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Aula de Onco

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PROCESSO DE ENFERMAGEM APLICADO AO

PACIENTE ONCOLÓGICO

Aline Patrícia Costa Santos


Roberta Priscila Costa Dantas Céu
Simone Yuriko Kameo
Valesca Patrícia Chagas do Nascimento Freire
Maria Pontes de Aguiar Campos
Wilma Resende Lima
Pabliane Matias Lordelo Marinho
Ingrid Barreto de Sousa Aragão

O presente estudo é fruto da experiência de enfermeiros que trabalham em


ambulatórios de tratamento para oncologia e de docentes em oncologia. A Onco
Cirurgia trata-se de clínica terceirizada localizada na Fundação de Beneficência
Hospital de Cirurgia (FBHC), no município de Aracaju, Sergipe. Atende pacientes
oncológicos encaminhados por outros especialistas médicos, provenientes do Sistema
Único de Saúde (SUS). Realiza consultas médicas, de enfermagem e de fisioterapia,
além de administração de antineoplásicos a nível ambulatorial.
A Onco Cirurgia foi fundada em novembro de 2005, através de um convite feito
pelo Ministério da Justiça em parceria com a Fundação de Beneficência Hospital de
Cirurgia, devido a necessidade, vista por este órgão, de implementar o serviço de
oncologia no Estado de Sergipe.
A equipe multiprofissional é composta entre outros por: Cirurgião Oncológico,
Cirurgião Geral, Oncologistas Clínicos, Hematologista, Fisioterapeuta, Pediatra
Oncológico, Assistente Social, Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem.
Os pacientes atendidos são adultos e crianças, de ambos os sexos, com
diagnóstico de câncer, provenientes do estado de Sergipe, Bahia, Alagoas e
Pernambuco. Os tumores mais prevalentes nesta unidade foram: 172 mama, 54 próstata,
35 colón, 26 pulmão (dados relativos a uma média mensal do ano de 2014).
O presente capítulo, objetiva o relato de experiência sobre a elaboração e
implantação de um instrumento de coleta de dados, utilizando para tanto, a Teoria de
Orem, no Ambulatório Oncológico:Onco Cirurgia e centro de radioterapia.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ONCOLÓGICA

O processo de formação do câncer se dá por alterações sofridas no DNA dos


genes de uma célula normal e esse material genético alterado recebe instruções erradas
para suas atividades. Quando essas alterações atingem genes responsáveis pela
regulação da proliferação e diferenciação celular, o organismo perde o controle sobre o
crescimento dessas células, dando início ao processo de formação do câncer (BRASIL,
1997).
De acordo com a estimativa 2014 do Instituto Nacional do Câncer, estimou-se o
número de casos novos de câncer para todas as unidades da federação (UF) e
respectivas capitais para o biênio 2014/2015, a incidência dos três primeiros tipos de
câncer na população masculina na região nordeste segue respectivamente: câncer de
próstata, estômago e pulmão, já na população feminina mudam completamente os tipos,
tendo como os três primeiros respectivamente: câncer de mama, colo de útero e colon e
reto (INCA, 2014).
Atualmente o tratamento, é predominantemente feito através de cirurgia,
radioterapia, quimioterapia (QT) ou transplante de medula óssea. Em muitos casos, é
necessário combinar mais de uma modalidade. A quimioterapia consiste no emprego de
substancias químicas, isoladas ou em combinação, com o objetivo de eliminar
neoplasias malignas (INCA, 2014).
O uso da QT pode ser classificado em três grupos: paliativo, quando existe a
incurabilidade do tumor (estádio IV, doença recidivada ou metastática), está indicada
para a paliação de sinais e sintomas que comprometem a capacidade funcional do
doente, mas não repercutirá, obrigatoriamente, sobre a sua sobrevida; neodjuvante
indicada para a redução de tumores loco-regionalmente avançados (geralmente estádios
II ou III), que são, no momento, irressecáveis ou não e adjuvante, onde pode ser
administração oral ou venosa, define-se como adjuvante a QT indicada após tratamento
cirúrgico curativo, quando o doente não apresenta qualquer evidência de neoplasia
maligna detectável pelo exame físico e exames complementares indicados para o caso
(HOFF et al, 2013).
Também pode ser classificado de outras duas formas: 1) de acordo com sua
estrutura química e função em nível celular e; 2) de acordo com a especificidade de
ação no ciclo de divisão celular, conforme resumido na figura 1 (BONASSA, MOTA E
GATO, 2012).

Figura 1. Classificação dos antineoplásicos e resumo dos mecanismos de ação de alguns


agentes quimioterápicos úteis nas doenças neoplásicas (CALABRESI E CHABNER,
2006).

Existem evidências da utilização de drogas quimioterápicas sob a forma de sais


metálicos como o arsênico, o cobre e o chumbo em civilizações antigas do Egito e da
Grécia. No entanto, foi somente durante a segunda guerra que a terapia antineoplásica
passou a ser estudada sistematicamente. A partir da publicação, em 1946, dos estudos
clínicos feitos com o gás mostarda e das observações sobre os efeitos do acido fólico em
crianças com leucemias, verificou-se avanço crescente da quimioterapia antineoplásica.
Atualmente, quimioterápicos mais ativos e menos tóxicos encontram-se disponíveis
para uso na prática clinica (BONASSA e GATO, 2012).
Considera-se que todos os quimioterápicos são teratogênicos, mutagênicos e
carcinogênicos pelo fato de interferirem nos mecanismos genéticos e de divisão celular.
Conseqüentemente, os pacientes tratados com esses agentes podem desenvolver outra
neoplasia (INCA, 2014).
Os avanços verificados nas ultimas décadas, na área da quimioterapia
antineoplásica, tem facilitado consideravelmente a aplicação de outros tipos de
tratamento de câncer e permitido maior numero de curas (BONASSA e GATO, 2012).
Atualmente, metade dos portadores de neoplasias é tratada com radioterapia
(INCA, 2014). O objetivo da radioterapia é alcançar um índice terapêutico favorável,
levando as células malignas a perderem a sua clonogenicidade e, ao mesmo tempo,
preservando os tecidos normais (INCA, 2008).
O tratamento com radioterapia geralmente não provoca dor física (INCA, 2014).
Pode provocar alguns efeitos indesejáveis, tanto a nível físico, desencadeando náuseas e
vômitos, como a nível psicológico, provocando reações de depressão e ansiedade
(IWAMOTO, 2000). Em alguns tratamentos paliativos, onde são utilizadas baixas
doses, os efeitos colaterais são mínimos. Entretanto, quando doses mais altas são
necessárias, as complicações podem ser mais severas (INCA, 2014).
Uma assistência de enfermagem com acurada identificação de problemas
relacionados ao estado físico, espiritual, mental e psicossocial dos pacientes pode
oferecer esperança para alívio dos sintomas através de um programa de intervenção bem
estruturado (SARNA, 1998). Para isso é necessário que a assistência de enfermagem se
guie por uma teoria que possa englobar essa demanda, como a proposta por Dorothea
Orem sobre o autocuidado.
Diante disso, objetivou-se a transmissão do relato de experiência sobre a
elaboração e implantação de um instrumento de coleta de dados do processo de
enfermagem, à luz da Teoria de Orem, para ser utilizado em um Ambulatório
Oncológico do serviço da de tratamento com quimioterapia antineoplásica.

APLICAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM PARA O CUIDADO AO


PACIENTE ONCOLÓGICO

A proposição do processo de enfermagem (PE) iniciou-se nos Estados Unidos da


América, nas décadas de 1960 e 1970, este tem sido utilizado como método para
melhorar a qualidade da assistência de enfermagem (DAVID, 2001). No Brasil,
igualmente nessa década o PE tomou impulsou a partir das contribuições da Teoria de
Wanda Horta, sendo que o referido PE passou a ser utilizado desde a publicação até os
dias atuais (FURUYA, et al.2012).
Apesar das autoras, deste estudo, serem favoráveis à realização da assistência de
enfermagem com base nos "cuidados integrais", como relatado por Pablini Rodrigues et
al (2007), percebeu-se que no presente ambulatório de oncologia, tais cuidados estão
muito voltados para os aspectos biológicos dos sujeitos e aparatos tecnológicos
utilizados para a prestação dos cuidados em saúde. Os aspectos subjetivos destes, suas
necessidades sociais, emocionais e espirituais também estão sendo contemplados,
porém de forma fragmentada.
Surge então, a necessidade de tornar o cuidado realmente “integral”, tornando-se
fundamental neste e em outros ambientes assistenciais, pois unifica o trabalho da equipe
de enfermagem, deixando de lado a fragmentação dos cuidados. O Processo de
Enfermagem deve permitir momentos de discussão entre os profissionais estigando uma
reflexão sobre valores diversos que abrangem o cuidado do paciente, passando a ser
planejado e implementado por meio de um processo integral que valoriza a
comunicação entre os profissionais e com o paciente (FURUYA,2012).
Com a implantação do PE, a enfermagem passa da fase empírica para a
científica, desenvolvendo suas teorias, sistematizando seus conhecimentos, pesquisando
e tornando-se dia a dia uma ciência independente (HORTA, 1979). Tal sistematização
permite que os enfermeiros atuem na prática de maneira autônoma e sólida, pois, para
executá-la, necessitam utilizar preceitos científicos e humanísticos que compõem o
arsenal de conhecimento profissional (HORTA, 1979; SILVA ET AL, 2006).
No ambulatório de oncologia, os pacientes que são encaminhados para o
tratamento chegam com grandes demandas emocionais e físicas, dúvidas quanto ao
tratamento e suas conseqüências, expectativas de melhora, incertezas quanto ao futuro,
medo da morte iminente e sofrem com as reações adversas causados pelos fármacos.
Além disso, muitos apresentam déficit de conhecimento, o que os levam a apresentarem
maiores problemas físicos e emocionais. Isto se faz presente tanto no paciente como no
cuidador, logo, necessitam de uma assistência de enfermagem efetiva e estruturada, para
que os sintomas sejam minimizados ou enfrentados com eficiência.
Os tratamentos oncológicos, em especial, a quimio e radioterapia são vistos
pelos pacientes como importantes fatores estressantes, no entanto, também são vistos
como necessários. Por isso é importante que a pessoa seja capaz de realizar um bom
enfrentamento no primeiro contato com o tratamento, caso contrário, pode haver piora
das reações adversas nas aplicações seguintes. Assim, se uma pessoa não tem um bom
enfrentamento do vômito em um primeiro momento, este pode estar aumentado
posteriormente devido a uma reação psicológica de irritabilidade prévia (FRIED ET
AL., 2003).
Acredita-se que o profissional de enfermagem que desenvolve uma assistência
instrumentalizada pelo PE, à luz de um referencial teórico, será capaz de aprimorar as
habilidades cognitivas e psicomotoras, associar e correlacionar conhecimentos
multidisciplinares e estabelecer relações de trabalho melhor definidas e concretas.
Para utilização do PE é indispensável a realização da coleta de dados e esta tem
por finalidade identificar os problemas reais ou potenciais do cliente, de forma a
subsidiar o plano de cuidados e atender as necessidades encontradas prevenindo as
complicações. É uma das etapas do processo de enfermagem, elemento da
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), que mais exige tempo e trabalho,
reunindo informações indispensáveis à comprovação da hipótese (ALFARO-
LÉFEVRE, 2014).
Todos os passos do processo de enfermagem (PE) dependem dos dados
coletados durante esta fase, por isso a necessidade de assegurar que as informações
obtidas sejam efetivas, completas e organizadas de modo que ajude a adquirir um senso
de padrão entre saúde e doença (ALFARO-LÉFEVRE, 2014).
Para a realização da etapa Histórico de Enfermagem, aplicado a todos os clientes
encaminhados para iniciar o tratamento oncológico, foi elaborado um formulário
padronizado onde constam: dados de identificação, requisitos relacionados aos desvios
de saúde, requisitos de autocuidado universais, requisitos de autocuidado
desenvolvimentais e determinação da competência para o autocuidado conforme
instrumento, utilizando-se o referencial teórico de Orem.
Quanto ao Diagnóstico de Enfermagem, foi adotada a taxonomia NANDA
(North American Nursing Diagnosis Association) International, devido à sua eficácia,
efetividade e eficiência, possibilitando a tomada de decisões a respeito da saúde da
população e de sua qualidade de vida. O termo diagnóstico de enfermagem é definido
como “um julgamento clínico das experiências/respostas de um indivíduo, família,
grupo ou comunidade a problemas de saúde/ processos de vida reais ou potenciais...[e]
oferece a base para a escolha das intervenções de enfermagem de modo a alcançar os
resultados que são responsabilidade do enfermeiro” (NANDA,2015).
A prescrição de enfermagem, é realizada para pacientes que demonstram um
déficit no autocuidado, como também o apoio-educação é direcionado aos seus
familiares. Esta é desempenhada diariamente por enfermeiros, cujas ações prescritas são
executadas pelo próprio paciente, familiar e técnicos de enfermagem.
Quanto à evolução de enfermagem/avaliação esta refere-se a uma investigação
abrangente para decidir se os resultados esperados foram alcançados ou se novos
problemas emergiram (ALFARO-LÉFEVRE, 2014). Nesse caso, a mesma deve ser
realizada diariamente pelos enfermeiros.
Na operacionalização da SAE, atenção especial precisa ser dirigida para o
contingente de recursos humanos de enfermagem cujo quantitativo, invariavelmente, é
apontado como insuficiente para assegurar com efetividade a sistematização. Em
relação à habilidade prática e ao conhecimento científico apresentados pela equipe, não
raro se observa precariedade nestes aspectos, o que indica a necessidade de participação
imprescindível da educação continuada nas atividades de capacitação e atualização.
Uma vez efetivando tal projeto dentro de uma organização, é importante que se
faça o reconhecimento da realidade e das peculiaridades de cada grupo envolvido, das
inovações que estão sendo instituídas, das transformações que estão sendo
desencadeadas e da forma como o processo está sendo conduzido, bem como do
momento histórico da instituição em que se implanta e implementa a SAE.

