Lei Complementar 146 Plano Diretor

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LEI COMPLEMENTAR Nº 146/2014 de 20 de novembro de 2014.

INSTITUI O PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE


DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DO MUNICÍPIO DE XAXIM

IDACIR ANTONIO ORSO, Prefeito Municipal de Xaxim, no uso de


atribuições legais, FAZ SABER a todos os habitantes do Município que a Câmara
votou e aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei Complementar:

TÍTULO I
CONCEITUAÇÃO, OBJETIVOS E DIRETRIZES URBANÍSTICAS

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. Fica Instituído, como instrumento básico da política de


desenvolvimento e expansão urbana, o Plano Diretor Participativo de
Desenvolvimento Municipal de Xaxim, que obedecerá aos objetivos e às diretrizes
básicas desta Lei.

§ 1º O Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Municipal de


Xaxim, visa ordenar o espaço urbano ou de fins urbanos e de expansão urbana, com
o objetivo de propiciar um desenvolvimento integrado e abrange as funções da vida
coletiva, em que incluem habitação, trabalho, circulação e lazer, visando à melhoria
de qualidade de vida da população, dando melhores condições de desempenho às
funções urbanas, com menor custo social e ambiental.

§ 2º O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias, o orçamento anual,


os planos, programas e projetos urbanísticos, assim como os demais instrumentos
municipais de desenvolvimento deverão incorporar os princípios, diretrizes e
prioridades contidos nesta lei.

Art. 2º. Este Plano Diretor Participativo abrange todo o território do


Município de Xaxim, adequando sua política de desenvolvimento urbano de acordo
com a Lei Federal N.º 10257/2001 - Estatuto da Cidade, definindo:

I - a Política e as estratégias de desenvolvimento físico-territorial do


Município;
II - os critérios para garantir que a Cidade cumpra com sua função
social;
III - os critérios para garantir que a propriedade cumpra com sua função
social;

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IV - as regras orientadas do uso e da ocupação do solo;
V - o planejamento e a gestão democráticos do desenvolvimento físico-
territorial.

§ 1º A interpretação da presente Lei será realizada de forma a articular


sistemática e integradamente todos dispositivos nela contidos com as disposições
da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do solo, Código de Posturas Municipais e
Código de Edificações.

§ 2º Visando a consecução da interpretação a que se refere o


parágrafo anterior, deverá ser rigorosamente observado o significado dos conceitos,
termos técnicos e expressões utilizados na presente Lei, que se encontram
formalizados do Glossário anexo.

Art. 3º. O Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento consolida as


normas gerais, os objetivos e as diretrizes técnicas urbanísticas aplicáveis ao
Município de Xaxim, observando-se o disposto na sua Lei Orgânica, na legislação
urbanística citada ao longo dessa lei, podendo, ainda, ser integrado por outras
normas regulamentares.

Parágrafo Único. A presente Lei é denominada: “Lei do Plano”,


dispondo sobre os objetivos, as diretrizes, as estratégias de desenvolvimento do
Município.

CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS

Art. 4º. Constituem objetivos do Plano Diretor Participativo de


Desenvolvimento Físico-Territorial de Xaxim:

I - garantir o direito à cidade para todos, compreendendo o direito à


terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura e equipamentos
urbanos, ao transporte, aos serviços públicos, à segurança, ao trabalho e ao lazer;
II - orientar as ações dos diversos atores, públicos ou privados, que
intervêm sobre o território do Município;
III - garantir a participação de toda a população e setores da sociedade
na tomada de decisões inerentes aos processos de planejamento e gestão urbanos,
sempre observando critérios de transparência e legitimidade;
IV - orientar os investimentos do Poder Público de acordo com os
objetivos estabelecidos neste Plano Diretor Participativo, visando aproximar o
planejamento realizado da gestão urbana cotidiana;
V - promover a justiça social e reduzir as desigualdades no Município,
buscando a reversão do processo de segregação sócio-espacial e o impedimento da
prática da especulação imobiliária, por intermédio da oferta de áreas para produção

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habitacional dirigida aos segmentos sociais de menor renda, inclusive em áreas
centrais;
VI - elevar a qualidade do ambiente do Município, por meio da
preservação do equilíbrio ecológico e da proteção do patrimônio histórico, artístico,
cultural, urbanístico e paisagístico;
VII - fortalecer a regulação pública sobre o solo urbano, mediante
controle e fiscalização sobre o uso e ocupação do espaço do Município;
VIII - racionalizar o uso da infraestrutura instalada, evitando sua
sobrecarga ou ociosidade, por meio do controle sobre o adensamento urbano;
IX - garantir a justa distribuição dos benefícios e dos ônus decorrentes
das obras e dos serviços de infraestrutura urbana;
X - garantir acessibilidade universal para toda a população, entendida
como a facilidade de acesso a qualquer ponto do território, com atenção aos
portadores de necessidades especiais.

CAPÍTULO III
DAS DIRETRIZES

Art. 5º. Para que se atinjam os objetivos do Plano Diretor Participativo


de Desenvolvimento Municipal de Xaxim, ficam estabelecidas as seguintes
diretrizes:
I - dotar o Município de instrumentos técnicos e administrativos
capazes de coibir os problemas do desenvolvimento urbano para o futuro, e, ao
mesmo tempo indicar soluções para os problemas atuais;
II - dotar o Município de instrumentos jurídicos adequados, norteadores
da política urbana municipal;
III - implantar as Políticas de Desenvolvimento priorizadas e definidas
com a participação popular, quais sejam:
a) Desenvolvimento Sócio-Econômico e Cultural;
b) Desenvolvimento Físico-Territorial.

TÍTULO II
POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO E CULTURAL

Art. 6º. A Política de Desenvolvimento Socioeconômico é composta


pelos programas:
I – Programa de Fortalecimento da Indústria e do Comércio;
II – Programa de Fortalecimento da Agropecuária;
III – Programa de Fortalecimento da Saúde, Educação, Esporte,
Cultura e Lazer;
IV – Programa de Melhoria do Saneamento Básico e Ambiental;
V – Programa de Habitação;
VI – Programa de Melhoria da Infraestrutura Urbana e Rural.

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CAPÍTULO I
DO PROGRAMA DO FORTALECIMENTO DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO

SEÇÃO I
DAS DEFINIÇÕES E OBJETIVOS

Art. 7º. O Programa tem por definição promover a geração de emprego


e renda como fator de desenvolvimento social e econômico através do
fortalecimento da indústria e do comércio, incentivando o empreendedorismo, a
diversificação e a qualificação da mão-de-obra priorizando o desenvolvimento
sustentável e a melhoria da qualidade de vida.

Art. 8º. O Programa tem por objetivos:


I - qualificar a mão-de-obra;
II - fomentar o desenvolvimento de novas áreas econômicas
priorizando as atividades relacionadas às vocações do Município;
III - apoiar o fortalecimento das empresas instaladas.

SEÇÃO II
DOS PROJETOS

Art. 9º. O Programa de Fortalecimento da Indústria e do Comércio será


implantado através dos seguintes projetos:
I – projeto de busca de parcerias para implantação de cursos de
qualificação profissional;
II – projeto de diversificação da atividade industrial e viabilização da
implantação de novas indústrias, para geração de emprego e renda;
III – projeto de promoção do adensamento e diversificação do comércio
local;
IV – projeto de incentivo ao fortalecimento do comércio nos bairros;
V – projeto de incentivo, através dos instrumentos do Estatuto da
Cidade, para ampliação de oferta de imóveis.

CAPÍTULO II
DO PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA AGROPECUÁRIA

SEÇÃO I
DAS DEFINIÇÕES E OBJETIVOS

Art. 10. O Programa tem por definição promover o fortalecimento da


pequena propriedade rural como fator de desenvolvimento sócio-econômico, através

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da promoção da infra-estrutura e diversificação das atividades agropecuárias,
compatibilizando a preservação do meio ambiente.

Art. 11. O Programa tem por objetivos:


I - melhorar a acessibilidade e facilitar o escoamento da produção;
II - diversificar as atividades;
III - dotar a área rural de oportunidades;
IV - fortalecer a identidade comunitária e regional, bem como a cultura
associativa e cooperativa.

