propsito e como pretende
atuar no seu dia a dia. Representa o negcio e a razo de ser da organizao, portanto, traduz o
sistema de valores e duradoura.
Em geral, a misso est alinhada com os seguintes aspectos:
2.5.4 Viso
A viso representa aquilo que a organizao deseja ser no futuro. Seu propsito est em criar
uma imagem que desafie e mobilize todas as pessoas envolvidas na construo da conquista.
Caractersticas da viso:
2.5.5. Valores
Os valores so os atributos e virtudes da organizao, as suas qualidades.
Refletem as crenas fundamentais, as convices dominantes para a maioria das pessoas da
organizao. So virtudes que se pretende preservar e incentivar.
Os valores atuam como motivadores que orientam e direcionam as aes das pessoas na
organizao e na tomada de decises, contribuindo para a unidade e a coerncia do trabalho.
Servem como padro de comportamento e fornecem sustentao a todas as principais decises
da organizao. Exemplo: tica, comprometimento, efetividade, inovao, responsabilidade
social e ambiental, transparncia.
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2.5.7. Metas
Meta um nvel de desempenho que deve ser medido e realizado dentro de determinado
prazo.
uma etapa a ser realizada para o alcance do objetivo ou da misso. Exemplo: diminuir em 5%
os casos de cncer de mama no prazo de cinco anos no RS.
As metas devem refletir a realidade atual da organizao e devem servir de motivao para a
melhoria dos processos e identificao de aspectos falhos. Se uma meta no alcanada, ou
ela est superestimada ou existe algum problema no processo que precisa ser tratado.
Existe um acrnimo conhecido que auxilia a definio correta de metas: SMART.
S Specific (Especfico): No se deve deixar espao a interpretaes duvidosas. Quanto mais
detalhada for a meta, melhor ser sua compreenso e maiores suas chances de ser atingida. Por
exemplo, em vez de definir Aumentar as vendas em 10%, uma meta melhor seria Obteno
de 10% no aumento de vendas nacionais na rea de negcios A pela equipe X, no prximo ano
fiscal, sem reduo da margem de lucros e mantendo o nvel de satisfao do cliente..
M Measurable (Mensurvel): Qualquer meta que no possa ser claramente medida, ou
transformada em um nmero, permite a manipulao e interpretao para que os interessados
o considerem atingido ou no.
A Attainable (Atingvel): Devem ser agressivas, mas nunca impossveis de atingir. Definir
nmeros que nunca podero ser obtidos causa frustrao e desnimo. O A tambm
algumas vezes chamados de Agreed Upon (feito em comum acordo). Isso significa que todos os
envolvidos na definio e execuo da meta a conhecem e esto de acordo com sua viabilidade
e benefcios.
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2.5.8. Diagnstico
O diagnstico consiste em obter e analisar informaes internas e externas (ambientais)
instituio para direcionar as decises.
Atravs do diagnstico a instituio capta e mantm atualizado o conhecimento em relao
ao ambiente e a si prpria, identifica e monitora as variveis que a afetam, se antecipa s
mudanas e se prepara para agir.
Nessa fase, cabe explicar o significado trs termos usuais na Administrao: Fatores crticos de
sucesso, benchmarking e stakeholders.
2.5.8.2. Benchmarking
o processo de analise referencial da empresa perante outras empresas do mercado, incluindo
o aprendizado do que estas empresas fazem de melhor, bem como a incorporacao destas
realidades de maneira otimizada e mais vantajosa para a empresa que aplicou o benchmarking.
um processo que visa comparar as melhores prticas do mercado, avaliando produtos,
servios e prticas daquelas organizaes que so reconhecidas como lderes.
Exemplo: a empresa X quer melhorar seus resultados. Para isso ela avalia produtos, servios
e processos de trabalho da empresa Y (que reconhecida como a detentora das melhores
prticas no mercado), com a finalidade de comparar desempenhos e identificar oportunidades
de melhoria.
Essa avaliao pode ser aplicada a qualquer funo produo, vendas, recursos humanos,
engenharia, pesquisa e desenvolvimento, distribuio etc. e produz melhores resultados
quando implementada na empresa como um todo.
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2.5.8.3. Stakeholders
Tambm chamados de partes interessadas, so as pessoas, grupos ou entidades afetadas pela
atividade da organizao, ou que possuem interesse em quaisquer processos executados ou
resultados gerados pela mesma.
Stakeholders primrios: Indivduos ou grupos que exercem impacto direto sobre
a organizao empregados, fornecedores, clientes, concorrentes, investidores e
proprietrios.
Stakeholders secundrios: Indivduos ou grupos que no esto diretamente ligados
s atividades da organizao, mas que podem exercer influncia sobre ela governo,
ONGs, comunidade, imprensa etc.
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Alto
Estrela
Baixo
Vaca Leiteira
Em
Questionamento
(Criana-Problema ou
interrogao)
Co
(animal de estimao)
ou abacaxi
Co: Vira-lata, animal de estimao, abacaxi produtos com baixo potencial de crescimento
e baixa participao no mercado. Tm pouca capacidade de gerao de recursos e devem
ser evitados/ minimizados/ abandonados pela empresa.
Vaca Leiteira: Representam os negcios com alta participao em mercados de baixo
crescimento. Geram grande retorno com baixo investimento e representam a base da
organizao, podendo ser empregadas para financiar outros negcios, especialmente os
pontos de interrogao.
Em questionamento: Ponto de interrogao, criana-problemtica tem baixa participao
no mercado e alto potencial de crescimento. problemtica, pois exige altos investimentos
e, como resultado, pode virar tanto um Co quanto uma Estrela.
Estrela: Representam os negcios com alta participao em mercados com alta taxa de
crescimento, que tem uma grande necessidade de injeo de recursos, embora tambm
tenham uma grande capacidade de gerao de recursos. Ficam frequentemente em
equilbrio quanto ao fluxo de caixa, entretanto, a participao de mercado deve ser
mantida, pois podem se tornar vacas leiteiras se no houver perda de mercado.
Idealmente as empresas devem ter como orientao estratgica a seleo dos pontos de
interrogao que venham a se tornar estrelas e posteriormente vacas leiteiras, garantindo assim
o equilbrio financeiro. Da mesma forma, devem tentar retirar os abacaxis de seu portflio.
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A figura a seguir representa esta interligao entre os fatores. O Mapa Estratgico traduz a
interdependncia e as relaes de causa e efeito entre as perspectivas.
Os cinco princpios da organizao focalizada na estratgia:
1. Traduzir a Estratgia em Termos Operacionais: No possvel implementar a estratgia
sem descrev-la. Kaplan e Norton desenvolveram os chamados Mapas Estratgicos.
Segundo eles, ao traduzir a estratgia na arquitetura lgica do mapa estratgico e do BSC,
as organizaes criam um ponto de referncia comum e compreensvel para todas as
unidades e empregados.
2. Alinhar a Organizao para Criar Sinergias: As organizaes so projetadas em torno de
diversas especialidades, e cada uma tem seu prprio corpo de conhecimentos, linguagem e
objetivos. As organizaes devem utilizar a estratgia para criar sinergias entre as unidades
de negcios e os servios compartilhados, e o BSC facilita isso.
3. Transformar a Estratgia em Tarefa de Todos: Exige-se que todos os empregados
compreendam a estratgia e conduzam suas tarefas cotidianas de modo a contribuir para
seu xito. O BSC usado em trs processos diferentes para o alinhamento dos empregados
com a estratgia: comunicao e educao; desenvolvimento de objetivos pessoais e de
equipes (os empregados devem compreender sua capacidade de influenciar a implantao
bem-sucedida da estratgia); sistemas de incentivos e recompensas.
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2.7. Resumo
De uma forma sucinta, os passos mais importantes na formulao de uma estratgia so:
1. Caractersticas:
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3. Organizao
o processo de organizar, que visa estruturao da empresa/instituio, reunindo as pessoas
e os equipamentos e estabelecendo relaes de responsabilidade e autoridade de acordo com
o planejamento efetuado. Em outras palavras, a maneira pela qual as atividades so divididas,
organizadas e coordenadas. Organizar desenhar/montar a estrutura da empresa/instituio
de modo a facilitar o alcance dos resultados.
Os nveis da organizao so:
Abrangncia
Contedo
Tipo de Desenho
Nvel institucional
D e s e n h o
organizacional
Tipo de organizao
Nvel intermedirio
Cada
departamento
isoladamente
D e s e n h o
departamental
Tipo
de
departamentalizao
Nvel operacional
Cada
tarefa
operao
Desenho de cargos e
tarefas
Anlise e descrio de
cargos
ou
Resultado
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3.1.1. Organograma
um grfico que mostra a estrutura da uma empresa/instituio, a diviso do trabalho em suas
unidades/departamentos, a hierarquia e os canais de comunicao.
Diviso do trabalho: Quadros (retngulos) representam cargos ou unidades de trabalho
(departamentos). Eles indicam o critrio de diviso e de especializao das reas, ou
seja, como as responsabilidades esto divididas dentro da organizao.
Autoridade e Hierarquia: A quantidade de nveis verticais em que os retngulos esto
agrupados mostra a cadeia de comando, ou seja, como a autoridade est distribuda,
do diretor que tem mais autoridade, no topo da estrutura, at o funcionrio que tem
menos autoridade, na base da estrutura.
Canais de comunicao: As linhas que verticais e horizontais que ligam os retngulos
mostram as relaes/comunicaes entre as unidades de trabalho.
3.1.1.1.Modelos estruturais
Estruturas Verticais
Tambm chamadas de mecanicistas, so estruturas rgidas e altamente controladas, adequadas
a condies ambientais relativamente estveis.
Organizaes deste tipo valorizam a lealdade e obedincia aos superiores, a tradio, a rigidez
das regras. O tipo mecanicista corresponde burocracia racional-legal de Weber.
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Estruturas Horizontais
Estruturas rgidas e altamente controladas
o modelo estrutural ps-burocrtico e
procura se adaptar a condies instveis,
mutveis. Ambientes assim oferecem
problemas complexos que muitas vezes
no podem ser resolvidos por pessoas
com especialidades tradicionais.
O desenho mais achatado e flexvel denota a descentralizao de decises e o downsizing
(enxugamento, estratgia administrativa para reduzir nmero de nveis e aspectos burocrticos
da empresa).
No extremo deste modelo esto as estruturas orgnicas (comparadas a organismos vivos).
Neste tipo de organizao, h contnua redefinio de tarefas (todos so especialistas em
tudo), enfoque na cooperao/interao e comunicao de natureza informativa (em lugar de
ordens).
A figura a seguir mostra os determinantes e as consequncias do desenho da estrutura.
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3.1.2. Racionalismo
Uma organizao substancialmente um conjunto de encargos funcionais e hierrquicos, cujos
membros se sujeitam a normas e funes.
O princpio bsico desta forma de conceber uma organizao que, dentro de limites tolerveis,
os seus membros se comportaro racionalmente, isto , de acordo com as normas lgicas de
comportamento prescritas para cada um deles.
Toda organizao se estrutura a fim de atingir os seus objetivos, procurando com a sua estrutura
organizacional a minimizar esforos e maximizar o rendimento.
Essa racionalidade, portanto, no um fim, mas um meio de permitir empresa atingir
adequadamente determinados objetivos.
3.1.4. Especializao
Consequncia da diviso do trabalho: cada unidade ou cargo passa a ter funes e tarefas
especficas e especializadas.
A especializao pode dar-se em dois sentidos: vertical e horizontal.
A horizontal representa a tendncia de criar departamentos especializados no mesmo nvel
hierrquico, cada qual com suas funes e tarefas. Exemplo: gerncia de Marketing, gerncia
de Produo, gerncia de Recursos Humanos, etc.
A vertical caracteriza-se pelos nveis hierrquicos (chefia), pois, na medida em que ocorre a
especializao horizontal do trabalho, necessrio coordenar essas diferentes atividades e
funes. Exemplo: Presidncia, Diretoria-Geral, Gerncias, Coordenadorias, Sees, etc.
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3.1.5. Hierarquia
, basicamente, a especializao vertical. A pluralidade de funes imposta pela especializao
do trabalho exige o desdobramento da funo de comando, cuja misso dirigir as atividades
para que essas cumpram harmoniosamente as respectivas misses. O princpio da hierarquia
o escalar: medida que se sobe na escala hierrquica, aumenta o volume de autoridade do
administrador.
3.1.5.1. Autoridade
o direito formal que a chefia tem de alocar recursos e exigir o cumprimento de tarefas por
parte dos funcionrios. A autoridade emana do superior para o subordinado, e este obrigado
a realizar seus deveres.
A autoridade:
alocada em posies da organizao, e no em pessoas;
Flui desde o topo at a base da organizao as posies do topo tm mais autoridade
do que as posies da base;
aceita pelos subordinados devido crena na cultura organizacional.
Tipos de autoridade
Existem trs tipos bsicos de autoridade:
Autoridade linear, hierrquica, ou nica: nica e absoluta do superior aos seus
subordinados, ou seja, cada subordinado reporta-se exclusivamente ao seu superior.
Um exemplo tpico so as organizaes militares.
Autoridade funcional, ou dividida: Com base na especializao, no conhecimento.
Cada subordinado reporta-se a vrios superiores, de acordo com a especialidade de
cada um autoridade parcial e relativa. Nenhum superior tem autoridade total.
Exemplo: mdicos em um hospital dando ordens a tcnicos de enfermagem.
Autoridade de Staff, ou de Assessoria: Com base no aconselhamento e assessoramento,
visando a orientar e dar suporte a decises. Exemplo: assessoria jurdica, assessoria de
imprensa, consultoria em gesto, etc.
