Escala de Vulnerabilidade Ao Stresse
Escala de Vulnerabilidade Ao Stresse
Escala de Vulnerabilidade Ao Stresse
Coimbra
Setembro de 2012
RELAÇÃO ENTRE VULNERABILIDADE AO STRESS E
ESTRATÉGIAS DE COPING
Coimbra
Setembro de 2012
Agradecimentos
Aos meus pais e à minha irmã pelo carinho e apoio ao longo destes anos.
ii
Resumo
As situações indutoras de stress são uma constante imutável no dia-a-dia do ser humano
e quando esta perturbação não é gerida de forma adequada, acarreta graves prejuízos na saúde
dos indivíduos refletindo-se em diversas áreas das suas vidas nomeadamente no trabalho.
O presente estudo tem como finalidade identificar a relação entre o stress e as estratégias
de coping e perceber se os indivíduos com vulnerabilidade ao stress diferem dos indivíduos
sem stress no que concerne às estratégias de coping utilizadas.
A vulnerabilidade ao stress foi medida pela escala 23QVS, enquanto as estratégias de
coping foram avaliadas pelo Inventário de Resolução de Problemas (IRP), tendo sido, ainda,
utilizado um questionário sociodemográfico. A amostra foi composta por 62 trabalhadores de
uma empresa de venda a retalho com idades compreendidas entre os 20 e os 44 anos
(M=32,02 DP=5,770).
Os resultados obtidos revelaram que a vulnerabilidade ao stress se correlaciona de forma
negativa e altamente significativa com as estratégias de coping e que indivíduos com e sem
vulnerabilidade ao stress não diferem quanto ao uso destas estratégias.
Palavras-chave: Stress, coping, empresa de venda a retalho, colaboradores
Abstract
The stress-induction situations are a constant unchanging in human being life, and if this
disturbance is not managed adequately can be harmful to the health of individuals and
reflected in many areas of their lives including their work.
The present study aims to analyze the relationship between stress and coping strategies,
and understand if individuals with stress vulnerability differs from individuals without stress
in respect to the use of coping strategies.
Stress vulnerability was measured by the 23QVS scale and coping strategies by the
Inventário de Resolução de Problemas – IRP (Inventory of Problem Solving), and we also
used a sociodemographic questionnaire. The sample consisted of 62 workers of a retailing
company with ages between 20 and 40 years old (M = 32,02; DP = 5,770).
Our research studies reveal that stress vulnerability correlates negatively and highly with
coping strategies, and individuals with and without stress vulnerability not differ in the use of
these strategies.
Key-words: Stress, coping, co-workers, retailing company
iii
Índice
Introdução ................................................................................................................................................................................... 5
I. Enquadramento conceptual......................................................................................................................................... 6
1. Vulnerabilidade............................................................................................................................................................... 6
III. Metodologia....................................................................................................................................................................... 15
2. Instrumentos ................................................................................................................................................................. 17
3. Procedimentos de Investigação........................................................................................................................... 20
V. Discussão ............................................................................................................................................................................ 26
Bibliografia ............................................................................................................................................................................... 29
Apêndices .................................................................................................................................................................................. 32
iv
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Introdução
Numa conjuntura de crise financeira e de acérrima concorrência, o capital humano
representa um dos principais fatores que mais contribuem para a criação de valor
organizacional. Em empresas de venda a retalho, em que a interação entre colaboradores e
clientes é uma necessidade imutável, torna-se imprescindível que os recursos humanos
estejam disponíveis para atender a qualquer solicitação, e que se revelem capazes de
satisfazer o cliente propiciando uma imagem positiva da empresa para o exterior. Assim,
trabalhar com pessoas stressadas pode fazer a diferença quanto ao sucesso ou insucesso de
uma organização, já que o estado de saúde encontra-se diretamente relacionado com o
comportamento das pessoas. Vaz Serra (2000b), afirma que o stress pode motivar a
diminuição do rendimento pessoal do indivíduo ou revelar comportamentos e atitudes sem
lógica aparente.
Deste modo, para que um acontecimento indutor de stress não desencadeie um estado de
tensão e desequilíbrio que se perpetue no tempo, é fundamental que se faça um uso adequado
das estratégias de coping, de modo a reduzir a perturbação sentida a nível físico, emocional
ou psicológico, e assim se possa evitar que haja prejuízo para a saúde. Revela-se, então,
importante que as pessoas saibam utilizar e aplicar as estratégias de coping em diferentes
circunstâncias, já que o seu uso adequado tem a capacidade de reduzir de imediato a
perturbação sentida.