SEÇÃO II
DOS PROJETOS

Art. 12. O Programa do Fortalecimento da Agropecuária será


implantado através dos projetos:
I – projeto de criação de programas de incentivo à agregação de valor
a produção da pequena propriedade rural;
II – projeto de manutenção da assistência técnica ao pequeno produtor;
III – projeto de incentivo a agricultura familiar.

CAPÍTULO III
DO PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA SAÚDE, EDUCAÇÃO, ESPORTE,
CULTURA E LAZER

SEÇÃO I
DAS DEFINIÇÕES E OBJETIVOS

Art. 13. O Programa tem por definição promover o fortalecimento da saúde,


educação, esporte, cultura e lazer como fator de desenvolvimento sócioeconômico,
através da promoção da ampliação das atividades educacionais, sociais e culturais,
oportunizando melhoria da qualidade de vida.

Art. 14. O Programa tem por objetivos:


I - oportunizar acesso à saúde;
II – desenvolver a medicina preventiva;
III – oportunizar acesso à educação a todos;
IV - integrar a escola à comunidade;
V – disponibilizar educação de qualidade.

SEÇÃO II
DOS PROJETOS

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Art. 15. O Programa de Fortalecimento da Saúde, Educação, Esporte,
Cultura e Lazer será implantado através dos projetos:
I – projeto de melhoria e/ou implantação de áreas de lazer nas
principais comunidades rurais do município;
II – projeto de recuperação ou criação das áreas de lazer na área
urbana;
III – projeto de construção de novas creches;
IV – projeto de ampliação e/ou reforma dos espaços físicos das escolas
municipais;
V – projeto de ampliação dos programas de saúde preventiva com
melhora do atendimento dos serviços existentes;
VI – projeto de melhoria no atendimento a saúde fornecido aos
munícipes;
VII – projeto de ampliação do quadro de profissionais da saúde:
médicos especialistas;
VIII – projeto de implantação de incentivo à conservação do patrimônio
histórico e cultural do município.

CAPÍTULO IV
DO PROGRAMA DE MELHORIA DO SANEAMENTO BÁSICO E AMBIENTAL

SEÇÃO I
DAS DEFINIÇÕES E OBJETIVOS

Art. 16. O Programa tem por definição promover a melhoria das


condições ambientais visando à melhoria da qualidade de vida da população urbana
e rural, através de políticas relacionadas ao abastecimento de água, saneamento
básico, manejo de resíduos sólidos urbanos e manejo de águas pluviais e disciplina
da ocupação e uso do solo.

Art. 17. O Programa tem por objetivos:


I – controlar a qualidade de água;
II – preservar os mananciais superficiais e subterrâneos valorizando os
corpos d’água bem como a flora e fauna ribeirinha;
III – equacionar a falta de água na área rural do município;
IV – equacionar o tratamento e destinação dos dejetos de animais
criados em regime intensivo;
V- compatibilizar o desenvolvimento econômico e social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e dos ecossistemas;
VI – aumentar e regenerar a vegetação das margens dos rios e
recuperar as matas ciliares com espécies nativas;
VII – implantar a rede de atendimento de tratamento de esgoto;

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VIII – implantar programas de reciclagem e adequada destinação dos
resíduos urbanos;
IX – articular e integrar as ações e atividades ambientais desenvolvidas
pelos diversos órgãos e entidades do Município, com as ações e atividades
ambientais desenvolvidas pelos órgãos federais e estaduais;
X – reduzir o consumo de águas servidas nas indústrias e residências;
XI – elaborar o Plano Municipal de Saneamento Básico do Município.

SEÇÃO II
DOS PROJETOS

Art. 18. O Programa de Melhoria de Saneamento Básico e Ambiental


será implantado através dos projetos:
I – projeto de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico;
II – projeto de melhoria do abastecimento de água no interior e na área
urbana;
III – projeto de captação de recursos para a implantação de rede e
tratamento de esgoto;
IV – projeto de implantação de fossas, filtros e sumidouros individuais
nas residências, principalmente na área rural;
V – projeto de ampliação da drenagem urbana;
VI – projeto de implantação do programa de coleta de lixo no interior;
VII – projeto de manutenção e preservação das áreas de APP’s –
Áreas de Preservação Permanente e áreas verdes;
VIII – projeto de definição de regras de ocupação do solo em áreas de
proteção ambiental através da Lei do Plano Diretor;
IX – projeto de captação de recursos para elaboração do Plano
Municipal de Saneamento Básico.

CAPÍTULO V
DO PROGRAMA DE HABITAÇÃO

SEÇÃO I

DAS DEFINIÇÕES E OBJETIVOS

Art. 19. O Programa tem por definição promover o direito à moradia


como direito social básico incorporando o direito a infraestrutura e serviços. Como
direito social através de diretrizes locais de política habitacional, induzindo o
repovoamento dos vazios urbanos, destinando áreas infraestruturadas na cidade
para provisão de Habitação de Interesse Social, democratizando o acesso ao solo
urbano e a própria cidade.

Art. 20. O Programa tem por objetivos:

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I – mobilizar recursos para viabilizar a produção e comercialização
subsidiada de habitação para a população de menor renda;
II – facilitar o acesso à habitação mediante incentivos para a aquisição
de imóveis à população de baixa renda;
III – combater os fenômenos de segregação urbana, desequilíbrios
sociais e urbanísticos.

SEÇÃO II
DOS PROJETOS

Art. 21. O Programa de Habitação será implantado através dos


projetos:
I – projeto de implantação de programa de construção de unidades
habitacionais isoladas e em conjunto para redução do déficit habitacional;
II – projeto de implantação de programa de reforma e ampliação de
unidades habitacionais;
III – projeto de reurbanização e/ou relocação das sub habitações e
ocupações irregulares e em áreas de risco;
IV – projeto de implantação de programa de regularização fundiária;
V – projeto de regularização das escrituras de terrenos em situação
irregular;
VI – projeto de criação de novas ZEIS – Zona Especial de Interesse
Social;
VII – projeto de implantação de programas para construção de módulos
sanitários;
VIII – projeto para criação de um observatório habitacional, com
profissionais habilitados.

CAPÍTULO VI
DO PROGRAMA DE MELHORIA DA INFRAESTRUTURA URBANA E RURAL

SEÇÃO I
DAS DEFINIÇÕES E OBJETOS

Art. 22. O Programa tem por definição promover a melhoria da


infraestrutura urbana e rural visando a melhoria da qualidade de vida da população,
buscando a integração da área urbana com a área rural.

Art. 23. O Programa tem por objetivos:


I – dotar com infraestrutura as estradas municipais;
II – promover a integração da área rural com a urbana, melhorando a
infraestrutura na área rural;
III – garantir a melhoria das vias urbanas e estradas municipais;

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IV – ampliar o sistema de saneamento básico.

SEÇÃO II
DOS PROJETOS

Art. 24. O Programa de Infraestrutura será implantado pelos projetos:


I – projeto de melhoria e alargamento das estradas municipais;
II – projeto de reestruturação do trânsito e implantação de
estacionamento rotativo;
III – projeto de viabilização de parceria para a implantação de
transporte público coletivo (inter bairros e interior da cidade);
IV – projeto de ampliação da pavimentação das ruas;
V – projeto de implantação de passeios públicos padronizados e de
acordo com a Lei de Acessibilidade;
VI – projeto de articulação para melhoria da telefonia fixa e móvel no
interior;
VII – projeto de aquisição de terreno para construção de novo cemitério
municipal;
VIII – projeto de articulação para viabilizar o aumento do efetivo de
policiais;
IX – projeto de desenvolvimento e apoio a campanhas e ações
preventivas ao combate á violência;
X – projeto de melhoria e manutenção da iluminação pública;
XI – projeto de contratação de técnicos para área de planejamento e
fiscalização;
XII – projeto de incentivo a qualificação dos funcionários;
XIII – projeto de reestruturação administrativa.