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3.1.5.2. Responsabilidade
Dever de desempenhar a tarefa ou atividade, ou cumprir um dever para o qual se foi designado.
Dentro dos princpios da diviso do trabalho, especializao e hierarquia, cada departamento
ou cargo recebe uma determinada quantidade de responsabilidades. Nessa relao contratual,
tais reas/cargos concordam em executar certos servios em troca de retribuies ou
compensaes financeiras.
O grau de responsabilidade , geralmente, proporcional ao grau de autoridade da pessoa.
Dessa forma, os cargos de alto escalo possuem maior autoridade e responsabilidade que os
cargos mais baixos.
3.1.5.3. Delegao
Delegao a transferncia de determinado nvel de autoridade de um chefe para seu
subordinado, criando o correspondente compromisso pela execuo da tarefa delegada.
Cuidado: No confundir a responsabilidade funcional/de execuo com a responsabilidade final/
do cargo. Diversos autores afirmam que a responsabilidade do cargo no pode ser delegada.
Delega-se apenas a responsabilidade funcional pela execuo, ou seja, a responsabilidade
pelo bom desempenho da tarefa. A responsabilidade ltima pelo cumprimento permanece
com o delegante e, dessa forma, ele o verdadeiro responsvel e deve manter superviso aos
delegados para que cumpram as funes. No servio pblico, h previso legal (leis, resolues,
regimentos internos) explicitando responsabilidades e o que pode ou no ser delegado.
Diferentemente da responsabilidade, a autoridade deve ser integralmente transferida para que
haja verdadeira delegao. No h como transferir uma atividade para algum sem transferir
autoridade para fazer e cobrar.
Tcnicas de delegao:
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DELEGAO
Ligada ao cargo;
Geralmente atinge vrios nveis hierrquicos;
Carter mais formal;
Menos pessoal;
Mais estvel no tempo.
Ligada pessoa;
Atinge um nvel hierrquico;
Carter mais informal;
Mais pessoal;
Menos estvel no tempo.
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Cada empresa/instituio monta sua estrutura em funo dos objetivos. Apesar da enorme
variedade de organizaes, os autores clssicos e neoclssicos definiram trs tipos tradicionais:
linear, funcional e linha-staff.
Importante ressaltar que os trs tipos dificilmente so encontrados em seu estado puro, afinal,
se tratam de modelos tericos e, dessa forma, so simplificaes da realidade.
Coronel
10 Batalho
20 Batalho
Capito 1
Soldado 1
Soldado 2
Capito 2
Soldado 3
Soldado 4
Capito 3
Soldado 5
Soldado 6
Capito 4
Soldado 7
Soldado 8
Tpica de empresas pequenas, com baixa complexidade, mas pode ocorrer em mdias e grandes
com tarefas padronizadas, rotineiras, repetitivas, onde a execuo mais importante que a
adaptao a mudanas, ou mesmo qualidade dos produtos.
3.2.1.1. Caractersticas
Autoridade linear, nica e absoluta do superior aos seus subordinados, ou seja, cada
subordinado reporta-se exclusivamente a um superior;
Linhas formais de comunicao vertical, de acordo com o organograma. Podem ser
para cima (rgo ou cargo superior) ou para baixo (rgo ou cargo inferior);
Centralizao das decises: A autoridade converge para a cpula da organizao;
Aspecto piramidal: Quanto mais sobe na escala hierrquica, menor o nmero de rgos
ou cargos. Quanto mais acima, mais generalizao de conhecimento e centralizao de
poder; quanto mais abaixo, mais especializao e delimitao das responsabilidades.
3.2.1.2. Vantagens
Estrutura simples e de fcil compreenso e implantao;
Clara delimitao das responsabilidades dos rgos nenhum rgo ou cargo interfere
em rea alheia;
Estabilidade e disciplina garantidas pela centralizao do controle e da deciso.
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3.2.1.3. Desvantagens
O formalismo das relaes pode levar rigidez e inflexibilidade, dificultando a
inovao e adaptao a novas circunstncias;
A autoridade linear baseada no comando nico e direto pode tornar-se autocrtica,
dificultando o aproveitamento de boas ideias;
Chefes tornam-se generalistas e ficam sobrecarregados em suas atribuies na medida
em que tudo tem que passar por eles;
Com o crescimento da organizao, as linhas formais de comunicao se congestionam
e ficam lentas, pois tudo deve passar por elas.
Curiosidade: quer entender melhor a estrutura linear? Vai no Youtube e procura o curtametragem O Dia em que Dorival Encarou a Guarda.
Gerncia de Produo
Manuteno
Operrio
Operrio
Qualidade
Suprimentos
Operrio
Operrio
Produo
Operrio
Operrio
3.2.2.1 Caractersticas
Autoridade funcional dividida: cada subordinado reporta-se a vrios superiores
simultaneamente, de acordo com a especialidade de cada um.
Nenhum superior tem autoridade total sobre os subordinados. A autoridade parcial e
relativa, decorrente de sua especialidade e conhecimento.
Linhas diretas de comunicao, no demandam intermediao: foco na rapidez.
Descentralizao das decises para os rgos especializados. No a hierarquia, mas a
especializao que promove a deciso.
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3.2.2.2. Vantagens
3.2.2.3. Desvantagens
No h unidade de mando, o que dificulta o controle das aes e a disciplina;
Subordinao mltipla pode gerar tenso e conflitos dentro da organizao;
Concorrncia entre os especialistas, cada um impondo seu ponto de vista de acordo
com sua rea de atuao.
As atividades de linha so aquelas intimamente ligadas aos objetivos da organizao (reasfim). As atividades de staff so as reas-meio, ou seja, prestam servios especializados que
servem de suporte s atividades-fim.
A autoridade para decidir e executar do rgo de linha. A rea de staff apenas assessora,
sugere, d apoio e presta servios especializados. A relao deve ser sinrgica, pois a linha
necessita do staff para poder desenvolver suas atividades, enquanto o staff necessita da linha
para poder atuar.
possvel citar algumas atividades que so tipicamente de staff**: gesto de pessoas,
oramento, compras, almoxarifado, manuteno, tecnologia da informao, assessorias em
geral (jurdica, contbil, gesto), controle interno, etc.
**Obviamente h excees, pois a definio de rea-meio e rea-fim varia de acordo com o
ramo de atuao, as polticas e os objetivos de cada empresa/instituio.
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3.2.3.1. Caractersticas
Fuso da estrutura linear com a estrutura funcional;
Coexistncia de linhas formais de comunicao com linhas diretas;
Separao entre rgos operacionais (executivos) e rgos de apoio e suporte
(assessores).
3.2.3.2. Vantagens
3.2.3.3. Desvantagens
Conflitos entre rgos de linha e staff: experincias profissionais diversas, vises de
trabalho distintas, diferentes nveis de formao;
Dificuldade de manuteno do equilbrio entre linha e staff.
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3.3. Departamentalizao
Departamentalizao a especializao horizontal. Isso ocorre quando h necessidade de um
maior nmero de rgos (departamentos) especializados num mesmo nvel hierrquico para
facilitar a organizao do trabalho e dar eficincia s atividades.
Departamentalizao , portanto, o agrupamento das atividades e correspondentes recursos
(humanos, materiais e tecnolgicos) em unidades, de acordo com um critrio especfico de
homogeneidade. A departamentalizao uma caracterstica tpica das mdias e grandes
organizaes e diretamente relacionada com a complexidade das operaes.
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3.3.2. Abordagens
A abordagem Funcional separa departamentos de acordo com a funo desempenhada na
organizao (produo, finanas, RH, Vendas etc.) segue o princpio da especializao.
A abordagem Divisional segue o princpio das unidades de negcio autnomas (unidades
estratgicas de negcio) cada gestor plenamente responsvel pelos resultados de sua
unidade.
Essa abordagem cria departamentos que so formados por um agrupamento de divises
separadas, autossuficientes, para gerar um produto ou servio (ou parte dele), de acordo
com os resultados organizacionais. mais indicada em organizaes que produzem diferentes
produtos/servios para diferentes mercados/clientes, pois cada diviso focaliza um mercado/
cliente independente.
Dentro de abordagem divisional existem variantes, que servem para alcanar diferentes
resultados esperados de uma organizao e que se baseiam em: Produtos ou servios,
Localizao Geogrfica, Clientes, Projetos etc.
Essas duas abordagens definem os critrios (tipos) de Departamentalizao: por funo
(funcional); por produtos e servios; geogrfica (territorial, regional); por clientes; por processo;
por projeto; matricial; mista.
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3.3.3.1. Vantagens
Agrupa vrios especialistas em uma mesma unidade;
Simplifica o treinamento e orienta as pessoas para uma funo especfica, concentrando
sua competncia e habilidades tcnicas;
Permite economia de escala pelo uso integrado de pessoas, mquinas e produo em
massa;
Indicada para situaes estveis, tarefas rotineiras e para produtos ou servios que
permaneam longos ciclos sem mudanas.
3.3.3.2. Desvantagens
Reduz a cooperao interdepartamental (nfase nas especialidades);
Inadequada para ambiente e tecnologia em constante mudana, pois dificulta a
adaptao e a flexibilidade s mudanas externas;
Foco na especialidade em detrimento do objetivo organizacional global.
3.3.4.1. Vantagens
Fixa a responsabilidade dos departamentos para uma linha de produto;
Facilita a coordenao entre as diferentes reas: a preocupao principal o produto, e
as atividades das reas envolvidas do pleno suporte;
Facilita a inovao, pois requer cooperao e comunicao dos vrios grupos que
contribuem para gerar o produto.
3.3.4.2. Desvantagens
Dispersa os especialistas nos diversos subgrupos orientados para os produtos;
No indicada para circunstncias externas no mutveis, empresas com pouca
variabilidade dos produtos, por trazer custos operacionais elevados;
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3.3.5.1. Vantagens
Amplia a rea de atuao, atingindo maior nmero de clientes;
Permite fixar a responsabilidade de lucro e de desempenho no comportamento local ou
regional, alm de encorajar os executivos a pensar em termos de sucesso de territrio;
As caractersticas da empresa podem acompanhar adequadamente as variaes de
condies e caractersticas locais.
3.3.5.2. Desvantagens
O enfoque territorial pode deixar em segundo plano a coordenao, tanto dos aspectos
de planejamento e execuo, quanto de controle como um todo, em face do grau de
liberdade e autonomia nas regies;
Em situaes de instabilidade externa em determinada regio, pode gerar temores e
ansiedades na fora de trabalho em funo da possibilidade de desemprego ou prejuzo
funcional.
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3.3.6.1. Vantagens
Quando a satisfao do cliente o aspecto mais crtico da organizao, ou seja, quando
o cliente o mais importante, e os produtos e servios devem ser adaptados s suas
necessidades;
Dispe os executivos e todos os participantes da organizao para a tarefa de satisfazer
as necessidades e os requisitos dos clientes;
Permite organizao concentrar seus conhecimentos sobre as distintas necessidades
e exigncias dos canais mercadolgicos.
3.3.6.2. Desvantagens
As demais atividades da organizao produo, finanas podem se tornar
secundrias ou acessrias, em face da preocupao compulsiva com o cliente;
Os demais objetivos da organizao lucratividade, produtividade podem ser
deixados de lado ou sacrificados.
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3.3.7.1. Vantagens
Fixa a responsabilidade e a unio dos esforos dos em determinado processo;
Extrai vantagens econmicas oferecidas pela prpria natureza do equipamento ou da
tecnologia. A tecnologia passa a ser o foco e o ponto de referncia para o agrupamento
de unidades e posies;
Maior especificacao dos recursos alocados;
Possibilidade de comunicacao mais rapida de informacoes tecnicas;
Melhor coordenacao e avaliacao de cada parte do processo;
Maiores niveis de produtividade e de qualidade.
3.3.7.2. Desvantagens
Possibilidade de perda da visao global da interligacao entre diferentes processos.
Quando a tecnologia utilizada sofre mudanas e desenvolvimento revolucionrios, a
ponto de alterar profundamente os processos;
Deve haver especial cuidado com a coordenao dos distintos processos.
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3.3.8.1. Vantagens
Concentrao de recursos e especialistas para realizar um trabalho complexo;
Foco no resultado;
Melhoria no controle da execuo.
3.3.8.2. Desvantagens
Cada projeto nico, indito, e envolve muitas habilidades e conhecimentos dispersos
na empresa ao longo de seu ciclo de execuo. Assim, quando termina uma fase, ou
mesmo o projeto, a empresa pode ser obrigada a dispensar pessoal ou a paralisar
mquinas e equipamentos se no tiver outro projeto em vista.
Direo
Financeiro
Jurdico
Tecnologia da
Informao
Gesto de
Pessoas
Administrao
Projeto A
Projeto B
Projeto C
A autonomia e o poder relativo a cada estrutura seriam decorrentes da nfase dada pela
empresa aos projetos ou s funes tradicionais.
Matricial forte: nfase nos projetos: existem empresas/consrcios cuja existncia
est vinculada execuo de determinado projeto (vemos muitos exemplos na
Copa do Mundo). Nessas, o poder do gerente do projeto soberana e as atividades
funcionais ordinrias (RH, Marketing, etc.) ficam em segundo plano (quando no so
terceirizadas).
Balanceada: A autoridade dividida entre os gerentes funcionais (RH, Marketing,
Finanas, etc.) e os gerentes de projetos.
