Filosofia Antiga Revisional
Filosofia Antiga Revisional
Filosofia Antiga Revisional
“Nada do que foi será/ De novo do jeito que já foi um dia/ Tudo passa/ Tudo
sempre passará/
A vida vem em ondas/ Como um mar/ Num indo e vindo infinito
Não adianta fugir/ Nem mentir/ Pra si mesmo agora/ Há tanta vida lá fora/
Aqui dentro sempre/ Como uma onda no mar/ Como uma onda no mar/
Como uma onda no mar”
a) Morte é tudo que vemos despertos, e tudo que vemos dormindo é sono.
b) O homem tolo gosta de se empolgar a cada palavra.
c) Ao se entrar num mesmo rio, as águas que fluem são outras.
d) Muita instrução não ensina a ter inteligência.
e) O povo deve lutar pela lei como defende as muralhas da sua cidad
5)Os sofistas inventam a educação em ambiente artificial, o que se tornará uma das
características de nossa civilização. Eles são os profissionais do ensino, antes de tudo
pedagogos, ainda que seja necessário reconhecer a notável originalidade de um Protágoras, de
um Górgias ou de um Antifonte, por exemplo. Por um salário, eles ensinavam a seus alunos
receitas que lhes permitiam persuadir os ouvintes, defender, com a mesma habilidade, o pró e
o contra, conforme o entendimento de cada um.
O texto apresenta uma característica dos sofistas, mestres da oratória que defendiam a(o)
6)TEXTO I
Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal
alcançar duas vezes a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa e
de novo reúne.
HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adaptado).
TEXTO II
Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênito e indestrutível, pois é
compacto, inabalável e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno,
contínuo. Como poderia o que é perecer? Como poderia gerar-se?
7)A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a
origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério?
Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem
das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro
lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é
um.
NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
Aristóteles. Ética a Nicômaco. Livro II, cap. I, pág.75. São Paulo: Edipro, 2014. (Adaptado).
9_ (UNICAMP) “Muitos políticos veem facilitado seu nefasto trabalho pela ausência da
filosofia. Massas e funcionários são mais fáceis de manipular quando não pensam, mas tão
somente usam de uma inteligência de rebanho. É preciso impedir que os homens se tornem
sensatos. Mais vale, portanto, que a filosofia seja vista como algo entediante.”
(Karl Jaspers, Introdução ao pensamento filosófico. São Paulo: Cultrix, 1976, p.140.)
A. O filósofo lembra que a filosofia tem um potencial crítico que pode desagradar a
políticos, poderosos e ao senso comum, tal como ocorreu na Grécia em relação a Sócrates.
C. A ditadura militar no Brasil retirou a disciplina de filosofia das escolas por considerá-la
subversiva, mas atenuou a medida estimulando os Centros Populares de Cultura (CPC), ligados
a entidades estudantis.
10)(UEA) No caso da Grécia, a evolução intelectual que vai de Hesíodo a Aristóteles pareceu-
nos estabelecer uma distinção, orientada pela razão, entre o mundo da natureza, o mundo
humano e o mundo das forças sagradas. Essa distinção, porém, é sempre mais ou menos
mesclada ou aproximada pela imaginação mítica, que às vezes confunde esses diversos
domínios.
O texto caracteriza
A. A incomunicabilidade entre o pensamento mítico e o racional.
12)(UEA) Se estes assuntos, assim como a virtude e também a amizade e o prazer, foram
suficientemente discutidos em linhas gerais, devemos dar por terminado nosso programa? [...]
No tocante à virtude, pois, não basta saber, devemos tentar possuí-la e usá-la ou experimentar
qualquer outro meio que se nos antepare de nos tornarmos bons.
14)(Enem 2020) Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se
forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com
vistas ao que lhe parece um bem; se todas as comunidades visam algum bem, é evidente que a
mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este objetivo e
visa ao mais importante de todos os bens.
No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que associa dois elementos essenciais à
discussão sobre a vida em comunidade, a saber:
15)De fato, os homens começaram a filosofar, agora como na origem, por causa da
admiração, na medida em que, inicialmente, ficavam perplexos diante das dificuldades mais
simples; em seguida, progredindo pouco a pouco, chegaram a enfrentar problemas sempre
maiores [...].