CAPÍTULO VII
DOS INSTRUMENTOS DE INDUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO URBANO

SEÇÃO I
CONJUNTO DOS INSTRUMENTOS

Art. 25. Compõem o conjunto de instrumentos disponibilizado ao


Município de Xaxim, além de outros indicados pelo Estatuto da Cidade:
I. do Parcelamento, Edificação ou Utilização de Compulsórios;
II. do Imposto Predial e Territorial Urbano Progressivo no Tempo;
III. da Desapropriação por Título da Dívida Pública;
IV. do Direito de Preempção;
V. da Outorga Onerosa do Direito de Construir -Solo Criado;
VI. da Transferência do Potencial Construtivo;
VII. do Consórcio Imobiliário e da Operação de Interesse Social;
VIII. das Operações Urbanas Consorciadas;

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IX. das Zonas Especiais de Interesse Social;
X. do Estudo de Impacto de Vizinhança;
XI. da Contribuição de Melhoria;
XII. da Concessão do Direito Real de Uso;
XIII. da Gestão Orçamentária Participativa.

Art. 26. A delimitação territorial das áreas onde poderão ser aplicados
os instrumentos de que trata este capítulo está prevista nos Anexos que integram a
presente Lei.

SEÇÃO II
DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS

Art. 27. O Poder Público Municipal poderá utilizar o instrumento de


parcelamento, edificação ou utilização compulsório como forma de induzir a
ocupação de imóveis urbanos, providos de infraestrutura e equipamentos, que não
estão edificados, que estão sendo subutilizados ou não utilizados.

Parágrafo único. Estarão isentos da aplicação deste instrumento os


imóveis localizados em áreas de proteção ambiental.

Art. 28. Para a utilização deste instrumento o Município identificará os


imóveis que não estejam cumprindo a função social da propriedade urbana e deverá
notificar os seus proprietários para que promovam no prazo de um ano o
parcelamento, edificação e utilização adequadas.

Parágrafo único. Os critérios de aplicação deste instrumento e os


procedimentos para sua efetivação serão estabelecidos em lei específica.

SEÇÃO III
DO IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL PROGRESSIVO NO TEMPO

Art. 29. Nos casos do não atendimento dos prazos para o cumprimento
da função social da propriedade através do parcelamento, edificação ou utilização
compulsório, o município
poderá aplicar o IPTU progressivo no tempo, mediante a majoração da
alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos, podendo a alíquota máxima atingir a
20% (vinte por cento) do valor do lançamento fiscal do imóvel, até que o proprietário
cumpra a obrigação de dar uso ao mesmo.

Art. 30. O valor da alíquota será estabelecido em lei específica, e será


calculado através da Planta Genérica de Valores do Município em consonância com
os valores do mercado imobiliário.

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Art. 31. No caso do descumprimento da obrigação de parcelar, edificar
ou utilizar o imóvel, no prazo de cinco anos, o Município manterá a cobrança pela
alíquota máxima, até que se cumpra à referida obrigação, ficando garantida a
posterior aplicação do instrumento de desapropriação do imóvel com pagamento em
título da dívida pública.

SEÇÃO IV
DA DESAPROPRIAÇÃO POR TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA

Art. 32. O Município poderá proceder à desapropriação do imóvel com


pagamento em títulos da dívida pública, caso não tenha sido cumprida a função de
parcelar, edificar e dar uso ao referido imóvel após o prazo de cinco anos de
cobrança do IPTU progressivo.

Art. 33. Cabe ao Município, mediante prévia autorização da Câmara


Vereadores, emitir títulos da dívida pública com prazo de resgate de até dez anos,
em prestações anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização
e os juros legais de seis por cento ao ano.

Art. 34. Os imóveis desapropriados serão utilizados para construção de


habitações populares ou equipamentos urbanos, podendo ser alienados a
particulares, mediante prévia licitação.

SEÇÃO V
DO DIREITO DE PREEMPÇÃO

Art. 35. Através do direito de preempção o Poder Público Municipal


terá a preferência para aquisição de imóvel urbano, objeto de alienação onerosa
entre particulares.

Art. 36. O objetivo do direito de preempção é facilitar a aquisição de


imóveis por parte do Poder Público para fins de:
I. regularização fundiária;
II. execução de programas e projetos habitacionais;
III. constituição de reserva fundiária;
IV. ordenamento e direcionamento da ocupação urbana;
V. implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI. criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII. criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas
de interesse ambiental;
VIII. preservação de área de interesse histórico, cultural ou
paisagístico.

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Art. 37. Todas as condições e critérios para aplicação deste
instrumento serão estabelecidos em lei específica, devendo ser observadas as
disposições do art. 27, da Lei nº 10.257, de 10 de junho de 2001.

SEÇÃO VI
DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 38. A outorga onerosa do direito de construir é a permissão


onerosa, que o Poder Público confere ao empreendedor, para que este construa
além dos coeficientes urbanísticos permitidos.

§ 1º Lei específica de concessão da outorga onerosa do direito de


construir estabelecerá as bases de cálculo, a contrapartida, os casos passíveis da
isenção ou redução de contrapartida e condições relativas à aplicação deste
instrumento, bem como determinará os limites máximos de coeficiente de
aproveitamento e número de pavimentos, em relação à infraestrutura implantada.

§ 2º A aplicação da outorga onerosa em determinadas áreas da cidade


poderá ser limitada.

§ 3º As vendas de áreas construtivas (solo criado) serão imediatamente


suspensas mediante Decreto do Poder Executivo nos seguintes casos:
I. em caso de se constatar impacto negativo não suportável pela
infraestrutura decorrente da aplicação do solo criado;
II. quando se verifique o risco de comprometimento da paisagem
urbana.

Art. 39. Os recursos arrecadados com a venda do direito de construir a


mais serão destinados para obras e fundos definidos em lei específica, referente à
regulamentação deste instrumento.

Art. 40. Todas as condições e critérios para aplicação deste


instrumento serão estabelecidas em lei específica, devendo ser observadas as
disposições do art. 27, da Lei nº 10.257, de 10 de junho de 2001.

SEÇÃO VII
DA TRANSFERÊNCIA DO POTENCIAL CONSTRUTIVO

Art. 41. A transferência do potencial construtivo ou do direito de


construir é um instrumento que permite aos proprietários de imóveis urbanos
preservados em áreas de interesse cultural, o direito de edificar em outro local a
área construída não utilizada em seu imóvel, segundo autorização do Município, ou
alienar mediante escritura pública o potencial construtivo de determinado lote que
tenha interesse para:

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I. implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
II. preservação histórica, artística, arquitetônica, arqueológica,
ambiental e paisagística;
III. regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por
população de baixa renda em habitação de interesse social.

Art. 42. O proprietário de um imóvel de valor cultural ou localizado em


área de proteção ambiental, impedido de utilizar plenamente o potencial construtivo
devido às limitações de usos definidos na Lei de Zoneamento, Parcelamento, Uso e
Ocupação do Solo, poderá transferir parcial ou totalmente o potencial construtivo
desse imóvel.

Art. 43. Ao proprietário que conceder ao Município o seu imóvel ou


parte dele para fins descritos acima será concedido o benefício de transferência do
potencial construtivo.

Art. 44. Os critérios de aplicação deste instrumento e os procedimentos


para sua efetivação serão estabelecidos em lei complementar específica, que
também operacionalizará os certificados para transferência do direito de construir, os
prazos, os registros e as obras de restauro e conservação do imóvel que transfere.

Art. 45. Todas as condições e critérios para aplicação deste


instrumento serão estabelecidas em lei específica, devendo ser observadas as
disposições do art. 27, da Lei nº 10.257, de 10 de junho de 2001.

SEÇÃO VIII
DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO E DA OPERAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Art. 46. Considera-se consórcio imobiliário a forma de viabilização de


planos de urbanização ou edificação por meio da qual o proprietário transfere ao
Poder Público Municipal seu imóvel e, após a realização das obras, recebe como
pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas.

Art. 47. O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao


proprietário será correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras.

Art. 48. O valor real desta indenização deverá:


I. refletir o valor da base de cálculo do Imposto Predial e Territorial
Urbano - IPTU, descontado o montante incorporado em função das obras realizadas,
direta ou indiretamente, pelo Poder Público, na área onde o mesmo se localiza;
II. excluir do seu cálculo expectativas de ganhos, lucros cessantes e
juros compensatórios.

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Art. 49. Os consórcios imobiliários deverão ser formalizados por termo
de responsabilidade e participação pactuados entre o proprietário urbano e a
Municipalidade, visando à garantia da execução das obras do empreendimento, bem
como das obras de uso público.