Matricial fraca: nfase funcional: os gerentes funcionais possuem mais poder que os
de projeto, criando grandes conflitos e dificultando o alcance dos resultados. Existem
empresas cuja estrutura tradicionalmente funcional, porm, h necessidade de
realizao de alguns projetos pontuais para melhorar produtos e servios. As reas,
ento, emprestam temporariamente recursos (pessoas, materiais) para a execuo
dos projetos e, muitas vezes, as pessoas acumulam a funo ordinria e a funo no
projeto.
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3.3.9.1. Caractersticas
As unidades de trabalho so os projetos, enquanto os rgos permanentes (funcionais)
atuam como prestadores de servios, cedendo pessoas e outros recursos;
Apresenta dupla ou mltipla subordinao (gerente funcional e gerente do projeto);
A organizao de cada projeto temporria e, aps sua concluso, as pessoas so
alocadas em novos projetos.
3.3.9.2. Vantagens
3.3.9.3. Desvantagens
Conflito linha/projeto;
Duplicidade de autoridade e comando.
H outros tipos menos difundidos de departamentalizao (por quantidade, por turno, etc.),
que acabam sendo cpias conceituais dos apresentados aqui e, por isso, no foram detalhados.
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4. Direo
Seguindo o fluxo do Processo Organizacional, logo aps a Organizao tem-se a Direo.
As pessoas precisam ser aplicadas nos cargos e funes, coordenadas para atingir um propsito
comum, treinadas, lideradas e motivadas.
Dirigir lidar com conceitos voltados Gesto de Pessoas: liderana, comunicao, autoridade,
delegao, incentivo, motivao, satisfao, participao etc.
Enquanto as outras funes administrativas planejamento, organizao e controle so
impessoais, a direo utiliza o relacionamento interpessoal do administrador com seus
subordinados para realizar os objetivos da instituio.
A Direo aplicada em todos os nveis hierrquicos e tambm segue o princpio escalar:
diretores dirigem gerentes, gerentes dirigem supervisores e supervisores dirigem funcionrios
etc.
Todos os gestores da organizao devem ser, em certo sentido, gestores de pessoas.
Os trs nveis de direo so:
Nveis de
organizao
Nveis de direo
Cargos Envolvidos
e
Abrangncia
Institucional
Direo
Diretores
executivos
altos
A empresa ou reas da
empresa
Intermedirio
Gerncia
Gerentes e pessoal no
meio do campo
Cada departamento ou
unidade da empresa
Operacional
Supervisores
Supervisores
encarregados
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4.2.3. Participantes
Participantes so todos aqueles que recebem incentivos da organizao e que trazem
contribuies para sua existncia.
Nem todos os participantes atuam dentro da organizao, mas todos eles mantm uma relao
de reciprocidade com ela.
Existem cinco classes de participantes: empregados, investidores, fornecedores, distribuidores
e consumidores.
4.3. Liderana
Capacidade de influenciar o comportamento de outra pessoa atravs da adeso da mesma a
um princpio, a uma meta ou a uma determinada misso. Envolve habilidades e capacidades
interpessoais, inerentes s relaes humanas.
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4.3.1.4. Habilidades
Robert L. Katz dividiu as habilidades gerenciais em trs categorias:
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4.3.2. Teorias
4.3.2.1. Teoria dos traos de personalidade
O lder aquele que apresenta caractersticas marcantes de personalidade, que o distinguem
das demais pessoas. Certos indivduos possuem uma combinao especial de traos de
personalidade que podem ser definidos e utilizados para identificar futuros lderes potenciais,
bem como avaliar a eficcia da liderana.
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Likert
Rensis Likert analisou quatro fatores da administrao (processo de deciso, comunicaes,
relacionamento interpessoal e sistemas de recompensas e punies) e, com base nos
resultados, definiu uma escala com quatro estilos de liderana:
1. Autoritrio coercitivo: Tpico da chefia tradicional hierrquica, centralizadora, autocrtica
baseada na punio e no medo.
2. Autoritrio benevolente: Tambm tpico da chefia tradicional, ainda centralizador de
decises, porm com certas recompensas materiais.
3. Consultivo: Um pouco menos autocrtico. Algumas decises so delegadas e outras
ocorrem no topo, mas h consulta aos funcionrios comunicao vertical descendente e
ascendente.
4. Participativo: o mais democrtico. H delegao das decises s equipes e incentivo ao
trabalho e relacionamento em grupo. A comunicao flui vertical e horizontalmente.
Transacional e transformacional
O lder Transacional guia ou motiva seus seguidores na direo de metas estabelecidas,
esclarecendo o papel e os requisitos da tarefa e fornecendo recompensas positivas ou negativas
de acordo com o sucesso do desempenho. Seu comprometimento dito de curto prazo e
h prevalncia de caractersticas do esteretipo masculino: competitividade, autoridade
hierrquica, alto controle do lder, resoluo analtica de problemas, determinao de objetivos
e processos racionais de troca.
O lder Transformacional age influenciando, inspirando, estimulando e considerando
individualmente as pessoas. um agente da mudana, utiliza tcnicas de empowerment,
incita e transforma as atitudes, crenas e motivos dos seguidores, tornando-os conscientes
das suas necessidades e das estratgias organizacionais. O comprometimento de longo
prazo e as caractersticas femininas predominam: cooperao, colaborao, baixo controle e
solues baseadas em intuio e racionalidade, nfase no desenvolvimento de seguidores,
empowerment e criao de ligaes emocionais.
Estudos da Universidade de Ohio
Dimenses indicadoras do comportamento de Liderana:
Estrutura de Iniciao: Se refere extenso em que um lder capaz de definir e estruturar o
seu prprio papel e o dos funcionrios na busca do alcance dos objetivos.
Considerao: Descrita como a extenso em que um lder capaz de manter relacionamentos
de trabalho caracterizados por confiana mtua, respeito s ideias dos funcionrios e cuidado
com os sentimentos deles.
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Tannenbaum e Schmidt
Este modelo ilustra as gradaes que a
liderana pode seguir, de acordo com o grau
de centralizao ou descentralizao de poder
decisrio nas mos do lder.
Viso Bidimensional
A liderana orientada para a tarefa (trabalho)
e a liderana orientada para as pessoas, a
princpio, foram consideradas estilos em oposio,
mutuamente excludentes. Porm, com o
desenvolvimento das pesquisas sobre a liderana,
verificou-se que a tarefa e as pessoas no so
polos opostos da mesma dimenso, mas limites do
mesmo territrio.
Essa viso bidimensional da liderana explica
como o lder pode combinar os dois estilos em seu
comportamento, ou enfatiz-los simultaneamente,
podendo ser eficaz ou ineficaz tanto na dimenso da tarefa quanto na dimenso das pessoas.
Blake e Mouton desenvolveram a ideia da grade gerencial (managerial grid) de acordo com
esse modelo explicativo de liderana. A grade gerencial pressupe que o administrador est
sempre voltado para dois assuntos: tarefa (a produo, os resultados dos esforos) e pessoas
(colegas e/ou subordinados).
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Se a pontuao for alta (focada nos termos favorveis) ento a pessoa orientada para
relacionamento. Se a pontuao for baixa (predominncia de termos desfavorveis), ento
a pessoa orientada para a tarefa.
Esta etapa est baseada na suposio do autor de que o estilo de liderana de cada pessoa
nico.
2. Denindo a situao: De acordo com o autor, trs fatores situacionais chave determinam a
eccia da liderana:
a) Relaes lder-liderado: O grau de segurana, conana e respeito que os subordinados
tm por seu lder;
b) Estrutura da tarefa: O grau de procedimentos que as misses de trabalho tm (isto ,
estruturadas ou desestruturadas); e
c) Poder da posio: O grau de inuncia que o lder tem sobre as variveis de poder como
contrataes, demisses, atos disciplinadores, promoes e aumentos de salrio.
Cada uma destas variveis recebe uma avaliao (boa/m, alto/baixo e forte/fraco
respectivamente), gerando 8 combinaes.
3. Combinando os lideres com a situao: Nesta etapa combinam-se os estilos de liderana
(etapa 1) com a situao em que o lder se encontra (etapa 2). Pesquisas realizadas
identicaram os lderes orientados para a tarefa como tendo um melhor desempenho em
situaes muito favorveis ou muito desfavorveis. Lderes orientados para relacionamentos
se saam melhor em situaes moderadamente favorveis.
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4.4. Motivao
O comportamento humano determinado por foras que, algumas vezes, escapam ao prprio
entendimento e controle do homem. Essas foras conscientes ou inconscientes que levam o
indivduo a um determinado comportamento so chamadas causas ou motivos.
A motivao a energia ou fora que movimenta o comportamento e que tem trs propriedades:
1. Direo: O objetivo do comportamento motivado ou a direo para a qual a motivao leva
o comportamento.
2. Intensidade: Magnitude da motivao.
3. Permanncia: Durao da motivao.
A motivao especfica: No h um estado geral de motivao que leve uma pessoa a sempre
ter disposio para tudo. No campo da Administrao, uma pessoa motivada aquela que
demonstra alto grau de disposio para realizar uma tarefa.
Existem dois grupos de teorias sobre motivao: de processo e de contedo.
4.4.1.1. Behaviorismo
Afirma que o reforo condiciona o comportamento, ou seja, que os indivduos podem ser
moldados a se comportarem de certa maneira em decorrncia de estmulos aplicados a eles.
Estmulos positivos tenderiam a reforar o comportamento (exemplo: pagar um bnus aos
que atingem metas), enquanto estmulos negativos buscariam anular um comportamento
(exemplo: retirada de benefcios por atrasos frequentes).
As estratgias, de acordo com a teoria, seriam quatro: reforo positivo, reforo negativo,
punio e extino.
Reforo Positivo: Dar recompensa quando um comportamento desejado ocorre;
Reforo Negativo: Retirar consequncia negativa quando um comportamento desejado
ocorre;
Punio: Aplicao de medida negativa quando um comportamento indesejado ocorre;
Extino: Retirada de recompensas positivas quando um comportamento indesejado
ocorre.
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O indivduo primeiro analisa se a meta que a empresa estipulou possvel de ser atingida com
seus prprios esforos. Caso a meta seja inalcanvel, ou no dependa do seu trabalho, no
ir gerar motivao. Aps, ele analisa se a recompensa desejvel, pois pode ser que no seja
atrativo para todas as pessoas da mesma forma.
3 relaes:
Esforo x Desempenho;
Desempenho x Recompensa;
Recompensa x Metas pessoais.
4.4.2.1.Teoria X e Y McGregor
Douglas McGregor ps em evidncia a filosofia do gestor sobre a natureza humana e a sua
relao com a motivao dos subordinados.
Os gestores tendem a desenvolver um conjunto de crenas ou ideias sobre os empregados, as
quais podem ser divididas em dois grupos, com vises antagnicas a Teoria X e a Teoria Y.
De acordo com os pressupostos da Teoria X, as pessoas: so preguiosas e indolentes; evitam o
trabalho; evitam a responsabilidade para se sentirem mais seguras; precisam ser controladas e
dirigidas; so ingnuas e sem iniciativa.
Se o gestor tem esta viso negativa das pessoas, ele tende a ser mais controlador e repressor, a
tratar os subordinados de modo mais rgido, a ser autocrtico, a no delegar responsabilidades.
Nas pressuposies da Teoria Y, o trabalho uma atividade to natural como brincar ou
descansar, portanto, as pessoas: so esforadas e gostam de ter o que fazer; procuram e
aceitam responsabilidades e desafios; podem ser automotivadas e autodirigidas; so criativas
e competentes.
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Como o gestor acredita no potencial dos funcionrios, ele incentiva a participao, delega
poderes e cria um ambiente mais democrtico e empreendedor.
Autorrealizao
Sociais
Segurana
Necessidades
Estima
Fisiolgicas
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O trabalho de enriquecimento de cargo deve ser uma preocupao contnua dos gerentes para
que possam manter um nvel de motivao elevado.
Ateria dos Dois Fatores aborda os conceitos de motivao e satisfao a partir de dois grupos
de fatores:
Fatores higinicos Extrnsecos
Esto relacionados com as necessidades bsicas do indivduo no ambiente de trabalho. A
presena de tais fatores no traz satisfao, porm, sua ausncia gera grande insatisfao.
Exemplos: Polticas organizacionais; relacionamento supervisor/subordinado e estilo de
liderana; condies fsicas e segurana no trabalho; salrio e benefcios; relacionamento com
os colegas, status; comunicao.
As empresas visam atender a essa necessidade oferecendo adequadas condies de trabalho,
remunerao correta e equilibrada, padro claro e estvel de superviso e organizao, clareza
de informao e comunicao, etc.
Fatores motivacionais Intrnsecos
So os aspectos psicolgicos de reconhecimento, autoestima, autorrealizao, entre outros.
Quando presentes, tais fatores geram satisfao, porm, sua ausncia no gera insatisfao.
Exemplos: Realizao pessoal e profissional; reconhecimento; responsabilidade;
desenvolvimento profissional; contedo do cargo; autonomia; criatividade e inovao do
trabalho.
A concluso do estudo de Herzberg mostra que os fatores que geram a satisfao e a insatisfao
possuem origens distintas.
Fatores higinicos extrnsecos no geram satisfao. Eles apenas geram insatisfao
quando ausentes, ou impedem a insatisfao quando presentes.
Fatores motivacionais intrnsecos no geram insatisfao. Eles geram satisfao quando
presentes, e impedem a satisfao quando ausentes.
Dessa forma, devem ser oferecidos nveis apropriados de fatores higinicos para que no haja
insatisfao, ao mesmo tempo em que devem ser oferecidos fatores motivacionais para que
haja satisfao.