Atendendo à necessidade de melhor compreender e lidar com o stress, o objetivo desta
investigação recaiu sobre o estudo da relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de
coping. Neste sentido, pressupõe-se que a diminuição da vulnerabilidade ao stress esteja
relacionada com o uso das estratégias de coping. Pretende-se ainda, explorar a influência de
algumas variáveis sociodemográficas nestes dois constructos. Na verdade, de acordo com o
que refere Vaz Serra (2000b), o stress é uma área de investigação que, do ponto de vista
científico, se tem tornado extraordinariamente fecunda e que ajuda a compreender o limite
entre o normal e o patológico, e a interligação entre o biológico, o psicológico e o social.
A componente empírica desta investigação foi realizada a partir dos dados recolhidos
numa empresa de venda a retalho, da Região Centro de Portugal.
Este estudo comtempla duas grandes partes: a primeira relativa à revisão do estado da
arte, apresentando algumas considerações sobre a perspetiva histórica do stress e do coping.
Tentar-se-á perceber se existe uma relação entre estes dois constructos, e ainda, se existem
diferenças no uso das estratégias de coping entre indivíduos com e sem vulnerabilidade ao
5
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
I. Enquadramento conceptual
1. Vulnerabilidade
O modo como determinado acontecimento é percecionado e encarado é variável de
pessoa para pessoa, e um dos fatores responsável por esta divergência é a vulnerabilidade.
A noção de vulnerabilidade para Vaz Serra (2000a), é estabelecida na ligação singular
que se estabelece entre o indivíduo e determinada circunstância assim, nesta ótica, a situação
representa o elemento objetivo e o indivíduo o elemento subjetivo.
Os investigadores Lazarus e Folkman (1984) definem este conceito como uma relação
que se estabelece entre os compromissos pessoais de cada indivíduo e os seus recursos para
afastar as ameaças que se interpõem na persecução desses mesmos compromissos. Estes
autores referem ainda que as diferenças individuais na vulnerabilidade residem no modo
como cada pessoa pensa e dá sentido a cada experiência, ou seja, é uma consequência das
avaliações dos sujeitos.
De acordo com Lazarus (1993a), a vulnerabilidade está intrinsecamente relacionada com
os fatores de personalidade, nomeadamente, o ego, a inteligência e as habilidades pessoais, e
também, com os fatores sociais, tais como o apoio da família, dos amigos ou as condições
económicas. Por outro lado, Vaz Serra (2000a) refere que a vulnerabilidade é diretamente
influenciada por inúmeros fatores, podendo estes ser de natureza biológica, psicológica ou
social. Por exemplo, de acordo com o autor, quando um indivíduo desenvolve a perceção,
mesmo que errada, de não ter controlo sobre determinada situação passa a sentir-se
vulnerável em relação a essa circunstância.
Para os investigadores Riskind e Alloy (2006), a vulnerabilidade resulta da aprendizagem
social ou de eventos que se demarcaram ao longo do desenvolvimento dos indivíduos,
consequência das cognições interiorizadas após o processamento de experiências stressantes.
O conceito de vulnerabilidade pode, ainda, ser entendido como uma propensão
individual para desenvolver diferentes formas de psicopatologia ou comportamentos
ineficazes ou mesmo propiciar resultados negativos no desenvolvimento (Pesce, Assis,
Santos & Oliveira, 2004).
6
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
7
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Por fim, à luz das diferentes perspetivas aqui enunciadas podemos concluir que os
sintomas de stress só se revelam perante situações que exijam um esforço acrescido ao sujeito
para lidar com as novas circunstâncias.
Falar de stress implica uma análise aos estímulos que, eventualmente, poderão suscitar
uma reação de stress nos indivíduos. Estes estímulos a que nos referimos são denominados de
fatores indutores de stress ou stressores.
Para os investigadores Lazarus e Folkman (1984), as situações indutoras de stress provêm
de três categorias: ameaça, dano e desafio. A ameaça consiste na antecipação de uma situação
desagradável que ainda não ocorreu, mas que poderá surgir. O dano refere-se a uma condição
desagradável que já sucedeu e às suas consequências. Por último, o desafio caracteriza uma
situação em que o indivíduo acredita que é possível alcançar ou ultrapassar as dificuldades.
Por outro lado, Vaz Serra (1999) considera que os grandes propulsores de stress são sete:
traumas graves, acontecimentos significativos da vida, situações crónicas indutoras de stress,
micro indutores de stress, macro indutores de stress, acontecimentos desejados que não
ocorrem e, por último, traumas ocorridos no estádio de desenvolvimento.
Os acontecimentos traumáticos dizem respeito a circunstâncias dramáticas como
catástrofes naturais ou circunstâncias que tenham impacto na integridade física dos
indivíduos, transtornando-os emocionalmente. Os acontecimentos significativos da vida
correspondem a acontecimentos repentinos da vida do ser humano. São exemplo deste tipo de
acontecimento as situações de divórcio, o falecimento de familiares ou a perda de emprego.