Art. 50. Todas as condições e critérios para aplicação deste


instrumento serão estabelecidas em lei específica, devendo ser observadas as
disposições do art. 27, da Lei nº 10.257, de 10 de junho de 2001.

SEÇÃO IX
DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS

Art. 51. A operação urbana consorciada é o conjunto de intervenções e


medidas coordenadas pelo Município, com a participação dos proprietários,
moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de
alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a
valorização ambiental, ampliando os espaços públicos, organizando o sistema de
transporte coletivo, implantando programas de melhorias de infraestrutura, sistema
viário e de habitações de interesse social, num determinado perímetro contínuo ou
descontinuado.

Parágrafo único. Cada operação urbana consorciada será efetivada


através de um plano de operação urbana específico, criado por lei, de acordo com o
previsto neste Plano Diretor e com as disposições dos arts. 32, 33 e 34, da Lei
Federal n° 10.257, de 10 de julho de 2001.

Art. 52. As Operações Urbanas Consorciadas têm como finalidades:


I. implantação de espaços e equipamentos públicos estratégicos para o
desenvolvimento urbano;
II. otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de
porte e reciclagem de áreas consideradas subutilizadas;
III. implantação de programas de habitação de interesse social;
IV. ampliação e melhoria do sistema de transporte público coletivo;
V. proteção e recuperação de patrimônio ambiental e cultural;
VI. melhoria e ampliação da infraestrutura e da rede viária;
VII. reurbanização e tratamento urbanístico de áreas;
VIII. dinamização de áreas visando à geração de empregos.

Art. 53. As operações urbanas consorciadas se fazem necessárias


para viabilizar intervenções urbanísticas de grande porte, que exijam a cooperação
entre o Poder Público, os interesses privados e da população envolvida, e que
possam implicar entre outras medidas:

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I. a modificação de índices e características de parcelamento, uso e
ocupação do solo e subsolo, bem como alterações das normas edilícias,
considerado o impacto ambiental delas decorrente ou o impacto de vizinhança;
II. a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas
em desacordo com a legislação vigente;
III. a ampliação dos espaços públicos e implantação de equipamentos
urbanos e comunitários;
IV. a oferta de habitação de interesse social.
Art. 54. A lei específica, que regerá o Plano de Operação Urbana
Consorciada, deverá conter no mínimo:
I. delimitação da área de abrangência;
II. finalidades da operação;
III. programa básico de ocupação e intervenções previstas;
IV. programa de atendimento econômico e social para a população
diretamente afetada pela operação;
V. estudo prévio de impacto de vizinhança;
VI. contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes
e investidores privados em função da utilização dos benefícios previstos;
VII. forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhada
com representação da sociedade civil;
VIII. garantia de preservação dos imóveis e espaços urbanos de
especial valor cultural e ambiental, protegidos por tombamento ou por lei;
IX. conta ou fundo específico que deverá receber os recursos de
contrapartidas financeiras decorrentes dos benefícios urbanísticos concedidos.
Parágrafo único. Os recursos obtidos pelo Poder Público serão
aplicados exclusivamente no programa de intervenções, definido na lei de criação de
cada plano de operação urbana consorciada.

SEÇÃO X
ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL (ZEIS)

Art. 55. As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) são áreas


ocupadas por habitações subnormais e loteamentos irregulares de baixa renda ou
áreas onde haja concentração de imóveis desocupados ou deteriorados, e vazios
urbanos dotados de infraestrutura com potencial de implantação de lotes
urbanizados e/ou novas moradias populares.

Art. 56. São objetivos das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS):
I. estabelecer condições especiais para a regularização fundiária de
assentamentos subnormais e ampliar a oferta de moradia;
II. estimular a permanência da população de baixa renda das áreas
regularizadas e/ou beneficiadas com investimentos públicos.

SEÇÃO XI

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DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 57. O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV é um


instrumento a ser exigido para a concessão de licenças e autorizações de
construção, ampliação ou funcionamento de empreendimentos e atividades que
possam causar impacto afetando a qualidade de vida da população residente na
área ou nas proximidades.

Art. 58. Deverá alertar e precaver quanto à repercussão do


empreendimento no que se refere às questões ligadas a visibilidade, acesso, uso e
estrutura do meio ambiente natural ou construído evitando o desequilíbrio no
crescimento urbano e garantindo condições mínimas de ocupação dos espaços
habitáveis.

Art. 59. Os empreendimentos e atividades, privados ou públicos que


dependerão de elaboração de Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV para
obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a
cargo do Poder Público Municipal, serão definidos em legislação específica, a ser
editada no prazo de 12 (doze) meses a partir da aprovação deste Plano Diretor.

Art. 60. O EIV será elaborado de forma a contemplar os efeitos


positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida
da população residente na área e suas proximidades. Os critérios de análise para
elaboração do EIV estarão estabelecidos em lei específica.

SEÇÃO XII
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

Art. 61. O município poderá instituir contribuição de melhoria sobre os


imóveis que forem beneficiados e/ou tiverem o seu valor venal acrescido em
decorrência de obra e/ou serviço realizado pelo Poder Público Municipal.

SEÇÃO XIII
CONCESSÃO DO DIREITO REAL DE USO

Art. 62. O Poder Executivo Municipal poderá conceder o direito real de


uso do solo para fins de regularização fundiária de imóveis para uso próprio de até
250 m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados), de forma individual ou coletiva,
na forma prevista na Lei no 10.257/2001.

Parágrafo único – Todas as condições e critérios para aplicação deste


instrumento serão estabelecidas em lei específica, a ser editada no prazo de um ano
após a publicação desta lei.

16
SEÇÃO IXV
DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA PARTICIPATIVA

Art. 63. No âmbito do Município de Xaxim, será aplicada a Gestão


Orçamentária Participativa de que trata o art. 4º, inciso III, alínea f da Lei Federal n.º
10.257/01 - Estatuto da Cidade, tendo por objetivos:
I - propiciar condições para que os cidadãos exerçam o direito de
fiscalização e controle das finanças públicas;
II - possibilitar o direito à participação na elaboração e execução dos
orçamentos públicos, o que significa direito à obtenção das informações sobre as
finanças públicas, bem como à participação nas definições das prioridades de
utilização dos recursos e na execução das políticas públicas.

Art. 64. A realização de consultas, audiências e debates públicos é


condição obrigatória para a aprovação do orçamento municipal, cabendo ao
Município dispor, em ato administrativo oriundo do Poder Público, os mecanismos
garantidos da ampla e irrestrita participação popular.

Parágrafo Único. A não realização de audiências e consultas públicas


no processo de aprovação da Lei do Orçamento Municipal resultará na nulidade da
norma orçamentária.

TÍTULO III
POLÍTICA DE GESTÃO PÚBLICA URBANA

Art. 65. Visando promover um processo contínuo de Gestão


compartilhada do Plano Diretor, atualizado e democrático, fica instituído o Sistema
de Gestão Urbana Participativa, composto por:
I - Poder Executivo Municipal;
II - Participação Popular.

Art. 66. O Sistema de Gestão Urbana Participativa terá como objetivos:


I - viabilizar, na formulação e execução da política urbana, a criação de
canais de participação e monitoramento por parte dos cidadãos, bem como de
instâncias representativas dos vários segmentos da comunidade;
II - promover o processo educativo e de capacitação da população para
que possa participar dos processos decisórios concernentes à política urbana;
III - tornar transparentes os processos de planejamento e gestão da
política urbana;
IV - identificar as prioridades sociais do Município e integrá-las às
prioridades do Poder Executivo Municipal;
V - implementar e monitorar os programas, projetos e instrumentos
deste Plano Diretor;

17
VI - gerenciar e atualizar permanentemente este Plano Diretor;
VII - evitar a descontinuidade do processo de planejamento e gestão
urbana e a descaracterização das diretrizes estabelecidas para a política urbana do
Município através da gestão democrática.