Presena de
Fatores
Motivacionais
Ausncia de
Fatores
Motivacionais
NO
SATISFAO
SATISFAO
INSATISFAO
NO
INSATISFAO
Presena de
Fatores
Higinicos
Ausncia de
Fatores
Higinicos
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2. Processual: Procura reduzir conflitos por meio da modificao do processo, isto , de uma
interveno no episdio do conflito. Ela pode ser utilizada por uma das partes em conflito,
por pessoas de fora ou ainda por uma terceira parte (como um consultor, um administrador
neutro ou um diretor da organizao). Pode ser realizada de trs maneiras diferentes:
Desativao do conflito (reao cooperativa de uma das partes);
Reunio de confrontao;
Colaborao (ganha-ganha).
3. Mista: a administrao do conflito tanto nos aspectos estruturais quanto nos de processo
e inclui intervenes sobre a situao estrutural e sobre o episdio conflitivo. Permite duas
maneiras diferentes de interferncia:
Estabelecimento de regras para resoluo do conflito;
Criao de papis integradores (de ligao).
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Geralmente so utilizadas avaliaes 360, mas tambm podem ser usados demais
os instrumentos vistos no captulo de Gesto de Desempenho. A partir desse
instrumento, possvel verificar se o perfil das pessoas da organizao se ajusta ao que foi
determinado; de que forma e em que locais as pessoas podem ser mais bem aproveitadas; e
quais as competncias tcnicas e comportamentais que precisam ser melhoradas.
5. Avaliao
As organizaes avaliam o desempenho de seus funcionrios para:
Melhorar sua autopercepo e a percepo do entorno social;
Fornecer feedback, permitindo melhorias no comportamento, nas atitudes, habilidades
ou conhecimentos;
Fundamentar recompensas, promoes, transferncias, demisses.
Em suma, a avaliao de desempenho busca diagnosticar e analisar o desempenho individual e
grupal dos funcionrios, com o objetivo final de melhorar desempenho das prprias pessoas e
da organizao.
um processo de reduo da incerteza do colaborador (por meio do feedback sobre seu
desempenho) e de consonncia (troca de ideias e concordncia com a viso de outras pessoas).
Dar e receber feedback (retorno, realimentao) constitui uma das habilidades interpessoais
imprescindveis ao funcionamento produtivo de um grupo humano em qualquer contexto.
O feedback uma caracterstica marcante do processo de avaliao de desempenho, pois
informa de forma objetiva e frequente sobre o desempenho de uma pessoa. Tanto o feedback
positivo elogios como o negativo crticas devem ser exercitados, para fazer com que
as pessoas entendam como esto em relao ao seu trabalho ou ao seu comportamento,
permitindo, assim, que reflitam sobre sua atuao e adotem aes de melhoria.
O resultado gera vantagens para o prprio avaliado que pode melhorar seu desempenho
no trabalho e para a organizao que usa as informaes como subsdio para outros
subsistemas da Gesto de Pessoas: salrio, bonificaes, promoes, punies, necessidades
de capacitao, planejamento da carreira etc.
A avaliao tambm um excelente meio para se localizar problemas de superviso,
gerncia, integrao, adequao aos cargos, estrutura etc. Para isso, deve atender s
seguintes linhas bsicas:
1. Abarcar tanto o desempenho dentro do cargo, quanto o alcance de metas e objetivos;
2. Analisar objetivamente o desempenho (e no subjetivamente os hbitos pessoais);
3. Ser aceita por ambas as partes (avaliador e avaliado), demonstrado seus benefcios mtuos;
4. Ser utilizada para melhorar a produtividade do indivduo dentro da organizao.
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5.3. Punies
A avaliao de desempenho pode servir, em casos extremos, para aplicar sanes disciplinares
aos funcionrios.
notrio que algumas pessoas, em determinados momentos, apresentam problemas e
necessitam de ajuda para resolv-los.
O termo disciplina refere-se atuao de acordo com as regras de um comportamento aceitvel
pela organizao. Todavia, nem todos se adaptam e, em certo momento, ser necessria uma
ao disciplinar punio.
A disciplina leva em conta vrios fatores, como: gravidade do problema, durao do problema,
frequncia e natureza do problema, fatores condicionantes (que levaram a tal situao), grau
de socializao (grau de formalizao e divulgao das regras), histrico das aes disciplinares
na organizao (busca por equidade) e o apoio gerencial s aes.
As aes de disciplina devem seguir os seguintes procedimentos:
1. Comunicao das regras e critrios de desempenho;
2. Documentao dos fatos;
3. Resposta consistente a violaes das regras.
H trs princpios que guiam as aes disciplinares:
1. A ao corretiva prefervel ao punitiva.
2. A ao disciplinar deve ser progressiva: Depende da gravidade do fato, mas, de forma geral,
segue a sequncia advertncia verbal, advertncia escrita, suspenso e demisso.
3. Deve ser imediata, consistente, impessoal e informativa.
A disciplina deve, tambm, ser positiva. H alguns casos em que a punio, em vez de melhorar
o comportamento, gera ressentimento. Nesses, a punio pode ser substituda por sesses de
aconselhamento entre empregado e supervisor.
6. Comunicao
Comunicao , de uma forma sucinta, a troca de informaes.
um processo interpessoal de envio e recebimento de smbolos com mensagens atreladas a
eles. a transmisso de uma mensagem de uma pessoa para outra, sendo considerado um
processo de mo-dupla, pois no depende exclusivamente da pessoa que envia, mas tambm
da pessoa que recebe. Assim, requer a ida (o envio da mensagem) e a volta (o retorno do
recebedor, confirmando o entendimento).
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Comunicar, portanto, significa tornar comum uma mensagem e representa um dos processos
fundamentais nas organizaes, afinal, falhas na comunicao (tanto interna quanto externa)
podem levar uma organizao ao fracasso.
Essa troca de informaes pode se dar de maneira direta (utilizando a conversao e o reforo
por elementos no verbais como gestos, sinais, smbolos), ou ento a distncia, por meio da
escrita, de impressos, do telefone, da internet etc.
As quatro funes bsicas da comunicao so: controle, motivao, expresso emocional e
informao.
Encontra-se na bibliografia quatro diferentes nveis de anlise dos problemas da comunicao:
o intrapessoal, o interpessoal, o organizacional e o tecnolgico.
Intrapessoal: A preocupao maior o estudo do que se passa dentro do indivduo
enquanto este adquire, processa e consome informaes. Requer um conhecimento
maior sobre a sua formao profissional, social e cultural.
Interpessoal: Analisa a comunicao entre os indivduos, como as pessoas se afetam
mutuamente e, assim, se regulam e se controlam uns aos outros.
Organizacional: Trata das redes e dos fluxos que ligam os membros da organizao
entre si e com o meio ambiente. Analisado a comunicao entre cliente interno e
externo, assim como a comunicao utilizada para fornecedores, clientes etc.
Tecnolgico: Verifica utilizao dos equipamentos mecnicos e eletrnicos para
produzir, armazenar, processar, traduzir e distribuir informaes.
Em uma organizao, existem canais de comunicao formais e informais.
Os canais informais so as livres expresses e manifestaes dos trabalhadores, aquilo que no
controlado pela administrao (exemplo: conversas paralelas, troca de e-mails pessoais etc.).
Os canais formais so os instrumentos oficiais pelos quais passam as informaes com o intuito
de assegurar o funcionamento eficiente da empresa (normas, relatrios, instrues, manuais,
ofcios, intranet, etc.). Os subordinados devem receber continuamente dos superiores um fluxo
de comunicaes capaz de suprir-lhes as necessidades. Da mesma forma, os superiores devem
receber um feedback (retorno) do que est acontecendo.
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6.9. Metforas
Putnam, Phillips e Chapman criaram sete linhas de metforas, representando os diferentes
ramos de pesquisa da comunicao organizacional: condute (canal), lente, linkage (ligao),
perfomance (realizao), smbolo, voz e discurso.
Metfora do condute: Refere-se ao encaminhamento da comunicao, trata da comunicao
como transmisso e as organizaes como contineres ou canais da informao.
Metfora da lente: Admite que as organizaes filtram a comunicao, como os olhos
selecionam ou mesmo distorcem as informaes do ambiente.
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Metfora do linkage: Trata da comunicao como agente conector que transforma a organizao
em um sistema de indivduos interconectados, uma rede.
Metfora da performance: Trata a comunicao como interao social, um conjunto de aes
coordenadas.
Metfora do smbolo: Trata da comunicao como interpretao emergente da cultura
organizacional. Assim como numa narrativa, a organizao surge como uma histria produzida
pelos seus colaboradores, utilizando os smbolos para persuadir os pblicos.
Metfora da voz: Trata a comunicao como expresso e a organizao como um coro de vozes
abafadas. Trabalha com as vozes distorcidas, de dominao, de diferentes perspectivas e com a
supresso de conflitos.
Metfora do discurso: Trata a comunicao como conversao.
7. Controle
O controle acompanha todas as etapas do processo administrativo. Ele garante que aquilo que
foi planejado, organizado e dirigido seja bem executado e que os objetivos estabelecidos sejam
alcanados da melhor maneira possvel.
A essncia do controle verificar se a execuo est em conformidade com o planejado. A
comparao do desempenho real com o que foi planejado no busca apenas localizar as
variaes, erros ou desvios, mas tambm localizar dificuldades e pontos passveis de melhoria
ao longo do processo. Dessa forma, o controle permite a chamada melhoria contnua para
que as operaes futuras possam alcanar melhores resultados.
Para ser eficaz, o controle deve: focar as atividades adequadas; proporcionar confiabilidade,
boa comunicao e participao; ser realizado no tempo certo e dentro de um custo aceitvel;
indicar desvios rapidamente para que se possa fazer as correes adequadas (instantaneidade);
enfatizar o desenvolvimento, a mudana e a melhoria.
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Contedo
Extenso do tempo
Amplitude
Estratgico
Genrico, sinttico e
abrangente
Longo Prazo
Macro-orientado.
Aborda a empresa
como uma totalidade
Ttico
Mdio prazo
Aborda
cada
unidade da empresa
separadamente
Operacional
Detalhado, especfico e
analtico
Curto prazo
Micro-orientado.
Aborda cada tarefa ou
operao apenas
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Tipos de padro:
Quantidade: Nmero de empregados, volume de produo, total de vendas, ndices de
acidentes, absentesmo.
Qualidade: Satisfao do cliente, assistncia tcnica, ndice de manuteno de
mquinas.
Custo: Custo de estocagem, de processamento do pedido, de produo.
Tempo: Tempo de fabricao, de reposio do estoque, permanncia mdia do
emprego, validade mdia.
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Dimenses do Resultado:
Indicadores de Eficincia: Determinam o quanto a organizao utiliza de seus recursos
para atingir seus objetivos. Trata-se de uma relao entre resultados obtidos (outputs)
e os recursos consumidos (inputs).
Indicadores de Eficcia: a quantidade e a qualidade dos produtos e servios
entregues. Revelam o grau de alcance do resultado esperado. So calculados a partir
de uma razo do tipo resultado obtido dividido por resultado esperado.
Indicadores de Efetividade: Diz respeito, sobretudo, aos impactos (outcomes) do
produto/servio sobre o nvel de bem-estar de uma comunidade. Esto vinculados ao
grau de satisfao e ao valor agregado.
Dimenses do Esforo:
Indicadores de Economicidade: Mostram o custo econmico dos resultados obtidos. O
custo econmico significa a soma da expresso monetria de todos os custos envolvidos
na prestao dos servios (recursos humanos, materiais, tecnolgicos, logsticos, etc.).
Esto alinhados ao conceito de obteno e uso de recursos com o menor nus possvel.
Indicadores de Execuo: Referemse realizao dos processos, projetos e planos de
ao conforme estabelecidos.
Indicadores de Excelncia: a conformidade a critrios e padres de qualidade/
excelncia para a realizao dos processos, atividades e projetos na busca da melhor
execuo e economicidade; sendo um elemento transversal. Indicadores e padres
de excelncia podem ser encontrados no Modelo de Excelncia em Gesto Pblica
(MEGP).
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Questes
8.1. Tcnico
organizao funcional.
controle ad hoc.
coordenao dos recursos.
funo distributiva.
planejamento governamental.
a) possibilitar
o
acompanhamento
da gesto estratgia por meio de
indicadores de desempenho.
b) estabelecer a relao de causa e efeito
entre as aes e resultados.
c) assegurar os recursos oramentrios
necessrios para a execuo da
estratgia.
d) assegurar que a gesto estratgica
ocorra em um determinado perodo de
tempo.
e) constatar os motivos e causas de
problemas.
4. (FCC 2011 TRT 24 REGIO (MS)
Tcnico Judicirio rea Administrativa)
Sobre o Planejamento Estratgico, analise:
I o mesmo que planejamento, mas
com nfase no aspecto de longo prazo dos
objetivos.
II o mesmo que planejamento, porm
com nfase no aspecto de curto prazo dos
objetivos.
III o mesmo que planejamento, mas com
nfase na anlise global do cenrio.
Est correto o que consta APENAS em
a)
b)
c)
d)
e)
III.
II.
I e III.
I e II.
II e III.
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setorial.
operacional.
estratgico.
departamental.
ttico.
II.
I e III.
III.
I e II.
II e III.
94
a)
b)
c)
d)
e)
diagnsticos estratgicos.
objetivos estratgicos.
fatores crticos de sucesso.
princpios estratgicos.
objetivos institucionais.
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b)
c)
d)
e)
c) estratgico.
d) financeiro.
e) econmico.