As situações crónicas indutoras de stress equivalem a circunstâncias regulares decorrentes do
desempenho dos sujeitos, no seu papel social e nas suas atividades diárias, tendo um carácter
contínuo (Vaz Serra, 1999).
Os micro indutores de stress envolvem as situações decorrentes do dia-a-dia que, pelas
suas características, se vão tornando perturbadoras. São exemplo deste tipo de circunstância
perder uma chave, circular em lugares com muito trânsito ou mesmo o convívio com vizinhos
incomodativos. Por outro lado, os macro indutores decorrem das condições socioeconómicas
que interferem diretamente na vida dos indivíduos, nomeadamente, impostos demasiado
elevados e períodos de recessão económica (Vaz Serra, 1999).
No que respeita aos acontecimentos desejados que não ocorreram, expressam
acontecimentos ambicionados mas que não se concretizaram, por exemplo, um aumento
salarial prometido mas que ainda não foi concedido, ou uma promoção na carreira que tarda
8
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
em chegar. Por fim, os traumas ocorridos no estádio de desenvolvimento podem ser fruto de
um abuso sexual ou mesmo da coabitação com progenitores drogados ou alcoólicos (Vaz
Serra, 1999).
9
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
10
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
em stress e com o resultado esperado. O que é funcional num contexto pode não o ser noutro.
A pesquisa desenvolvida pelos investigadores Roesch, Aldridge, Vickers e Helvig (2009),
aponta no mesmo sentido, já que os resultados obtidos demonstraram que o coping está inter-
relacionado com os traços de personalidade dos indivíduos, isto é, pessoas com traços de
personalidade específicos estão mais orientadas para utilizarem determinados tipos de coping.
Para finalizar, Vaz Serra (1999) refere que a eficácia das estratégias de coping está
diretamente relacionada com a sua capacidade para reduzir de imediato a perturbação
percecionada. Por outro lado, Lazarus e Folkman (1984) consideram que a sua eficácia está,
também, dependente de fatores como as características pessoais, o acontecimento indutor de
stress e o momento da vida em que ocorre.
11
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
II. Objetivos
Fundamentação do estudo e hipóteses orientadoras
Para Lever (2008), existem dois processos que atuam como mediadores cruciais do stress:
a avaliação cognitiva e o coping. De acordo com o autor, o coping tem como funções ajudar a
lidar com os problemas causadores de stress e regular as emoções por ele desencadeadas.
De acordo com Latack (1986), a relação entre as estratégias de coping e os sintomas de
stress é complexa, no entanto estudos têm demonstrado que o coping tem efeitos positivos na
diminuição da ansiedade e dos sintomas psicossomáticos. As pesquisas de Lazarus e
12
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Delongis (1983) vão na mesma direção, pois estes investigadores referem que o coping é uma
variável crucial na consecução de resultados adaptativos que proporcionam bem-estar às
pessoas.
Na verdade, o modo como um acontecimento stressante é apreendido e gerido por um
indivíduo está relacionada com os estilos de coping adotados (Lazarus & Folkman, 1984).
Segundo Lazarus (1993a), sempre que ocorre na vida das pessoas um acontecimento gerador
de stress, estas recorrem a maioria das estratégias de coping para lidar com a situação.
Para Thomas, Matherne, Buboltz e Doyle (2012), o esforço sentido por um indivíduo para
lidar com um acontecimento stressante vai depender tanto dos seus recursos pessoais, como
das estratégias de coping.
Ozer e Bandura (1990) mencionam que a expectativa da eficácia face ao coping e uma
maior percepção de controlo estão relacionadas com uma menor perceção de vulnerabilidade
a menos pensamentos intrusivos e a menores níveis de ansiedade.
Os investigadores Sasaki & Yamasaki (2007), num estudo realizado com caloiros
universitários, concluíram que o uso das capacidades de coping centradas no enfrentamento,
tais como reinterpretação cognitiva e resolução de problemas, tendem a beneficiar a saúde e a
adaptação.
De acordo com Vaz Serra, Firmino, Pocinho e Mesquita Figueiredo (1991), os indivíduos
qua possuem mecanismos de coping mais pobres têm propensão para evidenciar maior
número de problemas. Na verdade, tem sido demonstrado que níveis reduzidos de estratégias
de coping estão associados a consequências psicológicas negativas, como o stress (Matheny,
Roque-Tovar & Curlette, 2008).
Vaz Serra (2000a), verificou que a escala 23QVS se correlacionava de forma negativa e
altamente significativa com o IRP, ou seja, os indivíduos que apresentavam níveis elevados
de vulnerabilidade ao stress faziam um uso desadequado das estratégias de coping.