REFERENCIAL TEÓRICO “DOROTHEA OREM”

Para este estudo, a assistência de enfermagem se guiou na teoria do autocuidado,


proposta por Dorothea Orem. A Teoria de Orem foi selecionada por ser considerada
adequada às condições/características dos trabalhadores, rotinas e público atendido no
ambulatório de quimio e radioterapia na cidade de Aracaju-Sergipe. Através desta teoria
foi possível elaborar um instrumento de coleta de dados que contempla diversos
aspectos do cotidiano do paciente e seu enfrentamento ao tratamento, a fim de guiar o
enfermeiro para uma melhor assistência de enfermagem.
Segundo Dorothea Orem (1991), a enfermagem tem uma especial preocupação
com o autocuidado dos pacientes. Sua teoria engloba o autocuidado, a atividade de
autocuidado e a exigência de autocuidado, bem como requisitos para o mesmo, e está
dividida em três partes relacionadas: autocuidado, deficiências do autocuidado e
sistemas de enfermagem.
A teoria do autocuidado é baseada na atividade que os indivíduos praticam em
seu benefício para manter a vida, a saúde e o bem estar. A ação de autocuidado é a
capacidade do homem engajar-se no autocuidado. Dentre os fatores condicionantes
básicos estão: idade, sexo, estado de desenvolvimento, estado de saúde, orientação
sociocultural e fatores do sistema de atendimento de saúde.
Na teoria do autocuidado, incorpora-se o conceito dos requisitos de autocuidado:
universais, desenvolvimentais e desvio de saúde. Os requisitos de autocuidado
universais são comuns aos seres humanos, auxiliando-os em seu funcionamento, estão
associados com os processos da vida e com a manutenção da integridade da estrutura e
do funcionamento humano. Os requisitos de autocuidado desenvolvimentais ocorrem
quando há a necessidade de adaptação às mudanças que surjam na vida do indivíduo.
E os requisitos relacionados aos desvios de saúde acontecem quando o indivíduo
em estado patológico necessita adaptar-se a tal situação. Os requisitos para o
autocuidado por desvio de saúde são: busca e garantia de assistência médica adequada;
conscientização e atenção aos efeitos e resultados de condições e estados patológicos;
execução de medidas prescritas pelo médico e conscientização de efeitos desagradáveis
dessas medidas; modificação do autoconceito (e da autoimagem) na aceitação de si
como estando num estado especial de saúde; aprendizado da vida associado aos efeitos
de condições e estados patológicos, bem como de efeitos de medidas de diagnósticos e
tratamentos médicos, num estilo de vida que promova o desenvolvimento contínuo do
indivíduo (OREM, 1991).
Os requisitos de autocuidado são: manutenção e ingesta suficiente de ar, água e
alimento; a provisão de cuidados com eliminação e excreção; manutenção de um
equilíbrio entre atividade e descanso, entre solidão e interação social; a prevenção de
riscos à vida, ao funcionamento e ao bem-estar humano; a promoção do funcionamento
e desenvolvimento humano, em grupos sociais, conforme o potencial humano,
limitações humanas conhecidas e o desejo de ser normal (DIÓGENES, 2003).
Segundo Foster e Janssens (1993), a teoria de déficit de autocuidado constitui a
essência da teoria de Orem, quando a enfermagem passa a ser uma exigência a partir das
necessidades de um adulto, e quando o mesmo acha-se incapacitado ou limitado para
prover autocuidado contínuo e eficaz. A teoria do déficit de autocuidado fundamenta-se
na limitação do indivíduo para prover autocuidado sistemático, necessitando ajuda da
equipe de enfermagem.
A teorista identifica cinco métodos de ajuda no déficit de autocuidado: agir ou
fazer para o outro, guiar o outro, apoiar o outro (física ou psicologicamente),
proporcionar um ambiente que promova o desenvolvimento pessoal, quanto a se tornar
capaz de satisfazer demandas futuras ou atuais de ação, ensinar o outro (OREM, 1993)
(GEORGE,1993).
A teoria de sistemas de enfermagem é dividida em sistema totalmente
compensatório, quando o ser humano está incapaz de cuidar de si mesmo, e o
enfermeiro o assiste, substituindo-o, sendo suficiente para ele. Sistema parcialmente
compensatório, quando o enfermeiro e o indivíduo participam na realização de ações
terapêuticas de autocuidado. O sistema de apoio-educação é quando o indivíduo
necessita de assistência na forma de apoio, orientação e ensinamento (FOSTER E
JANSSENS, 1993).
O paciente oncológico que se encontra em tratamento, pode observar diversas
demandas terapêuticas de autocuidado relacionadas principalmente, às principais
reações adversas do tratamento, tais como náuseas, vômitos, comprometimento da
autoimagem, bem como das dificuldades nas interações sociais e o próprio medo da
morte devido ao estigma do câncer.
A forma de agir a partir da identificação do déficit, estará fundamentada no
sistema de enfermagem que se baseará nas necessidades de autocuidado e nas
capacidades do paciente para a execução das atividades de autocuidado. Baseado nisto,
poderão existir 3 sistemas de enfermagem que melhor se adequarão ao paciente: o
sistema totalmente compensatório, situação em que o indivíduo está incapacitado de
empenhar-se em ações de autocuidado que exijam locomoção autodirigida e controlada,
podendo ou não ter mantida a capacidade de julgamento; o sistema parcialmente
compensatório no qual tanto o enfermeiro quanto o paciente executam ações de
autocuidado e possuem capacidade de julgamento acerca das mesmas; e o sistema de
apoio-educação no qual o indivíduo consegue executar e pode aprender a executar ações
de autocuidado, adquirindo conhecimentos e habilidades através das informações dadas
pelo enfermeiro que o auxiliarão em seu autocuidado (GEORGE, 1993).
Considerando esses pontos principais, os objetivos da equipe de enfermagem
nesta interação, geralmente, residem em conhecer o paciente, identificar e satisfazer as
necessidades dos mesmo e assim alcançar o propósito da enfermagem, qual seja: assistir
o indivíduo família ou comunidade na prevenção ou enfrentamento da doença e do
sofrimento (FONSECA, 1997).
O sistema de enfermagem que pareceu ser o mais indicado para atuar junto aos
pacientes do ambulatório de oncologia em estudo, foi o de apoio-educação, através da
informação de como se processa o tratamento, quais as reações adversas esperadas e o
esclarecimento de dúvidas que os pacientes possam vir a ter, principalmente relacionado
ao manejo dos efeitos a que estarão expostos.

PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DOS INSTRUMENTOS

Os estudos sobre o tema iniciaram-se durante participação das autoras, no


programa de educação continuada, promovida e realizada pelo Conselho Regional de
Enfermagem (COREN), seção Sergipe, em parceria com o Departamento de
Enfermagem da UFS, com intuito de capacitar e sensibilizar os profissionais quanto à
adesão dos mesmos à SAE em suas instituições.
O instrumento foi elaborado fundamentado em uma revisão da literatura sobre o
assunto, nas características clínicas e necessidades dos pacientes com câncer e na teoria
de Dorothea Orem, levando-se em consideração ainda o reconhecimento da realidade e
das peculiaridades de cada grupo envolvido, das inovações que estão sendo instituídas,
das transformações que estão sendo desencadeadas e da forma como o processo será
conduzido, bem como do momento histórico da instituição em que se implanta e
implementa o PE (DUTRA, 2010).
Na operacionalização da SAE, atenção especial precisa ser dirigida para o
contingente de recursos humanos de enfermagem cujo quantitativo, invariavelmente, é
apontado como insuficiente para assegurar com efetividade a sistematização. Em
relação à habilidade prática e ao conhecimento científico apresentado pela equipe, não
raro se observa precariedade nestes aspectos, o que indica a necessidade de participação
imprescindível da educação continuada nas atividades de capacitação e atualização
assim como constatado por Dutra (2010).
Deste modo, criou-se o instrumento de coleta de dados a ser utilizado por
enfermeiros em ambulatórios de oncologia à luz da Teoria de Orem.
Instrumento

O instrumento de coleta de dados construído neste estudo (Apêndice) foi


direcionado a clientes oncológicos que realizam tratamento ambulatorial e se constitui
de itens relacionados a: dados de identificação (idade, sexo, situação conjugal,
escolaridade, renda familiar, condição sócio-econômica, cidade, religião, familiar
responsável), requisitos relacionados aos desvios de saúde (dados gerais sobre o
tratamento - diagnóstico médico, tipo de quimio e radioterapia, quimio e radioterápico
utilizado, via de administração, intervalo entre as aplicações, fase do tratamento em que
o paciente se encontra, hábitos e vícios, antecedentes familiares, tipo de tratamento já
utilizado e em uso, conhecimento dos fatores de risco e das complicações,
conhecimento das complicações já instaladas da doença, e presença de comorbidades,
etc.), requisitos de autocuidado universais (dados de acordo com os domínios do
NANDA - padrões nutricionais/ hidratação, eliminação e troca, atividade e repouso,
percepção e cognição, autopercepção, papéis e relacionamentos, sexualidade,
enfrentamento e tolerância ao estresse, segurança e proteção, conforto). Também consta
os requisitos de autocuidado desenvolvimentais (onde consta o exame físico céfalo-
caudal). Em seguida encontra-se os seguintes itens de determinação da competência
para o autocuidado (fatores facilitadores ou dificultadores para realização do
autocuidado), determinação da demanda terapêutica (diagnósticos de enfermagem),
planejamento da assistência nos sistemas de Enfermagem (totalmente compensatório,
parcialmente compensatório ou suporte educativo).
O livro Diagnósticos de Enfermagem da NANDA Internacional (2015), foi
utilizado para guiar o enfermeiro na seleção dos diagnósticos que serão aplicados ao
processo de enfermagem, embasados na teoria do autocuidado de Orem.
Os tópicos foram elaborados para facilitar o raciocínio do enfermeiro sobre os
dados coletados na anamnese e exame físico, de modo que ele seja capaz de reconhecer
os déficits de autocuidado do paciente e, com isso, realizar adequadamente o
levantamento de problemas, diagnóstico de enfermagem e prescrição de enfermagem no
sistema de autocuidado.
I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

NOME: IDADE PRONTUÁRIO ESTADO CIVIL

Nº DE FILHOS

TELEFONE CIDADE RELIGIÃO


PROFISSÃO: __________________ ( ) ATIVO ( ) INATIVO ( ) APOSENTADO ( ) TRABALHA EM CONTATO COM

ALGUMA SUBSTÂNCIA ____________ ESTADO

( )EXPOSIÇÃO FREQUENTE AO SOL ESCOLARIDADE: ( ) NÃO ESCOLARIZADO RESIDE COM QUANTAS PESSOAS?_______

( ) ENSINO FUNDAMENTAL
CONVÊNIO: ( ) SIM ( ) NÃO
CONDIÇÃO SOCIOECONÔMICA: ( ) URBANO ( ) ZONA RURAL ( ) CASA PRÓPRIA ( ) CASA ALUGADA ( )
QUAL? __________________
OUTRA________________ ( ) ENSINO MÉDIO FAMILIAR RESPONSAVEL
( ) COM SANEAMENTO BÁSICO ( ) SEM SANEAMENTO BÁSICO
( ) ENSINO SUPERIOR