13. (FCC 2012 TRF 5 REGIO Tcnico)
O aprimoramento de questes que dizem
respeito vida da prpria empresa,
sua composio, sua estrutura, seu
desenvolvimento, seus pontos fracos e
fortes, seu presente e futuro parte do
desenvolvimento gerencial e dos talentos
da organizao. Nesse particular, bastante
utilizada, tanto para conhecer e trocar
experincias com o mercado, quanto para
avaliar as prprias polticas internas da
empresa, uma tcnica denominada
a)
b)
c)
d)
e)
empowerment.
trabalho em equipe.
qualidade total.
estrutura matricial.
benchmarking.
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de
de diretriz operacional.
de desempenho.
do Ciclo PDCA.
da Matriz RACI.
de rastreabilidade.
prvio.
simultneo.
intermedirio.
feedback.
monitoria.
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comunicao.
pensamento crtico.
controle.
avaliao de desempenho.
planejamento.
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Persuadir.
Compartilhar.
Delegar.
Interagir.
Determinar.
fisiolgicas.
sociais.
segurana.
estima.
autorrealizao.
98
a)
b)
c)
d)
e)
auto-realizao.
estima e prestgio.
sociais.
segurana.
fisiolgicas e de sobrevivncia.
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b)
c)
d)
e)
legtimo.
do saber.
circunstancial.
referente.
situacional.
autocrtico.
laissez-faire.
demagogo.
democrtico.
a) I, IV e V.
b) II, III e IV.
c) I e V.
d) II, IV e V.
e) I, III, IV e V.
a)
b)
c)
d)
e)
ACDP.
PCAD.
PDCA.
DAPC.
PADC.
8.2. Analista
1. (FCC 2012 TCE-AP Analista) Em relao
aos processos organizacionais, considere:
I A funo de planejamento numa
organizao guarda uma relao direta com
a funo de controle, enquanto a funo de
direo tem relao direta com a funo de
organizao do trabalho.
II As habilidades tcnicas so mais
relevantes entre supervisores de 1a linha,
as habilidades conceituais maiores na
administrao superior e as habilidades
humanas, mais requeridas no nvel da
gerncia intermediria.
III A organizao matricial prev
maior flexibilizao dos limites entre
departamentos, possibilitando que os
funcionrios reportem-se a diferentes
gestores.
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realizado
pelos
executivos (gerentes), traduz e
interpreta as decises da direo e
as transforma em planos concretos
dentro dos departamentos da empresa.
Geralmente tem um mdio alcance de
tempo.
6. (FCC 2009 PGE-RJ Tcnico Superior
Administrador) Trs gestores, cumprindo
o planejamento estratgico de sua
organizao, implantaram o mesmo projeto
em trs localidades diferentes. O primeiro
realizou o planejado no tempo estipulado;
o segundo, tambm cumpriu seu objetivo,
mas o fez a um custo 30% menor que o
primeiro. Finalmente, o terceiro consumiu
os recursos previstos, mas alcanou um
resultado superior ao do plano. Nesse caso,
a) apenas o primeiro foi eficaz, pois
cumpriu estritamente o que foi
solicitado no planejamento do projeto.
b) todos foram igualmente eficazes e
eficientes, pois cumpriram a meta
estabelecida no planejamento da
organizao.
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101
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c) ser
um
desdobramento
do
planejamento operacional setorial da
organizao.
d) evitar as incertezas ambientais por
meio de estratgias detalhadas de
aes tticas.
e) centralizar o planejamento nos nveis
gerenciais, evitando a descentralizao
de aes.
12. (FCC 2012 TRF 2 Analista) Planejamento
o processo de determinar os objetivos
organizacionais, como atingi-los e
hierarquizado a partir das perspectivas:
a) marketing, tecnologia, produo e
mercado.
b) misso, valores e viso.
c) financeira, do cliente, interna e de
aprendizado e crescimento das pessoas.
d) estratgicas, tticas e operacionais.
e) da eficincia, eficcia, efetividade e
economicidade.
13. (FCC 2013 TRT 9 REGIO (PR)
Analista Judicirio rea Administrativa) O
Planejamento Estratgico tem como foco
central
a) alcanar o potencial mximo da
organizao atravs do fortalecimento
da capacidade de prever ocorrncias
futuras com impacto estratgico nas
metas de longo prazo.
b) realizar metas organizacionais de
longo alcance, atravs da priorizao
de enfrentamento das incertezas
ambientais internas.
c) capacitar os nveis diretivos superiores
para enfrentar as incertezas ambientais
externas.
d) reduzir as incertezas em ambientes
competitivos para alcanar resultados
precisos no curto prazo.
e) fortalecer a sinergia entre as
capacidades efetivas da organizao
visando alcanar seu pleno potencial
de ao num ambiente de incerteza
sistmica.
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a retroinformao.
o feedback.
a redundncia.
o reforo dos fluxos descendentes.
a criao de redes informais de
comunicao.
a)
b)
c)
d)
e)
codificao.
feedback positivo.
decodificao.
tautologia.
resposta.
do condute.
do discurso.
da lente.
da performance.
dos smbolos.
organizar.
coordenar.
prospectar estrategicamente.
controlar.
motivar.
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enfoque e diversificao.
diferenciao e diversificao.
diferenciao e enfoque
diferenciao e desenvolvimento de
mercado.
e) enfoque e desenvolvimento de produto.
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parceria.
internacionalizao.
inovao.
diversificao.
concentrao.
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b)
c)
d)
e)
do design.
ambiental.
empreendedora.
do posicionamento.
a) cognitiva.
Gabarito:Tcnico1. E2. D3. A4. C5. E6. B7. D8. C9. B10. D11. C12. C13. E14. E15. B
16. D17. A18. D19. B20. D21. C22. A23. D24. C25. A26. E27. B28. A29. B30. C31. E
32. E33. E34. A35. C Analista:1. C2. B3. C4. A5. B6. E7. D8. C9. C10. E11. B12. D13.
E14. B15. C16. C17. C18. D19. E20. E21. C22. A23. E24. E
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9. Gesto de Processos
9.1. Processos
O conceito mais intuitivo de processo de trabalho o de transformao. Este conceito remete
a trs elementos:
1. O que ser transformado input a entrada do processo, proveniente de um fornecedor;
2. A transformao a prpria realizao do processo;
3. O resultado da transformao output sada ou produto do processo, que destinado a
um cliente.
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Como exemplos de requisitos de processos, ou itens a serem cumpridos pelos processos, citamse prazos de entrega, tempo de garantia, especificaes tcnicas do produto ou servio, tempo
de atendimento, qualificao de pessoal e condies de pagamento.
Alm dos requisitos de natureza tcnica, cada vez maior a exigncia de requisitos relacionados
a aspectos ambientais e sociais, tais como: preservao do meio ambiente, descarte adequado
de produtos no perecveis (como vidro, plstico, borrachas), exigncia de uma conduo tica
dos negcios etc.
9.2.1.1. No Conformidades
No monitoramento dos processos, bem como no controle do atendimento das necessidades
das partes interessadas, podem ser identificadas no conformidades.
No conformidades podem ser traduzidas como o no atendimento a um requisito.
Os produtos e servios da organizao so projetados para atender aos requisitos traduzidos
das necessidades dos clientes e demais partes interessadas. Quando o produto ou servio deixa
de atender a uma ou algumas das necessidades destas partes interessadas, configura-se uma
no conformidade.
necessrio trat-la adequadamente, para prevenir a sua reincidncia, conhecendo-se e
eliminando-se suas causas. A causa o fator que efetivamente provocou o desvio em relao
a uma condio planejada e que, consequentemente, impediu o cumprimento dos requisitos
e o atendimento das necessidades das partes interessadas. O efeito o que se v da no
conformidade, o resultado diferente do esperado ou necessrio
Crescimento desordenado;
Excesso de burocracia e de nveis hierrquicos;
Estrutura organizacional de alto custo e de baixa capacidade de realizao;
Unidades administrativas no integradas;
Fuso / ciso / criao de rgos;
Baixa produtividade em funo de processos no documentados, no entendidos da
mesma forma por todos os envolvidos, no controlados, no alinhados s necessidades
dos clientes.
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A estrutura horizontal dos processos prope uma abordagem que fuja da organizao
funcional (tradicional). Os departamentos so scios, no concorrentes, por isso a gesto deve
ser orientada para identificar, desenhar (modelar), executar, documentar, medir, monitorar,
controlar e melhorar processos de negcio.
O Programa Nacional de Gesto Pblica e Desburocratizao (GesPblica) ensina que a gesto
de processos permite identificar o conjunto de atividades capaz de:
1. Gerar maior valor ao usurio/cliente que recebe um produto ou servio;
2. Integrar e orientar para resultados as vrias unidades organizacionais;
3. Auferir recursos e desenvolver competncias para a consecuo dessas finalidades.
A percepo da viso do cliente extremamente importante, pois o cliente no enxerga uma
atividade do processo, e sim o produto ou servio gerado pelo processo, que aquilo que
atende efetivamente sua necessidade.
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9.2.1. Vantagens
A bibliografia revela que a gesto de processos proporciona as seguintes vantagens, dentre
outras:
Alinhar estrategicamente a organizao, compatibilizando os processos com a misso,
a viso e a estratgia;
Evidenciar as reais necessidades de alocao de recursos;
Priorizar atividades pertinentes e ajustar a fora de trabalho;
Identificar e corrigir processos: que no agregam valor, mais complexos do que
poderiam ser, com altos custos, redundantes, demorados etc.
Melhorar os fluxos de trabalho com foco na eficincia, no cliente e na qualidade dos
produtos/servios;
Integrar e orientar as vrias unidades, facilitando o entendimento sobre os
procedimentos para alcanar os resultados viso sistmica;
Evitar a descontinuidade nos casos de substituies de executores/gestores;
Avaliar o desempenho dos processos com o uso de indicadores, ou seja, verificar se
esto atingindo os objetivos a que se propem;
Obrigar a organizao a prestar contas pelo desempenho dos seus processos;
Gerar maior rapidez nas solues e busca constante por melhoria.
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9.2.3. Indicadores
Sistema de Medio de Desempenho a denominao que se d atividade sistemtica
e contnua de medir e avaliar a eficincia, a eficcia, a economicidade e a efetividade dos
processos e subprocessos, por meio da aplicao de indicadores previamente formulados
(definidos e escritos com o uso da linguagem matemtica).
Para a formulao dos indicadores, devero ser considerados os pontos de controle delineados,
conforme a anlise do ciclo PDCA na Modelagem do Processo.
O Guia Referencial para Medio de Desempenho na Administrao Pblica (do GesPblica) fala
sobre os 6 Es, que so 6 classes de indicadores: Eficincia, Eficcia, Efetividade, Economicidade,
Execuo e Excelncia.
9.2.4. Ciclo de Gerenciamento de Processos
A prtica de gerenciamento de processos pode ser caracterizada como um ciclo de vida
contnuo de atividades integradas.
Existem diversas metodologias para definir e gerenciar este ciclo, sendo a mais conhecida a
do Ciclo de Vida de BPM (Business Process Management), da Associao de Profissionais de
Gerenciamento de Processos de Negcio (ABPMP).
A ABPMP produz um guia sobre gerenciamento de processos que referncia mundial,
contendo uma viso abrangente das questes, melhores prticas e lies aprendidas. o
chamado Guia para o Corpo Comum de Conhecimentos sobre BPM CBOK.
De acordo com o Guia, o BPM possui um ciclo composto por seis fases:
1. Planejamento e Estratgia;
2. Anlise e Processos de Negcio;
3. Desenho e Modelagem de Processos de Negcio;
4. Implementao de Processos;
5. Monitoramento e Controle de Processos;
6. Refinamento de Processos.
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9.2.4.2. Anlise
Tem por objetivo entender os atuais processos organizacionais no contexto das metas e
objetivos desejados. Ela congrega informaes oriundas de planos estratgicos, modelos de
processo, medies de desempenho, mudanas no ambiente externo e outros fatores, a fim de
compreender os processos no escopo da organizao como um todo.
Durante essa etapa so vistos pontos como: objetivos da modelagem de negcio, ambiente
do negcio que ser modelado, principais stakeholders e escopo da modelagem (processos
relacionados com o objetivo geral).
A anlise de processos incorpora vrias tcnicas e metodologias, de forma a facilitar as
atividades dos envolvidos com a identificao do contexto e diagnstico da situao atual do
negcio. Dentre as possveis tcnicas: brainstorming, grupo focal, entrevista, cenrios, survey/
questionrio, mtodos de anlise da causa raiz (Diagrama Causa Efeito e 5 Porqus) e 5W1H.
Parte dessas tcnicas ser empregada pelo analista de negcios para entender e documentar
um processo ou reelaborar sua verso.
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9.2.4.4. Implementao
Tem por objetivo realizar o desenho aprovado do processo de negcio na forma de
procedimentos e fluxos de trabalho documentados, testados e operacionais; prevendo tambm
a elaborao e execuo de polticas e procedimentos novos ou revisados.
9.2.4.6. Refinamento
Refinamento ou transformao responsvel pela transformao dos processos,
implementando o resultado da anlise de desempenho. Ela trata de desafios associados
gesto de mudanas na organizao, melhoria contnua e otimizao de processos.
Alternativamente, chamado de encenao, revendo o modelo de processo e implantando
na prtica as mudanas propostas aps o estudo de variados cenrios.
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a melhoria dos processos de negcio tomando por base seis fases, cada uma composta por
diversas aes:
1. Iniciao e planejamento: Reunio executiva; definio do escopo e objetivos; definio
dos stakeholders; realizao de workshop de conscientizao; mobilizao da equipe.