A influência das variáveis sociodemográficas na vulnerabilidade ao stress e nas
estratégias de coping têm vindo a ser indagadas ao longo dos anos. A variável género tem
sido analisada por diversos autores e os dados demonstram que as mulheres são mais
suscetíveis ao stress (Sandanger, Nygard, Sorensen, & Moun, 2004; Matheny, Ashy & Cupp,
2005). Estes dados poderão estar relacionados com o facto de os homens apresentarem
melhores estratégias de coping (Matheny et al., 2008).
Relativamente à idade, os estudos concluíram que a capacidade de lidar com o stress vai
diminuindo à medida que o indivíduo envelhece (Sandanger et al., 2004).
13
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
H1: Pressupõe-se que o uso das estratégias de coping diminua a vulnerabilidade ao stress.
H2: É expectável que os indivíduos que possuam vulnerabilidade ao stress tenham piores
estratégias de coping.
Por último, esta investigação teve como propósito contribuir para o desenvolvimento de
novos estudos, em Portugal, inerentes ao contributo da utilização das estratégias de coping na
diminuição do nível de stress.
Variáveis sociodemográficas
14
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
III. Metodologia
Opções metodológicas
Com o intuito de alcançar os objetivos explanados, desenhou-se um estudo exploratório
(Pais Ribeiro, 1999), aplicando-se os diferentes instrumentos utilizados à globalidade da
amostra.
Os instrumentos de medida selecionados obedecem à medida pretendida, tendo sido
elaborados para a população portuguesa.
1. Caracterização da amostra
Para a realização da presente investigação foi constituída uma amostra de 62
trabalhadores, sendo 41 do género feminino e 21 do género masculino, com idades
compreendidas entre os 20 e os 44 anos (M=32,02; DP=5,770). No que concerne ao estado
civil a maioria (48,4%) encontra-se solteiro. Somente 43,5% da amostra diz ter filhos. No que
respeita às habilitações literárias, 51,6% dos inquiridos não possui formação superior. Na
nossa amostra é possível encontrar uma vasta gama de categorias profissionais, no entanto, a
maioria dos indivíduos (58,1%), desempenha as funções de operador de hipermercado 38,7%,
e de chefe de secção 19,4%, revelando as restantes categorias profissionais uma menor
expressividade. Em relação ao tipo de contrato de trabalho pudemos constatar que 100% da
amostra tem um contrato por prazo indeterminado. Ainda no âmbito das variáveis
sociodemográficas, constata-se que 43,6% exerce a função há mais de um ano e menos de
quatro, enquanto 3,2% a exerce há menos de um ano.
De modo a facilitar a leitura e análise dos dados da amostra em estudo, apresenta-se de,
seguida, uma tabela com informação mais relevante e detalhada (cf. Tabela 1).
15
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
40-44 9 14,5
Estado civil
Casado 24 38,7
Solteiro 30 48,4
Divorciado 6 9,7
Outros 2 3,2
Filhos
Sim 27 43,5
Não 35 56,5
Habilitações literárias
Com habilitações superiores 30 48,4
Sem habilitações superiores 32 51,6
Categoria profissional
Gerente de departamento 1 1,6
Chefe de secção 12 19,4
Subchefe de secção 4 6,5
Adjunto 1 1,6
Escriturário 3 4,8
Operador de caixa 5 8,1
Operador de hipermercado 24 38,7
Operador frente loja 2 3,2
Vigilante 4 6,5
Assistente de aprovisionamento 1 1,6
Comum Hipermercado 1 1,6
Eletricista 1 1,6
Pasteleiro 1 1,6
Oficial de carnes 1 1,6
Telefonista 1 1,6
Tipo de Contrato de trabalho
Prazo indeterminado 62 100
Antiguidade na função (anos)
<1 2 3,2
[1-4[ 27 43,6
[4-7[ 21 33,8
[7-10[ 9 14,6
≥10 3 4,8
Total 62 100
16
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
2. Instrumentos
O protocolo de avaliação foi constituído por três instrumentos: um questionário
sociodemográfico, a escala 23QVS e o Inventário de Resolução de Problemas.
Questionário sociodemográfico
Foi elaborado um questionário de caracterização sociodemográfica, tendo como propósito
comtemplar aspetos como o género, a idade, o estado civil, a existência de filhos, as
habilitações académicas, a categoria profissional, o tipo de contrato de trabalho e a
antiguidade na função. Associou-se a este questionário duas medidas de autorrelato que serão
apresentadas:
17
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
constatados demonstram que os itens agrupados compõem uma escala unidimensional apta a
definir um conceito (Vaz Serra, 2000b).