CAPÍTULO I
DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL

Art. 67. São atribuições do Poder Executivo Municipal, no que compete


ao Sistema de Gestão Urbana:
I - promover a articulação entre Poder Executivo Municipal, sociedade
civil, entidades e demais órgãos governamentais das esferas estadual e federal que
tenham relação com a política urbana;
II - implantar e gerenciar o Sistema de Informações Municipais
proporcionando acesso amplo a todos os interessados, indistintamente;
III - adequar a gestão orçamentária às diretrizes da política urbana;
IV - formular políticas, estratégias, programas, projetos e ações
coordenadas de acordo com as diretrizes deste Plano Diretor;
V - executar políticas e ações com os demais órgãos municipais e com
outros organismos governamentais e não-governamentais, seja no âmbito estadual
e federal;
VI - promover a realização de audiências públicas;
VII - elaborar e submeter à apreciação do Conselho de
Desenvolvimento Municipal as ações necessárias à operacionalização dos
instrumentos previstos neste Plano Diretor.

CAPÍTULO II
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR

Art. 68. É assegurada a participação direta da população em todas as


fases do processo de gestão política urbana do Município, mediante as seguintes
instâncias de participação:
I - Conselho de Desenvolvimento Municipal;
II - Conferência Municipal de Política Urbana;
III - Audiência Pública;
IV - Gestão Orçamentária Participativa.

Art. 69. A participação dos munícipes em todas as fases do processo


de gestão da política urbana do Município deverá basear-se na plena informação,
disponibilizada pelo Executivo com antecedência.

18
Art. 70. O Poder Executivo apresentará anualmente à Câmara
Municipal e ao Conselho de Desenvolvimento Municipal relatório de Gestão Urbana
e Plano de Ação para o próximo período.

SEÇÃO I
DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

Art. 71. O Conselho de Desenvolvimento Municipal de Xaxim é órgão


integrante do Sistema de Gestão Urbana Participativa e tem como atribuições:
I - emitir parecer sobre todo projeto de Lei de caráter urbanístico do
Município e naqueles casos cuja solução esteja omissa na Legislação ou, se
prevista nesta, suscite dúvidas;
II - promover estudos e divulgações de conhecimento relativo a áreas
urbanas, especialmente no que se refere ao Uso e Ocupação do Solo;
III - colaborar com a equipe técnica encarregada de aplicar o Plano
Diretor de Desenvolvimento Municipal, encaminhando críticas, sugestões,
reinvidicações e problemas urbanos e emitir pareceres sobre os mesmos;
IV - zelar pela boa aplicação e interpretação exata do Plano Diretor de
Desenvolvimento Municipal;
V - realizar bianualmente a Conferência Municipal de Política Urbana
para avaliar a aplicação e os resultados do Plano Diretor e da Política Urbana
Municipal revendo as diretrizes e os rumos da política para:
a) enfrentar a diminuição de emprego e renda;
b) garantir o controle social no processo de implantação de
políticas urbanas;
c) integrar as diferentes políticas sociais.
VI - propor, discutir, promover debates, e deliberar sobre projetos de
empreendimentos de grande impacto ambiental ou de vizinhança, sejam estes
públicos, privados ou de parcerias público-privadas, submetendo-os à consulta
popular, na forma prevista nesta Lei;
VII - emitir parecer sobre a criação, extinção ou modificação de normas
oriundas do Poder Público que versem sobre planejamento urbano;
VII - aprovar os estoques construtivos do Direito de Construir adicional
a serem oferecidos através de Outorga Onerosa;
VIII - aprovar a metodologia para a definição dos valores anuais da
Outorga Onerosa do Direito de Construir;
IX - apreciar e deliberar acerca das ações propostas pelo Poder
Público para a operacionalização dos instrumentos previstos neste Plano Diretor;
X - definir as atribuições do Presidente, do Plenário e da Secretaria
Executiva do Conselho;
XI - elaborar o seu regimento interno, que deve prever suas
responsabilidades, organização e atribuições;

19
XII - assessorar o Poder Executivo Municipal na elaboração da política
habitacional do Município;
XIII - analisar e aprovar projetos e empreendimentos privados voltados
à habitação de mercado popular, desde que estejam de acordo com a política
habitacional do Município.

§ 1º O Conselho de Desenvolvimento Municipal Urbano de Xaxim


integrará a estrutura administrativa do Poder Executivo Municipal, não estando a
esta, subordinado no exercício de suas funções.

§ 2º A integração do Conselho à estrutura administrativa municipal se


dará tendo em vista unicamente a necessidade de suporte administrativo,
operacional e financeiro para seu pleno funcionamento.

§ 3º O Conselho de Desenvolvimento Municipal Urbano de Xaxim será


composto por um Presidente, pelo Plenário e um Secretário, cujas atribuições serão
definidas no regimento a que se refere o inciso XI deste artigo.

Art. 72. O Conselho será formado por Membros Representativos da


Sociedade e Poder Público, com respectivos Titulares e Suplentes, eleitos ou
indicados por seus respectivos órgãos ou categorias, e homologados pelo Prefeito
Municipal, com renovação bienal.

SEÇÃO II
DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA

Art. 73. A Conferência Municipal de Política Urbana é instância máxima


deliberativa do Sistema de Gestão Urbana, constituindo espaço publico previlegiado
para estabelecer parcerias, dirimir conflitos coletivos e legitimar ações e medidas
referentes ao Plano Diretor, devendo ser realizada bianualmente.

Art. 74. São objetivos da Conferência Municipal de Política Urbana:


I - assegurar um processo amplo e democrático de participação da
sociedade na elaboração e avaliação de uma política pública para o Município;
II - mobilizar o governo municipal e a sociedade civil para a discussão,
a avaliação e a formulação das diretrizes e instrumentos de gestão das políticas
públicas do Município;
III - sugerir ao Poder Executivo adequações nas ações estratégicas
destinadas à implantação dos objetivos, diretrizes, planos, programas e projetos;
IV - integrar conselhos setoriais entre si e com o orçamento
participativo;
V - avaliar a atividade do Conselho de Desenvolvimento Municipal
visando estabelecer diretrizes para aperfeiçoar seu funcionamento;

20
VI - definir uma agenda do Município, contendo um plano de ação com
as metas e prioridades do governo e da sociedade para com a gestão urbana.

Art. 75. A Conferência Municipal de Política Urbana terá regimento


próprio, a ser elaborado pelo Conselho de Desenvolvimento Municipal, por este
revisado sempre que necessário.

§ 1º O regimento a que se refere o caput deste artigo será nulo de


pleno direito caso não observar os critérios de participação democrática
estabelecidos pela Lei Federal N.º 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

§ 2º No regimento da Conferência Municipal de Política Urbana deverá


estar previsto, no mínimo:
I - as competências e matérias de deliberação;
II - os critérios e procedimentos para a escolha dos delegados;
III - a forma de organização e funcionamento da Conferência;
IV - a previsão de um colegiado responsável pela organização da
Conferência.

SEÇÃO III
DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

Art. 76. As Audiências Públicas configuram direito do cidadão e da


comunidade, estando previstas no inciso I do § 4º do artigo 40 da Lei Federal N.º
10.257/2201 - Estatuto da Cidade, associado ao direito constitucional ao
planejamento participativo, e têm por objetivos:
I - a cooperação entre diversos atores sociais Poder Executivo e o
Poder Legislativo de Xaxim;
II - promover debates sobre temas de interesse da cidade com a
população e associações representativas dos vários segmentos da comunidade;
III - garantir o direito político de participação do cidadão,
individualmente considerado;
IV - possibilitar a participação de diversos setores da sociedade, em
especial:
1 - organizações e movimentos populares;
2 - associações representativas dos vários segmentos das
comunidades;
3 - associações de classe;
4 - fóruns e redes formuladas por cidadãos, movimentos sociais e
organizações
não-governamentais .

21
Art. 77. As Audiências Públicas são obrigatórias na esfera do Poder
Público Municipal, devendo ser realizadas por este, tanto no processo de elaboração
do Plano Diretor como no processo de sua implantação.

Parágrafo Único. A falta de realização de Audiências Públicas pelo


Poder Público no processo de elaboração do Plano Diretor configurará desrespeito
ao preceito constitucional da participação popular, passível de declaração de
inconstitucionalidade por omissão do Plano Diretor.

Art. 78. As Audiências Públicas deverão ser convocadas e divulgadas


com antecedência mínima de quinze dias, buscando a ampla participação dos
envolvidos no tema a ser discutido.

Parágrafo Único. Fica instituída, como principal meio para divulgação


das Audiências Públicas, sem prejuízo da utilização de meios auxiliares e
secundários, a publicação de edital de convocação em espaço visivelmente
destacado em jornal impresso de grande circulação e leitura do Município.

