Abnt NBR 7211
Abnt NBR 7211
Abnt NBR 7211
BRASILEIRA 7211
Terceira edição
29.04.2009
Versão corrigida
25.06.2019
Número de referência
ABNT NBR 7211:2009
9 páginas
©ABNT 2009
ABNT NBR 7211:2009
© ABNT 2009
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Sumário Página
Prefácio ....................................................................................................................................................................... iv
1 Escopo ............................................................................................................................................................ 1
2 Referências normativas ................................................................................................................................ 1
3 Definições ....................................................................................................................................................... 3
4 Requisitos gerais ........................................................................................................................................... 4
5 Agregado miúdo ............................................................................................................................................ 4
5.1 Granulometria ................................................................................................................................................ 4
5.1.1 Distribuição granulométrica ......................................................................................................................... 4
5.2 Substâncias nocivas ..................................................................................................................................... 5
5.3 Durabilidade ................................................................................................................................................... 6
5.4 Ensaios especiais .......................................................................................................................................... 6
6 Agregado graúdo ........................................................................................................................................... 7
6.1 Granulometria ................................................................................................................................................ 7
6.1.1 Distribuição granulométrica ......................................................................................................................... 7
6.1.2 Forma dos grãos ............................................................................................................................................ 8
6.1.3 Desgaste ......................................................................................................................................................... 8
6.2 Substâncias nocivas ..................................................................................................................................... 8
6.3 Durabilidade ................................................................................................................................................... 8
6.4 Ensaios especiais .......................................................................................................................................... 8
7 Inspeção ......................................................................................................................................................... 9
8 Aceitação e rejeição ...................................................................................................................................... 9
iii
ABNT NBR 7211:2009
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são elaboradas por
Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores,
consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2. A Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos elementos deste
documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada responsável pela
identificação de quaisquer direitos de patentes.
A ABNT NBR 7211 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados (ABNT/CB-18), pela
Comissão de Estudo de Especificação de Agregados (CE-18:200.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 07, de 30.07.2004, com o número de Projeto NBR 7211. O seu Projeto de Emenda 1 circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 06, de 30.05.2008 a 28.07.2008, com o número de Projeto de Emenda
ABNT NBR 7211. O seu 2º Projeto de Emenda 1 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 03,
de 05.03.2009 a 03.04.2009, com o número de 2º Projeto de Emenda ABNT NBR 7211.
Esta terceira edição incorpora a Emenda 1 de 29.04.2009 e cancela e substitui a edição anterior
(ABNT NBR 7211:2005).
Scope
This Standard specifies the requirements for production and reception of both coarse and fine aggregates for
concrete.
Aggregates specified in this standard may be of natural origin, naturally fragmented or resulting of rock crushing.
This Standard does not apply to aggregates obtained by industrial processes as by-products and to recycled
materials or mixtures of such aggregates, except the provisions in 1.6.
The specific requirements of this Standard refer to aggregates whose historical performance in concrete of similar
quality is available and in terms of exposure equivalent to the concrete set.
When there are no historical performance of the aggregates or for areas where it is not economically feasible to
obtain aggregates that meet fully the requirements of this Standard, its use for the concrete preparation should be
based on experimental studies. These studies should show the achievement of concrete with satisfactory quality
and should be fully documented in technical reports prepared by qualified professional.
Aggregates that have variability in their characteristics that exceed the limits set out in sections 5 or 6 can be used
only if specifically approved by a qualified professional with mutual agreement between the contractor and the
aggregate producer or supplier.
Aggregates recovered by washing fresh concrete can be used as aggregates for the preparation of a new concrete
mix if they are of the same type of the primary aggregate of the this concrete mix. Non graded recovered
aggregates should not be added in quantities greater than 5 % of total aggregate in the concrete. More than 5 %
may be added only if the aggregates recovered are graded in different fractions as well as they meet the
requirements of this Standard.
1 Escopo
1.1 Esta Norma especifica os requisitos exigíveis para recepção e produção dos agregados miúdos e graúdos
destinados à produção de concretos de cimento Portland.