REQUISITOS DE AUTO CUIDADO RELACIONADOS AOS DESVIOS DE SAÚDE

2) HISTÓRIA DA DOENÇA PREGRESSA,


ATUAL E ONCOLÓGICA: HISTÓRIA PATOLÓGICA ANTERIOR/ DOENÇAS 3) DIAGNÓSTICO MÉDICO: ______________________________
ORIGEM DO PACIENTE: ( )PSF Qual? ( CRÔNICAS:
)CAISM ( ) AMBULATÓRIO Qual? ( ) PERFORMANCE STATUS: ____________
SERVIÇO PRIVADO Qual?
MEDICAMENTO EM USO: TRATAMENTO PROPOSTO:( ) NEO ADJUVANTE ( ) ADJUVANTE ( ) PALIATIVO
ANTECEDENTES PESSOAIS: ( ) METÁSTASE ____________________________________
TABAGISTA Nº
CIGARROS/DIA_______HÁ_______ANOS ( ANTECEDENTES FAMILIARES: TRATAMENTO ANTERIOR: ( ) NÃO ( ) SIM ( ) RADIOTERAPIA ( ) QT QUAL? ____________________
) TABAGISTA PASSIVO ( ( ) CIRURGIA QUAL? _____________________
)ETILISTA, HÁ __________ ANOS
CIRURGIAS ANTERIORES: DATA DO INÍCIO DA QT: ____/_____/_____
PATOLOGIA ASSOCIADA: ( )DM
( ) HAS ( ) OBESO ( )CARDIOPATIA PROTOCOLO _______________________
(IAM/AVC/IRC) ( ) DISLIPIDEMIAS ( ) DPOC REALIZOU: ( ) PAAF ( ) BIÓPSIA ( )
( ) IRA NODULECTOMIA ( ) CIRURGIA ( ) OUTROS: CICLOS: _______/________ INTERVALO ENTRE OS
_________________________________________ CICLOS:___________________________________________
ALERGIAS: ( )NÃO ( )SIM, QUAIS?

QUEIXA ATUAL CONDIÇÃO DE REDE VENOSA: ( ) BOA ( ) RUIM ( ) FINA ( ) CALIBROSA ( ) PALPÁVEL ( )
HISTÓRICO
IMPALPÁVEL

ACESSO VENOSO: ( ) PERIFÉRICO ( ) CVC-TI ( ) OUTROS ______________________________


REQUISITOS UNIVERSAIS

ATIVIDADE E REPOUSO
Sono e repouso
PERCEPÇÃO E COGNIÇÃO
( ) dorme menos que o habitual
Nível de consciência:
ELIMINAÇÃO E TROCA ( ) dificuldade para dormir
( ) acordado
( ) náusea ( ) não consegue dormir
( ) sonolento
( ) vômito ( ) acorda as vezes
( ) lúcido
( ) hematêmese ( ) sonolência durante o dia
( ) confuso
( ) hérnia ( ) insatisfação com o sono
( ) com falhas de memória
( ) fistula ( ) mudança no padrão do sono
( ) letargia
( ) plenitude pós prandial ( ) sono induzido,
( ) alucinações
( ) dor abdominal medicação:___________________
( ) convulsão
( ) abdome distendido ( ) cansaço/ fadiga
( ) cognição prejudicada
NUTRIÇÃO ( ) massa abdominal palpável ( ) agitação
( ) mudança de nível de consciência
( ) desnutrição ( ) dor a evacuação ( ) irritabilidade/ inquietação
( ) outros: __________
( ) desidratação ( ) flatulência ( ) ansiedade
( ) sem alteração
( ) fraqueza Eliminação intestinal ( ) apatia
( ) edema ( ) obstipação ( ) concentração comprometida
Nível de orientação:
( ) mucosite, grau:_____ ( ) diarréia, ( ) outros: ____________
( ) orientado ( ) desorientado no tempo/ espaço
( ) sialorréia com presença de muco? _____ ( ) sem alteração
( ) boca seca ( ) melena Mobilidade MMSS e MMII
Distúrbios:
( ) dor epigástrica ( ) presença de sangue nas fezes ( ) parestesia
( ) gagueira
( ) dificuldade para deglutir ( ) hemorróidas ( ) plegia
( ) dificuldade para falar
( ) odinofagia ( ) outros: ____________ ( ) hemiplegia
( ) dificuldade de entendimento
( ) pirose ( ) sem alteração ( ) tremores de extremidade
( ) outros: ____________
( ) outros: ____________ Eliminação urinário ( ) amputações
( ) sem alteração
( ) sem alteração ( ) disúria ( ) edema
( ) oligúria ( ) linfedema, onde? _________
Percepção dos órgãos dos sentidos
( ) hematúria ( ) outros: ____________
Acuidade visual: ( ) preservada ( ) diminuída parcial/ total ( )
( ) diminuição do jato ( ) sem alteração
estrabismo ( ) prótese ocular
( ) incontinência urinária Locomoção:
Acuidade auditiva: ( ) preservada ( ) diminuída parcial/ total
( ) nictúria ( ) deambula
( ) prótese auditiva
( ) urgência urinária ( ) deambula com ajuda
Gustatória: ( ) preservada ( ) diminuída
( ) retenção urinária 1. muleta 2. andador 3. cad. de rodas
Olfatória: ( ) preservada ( ) diminuída
( ) outros: ____________ ( ) mudanças na marcha
( ) sem alteração ( ) acamado
( ) semi-acamado
( ) outros: ____________
( ) sem alteração
AUTOPERCEPÇÃO PAPÉIS E RELACIONAMENTOS SEXUALIDADE ENFRENTAMENTO E TOLERÂNCIA AO ESTRESSE
( ) demasiadamente conformado ( ) dificuldade para concluir as tarefas ( ) desempenho sexual satisfatório Estado emocional:
( ) relato de sentimento de culpa/ necessárias ( ) desempenho sexual não ( ) tranquilo
de vergonha ( ) preocupação com a rotina de satisfatório ( ) ansioso
( ) falta de afeto cuidados ( ) não tem atividade sexual ( ) desesperado
( ) comportamento indeciso ( ) dependência (química, de nicotina) ( ) falta de desejo sexual ( ) choroso
( ) comportamento destrutivo ( ) dificuldade de se divertir ( ) outros________________ ( ) inquietação
( ) verbalizações autonegativas ( ) recusa em obter ajuda ( ) irritabilidade
( ) tomada de decisão adiada ( ) isolamento social ( ) triste
( ) outros: ____________ ( ) negação de problemas ( ) agressivo
( ) negação da família ( ) medo do sofrimento/ da dor/ da morte
( ) problemas conjugais ( ) depressão
( ) baixa auto-estima
( ) problemas econômicos ( ) psicossomatização
( ) problemas familiares Mudança após ter conhecimento da sua doença:
( ) sinais físicos de angústia ( ) está otimista com o tratamento
( ) sinais físicos de tensão ( ) refere estar desanimado
( ) dificuldade em aderir a crenças ( ) não aceita o problema
religiosas ( ) não sabe da doença
( ) mudanças nas práticas religiosas ( ) falta de seguimento do tratamento