2. Mapeamento de processos: Reunies, workshops, entrevistas e questionrios; observao
de campo; coleta de documentos (evidncias); anlise dos sistemas legados; definio da
notao, padro e ferramenta de modelagem.
3. Modelagem de processos (Desenho do AS IS): Desenhar o diagrama do modelo do AS IS;
validar o modelo; apresentar o modelo.
4. Redesenho de processo (Desenho do TO BE): Anlise do modelo do processo; desenhar os
diagramas do modelo do TO BE; validar o modelo; apresentar o modelo; aprovar o modelo.
5. Implementao (Implementao do TO BE): Planejar a implementao; fazer a
implementao do modelo TO BE; validar a implementao; realizar treinamento (se
preciso).
6. Encerramento: Definio do ciclo de melhoria contnua; reunio de encerramento do
projeto.
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9.3.3. Brainstorming
Em ingls, quer dizer tempestade cerebral, pois usado para gerar um grande nmero de
ideias em curto perodo de tempo.
Consiste, basicamente, na reunio de um grupo para dar ideias sobre um assunto a ser resolvido,
possveis causas de um problema, abordagens a serem usadas, ou aes a serem tomadas.
O objetivo no a qualidade das ideias e sim a quantidade, apresent-las tais como elas
surgem na cabea, sem rodeios, elaboraes ou maiores consideraes, por isso importante
um ambiente livre de crticas e de restries imaginao.
Esta ferramenta permite a quebra de paradigmas e a criao de uma nova viso sobre
determinado assunto.
Uma variao o brainwriting, que utiliza a escrita no lugar da fala.
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Parte do pressuposto simples de que a maior parte dos defeitos, falhas, reclamaes e seus
custos provm de um nmero pequeno de causas.
Se as causas principais forem identificadas e corrigidas, possvel a eliminao de quase todas
as perdas. , portanto, uma forma de priorizao de problemas que facilita o direcionamento
de esforos e permite conseguir grandes resultados com poucas aes.
Juran aplicou o mtodo como forma de classificar os problemas da qualidade em poucos
vitais e muitos triviais.
O grfico de Pareto mostra uma estratificao (diviso em grupos, estratos) de vrias causas
ou caractersticas de defeitos, falhas, reclamaes, e outros problemas. O nmero ou custos
dessas causas ou fenmenos so mostrados em ordem decrescente atravs de barras de
tamanhos diferentes.
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9.3.7. Plano de Ao
Tambm conhecido como 5W2H, consiste na confeco de uma planilha, tendo como base 7
perguntas. utilizada para identificar as tarefas, aes e outros aspectos necessrios para a
execuo de um trabalho.
5W
2H
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119
9.3.9. Benchmarking
um processo que visa comparar as melhores prticas do mercado. um processo contnuo de
avaliar produtos, servios e prticas dos concorrentes mais fortes e daquelas organizaes que
so reconhecidas como lderes.
Exemplo: A empresa X quer melhorar seus resultados. Para isso ela avalia produtos, servios
e processos de trabalho da empresa Y (que reconhecida como a detentora das melhores
prticas no mercado), com a finalidade de comparar desempenhos e identificar oportunidades
de melhoria.
Essa avaliao pode ser aplicada a qualquer funo produo, vendas, recursos humanos,
engenharia, pesquisa e desenvolvimento, distribuio etc. e produz melhores resultados
quando implementada na empresa como um todo.
O benchmarking pode ser:
Externo: Quando proveniente de outra organizao (deve-se tomar cuidado para no confundir
com espionagem).
Interno: Quando identificado dentro da prpria corporao. Uma rea copia uma prtica de
sucesso aplicada em outra.
120
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Questes
I, III e IV.
I, II e IV.
III e V.
II e IV.
I e III.
a)
b)
c)
d)
e)
Organograma.
Ciclo PDCA.
Histograma.
Fluxograma.
Grfico de Pareto.
iniciao e planejamento.
mapeamento de processos.
modelagem de processos.
redesenho de processos.
implementao de processos.
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121
grfico PDCA.
organograma.
cronograma.
fluxograma.
feedback.
122
fluxograma.
organograma.
cronograma.
funcionograma.
histograma
I e II.
III e IV.
I, II e III.
III, IV e V.
III e IV.
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I e IV.
II e V.
II, IV e V.
III e IV.
III, IV e V.
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123
II, III, IV e V.
I, II, III e IV.
II, III e V.
I, II e V.
I, IV e V.
I e V.
IV e V.
II e IV.
III, IV e V.
I, II e III.
brainstorming.
balanced scorecard.
melhoria contnua.
reengenharia.
mapeamento de processos.
124
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a)
b)
c)
d)
e)
a)
b)
c)
d)
e)
processo.
ciclo PDCA.
kaizen.
fluxograma.
just-in-time.
processo.
diretriz organizacional.
poltica empresarial.
estratgia.
misso.
anlise do processo.
desenho do processo.
implementao do processo.
gerenciamento de desempenho.
refinamento do processo.
I e II, apenas.
I, II e III.
I e III, apenas.
II e III, apenas.
III, apenas.
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125
I e II, apenas.
I, II e III.
I e III, apenas.
III, apenas.
II, apenas.
a)
b)
c)
d)
e)
II e III, apenas.
II, apenas.
I, II e III.
I e II, apenas.e
I e III, apenas.
Poka Yoke.
organograma.
histograma.
fluxograma.
mtodo dos 4 Ms.
Gabarito:1. A2. D3. C4. C5. D6. A7. A8. C9. A10. B11. B12. D13. B14. E15. A16. A
17. B18. C19. A20. B21. D22. A23. D24. C
126
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10.1. Projetos
As definies a seguir resumem muito bem o que um projeto:
1. Projeto um esforo temporrio empreendido para criar um produto, servio ou resultado
exclusivo/nico.
2. Projeto um empreendimento planejado que consiste em um conjunto de atividades interrelacionadas e coordenadas, com o fim de alcanar objetivos especficos dentro dos limites
de um oramento e de um perodo de tempo.
De forma geral, ao definir projetos sero encontradas as seguintes expresses:
Uma atividade repetitiva, ou que tem durao contnua, no projeto. uma atividade
funcional ou um processo.
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10.1.2.1. Singularidade
Possui objetivos determinados, singulares/exclusivos e no repetitivos, algo que no havia
sido feito antes da mesma maneira. O resultado especfico produzido, seja para caracterizar
a concluso de uma fase do projeto, seja para finalizar o projeto todo, chamado Entrega.
A entrega deve ser tangvel, mensurvel e de fcil comprovao, podendo ser: um produto,
um servio, um documento, o desenvolvimento de algo, um novo processo de negcio, uma
mudana etc.
10.1.2.2. Temporariedade
Temporrio no significa necessariamente de curta durao. Pode durar um dia, ou anos, mas
possui cronograma com incio e fim bem definidos (inclusive de suas fases), determinados em
funo do problema a ser resolvido e das metas que se quer alcanar. Apesar de o projeto ser
temporrio, geralmente seu resultado duradouro. O trmino alcanado quando os objetivos
tiverem sido atingidos, ou quando se concluir que esses objetivos no podero ser atingidos,
ou quando o mesmo no for mais necessrio e o projeto for encerrado.
10.1.2.3. Incerteza
Cada projeto tem algum grau de incerteza ao gerar produto ou servio singular, pois sempre
h certo desconhecimento quanto forma de atingir os objetivos ou de gerar os produtos e os
resultados esperados.
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10.1.2.5. Stakeholders
O termo stakeholders traduzido como partes interessadas. qualquer indivduo, grupo ou
organizao que pode afetar, ser afetada, ou sentir-se afetada por uma deciso, atividade ou
resultado de um projeto. Podem estar ativamente envolvidas no projeto ou ter interesses que
possam ser positiva ou negativamente afetados pelo desempenho ou trmino do projeto.
Essas partes interessadas (positivas, negativas e neutras) devem ter suas expectativas alinhadas
desde antes da aprovao do projeto de forma a criar a coalizao necessria mudana trazida
pelo projeto.
O alinhamento das expectativas vai resultar na negociao do escopo possvel para o projeto,
e que atenda maioria dos interesses. Tais interesses devem ser gerenciados durante todo o
ciclo de vida do projeto, uma vez que os resultados esperados tendem a mudar com o tempo.
Exemplos de Stakeholders:
10.1.2.7. Responsabilidade
A definio das responsabilidades importante tanto para poder alocar as pessoas com as suas
diversas funes dentro do projeto, quanto para conhecer as relaes que o projeto tem com a
organizao e o comprometimento das instncias superiores e de outros envolvidos no projeto.
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10.1.2.8. Interdisciplinaridade
Tanto faz se h uma pessoa no projeto ou milhares, o desenvolvimento de projetos requer
distintos conhecimentos, oriundos de diversas reas. Alm de tcnicas especficas da rea
de projetos, ferramentas e conceitos de outras disciplinas tais como administrao em geral,
planejamento, controle de qualidade, informtica, estatstica, custos e oramentao etc.
10.1.3.Ciclo de Vida
Consiste nas fases do projeto, que geralmente so sequenciais e s vezes se sobrepem. O
nome e o nmero dessas fases variam de acordo com a complexidade do projeto, mas todas
elas podem ser encaixadas em uma estrutura bsica de quatro fases genricas:
1. Incio;
2. Organizao e Preparao;
3. Execuo do Trabalho;
4. Encerramento.
Essa estrutura genrica apresenta as seguintes caractersticas:
a) Os nveis de custos e de pessoal so baixos no incio, aumentam gradualmente at seu valor
mximo na fase de execuo e depois caem rapidamente quando o projeto finalizado.
b) O nvel de incertezas o mais alto e, portanto, o risco de no atingir os objetivos o maior
no incio do projeto. A certeza de trmino geralmente se torna maior conforme o projeto
continua.
c) A capacidade das partes interessadas de influenciarem as caractersticas finais do produto
do projeto e o custo final do projeto mais alta no incio e torna-se cada vez menor
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conforme o projeto continua. Contribui muito para esse fenmeno o fato de que o custo
das mudanas e da correo de erros geralmente aumenta conforme o projeto continua
Fases Sobrepostas: A fase tem incio antes do trmino da anterior. s vezes, ela pode ser aplicada
como um exemplo da tcnica de compresso de cronograma denominada paralelismo. As fases
sobrepostas podem aumentar o risco e resultar em retrabalho caso uma fase subsequente
progrida antes que informaes precisas sejam disponibilizadas pela fase anterior.
Fases Iterativas (repetitivas): Apenas uma fase est planejada a qualquer momento, e o
planejamento da prxima feito de acordo com o avano na fase atual e nas entregas. Esta
abordagem til em ambientes muito indefinidos, incertos ou em rpida transformao, como
pesquisas, mas pode reduzir a capacidade de fornecer um planejamento de longo prazo. Essa
relao tambm pode fazer com que todos os membros da equipe (por exemplo, projetistas,
desenvolvedores, etc.) tenham que ficar disponveis durante todo o projeto ou, pelo menos,
por duas fases consecutivas.
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10.1.5.1. Funcional
uma hierarquia em que os funcionrios so agrupados por especialidade, cada uma com
um superior bem definido. As organizaes funcionais podem possuir projetos, mas o escopo
geralmente restrito aos limites da funo. Esse tipo de estrutura reduz a cooperao
interdepartamental e d nfase nas especialidades em detrimento do objetivo organizacional
global.
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10.1.5.3.Matricial
Chama-se matricial, pois combina duas formas de estrutura formando uma espcie de grade.
Trata-se de uma estrutura mista, hbrida, que combina a departamentalizao funcional com a
de projetos.
Matriz Fraca:
Mantm muitas das caractersticas de uma
organizao funcional e a funo do gerente
de projetos mais parecida com a de um
coordenador ou facilitador que com a de um
gerente.
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Matriz Forte:
Possui muitas das caractersticas da
organizao por projeto. Podem ter
gerentes de projetos com autoridade
considervel e pessoal trabalhando para
o projeto em tempo integral.
Matriz Balanceada:
Embora reconhea a necessidade de um
gerente de projetos, no fornece a ele
autoridade total e os recursos financeiros
do projeto.
Quadro Resumo:
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Nesse contexto, boa prtica refere-se a um acordo geral de que a aplicao dos processos
de gerenciamento de projetos pode aumentar as chances de sucesso em uma ampla srie de
projetos.
Isso no significa que os conhecimentos, as habilidades e os processos descritos sempre devem
ser aplicados de forma uniforme em todos os projetos. O gerente de projetos, em colaborao
com a equipe de projetos, responsvel por determinar quais processos so apropriados e o
grau de rigor para cada um.
A equipe de projeto executa processos tanto de gerenciamento de projetos (pertencentes
s reas do Conhecimento e que garantem um fluxo eficaz do projeto), quanto orientados a
produtos (que especificam e criam o produto, estando ligados ao ciclo de vida e sendo variveis
de acordo com cada projeto).
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Gerenciar cronogramas;
Gerar e elaborar documentos e relatrios dos projetos;
Manuteno do histrico dos projetos;
Operar ferramentas computacionais de gerenciamento de projetos;
Prestar consultoria: Desenvolvimento de plano de projetos, facilitao de oficinas de
planejamento etc.
Assessorar: Negociao, gesto de contratados, avaliaes e diagnsticos
Intervir: Salvar ou cancelar projetos problemticos, acelerar aes, resolver conflitos,
manter documentao dos projetos para referncias futuras, sugerir aes corretivas
para os projetos que estejam divergindo das estratgias organizacionais etc.