Art. 79. As Audiências Públicas deverão sempre procurar extrair a


posição das diferentes partes envolvidas no tema a ser decidido, que devem ter
igualdade de espaço para expressar sua opinião.

TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 80. Toda atividade que esteja em desacordo com este Plano
Diretor será considerada atividade desconforme, podendo ser classificada em:
I - Atividade Compatível: aquela que, embora não se enquadrando nos
parâmetros estabelecidos para a unidade territorial em que está inserida, tem
características relativas às suas dimensões e funcionamento que não desfiguram a
área, e que não tenha reclamações registradas por parte dos moradores do entorno;
II - Atividade Incompatível: aquela que está comprovadamente em
desacordo com as diretrizes estabelecidas para a unidade territorial na qual está
localizada.

§ 1º Fica permitida, a critério do Conselho de Desenvolvimento


Municipal, a ampliação da atividade considerada compatível, desde que não
descaracterize a área onde esta se encontra.

§ 2º Ressalvadas as hipóteses de obras essenciais à segurança e


higiene das edificações, ficam vedadas quaisquer obras de ampliação ou reforma
que impliquem no aumento do exercício da atividade considerada incompatível, da
ocupação do solo a ela vinculada.

22
Art. 81. Ficam estabelecidos os seguintes prazos, contados
imediatamente após a publicação da presente Lei:
I - de cento e vinte dias (120), para que o Poder Executivo Municipal
promova reformas em sua estrutura administrativa, com o objetivo de conferir plena
operacionalidade à aplicação deste Plano Diretor, bem como dos instrumentos de
indução do desenvolvimento urbano e de gestão democrática nos termos da Lei n.º
10.250/01 - Estatuto da Cidade;
II - de cento e cinqüenta dias (150), para que o Poder Executivo
Municipal elabore e envie ao Poder Legislativo as modificações na Legislação
Municipal que sejam imprescindíveis aos objetivos referidos nos termos do inciso
anterior;
III - de cento e oitenta dias (180), para que se propiciem as condições
para criação e instalação do Conselho de Desenvolvimento Municipal de Xaxim, com
as atribuições previstas no Art. 75 da presente Lei.

§ 1º A posse dos integrantes da primeira gestão do Conselho de


Desenvolvimento Municipal de Xaxim e o inicio de suas atividades não poderão
exceder trinta dias após o transcurso do prazo de cento e oitenta dias a que se
refere o inciso III do presente artigo.

§ 2º As medidas previstas nos incisos I, II e III não prejudicarão os


dispositivos auto-aplicáveis deste Plano Diretor.

Art. 82. Este Plano Diretor deverá ser revisto pelo menos a cada 10
anos, na forma do artigo 40, §3º do Estatuto da Cidade.

Art. 83. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-
se eventuais disposições em contrário, em especial, a Lei Complementar nº
034/2006 e alterações posteriores.

Gabinete do Prefeito Municipal em 24 de novembro de 2014.

Idacir Antonio Orso


Prefeito Municipal

Registrado e publicado na data supra

Fabio José Dal Magro


Procurador Geral do Município.

23
MACROZONEAMENTO
MUNICIPAL
MACROZONEAMENTO URBANO MU - MACROZONA URBANA

ÍNDICE
ÁREA RECUOS DE
TESTADA TAXA TAXA
MÍNIMA (m) APROVEITAMENTO
MÍNIMA DE DE
(m²) (m) OCUPAÇÃO PERMEABILIDADE
% %

F L Fd IAb IAm

- - - - - - - - -

OBJETIVO

Tem por objetivo incrementar a capacidade do Sistema Viário e da Infra-Estrutura e incentivar a


ocupação de vazios urbanos

PROPOSTA DE USOS

PERMITIDOS PERMISSÍVEIS

OBSERVAÇÕES / INSTRUMENTOS

Os Usos e Índices estão especificados no Zoneamento.


MACROZONEAMENTO URBANO MR - MACROZONA RURAL

ÍNDICE
ÁREA RECUOS DE
TESTADA TAXA TAXA
MÍNIMA (m) APROVEITAMENTO
MÍNIMA DE DE
(m²) (m) OCUPAÇÃO PERMEABILIDADE
% %

F L Fd IAb IAm

- - - - - - - - -

OBJETIVO

Tem por objetivo promover o Desenvolvimento Agropecuário, promover a integração e convivência


entre a Área Rural e Urbana, com incentivo a melhoria da Infra-Estrutura.

PROPOSTA DE USOS

PERMITIDOS PERMISSÍVEIS

USO 1 e 2 - Residencial USO 10 - Educacional


USO 4 - Comércio Vicinal USO 11 - Institucional
USO 16 A - Recreação e Lazer Especial 1 USO 12 A - Institucional Especial 1
USO 16 B - Recreação e Lazer Especial 2 USO 12 B - Institucional Especial 2
USO 18 - Hotéis e Pousadas USO 13 - Saúde / Assistência Social
USO 20 - Atividades de Nível de Incômodo 1 USO 21 - Atividades de Nível de Incômodo 2
Todo Tipo de Atividade Agropecuária

OBSERVAÇÕES / INSTRUMENTOS
MEUM – MACROZONA DE EXPANSÃO
MACROZONEAMENTO URBANO
URBANA MISTA
ÁREA ÍNDICE
TESTADA TAXA TAXA
MÍNIMA RECUOS DE
MÍNIMA DE DE
(m) APROVEITAMENTO
(m²) (m) OCUPAÇÃO PERMEABILIDADE
% %
U F L Fd IAb IAm
1,5 se houver
RU 6,0 60 1,2 - 20
janela
C - - - 80 1,6 - 20
600,0 20,0
1,5 se houver
M - 70 2,1 - 20
janela

OBJETIVO

Tem por objetivo concentrar atividades de uso misto e diversos de natureza comercial, prestação de
serviços, industrias de baixo impacto ambiental e outros compatíveis, toleráveis e admissíveis, dada as
condições estratégicas na região e as boas condições de acessibilidade.
PROPOSTA DE USOS

PERMITIDOS PERMISSÍVEIS

USO 5 B - Comércio Varejista e Prestação de Serviços 2 USO 1 - Residencial Unifamiliar


USO 6 - Comércio Atacadista USO 3 - Conjuntos Habitacionais de
USO 7 - Comércio e Serviços Especiais Baixa Renda
USO 8 - Para Veículos USO 4 - Comércio Vicinal
USO 9 - Comércio de Veículos Leves USO 10 - Educacional
USO 17 - Atividades Noturnas USO 11 – Institucional
USO 18 – Hotéis e Pousadas USO 12 A - Institucional Especial 1
USO 19* – Motéis USO 13 - Saúde / Assistência Social
USO 20 – Atividade Nível de Incômodo 1 USO 14* - Religiosos
USO 21 – Atividade Nível de Incomodo 2 USO 22 * - Atividade de Nível de
Incômodo 3
USO 23* - *Comércio Perigoso

OBSERVAÇÕES / INSTRUMENTOS

Direito de Preempção– Instrumentos do Estatuto da Cidade.