1.2 Os agregados especificados nesta Norma podem ser de origem natural, já encontrados fragmentados ou
resultantes da britagem de rochas. Esta Norma não se aplica a agregados obtidos por processos industriais, como
subprodutos, e a materiais reciclados, ou mistura desses agregados, exceto o estabelecido em 1.6.
1.3 As prescrições específicas desta Norma referem-se aos agregados sobre os quais se dispõe de histórico de
desempenho em concretos de qualidade similar e em condições de exposição equivalentes às do concreto
previsto.
1.4 Quando não se dispõe de antecedentes de desempenho dos agregados ou para regiões em que não seja
economicamente possível a obtenção de agregados que atendam plenamente às exigências desta Norma, seu
uso para a produção de concreto deve ser baseado em estudos experimentais, que comprovem a obtenção de
concreto com qualidade satisfatória, devidamente documentados em laudo técnico elaborado por profissional
qualificado.
1.5 Agregados que apresentem variabilidade em suas características que ultrapassem os limites estabelecidos
nas seções 5 ou 6 apenas podem ser utilizados em concreto se aprovados por profissional responsável e em
comum acordo entre o proprietário da obra e o produtor de agregados.
1.6 Agregados recuperados de concreto fresco por lavagem podem ser usados como agregados para a
preparação de um novo concreto se forem do mesmo tipo que o agregado primário desse mesmo concreto.
Agregados recuperados não subdivididos quanto à sua granulometria não devem ser adicionados em quantidades
maiores do que 5% do total de agregados no concreto. Quantidades superiores a 5% podem ser adicionadas
somente se o agregado recuperado for classificado e separado nas diferentes frações e se atender aos requisitos
desta Norma.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR 6467, Agregados – Determinação do inchamento de agregado miúdo – Método de ensaio
ABNT NBR 7218, Agregados – Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis
ABNT NBR 7389, Apreciação petrográfica de materiais naturais, para utilização como agregado em concreto
ABNT NBR 7809, Agregado graúdo – Determinação do índice de forma pelo método do paquímetro – Método de
ensaio
1
ABNT NBR 7211:2009
ABNT NBR 9775, Agregados – Determinação da umidade superficial em agregados miúdos por meio do frasco de
Chapman
ABNT NBR 9917, Agregados para concreto – Determinação de sais, cloretos e sulfatos solúveis
ABNT NBR 9939, Agregados – Determinação do teor de umidade total, por secagem, em agregado graúdo
ABNT NBR 10341, Agregado graúdo para concreto – Determinação do módulo de deformação estático e do
diagrama tensão-deformação em rocha matriz – Método de ensaio
ABNT NBR 12696, Agregados – Verificação do comportamento mediante ciclagem artificial água-estufa
ABNT NBR 12697, Agregados – Verificação do comportamento mediante ciclagem acelerada com etilenoglicol
ABNT NBR 14832, Cimento Portland e clínquer – Determinação de cloreto pelo método do íon seletivo
ABNT NBR 15577-1, Agregados – Reatividade álcali-agregado – Parte 1: Guia para avaliação da reatividade
potencial e medidas preventivas para uso de agregados em concreto
ABNT NBR NM 27, Agregados – Redução da amostra de campo para ensaios de laboratório
ABNT NBR NM 46, Agregados – Determinação do material fino que passa através da peneira 75 µm por lavagem
ABNT NBR NM 52, Agregado miúdo – Determinação de massa específica e massa específica aparente
ABNT NBR NM 53, Agregado graúdo – Determinação de massa específica, massa específica aparente e absorção
de água
ABNT NBR NM 66, Agregados – Constituintes mineralógicos dos agregados naturais - Terminologia
ABNT NBR NM ISO 3310-1, Peneiras de ensaio – Requisitos técnicos e verificação – Parte 1: Peneiras de ensaio
com tela de tecido metálico
ASTM C 1218, Standard test method for water-soluble chloride in mortar and concrete
3 Definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR NM 66 e
ABNT NBR 9935, e os seguintes:
3.1
agregado miúdo
agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm, ressalvados os limites
estabelecidos na Tabela 2, em ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas pela
ABNT NBR NM ISO 3310-1
3.2
agregado graúdo
agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm e ficam retidos na peneira com
abertura de malha de 4,75 mm, ressalvados os limites estabelecidos na Tabela 6, em ensaio realizado de acordo
com a ABNT NBR NM 248, com peneiras definidas pela ABNT NBR NM ISO 3310-1
3.3
série normal e série intermediária de peneiras
conjunto de peneiras sucessivas, que atendem à ABNT NBR NM ISO 3310-1, com as aberturas estabelecidas na
tabela 1
3
ABNT NBR 7211:2009
3.5
módulo de finura
soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida
por 100.