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uma decomposio hierrquica das entregas, sendo que cada nvel descendente da EAP
representa uma definio gradualmente mais detalhada do trabalho do projeto. Ela mapeia as
entregas e os pacotes de trabalho necessrios para se obter o produto ou servio final.
O Pacote de Trabalho o nvel mais baixo na EAP, o ponto em que o custo e a durao das
atividades para o trabalho podem ser estimados e gerenciados com confiana.
No contexto da EAP, o trabalho se refere a produtos de trabalho ou entregas que so o resultado
do esforo*.
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Questes
integralidade.
continuidade.
generalidade.
exclusividade.
imperatividade.
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II e IV.
I, II e IV.
III, IV e V.
I, II, IV e V.
I, II, III e IV.
144
I, II e IV.
I e III.
II e III.
II, III e IV.
I e IV.
Riscos.
Escopo.
Recursos.
Monitoramento.
Portflios.
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custo.
esforo.
prazo.
escopo.
folga.
I e II.
II, III e IV.
I, II e III.
III e IV.
I, III e IV.
competncias.
atividades.
processos.
propostas.
portflios.
Gabarito:1. D2. A3. E4. D5. D6. B7. E8. B9. C10. B11. C12. E13. B
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CAPTULO I
DO PLANEJAMENTO E DA GESTO ESTRATGICA
DISPOSIES GERAIS
Art. 1 Fica institudo o Planejamento Estratgico do Poder Judicirio, consolidado no Plano
Estratgico Nacional consoante do Anexo.
I desta Resoluo, sintetizado nos seguintes componentes:
I Misso: realizar justia.
II Viso: ser reconhecido pela Sociedade como instrumento efetivo de justia, equidade e paz
social.
III Atributos de Valor Judicirio para a Sociedade:
a) credibilidade;
b) acessibilidade;
c) celeridade;
d) tica;
e) imparcialidade;
f) modernidade;
g) probidade:
h) responsabilidade Social e Ambiental;
i) transparncia.
IV 15 (quinze) objetivos estratgicos, distribudos em 8 (oito) temas:
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a) Eficincia Operacional:
1. Garantir a agilidade nos trmites judiciais e administrativos;
2. Buscar a excelncia na gesto de custos operacionais;
b) Acesso ao Sistema de Justia:
3. Facilitar o acesso Justia;
4. Promover a efetividade no cumprimento das decises;
c) Responsabilidade Social:
5. Promover a cidadania;
d) Alinhamento e Integrao:
6. Garantir o alinhamento estratgico em todas as unidades do Judicirio;
7. Fomentar a interao e a troca de experincias entre Tribunais nos planos nacional e
internacional;
e) Atuao Institucional:
8. Fortalecer e harmonizar as relaes entre os Poderes, setores e instituies;
9. Disseminar valores ticos e morais por meio de atuao institucional efetiva;
10. Aprimorar a comunicao com pblicos externos;
f) Gesto de Pessoas:
11. Desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes dos magistrados e servidores;
12. Motivar e comprometer magistrados e servidores com a execuo da Estratgia;
g) Infraestrutura e Tecnologia:
13. Garantir a infraestrutura apropriada s atividades administrativas e judiciais;
14. Garantir a disponibilidade de sistemas essenciais de tecnologia de informao;
h) Oramento:
15. Assegurar recursos oramentrios necessrios execuo da estratgia.
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CAPTULO II
DO PRAZO E DA FORMA DE IMPLANTAO
Art. 2 O Conselho Nacional de Justia e os tribunais indicados nos incisos II a VII do art. 92 da
Constituio Federal elaboraro os seus respectivos planejamentos estratgicos, alinhados ao
Plano Estratgico Nacional, com abrangncia mnima de 5 (cinco) anos, bem como os aprovaro
nos seus rgos plenrios ou especiais at 31 de dezembro de 2009.
1 Os planejamentos estratgicos de que trata o caput contero:
I pelo menos um indicador de resultado para cada objetivo estratgico;
II metas de curto, mdio e longo prazos, associadas aos indicadores de resultado;
III projetos e aes julgados suficientes e necessrios para o atingimento das metas fixadas.
2 Os Tribunais que j disponham de planejamento estratgicos devero adequ-los ao Plano
Estratgico Nacional, observadas as disposies e requisitos do caput e do 1 deste artigo.
3 As propostas oramentrias dos tribunais devem ser alinhadas aos seus respectivos
planejamentos estratgicos, de forma a garantir os recursos necessrios sua execuo.
4 Os tribunais garantiro a participao efetiva de serventurios e de magistrados de
primeiro e segundo graus, indicados pelas respectivas entidades de classe, na elaborao e na
execuo de suas propostas oramentrias e planejamentos estratgicos.
5 O disposto no pargrafo anterior no se aplica aos tribunais superiores, sem prejuzo
da participao efetiva de ministros e serventurios na elaborao e na execuo de suas
estratgias.
6 O Conselho Nacional de Justia adotar as providncias necessrias para fornecer auxlio
tcnico-cientfico aos tribunais na elaborao e na gesto da estratgia.
Art. 3 O Ncleo de Gesto Estratgica dos tribunais ou unidade anloga coordenar ou assessorar
a elaborao, implementao e gesto do planejamento estratgico, como tambm atuar nas
reas de gerenciamento de projetos, otimizao de processos de trabalho e acompanhamento de
dados estatsticos para gesto da informao.
1 Os tribunais devero priorizar, inclusive nas suas propostas oramentrias, a estruturao
de Ncleos de Gesto Estratgica ou unidade anloga.
2 O Conselho Nacional de Justia encaminhar aos tribunais, por intermdio do
Departamento de Gesto Estratgica, sugesto de estruturao das atividades dos Ncleos de
Gesto Estratgica.
CAPTULO III
DO BANCO E DE BOAS PRTICAS DE GESTO DO PODER JUDICIRIO
Art. 4 O Conselho Nacional de Justia manter disponvel no seu Portal na Rede Mundial
de Computadores (internet) o Banco de Boas Prticas de Gesto do Poder Judicirio, a ser
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CAPTULO IV
DO ACOMPANHAMENTO DOS RESULTADOS
Art. 5 Os tribunais promovero Reunies de Anlise da Estratgia RAE trimestrais para
acompanhamento dos resultados das metas fixadas, oportunidade em que podero promover
ajustes e outras medidas necessrias melhoria do desempenho.
CAPTULO V
DOS INDICADORES, METAS E PROJETOS NACIONAIS
Art. 6 Sem prejuzo do planejamento estratgico dos rgos do Poder Judicirio, o Conselho
Nacional de Justia coordenar a instituio de indicadores de resultados, metas, projetos e aes
de mbito nacional, comuns a todos os tribunais.
Pargrafo nico. As metas nacionais de nivelamento para o ano de 2009 esto descritas no
Anexo II desta Resoluo.
Art. 6-A O Conselho Nacional de Justia coordenar a realizao de Encontros Anuais do Poder
Judicirio, preferencialmente no ms de fevereiro, com os seguintes objetivos, entre outros:
(Includo pela Emenda n 01, publicada em 20.04.10)
I avaliar a Estratgia Nacional;
II divulgar o desempenho dos tribunais no cumprimento das aes, projetos e metas nacionais
no ano findo;
III definir as novas aes, projetos e metas nacionais prioritrias.
1 Os Encontros Anuais do Poder Judicirio contaro com a participao dos presidentes
e corregedores dos tribunais e dos conselhos, como tambm das associaes nacionais de
magistrados, facultado o convite a outras entidades e autoridades.
2 O Encontro Anual poder ser precedido de reunies preparatrias com representantes dos
tribunais e com as associaes nacionais de magistrados.
3 As deliberaes dos Encontros Anuais, mormente as aes, projetos e metas prioritrias
estabelecidas, sero comunicadas ao Plenrio do CNJ e publicadas como Anexo desta Resoluo.
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CAPTULO VI
DAS DISPOSIES FINAIS
Art. 7 Compete Presidncia do Conselho Nacional de Justia, em conjunto com a Comisso de
Estatstica e Gesto Estratgica, assessorados pelo Departamento de Gesto Estratgica, coordenar
as atividades de planejamento e gesto estratgica do Poder Judicirio.
Pargrafo nico. A Presidncia do Conselho Nacional de Justia instituir e regulamentar
Comit Gestor Nacional para auxiliar as atividades de planejamento e gesto estratgica
do Poder Judicirio, a ser coordenado pelo Presidente da Comisso de Estatstica e Gesto
Estratgica.
Art. 8 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.
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Questes
mensalmente.
bimestralmente.
trimestralmente.
semestralmente.
anualmente.
10 anos.
3 anos.
5 anos.
2 anos.
4 anos.
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a)
b)
c)
d)
e)
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eficincia operacional.
responsabilidade social.
alinhamento e integrao.
infraestrutura e tecnologia.
atuao institucional.
diariamente.
mensalmente.
trimestralmente.
anualmente.
a cada quatro anos.
misso.
imparcialidade.
viso.
credibilidade.
tica pblica.
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Gabarito:1. C2. A3. C4. D5. C6. C7. A8. E9. C10. C11. C12. B13. B
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Aqui, no se busca apenas descobrir como fazer/organizar o servio pblico para agradar aos
cidados. A pergunta verdadeira o que deve ser feito?, demonstrando para o cidado os
benefcios, efeitos e impactos diretos ou indiretos do exerccio da atividade pblica (efetividade).
Entende-se que, a partir da nova gesto pblica, o Estado ganha dinamismo e reduz seu papel
de executor ou prestador direto de servios, mantendo-se, entretanto, no papel de regulador,
provedor ou promotor destes, principalmente dos servios sociais como educao e sade,
que so essenciais para o desenvolvimento. Como promotor desses servios, o Estado continua
a subsidi-los, buscando, ao mesmo tempo, o controle social direto e a participao da
sociedade.
Nesta nova perspectiva, busca-se o fortalecimento das funes de regulao e de coordenao
do Estado, particularmente no nvel federal, e a progressiva descentralizao vertical, para os
nveis estadual e municipal, das funes executivas no campo da prestao de servios sociais
e de infraestrutura.
Pode-se dizer, em suma, que o objetivo da Nova Gesto Pblica modernizar o aparelho do
Estado, tornando a administrao pblica mais eficiente, eficaz e efetiva e mais voltada para o
cidado, buscando maior governana, controle por resultados e accountability.
Eficincia refere-se ao bom uso dos recursos disponveis. a relao entre os insumos utilizados
e os produtos/servios gerados.
Eficcia est relacionada ao alcance dos objetivos. a relao entre os resultados obtidos e os
resultados esperados.
Efetividade diz respeito ao impacto positivo gerado na sociedade.
Governana capacidade administrativa do Estado em formular e implementar polticas
pblicas. Este termo destaca a capacidade administrativa do Estado, que passa a ser
coordenador/articulador dos vrios agentes no governamentais para atingir resultados de
interesse pblico.
No confundir Governana com Governabilidade, que a capacidade poltica de governar
relaes entre os poderes, sistema partidrio, legitimidade, apoio popular e equilbrio entre as
foras polticas de oposio e de situao.
Accountability a responsabilizao dos agentes pblicos pelos atos praticados e sua obrigao
tica de prestar contas. Em outras palavras, o conjunto de mecanismos e procedimentos
que induzem os dirigentes governamentais a prestar contas dos resultados de suas aes
sociedade, garantindo, dessa forma, maior nvel de transparncia, participao da sociedade e
exposio das polticas pblicas. Quanto maior for a possibilidade de os cidados discernirem
se o agente pblico est agindo em prol da coletividade e de sancion-lo, mais accountable
um governo.
Horizontal: Exercido por instituies do Estado devidamente encarregadas da preveno,
reparao e punio de aes ilegais cometidas por agentes pblicos. feita pelos mecanismos
institucionalizados, abrangendo os Poderes e tambm agncias governamentais que tenham
como finalidade a fiscalizao do poder pblico e de outros rgos estatais, como por exemplo
os Tribunais de Contas.
Vertical: So as atividades de fiscalizao feitas pela sociedade procurando estabelecer formas de
controle sobre o poder pblico. Para grande parte dos autores, ela exercida de baixo para cima,
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por pessoas e entidades da sociedade civil, geralmente sob a forma de voto ou de mobilizaes.
Certo autor separou a vertical em duas: Eleitoral os eleitores avaliam governos e fazem
suas escolhas; Societal especificamente para o controle exercido por agentes ou entidades
de representatividade social (conselhos, associaes etc.), ou seja, grupos se mobilizam
para impor suas demandas em relao preveno, reparao ou punio de ilegalidades.
Outro autor aventou a possibilidade de uma accountability vertical de cima para baixo,
quando h direito de sano a partir de uma relao de hierarquia, ou seja, entre chefia e
subordinados.
12.4. Governana
O termo Governana busca expandir e superar o atual paradigma de administrao pblica.
Hoje o termo administrao pblica est associado a um papel preponderante do estado
como executor direto no desenvolvimento, na gesto de polticas pblicas e no provimento de
servios. O modelo de gesto alinhava-se principalmente com modelos burocrticos ortodoxos,
espelhados em modelos organizacionais mecanicistas, dotados de caractersticas de hierarquia,
verticalizao, rigidez, isolamento.
A Governana pblica, por sua vez, baseia-se em mltiplos arranjos com a participao de
diversos atores (estado, terceiro setor, mercado etc.) no desenvolvimento, na gesto de polticas
pblicas e no provimento de servios. Governana capacidade administrativa do Estado em
formular e implementar polticas pblicas, a forma com que os recursos economicos e sociais
sao gerenciados, com vistas a promover o desenvolvimento.
