Saponificção
Saponificção
Saponificção
História do sabão
Segundo uma lenda romana, a palavra “sabão” deriva da
semelhança com Monte Sapo, nos arredores de Roma, na Itália. A
gordura dos animais que eram sacrificados no fogo para os deuses
escorria na madeira queimada do altar até a proximidade dos rios
onde as mulheres iam lavar roupas. E elas sentiam certa facilidade
em limpá-las com esta nova substância.
1 Introdução
Princípios da saponificação
Os lipídeos podem sofrer reação de hidrólise ácida ou básica. A hidrólise ácida produzirá álcool, glicerol e
ácidos graxos constituintes. Já a hidrólise básica produzirá glicerol e os sais desses ácidos graxos, que, por sua
vez, constituem o sabão. Assim, aquecendo óleos na presença de uma base, realizamos uma reação química
que produz sabão, denominada saponificação .
A reação de saponificação acontece na presença de uma base, como KOH ou NaOH. O KOH é usado para se
obter sabões potássicos, como por exemplo cremes de barbear. A glicerina resultante da produção do sabão
pode ser comercializada e servir para fabricação do explosivo nitroglicerina, ou como umectante em produtos
de beleza, sabonetes e produtos alimentícios .
1 Introdução
Princípios da saponificação
O princípio da limpeza de gorduras efetuado pelo sabão é a
sua natureza anfipática, onde possui uma porção polar e outra
apolar. Assim, as moléculas anfipáticas conseguem interagir
tanto com substâncias polares ou hidrofílicas quanto com
substâncias apolares ou hidrofóbicas. Quando em meio
aquoso, as moléculas anfipáticas tendem a se agrupar
formando estruturas esferoides, denominadas micelas, em um
processo chamado emulsificação. Nas micelas, as moléculas
com a cadeia apolar são direcionadas para o interior,
interagindo com o óleo, enquanto a extremidade polar é
orientada para o exterior, em contato com a água. Dessa forma,
a micela é levada pela água, facilitando a remoção de
moléculas apolares como a gordura .
1 Introdução
Princípios da saponificação
Os tipos de saponificaçõ es, são definidos de acor do com a base utilizada no processamento do
produto, podendo ser óleo ou gordura.
Sabão de sódio: geralmente mais duro, trata-se do tipo mais comum;
Sabão de potássio: macio, usado em cremes de barbear;
Sabão de amônio: líquido, utilizado em xampus
Os sabões são também chamados de agentes tensoativos ou surfactantes, p ois eles diminuem a
tensão superfi cial da água, ajudando a p enetra r melhor nos materiais e a realizar a su a limpeza.
Introdução
Gordura
As gorduras mais comuns para a preparação do sabão são a banha e o sebo de origem animal, óleo de coco, de
palma e de oliva. O tamanho da cadeia e o número de insaturações determinam as características do sabão
resultante. Por ex. o sal de um ácido de longa cadeia saturada torna o sabão mais duro e mais insolúvel. O
tamanho da cadeia também afeta a solubilidade.
O interesse da banha como ingrediente é devido ao seu alto conteúdo em energia e fornecimento de ácidos
gordos essenciais (essencialmente linoleico). A banha contém proporções consideráveis de ácido palmítico,
ácido esteárico, ácido oleico e ácido linoleico. Há pequenas quantidades de ácido palmitoleico e resíduos de
ácido linolénico, ácido araquidónico e ácido mirístico. Esta composição determina o ratio entre ácidos gordos
saturados e insaturados
2 Procedimento
Inicialmente, foi derretida 10g da gordura do porco, apos resfriar