•Para estas atividades será exigido Estudo de Impacto de Vizinhança.
•Toda indústria que fizer divisa com outra zona,deverá implantar barreira verde, conforme Lei
Regulamentar.
ZONEAMENTO
ZONEAMENTO URBANO ZIM- ZONA DE INTERESSE MISTO

ÁREA ÍNDICE
TESTADA TAXA TAXA
MÍNIMA RECUOS DE
MÍNIMA DE DE
(m) APROVEITAMENTO
(m²) (m) OCUPAÇÃO PERMEABILIDADE
% %
U F L Fd IAb IAm
1,5 se houver
RU 6,0 60 1,2 - 20
janela
C - - - 80 1,6 - 20
600,0 20,0
C - 1,5 se houver 80
M 2,2 - 20
R 2 janela 70
OBJETIVO

Tem por objetivo concentrar atividades de uso misto e diversos de natureza comercial, prestação de serviços,
industrias de baixo impacto ambiental e outros compatíveis, toleráveis e admissíveis, dada as condições
estratégicas na região e as boas condições de acessibilidade.
PROPOSTA DE USOS

PERMITIDOS PERMISSÍVEIS

USO 5 B - Comércio Varejista e Prestação de Serviços 2 USO 1 - Residencial Unifamiliar


USO 6 - Comércio Atacadista USO 3 - Conjuntos Habitacionais de
USO 7 - Comércio e Serviços Especiais Baixa Renda
USO 8 - Para Veículos USO 4 - Comércio Vicinal
USO 9 - Comércio de Veículos Leves USO 10 - Educacional
USO 17 - Atividades Noturnas USO 11 – Institucional
Uma faixa de 150m para cada lado da BR 282;
USO 18 – Hotéis e Pousadas USO 12 A - Institucional Especial 1
- Sem Recuo e/ou não existe USO 19* – Motéis USO 13 - Saúde / Assistência Social
USO 20 – Atividade Nível de Incômodo 1 USO 14* - Religiosos
USO 21 – Atividade Nível de Incomodo 2 USO 22 * - Atividade de Nível de
Incômodo 3
RU: Residência Unifamiliar RM:
RM: Residência Multifamiliar USO 23* - *Comércio Perigoso
M: Mista C: Comercial R: Residencial
IAb
IAb:: Índice de Aproveitamento Básico OBSERVAÇÕES / INSTRUMENTOS
IAm
IAm:: Índice de Aproveitamento Máximo
Direito de Preempção– Instrumentos do Estatuto da Cidade.
F: Frontal L: Lateral Fd
Fd:: Fundos
•Para estas atividades será exigido Estudo de Impacto de Vizinhança.
•Toda indústria que fizer divisa com outra zona,deverá implantar barreira verde, conforme Lei Regulamentar.
ZONEAMENTO URBANO ZCP – ZONA COMERCIAL PREDOMINANTE

ÁREA ÍNDICE
TESTADA TAXA TAXA
MÍNIMA RECUOS DE
MÍNIMA DE DE
(m) APROVEITAMENTO
(m²) (m) OCUPAÇÃO PERMEABILIDADE
% %
U F L Fd IAb IAm

60 1,2 - 20
RU 4,0
60 7,2 9,6 20
360,0 12,0 RM 4,0 *
C -
M 70 8,4 11,2 10
R 4

OBJETIVO

Tem por objetivo incentivar a instalação de Atividades Comerciais e de Preservação de Serviços


fortalecendo a área comercial existente, compatibilizando com a infraestrutura e sistema viário existente,
viabilizando maior adensamento.

PROPOSTA DE USOS
PERMITIDOS PERMISSÍVEIS

USO 1 - Residencial Unifamiliar USO 5 B - Comércio Varejista e


USO 2 - Residencial Multifamiliar Prestação de Serviços 2
USO 4 - Comércio Vicinal USO 8 - Para Veículos
* Nos Recuos Laterais e Fundos: USO 5 A - Comércio Varejista e Prestação de Serviços 1 USO 12 A - Institucional Especial 1
Até 4 Pav.= 1,5m se houver aberturas; USO 9 - Comércio de Veículos Leves USO 13 - Saúde /Assistência Social
Acima de 4 Pav, h/12 com recuo mínimo de 2,5m, com ou sem USO 10 – Educacional USO 14* - Religiosos
abertura; USO 11 – Institucional USO 15 – Recreação e Lazer
- Sem Recuo e/ou não existe USO 16 A - Recreação e Lazer Especial 1
USO 18 – Hotéis e Pousadas

RU: Residência Unifamiliar RM:


RM: Residência Multifamiliar OBSERVAÇÕES / INSTRUMENTOS
M: Mista C: Comercial R: Residencial
Nesta zona serão implantado Imposto Progressivo no Tempo e Outorga Onerosa do Direito de Construir
IAb
IAb:: Índice de Aproveitamento Básico Nesta Zona será implantado Passeio Padronizado conforme Lei Regulamentar.
IAm
IAm:: Índice de Aproveitamento Máximo *Para estas Atividades serão exigidos estudos de Impacto de Vizinhança;
F: Frontal L: Lateral Fd
Fd:: Fundos Nesta Zona, a área comercial deverá ter no mínimo 02 pavimentos.
ZONEAMENTO URBANO ZCC - ZONA DE CORREDOR COMERCIAL

ÁREA ÍNDICE
TESTADA TAXA TAXA
MÍNIMA RECUOS DE
MÍNIMA DE DE
(m) APROVEITAMENTO
(m²) (m) OCUPAÇÃO PERMEABILIDADE
% %
F L Fd IAb IAm

RU 4,0 60 1,2 - 20

360,0 12,00 RM - * 70 2,8 4,9 20

C -
M 70 2,8 4,9 20
R 4

OBJETIVO

Tem por objetivo concentrar atividades de comércio e prestação de serviço ao longo das vias coletoras
com condições de acessibilidade, criando-se corredores nas ruas dos bairros, descentralizando-se as
atividades comerciais.
PROPOSTA DE USOS
PERMITIDOS PERMISSÍVEIS

USO 1 - Residencial Unifamiliar USO 5 B - Comércio Varejista e


* Nos Recuos Laterais e Fundos: USO 2 - Residencial Multifamiliar Prestação de Serviços 2
USO 4 - Comércio Vicinal USO 8 - Para Veículos
Até 4 Pav.= 1,5m se houver aberturas;
USO 5 A - Comércio Varejista e Prestação de Serviços 1 USO 12 A - Institucional Especial 1
Acima de 4 Pav, h/12 com recuo mínimo de 2,5m, com ou sem USO 9 - Comércio de Veículos Leves USO 13 - Saúde /Assistência Social
abertura; USO 10 – Educacional USO 14* - Religiosos
- Sem Recuo e/ou não existe USO 11 – Institucional USO 15 – Recreação e Lazer
USO 16 A - Recreação e Lazer Especial 1
USO 18 – Hotéis e Pousadas
RU: Residência Unifamiliar RM:
RM: Residência Multifamiliar
M: Mista C: Comercial R: Residencial OBSERVAÇÕES / INSTRUMENTOS
IAb
IAb:: Índice de Aproveitamento Básico
Nesta zona serão implantado Imposto Progressivo no Tempo e Outorga Onerosa do Direito de Construir
IAm
IAm:: Índice de Aproveitamento Máximo Nesta Zona será implantado Passeio Padronizado conforme Lei Regulamentar.
F: Frontal L: Lateral Fd
Fd:: Fundos *Para estas Atividades serão exigidos estudos de Impacto de Vizinhança.
Nesta Zona, a área comercial deverá ter no mínimo 02 pavimentos.
ZONEAMENTO URBANO ZII - ZONA DE INTERESSE INDUSTRIAL

ÍNDICE
ÁREA RECUOS DE
TESTADA TAXA TAXA
MÍNIMA (m) APROVEITAMENTO
MÍNIMA DE DE
(m²) (m) OCUPAÇÃO PERMEABILIDADE
% %

F L Fd IAb IAm

1800,0 30,0 10,0 3,0 3,0 70 1,4 - 20

OBJETIVO

Tem por objetivo estabelecer normas para construção de Indústrias que pelo seu porte e grau de poluição são
incompatíveis com as atividades predominantes das demais Zonas.

PROPOSTA DE USOS

PERMITIDOS PERMISSÍVEIS

USO 7 - Comércio e Serviços Especiais USO 1 - Residencial Unifamiliar


USO 8 *- Para Veículos USO 4 - Comércio Vicinal
USO 20 - Atividades de Nível de Incômodo 1 USO 6 - Comércio Atacadista
USO 21 - Atividades de Nível de Incômodo 2 USO 22 *- Atividade de Nível de
Incômodo 3
USO 23* – Comércio Perigoso

F: Frontal L: Lateral Fd
Fd:: Fundos OBSERVAÇÕES / INSTRUMENTOS
IAb
IAb:: Índice de Aproveitamento Básico
Nesta zona será implantado o Direito de Preempção por 5 anos, conforme Art. 25 do Estatuto da Cidade
IAm
IAm:: Índice de Aproveitamento Máximo
*Para estas Atividades serão exigidos estudos de Impacto de Vizinhança.
Toda indústria que fizer divisa com outra zona,deverá implantar barreira verde, conforme Lei
Regulamentar.
ZRA – ZONA RESIDÊNCIAL DE ALTA
ZONEAMENTO URBANO
DENSIDADE
ÍNDICE
ÁREA TESTADA RECUOS TAXA DE TAXA
MÍNIMA MÍNIMA (m) DE APROVEITAMENTO DE
(m²) (m) OCUPAÇÃO PERMEABILIDADE
% %
F L Fd IAb IAm

1,5 se houver
360,0 12,0 4,0 60 1,2 - 20
janela

OBJETIVO

Tem por objetivo destinar prioritariamente a instalação de residências, visando um


adensamento baseado no dimensionamento das redes de infraestrutura urbana, sistema viário
e configuração da paisagem.