C. O espanto reforça a ignorância humana, pois tudo que existe possui uma ordem
imutável e eterna, e quem se submeter cegamente aos designíos do desconhecido, apesar de
abdicar de sua liberdade, terá na ignorância o seu maior bem.
D. O espantoso, para Aristóteles, era constatar, na cultura grega, que os homens diante
da menor dificuldade eram incapazes de pensar que este mundo é uma ilusão; o mundo
verdadeiro está além do sensível e só pode ser contemplado.
16.(Enem 2013)
A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses
atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a
mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”.
Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor,
nós a identificamos como felicidade.
II. Esses princípios são, atualmente, uma questão de moralidade, mas não de legalidade.
III. A ética epicurista, a exemplo da economia verde, propõe uma vida mais moderada.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas I e
c) apenas III.
d) apenas II e III.
e) I, II e III.
18) A respeito da civilização helenística escreveu o erudito Paul Petit: “Não se poderá negar a
originalidade da civilização helenística; basta comparar a acrópole de Pérgamo à de Atenas, a
história de Políbio à de Tucídides, o estoicismo ao platonismo.”
Quanto ao estoicismo, mencionado no texto, uma das escolas filosóficas mais importantes, em
se tratando da filosofia helenística, é correto afirmar que:
a) considerava que a felicidade do homem consistia no prazer, mas distinguia entre os falsos
prazeres materiais e o verdadeiro prazer que se pode alcançar pela renúncia àqueles.
b) julgava que as coisas do mundo físico, que se percebem pelos sentidos, nada mais são do
que cópias das idéias, modelos perfeitos e eternos que só podem ser percebidos pelo espírito.
c) considerava que o mundo material existia objetivamente e a natureza não dependia de idéia
alguma, assim as formas não se situavam num mundo exterior mais elevado e acima dos
fenômenos, mas existiam nas próprias coisas.
d) propunha que o segredo da felicidade residia, não na procura sôfrega do prazer, mas no
perfeito equilíbrio do espírito, que permite aceitar com a mesma serenidade a sorte ou a
desgraça, a riqueza ou a pobreza, o prazer ou a dor.
e) duvidava de tudo e negava que o homem pudesse alcançar a verdade, sendo assim o
homem deveria desistir das infrutíferas cogitações sobre a verdade absoluta e deixar de
preocupar-se, meditando sobre o bem e o mal. Só a renúncia a toda e qualquer certeza pode
trazer a felicidade.
19)(EMESCAM) É preciso dar-se conta de que dentre nossos desejos uns são naturais, os
outros vãos, e que dentre os primeiros há os que são necessários e outros que são somente
naturais. Dentre os necessários, há os que o são para a felicidade, outros para a tranquilidade
contínua do corpo, outros, enfim, para a própria vida. Uma teoria não errônea desses desejos
sabe, com efeito, reportar toda preferência e toda aversão à saúde do corpo e à tranquilidade
da alma, posto que aí reside a própria perfeição da vida feliz. Porque todos os nossos atos
visam afastar de nós o sofrimento e o medo [...]
(Epicuro, Doutrinas e máximas. In: VV.AA. Os filósofos através dos textos. São Paulo, Paulus,
1997, p. 43)
De acordo com o filósofo hedonista Epicuro (341-270 a.C) para garantir uma vida feliz e ter
uma boa saúde é necessário cultivar o hábito de...
a)... buscar o prazer nos exercícios espirituais e na mortificação do corpo.
“O que vós, cidadãos atenienses, haveis sentido com o manejo dos meus acusadores, não sei;
o certo é que eu, devido a eles, quase me esquecia de mim mesmo, tão persuasivos foram.
