1) O Podengo Português é uma das raças mais antigas do mundo, descendente do cão dos faraós egípcios, que chegou a Portugal com os fenícios e foi cruzado com outros cães durante as invasões árabes.
2) Existem variedades de pelagem e tamanho adaptadas aos diferentes climas e terrenos portugueses para a caça.
3) Inteligente e corajoso, o Podengo Português é um bom cão de companhia e guarda, tendo acompanhado os portugueses em expans
1) O Podengo Português é uma das raças mais antigas do mundo, descendente do cão dos faraós egípcios, que chegou a Portugal com os fenícios e foi cruzado com outros cães durante as invasões árabes.
2) Existem variedades de pelagem e tamanho adaptadas aos diferentes climas e terrenos portugueses para a caça.
3) Inteligente e corajoso, o Podengo Português é um bom cão de companhia e guarda, tendo acompanhado os portugueses em expans
1) O Podengo Português é uma das raças mais antigas do mundo, descendente do cão dos faraós egípcios, que chegou a Portugal com os fenícios e foi cruzado com outros cães durante as invasões árabes.
2) Existem variedades de pelagem e tamanho adaptadas aos diferentes climas e terrenos portugueses para a caça.
3) Inteligente e corajoso, o Podengo Português é um bom cão de companhia e guarda, tendo acompanhado os portugueses em expans
1) O Podengo Português é uma das raças mais antigas do mundo, descendente do cão dos faraós egípcios, que chegou a Portugal com os fenícios e foi cruzado com outros cães durante as invasões árabes.
2) Existem variedades de pelagem e tamanho adaptadas aos diferentes climas e terrenos portugueses para a caça.
3) Inteligente e corajoso, o Podengo Português é um bom cão de companhia e guarda, tendo acompanhado os portugueses em expans
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HISTÓRIA
Uma raça que antecede a sua própria nacionalidade
A raça portuguesa mais antiga é também uma das raças mais antigas do mundo. O Pharaoh Hound, o mais conhecido e popular descendente do Galgo Egípcio (o cão dos faraós), é um dos principais ascendentes do Podengo Português. No século VIII a.C., os mercadores fenícios estenderam a sua influência a todo o Mediterrâneo e trouxeram o Pharaoh Hound para o sul da Europa. Mais tarde, com as invasões árabes na Península Ibérica, iniciadas no século VIII, o Pharaoh Hound, que evoluiu de forma autónoma neste território, foi cruzado com outros cães, também eles, muito provavelmente, descendentes do Pharaoh Hound original, criando-se, assim, uma raça que seria já muito semelhante ao Podengo que hoje conhecemos. Na época da reconquista cristã, mais precisamente no ano de 1199, é feita, sob o reinado de D. Sancho I, a primeira referência escrita conhecida aos “cães caçadores de coelhos”, ou seja, aos Podengos Portugueses. Desde então, vários documentos escritos relatam o uso de Podengos nas caçadas reais, embora seja importante salientar que a sua popularidade se deve à plebe, que também recorreu às suas habilidades para a caça. Esta intervenção plebeia contribuiu para o desenvolvimento de diferentes variedades de pêlo e tamanho do Podengo: liso; cerdoso; pequeno; médio; e grande. As variedades de pêlo foram ditadas pelo tipo de clima, sendo que a de pêlo liso é mais comum no norte de Portugal, uma vez que este tipo de pêlo seca mais rapidamente numa região com maior precipitação, e a de pêlo cerdoso é mais comum no sul do país, em virtude deste tipo de pêlo proteger melhor a pele do sol intenso que se faz sentir nesta região. No que respeita às variedades de tamanho, estas são o resultado de uma adaptação aos tipos de terrenos e presas. Assim, o Podengo Grande está talhado para a caça grossa e para terrenos planos, tendo como principais presas os veados e os javalis. Esta é a única raça portuguesa desenvolvida com esta finalidade. O Podengo Médio atua em terrenos mais acidentados, perseguindo, matando e, até, entregando a peça, quase sempre o coelho, ao caçador. Finalmente, o Podengo Pequeno serve para entrar nas tocas e expulsar os coelhos (um pouco à imagem dos Terriers) e para caçar ratos, função muito importante na altura dos Descobrimentos porque era preciso preservar os mantimentos nas embarcações. O Podengo Grande deu origem às variedades mais pequenas, através de um processo de miniaturização. Contudo, vários cinólogos defendem que as diferentes variedades de Podengos têm origens distintas. Alguns destes apontam o pequeno lobo ibérico como o ascendente do Podengo Médio e Pequeno. Qualquer uma das variedades de Podengo trabalha em matilha e, não raras vezes, atuam em conjunto, assumindo as suas funções particulares e alcançando melhores resultados. Dado o seu tamanho, que os torna aptos à vida num apartamento, e ao elevado número de caçadores de coelhos, as variedades média e pequena tornaram-se as mais populares. Na verdade, o Podengo Pequeno é um cão de cidade há pelo menos três séculos, tendo sido representado nas pinturas dos pobres de Sevilha, da autoria de Bartolomé Esteban Murillo, pintor espanhol do século XVII. O expansionismo português levou a que o Podengo tenha chegado aos quatro cantos do mundo, estando, muito provavelmente, na origem de outras raças entretanto desenvolvidas. TEMPERAMENTO A boa disposição aliada à inteligência A inteligência e a coragem são características partilhadas pelos três tipos de Podengos, constituindo todos excelentes animais de companhia. Muito ligados à sua família, têm uma boa relação com crianças, especialmente a variedade mais pequena. Os Podengos necessitam de muita atenção, principalmente o mais pequeno, uma vez que, como qualquer outra raça, sofrem muito com a solidão. Sendo cães relativamente fáceis de treinar, são muito ativos e os seus apurados sentidos podem levá-los a distraírem-se e a seguirem uma pista de forma obstinada, ou, dado o seu instinto caçador, a perseguirem pequenos animais, afastando-se perigosamente de casa. Por estas razões, convém ter cuidado durante os passeios. Isto não significa que não se deva proporcionar-lhes exercício físico, antes pelo contrário. Os Podengos, principalmente o Podengo Grande, necessitam de fazer muito exercício para se manterem saudáveis. Adaptando-se tanto à vida no exterior como no interior (com a exceção do Grande), bem como a climas quentes e húmidos, o Podengo Português constitui um bom cão de guarda, alertando os donos, muitas vezes de forma exagerada, para a presença de estranhos. Este alerta é diferente do peculiar latido que emite para o resto da matilha quando está a caçar, conhecido pelos caçadores como “maticar” ou “cantar”. A disposição alegre do Podengo Português aliada à sua capacidade de aprendizagem levou-o até Hollywood, participando em filmes como Three Wishes, Soccer Dog e Zeus and Roxanne. SAÚDE Este cão rústico é bastante saudável, uma vez que não foi sujeito aos inúmeros cruzamentos que marcaram o desenvolvimento de muitas outras raças. Com uma incidência muito baixa de doenças hereditárias, o problema que, eventualmente, mais poderá afetá-lo é a rutura de ligamentos. Qualquer uma das variedades de pelagem que o Podengo apresenta (lisa ou cerdosa) não tem camada de subpêlo (ou dupla pelagem), o que reduz substancialmente a quantidade de pêlos soltos espalhados pela casa, tornando os Podengos numa excelente escolha para quem é alérgico ao pêlo. Sendo de fácil manutenção, a pelagem necessita apenas de uma escovagem ocasional.