Bob, A Interface Digital Da Microsoft

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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO – CAMPUS COLATINA

CURSO SUPERIOR EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO


FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

ANDRÉ GARCIA HOLTZ


THAIS FERREIRA PASSOS
WANESSA LAURINDO RODRIGUES

Bob, a Interface Digital da Microsoft

Colatina
2022

ANDRÉ GARCIA HOLTZ


THAIS FERREIRA PASSOS
WANESSA LAURINDO RODRIGUES

Bob, a Interface Digital da Microsoft

Trabalho apresentado à Disciplina de


Fundamentos em Sistemas de
Informação do Curso Bacharelado em
Sistemas Informação no Instituto
Federal do Espírito Santo.

Colatina
2022
Por que projetos de Software falham no desenvolvimento?
Os motivos que podem levar ao fracasso de um projeto são inúmeros e obras
inteiras têm sido escritas sobre este assunto. Porém existem razões mais comuns
que levam ao fracasso o maior número de projetos na indústria em geral. Fergus
O’Connell, em sua obra How to Run Successful High-Tech Project-Based
Organizations (Artech House, 1999) apresenta uma relação dos dez principais
motivos que levam projetos ao fracasso:
1. Os objetivos do projeto não são bem definidos e/ou os envolvidos não são
identificados;
2. Os objetivos do projeto são definidos de forma apropriada, mas as mudanças
não são controladas de forma apropriada;
3. O projeto não é planejado de forma apropriada;
4. O projeto não é gerenciado de forma apropriada;
5. O projeto é planejado de forma apropriada, porém seus recursos não são
gerenciados;
6. Não são criados planos de contingência;
7. As expectativas dos envolvidos com relação ao projeto não são gerenciadas;
8. O projeto é planejado de forma apropriada, mas seu progresso não é
monitorado e controlado;
9. Relatórios de progresso são inadequados ou inexistentes;
10. Quando ocorre problema no projeto, as pessoas acreditam que os mesmos
podem ser resolvidos de forma simples.

Gerenciar projetos de software é uma tarefa mais difícil do que gerenciar projetos
em qualquer outra indústria: projetos de software fracassam em números
proporcionalmente muito superiores. De acordo com George Stepanek, em seu livro
Software Project Secrets: Why Software Projects Fail (Apress, 2005), 94% dos
projetos de engenharia são completados com sucesso. Um projeto completado com
sucesso significa que atingiu satisfatoriamente seus objetivos, dentro do tempo e do
orçamento planejado, sofrendo variações mínimas. Outras áreas da indústria, que
não a de software, mostram resultados semelhantes, ficando os projetos falhos
reduzidos a um pequeno percentual.

Bob, a Interface Digital da Microsoft


O programa tinha como objetivo auxiliar no uso do Windows, repaginando a interface do
computador, mas acabou se tornando um grande fracasso e foi descontinuado no ano
seguinte. A área de trabalho, por exemplo, virava uma casa, onde viviam os personagens
que guiavam o usuário, como o cachorro Rover e o Clippy, aquele clipe de papel que
perdurou no Microsoft Office bem depois do sistema sair do ar.
Logo do Microsoft Bob — Foto: Reprodução/TIME

Funcionalidade
A ideia do Microsoft Bob era fazer com que as pessoas que estavam aprendendo a usar o
Windows o fizessem de uma maneira mais suave e natural. Em vez de navegar por menus
e clicar em ícones, a interface se tornava algo que o usuário pudesse relacionar com a sua
vida cotidiana com mais facilidade. Por isso, ele simulava uma casa.

Como Funcionava
O Bob transformava a área de trabalho em uma casa, onde cada objeto correspondia a
uma aplicação diferente do PC. O sistema dava funções aos materiais que faziam alusão
ao que as pessoas utilizavam na vida real. Por exemplo, quem quisesse escrever algo, era
clicar só no papel e na caneta que estavam sobre a mesa para abrir o Microsoft Word. Já a
ação de bater na porta significava uma solicitação de login e, se acertasse o usuário e a
senha, a pessoa poderia entrar na "casa" e acessar a área de trabalho.

Além dos já citados Rover e Clippy, havia um grupo de 17 "amigos do Bob" para
servir de guia do usuário. Dentre eles, existiam personagens especializados em
determinadas funções: Lexi, uma espécie de registro de óculos que ajudava em
questões de contabilidade; e Hank, um elefante roxo que auxiliava no uso do
GeoSafari, um programa educacional. Cada personagem tinha uma "personalidade"
diferente, fazendo com que cada usuário do Microsoft Bob tivesse um amigo
preferido.
A área de trabalho se tornava uma sala de estar — Foto: Reprodução/Microsoft

Fracasso
Por mais que parecesse promissor, o Microsoft Bob tinha um valor elevado para a época.
Seu preço inicial era de U$ 100, números altos ao considerar que, na década de 1990, o
desenvolvimento tecnológico não era tão avançado.
A ideia do Microsoft Bob não foi muito bem vista. A revista TIME colocou o software na sua
lista das 50 piores invenções da história, afirmando que "o sistema era muito caro e fofo
demais, além de falhar na competição contra o Macintosh". Uma das grandes críticas dos
usuários era que, ao invés de ser útil e ajudar, Bob era irritante. O próprio Bill Gates afirma
que o projeto foi um erro, mas pondera que "estava à frente do seu tempo, assim como
nossos outros fracassos".

Curiosidade
A fonte Comic Sans foi criada para o Microsoft Bob. Uma das fontes mais criticadas dentre as
disponíveis no Windows, a Comic Sans também dividiu o palco com o Bob. Um fato
curioso, entretanto, é que ela foi feita para o sistema operacional, mas não foi utilizada
nele. Por mais que designers, publicitários e profissionais da informática tivessem opiniões
contrastantes, a Comic Sans não deixou de viver seus momentos de glória.

A Comic Sans foi criada para aparecer nos balões de fala dos ajudantes no Microsoft Bob — Foto:
Reprodução/The Cut
Referências
https://www.techtudo.com.br/listas/2020/03/microsoft-bob-seis-fatos-sobre-o-
sistema-considerado-um-grande-fracasso.ghtml
http://www.linhadecodigo.com.br/artigo/2054/por-que-projetos-de-software-
falham.aspx

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