PROPOSTA DE USOS
PERMITIDOS PERMISSÍVEIS

USO 1 - Residencial Unifamiliar USO 2 - Residencial Multifamiliar


USO 4 - Comércio Vicinal USO 8 - Para Veículos
USO 5 A - Comércio Varejista e Prestação de Serviços 1 USO 14* - Religiosos
USO 10 – Educacional
USO 11 – Institucional
USO 12 A - Institucional Especial 1
USO 13 - Saúde /Assistência Social
USO 16 A - Recreação e Lazer Especial 1

F: Frontal L: Lateral Fd
Fd:: Fundos OBSERVAÇÕES / INSTRUMENTOS
IAb
IAb:: Índice de Aproveitamento Básico
*Para estas Atividades serão exigidos estudos de Impacto de Vizinhança.
IAm
IAm:: Índice de Aproveitamento Máximo
ZRM – ZONA RESIDÊNCIAL DE MÉDIA
ZONEAMENTO URBANO
DENSIDADE
ÍNDICE
ÁREA TESTADA RECUOS TAXA DE TAXA
MÍNIMA MÍNIMA (m) DE APROVEITAMENTO DE
(m²) (m) OCUPAÇÃO PERMEABILIDADE
% %
F L Fd IAb IAm

360,0 12,00 4,0 * 60 2,4 4,2 20

OBJETIVO

Tem por objetivo destinar prioritariamente a instalação de residências, visando um adensamento


baseado no dimensionamento das redes de infraestrutura urbana, sistema viário e configuração da
paisagem.

PROPOSTA DE USOS
PERMITIDOS PERMISSÍVEIS

USO 1 - Residencial Unifamiliar USO 5 B - Comércio Varejista e


USO 2 - Residencial Multifamiliar Prestação de Serviços 2
USO 4 - Comércio Vicinal USO 8 - Para Veículos
* Nos Recuos Laterais e Fundos: USO 5 A - Comércio Varejista e Prestação de Serviços 1 USO 9 - Comércio de Veículos Leves
Até 4 Pav.= 1,5m se houver aberturas; USO 10 – Educacional USO 12 A - Institucional Especial 1
Acima de 4 Pav, h/12 com recuo mínimo de 2,5m, com ou sem USO 11 – Institucional USO 12 B - Institucional Especial 2
abertura USO 13 - Saúde /Assistência Social USO 14* - Religiosos
USO 15 – Recreação e Lazer
USO 18 – Hotéis e Pousadas

F: Frontal L: Lateral Fd
Fd:: Fundos
OBSERVAÇÕES / INSTRUMENTOS
IAb
IAb:: Índice de Aproveitamento Básico
IAm
IAm:: Índice de Aproveitamento Máximo *Para estas Atividades serão exigidos estudos de Impacto de Vizinhança.
Outorga Onerosa do Direito de Construir
ZRB – ZONA RESIDÊNCIAL DE BAIXA
ZONEAMENTO URBANO
DENSIDADE
ÍNDICE
ÁREA TESTADA TAXA TAXA
RECUOS DE
MÍNIMA MÍNIMA DE DE
(m) APROVEITAMENTO
(m²) (m) OCUPAÇÃO PERMEABILIDADE
% %
F L Fd IAb IAm

1,5 se
360,00 12 4,0 houver 60 2,4 - 20
janela

OBJETIVO

Tem por objetivo destinar prioritariamente a instalação de residências, visando um adensamento


baseado no dimensionamento das redes de infraestrutura urbana, sistema viário e configuração da
paisagem.

PROPOSTA DE USOS
PERMITIDOS PERMISSÍVEIS

USO 1 - Residencial Unifamiliar USO 5 A - Comércio Varejista e


USO 2 - Residencial Multifamiliar Prestação de Serviços 1
USO 3 - Conjuntos Habitacionais de Baixa Renda USO 5 B - Comércio Varejista e
USO 4 - Comércio Vicinal Prestação de Serviços 2
USO 10 – Educacional USO 8 - Para Veículos
USO 11 – Institucional USO 12 A - Institucional Especial 1
USO 13 - Saúde /Assistência Social USO 14* - Religiosos
USO 16 A - Recreação e Lazer Especial 1 USO 16 B - Recreação e Lazer
Especial 2
USO 20 - Atividades de Nível de
F: Frontal L: Lateral Fd
Fd:: Fundos Incômodo 1
IAb
IAb:: Índice de Aproveitamento Básico
IAm
IAm:: Índice de Aproveitamento Máximo OBSERVAÇÕES / INSTRUMENTOS

*Para estas Atividades serão exigidos estudos de Impacto de Vizinhança


ZONEAMENTO URBANO ZEIS - ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL

ÍNDICE
ÁREA RECUOS DE
TESTADA TAXA TAXA
MÍNIMA (m) APROVEITAMENTO
MÍNIMA DE DE
(m²) (m) OCUPAÇÃO PERMEABILIDADE
% %

F L Fd IAb IAm

1,5 se
125,0 10,0 3,0 houver 60 1,2 - 20
janela
OBJETIVO

Tem por objetivo, destinar prioritariamente a melhoria e produção de Habitações de Interesse Social e
ampliação de Equipamentos urbanos beneficiando a população de baixa renda, a regularização fundiária,
salvaguardando o direito á moradia e a cidadania.

PROPOSTA DE USOS

PERMITIDOS PERMISSÍVEIS

USO 1 - Residencial Unifamiliar USO 5 A - Comércio Varejista e Prestação de


USO 3 - Conjuntos Habitacionais de Baixa Renda Serviços 1
USO 4 - Comércio Vicinal USO 8 *- Para Veículos
USO 10 – Educacional USO 12 A - Institucional Especial 1
USO 11 – Institucional USO 14 – Religiosos
USO 13 - Saúde / Assistência Social
USO 16 A - Recreação e Lazer Especial 1

OBSERVAÇÕES / INSTRUMENTOS

F: Frontal L: Lateral Fd
Fd:: Fundos *Para estas atividades será exigido o Estudo de Impacto de Vizinhança.
IAb
IAb:: Índice de Aproveitamento Básico Nesta zona será implantado o Direito de Preempção por 5 anos, conforme Art. 25 do Estatuto da
Cidade;
IAm
IAm:: Índice de Aproveitamento Máximo
Operações Urbanas Consorciadas.
Nesta zona somente será permitido a construção de uma unidade de moradia e/ou uma família por lote.
ZONEAMENTO URBANO ZPP – ZONA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

ÍNDICE
ÁREA RECUOS DE
TESTADA TAXA TAXA
MÍNIMA (m) APROVEITAMENTO
MÍNIMA DE DE
(m²) (m) OCUPAÇÃO PERMEABILIDADE
% %

F L Fd IAb IAm

- - - - - - - - 100

OBJETIVO

Tem por objetivo proteger as áreas definidas como preservação ao longo dos rios,
arroios e lagoas, sendo dentro do perímetro urbano, uma faixa de 30,0m para cada lado do rio
responsável pela captação de água, uma faixa de 15,0m para cada lado dos demais rios, uma
faixa de 5,0m para cada lado de rios canalizados e um raio de 50,0 mde olhos dágua, lagoas
e nascentes.

PROPOSTA DE USOS

PERMITIDOS PERMISSÍVEIS

- -

OBSERVAÇÕES / INSTRUMENTOS
F: Frontal L: Lateral Fd
Fd:: Fundos
A ZPP tem seus usos e ocupações totalmente proibida, ressalvado os usos públicos necessários.
IAb
IAb:: Índice de Aproveitamento Básico
Nesta zona será implantado o Instrumento do Estatuto da Cidade: Transferência do Direito de
IAm
IAm:: Índice de Aproveitamento Máximo Construir.

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