Gestão Do Composto de Marketing

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES

URI
CURSO DE TECNÓLOGIA EM PROCESSOS GERENCIAIS

ANDERSON DELEVATI

ANÁLISE DO COMPOSTO DE MARKETING DO ARTIGO SUNSHINE- LINHA DE


COURO ACABADO

SANTIAGO/RS
2021
INTRODUÇÃO

A indústria de couro brasileira tem origem no Rio Grande do Sul, no século


XIX, em função de o estado apresentar uma grande disponibilidade de peles
bovinas. Esse fato se dá pela criação extensiva e o rebanho era usado como base
na produção de carnes nas charqueadas e, posteriormente, nos frigoríficos, com
mostra Saretta (2012). A partir dessa oferta de couros, imigrantes italianos e
alemães introduziram no Rio Grande do Sul os curtumes com um processo de
curtimento bastante rudimentar, o qual foi aperfeiçoado com importação de
tecnologia europeia. Atualmente, o Brasil possui o maior rebanho bovino no mundo.
O setor coureiro tende a ser caracterizado por um processo produtivo
reativamente simples, com baixo nível tecnológico aplicado e pelo uso intensivo de
mão de obra pouco qualificada. A concentração geográfica da produção do couro é
outra característica marcante, que conta com a formação e o desenvolvimento dos
polos coureiro-calçadistas. Esse tipo de arranjo tem o papel de fortalecer o
posicionamento das empresas, especialmente das pequenas e médias, como
mostra a ABDI (2011).
1. DESCRIÇÃO DO SETOR DE COURO

O processo produtivo do couro inicia na atividade pecuária, seguida pelo


abate dos animais, o descarne nos abatedouros e a aplicação de conservantes. A
pele, nesse estágio, é tratada no frigorífico ou vendida para os curtumes, a qual é
submetida a diversas etapas até que se obtenha o couro. Dessa forma, a indústria
de couro participa em diferentes cadeias produtivas. Ela depende, portanto, da
pecuária de corte e dos frigoríficos, que fornecem sua principal matéria prima. A
indústria compõe-se especialmente dos curtumes, que fabricam seu produto final e
fornece para diferentes ramos industriais, como calçados e artefatos, vestuário,
móveis e automobilística.
Os curtumes, por sua vez, podem ser caracterizados por quatro tipos de
acordo com processamento do couro, ou seja: a) curtume integrado, nesse caso,
tem o papel de realizar todas as operações de processando desde o couro cru ou
verde até o couro acabado, para utilização de outros segmentos industriais; b)
curtume de wet blue, o qual elabora o primeiro processamento de couro, qual seja,
logo após o abate, o couro salgado é despelado, graxas e gorduras são removidas e
ocorre o primeiro banho de cromo e o couro passa a exibir um tom azulado e
molhado; c) curtume de semiacabado, que utiliza como matéria prima o couro wet
blue e o transforma em couro crust, também designado de semiacabado; d) curtume
de acabamento, que processa a matéria-prima em couro crust, que é procedimento
de secagem do couro, transformando-o num produto semiacabado e destinado ao
processo de acabamento.
Por consequência, o estágio inicial do processo produtivo é o couro salgado,
produto mais simples, de menor valor agregado, que resulta do processo inicial de
salgamento do couro para permitir sua conservação, transporte e armazenamento.
O segundo é couro wet blue e o terceiro, e último, é couro acabado, de maior valor
agregado, que incorpora as características mais específicas exigidas pelo
comprador.

1.1 PRODUTO “ACABADO SUNSHINE”

Couro bovino de flor levemente corrigida, com acabamento pigmentado e


tingimento atravessado em tom, estampado, de aspecto fosco, com toque robusto e
sedoso. Artigo indicado para revestimento interno de automóveis, com alta
resistência à abrasão seca e úmida e de fácil manutenção e limpeza. Espessura
0.8/1.0mm e 0.9/ 1.1 mm

1.2 PREÇO
O produto apresenta uma faixa de preço que varia de US$ 0,90 a US$ 2,10,
variando de acordo com as características de classe desejadas pelo cliente.

1.3 PROMOÇÃO
O produto sofre melhorias contínuas, as quais são promovidas e
apresentadas anualmente em Feiras Internacionais, visando à divulgação e
negociação de valores conforme demanda.

1.4 PRAÇA
A venda se dá de maneira direta através de divulgação em feiras, bem como
via agenciadores nacionais e internacionais. A venda se dá em âmbito mundial, com
vendas para a Europa e Ásia com maior força. Venda em sua grande maioria para
reconhecidas empresas do ramo de estofados. Envio via terrestre para clientes
nacionais, e via aérea e/ou marítima para clientes internacionais.

CONCLUSÃO

A indústria brasileira de couro é estruturada basicamente por quatro tipos de


curtumes de acordo com o seu processo produtivo, como os integrados, que
realizam todas as operações desde o couro cru até o couro acabado, os que
produzem apenas um tipo, como wet blue, o crust ou semiacabado e o tipo acabado.
Nesse setor, há predominância de curtumes de pequeno e médio porte, os quais
interagem com um conjunto reduzido de grandes curtumes integrados verticalmente
com alguns frigoríficos, que concentram uma parcela crescente da produção e do
emprego.
O artigo “Sunshine” apresenta boa venda devido a uma característica
importante: a adaptação de valores ao bolso do cliente sem perda da característica
de qualidade final, podendo ser vendido em várias classes facilita a negociação de
valor final, alavancando as vendas.
REFERÊNCIAS

Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. ABDI. Relatório de


acompanhamento setorial indústria de couro. Brasília: ABDI. 2011.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE. Banco de Dados Agregados.


Sistema IBGE de Recuperação Automática - SIDRA. 2016.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. MDIC., 2016.

Ministério do Trabalho e Emprego. MTE. Cadastro Geral de Empregados e


Desempregados (CAGED). 2016.

Paula, J. L. Pecuária bovina de corte (1940 – 2009). Dissertação (Mestrado em


Desenvolvimento e Planejamento Territorial). Pontifícia Universidade Católica de
Goiás – PUC. Goiânia, GO. 2011.

Saretta, C. B. Tributação do couro wet blue e suas implicações ao setor


coureiro. Leituras de Economia Política. 2012.

Souza, C. B. M. A Bovinocultura de corte do estado de Mato Grosso do Sul:


evolução e competitividade. 178f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento
Econômico) Instituto de Economia. UNICAMP. Campinas, SP, 2010.

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