REQUISITOS DESENVOLVIMENTAIS
Regulação Cardiovascular
( ) sem alteração ( ) arritmias ( ) sopro ( ) outros:______________

Regulação Imunológica
Temperatura axilar: _______ºc.
Linfonodo superfial palpável: ( ) não ( )sim local: ______________________ Nutrição e hidratação
Aceitação alimentar: ( ) boa ( ) inapetente ( ) intolerante ( ) recusa em alimentar-se
Escala de Dor: __________Medicação: ___________________________________ Em uso de: ( ) gastrostomia ( ) esofagostomia ( ) jejunostomia ( ) SNE ( )SNG Tipo de
dieta: _______________________
Oxigenação Ingesta hidrica: ( ) adequada (+-8copos/dia) ( ) inadequada (-8copos/dia)
Função Respiratória: ( ) eupnéico ( ) dispneico ( ) ortopneico
Suporte Ventilatório: ( ) não ( ) sim ( )O2 nasal ( ) traqueostomia Eliminação
Abdomen: ( ) plano ( ) escavado ( ) flácido ( ) distendido ( ) globoso ( ) doloroso
Mama: ( ) ascítico ( ) sem alteração ( ) outros:______________
( ) mastectomia radical, qual lado?______ Eliminação intestinal: ( )preservada ( )ausente: ___dias
( ) quadrantectomia, qual lado? ______ Estomas: ( )colostomia ( )ileostomia
( ) esvaziamento axilar qual lado? ______ Eliminação urinário:
( ) outros: _____________________ ( ) sem alteração Estomas: ( )urostomia ( ) cistostomia ( ) nefrostomia
Uso de anticoncepcional?_____ Uso de terapia de reposição hormonal (trh)?_______ Em uso de: ( ) SVD ( ) outros:____________

Integridade cutâneo mucosa Órgãos genitais/reprodutivo:


Mucosas conjuntivais: ( ) normocoradas ( ) hipocoradas ( ) ictéricas ( ) disparenia ( ) sangramento genital ( ) plurido ( ) corrimento vaginal
Mucosa oral: ( ) normocorada ( ) hipocorada ( ) cianose peri-labial ( ) sangramento ( ) sem alteração ( ) outros:_____________
( ) edemaciada Menarca ________anos Gestações:________________
Condição de higiene: ( ) asseado ( ) falta asseio ( ) fase fértil ( )menopausa ( ) dismenorréia ( ) amenorréia
Condição da higiene oral: ( ) adequada ( ) inadequada ( ) outros___________________
Pele: ( ) normocorada ( ) hipocorada ( ) hidratada ( ) desidratada ( ) ictérica ( ) cianótica
( )urticária ( ) outros: _______________ Necessita de cuidador: ( )sim ( ) não

Acompanhamento das feridas/ curativos ( ) incisão cirúrgica ( ) inserção de dreno ( ) ulceração (


) inserção cateter ( ) deiscência ( ) outro:________________________
Evolução: ________________________________________________________________
Prescrição:________________________________________________________________

FATORES FACILITADORES OU DIFICULTADORES PARA A REALIZAÇÃO DO AUTOCUIDADO


Planejamento da assistência
Determinação da demanda terapêutica (Diagnósticos) Aprazamento
(Suporte-educativo)
Diagnóstico relacionado a

EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM

REGISTRO DE ENFERMAGEM – RADIOTERAPIA


AUTOCUIDADO – FATORES CONDICIONANTES BÁSICOS
CONDICIONANTES BÁSICOS
DATA NASC.: _________________________ SEXO: __________________________________COR: ___________________________________________________________
PROFISSÃO: _______________________ ( ) ATIVO ( ) INATIVO ( ) APOSENTADO ( ) TRABALHA EM CONTATO COM ALGUMA SUBSTÂNCIA _________________________ ( ) EXPOSIÇÃO FREQUENTE AO SOL
CONDIÇÃO SOCIOECONÔMICA: ( ) URBANO ( ) RURAL ( ) CASA PRÓPRIA ( ) CASA ALUGADA ( ) OUTRA______________________________ ( ) COM SANEAMENTO BÁSICO ( ) SEM SANEAMENTO BÁSICO
ESCOLARIDADE: ( ) NÃO ESCOLARIZADO ( ) ENSINO FUNDAMENTAL ( ) ENSINO MÉDIO ( ) ENSINO SUPERIOR
PESO:______________ ALTURA: ________________ SC:______________________IMC:________________ PERFORMANCE STATUS:___________________________________
OUTRO:_____________________________________________________________________________________________________________________________________
REQUISITOS DE AUTOCUIDADO RELACIONADOS AOS DESVIOS DE SAÚDE
ANTECEDENTES ( )ETILISTA QUANTIDADE_______________ ALERGIAS: ( )NÃO ( )SIM, QUAIS?______________________
ANTECEDENTES TIPO:__________________________________
FAMILIARES:_____________ TEMPO __________ ANOS PERFORMANCE STATUS: ____________ INTENÇÃO DO TRATAMENTO: ( )RADICAL ( )
_______________________________________ PALIATIVO
_ PATOLOGIA ASSOCIADA: ( )DM ( ) HAS ( ) OBESO
_______________________________________ ( )CARDIOPATIA (IAM/AVC/IRC) ( ) DISLIPIDEMIAS ( ) DPOC TIPO DE NEOPLASIA: CID 10:
_ ( ) IRA
_______________________________________ MEDICAMENTO EM USO: ______________________________ TRATAMENTO
_ ____________________________________________________ PROPOSTO:_______________________________________________________________________
ANTECEDENTES PESSOAIS: ____________________________________________________ _________________________________________________________________________________________
( )TABAGISTA Nº ____________________________________________________ ______
CIGARROS/DIA___________ CIRURGIAS ANTERIORES:_____________________________ DOSE TOTAL:________ DOSE DIÁRIA:__________ ENERGIA
TIPO:__________________________________ ____________________________________________________ UTILIZADA:_________________________________
_ ____________________________________________________ VOLUME
TEMPO_______ANOS _____________________________________________ IRRADIADO:___________________________FRACIONAMENTO:_________________________________