Este modelo no diminui a importncia do estado, mas qualifica-o com o papel de orquestrador,
coordenador, direcionador estratgico, indutor e fomentador absolutamente essencial dos
vrios agentes (governamentais ou no) para atingir resultados de interesse pblico.
Este paradigma promove a adoo de modelos de gesto ps ou neoburocrticos, tais como:
redes, modelos de gesto orgnicos (flexveis, orientados para resultados, foco no beneficirio),
mecanismos amplos de accountability, controle e permeabilidade.
A orientao para resultados uma fixao deste novo paradigma, ou seja, o que est em foco
so as novas formas de gerao de resultados em um contexto contemporneo complexo e
diversificado.
Nesse contexto, uma boa gesto aquela que alcana resultados, independentemente
de meritrios esforos e intenes. E, alcanar resultados, no setor pblico, atender s
demandas, aos interesses e s expectativas dos beneficirios, sejam cidados ou organizaes,
criando valor pblico.
A funcao principal do Estado-nacao no mundo contemporaneo realizada por meio do
governo e da administracao publica e a de ampliar de forma sistematica as oportunidades
individuais, institucionais e regionais. Deve preocupar-se, tambem, em gerar estimulos para
facilitar a incorporacao de novas tecnologias e inovacoes no setor publico que proporcionem as
condicoes exigidas para atender as demandas da sociedade contemporanea.
Em relacao aos pilares do modelo da nova gesto publica, destacam-se a participacao cidada,
a transparencia e a medicao de resultados.
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Modelo de gesto
Rgido e ineficiente
Flexvel e eficiente
Ideologia
Atributos
Maior
autonomia
responsabilidade
Foco
Poder do Estado
Cidado/ sociedade
nfase
Processos/ procedimentos
Resultados
Indicadores
Produo
Deciso
Centralizada
Descentralizada
Servidor pblico
Estabilidade
Valorizao
do
servidor,
investindo em capacitao
Controle
164
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Foi criado em 1990 o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade PBQP, que gerou
o Subcomit da Administrao Pblica, o embrio dos Programas de Qualidade no Servio
Pblico.
Em 1996, com a Reforma do Estado, foi criado o Programa Qualidade e Participao na
Administrao Pblica QPAP, ainda com foco nas ferramentas para a gesto, e teve incio um
discurso voltado para a qualidade como instrumento de modernizao do aparelho do Estado.
Em 1999 foi criado o Programa da Qualidade no Servio Pblico PQSP, agregando a experincia
dos programas anteriores e o foco no atendimento ao cidado, com pesquisa de satisfao
dos usurios dos servios pblicos, o lanamento de Padres de Atendimento ao Cidado e a
implementao de unidades de atendimento integrado, os SACs Servios de Atendimento ao
Cidado.
Em 2005 o Governo Federal lanou o Programa Nacional de Gesto Pblica e Desburocratizao
GESPBLICA, unificando o Programa da Qualidade com o Programa Nacional de
Desburocratizao.
O GesPblica , em sntese, um modelo de gesto cujo propsito contribuir para a qualidade
dos servios e para a gerao de ganhos sociais. Os centros prticos da ao do GesPblica so
os rgos e entidades pblicos, as polticas pblicas governos e a administrao pblica do
Estado.
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165
O Modelo de Excelncia em Gesto Pblica (MEGP) foi concebido a partir da premissa de que
a administrao pblica tem que ser excelente sem deixar de considerar as particularidades
inerentes sua natureza pblica ser excelente sem deixar de ser pblico.
Dessa forma, o modelo faz referncia a dois aspectos essenciais:
Tcnico: Fiel aos modelos internacionais.
Institucional: Revestido de terminologia e de conceitos prprios da administrao
pblica.
Por isso, no MEGP preconizado pelo
GesPblica, a sustentao tem como base os
cinco princpios constitucionais e como pilares
os fundamentos da excelncia gerencial.
Esses elementos, juntos, representam a
excelncia em gesto pblica no Brasil. A
seguir a representao grfica.
O modelo expressa o entendimento
vigente sobre o estado da arte da gesto
contempornea, representando um sistema
de gesto que visa aumentar a eficincia, a
eficcia e a efetividade das aes executadas,
sempre com foco em resultados e orientado
para o cidado.
Esse padro de qualidade internacional, alinhado com o modelo de excelncia de gesto
utilizado pelos setores pblico e privado em mais de 60 pases. Entre eles, destacam-se os
prmios Presidents Quality Award (especfico para organizaes pblicas) e Malcolm Baldrige
National Quality Award, dos Estados Unidos, assim como o Prmio Nacional da Qualidade (da
Fundao Nacional da Qualidade) e o Programa Gacho de Qualidade e Produtividade (PGQP).
Essa fidelidade a modelos nacionais e internacionais, alm de auxiliar as organizaes pblicas
que esto em busca de transformao gerencial rumo excelncia da gesto, tambm permite
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Publicidade
Impessoalidade
Moralidade
Eficincia
Legalidade
Legalidade: Nenhum resultado poder ser considerado bom e nenhuma gesto poder
ser reconhecida como de excelncia revelia da lei.
Impessoalidade: A excelncia em gesto pblica para todos, no admite tratamento
diferenciado, exceto para os casos especficos tratados em lei.
Moralidade: Pautar a gesto pblica por um cdigo moral. No se trata de tica (no
sentido de princpios individuais, de foro ntimo), mas de princpios morais de aceitao
pblica.
Publicidade: A administrao pblica deve ser transparente em suas intenes e aes;
deve dar publicidade aos seus atos e aos dados a eles relacionados (exceto previso
legal em sentido contrrio). Essa uma forma eficaz de induo ao controle social.
Eficincia: Buscar a melhor relao entre qualidade do servio pblico prestado e o
correspondente gasto pblico exigido.
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13.2.2. Fundamentos
Os fundamentos da excelncia gerencial so conceitos que definem o entendimento
contemporneo de uma gesto de excelncia na administrao pblica e que, orientados pelos
princpios constitucionais, compem a estrutura de sustentao do MEGP.
Esses fundamentos so as caractersticas e os valores praticados por organizaes de sucesso,
por meio dos seus lderes e profissionais, em todos os nveis, e servem de referencial para o
desenvolvimento dos Critrios de Excelncia.
Os treze pilares do MEGP so:
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13.2.3. Critrios
O Modelo de Excelncia em Gesto Pblica constitudo de oito elementos (critrios)
integrados e interatuantes que colaboram para a construo de rgos pblicos de alto
desempenho. O inter-relacionamento desses elementos d movimento e direo ao sistema
de gesto e produz uma sinergia que potencializa a capacidade de planejar, organizar, decidir,
executar e controlar a produo de resultados.
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Os critrios do MEGP so, portanto, os oito quesitos que a organizao deve atender com
prticas de gesto ou com resultados. Ele geralmente representado em um sistema dividido
em 4 blocos relacionados, atuando como um Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act).
Confira a imagem a seguir.
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13.2.3.2.Critrios
1. Liderana: Examina a governana pblica e a governabilidade da organizao, incluindo
aspectos relativos transparncia, equidade, prestao de contas e responsabilidade
corporativa.
2. Estratgias e Planos: Como a organizao, a partir de sua viso de futuro, da anlise dos
ambientes interno e externo e da sua misso institucional formula suas estratgias.
3. Cidados: Examina como a organizao, no cumprimento das suas competncias
institucionais, identifica os cidados-usurios dos seus servios e produtos, conhece suas
necessidades e avalia a sua capacidade de atend-las, antecipando-se a elas.
4. Sociedade: Examina como a organizao aborda suas responsabilidades perante a
sociedade e as comunidades diretamente afetadas pelos seus processos, servios e
produtos e como estimula a cidadania.
5. Informaes e Conhecimento: Examina a gesto das informaes, incluindo a obteno de
informaes comparativas pertinentes. Tambm examina como a organizao identifica,
desenvolve, mantm e protege os seus conhecimentos.
6. Pessoas: Examina os sistemas de trabalho da organizao, incluindo a organizao do
trabalho, a estrutura de cargos, os processos relativos seleo e contratao de pessoas,
assim como a gesto do desempenho de pessoas e equipes.
7. Processos: Examina como a organizao gerencia, analisa e melhora os processos
finalsticos e os processos de apoio.
8. Resultados: Examina os resultados da organizao, abrangendo os oramentriofinanceiros, os relativos aos cidados-usurios, a sociedade, as pessoas, aos processos
finalsticos e processos de apoio, assim como os relativos ao suprimento.
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IAGP
1000
IAGP1000
pontos
pontos
IAGP
IAGP500
500
pontos
pontos
IAGP
IAGP250
250
pontos
pontos
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III Anlise e Melhoria dos Processos: Trata da anlise do fluxo atual e de outras condies
que o influenciam para identificar possveis solues. Ao mesmo tempo, ser ainda trabalhada
a formatao do novo fluxo e dos indicadores que serviro para monitorar o desempenho do
processo e o impacto da ao de simplificao ao longo do tempo.
IV Implementao das Melhorias: Trata da etapa final da simplificao, que consiste em dispor
as condies necessrias para a efetiva implementao do novo processo.
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Questes
FCC Captulos 12 e 13
1. (FCC 2010 TRT 22 Regio (PI)
Tcnico Judicirio rea Administrativa) Na
gesto da qualidade dos servios pblicos,
a representao grfica que permite a
visualizao dos passos do processo do
servio ofertado ao cidado, denomina-se
a)
b)
c)
d)
e)
Organograma.
Ciclo PDCA.
Histograma.
Fluxograma.
Grfico de Pareto.
Reengenharia.
Benchmarking.
Matriz GUT.
Mtodo Ishikawa.
Mtodo de Pareto.
burocrtico.
do cliente.
do acionista.
do processo.
estratgico.
Liderana.
Diferenciao do Produto.
Estratgia e Planos.
Resultados.
Informao e Conhecimento.
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diagrama de Deming.
diagrama de Ishikawa.
ciclo PDCA.
grfico de controle ou de disperso.
grfico de Pareto.
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novas lideranas.
Public Service Orientation.
competncias Essenciais.
empreendedorismo governamental.
gesto patrimonialista.
II, III e V.
I, II e IV.
III e IV.
II e V.
I, III e IV.
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d) Benchmark.
e) Brainstorm.
14. (FCC 2007 Prefeitura de So Paulo SP
Auditor Fiscal do Municpio) A questo
da excelncia dos servios pblicos
tem merecido destaque no debate
contemporneo a respeito do Estado e
da Administrao Pblica. Os padres
superiores de excelncia nos servios
pblicos so adquiridos em decorrncia,
a) basicamente, da observncia do sistema
de controle, independentemente das
metas gerenciais estabelecidas.
b) principalmente, da adoo de novas
filosofias gerenciais e organizacionais,
da valorizao dos recursos humanos
e da incorporao, pelos servidores
pblicos, da perspectiva da cidadania.
c) especificamente de demonstrarem
qualidade na medida em que atendem
s expectativas dos contribuintes
independentemente dos custos e da
quantidade de recursos mobilizados.
d) essencialmente, da incorporao pelo
servidor de uma nova postura tica
e da generalizao de um esprito
fiscalizador no setor pblico.
e) basicamente da observncia das
normas que definem as atribuies
e responsabilidades de servidores
pblicos e usurios.
15. (FCC 2009 MPE-SE Analista do
Ministrio
Pblico
Especialidade
Administrao) O conceito de accountability
liga-se a
a) prestao de contas da Administrao
e dos funcionrios pblicos perante a
sociedade.
b) mecanismos
contemporneos
de
elaborao das contas pblicas.
c) formas de elaborao do oramento
pblico pautadas pela responsabilidade
fiscal.
d) sistema gerencial de controle dos gastos
pblicos.
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Mtodo de Pareto.
Teste de laboratrio.
Especificao tcnica.
Fluxograma vertical.
Ciclo PDCA.
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histograma.
fluxograma.
diagrama de causa-efeito.
grfico de disperso.
grfico de Pareto.
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de Pareto.
de Priorizao.
de Mapeamento Estratgico.
dos cinco porqus.
de Brainstortming.
Gabarito:1. D2. B3. A4. B5. B6. C7. E8. D9. D10. A11. C12. B13. E14. B15. A16. D
17. C18. C19. A20. B21. C22. E23. E24. A25. E26. D27. D
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15. Bibliografia
ARAUJO, Luis Cesar G. de. Organizao, sistemas e mtodos. So Paulo: Atlas, 2011.
BRASIL. Programa Nacional de Gesto Pblica e Desburocratizao GesPblica. Disponvel
em: www.gespublica.gov.br.
CHIAVENATO, Idalberto. Introduo Teoria Geral da Administrao 7. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2003.
MAXIMIANO, Antonio Amaru. Introduo Administrao. 2. ed. So Paulo: Atlas.
MAXIMIANO, Antonio Amaru. Teoria geral da Administrao. 2. ed. So Paulo: Atlas.
MORAES, Anna Maris Pereira. Introduo Administrao. Prentice Hall.
MOTTA Fernando C. Prestes, VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia de. Teoria Geral da
Administrao. 3. ed. So Paulo: Atlas, 2001.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho de. Estrutura organizacional: Uma abordagem para resultados e
competitividade. 2. ed. So Paulo: Atlas.
OLIVEIRA, Djalma de Pinho de. Planejamento Estratgico: Conceitos, metodologias e prticas.
24. ed. So Paulo: Atlas.
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