3.6
agregado total
agregado resultante da britagem de rochas cujo beneficiamento resulta numa distribuição granulométrica
constituída por agregados graúdos e miúdos ou por mistura intencional de agregados britados e areia natural ou
britada, possibilitando o ajuste da curva granulométrica em função das características do agregado e do concreto
a ser preparado com esse material. Os limites desta norma referentes ao agregado total devem atender aos
critérios de ponderabilidade em massa entre os agregados graúdos e miúdos que o compõem.
4 Requisitos gerais
4.1 Os agregados devem ser compostos por grãos de minerais duros, compactos, estáveis, duráveis e limpos, e
não devem conter substâncias de natureza e em quantidade que possam afetar a hidratação e o endurecimento
do cimento, a proteção da armadura contra a corrosão, a durabilidade ou, quando for requerido, o aspecto visual
externo do concreto. O exame petrográfico realizado de acordo com a ABNT NBR 7389 e interpretado por
profissional capacitado, fornece alguns dos subsídios necessários para o cumprimento destas condições.
Para outras características, ver seções 5 e 6.
4.2 Os agregados devem ser fornecidos ao consumidor em lotes cujas unidades parciais de transporte devem
ser individualizadas, mediante uma guia de remessa na qual constem pelo menos os seguintes dados:
a) nome do produtor;
b) proveniência do material;
d) massa do material;
e) data do fornecimento.
5 Agregado miúdo
A amostra representativa de um lote de agregado miúdo, coletada de acordo com a ABNT NBR NM 26 e
reduzida para ensaio de acordo com a ABNT NBR NM 27, deve satisfazer os requisitos prescritos
de 5.1 a 5.3.
Quando o agregado miúdo for composto ou proveniente de duas ou mais origens 1) , os requisitos desta
Norma devem ser considerados proporcionalmente à presença de cada um deles na mistura.
5.1 Granulometria
A distribuição granulométrica, determinada segundo a ABNT NBR NM 248, deve atender aos limites
estabelecidos na tabela 2. Podem ser utilizados como agregado miúdo para concreto materiais com
distribuição granulométrica diferente das zonas estabelecidas na tabela 2, desde que estudos prévios de
dosagem comprovem sua aplicabilidade.
5.2.1 A quantidade de substâncias nocivas não deve exceder os limites máximos em porcentagem
estabelecidos na tabela 3 com relação à massa do material.
Quantidade máxima
relativa à massa do
Determinação Método de ensaio agregado miúdo
%
Torrões de argila e
ABNT NBR 7218 3,0
materiais friáveis
Concreto aparente 0,5
Materiais carbonososa ASTM C 123
Concreto não aparente 1,0
Material fino que passa Concreto submetido a
3,0
através da peneira desgaste superficial
ABNT NBR NM 46
75 µm por lavagem Concretos protegidos do
(material pulverulento) 5,0
desgaste superficial
A solução obtida no ensaio
ABNT NBR NM 49 deve ser mais clara do que
a solução-padrão
Impurezas orgânicasb Diferença máxima aceitável
entre os resultados de
ABNT NBR 7221 10 %
resistência à compressão
comparativos
a Quando não for detectada a presença de materiais carbonosos durante a apreciação petrográfica, pode-se prescindir
5
ABNT NBR 7211:2009
5.2.2 Quando o material fino que passa através da peneira 75 µm por lavagem, conforme procedimento de
ensaio estabelecido na ABNT NBR NM 46, for constituído totalmente de grãos gerados durante a britagem da
rocha, os valores constantes na Tabela 3 podem ter seus limites alterados de 3 % para 10 % (para concreto
submetido a desgaste superficial) e de 5 % para 12 % (para concreto protegido do desgaste superficial), desde
que seja possível comprovar, por apreciação petrográfica realizada de acordo com a ABNT NBR 7389, que os
grãos constituintes acima de 150 µm não geram finos que interferem nas propriedades do concreto. São exemplos
de materiais prejudiciais os materiais micáceos, ferruginosos e argilominerais expansivos. Para agregado total, ver
3.6 e Nota 3 da Tabela 7.