TRATAMENTO ANTERIOR: ( ) NÃO ( ) SIM QUAL?


____________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
______
_________________________________________________________________________________________
______
DATA DO INÍCIO DA RT: ____/_____/_____
REQUISITOS UNIVERSAIS DE AUTOCUIDADO
NUTRIÇÃO ELIMINAÇÃO E TROCA ATIVIDADE E REPOUSO PERCEPÇÃO E COGNIÇÃO
( ) Desnutrição ( ) Náusea Sono e repouso Nível de consciência:
( ) Desidratação ( ) Vômito ( ) Dorme menos que o habitual ( ) Sonolento
( ) Fraqueza ( ) Hematêmese ( ) Dificuldade para dormir ( ) Lúcido
( ) Edema (. ) Hérnia ( ) Não consegue dormir ( ) Confuso
( ) Mucosite, Grau:_____ ( ) Fistula ( ) Acorda as vezes ( ) Com falhas de memória
( ) Sialorréia ( ) Dor Abdominal ( ) Sonolência durante o dia ( ) Letargia
( ) Boca Seca ( ) Abdome distendido ( ) Insatisfação com o sono ( ) Alucinações
( ) Dor Epigástrica ( ) Massa Abdominal Palpável ( ) Sono Induzido, ( ) Convulsão
( ) Dificuldade para deglutir ( ) Dor a Evacuação ( ) Cansaço/ Fadiga ( ) Mudança de nível de consciência
( ) Odinofagia ( ) Flatulência ( ) Agitação ( ) Outros: __________
( ) Pirose Eliminação intestinal ( ) Irritabilidade/ Inquietação ( ) Sem Alteração
( ) Outros: ____________ ( ) Obstipação ( ) Concentração comprometida
( ) Sem alteração ( ) Diarréia, ( ) outros: ____________ Nível de orientação:
Com presença de muco? _____ ( ) Sem Alteração ( ) Orientado ( ) Desorientado
( ) Melena Mobilidade Mmss E Mmii
( ) Hemorróidas ( ) Parestesia Distúrbios:
( ) Outros: ____________ ( ) Plegia ( ) gagueira
( ) Sem alteração ( ) Hemiplegia ( ) dificuldade para falar
( ) Tremores de extremidade ( ) dificuldade de entendimento
Eliminação urinário ( ) Amputações ( ) outros: ____________
( ) Disúria ( ) Edema ( ) sem alteração
( ) Oligúria ( ) Linfedema, Onde? _________
( ) Hematúria ( ) Outros: ____________ Percepção dos órgãos dos sentidos
( ) Diminuição do Jato ( ) Sem Alteração Acuidade visual: ( ) preservada ( ) diminuída
( ) Incontinência Urinária Locomoção: parcial/ total
( ) Nictúria ( ) Deambula
( ) Urgência Urinária ( ) Deambula com ajuda Acuidade auditiva:
( ) Retenção Urinária 1. Muleta 2. Andador 3. Cad. De Rodas ( ) preservada ( ) diminuída parcial/ total ( )
( ) Outros: ____________ ( ) Mudanças na marcha prótese auditiva
( ) Sem Alteração ( ) Acamado
( ) Semi-acamado Gustatória:
( ) Outros: ___________ ( ) preservada ( ) diminuída
( ) Sem Alteração
Olfatória:
( ) preservada ( ) diminuída

AUTOPERCEPÇÃO PAPÉIS E RELACIONAMENTOS SEXUALIDADE SEGURANÇA/PROTEÇÃO


( ) demasiadamente conformado ( ) dificuldade para concluir as tarefas necessárias ( ) desempenho sexual satisfatório ( )Ausência de dente
( ) relato de sentimento de culpa/ de vergonha ( ) preocupação com a rotina de cuidados ( ) desempenho sexual não satisfatório ( )Cáries
( ) falta de afeto ( ) dependência (química, de nicotina) ( ) não tem atividade sexual ( )Úlceras orais
( ) comportamento indeciso ( ) dificuldade de se divertir ( ) falta de desejo sexual ( )Xerostomia
( ) comportamento destrutivo ( ) recusa em obter ajuda ( ) outros________________ ( )Rompimento da superfície da pele
( ) verbalizações autonegativas ( ) isolamento social ( )Tecido lesado
( ) tomada de decisão adiada ( ) negação de problemas ( )Descamaçãoseca
( ) outros: ____________ ( ) negação da família ENFRENTAMENTO E TOLERÂNCIA AO ESTRESSE ( )Desacamação úmida
( ) problemas conjugais Estado emocional: ( )Hiperemia
( ) problemas econômicos ( ) tranquilo ( )Ulceração
( ) problemas familiares ( ) ansioso ( )Eritema
( ) sinais físicos de angústia ( ) desesperado ( )Edema
( ) sinais físicos de tensão ( ) choroso ( )Bolhas
( ) dificuldade em aderir a crenças religiosas ( ) inquieto
( ) mudanças nas práticas religiosas ( ) irritado
( ) triste
( ) agressivo CONFORTO
( ) medo do sofrimento/ da dor/ da morte ( )Ansiedade
( ) depressão ( )Medo
( ) baixa auto-estima ( )Irritabilidade
Mudança após ter conhecimento da sua doença: ( )Dor
( ) otimista com o tratamento ( )Afeto triste
( ) refere desânimado ( )Retraído
( ) não aceita o problema ( )Relato de sentimento de rejeição
( ) não sabe da doença ( )Sentimento de diferença com relação aos
( ) falta de seguimento do tratamento outros