Contudo, não disseram nada de verdadeiro. Mas, entre as muitas mentiras que divulgaram,
uma, acima de todas, eu admiro: aquela pela qual disseram que deveis ter cuidado para não
serdes enganados por mim, como homem hábil no falar”
a)Para Aristóteles, principal acusador de Sócrates, o problema consiste nas falácias que o
filósofo ensina como conhecimento verdadeiro para os jovens de Atenas, os quais acabam por
fazer de Sócrates uma espécie de ídolo em contraposição aos verdadeiros deuses.
b)De acordo com o próprio Sócrates, nesse seu texto autobiográfico, as acusações contra ele
têm um caráter eleitoral, visto que seus acusadores estavam interessados nas próximas
eleições, mais do que no próprio julgamento.
c)A acusação contra Sócrates é, para Platão, um problema de relacionamento afetivo entre o
acusado e seus acusadores, na verdade, tratou-se de uma questão passional ligada ao amor de
Alcebíades por Sócrates.
d)O principal motivo das acusações contra Sócrates diz respeito à suposta revelação feita pelo
Oráculo de Delfos de que ele seria o homem mais sábio da Grécia, o que acabou causando
muita inveja a Meleto, que almejava tal status de sábio.
e)Sócrates não está sendo acusado simplesmente porque não respeita o culto aos deuses ou
por perverter a juventude, mas sim pelo fato de estar incomodando a aristocracia ateniense ao
denunciar seus vícios baseados na ignorância e defender a busca da verdade e da virtude.
21)Na terceira parte da Apologia de Sócrates há a seguinte afirmação: “é possível que tenhais
acreditado, ó cidadãos, que eu tenha sido condenado por pobreza de raciocínios, com os quais
eu poderia vos persuadir, se eu tivesse acreditado que era preciso dizer e fazer tudo para
evitar a condenação. Mas não é assim. Caí por falta, não de raciocínios, mas de audácia e
imprudência, e não por querer dizer-vos coisas tais que vos teriam sido gratíssimas de ouvir,
choramingando, lamentando e fazendo e dizendo muitas outras coisas indignas, as quais, é
certo, estais habituados a ouvir de outros”.
b)Ressalta a preocupação de seu discurso com a verdade e não com elegante retórica, como os
pretensos “sábios” o faziam.
c)Reconhece sua dificuldade de elaborar um discurso persuasivo, mesmo com todo seu esforço
para isso.
22)É comum se afirmar que Sócrates era um filósofo dado ao diálogo e que se encontrar com
ele para debater era sempre uma atividade de risco. Isso porque a forma dialogal preferida
desse pensador consistia em colocar em prática a sua Maiêutica, cuja primeira parte era a
Ironia. Essa Ironia Socrática deve ser interpretada como
B.Uma etapa do método socrático segundo o qual o saber dos filósofos pitagóricos precisava
ser ironizado para demonstrar sua fragilidade e inconsistência.
C.Um método criado por Sófocles e adotado por Sócrates para provar a existência de seres
superiores, também chamados deuses.
D.Uma prática discursiva criada pelos sofistas e adotada por Sócrates para defender a
importância da filosofia crítica.
E.Uma etapa do método socrático que consiste em utilizar-se de perguntas com o objetivo de
levar o interlocutor a reconhecer a impropriedade de seu saber e, assim, torná-lo apto a
construir um novo saber a partir das ideias inatas.
23)A crítica de Sócrates aos sofistas consiste em mostrar que o ensinamento sofístico limita-se
a uma mera técnica ou habilidade argumentativa que visa a convencer o oponente daquilo que
se diz, mas não leva ao verdadeiro conhecimento. A consequência disso era que, devido à
influência dos sofistas, as decisões políticas na Assembleia estavam sendo tomadas não com
base em um saber, ou na posição dos mais sábios, mas na dos mais hábeis em retórica, que
poderiam não ser os mais sábios ou virtuosos.(Danilo Marcondes. Iniciação à história da
filosofia, 2010.)
c)Ao prevalecimento das técnicas discursivas nas decisões da Assembleia acerca dos rumos das
cidades-Estado.
d)Ao predomínio de líderes pouco sábios e com poucas virtudes na composição da Assembleia.
e)À defesa de formas tirânicas de exercício do poder desenvolvida pela retórica convincente.
22)Somente uns poucos indivíduos, se aproximando das imagens através dos órgãos dos
sentidos, com dificuldade nelas entreveem a natureza daquilo que imitam.
PLATÃO. Fedro. In: ______. Diálogos socráticos. v. 3. Tradução de Edson Bini. Bauru/SP: Edipro,
2008, p. 64 [250b].