5.3 Durabilidade
5.3.1 Em agregados provenientes de regiões litorâneas, ou extraídos de águas salobras ou ainda quando
houver suspeita de contaminação natural (regiões onde ocorrem sulfatos naturais como a gipsita) ou industrial
(água do lençol freático contaminada por efluentes industriais), os teores de cloretos e sulfatos não devem exceder
os limites estabelecidos na tabela 4.
5.3.2 Para evitar a ocorrência de reações expansivas deletérias devidas à reação álcali-agregado, deve ser
atendido o que estabelece a ABNT NBR 15577-1.
Em determinadas regiões ou para concretos com determinados requisitos específicos, pode ser necessária a
exigência, por parte do consumidor, de prescrições especiais adicionais, ficando a seu critério os limites e os
métodos de ensaio. Algumas destas prescrições ou os métodos para sua determinação são exemplificados na
tabela 5.
6 Agregado graúdo
A amostra representativa de um lote de agregado graúdo, coletada de acordo com a ABNT NBR NM 26 e reduzida
para ensaio de acordo com a ABNT NBR NM 27, deve satisfazer os requisitos prescritos em 6.1 a 6.4.
6.1 Granulometria
A distribuição granulométrica, determinada segundo a ABNT NBR NM 248, deve atender aos limites indicados
para o agregado graúdo constantes na tabela 6.
75 mm - - - - 0–5
63 mm - - - - 5 – 30
50 mm - - - 0–5 75 – 100
37,5 mm - - - 5 – 30 90 – 100
31,5 mm - - 0–5 75 – 100 95 – 100
25 mm - 0–5 5 – 25b 87 – 100 -
19 mm - 2 – 15b 65b - 95 95 – 100 -
12,5 mm 0–5 40b - 65b 92 – 100 - -
9,5 mm 2 - 15b 80b – 100 95 – 100 - -
6,3 mm 40b – 65b 92 – 100 - - -
4,75 mm 80b –100 95 – 100 - - -
2,36 mm 95 - 100 - - - -
a Zona granulométrica correspondente à menor (d) e à maior (D) dimensões do agregado graúdo.
b
Em cada zona granulométrica deve ser aceita uma variação de no máximo cinco unidades percentuais em apenas um dos
limites marcados com 2). Essa variação pode também estar distribuída em vários desses limites.
7
ABNT NBR 7211:2009
O índice de forma dos grãos do agregado não deve ser superior a 3, quando determinado de acordo com
a ABNT NBR 7809.
6.1.3 Desgaste
O índice de desgaste por abrasão “Los Angeles”, determinado segundo a ABNT NBR NM 51, deve ser inferior a
50%, em massa, do material.
A quantidade de substâncias nocivas não deve exceder os limites máximos em porcentagem estabelecidos na
Tabela 7 com relação à massa do material.
6.3 Durabilidade
Em determinadas regiões ou para concretos com determinados requisitos específicos, pode ser necessária a
exigência, por parte do consumidor, de prescrições especiais adicionais, ficando a seu critério os limites e os
métodos de ensaio. Algumas destas prescrições ou os métodos para sua determinação são exemplificados na
tabela 8.
Determinação Método
Massas específicas absoluta e aparente e absorção de água ABNT NBR NM 53
Ciclagem natural ABNT NBR 12695
7 Inspeção
A inspeção deve ser feita de acordo com a ABNT NBR NM 26.
8 Aceitação e rejeição
8.1 Para a aceitação de um ou mais lotes de agregados, definidos conforme ABNT NBR NM 26, deve ser
estabelecido explicitamente entre o consumidor e o produtor a realização da coleta e dos ensaio das amostras
respectivas por laboratório idôneo ou no laboratório de uma das partes quando houver consentimento mútuo.
8.2 Um lote somente deve ser aceito quando cumprir todas as prescrições desta Norma e as eventuais
prescrições especiais contratadas, inclusive aquelas referentes ao conceito de agregado total.