REQUISITOS DESENVOLVIMENTAIS DE AUTOCUIDADO


REGULAÇÃO CARDIOVASCULAR NUTRIÇÃO E HIDRATAÇÃO
( ) SEM ALTERAÇÃO ( ) ARRITMIAS ( ) SOPRO ( ) OUTROS:______________ ACEITAÇÃO ALIMENTAR: ( ) BOA ( ) INAPETENTE ( ) INTOLERANTE ( ) RECUSA EM
ALIMENTAR-SE
REGULAÇÃO IMUNOLÓGICA EM USO DE: ( ) GASTROSTOMIA ( ) ESOFAGOSTOMIA ( ) JEJUNOSTOMIA ( ) SNE ( )SNG
TEMPERATURA AXILAR: _______ºC. TIPO DE DIETA: _______________________
LINFONODO SUPERFIAL PALPÁVEL: ( ) NÃO ( )SIM LOCAL: ______________________ INGESTA HIDRICA: ( ) ADEQUADA (+-8COPOS/DIA) ( ) INADEQUADA (-8COPOS/DIA)

ESCALA DE DOR: __________MEDICAÇÃO: ___________________________________ ELIMINAÇÃO


ABDOMEN: ( ) PLANO ( ) ESCAVADO ( ) FLÁCIDO ( ) DISTENDIDO ( ) GLOBOSO ( ) DOLOROSO
OXIGENAÇÃO ( ) ASCÍTICO ( ) SEM ALTERAÇÃO ( ) OUTROS:______________
FUNÇÃO RESPIRATÓRIA: ( ) EUPNÉICO ( ) DISPNEICO ( ) ORTOPNEICO ELIMINAÇÃO INTESTINAL: ( )PRESERVADA ( )AUSENTE: ___DIAS
SUPORTE VENTILATÓRIO: ( ) NÃO ( ) SIM ( )O2 NASAL ( ) TRAQUEOSTOMIA ESTOMAS: ( )COLOSTOMIA ( )ILEOSTOMIA
ELIMINAÇÃO URINÁRIO:
MAMA: ESTOMAS: ( )UROSTOMIA ( ) CISTOSTOMIA ( ) NEFROSTOMIA
( ) MASTECTOMIA RADICAL, QUAL LADO?______ EM USO DE: ( ) SVD ( ) OUTROS:____________
( ) QUADRANTECTOMIA, QUAL LADO? ______
( ) ESVAZIAMENTO AXILAR QUAL LADO? ______ ÓRGÃOS GENITAIS/REPRODUTIVO:
( ) OUTROS: _____________________ ( ) SEM ALTERAÇÃO ( ) DISPARENIA ( ) SANGRAMENTO GENITAL ( ) PLURIDO ( ) CORRIMENTO VAGINAL
USO DE ANTICONCEPCIONAL?_____ USO DE TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL (TRH)?_______ ( ) SEM ALTERAÇÃO ( ) OUTROS:_____________
MENARCA ________ANOS GESTAÇÕES:________________
( ) FASE FÉRTIL ( )MENOPAUSA ( ) DISMENORRÉIA ( ) AMENORRÉIA
INTEGRIDADE CUTÂNEO MUCOSA ( ) OUTROS___________________
MUCOSAS CONJUNTIVAIS: ( ) NORMOCORADAS ( ) HIPOCORADAS ( ) ICTÉRICAS
MUCOSA ORAL: ( ) NORMOCORADA ( ) HIPOCORADA ( ) CIANOSE PERI-LABIAL ( ) SANGRAMENTO NECESSITA DE CUIDADOR: ( )SIM ( ) NÃO
( ) EDEMACIADA
CONDIÇÃO DE HIGIENE: ( ) ASSEADO ( ) FALTA ASSEIO
CONDIÇÃO DA HIGIENE ORAL: ( ) ADEQUADA ( ) INADEQUADA
PELE: ( ) NORMOCORADA ( ) HIPOCORADA ( ) HIDRATADA ( ) DESIDRATADA ( ) ICTÉRICA ( ) CIANÓTICA
( )URTICÁRIA ( ) OUTROS: _______________

ACOMPANHAMENTO DAS FERIDAS/ CURATIVOS ( ) INCISÃO CIRÚRGICA ( ) INSERÇÃO DE DRENO ( )


ULCERAÇÃO ( ) INSERÇÃO CATETER ( ) DEISCÊNCIA ( ) OUTRO:________________________
EVOLUÇÃO: ________________________________________________________________
PRESCRIÇÃO:________________________________________________________________

FATORES FACILITADORES OU DIFICULTADORES PARA A REALIZAÇÃO DO AUTOCUIDADO


CONSIDERAÇÕES FINAIS

A implantação do PE em serviços de oncologia, certamente contribuiu para o


fortalecimento da autonomia e satisfação dos enfermeiros, evidenciada na mudança de
atitude destes quanto à valorização da metodologia no seu cotidiano, bem como na
sistematização das ações de enfermagem guiadas por conhecimentos técnicos, práticos e
científicos.
As autoras esperam que a implantação do PE contribua efetivamente para que as
ações possam oferecer uma assistência de qualidade aos principais beneficiados desta,
os indivíduos com câncer, além da instituição de saúde.
Por fim, sugere-se, a expansão do PE para os ambulatórios de oncologia de todo
o território nacional, considerando a experiência exitosa que tivemos em nosso serviço.

REFERÊNCIAS

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o raciocínio clínico. 8ª edição. Porto Alegre - RS: Artes Médicas; 2014.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da


Silva. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Coordenação de Prevenção e
Vigilância. Estimativa 2014 : incidência de câncer no Brasil. Coordenação Geral de
Ações Estratégicas, Coordenação de Prevenção e Vigilância. – Rio de Janeiro: INCA,
2014. 124 p.

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Nacional de Câncer. Coordenação Nacional de Controle de tabagismo. Falando sobre
câncer e seus fatores de risco. Rio de Janeiro: INCA, 1997.

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Cianciarullo, Dulce Maria Rosa Gualda, Marta Maria Melleiro, Marian Hideko
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ALBUQUERQUE, G.L. Proposta para a sistematização da assistência de enfermagem
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