A. A teoria materialista que fixa a imagem como o reflexo de corpos físicos que
constituem a única realidade existente.
B. A teoria das ideias que estabelece a distinção entre o mundo sensível e o mundo
inteligível, sendo que as imagens captadas pelos sentidos humanos despertam a alma para as
ideias que habitam o mundo inteligível.
D. A teoria niilista que admite dois mundos, mas que nega qualquer possibilidade de
conhecimento das coisas e das ideias.
Quando o artista [demiurgo] trabalha em sua obra, a vista dirigida para o que sempre se
conserva igual a si mesmo, e lhe transmite a forma e a virtude desse modelo, é natural que
seja belo tudo o que ele realiza. Porém, se ele se fixa no que devém e toma como modelo algo
sujeito ao nascimento, nada belo poderá criar. [. . . ] Ora, se este mundo é belo e for bom seu
construtor, sem dúvida nenhuma este fixará a vista no modelo eterno.
PLATÃO. Timeu. 28 a7-10; 29 a2-3. Trad. Carlos A. Nunes. Belém: UFPA, 1977. p. 46-47.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Platão, assinale a alternativa
correta.
A. O mundo é belo porque imita os modelos sensíveis, nos quais o demiurgo se inspira ao
gerar o mundo.
B. O sensível, ou o mundo que devém, é o modelo no qual o artista se inspira para criar o
que permanece.
C. O artífice do mundo, por ser bom, cria uma obra plenamente bela, que é a realidade
percebida pelos sentidos.
D. O olhar do demiurgo deve se dirigir ao que permanece, pois este é o modelo a ser
inserido na realidade sensível.
24)Imagina o seguinte. Se um homem descesse de novo para o seu antigo posto, não teria os
olhos cheios de trevas, ao regressar subitamente da luz do Sol? E se lhe fosse necessário julgar
daquelas sombras em competição com os que tinham estado sempre prisioneiros acaso não
causaria o riso, e não diriam dele que por ter subido ao mundo superior, estragara a vista, e
que não valia a pena tentar a ascensão? E a quem tentasse soltá-los e conduzi-los até cima, se
pudessem agarrá-lo e matá-lo, não o matariam?
25)Enem PPL 2020) Se os filósofos não forem reis nas cidades ou se os que hoje são chamados
reis e soberanos não forem filósofos genuínos e capazes e se, numa mesma pessoa, não
coincidirem poder político e filosofia e não for barrada agora, sob coerção, a caminhada das
diversas naturezas que, em separado buscam uma dessas duas metas, não é possível, caro
Glaucon, que haja para as cidades uma trégua de males e, penso, nem para o gênero humano.
26)A construção da história requereu lutas contra as dificuldades naturais e grande capacidade
de invenção. Muitas reflexões filosóficas foram importantes para pensar a condição da cultura.
Os sofistas contribuíram com essas reflexões, quando:
O século de Péricles (V a.C) constitui o período áureo da cultura grega, quando a democrática
Atenas desenvolve intensa vida cultural e artística. No âmbito da especulação filosófica, os
sofistas vivem nessa época, e alguns deles são interlocutores de Sócrates.
(ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à
Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993, p. 93.). Adaptado.
28)A sociedade grega criou seus mitos e deuses, mas também elaborou um pensamento
filosófico que expressava sua preocupação com a verdade e a ética.
Além de Aristóteles, Platão e Sócrates, muitos pensadores merecem ser citados e discutidos,
como os sofistas, que:
O texto é a abertura do Livro VII da República de Platão, no qual ele expõe sua famosa
“Alegoria da Caverna”. Com base nessa Alegoria e na filosofia de Platão, assinale a alternativa
correta.
A.A teoria do conhecimento de Platão, expressa na Alegoria da Caverna, estabelece que todo
conhecimento verdadeiro se origina nas sensações.
D.Platão narra a situação de homens que foram presos em Atenas, em razão de crimes que
teriam cometido.
E.Platão procura, com a Alegoria da Caverna, narrar a situação dos homens que estão presos
no mundo sensível e de como deveriam dele se libertar para conhecer a verdade.