De acordo com o autor, a escala demonstrou que as correlações mais elevadas com a nota
global sugeriam que a pessoa vulnerável ao stress aparenta um perfil em que se evidenciam
as seguintes características: “pouca capacidade autoafirmativa”, “fraca tolerância à
frustração”, “dificuldade em confrontar e resolver os problemas”, “preocupação excessiva
com os problemas do dia-a-dia” e “marcada emocionalidade” (Vaz Serra, 2000b).
A capacidade discriminativa da escala foi comprovada, já que cada um dos itens que a
compõe demonstrou ser sensível a variações de grupos extremos.
A variância total pôde ser explicada em 57,5% por 7 fatores ortogonais; a extração destes
fatores foi efetuada através de uma análise fatorial dos componentes principais, seguida de
rotação varimax.
De seguida expomos o significado de cada fator, bem como a sua composição:
F1: “Perfeccionismo e intolerância à frustração”, composto pelos itens 23, 19, 16, 10, 18
e 05, corresponde a 10,7% da variância explicada.
F2: “Inibição e dependência funcional” fazem parte deste fator os itens 09, 22, 01, 02 e
12, traduzindo 10,5% da variância explicada
F3: “Carência de apoio social” na sua génese estão os itens 03 e 06, representando 7,6%
da variância explicada.
F4: “Condições de vida adversas” os itens 04 e 21 constituem este fator, traduzindo 7,6%
da variância explicada.
F5: “Dramatização da existência” representa 7,2% da variância explicada e é composto
pelos itens 20, 05 e 08
F6: “Subjugação”, este fator apraz na sua base os itens 14, 11, 13 e 15, exprimindo 7,2%
da variância explicada.
F7: “Deprivação de afeto e rejeição” é representado pelos itens 17, 13 e 07, significando
6,6% da variância explicada
18
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
“de resolução de problemas”, porque permite perceber o modo como as pessoas lidam com os
problemas que lhes são apresentados (Vaz Serra, 1988).
Trata-se de uma escala que tem como intuito confrontar os respondentes com três
situações diferentes – de ameaça, de dano e de desafio - que podem acontecer a qualquer
pessoa na sua vida quotidiana e que serão indutoras de stress (Vaz Serra, 1988).
Este inventário de autoavaliação tem a configuração de uma escala unidimensional do
tipo Likert, e é composto por 40 questões. Cada questão tem 5 hipóteses de resposta (“Não
concordo”, “Concordo pouco”, “Concordo moderadamente”, “Concordo muito” e Concordo
muitíssimo”), a que posteriormente se atribui uma cotação que poderá oscilar entre 1 e 5;
sendo a sua classificação umas vezes atribuída na ordem direta e outras na ordem inversa. O
Inventário tem uma pontuação mínima de quarenta pontos e um valor máximo de duzentos
pontos. À medida que a pontuação sobe, melhoram as estratégias de coping do indivíduo.
Importa referir que as questões foram formuladas de modo a que se pudesse avaliar
diversas modalidades de resposta, nomeadamente, no que diz respeito a um confronto ativo
do problema, ao controlo percetivo do significado ou das consequências da situação, ao
pedido de auxílio a familiares e a amigos, aos mecanismos redutores do estado de tensão
emocional e, ainda, a determinadas características de personalidade que se mostraram
importantes neste contexto (Vaz Serra, 1988).
Na construção desta escala foi utilizada uma amostra com 692 indivíduos e o resultado
obtido através do coeficiente de Spearman-Brown (0,860) augurou uma boa consistência
interna. A escala foi, também, reveladora de uma boa estabilidade temporal, com uma
correlação teste/reteste de 0,808 (N=102), com um mínimo de 4 semanas de intervalo (Vaz
Serra, 1988).
Cada um dos itens que compõe a escala demonstrou ser sensível a variações de grupos
extremos, o que comprovou a sua capacidade discriminativa. De salientar que os itens
demonstraram uma correlação altamente significativa com a nota global (Vaz Serra, 1988).
Por último, o autor realizou uma análise dos componentes principais, seguida de uma
rotação varimax, da qual extraiu 9 fatores subjacentes que explicaram 51,7% da variância
total (Vaz Serra, 1988).
Passamos a expor o significado e a constituição de cada fator:
F1: “Pedido de ajuda”, explica 7,230% da variância total e é constituído pelos itens 05,
11, 18, 20 e 26.
F2: “Confronto e resolução ativa dos problemas”, 9,399% da variância total é explicada
por este fator, tendo como base os itens 21, 31, 32, 33, 34, 36 e 40.
19
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
F3: “Abandono passivo perante a situação”, formado pelos itens 01, 02 e 07, expressa
4,854% da variância total.
F4: “Controlo interno/externo dos problemas”, na sua origem estão os itens 06, 12, 14,
30, 35, 37, 38 e 39; este fator explica 6,728% da variância total.
