Sindrome Do Overtraining
Sindrome Do Overtraining
Sindrome Do Overtraining
SÍNDROME DO OVERTRAINING
SÃO PAULO
2010
MARCIO ALBERTO MACHADO
SÍNDROME DO OVERTRAINING
SÃO PAULO
2010
Dedico esta monografia a duas pessoas;
Antonio Machado e Geni Machado, que
em nenhum momento mediram esforços
para realização dos meus sonhos, que me
guiaram pelos caminhos corretos, me
ensinaram a fazer as melhores escolhas,
me mostraram que a honestidade e o
respeito são essenciais a vida, e que
devemos sempre lutar pelo que
queremos. A eles devo a pessoa que me
tornei, sou extremamente feliz e tenho
muito orgulho por chamá-los de pai e
mãe.
AMO VOCÊS!
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador Prof. Ms. Vitor Tessutti que foi meu guia nesta árdua
missão, fazendo desta monografia um motivante desafio. Ele, corrigindo-me e
apontando os caminhos, fez com que eu tivesse empenho em realizar essa
pesquisa.
Aos meus pais pelo apoio emocional e afetivo que sempre me deram nas
palavras de conforto nos momentos difíceis e principalmente por sempre terem
acreditado em mim.
A família de meu irmão Marco, juntamente com sua esposa Simone e filhas
Patrícia, Victória e Mariana.
Aos meus discípulos da Brazilian Martial Arts Team pelo respeito e dedicação
nas aulas de artes marciais, vocês são o máximo. Oss.
Confúcio
RESUMO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................... 01
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 37
1
1. INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVO
2. REVISÃO DA LITERATURA
De acordo com Vancini (2000), vários termos são propostos na literatura para
referir-se a acentuada queda de desempenho físico e mental ocasionado pelo
desequilíbrio homeostático exacerbado decorrente do excesso de treinamento
combinado com períodos de descanso inapropriado, são eles: supertreinamento,
sobretreinamento, burnout, overfadigue, overwork, staneless, overload training,
overstrain e síndrome da fadiga crônica.
Nesta revisão optou-se por usar o termo inglês overtraining (OVT) que
significa excesso de treinamento (VANCINI, 2000).
Os fatores de estresse, que não são determinados pelo treino, são muitas
vezes provenientes do ambiente social e econômico do atleta. Mas muito importante
são também outros fatores como: uma planificação de época excessivamente
ambiciosa com demasiadas competições, erros alimentares, etc. (FERREIRA et al.,
2005).
2.2.1 Overreaching
Para Bompa e Cornacchia (2000, p. 225), “A fadiga pode ser vista como uma
maneira do corpo proteger-se de danos que possam ser causados ao mecanismo
contrátil muscular”.
Falsetti (1983) apud Ackel (2001) salienta que o OVR é o termo usado para
descrever os efeitos de uma sobrecarga intensa. Para Fleck (1988) apud Ackel
(2001) isto resulta em desempenho reduzido por um curto período de tempo que,
após um longo período de recuperação, resulta em super-compensação e
capacidade de desempenho aumentada.
Gould et al. (1998) apud Costa (2005) apresentou estudo realizado com
atletas americanos na olimpíada de Atlanta com objetivo de verificar os níveis de
overtraining nos atletas e coletou os seguintes resultados em relação ao percentual
total de atletas acometidos pelos sintomas do OVT nas seguintes modalidades
esportivas; nado sincronizado – 80%; hockey – 74%; remo – 55%; ciclismo – 50%;
canoagem e caiaque – 45%; voleibol – 38%; ginástica olímpica – 33%; handebol –
32%; atletismo – 24%; saltos ornamentais – 20%; natação – 17%; basebol – 13%;
iatismo - 11%; esgrima – 11%; luta livre – 10%; futebol – 7%; tiro – 6%.
2.4.1 Volume
Harre (1982) apud Bompa (2002) sugere que esse crescimento induz a
fadiga, à baixa eficiência no treinamento, à falta de economia no trabalho muscular,
a propensão do risco de lesão e ao estado de overtraining.
2.4.2 Intensidade
Hettinger (1966) apud Bompa (2002), afirma que para o treinamento de força
intensidades menores do que 30% não estimulam um efeito de treinamento, para
desportos de resistência (corrida rústica com esqui, corrida, remo e canoagem) o
limiar da freqüência cardíaca (FC), acima do qual o sistema cardiorespiratório irá
experimentar um efeito de treinamento, é de 130 batimentos por minuto.
Quanto mais forte for o estímulo aplicado, maior deverá ser o período de
recuperação (MONTEIRO, 2000).
Por essas razões, e pelo fato da mensuração das concentrações séricas das
enzimas ser difícil e dispendiosa, esses exames não parecem ser indicadores
adequados para detectar a síndrome do OVT (WILMORE e COSTIL, 2001).
Fry et al. (1991 apud ALVES, 2006) agruparam essa variedade de sinais e
sintomas em quatro categorias: fisiológicos, psicológicos, neuroendócrinos ou
bioquímicos e imunológicos.
O fator tensão é definido por uma alta tensão somática que pode ser
observada através de manifestações psicomotoras (agitado, inquieto,
etc.). O fator depressão representa um estado de depressão
acompanhado por uma inadequação pessoal, indicando sentimentos
de auto-valorização negativa, dificuldades de ajustamento,
isolamento emocional, tristeza e culpa. O fator raiva se refere a
32
Por tanto, os dias de treinamento intenso devem ser alternados com dias de
treino leve, para permitir uma perfeita recuperação do atleta.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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