F5: “Estratégias de controlo das emoções”, composto pelos itens 23, 24, 25 e 29
representa 4,621% da variância total
F6: “Atitude ativa de não interferência na vida quotidiana pelas ocorrências”; na sua
génese estão itens 03, 08, 09 e 13 e explicam 5,390% da variância total
F7: “Agressividade internalizada/externalizada”, constituído pelos itens 27 e 28, esclarece
4,229% da variância total.
F8: “Autorresponsabilização e medo das consequências”, representado pelos itens 04, 10,
16 e 19, significando 5,529% da variância total.
F9: “Confronto com os problemas e planificação de estratégias”, clarifica 3,604% da
variância total e reúne os itens 15, 17 e 22.
3. Procedimentos de Investigação
Após a inicial revisão bibliográfica e opção metodológica, procedemos (a) à definição do
problema, variáveis e hipóteses; (b) apuramento das qualidades psicométricas dos
instrumentos a utilizar; (c) apresentação do estudo à organização e solicitação para proceder à
recolha de dados nas suas instalações; solicitação aos trabalhadores para a participação no
presente estudo; (d) administração das medidas, em regime de voluntariado; (e) tratamento
estatístico, análise e discussão dos resultados.
20
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
IV. Resultados
1. Características psicométricas dos instrumentos: análise da
consistência interna
Iniciou-se a apresentação dos resultados pela determinação da consistência interna de
cada escala. A fidelidade dos resultados foi determinada através do estudo da consistência
interna dos itens que as constituem. A consistência interna corresponde à variabilidade das
respostas dadas pelos respondentes e o Alpha de Cronbach representa uma das medidas mais
usadas para verificar a consistência interna de um grupo de variáveis (Pestana & Gageiro,
2003).
21
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
De acordo com os valores obtidos, verificou-se que a escala 23QVS (cf. Tabela 2)
apresenta um bom índice de consistência interna (α=0,837). Foram calculados os valores de
consistência interna1 para as respostas dos sujeitos da amostra total. Importa referir que o
valor do Alpha de Cronbach apurado no estudo de Vaz Serra (2000), para a escala foi de
0,824. No que toca aos fatores, os fatores 2 (α=0,720) e 4 (α=0,727) revelaram valores
razoáveis. O fator 1 (α=0,686) mostrou uma fraca consistência interna e os fatores 3
(α=0,537), 5 (α=0,457), 6 (α=0,560) e 7 (α=0,491) evidenciaram valores mais baixos. Como
tal, optámos por excluir estes fatores da análise dos resultados.
23QVS-Total 0,837
F1- Perfecionismo e intolerância à frustração 0,686
F2- Inibição e dependência funcional 0,720
F3- Carência de apoio social 0,537
F4- Condições de vida adversas 0,727
F5- Dramatização da existência 0,457
F6- Subjugação 0,560
F7- Deprivação de afetos e rejeição 0,491
1 No sentido de avaliar o índice de consistência interna, recorremos aos valores estipulados por Pestana e
Gageiro (2003). De acordo com estes autores, a consistência interna é inadmissível quando o alfa é inferior a
0,60, fraca quando o alfa se situa entre 0,60 e 0,70, razoável quando o alfa é compreendido entre 0,70 e 0,80,
boa quando o alfa pertence ao intervalo 0,80 e 0,90 e, por último, muito boa quando o alfa é superior a 0,90.
22
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
IRP-Total 0,791
F1- Pedido de ajuda 0,598
F2- Confronto e resolução ativa dos problemas 0,850
F3- Abandono passivo perante a situação 0,801
F4- Controlo interno/externo dos problemas 0,776
F5- Estratégias de controlo das emoções 0,583
F6- Atitude ativa de não interferência na vida quotidiana pelas ocorrências 0,683
F7- Agressividade internalizada/externalizada 0,383
F8- Autorresponsabilização e medo das consequências 0,514
F9- Confronto com os problemas e planificação de estratégias 0,549
23
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Análise exploratória
Não fazendo parte de qualquer hipótese, considerou-se pertinente a introdução de uma
análise exploratória adicional.
24
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
25
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
V. Discussão
Os resultados obtidos serão interpretados à luz do estado da arte, revista na parte inicial.
Estes dados devem, ainda, ser analisados tendo em consideração a caracterização geral da
amostra. Apesar de não termos corroborado uma das hipóteses do estudo, realça-se a
pertinência e o interesse dos resultados alcançados.
Relativamente à nossa primeira hipótese (“pressupõe-se que o uso das estratégias de
coping diminua a vulnerabilidade ao stress”) verificámos a sua corroboração. Os resultados
encontrados parecem ir ao encontro dos princípios do modelo transacional, já que este
modelo sustenta que quando o indivíduo utiliza estratégias de coping adequadas para fazer
frente às necessidades da situação, a sua perceção de stress diminui. Na verdade, a nossa
investigação demonstrou que existe uma correlação negativa e altamente significativa entre
as estratégias de coping (IRP) e a vulnerabilidade ao stress (23QVS). Assim, é de registar que
os nossos dados são consonantes com os resultados encontrados por Vaz Serra (2000a).
Resta-nos justificar a exclusão do fator 3 do IRP desta correlação. Optámos por excluir este
fator pois, de acordo com Vaz Serra, Ramalheira e Firmino (1988), os fatores 2 e 4 do mesmo
inventário, são os que distinguem os indivíduos sem psicopatologia dos indivíduos com
perturbações emocionais.
A nossa segunda hipótese de trabalho (“é expectável que os indivíduos que possuam
vulnerabilidade ao stress tenham piores estratégias de coping”) foi infirmada, isto é, apesar
da diferença entre os indivíduos, “doentes” e “não doentes”, não ser estatisticamente
significativa, os “doentes” revelaram resultados mais baixos, tanto na nota global do IRP
como nos fatores que o compõem. Assim sendo, os valores encontrados vão ao encontro do
que refere Vaz Serra et al. (1991) e Matheny et al. (2008). Importa ainda salientar que os
indivíduos “doentes” e “não doentes” recorrem ao mesmo tipo de estratégias, diferindo
apenas nas proporções em que as utilizam.
26
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
VI. Conclusão
O modo como as pessoas lidam com o stress no dia-a-dia continua a ser uma questão
pertinente, já que este tem influência na saúde física e emocional dos indivíduos, chegando
mesmo a ser prejudicial para o seu funcionamento psicológico e social. Assim, identificar e
promover o crescimento das estratégias de coping urge como uma mais-valia, já que estas
têm-se insurgido como um auxílio de extrema importância na vida das pessoas no que toca à
gestão do stress.
Foi o objetivo principal deste estudo exploratório estudar a relação entre a vulnerabilidade
ao stress e as estratégias de coping, numa amostra composta por colaboradores de uma
empresa de venda a retalho. Os resultados alcançados permitem-nos concluir que a
vulnerabilidade ao stress se correlaciona de forma negativa e altamente significativa com as
estratégias de coping, ou seja, a utilização das estratégias de coping pressupõe uma
diminuição da vulnerabilidade ao stress, sendo que o oposto também se verifica. Por outro
lado, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre indivíduos com e
27
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
sem vulnerabilidade ao stress no que respeita ao uso das estratégias de coping. No entanto, os
primeiros demonstraram médias mais baixas.
Relativamente às análises exploratórias adicionais, quando testada a influência das
variáveis sociodemográficas género e habilitações literárias na vulnerabilidade ao stress e nas
estratégias de coping, ficou comprovada a inexistência de efeitos estatisticamente
significativos. Por fim, foi ainda testada a variável idade, tendo-se constatado que esta não
tem influência nem na vulnerabilidade ao stress, nem nas estratégias de coping. Os resultados
obtidos não nos permitem generalizações, pelo que devem ser encarados como um ponto de
partida para futuras investigações.
Não podemos deixar de sublevar as limitações que constrangem a nossa investigação. De
um modo geral, podemos apontar o número reduzido de participantes. Para além disso, o
facto de ser um corte transversal, de carácter quantitativo que abarca apenas uma parte dos
colaboradores da organização onde o estudo foi realizado. Podemos, ainda, apontar como
limitação o não controlo de variáveis concorrentes, uma vez que se reconhece a existência de
um vasto grau de inter-relações e retroações com constructos não examinados,
nomeadamente, a resiliência ou o suporte social, entre outros. Na realidade as estratégias de
coping não afetam isoladamente a adaptação, mediando também as interações de outras
medidas de ajustamento como o contexto social ou as variáveis individuais (Wang & Gan,
2011).
No que concerne a estudos futuros, considera-se pertinente realizar estudos longitudinais,
de forma a verificar que tipos de repercussões podem advir a longo prazo. Seria ainda,
importante, perceber o impacto de outras variáveis individuais e protetoras e, ainda, verificar
se a satisfação laboral está relacionada com os constructos aqui indagados.
Para concluir, pode-se afirmar que este tema é cada vez mais importante para as
organizações ser debatido já que a literatura tem demonstrado que o stress percebido e as
estratégias de coping influenciam a qualidade das relações que se estabelecem com os
clientes (Gnilka, Chang & Dew, 2012). Assim sendo, parece importante incentivar as
investigações nesta área.
28
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Bibliografia
Antoniazzi, A. S., Dell’Aglio, D. D. & Bandeira, D. R. (1998). O conceito de coping: uma
revisão teórica. Estudos de psicologia, 3 (2), 273-294.
Braun-Lewensohn, O., Sagy, S., Roth, G. (2011). Coping strategies as mediators of the
relationship Between sense of cohrence and stress reactions: Israeli adolescentes under
missile attacks. Anxiety, stress & coping, 24 (3), 327-341. doi:
10.1080/10615806.2010.494329
Gnilka, P., Chang, C., & Dew, B. (2012). The relationship supervisee stress, coping
resources, the working alliance, and the supervisory working alliance. Journal of counseling
& development, 90, 63-70.
Latack, J. (1986). Coping with job stress: measures and future directions for scale
development. Journal of applied psychology, 71 (3), 377-385.
Lazarus, R.S. (1993a). Coping theory and research: past, presente and future. Psyschosomatic
medicine 55, 243-247.
Lazarus, R. S. & DeLongis, A. (1983). Psychological stress and coping in aging. American
Psychologist, 245-254.
Lazarus, R. S., & Folkman, (1984). Stress, appraisal, and coping. New York: Guilford Press.
Lever, J. P. (2008). Poverty, stressful life events, and coping strategies. The spanish journal
of psychology 11 (1), 228-249.
Maroco, J. (2007). Análise estatística: com utilização do SPSS. Lisboa: Edições Sílabo.
Matheny, K., Ashy, J. & Cupp, P. (2005). Gender diferences in stress, coping, and illness
among college students. The jornal of individual psychology, 61 (4), 365-379.
29
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Matheny, K., Roque-Tavar, B. & Curlette, W. (2008). Perceived stress, coping resources, and
life sastifaction amoung U. S. and mexican college students: a cross-cultural study. Anales de
psicologia, 24 (1), 49-57.
Ozer, E., & Bandura, A. (1990). Mechanisms governing empowerment affects: a self-efficacy
analysis. Journal of Personality and social psychology, 58 (3), 472-486.
Pesce, R., Assis, S., Santos, N., Oliveira, R. (2004). Risco e proteção: em busca de um
equilíbrio promotor de resiliência. Psicologia: teoria e pesquisa, 20 (2), 135-143.
Pestana, M., & Gageiro, J. (2003). Análise de dados para ciências sociais – A
complementaridade do SPSS. Lisboa: Edições Sílabo.
Roesch, S. C., Aldridge, A., Vickers, R. R. & Helvig, L. K. (2009). Testing personality-
coping diatheses for negative and positive affect: a longitudinal evaluation. Anxiety, stress &
coping, 22 (3), 263-281.
Sandanger, I., Nygard, J., Sorensen, T. & Moun, T. (2004). Is women’s mental health more
susceptible than men’s to the influence of surrounding stress? Soc Psychiatry psychiatr
epidemiol, 39, 177-184. doi: 10.1007/s00127-004-0728-6
Sasaki, M. & Yamasaki, K. (2007). Stress coping and the adjustment process among
university freshmen. Counselling psychology quarterly, 20 (1), 51-67. doi:
10.1080/09515070701219943.
Selye, H. (1936). A syndrome produced by diverse nocuous agentes. Nature, 132, 32.
30
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Thomas, A., Matherne, M., Buboltz, W. & Doyle, A. (2012). Coping resources moderate
stress-strain and stress-satisfaction relationship in educational administrators. Individual
diferences association, 10 (1), 37-48.
Vaz Serra, A. (1999). O stress na vida de todos os dias. Coimbra: Gráfica de Coimbra, Lda.
Vaz Serra, A. (2000a). Construção de uma escala para avaliar a vulnerabilidade ao stress: a
23 QVS. Psiquiatria clínica, 21(4), 279-308.
Vaz Serra, A., Firmino, H., Pocinho, F., & Mesquita Figueiredo, A. (1991). Coping
Mechanisms and stressful life events. Acta psychiatrica Portuguesa, 37, 5-12.
Vaz Serra, A. Ramalheira, A. & Firmino, H. (1988). Mecanismos de coping: diferenças entre
população normal e doentes com perturbações emocionais. Psiquiatria clínica, 9 (4), 323-
328.
Wang, Z. & Gan, Y. (2011). Coping mediates Between social support, neuroticism, and
depression after earthquake and examination stress among adolescentes. Anxiety, stress e
coping, 24 (3), 243-358.
31
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Apêndices
32
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
33
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
35
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
37
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Questionário Sociodemográfico
Por favor responda às questões que se seguem com a maior exactidão possível. Lembre-
se que as informações que der são estritamente confidenciais.
A. Dados Pessoais
1. Nacionalidade
2. Idade (anos)
3. Sexo
Feminino
Masculino
4. Estado civil:
Casado
Solteiro
Divorciado
Viúvo
Outro
5. Filhos
Sim
Não
Sim
Não
Experiência
Outro
D. Outras informações
40
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
43
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping
Relação entre vulnerabilidade ao stress e estratégias de coping